Agência Facos - 28.02.2010 1 ANO 38 - nº 01 - Centro de Ciências da Comunicação e Artes - 28.02.2010 Dengue volta a preocupar a população santista Atendimento em hospitais e venda de repelentes aumentam em razão do surto. Páginas 5, 6, e 7 Árvore de cinco metros oferece perigo na Zona Noroeste Página 8 Jogo proibido continua em casas lotéricas Página 8 Mais de cem pessoas são atendidas em mutirão dentário Página 3 Viaduto causa transtornos em São Vicente Moradores reclamam do acúmulo de lixo e da presença de desocupados no local. Página 13 2 Agência Facos - 28.02.2010 Destino da Rua do Peixe continua sem data marcada Letícia Fernandes Villarinho Na última semana de fevereiro, aconteceu mais uma reunião dos comerciantes da Rua do Peixe com representantes da Prefeitura de Santos em conjunto com a Promotoria para definir como ficará a situação iniciada em novembro do ano passado, onde o restaurante Gotisso e o SENAI acionaram a Prefeitura contra a permanência dos boxes, que estão há dezessete anos no local. Outro impasse é a liberação dos documentos para a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) assinar e liberar o terreno, que fica na Avenida Mário Covas, na Ponta da Praia, para o início das obras de um novo mercado. “Depois de tantas reuniões e nenhuma resposta, começamos a ficar com medo de não ter onde trabalhar, pois ninguém falava nada”, disse José Bispo dos Santos, comer- ciante há 17 anos na rua. A demora ocorre pelo fato dos documentos irem para São Paulo, depois seguem para Brasília volta a São Paulo e chega a Santos. “A prefeitura no começo não queria nos ajudar, mas nessa última reunião que tivemos com o promotor, ela se prontificou em cooperar. Mas ainda todo o custo que a Prefeitura vai ter na construção, depois será somado e dividido entre a gente”, disse José Roberto Mandu da Silva, trabalhador na rua há quatro anos. Na Avenida Mário Covas, no novo terreno, que antes abrigava um canteiro de obras de uma empreiteira, não faltará espaço para abrigar os 24 boxes (sendo 22 de pescados e dois de gelo. Já que o espaço é maior que o habitado hoje, estará tudo conforme as normas da Vigilância Sanitária, que antes eram infringidas, custando multas diárias à Prefeitura. “A mudança vai ser ótima, teremos tudo que é preciso para trabalhar com peixaria. E como o terreno é perto, a clientela vai continuar a buscar nossos produtos”, comentou Elaine dos Santos Cavalcanti, proprietária de um dos boxes. Os trabalhadores esperam que essa situação seja resolvida o mais rápido possível, pois enfrentaram uma queda de procura após ser divulgado que eles não poderiam continuar no local. “Eu mesma, quando vi na televisão fui comprar em outro lugar, pensei que eles não trabalhavam mais aqui”, disse Maria Aparecida Oliveira, cliente na rua há dez anos. Ainda não foi marcada uma próxima reunião para ser definida uma data exata para o início da construção. Enquanto a situação não for resolvida, o comércio na rua continuará normalmente e a Prefeitura estará isenta de pagar as multas. Altas temperaturas não prejudicam venda de ovos Mayara Rached Falta um pouco mais de um mês para a Páscoa e algumas lojas da região já estão com os ovos de chocolate expostos nas prateleiras. Com altas temperaturas, os comerciantes têm uma nova preocupação e tomam medidas para que o calor não interfira nas condições dos produtos comercializados. Os supermercados são os que mais podem sofrer com essa situação, afinal, o seu prejuízo seria muito maior comparado a mercados menores que vendem em menor quantidade. Segundo a líder de atendimento do Hipermercado Extra em Santos, Juliana dos Santos Pinto, em princípio são 240 mil ovos para serem vendidos, mas não há riscos deles derreterem. Ela explica isso afirmando que a temperatura da loja permanece em média 24 graus. Já em época de Páscoa a tendência é essa temperatura diminuir em torno de 4 graus. Essa maior refrigeração preserva o chocolate. Ainda de acordo com ela, apesar do derretimento não vir a se concretizar, as crianças não costumam exigir muito quanto ao seu formato ideal. O pequeno Otávio Muller, de 5 anos, afirma essa questão dizendo que não se importa que o seu ovo de páscoa esteja derretido. Para ele, “o mais legal de tudo” é o brinquedo que costuma vir junto. A sua irmã Carolina Muller confirma que isso não influencia para ele. Juliana dos Santos alega que para os adultos isso é diferente, mas que ninguém precisa se preocupar, pois o supermercado consegue contornar essa situação e preservar os produtos. O comércio desses ovos já está à tona. Isso é conveniente principalmente àqueles que não gostam de deixar de fazer as compras de última hora garantindo o seu predileto sem correr o risco dele se esgotar. Juliana tem uma má notícia aos atrasados: “quanto mais perto do dia 4, mais gente adquirindo o seu chocolate”. Para aqueles que consideram essa parte da Páscoa uma tentação, os apaixonados pelo doce, Juliana confirma a sua venda até uma semana depois do dia, portanto, se a vontade continua, ainda haverá tempo para comprar. Caso ainda reste algum ovo na prateleira, ele passa a ser vendido por 50% do valor, isso quando não há devolução. Agência Facos - 28.02.2010 3 Mutirão de próteses garante novos sorrisos Carla Martuscelli Ontem, aproximadamente 120 pessoas receberam a segunda parte do tratamento para a implantação de próteses dentárias no Centro de Especialidades Odontológicas da Zona da Orla/Intermediária. Os pacientes esperaram em média três horas para o atendimento, o que ocasionou aborrecimentos. As pessoas ficaram exaltadas e gritaram com funcionários e voluntários, por causa da demora, e a guarda municipal foi acionada para controlar a situação. O motivo do atraso foi a falta de dentistas. Como nem todos apareceram, outros fica- ram sobrecarregados. A maioria dos pacientes, como a faxineira Maria Fátima da Costa, não entendeu o motivo da irritação. “Vale a pena esperar, as pessoas precisam valorizar o esforço dos dentistas e funcionários, eles estão aqui voluntariamente e as próteses são gratuitas”. A seleção de pacientes é feita pelos próprios dentistas, que atendem nas policlínicas da Cidade. “Fui fazer apenas uma limpeza nos dentes e o dentista me perguntou se gostaria de trocar as próteses, é claro que aceitei”, conta a acompanhante de idosos, Alice Canelas. O processo entre a seleção e o atendimento é demorado. Todos os entrevistados demoraram cerca de um ano para serem chamados. O aposentado Sidney Barroso de Paula relata as etapas do procedimento. “Após um ano de espera, no dia 6 de fevereiro, fiz os moldes necessários e hoje vim experimentar”. Ele ressalta o bem que as próteses vão trazer para sua autoestima. O pedreiro José Carlos Nunes acha uma iniciativa maravilhosa e conta que o tempo de espera será compensado com um novo sorriso. “É preciso ter paciência, quem esperou um ano pode esperar algumas horas, o importante é o resultado final.” Casa Martim Afonso oferece novo passeio ao passado Bruna Almeida A exposição do Sítio Arqueológico Bacharel, na Casa Martim Afonso em São Vicente, oferece aos visitantes uma viagem no tempo. A história da cidade e dos povos que habitavam a região antes mesmo da colonização é contada através de quadros de grandes pintores, como Benedito Calixto. Além disso, é possível encontrar vestígios de fragmentos históricos, como restos de sambaquis, ossos humanos, peças confeccionadas em barro e louças, que confirmam a história. O Sítio foi encontrado a partir da construção de um prédio na Biquinha, na Praça 22 de janeiro. Durante a construção, ao lado da Casa Martim Afonso, foi encontrada uma parede de pedra histórica de vinte e cinco metros. Depois de pesquisas foi constatado que aquela parede poderia ter sido parte da Fortaleza da Vila de São Vicente, erguida por Martim Afonso. A construção do prédio então foi interrompida e os estudos começaram em todo o redor da parede. Após onze anos desta descoberta, a Casa Martim Afonso e a parede histórica foram tombadas pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arquitetônico, Cultural e Turístico de São Vicente, o Condephasv. Além do sítio histórico em que a parede se encontrava, foram encontrados objetos de civilizações indígenas e de outras que viveram na região por volta de três mil anos atrás. Na exposição é possível visitar o próprio sítio arqueológico e conhecer como está sendo feito este trabalho. Para o coordenador da Casa Martim Afonso e historiador, Marcos Braga, a exposição hoje vem confirmar o que os livros nos disseram. “As pessoas não estão acostumadas a visitar ruínas, mas as evidenciações vão trazer outro interesse à população. Antes, elas não tinham um pensamento muito concreto sobre a história, a ruína dá a relação concreta com a história da cidade”. O trabalho de escavação e busca por fragmentos é uma parceria entre a Prefeitura de São Vicente e o arqueólogo e professor da USP, Manuel Gonzalez. A exposição tem caráter permanente, mas vai sofrer uma pausa no dia 10 de março para a retomada das pesquisas no sítio e para a realização de outra exposição. No meio do mês, ela será reaberta ao público com mais novidades das novas escavações. A Casa Martim Afonso fica na Praça 22 de Janeiro, na Biquinha, em São Vicente. A visita é monitorada e gratuita e está aberta de terça a domingo, das 10 às 18 horas. 4 Agência Facos - 28.02.2010 Super Banca apoia causa ecológica Jessica Brandão Gonçalves A Super Banca está arrecadando garrafas pet de todos os tipos e tamanhos. A campanha é para aquisição de matéria-prima para uma cooperativa de fabricação de vassouras ecológicas. Prossegue, desde o dia 4 de fevereiro, até o dia 31 de março, de segunda a sábado, das 6h30 às 19 horas e aos domingos, até as 14horas. A ação contribui para diminuir a poluição e os possíveis focos de dengue por acúmulo de água, o que torna obrigatória a lavagem das garrafas para doação. A cada três garrafas doadas o contribuinte recebe um cupom para concorrer a um kit ecológico e ganha um desconto na compra da vassoura. Com doze garrafas pets é possível fazer uma vassoura em cerca de 40 minutos. A meta de doações estava em cerca de 800 garrafas e já foi batida ontem, segundo Cesar Alves Malaco, 36 anos, ex aluno de Jornalismo da UniSantos, atual proprietário da Super Banca, que achou o projeto super interessante e é um dos principais colaboradores. Ontem pela manhã o ex-vereador Adelino Rodrigues, atual coordenador do CIDOC (Centro de Informação Defesa e Orientação do Consumidor), 64, estava passando na Super Banca e afirmou: “O projeto é uma iniciativa perfeita, logo que é esse lixo que está sendo reciclado e reaproveitado, que é um dos causadores das enchentes que estão acontecendo”. A professora de Educação Física Valéria Maria Rodrigues Machado, 50 anos, disse “Sou totalmente adepta a reciclagem, tanto que utilizo brinquedos reciclados nas atividades que aplico em minhas aulas” ela apoia a causa afirmando que as vassouras são muito úteis e que as pessoas acabam decidindo comprar as convencionais apenas por causa do marketing ao invés de ter uma atitude ecológica. Há cinco anos a professora Silvania Aparecida S. Ramos, 50 anos, líder da Pastoral da Criança criou a cooperativa “Revitalizando o patrimônio humano” em parceria com o artesão carioca José Barbosa e se tornou coordenadora. Barbosa for- neceu as técnicas do processo de fabricação de vassouras e escovas de banheiro ecológicas. As vassouras ecológicas têm sido fonte de renda dessa cooperativa que possui 19 pessoas, em sua maioria mulheres, de 45 a 50 anos, no lugar de serem beneficiadas com cestas básica na Pastoral como antigamente. O projeto é uma homenagem a Zilda Arns Neumann, coordenadora internacional da Pastoral da Criança, que morreu em um terremoto no Haiti, tem o patrocínio da Petrobrás, da Prefeitura Municipal de Santos e faz parceria com o Lojão de Aparecida e Jaú Materias que fazem a armazenação e a entrega das garrafas respectivamente. As vassouras são encontradas na Super Banca, na Avenida Alexandre Martins, 139, no bairro Aparecida em Santos, em lojas de produtos de limpeza, supermercados, entre outros lugares. Segundo Silvania a cooperativa ainda precisa de mais postos de venda. E a cooperativa “Revitalizando o patrimônio humano” fica na Rua Marques de Herval,24. Farmácia Popular agrada população Amanda Camargo A Farmácia Popular do Brasil, no Campus Vila Nova da Católica UniSantos, inaugurada há dois meses e meio, agrada a população por disponibilizar o acesso a medicamentos, como controle de colesterol e diabetes, mais baratos. Os medicamentos mais vendidos até o momento são para tratamentos de hipertensão, diabetes e controle de colesterol. Além de remédios, preservativos também são vendidos. A farmacêutica Patrícia Bajerl Koshio diz que apesar da divulgação de que não é permitida a venda de medicamentos sem receita, a população mais desavisada aparece. “As pessoas que vêm à farmácia sem prescrição médica são orientadas de que só podem adquirir medicamentos aqui mediante apresentação da receita.” Apesar do intenso calor dos últimos dias, Patrícia afirma que os medicamentos de hipertensão, por exemplo, não tiveram uma elevação nas vendas. O preço dos medicamentos é bem vantajoso em relação a outras farmácias. Patrícia ressalta que a diferença é bem grande e os medicamentos têm preços bastante acessíveis. Por exemplo, dez comprimidos do medicamento Metformina 850 mg, para tratamento de diabetes, custam R$ 0,30, e dez comprimidos de Maleato de Enalapril 10 mg, para tratamento de hipertensão arterial, custam R$ 0,60.” João José da Silva, 35 anos, diz que compra na Farmácia Popular porque os remédios são mais baratos e o atendimento também é muito bom. A Farmácia Popular funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas, e aos sabádos, das 8 às 12 horas. Agência Facos - 28.02.2010 5 Pneu ecológico ajuda a preservar o Meio Ambiente Fabiana Pardini Blanco Uma forma encontrada para causar menos impacto ao meio ambiente é o pneu ecológico que reutiliza as carcaças de pneus usados, diminuindo assim o seu custo. Nesse processo, chamado vulcanização, é adicionada uma nova banda de rodagem, onde a carcaça é colocada em um forno onde há altas pressões e temperaturas para unir as duas partes. Quanto maior esse processo, mais dura fica a borracha, por outro lado, quando ela é mais mole, a durabilidade é menor que é o que ocorre com o pneu ecológico. O proprietário da loja Mil Rodas do Litoral, Rogério Heriques Parreira, explica que o pneu convencional é composto por arames e malha de aço e terminada a parte de aço, a borracha é colocada por cima. Já no ecológico ou ‘remold’ é reaproveitada a parte estrutural do pneu convencional, ou seja, o aço e as lonas, e colocado uma nova capa de borracha. O custo do pneu ecológico é aproximadamente 40% a 50% do convencional e varia de acordo com o aro.Um pneu com o aro 14 custa em média R$ 120, enquanto o novo custa de R$ 250 a R$ 350. E sua durabilidade é 30% menor do que o convencional, esclarece Parreira. Nem todos os pneus servem para serem reutilizados devido aos gastos, apenas cerca de 50%. Porém, há outras formas de uso para os pneus, como bóias para amortecer o impacto entre os navios e o atracadouro. Em alguns casos, separam a borracha e a lona da parte de metal e trituram para usar na usina de asfalto, e a parte metálica (malha de aço da banda de rodagem) volta para as fábricas para ser reciclada. Parreira ainda afirma que em carros mais luxuosos, como Mercedes, há uma nova espécie de pneu, o ‘Run-Flat’, que é um pneu que pode furar e cortar que não perde a dirigibilidade, podendo circular por mais 600 km. Por isso, esses carros não possuem mais estepes. O valor desse pneu é alto, podendo custar em média 1.500 reais cada pneu. Por outro lado, o funcionário da Dpaschoal, Leandro Matias, afirma que o pneu ecológico está saindo de circulação e que a própria loja da Dpaschoal não vende. O mecânico da loja Gatto Auto-Peças, Antônio Soares Leite, diz que um pneu ecológico roda em torno de 30 mil quilômetros. E explica que o pneu convencional prejudica o Meio Ambiente por casa do tempo de decomposição da borracha e a energia utilizada no processo de vulcanismo. Além disso, com o reaproveitamento da carcaça há uma economia de 70% de energia e matéria-prima O empresário João Lorenzo Veloso afirma que sabia da existência de pneus ecológicos, mas que não os compra, pois acaba tendo mais problemas que o convencional, como no caso da durabilidade. “Embora o pneu convencional custe mais, ele dura mais também e acredito que as chances de defeitos também são menores.” Borracharias se previnem contra mosquito Lincoln Spada No primeiro trimestre de 2010, Santos teve mais de 130 casos de dengue, conforme o site da Prefeitura de Santos. Para combater a doença, borracheiros tomam medidas de prevenção. Nas borracharias visitadas na manhã de ontem, todos os pneus empilhados estavam em bom estado e em áreas cobertas. As medidas beneficiam quem mora perto do estabelecimento, constatando que não teve casos de dengue nas proximidades. O dono da A. D. Pneus do Bra- sil (Av. Carvalho de Mendonça 326), Antonio Carlos, conta que depois de contrair dengue no início de fevereiro, ele teve ainda mais cautela em seu trabalho. Diariamente ele aplica veneno nos 300 pneus. A Borracharia Canal 2 AutoCenter (Av. Dr. Bernardino de Campos 486) funciona em espaço aberto, contendo poças de água durante as chuvas. Por sua vez, há uma área separada e coberta para os 40 pneus. O responsável pelo ponto comercial, Nelson Anastácio, afirma: “semanalmente coloco sal grosso ou creolina naquele galpão”, apontando para o local desti- nado exclusivamente aos pneus. Ao contrário desses estabelecimentos, normalmente a São Judas Center Pneus (Rua Joaquim Távora, 94) recebe vistorias da Prefeitura. Dois pneus desgastados expostos ao ar livre recepcionam os clientes ao estabelecimento que funciona há 32 anos. Embora isso, os borracheiros Pedro Ângelo Soares, 58 anos, e João de Souza, 62 anos, tomam as devidas providências. Pedro explica como não juntar água nas plantas e nos 150 pneus. Com 45 anos de profissão, João declara: “eu não contribuo para a dengue”. 6 Agência Facos - 28.02.2010 Oficinas Automotivas lucram com as enchentes Jéssica Amato Oficinas automotivas lucraram de 5 a 15 % com as enchentes dos últimos dias devido a falta de manutenção preventiva dos carros. Os problemas que atingem não só o motor, mas também a parte elétrica, podem ser previstos se houver um trabalho de base com o mecânico de confiança. Proprietário de uma oficina mecânica no bairro Vila Mathias, José Erick Bastos Carneiro, 46 anos, que tem 25 anos de profissão, diz que para amenizar os danos causados pelas enchentes faz “um trabalho educativo de prevenção com os clientes para diminuir custos, preservar o carro e trazer mais segurança não só para quem dirige”.Antes disso os carros chegavam na oficina com problemas sérios tendo que consertar praticamente tudo e o preço ficava muito mais alto. Além de fazer o serviço de prevenção, ele dá suporte fora da oficina disponibilizando o seu email e telefone para esclarecer as dúvidas de seus clientes. O problema mais comum nos veículos que passam por enchentes é o cálcio hidráulico, que ocorre quando entra água no motor, e é também o serviço mais caro oferecido na oficina, que pode chegar em média a R$ 6 mil. O mecânico Willian de Santos Salor, 35anos, que trabalha há 23 anos na profissão, diz que “existem carros em que a tomada de filtro de ar é mais baixo e por isso esses dão mais problemas”. O proprietário de uma oficina mecânica, na Encruzilhada, Raimundo Santos Galvão,53 anos, que atua na área há 43 anos, diz que o movimento aumentou muito devido às chuvas. “Não faço o trabalho de prevenção e ninguém faz”. Frente fria - A frente fria que chegou à Baixada Santista provocou muita chuva e transtornos. Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão tiveram dezenas de ruas alagadas. A Defesa Civil de Santos decretou estado de atenção ao constatar o encharcamento do solo. Diversas avenidas da Zona Noroeste,em Santos, permaneceram alagadas e todos os canais da região transbordaram durante a madrugada de quinta-feira por conta da alta da maré. Na Cidade, das 3 às 6 horas, choveu o correspondente a uma semana de um mês chuvoso. Dengue volta a assustar moradores de Santos Jéssyca Rolemberg Gomes O aumento no número de casos de dengue está levando a população santista aos hospitais, centros clínicos e prontos-socorros de toda a Cidade. Com essa crescente, os hospitais vêm registrando um grande número de atendimentos. De acordo com o site da Prefeitura de Santos, a Seviep (Seção de Vigilância Epidemiológica), já são 132 casos confirmados até o momento, número esse que ultrapassa o total registrado em todo o ano passado(130 casos). Com o aumento nos casos de dengue, aumentam também a procura dos pacientes pelos hospitais, gerando com isso filas enormes e bastante demora no atendimento. Esse “privilégio” não se dá apenas a quem procura por hospitais de rede pública, mas também é constatado na rede par- ticular de saúde. A autônoma Lucéia Malta comentou que teve uma série de problemas tanto no tempo de espera quanto no atendimento. “ Demorei mais de duas horas para ser atendida na área particular no Santo Amaro, e, além disso, o médico não me deu atenção nenhuma, achei um absurdo isso acontecer em um atendimento particular”, disse. Segundo o médico Newton Almeida, plantonista do Pronto Atendimento da Unimed, o movimento cresceu desde o início de fevereiro. “ Mais de 50% dos pacientes que chegam ao pronto-socorro são suspeitas de dengue, e pelo crescente movimento foi colocado mais um clínico geral no quadro de médicos do hospital”, conta. Ele explica ainda que o espaço físico do Pronto Atendimento já está ficando limitado, que nos períodos do dia com maior fluxo de pacientes, a equipe de médicos e enfermeiros tenta dar preferência no atendimento de crianças e idosos. No hospital Infantil Gonzaga, a recepcionista Adelaide Assunção explicou que o aumento nos atendimentos ocorreu nos últimos 20 dias. “ Houve na última semana a necessidade de um reforço no quadro de médicos do pronto-socorro em decorrência da dengue. Notamos também o grande número de atendimentos de pacientes de outras cidades da região, como Guarujá”, comenta. Já no pronto-socorro do Hospital São Lucas o número de atendimentos mudou, porém o quadro de médicos e enfermeiros não foi reforçado. “Tivemos um aumento considerável no número de atendimentos, e com isso as reclamações de demora no atendimento são mais decorrentes”, explicou a recepcionista Jaqueline do Carmo. Agência Facos - 28.02.2010 7 SINDEST ganha nova diretoria em 2010 Juliana Ribeiro Vicente Na última quinta-feira, foi realizada a posse da nova diretoria do Sindicato dos Servidores Municipais de Santos - SINDEST. Durante sete anos, o sindicato passou por diversos problemas judiciais em relação à realização de uma eleição. Agora, os novos dirigentes, que são praticamente os mesmos que fundaram o sindicato em 1989, planejam uma reestruturação física e a melhoria dos serviços de assistência social oferecida aos associados. Em dezembro de 2009, José Roberto Mota foi destituído do mandato de interventor, pois não realizou as eleições dentro do prazo de 90 dias, como manda a lei. Tal atitude fez com que toda a antiga diretoria fosse retirada do sindicato pela força policial. Assim, foi instalada uma comissão temporária designada pela justiça, até que ocorressem novas eleições. Agora na presidência, Fábio Marcelo Pimentel, 48, comenta sobre as mudanças que a nova diretoria planeja para os próximos cinco anos. Primeiramente, pretende reorganizar a estrutura física do sindicato, pois algumas modificações precisam ser feitas. Colocar a categoria novamente na luta pelos direitos dos servidores e melhorar a assistência social oferecida aos associados. Alguns serviços são oferecidos, como atendimento odontológico e uma lan-house. Percalços - Em 2003, ocorreu a primeira tentativa de eleição. Dentre diversos percalços, a justiça estadual anulou as eleições. De acordo com a cláusula estatutária, quando há alguma pendência judicial, o último presidente do sindicato fica como interventor, assumindo novamente a presidência até que ocorram novas eleições. Após algumas eleições anuladas, em 2005 ocorreu a reforma judiciária e através da emenda 45, o que antes tornava essa situação um caso da justiça estadual, se tornou um problema da justiça federal. Através dessa nova lei, também entrou em jogo a antecipação de tutela, que é uma espécie de adiantamento da sentença, para a possibilidade do julgamento demorar muitos anos para ocorrer. Nessa situação, a antecipação de tutela, a expectativa era que o interventor em atividade, José Roberto Mota, realizasse uma nova eleição dentro do prazo de 90 dias. Caso isso não ocorresse se daria uma destituição do mandato de interventor. Como não foi cumprida a ordem dada pela justiça, em 10 de dezembro de 2009, toda a diretoria foi retirada pela polícia sem o direito de levar nenhum documento do sindicato. Vendas de repelentes aumentam em Santos Paula Moreira de Oliveira A dengue tem sido uma grande preocupação para a Baixada Santista nas últimas semanas. Em razão das dificuldades que a região tem enfrentado com o aumento dos casos da doença (lotação dos prontos socorros e hospitais), autoridades dizem que a prevenção é a melhor alternativa. Entre elas, está o uso de repelente, o que já se comprova com o aumento de 20 a 30% na venda dos produtos. Segundo o balconista Joelcio Cipriano, do Drogão Super, o surto de dengue fez aumentar as vendas. “Nós vendíamos em média quinze por mês, hoje vendemos trinta a mais comparado ao mês passado”. A dona-de-casa Dolores Silva Teles, de 43 anos, disse que faz questão de recorrer ao repelente. “Comprei dois, pois quero minha família livre dessa doença”, disse. Segundo ela, seu marido já teve dengue há três anos e sabe como é difícil o processo de tratamento. A farmacêutica Cícera Fernan- des, da Poupa Farma localizada na Avenida Conselheiro Nébias, diz que as vendas de repelentes aumentaram em seu estabelecimento. “De um mês pra cá, posso dizer que as vendas tiveram um acréscimo de 15%, inclusive de remédios como paracetamol, que não oferece risco para quem está com suspeita de dengue”. Ela ainda faz um alerta para que o consumidor, antes de comprar o produto, faça o teste em uma pequena área do corpo. O preço dos repelentes varia de R$ 8,00 a R$ 18,00. 8 Agência Facos - 28.02.2010 Ficus ameaça segurança de moradores José Claudio Pimentel Desde setembro de 2009, os moradores da Rua Francisco de Barros Mello, na Zona Noroeste, em Santos, convivem com um problema que, até hoje, não teve solução. Uma árvore da espécie Ficus de aproximadamente cinco metros de altura, localizada no pátio da escola estadual Paulo Filgueiras, ameaça cair a qualquer instante colocando em risco as casas e a vida das pessoas que estão em seu entorno. De acordo com a dona de casa Claudia Nascimento, que mora há 20 anos na região, as autoridades já foram acionadas diversas vezes e mesmo com a aparente mobilização da Defesa Civil, Bombeiros e Prefeitura de Santos, a situação continua a mesma. “Eles disseram que o a escola é quem deveria tomar uma providencia”, ressalta. Mais da metade da residência dela está ameaçada. O sargento aposentado da Polícia Militar, Agostinho Pereira, mostrou à reportagem todos os requerimentos de solicitação feitos por ele. Em um só dia ele passou pelo Horto Florestal para solicitar a poda da árvore, na Ouvidoria Municipal e Defesa Civil requerendo uma vistoria de segurança. Em nenhum dos lugares obteve sucesso. “Quando cheguei aqui, eu conseguia ver o mar”, explica Agostinho fazendo referência às mudanças ocorridas na Zona Noroeste durante os 30 anos que está lá. Nos dias de chuvas a situação se agrava. “As pessoas que não possuem comportas em suas residências acabam perdendo tudo”, é o que diz a dona de casa Edna Ribeiro. Segundo ela, quando chove a rua fica submersa e o solo em torno da árvore fica encharcado, deixando-a totalmente suscetível. Por enquanto, todas as decisões ficam em torno de promessas e muita burocracia. O presidente da Sociedade de Melhoramentos do centro comunitário da região, Pedro Estevão, disse que o Governo do Estado em parceria com a Prefeitura se comprometeu a realizar vários investimentos na região. De acordo com ele, o braço do Rio Bugre que corta o local passará pelo processo de macrodrenagem, diminuindo o excesso de água no solo e facilitando a escoação. Em relação à árvore, os moradores afirmam que a alegação do Corpo de Bombeiros é de que só pode tomar alguma atitude a partir do momento em que a queda acontecer. Quanto a poda, como forma de contenção do acidente, a responsabilidade é empurrada entre a concessionária de energia, CPFL, para Horto Florestal e Prefeitura. A escola estadual também já enviou um ofício de solicitação para o Governo do Estado, mas nada foi feito até o momento. Bolões ilegais ainda são feitos em Santos Luiz Linna Após o incidente da semana passada em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, a Caixa Econômica Federal (CEF) reforçou a proibição às casas lotéricas de fazerem apostas referente a bolões. A Caixa enviou nessa semana uma nota que explica a proibição dos jogos. Os bolões não estão previstos na Norma Geral dos Concursos de Prognósticos emitida pelo Ministério da Fazenda, e nas circulares emitidas pela CEF. A nota esclarece que o comprovante emitido pelo terminal de apostas é o único documento que habilita o recebimento de prêmios. A Caixa afirma que as casas que tiverem bolões serão devidamente multadas com o risco de perder a licença de loteria. Ontem, pela manhã, ainda era possível encontrar bolões à disposição de jogadores. Em uma lotérica situada no bairro do Gonzaga, este tipo de aposta estava sendo feita. Com receio de se identificar, uma funcionária revelou que para ela o jogo era legal, pois o papel era da Caixa, afirmou. “A Caixa nunca multou ou fiscalizou os bolões”. Em outras duas que não fazem bolão, os funcionários foram omissos e não quiseram se pronunciar sobre o caso. O aposentado Floriolano da Silva, 67 anos, diz que não é contra nem a favor do bolão. “Não sou contra nem a favor, para mim é uma aposta de risco que a pessoa tem de seguir se ela se sujeitar a isso. Ela que sabe se é certo ou errado, para mim é indiferente”. Mas ressalta que já apostou e aposta por meio de bolões. “Eu aposto eventualmente, quando o acumulado está bem alto”, diz. O aposentado Jorge Guilherme Neves Alvarez, 61 anos, não costuma jogar, então acha indiferente ter ou não ter o bolão. “Não costumo jogar nos bolões, pois não é da Caixa Federal, então sempre fico com um pé atrás com esses jogos. Não é garantido que você terá o prêmio e após o acontecimento no Rio Grande do Sul aí que não jogo mesmo”. Agência Facos - 28.02.2010 9 A particularidade de nascer em 29 de fevereiro Juliana Vieira Encontrar nascidos no dia 29 de fevereiro é difícil. Porém, algumas pessoas têm de lidar com a circunstância de fazer aniversário somente nos anos bissextos e assim comemorar a data um dia antes ou depois. É o caso da artesã Waldenize Silva Fernandez que nasceu no dia 29 de fevereiro de 1960. Naquela época, os pais tinham a opção de registrar os bebês nascidos nesta data, nos dias 28 de fevereiro ou primeiro de março. “Meu pai escolheu o dia 28 porque continuava no mesmo mês”, contou Waldenize. Hoje é obrigatório que o pai faça o registro com a data que consta na declaração expedida pela maternidade ou médico que fez o parto. Por isso, a produtora de multímidia, Brunna Louise, 22 anos, é re- gistrada no dia 29 e adora fazer aniversário nesse dia. Para ela, é uma situação quase única. “Temos o nosso próprio calendário”, comentou. Na infância, ela se lembra de achar estranho quando seus amigos mostravam o aniversário no calendário e o dela não aparecia, mas que não ficava triste por isso. Cada uma comemora em uma data. “Nasci depois do dia 28 então prefiro comemorar no dia primeiro de março, que no ano bissexto seria 29”, disse Brunna. A artesã Waldenize prefere festejar no dia em que foi registrada, mas não deixa de fazer festas e reunir familiares e amigos, quando o ano é bissexto, pois esperou quatro anos para apagar as velinhas na data correta. É comum escutar que quem nasce nessa data só envelhece de quatro em quatro anos. “As pessoas falam tanto que não envelhecemos que a gente chega a acreditar”, afirmou a produtora. Waldenize, com 50 anos, brinca até hoje com os colegas que ela é muito jovem e pede para eles fazerem as contas de quantos anos ela teria se comemorasse só nos anos bissextos e todos ficam confusos. Quando adulto é mais fácil entender o que acontece, mas as crianças tendem a estranhar, pois não têm o dia do seu aniversário e não podem fazer as festas. A psicóloga e professora Eliana Bruno Ferreira de Almeida explicou que o comportamento das crianças pode ser estranho, algumas podem não aceitar, já que a maioria dos amigos não passa pela mesma situação, mas que dificilmente esse problema causará uma doença psíquica na criança. “Quando crescem, aceitam e fazem até brincadeiras”, completou Eliana. Educação é prioridade do projeto Educafro Vanessa Luiz Após a realização das inscrições para o curso gratuito, a Educafro iniciará seu ano letivo. O projeto que foi inaugurado em Santos no ano de 2002 conta atualmente com 255 unidades nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Santa Catarina. A unidade do núcleo Quilombo é formada por voluntários e as aulas são realizadas em escolas públicas, todos os sábados das 8h30 as 18h30. Nessa semana a coordenação irá anunciar qual escola em que as aulas serão administradas – Ponta da Praia ou Aparecida. A coordenadora geral do núcleo Quilombo Pai Felipe, Maria Augusta de França Oliveira, conta que Frei Davi Raimundo foi o fundador do projeto em 1993, no Rio de Janeiro. Augusta ressalta o compromisso dos voluntários com o curso. “Aula vaga não existe aqui”. Os critérios para a seleção dos alunos são sua renda, idade e etnia. Há preferência para os que estejam afastados há mais tempo do ensino, com o objetivo de inclusão social e os afrodescendentes. A coordenadora acredita que as cotas são necessárias para preparar os que têm menos chance. Apenas estudantes de escolas públicas ou os que estudaram com bolsas de 100% podem se inscrever. Anualmente são recebidas por volta de 100 a 150 inscrições, sendo que o curso oferece 50 vagas. O projeto é conveniado a universidades particulares da região. No ano passado 16 alunos passaram em universidades públicas ou conseguiram bolsas integrais nas particulares. Auxiliar de limpeza, Jaqueline Cristina Cabral, 25 anos, que terminou o ensino médio no ano de 2002, tem o objetivo de passar em um concurso público e acredita que o projeto seja uma boa oportunidade. Seis estudantes da Educafro foram cursar medicina em uma universidade federal de Cuba, pois o projeto também tem parceria com universidades no exterior. Para mais informações a Educafro disponibiliza o site www.educafro.org.br. 10 Agência Facos - 28.02.2010 Prefeitura diversifica ações no combate à dengue Paula Ribeiro Com o slogan: “O combate não pode parar”, a Prefeitura de Santos montou ontem um estande em frente ao Aquário de Santos, para informar a população sobre como evitar a proliferação do Aedes Aegypti. Com panfletos, saquinhos de lixo para carros e até maquete para ilustrar melhor os locais de foco do mosquito, os agentes mostravam a todos que aparecessem os processos de desenvolvimento do mosquito da dengue: ovo, larva, pupa e adulta. A educadora Ana Lúcia Fernandes Bueno, que direcionava as informações no local, falou que a população está bem informada sobre os cuidados que se deve tomar com a doença, mas que nunca é demais. “Todos os fins de semana temos eventos, a dengue se combate todos os dias”. Ela conta que uma das preocupações mais recentes é com os mais novos. “A dengue atinge crianças também, temos registros de óbitos em Santos, uma criança de sete e outra de cinco anos. As pessoas banalizam muito essa doença sendo que precisam dar mais atenção”. Queremos mostrar à população que não há dificuldade na prevenção da doença, é simples, diz ela. Ana explica que para prevenir basta limpar as calhas, pratinhos de flores com esponja e encher com areia, escorrer água de pneus, colocar lixos em sacos plásticos e tampar a caixa d’água. “A água sanitária é outra solução para o problema”. Como um dos panfletos distribuídos afirma: “Sem ovo, não há mosquito.” A enfermeira Denise Victor Santos acredita que a população está bem informada, mas o problema é que muitas pessoas não levam a sério. “Há muita informação pela Cidade e até na televisão, mas muitas pessoas tratam com descaso”. Denise também coloca que essa conscientização deve continuar. Seu filho de cinco anos também ajuda no combate. “Água parada não pode”, diz ele. O combate se estende pelo fim de semana. Hoje, das 9 às 14 horas, no supermercado Comprebem da Avenida Bernardino de Campos e, de acordo com Ana, durante o jogo entre Santos e Corinthians, será exibido no telão um filme sobre eliminação dos criadouros do mosquito e pendurada uma faixa com o slogan da campanha. A partir dessa semana a campanha educativa começa na televisão, rádio, internet e escolas municipais. Outras informações consulte o site www.combatadengue.com.br ou o telefone do disk saúde 0800 61 1997. Stand Up é oportunidade para novos talentos Mayra Veríssimo Ruas O ‘stand up comedy’ é um gênero no qual o artista utiliza assuntos comuns para faezr humor ajustandoo ao seu público. Este estilo está ganhando espaço na Baixada Santista por meio de apresentações. O grupo Comédia na Areia é um exemplo do estilo que esta evoluindo e abre um espaço chamado ‘open mic’, no qual pessoas que estão iniciando têm a oportunidade de expor seu talento. O grupo começou com André Garrido, que se interessava pelo estilo e resolveu iniciar com o gênero na região, pois aqui este ainda não era conhecido. Com o tempo conheceu outros que tinham a mesma proposta e se uniram concretizando a existência do grupo. O nome foi dado por ele pelo fato de ser formado por humoristas da Baixada Santista. Hoje os integrantes são André Garrido, Luiz Lavor, Fabio Barros e Luciano Cidade. A estreia do grupo foi em 4 de novembro de 2009, no Cheers Pub, onde estão se apresentando todas as quartas-feiras. Segundo Fábio Figueiredo Barros este é um meio pelo qual cada um pode expressar seu talento e ganhar espaço. Em São Paulo já é um estilo bem mais conhecido e divulgado. O projeto ‘open mic,’ oferecido pelo grupo, lança a oportunidade para novos talentos dando a facilidade de aprender tanto em relação a textos quanto em presença de palco. O iniciante deve apenas enviar seu texto de no mínimo 5 minutos de apresentação para o email ou orkut do grupo ou entregar nos próprios shows. O estilo teve maior divulgação com o programa de humor CQC transmitido pela Band e assim passou a atingir um público maior, independente de idade, sexo ou religião. Hoje, o grupo conta com a participação especial do palhaço pudim que integra o show com números diferentes dando uma cara nova para a apresentação. “É uma partcipação importante que nos traz ensinamentos e novas experiências, pois ele está bem mais tempo envolvido com o mundo do humor”, diz Fabio Barros. Para entrar em contato com o grupo, basta acessar o orkut, perfil ou comunidade, Comédia na Areia, por meio do twiter @comedianaareia ou até mesmo pelo blog www. comedianaareia.blogspot.com, onde há textos, fotos e agenda do grupo. Agência Facos - 28.02.2010 11 Ingresso caro divide opiniões de torcedores Vinício Mancuso Há exatamente 10 meses o Corinthians batia o Santos em plena Vila Belmiro por 3x1, pela final do Campeonato Paulista de 2009, com direito a espetáculo do fenômeno Ronaldo. Hoje às 17 horas, o Santos busca a revanche contra o rival, em jogo válido também pelo Campeonato Paulista, no mesmo “palco”, mas com ingredientes diferentes. Entre eles, estão o alto custo dos ingressos e a divisão de opiniões que eles causam. O alvinegro praiano conta com o ataque mais positivo da competição, Robinho, que não participará do clássico devido ao compromisso pela seleção brasileira, Neymar e companhia, fazem a festa dos torcedores e apreciadores do “futebol moleque”. Já o alvinegro da capital tem a melhor defesa e um time experiente, sem falar do diferencial Ronaldo. Tal cenário levou o atual presidente do Santos, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, a elevar os preços dos ingressos, preços que vão de R$ 80,00 (R$ 40,00 meia) a R$ 200 (R$ 100,00 meia), além dos camarotes que custam R$ 250,00. Essa decisão da diretoria santista divide opiniões, e a justificativa do presidente, de que para se manter um time forte é necessário pagar por ele, não convenceu a todos os torcedores. O estudante Weslei Martins da Silva, torcedor do Santos e morador da Cidade, não considera correta a atitude da diretoria, e afirma que o torcedor mais assíduo é quem sai prejudicado. “Venho sempre à Vila, o time bem ou mal, e quando surge a oportunidade de curtir um clássico o torcedor acaba sendo lesado.” Além disso, acredita que a ausência de Robinho no clássico é outro motivo para manter o preço antigo dos ingressos (R$ 30,00). “O time vem bem sim, mas faltou lembrar o “Álvaro“ que a principal estrela do time não vai jogar”. Já o comerciante Edvaldo Mendes, 43 anos, que organizou uma viagem com torcedores de Maringá para ver o jogo, não vê problemas no aumento do preço, e credita isso ao ótimo futebol do time no começo de temporada. “O time vem dando show, a torcida tem que entender, e o jogo tem de ser aqui na Vila Belmiro, é o alçapão do Peixe”. E complementou: “Venho com esse pessoal a jogos do Santos desde muito tempo, em clássicos estamos sempre aqui. Com Robinho, sem Robinho, viemos aqui para ver o glorioso alvinegro praiano”. O movimento nas bilheterias da Vila ontem pela manhã começou a se intensificar apenas às 11 horas, mesmo assim, ainda não existiam filas para adquirir os ingressos. Lembrando que só é liberado apenas um bilhete por espectador. Antigo Problema - A questão dos ingressos na Vila Belmiro tem histórico em causar polêmicas e problemas para os torcedores. Em clássicos, velhos problemas teimam em aparecer. Um dos comissários do Santos, Carlos Marquezane de Sene, experiente e conhecido na Vila, confirmou que apenas 400 ingressos foram disponibilizados para a torcida corinthiana de Santos, ingressos esses vendidos e já esgotados na quinta-feira, no estádio Urico Mursa. Disse também que a diretoria do time da capital mandou de volta 1.000 ingressos que seriam vendidos em São Paulo, por causa do preço estipulado. Marquezane acredita que o clássico merecia um palco maior. “Apesar de gostar muito da Vila Belmiro, um jogo com esse porte deveria ser no Morumbi, mesmo com mando do Santos, e o preço dos ingressos mantidos, seria um espetáculo muito mais bonito, e também rentável para o clube.” Pelo menos um outro antigo problema, esse recorrente em qualquer estádio do Brasil, foi inibido com essa valorização: a atividade dos cambistas. Marquezane afirma que infelizmente essa atividade é comum também na Vila, mas ressalva: “Aqui nenhum comissário tem ‘esquema’ com eles, se eles atuam, é longe daqui, porque chamamos a polícia se percebermos esse tipo de movimentação. Esse preço do ingresso deixa o cambista com medo, eles não querem ‘morrer’ com bilhetes de R$80,00 na mão”. 12 Agência Facos - 28.02.2010 Chuva altera preço das verduras Pablo Oliveira Franco Menin A forte chuva dos últimos dias na região Sudeste influenciou na colheita de verduras. Plantações foram perdidas fazendo os preços quase duplicarem. A distribuição ficou irregular. Comerciantes aumentaram os preços para não ficarem com prejuízos. Já as frutas não sofreram aumento de preço e continuam estáveis, explica a comerciante do Mercado Municipal, Odeti Ferreira. “Banana, laranja e mamão estão com ótimo preço e qualidade. Nos supermercados as frutas e verduras são compradas em grandes quantidades, sendo assim, elas estragam com mais facilidade e nem sempre estão frescas” diz Odeti. “Aqui no Mercado Municipal sempre compramos tudo fresco e de ótima qualidade, não deixamos nada passar do ponto”, completa. As verduras que mais tiveram alta foram a alface e o tomate. O alface americano custava R$ 1,50, subiu para R$ 2,00. O tomate italiano foi de R$ 2,50 para R$ 3,60 o quilo, segundo a comerciante Edna Sueco Yogui. “Apesar da alta do preço das verduras não perdi minha clientela, que vem sempre aqui”, explica. Uva, laranja, banana, mamão e pêssego são algumas das frutas vendidas na banca do comerciante Luzinalvo Nunes da Silva. A maioria de suas mercadorias vem do Nordeste, e as chuvas de verão não afetaram no preço. A caixa de laranja está custando hoje R$ 32,00 e, em dezembro de 2009, custava cerca de R$ 38,00, afirma Nunes. O casal Maria Aparecida Pereira e Agostinho Pereira reclama. “Apesar do preço alto, verdura é essencial no nosso dia-a-dia. O melhor lugar para comprar frutas e verduras é na feira ou no Mercado Municipal, nunca compro em supermercados”, diz Aparecida. Idosos buscam manter uma vida saudável Pedro Nogueira Hoje em dia é essencial o ser humano manter uma vida saudável, praticando exercícios e mantendo uma alimentação balanceada. Para a população da terceira idade não é diferente. Os idosos, pelo tempo já vivido e o corpo mais desgastado, se tornam mais vulneráveis a lesões ou doenças. Por isso, eles precisam pensar em uma vida saudável, ingerindo medicamentos quando preciso. É recomendado às pessoas da terceira idade uma alimentação que inclua alimentos de todos os grupos (lipídios, gorduras, proteínas, carboidratos, fibras, vitaminas e sais minerais), sempre se alimentando de 4 a 6 vezes ao dia. Isso sem contar com a água que é de extrema importância para o organismo, sendo 8 copos a quantidade mínima por dia. “Nesse verão, com o alto índice de óbitos de idosos, não deixo de ingerir líquido em geral, principalmente água. Isso sem contar as inúmeras frutas e cereais, que fazem muito bem a minha saúde, regulando o bom funcionamento intestinal”, afirma o aposentado Fernandes Fernandez, 78, que diz ter uma alimentação balanceada. Além de manter uma alimentação benéfica à saúde, é necessário fazer atividades físicas aeróbicas como: caminhar, trotar, correr e alongar. Porém, quando estes abusam muito do seu corpo, acabam se lesionando, daí é necessário a busca por remédios. A aposentada Teresinha de Jesus Gomes, critica os preços dos remédios, comparando com o valor que recebe de aposentadoria. ”Recebo R$ 510,00 por mês e acabo gastando quase a metade de meu salário em compras de remédios. Isso é um absurdo. Até os remédios genéricos aumentaram o preço, enfatiza Terezinha.” Agência Facos - 28.02.2010 13 Vizinhos de viaduto convivem com abandono e medo Vinícius Augusto Nascimento O Viaduto Mário Covas, que interliga as duas pontas da Avenida Nações Unidas, cortada pela Rodovia dos Imigrantes, gera transtornos para moradores da região. Sem fiscalização, debaixo do viaduto há um grande depósito de entulhos, móveis velhos e até animais mortos. Moradores reclamam que em dias de fortes chuvas as casas são invadidas pelas águas, junto com o lixo, desocupados e marginais também ocupam o espaço, que tem causado apreensão. “Quando anoitece, mendigos, drogados e muita insegurança dominam a região”, afirma a dona de casa Renata Oliveira Machado, 42 anos. Ela ainda acrescenta que depois da construção do viaduto sua vida se tornou mais difícil. “Tive que reforçar a segurança da minha casa, grades, portões reforçados e até cerca elétrica no telhado instalei com medo dos assaltos, fora a poeira, o barulho e fumaça que invade minha casa”, relata. O aposentado Romeu Batista de Souza, morador da região há mais de 30 anos, diz que antes, sem o viaduto, era mais prático para atravessar a via. “Hoje, os carros e caminhões descem numa velocidade desrespeitando o limite e o pedestre. Do jeito que foi construído, só atrapalha a vida da comunidade. Depois das chuvas, são formadas poças de água, que viram criadouros de mosquitos, inclusive da dengue”, desabafa. Rosângela Silva Nascimento, 23 anos, convive com os transtornos de um vizinho indesejável. “Filmei as janelas do meu quarto, porque as pessoas que passam pelo viaduto conseguem enxergar por dentro da minha casa. A visão que tenho hoje quando abro a janela é simplesmente o concreto da construção”. Eu e minha família só não mudamos daqui porque não conseguimos vender nossa casa pelo pre- ço que vale”, conclui. O aposentado Amino Fortaleza reclama que há dez anos foi obrigado a fechar seu comércio, por causa do muro que separa a rodovia, obrigando pedestres a atravessarem pelo viaduto. “Esse muro dividiu os bairros Bitaru e Vila Margarida, atrapalhando o comércio local. Junto com isso, há o acúmulo de lixo que atrai ratos e mau cheiro. Tive que demitir os 25 funcionários da minha padaria e fechar as portas”, finaliza. Já o comerciante Paulo Pereira defende o viaduto. “Ninguém pode negar a importância da passagem. Antes do viaduto, era muito difícil atravessar, pois o semáforo era demorado, hoje com a obra fica muito mais fácil o acesso aos bairros e ir para outras cidades”. Para o comerciante existe solução. “Se ao invés do viaduto fossem construídas passagens de nível como as que existem na Via Expressa Sul, em Praia Grande, acho que ficaria melhor”, diz. Expediente AGÊNCIA FACOS - Órgão Laboratorial do 3º semestre do Curso de Jornalismo do Centro de Ciências da Comunicação e Artes da Universidade Católica de Santos - UniSantos. Diretor: Prof. Roberto Hage Chain. Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Paulo Bornsen. Professores Responsáveis: Tereza Cristina Tesser e Robnaldo Fidalgo Salgado (texto). - Claudio Lemos (diagramação). Equipe de Fechamento: Carla Martuscelli, Jéssyca Rolemberg Gomes, Lincoln Spada, Luiz Linna e Mayra Veríssimo Ruas. Técnico de Laboratório (Redação): Tércio Simei Gonçalves. As matérias aqui veiculadas não representam necessariamente a opinião dos dirigentes da Universidade.