Universidade Federal do ABC Engenharia de Instrumentação, Automação e Robótica Fundamentos de Máquinas Elétricas Prof. Dr. José Luis Azcue Puma conversão eletromecânica de energia Forças em circuitos com ímãs permanentes 1 Forças e conjugados em sistemas com ímãs permanentes Devem ser tomados alguns cuidados quando são considerados sistemas que contêm ímãs permanentes (matérias magnéticos duros). Isto porque a densidade de fluxo é zero quando H=Hc e não quando H=0. • O valor de H necessário para reduzir B a zero é chamado de força ou campo coercivo (Hc). 2 Repasso: curva BxH (materiais magnéticos) Material magnético mole: Materiais que são facilmente magnetizados e desmagnetizados na presença de baixos campos (alta permeabilidade). No laço de histerese, o campo remanente Br e a força coercitiva Hc são pequenos. Exemplo: ferro doce, permalloy, mumetal. Pouca energia é necessária para mudar o estado do material. B H Material magnético duro: materiais mais resistentes a magnetização e desmagnetização. No laço de histerese, o campo remanente Br e a força coercitiva Hc são elevados. Exemplo: ligas de aço-carbono, ou ímãs de terras-raras. Muita energia é necessária para mudar o estado do material. 3 Repasso: curva BxH (curva de magnetização) • A curva de magnetização é um conjunto de vértices de vários ciclos de histerese. • Para vários ciclos de histerese aumentando gradualmente Hm temse a curva de magnetização (também conhecida como curva de magnetização CC, se a frequência for muito baixa, ou CA, se for feita na frequência nominal, p.ex. 60 Hz). 4 Forças e conjugados em sistemas com ímãs permanentes • Considere um enrolamento fictício. • Em operação normal, a corrente é zero no enrolamento fictício. • A corrente no enrolamento fictício pode ser ajustado de forma a cancelar o campo magnético produzido pelo ímã permanente, com o objetivo de ter “força zero” no ponto inicial. 5 Forças e conjugados em sistemas com ímãs permanentes dW (i , x) di f dx fld (i f 0, x) W fld f f f fld dW fld dW fld path 1a path 1b x 0 0 I f0 (i f 0, x) f fld (i f I f0 , x) dx f (i f , x) di f W fld If0 é a corrente que reduziria a zero o campo magnético produzido pelo ímã. (i f 0, x) W fld 0 f (i f , x) di f I f0 Caminho de integração para calcular Wfld (if = 0, x ) no sistema de ímã permanente. 6 Forças e conjugados em sistemas com ímãs permanentes Uma solução diferente para o sistema com ímã permanente 7 Forças e conjugados em sistemas com ímãs permanentes Fe R A H c d ( Ni ) eq Fe R A d d ( Ni )eq H c d 8 Exemplo 3.9 A figura mostra um atuador, constituído por um yoke de permeabilidade infinita e um êmbolo, que é excitado com um imã de neodímio-ferro-boro e um enrolamento de excitação com N1=1500 espiras. As dimensões são: W=4cm W1=4,5cm D=3,5 cm d=8mm g0=1 mm Encontre (a) a força na direção de x sobre o embolo quando a corrente no enrolamento de excitação é zero e x=3mm. (b) calcule a corrente necessária no enrolamento de excitação para reduzir a zero a força no embolo. 9 Próxima Aula 1) Princípios de funcionamento de máquinas elétricas CA 10 Referências Bibliográficas A. B. E. FITZGERALD, C. KINGSLEY, S. D. UMANS, Máquinas Elétricas, 6a edição, Bookman. Material de fundamentos de máquinas elétricas do prof. Julio C. Teixeira 11