UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA ÍNDICE RELATIVO DE CLOROFILA EM DIFERENTES HORÁRIOS E FASES DE DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DO TOMATE DOMINADOR Rafael Rabelo Silva ANÁPOLIS – GO 2013 RAFAEL RABELO SILVA ÍNDICE RELATIVO DE CLOROFILA EM DIFERENTES HORÁRIOS E FASES DE DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DO TOMATE DOMINADOR Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Estadual de Goiás - UnUCET, para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Agrícola. Área de concentração: Fitotecnia Orientadora: Prof.ª. D.S. Sueli Martins de Freitas Alves ANÁPOLIS – GO 2013 Aos meus pais Jânio José da Silva e Simone S. Rabelo Silva, dedico este trabalho, na esperança de poder merecer o sentimento de orgulho pelo esforço alcançado. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus acima de tudo por sempre me proporcionar uma direção a seguir e um sentido para existir. Agradeço a Professora Sueli Martins de Freitas Alves, pela experiência transmitida, bem como a paciência e dedicação, por ter me orientado na iniciação científica, etapa tão importante na vida acadêmica, fatores que, sem dúvida, contribuíram para que este trabalho alcançasse êxito. Agradeço ao Professor André José de Campos pela orientação, conselhos e disposição para agregar e melhorar este trabalho. Agradeço aos meus amigos, por terem contribuído para que estes cinco anos fossem tão especiais. Agradeço a todos os familiares que sempre me apoiaram e aconselharam nas minhas decisões. “O auto-conceito do indivíduo é o centro da sua personalidade. Ele afeta todos os aspectos do comportamento humano: a habilidade de aprender, a capacidade de crescer e mudar. Uma auto-imagem positiva e forte é a melhor preparação possível para o sucesso na vida.” Joyce Brothers SUMÁRIO RESUMO ......................................................................................................................... VII ABSTRACT .................................................................................................................... VIII 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 9 2 OBJETIVOS ................................................................................................................... 11 2.1 OBJETIVO GERAL................................................................................................... 11 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................................................................... 11 3 REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................................... 12 3.1 TOMATE ................................................................................................................... 12 3.2 PRODUÇÃO EM ESTUFA ....................................................................................... 13 3.3 IMPORTÂNCIA DA ADUBAÇÃO NITROGENADA .............................................. 14 3.4 O CLOROFILÔMETRO ............................................................................................ 16 3.5 TRABALHOS CORRELATOS ................................................................................. 16 4 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................ 18 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................................... 22 6 CONCLUSÕES ............................................................................................................... 26 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 27 RESUMO O tomate (Solanum lycopersicum) é um fruto de importância econômica, em termos de produção nacional e internacional e consumo interno. No entanto é uma espécie de difícil cultivo, visto que é acometido por diversas pragas e doenças e necessita de um periódico controle nutricional, tornando onerosa sua produção. Assim o presente trabalho teve como objetivo avaliar o Índice Relativo de Clorofila (IRC) através de um clorofilômetro, analisando o índice SPAD (soil plant analysis development), em tomate “Dominador” com diferentes dosagens de Nitrogênio, em horários diferentes e em três fases de desenvolvimento da cultura. Foram utilizadas mudas de tomate “Dominador” em delineamento experimental inteiramente casualizado com parcelas subdivididas no tempo com seis tratamentos e quatro repetições, constituído de 24 vasos, totalizando seis fileiras com quatro vasos, cada vaso com uma planta, dispostos no espaçamento de 1,00m (entre linhas) x 0,30m (entre vasos) e submetidos à análise de variância, sendo aplicando teste de F a 5% de probabilidade. Os tratamentos foram constituídos por doses diferentes de adubo nitrogenado 4-14-8, com posterior adubação de cobertura nos tratamentos 1 (SPAD 1), 2 (SPAD 2) e 3 (SPAD 3) com 50 kg.ha-1 de nitrogênio, o tratamento 4 (Aparente), 56 kg.há-1, o tratamento 5 (Referente) 126 kg.há-1 e o tratamento 6 (Testemunha) não recebeu nenhuma adubação de cobertura. No decorrer do ciclo o IRC (índice relativo de clorofila) diminui, apresentando aos 56 dias diferença significativa entre os tratamentos. O horário da leitura influencia a partir da terceira leitura, onde se tem o maior consumo de nitrogênio às 13 horas. Palavras-chave: Solanum lycopersicum, Adubação nitrogenada, IRC, Clorofilômetro, Índice SPAD. ABSTRACT The tomato (Solanum lycopersicum) is a result of economic importance in terms of national and international production and domestic consumption. However it's kind of difficult to grow, as it is affected by various pests and diseases and require a periodic nutritional control, making costly production. Thus, the present study aimed to assess the Relative Index of Chlorophyll (IRC) using a chlorophyll meter by analyzing the SPAD (soil plant analysis development) in tomato "Dominator" with different doses of nitrogen, at different times and in three phases development of culture. Tomato seedlings were used "Dominator" in a completely randomized design with split plot with six treatments and four replications, consisting of 24 vessels, totaling six rows with four pots, each pot with a plant, arranged at a spacing of 1.00 m (between rows) x 0.30 m (between vessels) and subjected to analysis of variance, applying the F test at 5% probability. The treatments consisted of different doses of nitrogen fertilizer 4-14-8 with subsequent topdressing treatments 1 (SPAD 1), 2 (SPAD 2) and 3 (3 SPAD) with 50 kg ha -1 nitrogen, treatment 4 (Apparent), 56 kg ha-1, treatment 5 (Referent) 126 kg ha-1 and 6 treatment (control) received no topdressing. During the cycle the IRC (relative chlorophyll index) decreases, showing significant difference at 56 days between treatments. The hours of reading influences from the third reading, which has the highest nitrogen uptake at 13 hours. Keywords: Solanum lycopersicum, Nitrogen, IRC, chlorophyll meter, SPAD index. 1 INTRODUÇÃO O tomate (Solanum lycopersicum) tornou-se um dos hortifrutis mais importantes do mundo, devido seu consumo em natura e utilização direta como matéria prima na indústria. Pertence à família das Solanáceas, esta família inclui também outras espécies conhecidas, como a batata, o tabaco, os pimentões e a berinjela (FILGUEIRA, 2008). É uma planta que exige como temperaturas ótimas de 21 a 24 °C, o solo não deve exceder um pH acima de 6,8, sendo bastante exigente em nutrientes como N, K, Ca, S, P, Mg, Cu, Mn, Fe, e Zn (FAYAD et al., 2002). A absorção de nutrientes aumenta à medida que a planta se desenvolve até a frutificação (FERNANDES et al., 1975; MINAMI e HAAG, 2003). Há sete anos no mercado, o Tomate Dominador é uma variedade híbrida que oferece vantagens competitivas em períodos de extrema dificuldade de produção. No período chuvoso, o Dominador é uma das variedades mais tolerantes a doenças foliares e rachaduras de frutos. Apresenta alto rendimento de colheita e firmeza de frutos, o que contribui para a segurança no transporte e comercialização do produto para longas distâncias (TEODORO, 2013). Durante os últimos anos muitos estudos têm sido desenvolvidos com sensores para identificar suficiência ou deficiência de nitrogênio em culturas. Essa abordagem visa uma rápida aquisição de dados em conjunto com sistemas de agricultura de precisão. Sensores do tipo clorofilômetros exigem contato direto com a folha da planta, sendo necessária a mensuração na sua superfície (REZENDE et al., 2010). A cultura do tomate é muito exigente em nitrogênio e a avaliação periódica do estado nutricional do tomateiro pode auxiliar no manejo da adubação nitrogenada, uma vez que as concentrações de clorofila na folha estão diretamente ligadas às doses de N no solo (FERNANDES et al., 1975; MINAMI e HAAG, 2003). A determinação do teor relativo de clorofila por meio do clorofilômetro ou simplesmente SPAD (soil plant analysis development) tem surgido como um método alternativo aos procedimentos convencionais, visando obter uma estimativa em tempo real de tal forma a auxiliar no diagnóstico e recomendação de fertilizantes nitrogenados. Trata-se de um instrumento portátil que mede o grau de enverdecimento da planta em unidades SPAD. Os valores de SPAD refletem os teores relativos de clorofila e são calculados a partir de certa quantidade de luz emitida pelo instrumento e refletida pela folha (SALLA et al., 2007). O clorofilômetro possui diodos que emitem radiação em 650 nm (luz vermelha) e 940 nm (radiação infravermelha). Durante a mensuração a luz passa pela folha e é recebida por um fotodiodo de silicone onde é convertida primeiramente em sinais elétricos analógicos e depois em sinais digitais. Esses sinais passam por um microprocessador que calcula valores proporcionais ao teor de clorofila presente na folha. Desse modo, o sinal derivado da emissão em 650 nm serve de base para o cálculo do teor relativo de clorofila, conquanto o sinal originado da emissão em 940 nm serve como um fator de correção para compensar pela absorção de fótons em 650 nm por moléculas do tecido foliar desprovidas de clorofila (MINOLTA, 1989). Assim, este trabalho contribui para a viabilidade de utilização de medidores portáteis de clorofila, como alternativa ao emprego da quantificação do teor de N por meio de métodos químicos, visando obter uma estimativa em tempo real de tal forma a auxiliar no diagnóstico e recomendação de fertilizantes nitrogenados na cultura de tomate de mesa. 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Avaliar o Índice Relativo de Clorofila (IRC), em tomate “Dominador” com diferentes dosagens de Nitrogênio, em horários diferentes do dia, em três fases de desenvolvimento da cultura. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Obter uma estimativa em tempo real do IRC, de tal forma a auxiliar no diagnóstico e recomendação de fertilizantes nitrogenados na cultura de tomate de mesa; Avaliar a influência das diferentes dosagens de nitrogênio no tomate Dominador. 3 REVISÃO DE LITERATURA 3.1 TOMATE Quando se pensa em tomate, deve-se fazer uma distinção entre o tomate de mesa e o tomate utilizado como matéria prima pela indústria. Da produção brasileira, 68% se destinam ao mercado de tomate de mesa e 32% são utilizados como matéria prima pela indústria (LAZIA, 2011). O tomateiro é uma planta herbácea, perene, mas cultivada como anual, de hábito de crescimento prostrado ou estendido, folhas compostas (ou segmentadas), caule organizado em sequência de 2-3 folhas por simpódio (2-3 folhas entre cachos), a inflorescência, em cimeira, pode assumir a forma simples, bifurcada ou ramificada. O tipo simples ocorre com maior frequência na parte inferior da planta; os tipos ramificados desenvolvem-se na parte superior, sendo o número de flores é variável. Essa característica e o pegamento de fruto são altamente influenciados por temperaturas abaixo ou acima dos limites considerados ótimos para cultivo do tomateiro (CEZAR, 2007). O tomate de mesa ou para consumo in natura é produzido em praticamente todas as regiões geográficas do Brasil e em épocas distintas sob diferentes sistemas de cultivo e diferentes níveis de manejo cultural, destacando-se como a segunda hortaliça mais cultivada no mundo sendo superada apenas pela batata. Em 2010, a safra mundial de tomate de mesa e indústria totalizou 145,6 milhões de t em área cultivada de 4,33 milhões de ha e produtividade média de 33,5 t há-¹, chegando o valor de sua produção anual em US$ 1,249 bilhões. O maior produtor mundial foi a China, com 41,8 milhões de t em 0,87 milhões de ha e produtividade de 48,0 t ha-1. O Brasil produziu 3,69 milhões de t, em quase 61 mil ha, colocando-se em 9º e 13º lugares, respectivamente, na escala mundial. O segmento de tomate de mesa contribuiu com 63,4% da produção (2,34 milhões de t) e os 36,6% restantes destinaram-se ao processamento industrial (1,35 milhões de t) (IBGE, 2011). A horticultura é responsável por 2,4 milhões de empregos diretos, ou seja, 3,5 empregos por hectare. Sendo o total de cultivo de hortaliças reproduzidas por sementes no Brasil, da ordem de 700 mil hectares. Sua cadeia produtiva gera cerca de 300 mil empregos, e movimente, em termos de mão de obra, o montante de R$ 280 milhões (RODRIGUES, 2013). Entre 1995 a 2007, houve uma redução na área plantada de 21,4% em relação ao tomate de mesa, sendo produzida principalmente na região Centro-Oeste(34,78%), seguida da região Sudeste (35,12%), Sul (15,45%), Nordeste (14,45%) e Norte (0,20%) (IBGE, 2011). Já as cultivares predominantes no mercado de tomate de mesa no Brasil (2009) são: tomate Salada com 52,2%; tomate Italiano/Saladete com 25,1%; tomate Santa Cruz com 21,9% e tomate Cereja/Sweet Grape com 0,8% do mercado (RODRIGUES, 2013). Se em 1980 o melhoramento genético de híbridos de tomate tinha o foco na produção, e em 1990, na comercialização; a partir de 2000 o foco passa a ser no consumo; e a nova tendência é focar na funcionalidade dos alimentos, investindo em características nutricionais diferenciadas, sendo que nos últimos 20 ano, entre as inúmeras contribuições da indústria sementeira, pode destacar a firmeza e durabilidade do tomate, que saltou de cinco para 20 dias; maior uniformidade do fruto em todos os aspectos; maior resistência a defeitos, pragas e doenças, com consequente redução da necessidade do uso de agroquímicos; aumento de produtividade média de 5 kg para mais de 15 kg de frutos por planta; além da agregação de valor na cadeia por meio dos produtos especializados (RODRIGUES, 2013). 3.2 PRODUÇÃO EM ESTUFA A necessidade dos produtores protegerem as suas plantas, principalmente durante os períodos climáticos mais adversos, é o principal fator para que sejam utilizadas as estufas. A sua utilização é cada vez maior, em todo o mundo, evitando os danos causados por temporais, geadas, nevadas, granizo, frio extremo, etc., ou seja, más condições ambientais (RURALNEWS, 2012). A denominação estufa ou abrigo deve ser utilizada quando o objetivo é o controle da temperatura e de agentes externos nocivos a cultura. A utilização deste tipo de cultivo, em ambiente protegido, pode evitar alguns problemas, impedindo que as plantas fiquem suscetíveis às intempéries, por meio do controle da umidade relativa do ar e da temperatura (LAZIA, 2011). O modelo de estufa tipo capela tem a estrutura semelhante a um galpão ou aviário, com as duas abas da cobertura inclinadas, formando um triângulo. Ele funciona muito bem em regiões de altas precipitações de chuvas, porém tem pouca resistência aos ventos, exigindo uma estrutura resistente. A estufa tipo arco é o modelo mais evoluído das estufas de madeira e sua forma oferece grande resistência ao vento. Já o modelo tipo londrina é construído basicamente de esteios e arames. Uma característica desta estufa é que a água da chuva penetra no seu interior em locais já pré-determinados no projeto (LAZIA, 2012) Alguns fatores merecem destaque ao se escolher o local para a instalação de estufas, como: topografia, vento e luminosidade. Para a montagem da estufa, deve-se ater a resistência, vedação e orientação. Para o manejo da estufa, devem ser monitorados e controlados dois fatores, são eles: a temperatura e a umidade relativa (LAZIA, 2012). Nas estufas onde não se disponibiliza um sistema de climatização, é utilizado um conjunto de termômetros que registrem temperaturas máximas e mínimas que auxiliarão nas tomadas de decisões, que podem ser desde a abertura das cortinas até o acionamento de exaustores (LAZIA, 2012). 3.3 IMPORTÂNCIA DA ADUBAÇÃO NITROGENADA O tomateiro é considerado, dentre as hortaliças, uma das espécies mais exigentes em adubação. Portanto, conhecer as exigências nutricionais, os principais sintomas de deficiências e o modo de corrigi-las é fundamental para o êxito da cultura (EMBRAPA 2006). Segundo a Embrapa (2006) a absorção de nutrientes pelo tomateiro é baixa até o aparecimento das primeiras flores. Daí em diante, a absorção aumenta e atinge o máximo na fase de pegamento e crescimento dos frutos (entre 40 e 70 dias após o plantio), voltando a decrescer durante a maturação dos frutos. O nitrogênio é um dos macronutrientes mais essências para o desenvolvimento das plantas. No entanto, quando a dose de N aplicada é inferior à necessidade da planta, teremos uma redução no crescimento e na produtividade; e quando a dose é superior à necessidade da planta, ocorrerá aumento nos custos, alterações fisiológicas na planta e impactos ambientais devido a perdas deste nutriente no ambiente (EMBRAPA 2006). O nitrogênio (N) é absorvido fundamentalmente pelas plantas na forma de NO 3- e NH4+. A forma com que é absorvido não é indiferente, uma vez que o íon NH4+ reduz a absorção de outros cátions (Ca e Mg). A absorção inicial do N pela planta se dá a forma de NO3- e NH4+, entretanto a forma oxidada do N deve sofrer redução para a entrada no metabolismo vegetal, sendo por isso, necessária a redução do NO3- a NH4+, processo este que ocorre tanto nas folhas como nas raízes. No caso do tomateiro, a maior parte do nitrato é reduzida nas folhas a amônio (CASTRO et al., 2005). O nitrogênio em forma de NO3- (nitrato) é absorvido pelas raízes das plantas, podendo ser reduzido ou armazenado nos vacúolos, ou translocado para a parte aérea, onde será reduzido ou armazenado nos vacúolos foliares. O primeiro passo na redução do nitrato ocorre no citosol e envolve a ação da enzima nitrato redutase (NR), produzindo nitrito, o qual adentra os plastídeos ou cloroplastos em folhas, sendo reduzido a amônio por ação da enzima nitrito redutase (NiR), o qual é fixado via GS/GOGAT em aminoácidos, glutamina e glutamato, que por sua vez servem de substrato para reações de transminação, para a produção de todos os outros aminoácidos necessários à síntese de proteínas (TAIZ ; ZEIGER, 2004). O crescimento e a produção do tomateiro e de outras culturas de importância econômica dependem, além de outros fatores, de um adequado suprimento de nutrientes. Sendo assim, para se obter alta produtividade é necessário conhecer as suas necessidades nutricionais, e sabendo que o N comparado com outros nutrientes apresenta maior significância quanto ao crescimento e absorção, e se mostra mais importante em termos de controle da nutrição, então é de suma importância que se tenha uma correta aplicação deste nutriente, independente da fase da cultura (EMBRAPA 2006). O crescimento e a produção em resposta ao N têm sido bastante pesquisados em muitas espécies vegetais cultivadas e algumas silvestres. No tomateiro, a elevação no nível de N fornecido às plantas aumenta o peso de matéria seca das raízes, do caule, das folhas e dos frutos, a altura da planta, o número de folhas, a área foliar, o florescimento, a frutificação e a produtividade. Em condições de campo, a nutrição ótima dessa cultura pode ser alcançada quando a quantidade aplicada de fertilizantes nitrogenados for igual à alta demanda que ocorre durante o período de crescimento dos frutos (HUETT e DETTMANN, 1988). Suprimento inadequado de N no começo da fase reprodutiva do tomateiro, ou seja, durante o desenvolvimento da primeira inflorescência, traz consequências imediatas ao crescimento e desenvolvimento da planta, reduzindo as taxas de expansão foliar e de crescimento da parte aérea. Tal escassez ainda provoca nas folhas síntese de polifenóis, os quais inibem os reguladores do crescimento, a coloração amarelada e o aumento na quantidade de amido nos cloroplastos, demonstrando que o metabolismo é profundamente modificado. A rápida resposta do tomateiro é devido à pequena reserva de N durante o período de desenvolvimento da primeira inflorescência (QUIJADA et al., 1992). 3.4 O CLOROFILÔMETRO As clorofilas são pigmentos responsáveis pela captura da luz usada na fotossíntese, sendo elas essenciais na conversão da radiação luminosa em energia química, na forma de ATP e NADPH. Assim, as clorofilas estão relacionadas com a eficiência fotossintética das plantas e, consequentemente com seu crescimento e adaptabilidade aos diferentes ambientes. Na década de 90 foi disponibilizado um equipamento capaz de gerar grandezas relacionadas com os teores de clorofila, o clorofilômetro “Soil Plant Analysis Development” - SPAD-502 (MINOLTA, 1989). O clorofilômetro digital ou medidor eletrônico de teor de clorofila é um equipamento que permite identificar o estado das lavouras de forma simples e direta. O teor de clorofila das folhas das culturas é proporcional a nutrientes fundamentais, como o nitrogênio. Com o uso deste instrumento é possível identificar e corrigir deficiências de forma rápida e diretamente na lavoura (SOILCONTROL, 2012). O medidor de clorofila tem sido utilizado na quantificação de clorofilas, caracterizando-se pela rapidez, simplicidade e, principalmente, por possibilitar uma avaliação não-destrutiva de tecido foliar. O modelo atual tem sido utilizado com sucesso para diagnosticar o estado nitrogenado de culturas como milho, batata, trigo, entre outras (ARGENTA et al., 2001) Segundo a Soilcontrol (2012), o teor de clorofila nas folhas da planta é proporcional à quantidade de nitrogênio que ela absorveu. Dessa forma, com o uso deste aparelho é possível saber as áreas da lavoura que estão com deficiência de nitrogênio e corrigir a adubação, não apenas entre uma safra e outra, mas em todo o seu desenvolvimento. Ou ainda, é possível saber onde os níveis de nitrogênio já estão satisfatórios e evitar desperdícios com adubações desnecessárias. Com isso, o produtor pode ter uma grande economia em adubos nitrogenados, pois ele aplica somente a dose certa em cada lugar, nem mais nem menos. 3.5 TRABALHOS CORRELATOS Ricken A. et al., (2004) avaliaram os níveis de pigmentos foliares em diferentes posições da planta e em diferentes tempos de cultivo, pelos métodos descritos por Lichtenthaler (1987) e pelo índice SPAD (Soil Plant Analylitical Division Value), para verificar a ocorrência ou não de comportamento diferencial de indivíduos heterozigotos em relação aos progenitores Santa Clara e ao mutante ‘firme’. Os resultados das análises, pelo método de Lichtenthaler (1987) mostraram que a clorofila e os pigmentos carotenóides são degradados mais precocemente no mutante ‘firme’ em relação à cultivar Santa Clara. Além do que, pelo índice SPAD observou-se que os indivíduos, portando a mutação no estado heterozigótico, e os da cultivar Santa Clara apresentaram taxas similares de degradação de clorofila em relação ao tempo de cultivo. Maria e Cezar (2011) avaliaram os efeitos de doses de N, em ausência e presença da adubação orgânica, sobre os teores de N-NO3- na seiva e na matéria seca do pecíolo e de Ntotal na matéria seca do limbo de folhas de tomateiro, e estabeleceram os seus níveis críticos em diferentes fases do ciclo da cultura. Concluíram que os índices de nitrogênio na seiva e na matéria seca de folhas de tomateiro para o estabelecimento do “status” nutricional variam com a quantidade de N aplicada no solo e a idade da planta, sendo sugerido, pela praticidade, a utilização da concentração de N-NO3- na seiva do pecíolo para a determinação dos níveis críticos desses índices, tornando-se necessário padronizar a idade fisiológica das folhas amostradas. Ratke et al., (2011) avaliaram o teor de clorofila na folha (índice SPAD) e o número de frutos em tomate industrial utilizando fertilizantes nitrogenados de liberação lenta e uréia. O ponto de máximo indice SPAD foi encontrado com a dose de 96 kg ha -1 de nitrogênio baplicado na forma de uréia e 98 kg ha -1 de nitrogênio aplicado na forma de super N. A produção frutos de tomate não obteve diferença significativa entre os fertilizantes testados. Mônica et al., (2011) avaliaram o emprego do índice SPAD para o diagnóstico do estado de nitrogênio na cultura da abobrinha “Caserta”. O experimento, com cinco doses de N (0, 50, 100, 200 e 400 kg/ha) foi conduzido a campo, no delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições. No início do florescimento, determinaram-se o teor de clorofila total, índice SPAD e teor de N na quarta folha completamente expandida, a partir do ápice, das plantas. O teor de clorofila total, o índice SPAD e teor de N total nas folhas aumentaram de forma quadrática com aumento das doses de N. Os resultados deste trabalho indicam que o índice SPAD, determinado no final da fase vegetativa, pode ser usado no diagnóstico do estado de nitrogênio da cultura da abobrinha. Pagotto et al., (2001) determinaram os índices de nitrogênio (leitura SPAD e teores de nitrato na seiva e de nitrogênio orgânico na matéria seca da folha acima do primeiro cacho) e de crescimento no início da fase reprodutiva do tomateiro, cultivado em solo e em solução nutritiva. Neste trabalho foram encontrados índices maiores de IC em plantas que cresceram em solução nutritiva que naquelas que cresceram no solo. Maria et al., (2011) avaliaram em dois experimentos de campo conduzidos em duas épocas, primavera/verão e outono/primavera, o índice SPAD e o teor de clorofila no limbo foliar do tomateiro em resposta a doses de nitrogênio e à adubação orgânica. Nos dois experimentos, os valores SPAD, nas três determinações realizadas, e o teor de clorofila obtido com o método-padrão aumentaram em função das doses de N nas duas doses de matéria orgânica. Nos dois experimentos, o valor SPAD e o teor de clorofila na folha apresentaram correlação positiva e significativa com as produções extra e total. Concluíram que valor SPAD pode ser usado como índice de prognóstico das produções total e extra de tomate. 4 MATERIAL E MÉTODOS O trabalho realizado avaliou a análise de índice SPAD na cultura do tomate de mesa em uma casa de vegetação, na Unidade de Ciências Exatas e Tecnológicas da UEG no município de Anápolis – GO, com limites geográficos delimitados pela latitude 16,37º Sul e 48,95º Oeste, visando estabelecer uma correlação entre o índice SPAD, na folha, obtido pelo medidor portátil de clorofila. Foi utilizado delineamento experimental inteiramente casualizado, em parcelas subdivididas no tempo. A cultivar de tomate escolhida para o experimento foi “Dominador”, sendo adquirida em uma empresa de produção de mudas na região de Goianápolis, realizando o transplantio no 25º dia após a emergência para vasos com volume de 9 litros, constituído de 24 vasos, totalizando seis fileiras com quatro vasos, cada vaso com uma planta, dispostos no espaçamento de 1,00m (entre linhas) x 0,30m (entre vasos). FIGURA 1- Disposição dos vasos na casa de vegetação. FIGURA 2- Muda do tomate “Dominador” logo após transplantio. Para fins de correção de solo, após previa análise de solo foi aplicada adubação de base em todos os vasos com adubação de formulação 4-14-8. Foram avaliados seis tratamentos (Tabela 1) com diferentes dosagens de nitrogênio, 1 (SPAD-1); 2 (SPAD-2); 3 (SPAD-3); 4 (APAR); 5 (REFE); 6 (TEST), em cinco horários do dia, 7:00 h e posteriormente repetidas às 9:00, 13:00, 15:00 e 19:00 h, com finalidade de verificar uma possível variação do nível IRC durante o dia, influenciado pela temperatura e luminosidade, marcando as folhas utilizadas nas leituras para as aferições durante os horários de coletas, sendo estas adjacentes ao primeiro cacho, em cinco folíolos de cada folha. TABELA 1. Quantidade e a época de aplicação de N (kg.ha-1) nos critérios avaliados para o manejo do fertilizante nitrogenado da cultura do tomate “Dominador”. Tratamentos Tempo (dias após o transplante) (kg.ha-1) 0 28 42 56 1- SPAD 1 50 0 0 0 2- SPAD 2 50 0 246 0 3- SPAD 3 50 0 0 0 4 - APAR 56 15 22.5 22.5 5 - REFE 0 42 42 42 6 - TEST 0 0 0 0 Analisou-se também três fases de desenvolvimento da cultura, aos 28, 42 e 56 dias após o transplante das mudas, dias que representam a floração, primeira e segunda colheita dos frutos respectivamente, e quatro repetições. FIGURA 3- Medição de índice SPAD na primeira fase de análise. O tomateiro foi conduzido sob tutoramento vertical utilizando fitilhos de plástico sob uma armação de arames presas nos pilares da casa de vegetação, outros tratos culturais também foram realizados como: desrama, controle de plantas daninhas e pragas durante o desenvolvimento do tomate. A irrigação foi realizada de forma manual e diariamente após o transplantio. Os tratamentos 1 (SPAD-1), 2 (SPAD-2) e 3 (SPAD-3) receberam adubo nitrogenado no momento do transplante e o restante do adubo (50 kg.há-1) foi aplicado em cobertura na forma de CO(NH2)2 (Ureia) a 45%. A necessidade de aplicar N foi decidida com base no critério do nível critico do índice SPAD, utilizando-se o medidor portátil de clorofila. Para o tratamento 1 (SPAD-1), foi aplicado ao chegar ao nível critico, o valor estabelecido para o tomateiro cultivado em ambiente protegido, calculando a quantidade através da fórmula F= {[50,7 – (d x 0,17)] – c} x 70). Para os tratamentos 2 (SPAD-2) (F= {[60,8 – (d x 0,20)] – c} x 70) e 3 (SPAD-3) (F= {[45,7 – (d x 0,15)] –c} x 70), foram adotados como níveis críticos, respectivamente, os valores 10% acima e 20% abaixo aos estabelecidos no tratamento 1. Nessas equações, “F” é a dose do fertilizante nitrogenado (kg ha-1 de N); “d” é a idade da planta (dias após transplante - DAT); “c” é a leitura SPAD obtida em determinada idade da planta; 50,7 60,8 e 45,7 são os níveis críticos SPAD, nos três tratamentos respectivamente; 0,17 0,20 e 0,15 representam o decréscimo diário do índice SPAD ao longo do ciclo do tomateiro respectivamente, tendo sido obtidos com a equação Ŷ = 50,7179 - 0,170527 X (sendo X = DAT), derivada dos valores dos índices SPAD obtidos por Guimarães (1998), para o tomateiro cultivado em ambiente protegido; 70 é a dose média de N (kg.ha-1) necessária para elevar cada unidade SPAD na folha do tomateiro cultivado em ambiente protegido. O tratamento aparente 4 (APAR) recebeu uma dose de adubação nitrogenada de 56 kg.ha-1 e o restante do N será aplicado em cobertura a cada 14 DAT, sendo a dose, em cada parcelamento, função da “aparência da planta”. Assim, se as plantas apresentassem aparência ruim, regular, boa ou ótima a dose de N aplicada seria de 30; 22,5; 15 ou 7,5 kg ha-1, respectivamente, com base nos parâmetros seguidos na literatura. O tratamento 5 (REFE) recebeu 126 kg ha-1 de N, de acordo com a recomendação de Araujo et al (2004), aplicado em 3 parcelas iguais, aos 28, 42 e 56 DAT. O tratamento testemunha 6 (TEST) não recebeu adubação nitrogenada de cobertura. 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO As leituras realizadas com o índice SPAD apresentaram redução nos DAT, conforme Figura 1. Os resultados diferiram de trabalhos realizados por Silveira et. al (2003), que analisou folhas de duas cultivares diferentes de feijão, onde nesse, as leituras aumentaram significativamente no decorrer dos dias analisados. No início do florescimento, o IRC (Índice relativo de clorofila) apresentou aumento linear com as aplicações de doses de nitrogênio para primeira leitura. Corroborando com Guimarães et al. (1999), trabalhando com tomates e doses de nitrogênio observou um aumento gradual do IRC. A partir da segunda leitura houve um decréscimo do IRC (Figura 4) com o decorrer das análises realizadas. Xu et al (1997), constatou resultados similares em casa de vegetação no cultivo de tomate, a diminuição no teor de clorofila ao longo do ciclo, devendo-se ao teor da enzima rubisco. FIGURA 4: Índice Relativo de clorofila nas folhas do tomateiro em relação as fases de análise O índice relativo de clorofila (IRC) apresentou diferença significativa para o período de avaliação, horário para a interação entre período e horário de avaliação. Na Figura 5, observa-se que o valor IRC decresceu com o tempo e aos 56 dias apresentou diferença significativa entre os tratamentos. Fontes (2001) constatou resultados similares em estudo com batata em relação a diminuição no teor de clorofila ao longo do ciclo da cultura. O tratamento SPAD2 obteve um acréscimo no IRC em decorrência à aplicação nitrogenada aos 42 DAT. 80 70 60 SPAD1 50 I R 40 C 30 SPAD2 SPAD3 APARÊNCIA REFERÊNCIA 20 TESTEMUNHA 10 0 28 DAT 42 DAT 56 DAT FIGURA 5. Índice relativo de clorofila no tomate “Dominador” aos 28, 42 e 56 dias após o transplante (DAT), por tratamento. Houve efeito do horário sobre a leitura IRC nas folhas do tomateiro. Verificou-se uma tendência das leituras realizadas no começo da tarde (13h) apresentarem valores de IRC maiores do que quando realizados pela manha (9h). Essa tendência também foi verificada por Silva et al (2011) na cultura de batata. y = -0,0494x3 + 1,8834x2 - 22,98x + 152,71 R² = 0,7497 80 70 y = 0,0104x3 - 0,4015x2 + 4,7441x + 33,744 R² = 0,1723 60 IRC 50 40 y = -0,1102x2 + 3,1986x + 26,086 R² = 0,6942 30 20 10 0 3 6 9 12 15 18 HORÁRIO 28 DAT 42 DAT 56 DAT FIGURA 3. IRC na folha do tomate “Dominador” em função do horário de leitura, por época de avaliação. A Tabela 2 mostra as interações entre as doses de nitrogênio aplicado e os dias de avaliação, os quais apresentaram diferenças nas análises. Observa-se que as doses relacionadas com o dia de leitura, apresentaram significância no terceiro dia, para as doses 2, 4 e 5 não apresentaram diferença entre si, porém o tratamento 2 teve maior resultado sem relação as demais, sendo o tratamento que foi adubada com 10% acima do nível critico. O tratamento que não recebeu nenhum tipo de adubação de cobertura foi aquele que apresentou menor IRC. Nas duas primeiras leituras não diferenciaram entre si, não havendo significância (P>0,05). TABELA 2. Interação do índice relativo de clorofila aplicada aos dias de avaliação e as dose de Dias nitrogênio. Doses 28 42 46 1 (SPAD 1) 65,57 a A 49,55 a B 45,09 bc B 2 (SPAD 2) 64,84 a A 48,89 a B 56,70 a AB 3 (SPAD 3) 64,47 a A 53,13 a B 41,84 bc C 4 (APAR) 66,70 a A 42,92 a B 47,85 abc B 5 (REFE) 65,69 a A 50,87 a B 50,83 ab B 6 (TEST) 62,24 a A 50,61 a B 37,73 c C Médias seguidas de letras minúsculas iguais na mesma linha e letras maiúsculas iguais na mesma coluna não diferem entre si, a uma significância de 0,05. Relacionando as dosagens com os dias de leitura, pode-se observar que os tratamentos 1, 4 e 5 não se diferiram, porém, os tratamentos 3 e 6 apresentaram médias diferentes em todos os dias de leitura, sendo estes os que não recebeu nenhum tipo de adubação de cobertura e aquele que adubou com um 20% abaixo do nível crítico do tomateiro. Em todos os tratamentos mostraram que o IRC foi superior no primeiro dia de leitura, isso pode ter ocorrido devido ao desenvolvimento da cultura, onde o índice de clorofila pode oscilar (GODOY et al., 2003). Pode-se ver na Tabela 3 que, independente do horário que se fez a leitura todos apresentaram maiores médias no primeiro dia de leitura. Isso pode ser confirmado pelo ciclo da cultura, sendo que no decorrer do mesmo a cultura do tomateiro perde as folhas do baixeiro e aumenta a produção de flores e frutos estando esses relacionados com o consumo relativo nitrogênio pela planta, diminuindo o IRC no decorrer do ciclo. Resultado semelhante foi encontrado por Fontes (2001), no estudo com batata em que o nível de clorofila diminuiu com o decorrer do ciclo da cultura. Dia TABELA 3: Interação do índice relativo de clorofila aplicada aos dias e horários de avaliação. Hora 07:00 09:00 13:00 15:00 19:00 28 72,48 a A 60,76 c A 66,86 b A 61,9 c A 62,56 c A 42 49,6 ab B 52,76 a B 48,05 b C 51,68 ab B 48,68 b B 56 42,42 c C 43,16 c C 51,9 a B 48,02 b C 48,02 bc B Médias seguidas de letras minúsculas iguais na mesma linha e letras maiúsculas iguais na mesma coluna não diferem entre si, a uma significância de 0.05. 6 CONCLUSÕES O método de análise do índice SPAD através da leitura com o clorofilômetro se mostrou eficaz e prático quanto à medição e coleta de dados, uma vez que, além de não prejudicar ou agredir fisiologicamente a planta, também dinamiza a tomada de decisões, que se tornou mais rápida devido à obtenção em tempo real dos valores para se determinar a quantidade de adubo nitrogenado a ser aplicada na cultura do tomate de mesa. No decorrer do ciclo, o IRC decresce. Os valores encontrados foram maiores na primeira leitura, reduzindo durante o desenvolvimento da cultura. Pode-se constatar que os diferentes horários das leituras interferiram nos valores de SPAD obtidos, sendo que as 13h obteve valores superiores aos encontrados nos demais. É necessário que em caso de utilização desse método em campo haja uma preocupação quanto à padronização dos horários e preocupação quanto a época a serem medidos os índices SPAD, pois se esta frequência não ocorrer, o produtor pode calcular com erros para mais ou para menos na quantidade de adubo nitrogenado que será aplicado. 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RICKEN, A.; LUIZ, F.; WAGNER, V. D.; SILVIO, D. S. L.; SHIMOYA, A.; Avaliação dos níveis de clorofila em folhas de tomateiro da cultivar Santa Clara, do mutante ‘firme’ e do híbrido F1. Viçosa, 2010. ARAUJO, C.; FONTES, P.C.R ; SEDIYAMA, C.S. ; COELHO, M. B. Uso de clorofilômetro e de características da planta no manejo da adubação nitrogenada do tomateiro em ambiente protegido. In: 44º CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 2004, ARGENTA, G.; SILVA, P. R. F.; BORTOLINI, C. G. Clorofila na folha como indicador do nível de nitrogênio em cereais. Ciência Rural, Santa Maria, v.31, n. 4, p.715-722, 2001. CASTRO, P. R. C.; KLUGE, A.; PERES, L. E. P. Manual de fisiologia vegetal. Piracicaba: Editora Agronômica Ceres, 2005. 650 p. CEZAR, T. M.; Produção de sementes de tomate. USP/ESALQ – Departamento de Produção Vegetal, v.1, 2007. Disponível em http://www.abhorticultura.com.br/downloads/Paulo%20C%C3%A9sar2_Prod_sem_%20toma te.pdf, Acesso em 30 de nov. de 2013. EMBRAPA. Cultivo de Tomate para Industrialização. Sistemas de Produção, 1 - 2ª Edição. Versão Eletrônica. Dez. 2006. FAYAD, J.A.; FONTES, P.C.R., CARDOSO, A.A.; FINGER, F.L.; FERREIRA, F.A. Absorção de nutrientes pelo tomateiro cultivado em condições de campo e de estufa. Horticultura Brasileira, Brasília, v.20, n.1, p.90-94, 2002. FERNANDES, P.D.; CHURATA-MASCA, M. G. C.; OLIVEIRA, G. D.; HAAG, H.P.Nutrição Mineral de Hortaliças. Absorção de nutrientes pelo tomateiro em cultivo rasteiro. Anais da ESALQ, Piracicaba, v 32, p. 595-608, 1975. FILGUEIRA FAR. 2008. Novo Manual de Olericultura: Agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. Viçosa: UFV. 421p FONTES, P.C.R; ARAUJO, C. Adubação Nitrogenada de Hortaliças: Princípios e práticas com o tomateiro. Ed. UFV, 2007. 148 p. FONTES, P. C. R. Diagnóstico do estado nutricional das plantas. Viçosa: UFV, 2001. 122 p. GODOY, L.J.G. de et al. Adubação nitrogenada na cultura do milho baseada na medida do clorofilômetro e no índice de suficiência em nitrogênio (ISN). Acta Scientiarum, Agronomy, v.25, n.2, p.373-380, 2003. GUIMARÃES, T.G.; FONTES, P.C.R.; PEREIRA, P.R.G.; ALVAREZ, V.H.; MONNERAT, P.H. 1999. Teores de clorofila determinados por medidor portátil e sua relação com formas de nitrogênio em folhas de tomateiro cultivados em dois tipos de solo. Bragantia,58: 209-216. HUETT, D.O.; DETTMANN, E.B. Efeito do nitrogênio no crescimento, qualidade dos frutos e absorção de nutrientes do tomate cultivado em areia cultura. Australian Journal of Experimental Agricultura, v28, p: 391 – 399, 1998. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Levantamento sistemático da produção agrícola. 2011. Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/lspa/lspa_201111.pdf. Acesso 15 ago, 2013 LAZIA, B. Produção de tomate em estufa proporciona frutos de melhor qualidade e maior retorno financeiro. Viçosa: CPT, Disponivem em: http://www.portalagropecuario.com.br/agricultura/horticultura/producao-tomate-estufaproporciona-frutos-melhor-qualidade-maior-retorno-financeiro/, Acesso 16 ago, 2011. MARTÍNEZ, D. E.; GUIAMET, J. J. Distortion of the SPAD 502 chlorophyll meter readings by changesin irradiance and leaf water status. Agronomie, v. 24, n. 01, p. 41-46, 2004. MARIA, M. F.; CEZAR, P.R. Índices de nitrogênio nas folhas de tomateiro em função do nitrogênio e da adubação orgânica. Revista Agro@mbiente On-line, v. 5, n. 2, p.106-112, Centro de Ciências Agrárias - Universidade Federal de Roraima, Boa Vista, 2011. MARIA, M. F.; CEZAR, P.R.; BARBOSA, G. F.; PIRES, J.; Índice spad e teor de clorofila no limbo foliar do tomateiro em função de doses de nitrogênio e da adubação orgânica, em duas épocas de cultivo. Viçosa, 2006. MINAMI, K; HAAG, H. P. O tomateiro. 2 ed. Campinas: Fundação Cargill, 1989 n. 219, p.27-34, 2003. MINOLTA CAMERA Co., Ltda. Manual for chlorophyll meter SPAD 502. Osaka, Minolta, Radiometric Instruments divisions. 1989. 22p. MÔNICA, L. P.; PUIATTI, M; CEZAR, P; PAULO, R.C.; ALVES, J.; Índice SPAD para o diagnóstico do estado de nitrogênio na cultura da abobrinha. Viçosa, 2011. PAGOTTO, C. R.; CEZAR, P. R.; ROBERTO, P.; CEZAR, J.; EMÍLIA, P. Índices de nitrogênio e de crescimento do tomateiro em solo e em solução nutritiva. Viçosa, 2001. QUIJADA, R. M. et al., Crescimento e desenvolvimento de plântulas de tomateiro sob deficiência de nitrogênio. Acta Horticulturae, p:159-164, l992 RATKE, R. F. et al.; Produção de frutos e índice spad em tomate industrial com uso de fertilizantes nitrogenados de liberação lenta e ureia. 5° CONGRESSO BRASILEIRO DE TOMATE INDUSTRIAL, Goiânia, 2011. RÊGO G, M; POSSAMAI, E. Avaliação dos Teores de Clorofila no Crescimento de Mudas do Jequitibá-Rosa (Cariniana legalis). Comunicado técnico-Embrapa. Colombo, Paraná , 2004. REZENDE, I.S.; AMARAL, L.R., PORTZ, G.; MOLIN, J.P. Comportamento de um clorofilômetro e de um sensor ótico ativo em cultura de cana-de-açúcar e milho em diferentes horários do dia. Anais in: Congresso Brasileiro de Agricultura de Precisão (COnBAP), Ribeirão Preto. 2010. RODRIGUES, E. L. Tomaticultura, valioso segmento do agronegócio nacional. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE TOMATE DE MESA, 2013, ABCSEM, Campinas, 2013. RURALNEWS. Estufas - produção agrícola em ambientes controlados. Brasil, 2012. Disponivel em: http://www.ruralnews.com.br/visualiza.php?id=202, Acesso em: 05 Ago. 2013. SALLA, L.; RODRIGUES, J. C.; MARENCO, R. A. Teores de clorofila em árvores tropicais determinados com o SPAD-502. Revista Brasileira de Biociências, v. 5, supl. 2, p. 159-161, jul. 2007. SILVA, M. C. C.; COELHO, F. S.; BRAUN, H.; FONTES, P. C. R. Índice SPAD em função de diferentes horários e posições no folíolo da batata sob fertilização nitrogenada. Revista Ciência Agronômica, Viçosa, v. 42, n. 4, p. 971-977, 2011. SILVEIRA, P. M.; BRAZ, A. J. B. P. ; DIDONET, A. D. . Uso do clorofilômetro como indicador da necessidade de adubação nitrogenada em cobertura no feijoeiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasilia, v. 38, n. 9, p. 1083-1087, 2003. SOILCONTROL. O Clorofilômetro Digital ou Medidor Eletrônico de Teor de Clorofila. São Paulo, 2012. TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal, 3 ed., Porto Alegre: Artmed, 2004. 719p. TEODORO, T. A. Tomate Dominador oferece segurança de produção ao agricultor. AGROLINK, 2013. Disponivem em http://www.agrolink.com.br/sementes/noticia/tomatedominador-oferece-seguranca-de-producao-ao-agricultor_180989.html. Acesso em 30 de set. 2013. Xu, Z.H.; Horwich, A.L.; Sigler, P.B. A estrutura cristalina do assimétrica GroEL– GroES(ADP)7 chaperonin complex. Nature 388, p: 741–750, 1997