SEÇÃO I ..........""""....."",.,,""""'==============="'"=''''''''''======='''''''========--'''''''''''''''''''''''-"""'-...._A~NO XXXIII - CAPrrAL FEDERAL NCI 057 :: %i -3 =: SÁBADO, 27 DE lVIAIO DE 1978 TI : CONGRESSO NACIONAL ("') Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 44, inciso, I, da Constituição, e eu, Petrônio Portella, Presidente do Senado Federal, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO N'" 43, DE 1978 Aprova o texto do Acordo de Comércio entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Socialista da Tchecoslováquia. Art. 19 É aprovado' o texto do Acordo de Comérciõ entre a República Federativa do Brasil e a República Socialista da Tchecoslováquia, celebrado em Brasília, a 19 de julho de 1977. . Art. 29 Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, 24 de maio de 1978. - Senador Petrânio PorteHa, Presidente. I") o texto do Acordo acompanha a publicação deste Decreto Legislativo no DCN (Seção Ir) de 25 de maio de 1978. CÂMARA DOS DEPUTADOS RESOLUÇAO NI.' 69, DE 1978 Dispõe sobre o exercício de função dI{) Grupo-Direção e Assistêl1cia Intennediárias na, Câmara dos Deputados. Faço saber que a Câmara dos Deputados aprovou e eu promulgo a seguinte Resolução: di:> Art. 1Q O exercício das funções do Grupo-Direção e Assistência Intermediárias é privativo de servidores Quadro Permanente da Câmara dos Deputados e dependerá, em qualquer caso, de ato de designação. Art. 29 As funções do Grupo-DAI serão exercidas, preferentemente, por servidores integrantes de categorias funcionais com atribuições correlatas. . .Art. 39 Quando a designação recair em servidor regido pela legislação trabalhista, será anotado na Carteira de Trabalho e Previdência Social e na Ficha de Registro do Empregado que a correspondente gratificação por encargo de direção e assistência intermediárias se refere ao exercício de funçãÇl de confiança e não se incorpora ao salário. Art. 49' Esta Resolução entra;rá em vigor na data de sua publicação revogadas as disposições em contrário. Câmara dos Deputados, 24 de maio de 1978. - Marco l\'Iaciel. Presidente da Câmara dos Deputados. 11174 Sábado 27 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção ,~-------~--------~ 1 - 58. a n S U M Á R I O ' - - o--~- ATA DA SESSÃO DA 4."" SESSãO LEGISLATIVA DA 8;a LEGISI,ATURA, EM 26 DE MAIO DE ),978 I - Al:ertura da sessão II - Leitura 'e assinatura da ata da s!l5são anterior IH - Leitura do Expediente PROJETOS A IMPRIMIR Projeto de Lei Complementar n.O 74-A,' de 1976 IDo Sr. Francisco AmaralJ - Acrescenta alíneas aos itens IV e VII do art. 1.0 dá. Lei Complementar n.O 5, de 29 de abril de 1970, que e.stabelece os casos de inelegibilidades; tendo parecer, -da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e. no mérito, pela rejeição. Ftojeto de Lei n.O 1. 127-A, de 1975 (Do Sr. Joaquim Bevilacqual - Altera a redação do § 1.0 do art. 59, e do § 2.0 do art. 61, da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n.o 5.452, de 1.0 de maio de 1943; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade; e, das Comissões de Trabalho e Legislação Social e de Economia, Indústria e Comércio, pela aprovação. FI'ojeto de Lei n.o 4,703-11., de 1978 mo Poder Executivo) Mensagem n.o 60/78 - ' Concede pensão especial a Maria Aparecida da Silva Fonseca..e dá outras providêm:tas; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e ·Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; e, da Comissão de Finanças, pela aprovação. . Projeto de Lei n,O 4. 881-A, de 1978 IDo Poder Executivo) Mensagem 11.° 126178 - altera a diretriz da ferrovia EF:'463 integrante do Plano Nacional de Viação, aprovado pela Lei n,o 5.917, de 10 de setembro de 1973; tendo par.eceres: da Comissão de Constituiçã.o e Justiça, pela constitucionalidade. juridicidade e técnica legislativa; e, da Comissão de Transportes, pela aprovação. ' IV - Pequeno Expediente FRANCISCO ROCHA - Necrológio dos jornalistas brasilienses Humberto Queiroz e Wilson Nehemere. CLAUDINO SALES - Sucessão presidencial. CELSO BaRROS - Necrológio do Desembargador piauiense Edgard Nogueira. . JOSÉ MANDELLI - J'ubile~ de ouro do Padre Roberto L. Roncato, Garibaldi, Rio Grande do Sul. FIGUEIREDO CORREIA - V Encontro de Professores Oficíais do·Ceará. ,JOÃO CLÍMACO _ Necrológio do Desembargador piauiense Edgard Nogueira. Projeto de Lei n.o 1.393-11., -de 1975 (Do Sr. Francisco amaralJ - Dispõe sobre a correção de. valores dos beneficios negados e posteriormente concedidos pela Previdência Social; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela inconstitucionalidade e injuridicidade, contra os votos dos 81's, , Erasmo Martins Pedro, Tarcísio Delgado, F'.ub~rr., Dourado, Miro Teixeira, José Bonifácio Neto e Joaquim Bevilacqua; da Comissão de Trabalho e Legislação Social, pela aprovação, com LAERTE VIEIRA - Exp'ectativa de construção de trecho voto em separado do Sr. Nelson Marchezan; e, da Comissão de rodoviário Campos Novos-Lages. atendimento médico-hospitaFinanças, pela aprovação. lar em Florianópolis, Santa Catarina. Projeto de Lei n.O 2.489-A, de 1976 (Do Sr. Otavio ceccato) FREDERICO BRANDÃO - Cinqüentenário da associação , - Dispõe sobre a utilização obrigatória dc sacaria -de fibra atlética Macedo, de Guarulhos, São Paulo. natural no acondicionamento de cereais e outros produtos; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela '::onsNORTON MACÊDO - Regulamentação da profissão de artitucionalídade, juridicidade e técnica legislativa; da Comissão tista e técnico em espetáculos de diversões públicas. de Agricultura e Política Rural, pela aprovação, com Substitu,. E'EBASTIÃO RODR~GUES JúNIOR - Conveniência da imtivo, contra o voto em separado do Sr. Melo Freire; e. da Coplantação da rodovia BR-163, ligando Capanema a Medianeira, ~issão de Economia, Indústria e Comércio, pela rejeição.· a Paraná. PI'ojeto de Lei n.o 2. 728-A, de Un6 (Do Sr. Fl'anciscoAmaERNESTO DE MARCO - aspectos administrativos dos Mural) - Dispõe sobre o horário de trabalho' dos err.,pregados em nicipios do oeste catarinense. . seniços de mecanografia, incluidos os de perfuração de cartões aLVaRO vaLLE _ Atuação do Senador Ney Braga no Mipara computadores eletrônicos. e de operadores dos mesmos . t·· d Ed C lt computadores; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e 111S eno a ucaçao ,e u ura. J'ustiça, pela constitucionalidade, juridicidade, com emenda; e, _ JOSÉ ZAVAGLIA - Administração da CEAGESP, Itírapina, das Comissões de Trabalho e Legislação E'ocial e de Finanças, Sao Paulo, peca aprovação, com adoção da emenda da Comissão de ConsSIQUEIRA CaMPOS - Resolucão do Banco Central sobre tituição e Justiça. l financiamentos de projetos agropeéuários de áreas prioritárias Projeto dê Lei n.o 2.938-11., de 1976 (Do Sr. Antunes de Olida Região Amazônica. veiral' - acrescenta artigo à Lei n.o 6.189, de 16 de dezembro ' .ANTôNIO BRESOLIN _ Necrológio do industrial gaúcho de 1974, que dispõe sobre as Empresas <N1XcIeares Brasileiras So~ Sr. amo Vontobel. ' • ciedada Anônima - NUCLEBRAS; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela preJ'udicialidade; e, da JOSÉ CaRLOS TEIXEIRa ~ atuacão da CODEVASF em Sergipe.' . . Comissão de Minas e Energia, pela rejeição. PEIXOTO FILHO - Necessidade de construção de retorno Projeto de Lei n.O ª.l14~a, de 1976 (Do Sr. Dayl de Mmei- no Km-23 da rodovia Washington Luiz, Estado do Rio de Jada) - acrescenta parágrafO ao art. L° do Decreto-lei n.o 999, neiro. de 21 de outubro de 1969, reduzindo em 50% a Taxa Rodoviária única para motoristas profissionais proprietários de apenas' um JERôNIMO SaNTaNa - Problema fundiário de Rondônia. veículo; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e JusaRGILANO DARIO - Salário mínimo do trabalhador. tiça, pelp. constitucionalidãde. técnica legislativa e, contra o vO-' RUY BRITO _ Necessídade da regulamentação da profisto do Sr. Luiz Braz, pela juridicidade; e, das Comissôes de são de radialista. . Transportes e de Economia, Indústria e Comércio, pela aprovação, com emenda. CÉSaR NASCIMENTO - Candidaturas do MDB à PresiProjeto de Lei n. o 4.095-A, de 1977 (Do Senado Federal) _ dêncía da República e aos Governos dos Estados. Outorga a regalia da prisão especial aos professores do ens!no LEÓN~DAS 13,A~AIO ~ Índices sanitários e de criminali- ' primário e do ensino médio; tendo parecer, da Comissão de dade na CIdade do RlO de Janeiro, Estado.do Rio de J'aneiro. C.on~tituiçã:0 e . ,Justiça, pt;l~ constítucionali~ade, juridicidade,. ANTôNIO MORAIS _ Nota oficial sobre sua participacão tecmca legIslatIva e, no mento, pela aprovaçao. - na1campanha eleitoral. . .. . Projeto de Lei n.o 4.69~-A.J de 1978 mo !,oder Exec~tivo) FERNANDO COELHO _ Reforma ~grária no Nordeste. . . '. . Mensag.em n.O 41/78 - ' Dlspoe sobre doaçao de lote, a Orga'nizaçãodas Nações Unidas _ ONU, pela Companhia ImobilíáJ~RGE ARBAGE - ProJe~o de leI,. C!e sua autorl~, s,?bre ria de Brasília - TERRaCAP; tendo pareceres: da Comissão e~evaçao do teto de remuneraçao dos medICO:; e respectIVOS as- I 'de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade. juridicídade slstentes. . PEDRO FaRIa - Conveniência da venda de moradias fune técnica legislativa; e, das Comissões de Relações Exteriores e de Economia, Indústria e Corr.,ércio, pela aprovação. cionais a seus atuais ocupantes. p~ojeto de Lei n.o 4.696-A, d~ 197~ .mo Poder.E:lÇecutivo)HEN:aIQ:UE EDUaRDO ALVES - Mercado de trabalho paMensagem n.o 43/78 - Altera dlSPOSltJVOS da LeI n,.o 4.769, de ra qs maIores de 35 anos de idade. 9 de ~et~mbro de 1~6~, que _di.spõe sobre o exer?icio da p.ro!issão FLORIM COUTiNHO _ Atendimento na orla- marítima da ,de Te~l1l.c~ de Adm~mstraçao, tenl'!'0 p.arec~res. dll; C?n;l.1~SaO de cidade do Rio de Janeiro Estad d R'd J . Constltmçao. e JustIça; pela consbtuclOnalIdade, Jundlcldade e " o o lO e anelro. técnica legislati.va; e, da Comissão de Trabalho e Legislação PACHECO CHAVES - Contingenciamentos dos produtores Social, pela aprovação, com emenda. .. rurais de São Paulo. . . DIARIO :'itaío de 1918 no DASO COIMBRA - Funcionamento das cbsses de 5." a 8." séries da Escola Estadual Sara Vilela, Distrito de Três Irmãos, Rio de Janeiro. V _ Grande Expediente ANTONIO BRESOUN - Homenagem â memória do exDep1.;tado Federal Lino Braun. PRESIDENTE ._ Solidariedade da Mesa às homenagens prestadas à memória do ex-Deputado Federal Lino Braun. PRISCO VIANA - Homenagem à memória do ex-Deputado Federal Lino Braun. Evolução do processo de eletlificação no Nordeste. VI - Ol"dem do Dia JORGE ARBAGE, FRANCISCO ROCHA, SERGIO MURILO, JOÃO CLíMACO, ELOY LENZI. DASO COIMBRA, PEIXOTO FILHO, HENRIQUE EDUARDO ALVES - Apresentacão de proposições.. CELSO BARROS - Comunicação. como Líder, sobre a.umento da aposta mínima da Loteria Esportiva. JORGE ARBAGE - Comunicação, como Líder, sobre oportunidade de aumento da aposta mínima da Loteria Esportiva. ~ ~~.~. __ __ - ' - _ _ _ _ - ~~_~ _ _ ~...__--.-. __ . . . . . . . > ~~ .. , . __ CAMARA DOS DEPUTADOS SECRETARIA-GERAL DA MESA RELACAO DOS DEPUTADOS INSCRITOS NO GRANDE EXPEDIENTE . Maiol1978 Terça-feira Raul Bernardo ~ ARmA Carlos Santos ...- MOB Josê Mauricio - :MOB Paulo Studart - ARENA Quarta-feira. Magno Bacelar -. ARENA segunda-feira 11 NOME DIA DA SEMANA Adhemar SantHlo - MDB • ATA DA 58.a SESSÃO EM 26 DE MAIO DE 1978 PRESIDÊNCIA DOS SRS.: JOAO CLíMACO, 3'?-Secretário; PEIXOTO FILHO, Suplente de Secretário; e ANTôNIO MORAIS, Suplente de Secretário. I - As 13:30 horas comparecem os Senhores: João Clímaco Peixoto Filho , Antônlo Morais Acre Nabor Júnior - MDB; Nosser Almeida - ARENJ\. Amazonas RaIael Fal'aco - ARENA. Pará Gabriel Hermes ARENA; Júlio Viveiros - MDB; Ubaldo COl'~êa - ARENA. Maranhão Eurico Ribeiro - ARENA; Magno Bacelar - ARENA; Marão Filho - ARENA. Piauí Muril0 Rezende - ARENA. Ceará. Claudíno Sales - ARENA; Figueiredo Correia - MDB; J:IDuârio .Feitosa - ARENA; Jonas parlos - ARENA. Rio Grande do Norte Francisco Rocha - MDB; Pedro Lucena - MDB; Ulisses Potiguar - ARENA. H75 SJ!;RGIO MURILO (Como Líder.) - Problemática da área médico-farmacêutica do País. CLAUDINO E.ALES I Como Líder.) - Incentivo ao turismo interno. VII - C(}municaçõcs Parlamentares PEIXOTO FILHO - Aplicação dos recursos financeiros da Caixa Econômica Federal. SIQUEIRA CAMPOS - Abertura oficial da II Feira Agropecuária de Posse. Goiás. VIII - Designação da Orde~ do Dia IX - Encerramento Discurso do Deputado Siqueira Campos, no Grande ExpediBnte da sessão de 25 de abril de 1978: Restriçôes ao crédito agrícola. 2 - ATA DAS COMISSõES 3 ....:. lUE,SA IReIação dos membros) 4 _ LíDERES E VICE-LiDERES DE PARTIDOS lRelação dos membros) 5 - COMISSõES (Relação dos membros das Comissões Permanentes, Especiais, Mistas e de Inquérito) _"'=_"'----"'_~~""'==-=.~_ Avisos :PATA Sáhado 2'; CONORESSO NACIONAl, <Seção li .."" __ ,_~ =~.....". ...,._ . _. I I ~~~·_·~-t......,...__""_'_"__·=-'z~·'_='"-,~ _ _~_-==_-~ Paraiba Adernar Pereira - ARENA; Arnaldo Lafayette - MDB; Maurício Leit.e - ARENA; Teotônio Neto - ARENA. Pernambuco Fernando Coelho - MDB; Gonzaga Vasconcelos - ARENAI Joaquim Coutinho - ARENA; Sérgio Murilo - MDB; Thales Ramalho - MDR Alagoas Antonio Ferreira - ARENA; Geraldo Bulhões - ARENA. . Sergipe Passos Pôrto - ARENA; Raymundo Diniz - ARENA. Bahia Afrisio Vieira Lima - ARENA; João Alves - ARENA; Manoel Novaes - ARENA; Menandro Mínahim - ARENA; Noide Cerqueira. -MDB. Espírito Santo Aloisio Santos -'MDB; Argilano Dario - MDB; Gerson Camata - ARENA; Henrique Pretti - ARENA. Rio de Janeiro 'Alberto Lavinas - MDB; Alvaro Valle - ARENA; Daniel Silva - MDB; JG de Araújo Jorge - MDB; José Haddad - ARENA; José Maria de Carvalho - MDB; Luiz Braz - ARENA; Mílton Stelnbruch - MDB; Nina Ribeiro - ARENA. . Minas Gerais Aécio Cunha - ARENA; Fábio Fonseca - MDB; Homero Santos - ARENA; José Machado - ARENA; Melo Freire - ARENA; Nogueira de Rezende - ARENA; Raul Be-rnardo - ARENA. São Paulo Athiê Coury - MDB; Fl"ederico Brandão - MDB; Gioia Junior - ARENA; João Cunha - MDB; José Zavaglía - MDB; Ruy Côdo - MDB; Santilli Sobrinho - MDB; Sylvio Venturoli - ARENA; Yasunori Kunigo - MDB. Goiás Genervino Fonseca - MDB; Iturival Nascimento - MDB; José de Assis - ARENA; Siqueira Campos - ARENA. Mato Grosso Nunes Rocha - ARENA; Valdomiro Gonçalves - ARENA. Paranâ. Agostinho Rodrigues - ARENA; João Vargas - ARENA; Norton Macedo - ARENA; Sepastião Rodrigues Júnior - MDB. Santa Catarina César Nascimento - MDB; Ernesto de Marco - MDB; Laerte Vieira - MDE. Rio Grande do Sul Alberto Hoffmann - ARENA; Antônio Bresolin - MDB; Arlindo Kunzler - ARENA; Carlos Santos - MDB; Getúlio Dias MDB; Lidovino Fanton - MDB. 4176 DIARIO DO CONGRESSO ttAllIONAL \Sleçáo n Sábado 27 .... e±±± e o SR. PRESIDENTE (João Clímaco) - A lisLa de presença acusa o comparecimento de 86 Senhores Deputados. Está aberta a sessão. Sob a proteção de Deus iniciamos nossos trabalhos. O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão anterior. 11 - O SR. PEIXOTO FILHO, Suplente de Secretário, servindo como 2. 0 -Secretário, procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, assinada. O SR, PRESIQENTE (João Clímaco) - Passa-se à leitura do expediente. O SR. ANTôNIO MORAIS, Suplente dé Secretário, servindo como 1.°-Secretário, procede à leitura do seguinte. III - EXPEDIENTE PROJETO DE LEI N.o 74c-A, DE 1976 (Do Sr. Francisco Amaral) Acrescenta alíneas aos itens IV e VII do arf 1.° da Lei Complementar n.O 5, de 29 de abril de 1970, que estabelece os casos de inelegibilidades; tendo parecer, da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e, no mérito, pela rejeição. (Projeto de Lei Complementar n." 74. de 1976, tendo anexado o de n.o 127/77, a que se refere o parecer.) O Congresso Nacional decreta: Art. 1.0 O item IV do art. 1.0 da Lei Complementar n. O 5, de 29 de abril de 1970, é acrescido da alinea seguinte: "g) nos municípios com mais de 30 000 eleitores, os candidatos à reeleição, desde que não tenham concluido curso de 2.° Grau." Art. 2.° O item VII do art, 1.0 da Lei Complementar n.O 5, de 29 de abril de 1970, é acrescido da alínea seguinte: "d) nos municípios com mais de 30 _000 eleitores, os can~ . didatos à reeleição, desde que não tenham concluído curSO d·e 1.0 Grau," Art, 3.° Esta lei entrará em vig,pr na data de, sua publicação. Art. 4.° Revogam-se as disposições em contrário. Justificação notória a necessidade de se dotar a lei eleitoral de instrumentos tendentes a melhorar o nivel intelectual e cultural dos mandatários populares nos'-Municípios. . Note-se que, para o ingresso nas carreiras de Juiz, Promotor e Delegado de Polícia, exige-se a formação de nível superior, o que .se justifica, evidentemente, face à indispensabilidade de conhcimentos técnicos para o respectivo exercicio funcional. No entanto, para o acesso aos cargos eletivos, de Prefeito e Ve~ reador, não se impõe um requisíto mínimo de escolaridade. Compreendemos que não seria o caso de se fazer uma exigência como aquela imposta para o ingresso nas carreiras de Juiz. Promotor e Delegado, pois, afinal de contas, o exercício dos mandaoos de Prefeito e Vereador mais requer o concurso da experiência política e administrativa, conforme o caso, o bom senso, li capacidade de trabalho e a honestidade, Mas não se admite, contudo, que um semi-analfabeto, para não se dizer um analfabeto. possa galgar semelhantes posições de uma importãncia nos Municípios. que são as células-mateI' da Nação, Neste passo, vale invocar o art. 125 da Constituição. expressis "erbis: "Art. 125. A educação, inspirada no princípio da unidade l1acíonal e nos ideais de liberdade e solidariedade humana, é direito de todos e dever do Estado, e será dada no lar e na escola, § 1,° O Estado ministrará e difundirá o ensino em todos os graus. § 2.0 O ensino primário é obtigatôrio "para todos, dos sete aos quatorze anos, e gratuito nos estabelecimentos oficiais." Ora. diante das preocupações l'eveladas pelo constituinte, de criar condições de viabilidade para a educação nacíonal. erigindo:li. em dever estatal e tornando-a mesmo obrigatória até determinado nível, l1ão há como se permitlr que cheguem a ocupar posi...ííes políticas e administrativas de suma ímportâ,ncia na vida mu...cipal homens que não se tenham submetido a um minimo de escolaridade. É Maio de un --~- H Parece-me haver ai um contra-senso, um descompasso entre [J lei <'leitoral e a Carta Magna, que deve· ser corrigido no interesse do próprio desenvolvimento sócio-econômico do Pais. Tal é o objetivo do presente Projeto de Lei, ao acrescentar alíneas aos itens IV e VII do art. 1.0 da Lei Complementar n.o 5, de 29 de abril de 1970, em que cuidamos de tornar inelegiveis. nos municípios com mais de 30.000 eleitores e ltO caso de candidatos à reeleição, os cidadãos que não tenham concluido curso de 2.<> Grau, se postularem mandato de Prefeito, e os que não tenham concluído curso de 1.0 Grau, se postularem mandato de VereadorCom essas medidas, pretendemos propiciar a melhoria do ní· vel intelectual de Prefeitos e Vereadores, sem adotar, contudo, exigências rigorosas. que tornariam inexeqüível a lei, por inadaptacão à realidade. Propomos, assim, o requisito da escolaridade atinja apenas os candidatos à reeleição, dando uma oportunidade a maís para. que os cidadãos afeitos às lides polít.icas procurem se ajustar'às necessidades culturais dos cargos postulados. Esperamos, dessa forma. cont.ribuir para o aperfeiçoamento das instituições democráticas no País, e, especialmente para I) de·· senvolvimento dos municípios brasileiros. Sala das Sessões, 29 de março de 1976. -- Francisco AmaraL I LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA 'PELA COORDENAÇÃO DAS COMISSÕES PERMANENTES LEI COMPLEMENTAR N.O 5, DE 29 DE ABRIL DE 1970 Estabelece, de acordo com a Emenda Constitucional n." 1, de 17 de outubro de 1969, artigo 151 e seu parágrafo único, casos de inelegibilidades, e dá outras prOVIdencias. Art.l.o São inelegiveis: para Prefeito ou Vice-Prefeito: no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os Inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, Governador . e Vice-Governador, observado o prazo de S (trêsl meses para a desincompatibilizaçáo; b) o cõnjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o terceiro grau, ou por adoção, do Prefeito ou de Interventor, ou de quem, nos 6 (seis) meses anterlol'es ao pleito. ·os haja substituído; • c) os membros do Ministério Público em exercicio na Comarca, nos 3 (três) -meses anteriores ao pleito; d) as autoridades p~icíais, civis ou militares, com exercício no Municipio, nos 3 (três) meses anteriores ao pleito: e) os que não possuam domicilio eleitoral. neJ Município, 1 fum .• ano, pelo menos, ímediatamente anterior â eieição; fl os membros das Câmaras Municipais que, na conformidade da Constituição e das leis, hajam perdido os respectivos mandatos; IV a) Vil - para as Câmaras Municípais: no que lhes for aplicável, por identidade de situações, 0$ inelegíveis para o Senado Federal e a Câmara dos Deputados, observado o prazo de 2 (dois) meses para a desincompatibilização; bl em cada Municipío, os inelegiveis para os cargos de Prefeito e Více-Prefeito; el o cônjuge e os parentes consangüineos ou afins, até o terceiro grau. ou por adoção, do Prefeito, do Interventor no Municlpio. ou de quem, nos 6 (seis I meses. anteriores ao pleito, os haja substituído; d) os que não possuam domicilio eleitoral nó Município, pelo menos 1 (um) ano, imediatamente anterior à eleicão. a) PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N." 127, DE 1977 (Do Sr, Octávio Totrecillal Acrescenta alíneas aos itens IV, V. VI ,~ VII do art. l.~ da Lei Complementar n." 5. de 29 de abl'U de 1970, que estabelece os casos de inelegibilidades. (Anexe-se ..o Projeto de Lei Complementar n.o 74. de 1976, nos termos do art. 71 do Regimento Interno.) O Congresso Nacional decreta: ' Art. 1." O item IV do art. 1.0 da Lei Compltmlentar n.v 5, de 29 de abril de 197:0, ê acrescido da alinea seguinte: "g) C~ que nào tenham concluído curso de 1.... Grau." »I'la10 de 1978 DIARIO DO COXGRESSO NACIONAL (Seção Art. 2.0 O item V do art. 1.0 da Lei Complementar n.o 5, de 21) de abril de 1970, é acrescido da nlinea seguinte: . "e) Os que não tenham concluído curso de 2.° Grau." Art. 3.° O item VI do art. 1.0 da Lei Complementar n.o 5, de 29 de abril de 1970, é acrescido da alínea seguinte: "c) Os que não tenham concluído curso de 2.0 Grau." Art. 4.° O item VII do art. 1.0 da Lei Complementar n.O 5, de 29 de abril de 1970, é acrescido da alínea seguinte: ~ "e) O~ que não tenham concluído curso de 1.0 Grau:' Art. 5.° Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação. Art. 6.° Revogam-se as disposições em contrário. Justificação A chamada lei das inelegibilidades (Lei Complementar n.O 5, de 29 de abril de 1970) descurou de providência tendente a propiciar a melhoria do nível intelectual no exercício de cargos eletivos, especialmente daqueles mais acessíveis aos cidadãos em ge~ rl~J, como os de Prefeito, Vice-Prefeito, Deputados Federal e Est:4dual e Vereador. Em relação a outros cargos, como de Presidente da República, Vice-Presidente da República e Governa10r, é compreensivel a dispensa r'e semelhante provimento, dada, a natural seleção que 50 opera para a escolha dos candidatos dentro dos Partidos. Mas, quanto àqueles acima mel1cionados. indica a nossa realidade a conveniência de se estabelecerem níveis mínimos de escolaridade compativeis com a natureza e importância dos mandatos, à guisa de se evitar que tenham acesso a relevantes funções públicas pesSOM inteiramente despreparadas para elas. Trata-se de contlibuir. basicamente, para o aprimoramento d:as instituições democráticas. O que propomos é a exigência de um grau mínimo de escolaridade. Certamente, não seda razoável exigir-se de um candidato a Prefeito ou a Vereador, o diploma de curso superior, como se faz no tocante ao ingresso em determinadas carreiras como as de .Tuiz, Promotor e Delegado de Policia. Nem" mesmo, do candidato a Deputado, Estadual ou Federal, ou, ainda, do candidato a Senadol" POr certo. para o desempenho de tais mandatos populares mais se recomendam a experiência, a vivência política e a moralidade. Não raras vezes, homens menos letrados, graças ao talento peculil'u t as aptidões inatr logram maior sucesso na vida púb.iíca que as sumidades cul " 'is. Mas um minimo de cultura, evidentemente, há de se exi~ \,lU hipóteses como as focadas pela pt'esente proposição, tendo m vista afastar a possibilidade de v]rem a ocupar postos de administração' e' representação os que sllquer têm noção do que seja administrar ou representar, dadas sllas condições pessoais de semi-analfabetos. De outra parte, cuida o Projeto de acoroçoar o desígnio do próprio constituinte brasileiro, assinalado no art. 125 da Constituição, de se pôr o máximo empenho na difusão do ensino II da. educação no PaIS, com vistas ao nosso desenvolvimento sócio-econômico. E l.ão há dúvida c;ue o Projeto se afina com esse elevado objetivo, -iO criar, prat.icamente, estímulo para que os cidadãos, especialmente os do "binterland", busquem o seu aperfeiçoamen'to cultural, como condição essencial à çonquista de cargos eletivos. Sala das Sessões, em - Octávio Tonecilla. LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELA COORDENAÇAO DAS COMISSt5ES PERMANENTES LEI COMPLEMEN'I'AR N.o 5, DE 29 DE ABRIL DE 1970 l$tabelecc, de acordo com a Emenda Constitud'Dnal n/i 1, de 7 de outubro dc 1969, art. 151 e seu parágrafo único, casos de inelegibilidades, e dá outrasprovidên'Cias. Art. Lo Sãe inelegíveis: IV - para Prefeito t: Vice-Prefeito: a) no que lhes fcr aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para os cargos de presidente e Vice-presidente da Re·· pública, Govern\ldor'e Vice-Governador, observado o prazo' ele 3 (1;rês) m~ses para a desincompatibilizaçáo; b) o ~ônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o tercc~lro grau, ou por a10ção, do Prefeito ou de Interventor. ou de qL.lem, 'lOS 6 (seIS) mes~s antedores ao pleito, os haja substituído; c) os membros do Ministério Público em exercício na COmaT~ ca, nos 3 (três) meses anteriores ao pleito. . d) as l:l.ut::Jlf6ades policiais, civis ou militares, com exercício no Município, nos 3 (três) meses anteriores ao pleito; e) os que não possuam domicilio eleitoral, no Município, 1 I'um) ano, pelo menos, imediatamente anterior à eleição; Sábatlo 27 4177 l) f) os membros das Câmaras Municipais que, na conformidade da Constituição e das leis, hajam perdido os respectivos mandatos; V - para o Senado Federal e a Câmara dos Deputados: a) os inelegíveis ,ara os cargos de presidente e Vice-Presidente da Repúbiica, especificados nas alíneas a e b do item lI, e, no tocante às demais alineas, se se tratar de repartição pública, associação ou empresa que opere no território do Estado, observado o prazo de 4 (Ci.uatro) meses para a desincompatibilização; b) em cad~. Estado, os inelegíveis para os cargos de Governador e Vice-Governador, nas mesmas condições estabe:ecidas; c) o côn~uge e os ;Jarentes consangüíneos ou afins, até o terceiro gra~:, ou por adoção do Presidente, Governador ou Interventor no própr:o Estado, Governador do Territódo, ou de quem, nos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, os haja substituído; d) os qu.. não possuam domicilio eleitoral, no Estado ou Território, pelo menos 2 ,àois) anos imediatamente antedores à eleição; VI - para as Assembléias Legislativas: a) no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegiveis para o Senado Federal e a Câmara dos Deputados, nas mesmas condições estabelecidas; b) em cada Município, os inelegíveis para os cargos de Prefeito menos 2 (dois) anos imediatamente anteriores à eleição; , VII - para as Câm"ras M'micipais: a) nlb que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegiveis para o Senado Federal e a Câmara dos Deputados, observado o prazo de 2 (d:>ís) meses para a desincompatibilização; b) em cada Município, Os inele!?iíveis para os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito; c) o cônjuge e os parentes consangüineos ou afins, até o terceiro grau, ou por adoção, do Prefeito, Interventor no Município, ou de quem, nos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, os haja substituído; d) os que não possuam domicílio eleitoral no Município, pelo menos 1 (um) ano, imediatamente anterior à eleição. •• ~ ....... ~. ~ '" ~ ~ ~""".'" ~. ~~, ~'" , ,' '" • , , ' I • ~ ~ ~ ~ '" ~. "' '" "' •• " "' ~ "' ~ .. <lI'< "' " li " ' . PARECER DA COMISSãO DE CONSTITUIÇãO'E JUSTIÇA I - Relatório O Projeto de Lei sub examine, de autoria do ex-Deputado Francisco Amaral, pretende acrescentar alínea "g" ao item IV do art. 1.0 da Leí Complementar n,o 5, de 29 de abril de 1970 e alínea. "d" ao item VII do art. 1.0 da mesma Lei. Com essas alterações na Lei das Inelegibilidades, o Autor quer estabelecer um requisito mínimo de escolaridade para o acesso aos cargos eletivos de Prefeito e Vereador. Assim, para os cargos eletivos de Prefeito e Vice-Prefeito somente poderiam concorrer â reeleição, nos municípios com mais de 30.000 eleitores os candidatos que tivessem concluído curso de 2.° Grau. Da mesma maneira, para as Câmaras Municipais, os candidatos que tive.ssem concluído curso de 1.0 Grau. Anexado ao Projeto em pauta, o de n.O 127, de 1977, de autoria. do ilustre Deputado Octávio Torrecilla,.,.que acrescenta alíneas aos itens IV, V, VI e VII do art. 1.0 da Lei Complementar n,o 5, de 29 de abril de 1970. O Autor pretende também .estabelecer requisitos mínimos de escolaridade para candidatos a Prefeito, Vice-Prefeito, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Vereador. As proposições em exame objetivam, enfim, ampliar os casos de inelegibilidades estabelecidas pela Lei Complementar n.O 5, de 1970, Somos contrario â ampliação de casos de inelegibilidades, uma. vez que a tendência do direito constitucional moderno é pela sua. redução. . Além disso, não devemos permitir que se criem obstáculos ao direito político de ser candidato, qualquer que seja o seu grau de escolaridade. Ficaria, então, configurada uma discriminação no Código Eleitoral, que devemos evitar. Achamos que deve permanecer a igualdade de tratamento entre candidatos de maior ou menor grau de escolaridade, 4178 Sábado 27 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção Il Maio de 19'18 • li _ Voto do Relator Face às razões expostas, opinamos, no mérito, pela rejeição dos Projetos de Lei Complemenar n.os 74, de 1976. e 127, de 1977. Sala da Comissão, 16 de abril de 1978. - Afrísin, Vieira. Lima, Relator. 111 - Parecer da Comissão A Comissão de Constituição e Justiça, em reunião de sua Turma "B", opinou. unanimemente, pela constitucionalidade e, no mérito, pela rejeição do Projeto de Lei Complementar n.O 74/76 I Anexo o Projeto de Lei Complementar n.o 127/77), nos termos do parecer do Relator. Estiveram presentes os Senhores Deputados. Jairo Magalhães - Presidente; Afrisio Vieira Lima - Relator; Altair Chagas, Erasmo Martins Pedro. Fernando Coelho, Ibrahim Abi-Ackel, João Gilberto, Jair Brasileiro, José Bonifácio Neto e Luiz Braz. Sala da Comissão, 26 de abril de 1978. - Jairo Magalhães, Presidente - Mrisio Vieira Lima, Relator. PROJETO DE LEI N.o 1.127-A, DE 1975 (Do Sr. Joaquim Bevilacqua) Altera a redação do § 1.° do art. 59, e do § 2.° do art. 61, da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n.O 5.452, de 1.° de maio de 1943; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade; e, das Comissões de Trabalho e Legislação Social e de Econlmlia, Indústria e Comércio, pela aprovaçiio, (Projeto de Lei n.o 1.127, de 1975, a que se referem os· pareceres.) O Congresso Nacional decreta: Art. 1.0 O. § 1.0 do art. 59 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n.O 5.452. de 1.0 de maio de 1943, passa a vi~orar com a seguinte redação: , . "Art. 59 § 1.0 Do acordo ou contrato éoletivo de trabalho deverá con.star, obrigatoriamente. a importância de remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, de 50% (cinqüenta por cento) superior à hora norma!." Art. 2.° O § 2.° do art. 61 da Consolida.,ão das Leis do TrabaIno, aprovada pelo Decreto-lei n.o 5.452, de 1.0 de maio de 1943, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 61. . 2.0 No caso de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora excedente não será infeferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a remuneração será, pelo menos. 'de 100% (cem por cento) superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de doze horas, desde que a lei não fixe expreasamente outro limite:' Art. 3.0 Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4.° Revogam-se as disposições em contrário. Justificação Como ninguém ignora, o Brasil possui mão-de-obra das maio; baratas de todo o mundo, devido não apenas à baixa remuneração oferecida aos trabalhadores das mais diversas categorias, como também, e principalmente, em face dos diminutos e irrisórios investimentos efetivados peltis empresas no campo da segurança e higiene do trabalho. Em decorrência dessa situação, e, evidentemente, com o concurso de outros· fatores, o Brasil detém, em nossos dias. mais um titulo mundial - o de campeão dos acidentes do trabalho. Seria injusto ignorarmos que o Poder Público, ultimamente, vem demonstrando sérias preocupações com o assunto, procurando, inclusive, soluções e alternativas que, ao menos. provoquem uma diminuição no absurdo número de acidentes do trabalho que, diaa-dia, se multiplicam em todo o País, causando enormes prejuizos não apenas aos acidentados e suas famílias, como também à própria economia nacional. Temos para nós, por conseguinte, que as causas determinantes dos acidentes do trabalho devem ser atacadas em todas as frentes, a fim de que o grave problema, a médio prazo, venha alcançar uma solução. Pois bem, é exatamente esse o objetivo colimado pela medida a.lvitrada nesta proposição. Em verdade, sabe-se que uma das causas mais comuns dos acidentes- do trabalho é a fadiga. que, em inúmeras atividades, do§ mina o trabalhador depois dc seis ou oito horas de trabalho contínuo. Ora, as disposições atualmente consubstanciadas no § 1.0 do art. 59 e § 2.° do art. 61, da Consolidação das Leis do Trabalho, estimulam as empresas a exigir dos trabalhadores. horas de trabalho suplementaras, através de prorrogações da jornada de trabalho, habituai~ ou nÃo. Efetivamente. no primeiro dispositivo, cuida-se de casos de prorrogações habituais na jornada de trabalho, ou pela compensação das hora& trabalhadas a mais em um dia com redução de horário em outro dia, ou por acordo prévio, que autorize o prolongamento máximo de duas horas diárias, com o diminuto aumento salarial de vinte por cento. Por outro lado, o § 2.°, do art. 61. estabelece que na hipótese de prorrogação da jornada de trabalho na forma ali preconizada, a remuneração das horas excedentes deverá ser de vinte a cinco por cento. Ora, na verdade. as empresas e os empregadores em geral são estimulados, a forçar prorrogações da jornada de trabalho, devido, fundamentalmente, aos irrisórios aumentos salariais. de apenas vinte ou vinte e cinco por cento, conforme o caso. Temos para nós, assim, que se os referidos valores forem majorados para cinqüenta e cem por cento, respectivamente, as empresas deixarão de utilizar-se desse expediente, preferindo contratar novos empregados ao invés de utilizar-se do regime de prorrogação de jornada normal de trabalho. Com a adoção dessa providência, temos plena convicção de que diminuirão os acidentes do trabalho provocados pela fadiga. como, por outro lado, aumentará a oferta de empregos - conseqüências benéficas para a economia nacional. com favoráveis repercussões de caráter social. Cumpre ressaltar, por derradeiro, que esta proposição inspirou-se em sugestão oferecida pela Câmara Municipal de São José dos Campos, através do ilustre Vereador Carlos Alberto Maced(} Bastos. qua, Sala das Sessões, 16 de setembro de 1975. - Joaquim Bevilac- LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELA COORDENAÇÃO DAS COMISSÕES PERMANENTES CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO Aprovada. pelo Decreto-lei n.o 5.452, de 1.0 de maio de 1943. • ~ lO " " " ~ ; TiTULO II Das Normas Gerais de Tutela do Trabalho CAPiTULO I! Da Duração do Trabalho SEÇÃO Ir Da Jornada de Trabalho Art. 59. A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de duas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. § 1.0 Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente. a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menOEi, 20% (vinte por cenro) superior à da hora normal. Art. 61. Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado. seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuizo manifesto. § 2.° Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previsto neste artigo. a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de doze horas, desde que a lei não fixe expressamente outro limite. Maio de 1978 DJA.RIO DO CONGRESSO NACIONAl. <Seção I) Sâbado 27 4179 !!l:~-=============================================""" PARECER ·DA COMISSAO DE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA I - Relaroriõ As alterações ora propostas objetivam: a) elevação da remuneração da hora r.uplementar de trabalho (!l~ 20% para 50% superior à da hora normal. b) elevação da remuneração da hora suplementar de trabalho, nos casos de excesso previstas no art. 61 da CLT, de 25% para 100% superior à da hora normal. Sem nos determos na análise da justificativa apresentada pelo autor. que se nos afigurou destituida doe interesE·e para esta Comis.são, limitar-nos-emos a observar que a proposição utiliza-se de técnica legislativa perfeita e que não versa sobre matéria de iniciativa defesa à competência legislativa do Congresso Nacional. li - Voto do Relator Face ao exposto, opinamoli pela aprovação do Projeto de Lei n..O 1.127, de 1975. Sala da Comir,são, . - Tarcísio Delgado, Relator. IH - P~recer da .Co>missã.o A COj11Íssão de Constituição e Justiça, em reunião de sua Turma "B", realizada em 6-11-75. opinou, unanimemente. pela constitucionalidade do Projeto TI.o 1.127175, nos termos do parecer do Relator. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Lmz Braz - Presidente, Tarcísio Delgado - Relator, Alceu CoIlares, Erner,to Valente, Francisco Studllrt. Gomes da Silva, José Maurício, Noide Cerqueira, Rubem Dourado e Theobaldo Bar':' blJsa. Sala da Comissão. 6 de novembro de 1975. - Luh Braz, Pre~ sidente - Tarcísio Delgado, Relator. PARECER DA COMISSAO DE TRABALHO E LEGISLAÇAO SOCIAL 1 - Relatório A Consolidação das Leis do Trabalho determina que a hora suplementar de trabalho será remunerada com importância, pelo menos, 20% superior à da hora normal (art.. 59, § 1.0). A duração da jornada de trabalho pode ultrapassar o limite legal d" (luas horas suplementares (art. 61) nos seguintes caso.s: 1. 0 - por motivo de força maior; 2.° - para realizar ou concluir serviços inadiáveis; 3. 0 - para executar serviços que, se se paralisa.ssem, poderiam acarr·etar prejuizo manifesto. No primeiro caso as horas excedentes serão remuneradas por uma quantia não inferior à da hora normal e nos demais casos com importância, pelo menos, 25% superiol' àquela farto 61. § 2.°). O projeto apresentado pelo ilustre Deputado Joaquim Bevilacqua visa a modificar esses dispositivos a fim de elevar a remunera~ çáo das horas extras de tal modo que os limites minimos de 20% e 25% passem para 50% e 100%. re5pectivamente. O serviço extra remunerado na base atualmente em vigor estimula o empregador a preferir a prorrogação da jornada de trabalho em lugar de ampliar seu quadro de trabalhadores. Considera o autor da proposição que essa prática leva o empregado à fadiga e, em conseqüência, concorre para que haja maior número de acidentes de trabalho. Por outro lado, verificamos que I) trabalhador brasileiro se encontra em condicão de inferioridade se comparado aos dos de~ mais paises latino-americanos. O Chile e a Guatemala conferem um acréscímo de 50% .sobre o salário normal para as horas extraordinárias. Na Argentina e no Uruguai se o trabalho é realizado em dias feriados o aumento será de 100%. Na Bolívia esse acréscimo é de 100% indistintamente para dias úteis ou não. Já no México os valores variam de 50% a 200%. E no Peru podem ascender até a 400%. Derote modo, .somos de parecer que a medida proposta pelo Deputado Joaquim Bevilacqua merece aprovação, pois, al~m de significar mais condigna remuneração do trabalho, tornara possível maior oferta de emprego. U - Veto do Relator Ante o exposto, opinamos pela aprovação do Projeto de Lei n,o 1.127. de 1975. Sala da Comissão, 5 de agosto de 1976. - Frederico Brandão, Relator. lU - Parecer da ComissiW A Comissão de Trabalho e Legislação Social, em sua. reumao Qrdinária, realizada em 8 de junho de 1977, opinou unanimemente pela aprovação do PrQjeto de Lei D.o 1.127. de 1975, nos termos do P'arecer do Relator, Deputado Frederico Brandão. Estiveram prer.entes os seguintes Senhores Deputados: Vasco Neto - Presidente nos termos do art. 76 do Regimento Interno, Wilmar DaIlanhol, Adhemar Ghisi. Frederico Brandão, Ãlvaro Gaudêncio, Luiz Fernando, Luiz Rocha, Osmar Leitão, Pedro Carolo, Raimundo Parente, Siqueira Campos, Vilmar Pontes, Adernar Pereira, Lygia Lessa Bastos, Rez·ende Monteiro, Aloisio Santos. Argilano Dario, Arnaldo Lafayette, Fernando Cunha, José Costa, Otávio Torrecilla, Rosa Flores, Ruy Brito, Gamaliel Galvão e Peixoto Filho. Sala .sia Comíssão, 8 de junho de 1977. - Vasco Neto, Presidente nos termos do Art. 76 do Regimento Interno - Frederico ' Brandão, Relator. PARECER DA COMISSÃO DE ECONOMIA, INDÚSTRIA E COMÉRCIO I - Relatório O Projeto de Lei n. O 1.127/75. de autoria do nobre Deputado Joaquim Bevilacqua, pretende alterar o percentual da remuneração das horas suplementares de trabalho. elevando-o de 20 para 50% e o das horas extraordinárias, de 25% para 100%, em relação às horas normais. Com esse fim, altera a redação do § 1.0 do art. 59, e a do § 2.° do art. 61, da Consolidação das Leis do Trabalho. O § 1.0 do art. 59 versa s:Jbre a hora suplementar de trabalho, definida no caput do artigo, como .sendo as duas primeiras horas acrescidas ao trabalho normal, e dispõe: "§ 1.0 Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à da hora normal." O § 2.° do art. 61 trata das horas extraordinárias, assim consideradas as que excederem o limite legal ou convencionado - as do trabalho normal e as suplementares - podendo ocorrer nas seguintes hipóteses, expressas no art. 61 da CLT: a) por motivo de força maior; b) para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis; c) para atender a serviços cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. É o seguinte o texto do § 2.0 do art. 61: "§ 2.° Nos casoS de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previsto neste artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de doze horas, desde que. a lei não fixe expressamente outro limite." São estes percentuais mínimos, de 20% para as horas suplementares, e de 25% para as horas extraordinárias. que o projeto intenta elevar, respectivamente, para 50 e 100%. Argumenta o ilustre Autor, na justificação, flue o objetivo principal da propositura é contribuir para a diminuição das causas determinantes dos acidentes do trabalho. Lembrando que a fadiga é uma das causas mais comuns desses acidentes, que "domina o trabalhador depois de seis ou oito hora.s de trabalho contínuo", entende que a baixa remuneração oferecida ao trabalhador, como é o caso especifico dos percentuais vigentes, estimula as empresas a exigir dos seus empregados prorl'Ogações da jornada de trabalho, habituais ou não, concorrendo, a.s.sim. para levar o trabalhador à exaustão. Com esta providência, prevista no projeto, está convencido o Autor, "de que diminuirão os acidentes do trabalho provocados pela fadiga, como, por outro lado, aumentará a oferta de empregos - conseqüências benéficas para a economia nacional, com favoráveis repercussões de caráter social". A proposição foi distribuída às Comissões de Constituição e Justiça, de Trabalho e Legislação Social e de Economia, Indústria e Comércio. A Comissão de Constituição e Justiça opinou, unanimemente, pela constitucionalidade do projeto, nos termos do parecer do Relator, o nobre Deputado Tarcísio Delgado. A Comissão de Trabalho e Legislação Social também opinou, unanimemente, pela aprovação do projeto, nos termos do parecer do Relator, o nobre Deputado Frederico Brandão. A esta Comissão cabe examinar o projeto em seu aspecto econômico, conforme o que determina o § 5.° do art. 28 40 Regimento Interno. Sob o prisma econômico, sabe-se que o homem é fator integrante da união capital-trabalho e,. como tal, deve, ele, ser pre~ servado. Ora, se a legislação atual permite uma convocação para que o trabalhador exerça suas funções, a baixo custo e por horas 4180 Sábado 27 DIA.RIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I> = excessivas, evidente é que seu desgaste físico redundará em um prejuízo econômico para o Pais, apesar de, à primeira vista, a produção ~ daquele elemento sugerir um incremento momentâneo. O ideal, dentro do conceito hodierno de nalvaguarda do fator humano, seria uma produção normal dentro do horário já estabelecido pela Consolidação das Leis do Trabalho, ou seja, de oito horas de trabalho. Infelizmente, os próprios trabalhadores procuram acrescer períodos extraordinários em sua rotina, a fim de usufruírem de mais alguns' cruzeiros em sua remuneração. Muito bem lembrou o nobre Deputado Frederico Brandão, na Comi~3ão de mérito Comissão de Trabalho e Legislação Social - "que o trabalhador brasileiro se encontra em condições de inferioridade, se comparado aos dos demais países latino-americanos". E vai mais além, o ilustre Relator, ao trazer à colação o exemplo do Chile e da Guatemala, que conferem um acréscimo de mais 50% para horas extraordinárias do trabalhador; a Bolívia, 100%; o México, de 50 a 200%; o Peru, até 400%. Cabe, ainda, ressaltar, que o as<mnto em tela vem lastreado em algo de muito significativo no País: a~ edilidades. O proj-eto do nobre Deputado Joaquim Bevilacqua foi inspirado em uma sugestão da Câmara Municipal de São José dos Campos, no Estado de São Paulo, por iniciativa do ilustre Vereador Carlos Alberto Macedo Bastos. Quando um vereador induz uma Câmara Municipal, do alto gabarito da de São José do;; Campos. a uma tal proposição, sentimo-nos dev-eras recompensados, vez que as nossas comunidades pensam e agem em função do povo, não apenas de um município, como o de São José dos campos, mas em favor de todo o povo brasileiro. 11 - Voto do Relator Face ao expo&to, nosso voto é pela aprovação do Projeto de Lei D.o 1.127175. Sala da Comissão, 5 de abril dé 1978. - Santilli Sobrinho, Relator. 111 - Parecer da Comissão A comissão de Economia, Indústria e Comércio. em reumao ordinária realizada em 5 de abril de 1978, aprovou. por unanimidade, o Parecer do Relator, Deputado Santilli SObrinho, Favorável ao Projeto de Lei n.o 1.127/75, que "altera a redação do § 1.0 do art. 59, e do § 2.° do art. 61, da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n.O 5.452, de 1.0 de maio de 1943". Compareceram os senhores Deputados João Arruda, Presidente; Genervino Fons-eca, Vice-Presidente da Turma "A"; Igo Losso, Vice-Presidente da Turma "B"; Santilli Sobrinho, Relator; Herbert Levy, Amaral Furlan, Aldo Fagundes. José Haddad. Angelina Rosa, Fernando Gonçalves, Harry Sauer, Laerte Vieira, Amaral Netto, Rubem Medina, Sílvio Abreu Júnior, Léo Simões e Antônio Carlos de Oliveira. Sala da Comissão, 5 de abril (le 1978. - Joã,o Arruda, Presidente - Santilli Sobrinho, Relator. PROJETO DE LEI N.o 1.393-A, DE 1975 (Do Sr. Francisco Amaral) Dispõe sobre a. correção de valores dos benefíci6s negados e posteriormente concedidos pela Previdência Social; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela inconstitucionalidade e injuridicidade, contra os votos dos Srs. Erasmo Martins Pedro, Tarcísio Delgado, Rubem Dourado, Miro Teixeira, José Bonifácio Neto e Joaquim Bevilacqua.; da Comissão de Tra.balho e Legislação Social, pela aprovação, com voto em separado. do Sr. Nelson Marchezanj c, da Comissã.o de FiDaIl:ças, pela aprovação. (Projeto de Lei n,o 1.393, de 1975, a que se referem os pareceres.) O Congresso Nacional decreta: Art. 1.0 Os benefícios da Previdência Social, quando negados no setor de origem, ao serem posteriormente concedidos, por força de insistência do segurado, terão seus valores acrescidos da correspondente correção monetária, calculada segundo os índices baixados pela Secretaria de Planejamento da Presidência da Re· pública. Art. 2.° A correção monetária de que trata o artigo anterior. será aplicada aos benefícios negados e posteriormente deferidos em qualquer instância administra>tiva do Instituto Nacional de Previdência Social, bem como nos órgãos de controle jurisdicional, tais como as Juntas de Recurso de Previdência Social (CRPSJ. Art. 3,0 Considera-se beneficio negado, para os efeitos desta lei, os que não forem, de imediato deferidos pelo setor competente, ao qual tenha sido endereçado o pedido. Art. 4.° Os benefícios de que trata o art. 1.0 desta lei, são os enumerados no art. 22, da Lei n.o 3.807, de 26 de agosto de Maio de 1''18 fi 1960, com a redaçã<J que lhe deu a Lei n,o 5.890, de 8 de junho de 1973. Art. 5.° As despesas decorrentes dos dispositivos desta lei, correrão por conta da correção monetária arrecadada pelo Instituto Nacional de Previdência Social, resultante de cobranças administrativas ou judiciais. de contribuições previdenciárias não recolhidas pelos respectivos devedores em tempo oportuno. Art. 6. 0 Esta lei entrará em vigor na data 'de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. "Justificação A correção monetária, desde sua adoção, tem sido apregoada, até mesIr.O com certa ênfase, como sendo um dos maiores achados. Destes, dir-se-ia, oriundos de iluminados economistas que, em hora de graça, descobriram o "mapa da mina", capaz de salvar a economia nacional. , Dizemos economia nacional porque há na correção monetária aspectos que precisam ser corrigidos, especialmente no que diz respeito a uma possível e necessária reciprocidade entre os particulares e o Poder Público. Um desses aspectos diz respeito especificamente à presente proposição. É que, como é público e notório. há um núIr.ero considerável de processos administrativos referentes a benefícios de segurados da Previdência Social, que, sendo negados pelos setores de <Jrigem, a partir de então, arrastam-se pelo tempo em fora, nos demais setores da administração, inclusive nos órgãos de controle jurisdicional (Junta de Recursos da Previdência Social e Conselho de Recursos da Previdência Social) e, ao serem finalmente decididos esses recur~os, quando favoravelmente ao segurado, nada lhes é acrescido em termos de correção do valor da época do requerimento. Evidente que esta é uma situação por demais injusta que precisa ser com urgência corrigida, pois, além de o Instituto Nacional de Previdência Social mitigar a concessão dos benefícios, colocando objeções de toda sorte nos requerimentos, como, aliás, sói acontecer nos regimes de previdência social de países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento, ao realizaI', por fim, o pagamento. o gás com moeda desvalorizada, em decorrência do tempo e da inflação verificada no período. ora, se o próprio INPS faz incidir a correção monetária sobre os 'I'alores que lhes são devidos por força de inadimplência de seus devedores, o que é, aliás, muito justo. por que, também, não corrigir monetaríamente os valores dos benefícios negados e posteriormente concedidos em razão de insistência de seus segurados? Não há lógica nem justiça nessa duplicidade de tratamento e critérios. Daí nossa proposição, que procura restabelecer nada mais nada menos do que, tão-somente, o valor correspondente, ainda que de direito, para os benefícios nessas condições à. época do requerimento. Desejamos registrar, com certo júbilo, que começa a se esboçar um tratamento mais humano para com os segurados da Previdência Social, no que diz -respeito aos critérios de concessão de benefícios, com reais possibilidades de melhorias, especialmente para os benefícios de prestação continuada. É o que estamos tendo a oportunidade de constatar com a aprovação e sanção da Lei n.o 6,210; de. 4 de junho de 1975. PelU' referida lei corrigiu-se injustiça gritante eometida com os segurados. Estas injustiças decorreram especialmente das modificações introduzidas na Lei orgânica da PrevidêncÍa Social, por força da Lei n.o 5.890, de 8 de junho de 1973. Por esta lei os beneficios passaram a sofrer descontos previdenciários, como se fossem verdadeiros salários, e, até mesmo, dir-se-ia, como se a Previdência Social fosse um "caça níqueis". Agora, com a Lei n. O 6.210, os beneficios passaram, melhor, voltaram ao que eram antes, isto é, voltaram a não sofrer mais 05 descontos previdenciários, tão combatidos e tão inconcebíveis, do ponto de vista dos princípios que devem nortear os sis"emas de previdência social. Foi uma injustiça que se corrigiu e 4ue só pode merecer aplausos. Entretanto, a Lei n.o 6.210 já referida continha mais do que foi sancionado. Trata-se do estabelecimento de um pecúlio, cujos dispositivos C,onstavam no § 1.0, do art. 2.°, da referida Lei, o qual sendo Vetado, foi reapresentado, na forma de Projeto de Lei, conforme Mensagem da Presidência· da República, cuja introdução diz o seguinte: "Atendendo a ponderações dest.e Ministério, Vossa Excelência houve por bem vetar o § 1.0 do art. 2.° do projeto que se converteu na Lei n.o 6.210, de 5 do corrente, tendo ficado assentado que o Executivo encaminharia prontamente ao Congresso outro projeto destinado a regular a matéria que ficara sem disciplinação." Em cumprimento, portanto, da promessa feita, a Presidência da República encaminhou a Mensagem referida, cujo trecho transcrevemos e cujo Projeto em seu art. 1.0 prevê o estabelecimento do pecúlio nos seguintes termos: . "Art. 1.0 O aposentado pela Previdência Social que voltar a trabalhar em atividade sujeita ao regime da Lei n.O Maio clé DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçio 1) 1978 Sábado 21 4181 57 3.807. de 26 de agosto de 1960, terá direito, quando dela se afastar, a um pecúlio constituído pela soma das importãncias correspondentes às suas próprias contribuições, pagas ou descontadas durante o novo período de trabalho. corrigido monetariamente e acrescido de juros de 4% (quatro por cento) ao ano, não fazendo jus a outras prestações, salvo as decorrentes de sua condição de aposentado." (Grifas nossos.)" Como se vê, nossa proposição encontra não-somente perfeito :ampw:o na doutrina, na lógica e nos principias de justiça, como ficou demonstrado. Não. Ela encontra, também, perfeito amparo no próprio pensamento da Presidência da República, que, com indiscutível senso de justiça, no caso do pecúlio, já reconhece todo um clamor levado a efeito ao longo do tempo, e, manda que os pecúlios ao serem pagos, sejam corrigidos monetariamente. Se essa iniciativa presidencial é válida, oportuna e necessária para o pecúlio, com multo mais justiça deve ser para o ca80 dos benefícios negados e posteriormente concedidos, pois estes, como .sabemos, r,epresentam toda uma luta dos segurados em busca de seus direitos, cuja negativa por parte da instituição pre1 idendária lhes tem causado danos de grande monta, os quais não podem deixar de ser reparados, sob pena de se estar cometendo injustiça permanente contra pessoas necessitadas e que não contribuíram para este estado de coisas. Doutra parte, cabe salientar, que a presente prOpOsição é até timida, em comparação com o Projeto de Lei n.O 8, de 1975, já refelido, vez que, conforme ficou demonstrado, ali se prevê também a apJicaç.áo de juros de 4% (quatro por cento) ao ano, para -oS pecúlios; representando, desta forma, um avanço em relação ao que estamps, nesta oportunidade, propondo, isto é, tão-somente a correção rr.onetária. Nossa certeza é de que esta Casa saberá levar em alta conta os relevantes motivos norteadores desta proposição, e, com isto, certamente a aprovarão, como forma de fazer chegar aos segurados da Previdência Social, um pouco do que lhes tem sido negado em razão de uma sistemática mitigação na concessão dos beneficios previdenciários. Sala das 8essões, 23 de outubro de 1975. - Francisco Amaral, PARECER DA .cOMISSÃO DE CONSTlTUIÇli.O E JUSTIÇA I - Relatório Nos termos regimentais do § 4. 0 do art. 28, deve esta Comissão manifestar-se sobre a constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Do ponto de vista constitucional cabe-nos estudar a proposição sob três aspectos: aI competência legislativa da União; b) poder de iniciativa; e c) conformidade do texto com a Magna Carta. Dispõe o Estatuto Básico que compete à União legislar sobre normas gerais sobre previdência social I art. 8.°, XVU, c).' A matéria se enquadra, portanto, na competência legislativa federal. A Leí Fundamental resena, o poder de iniciativa ao Presidente da República nas matérias previstas nos arts. 57, 65, 81, 103 e 109. Diz o art. 57 que: "É da competência exclusiva do Presidente ela República a iniciativa das leis que: I - disponham sobre matéria financeira; II ,- '" aumentem ... a despesa pública". É certo, pois, que tais dispositivos dispõem sobre matéria financeira I correção monetária de valores dos beneficios negados e posteriormente concedidos pela Previdência Social), aumentando a despesa públi-::a. O art. 165 da CF, em seu parágrafo único determina, verbis: "Nenhuma prestação de serviço de assistência ou de beneficio compreendidos na Previdência Social será crIada, majorada ou estendida. sem a correspondente fonte de custeio total". O presente projeto, em seu art. 5.° procura atender a este dispositivo, ipsis litteris; "Art. 5 ° As despesas decorrentes dos dispositivos desta lei, correrão por conta da correção monetália arrecadada pelo Instituto Nacional de Previdência Social, resultante de cobrancas administrativas ou judiciais, de contribuições previdenciárias não recolhidas pelos respectivos devedores em tempo oportuno." . Esta fonte de custeio total, lnobstante, é incerta e o montante, a ser arrecadado de correção rr.onetária de cobranças administrativas ou judiciais e de contribuições previdenciárias não recolhidas em tempo oportuno, não pode ser precisado/para determinado exercício financeiro. Claro é que, dispondo sobre tais matérias a proposição cai il>é"'litavelmente no poder de iniciativa do Presidente da República, !ugindo ao do Deputado. Este projet<l é, portanto, inconstitucional. II - Voto do Relatnr Face 3Jl exposto, este Projeto de Lei n,o 1.393/75, não encontra respaldo nos dispositivos constitucionais pertinentes a matérias nele tratadas e opinamos pela sua rejeição, por inconstitucionalidade e injuridicidade. Sala da Comissão, 31 de março de 1975. - Thenba1do Barbosa, Relator. . UI - Parecer da Comissão A Comissão de Constituição e Justiça, em reumao de sua Turma. "A", realizada a 1."-4-76, opinou, contra os votos dos Senhores Erasmo Martins Pedro, Tarcísio Delgado, Rubem Dourado, Miro Teixeira, José Bonifácio Neto e Joaquim Bevilacqua, pela inconstitucionalidade e injuridicidade do Proj eto n.o 1. 393/75, nos termos do parecer do Relator. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Dja1J:r.a Bessa, Presidente; Theobaldo Barbosa, Relator; Blota Junior, Claudino Sales, Erasmo Martins Pedro, Gomes da Silva, Ibrahim Abi-Ackel, Joaquim Bevilacqua, J'osé Bonifácio Neto, Luiz Braz, Miro Teixeira, Rubem Dourado e Tarcisio Delgado. Sala das Sessões, 1.° de abTil de 1976. - DjaJma Bessa, presidente - Theoba1do Barbosa, Relator. PARECER DA COMISSÃO DE TRABALHO E LEGISLAÇÃO SOCIAL Parecer Vencedor Relatório e Voto do Relator O objetivo da proposição é assegurar a correção monetária do valor dos benefícios, quando concedidos retardatariamente. I e 11 - Ofereceu-lhe o nobre Relator da matéria substitutivo, assim fundamentado: ' "Com efeito, o projeto fala em correção monetária e apresenta fonte de custeio, levando os seus examinadores a pensar em matéria financeira e em ônus para a receita do INPS. Entretanto, o autor poderia ter evitado falar em correção monetária, tivesse, simplesmente, oferecido emenda aos itens I, II e lU do caput e ao § 2.° do art. 3." da Lei n.O 5.890/73, para estabelecer que o INPS, ao estipular os valores dos benefícios, deveria basear-se no salário-decontribuição da época da concessão do benefício, e, não, no da época do requerimento ou do afastamento da atividade. COm este procedimento, entendemos nós, a matéria não envolveria questão financeira e, tão pouco, ser-lhe-ia exigida apresentação da fonte de custeio. Isto porque não criaria ônus para o INPS, mas, apenas estabeleceria, à autarquia novo critério para o cálculo dos benefícios", concluindo: "Convém sublinhar, ainda, que o INPS promove, anualmente, o reajustamento dos benefícios, não se constituindo, portanto, o que vamos propor no Substitutivo, em nenhuma inovação. Demais, se o beneficio retardatário tivesse sido atendido no prazo regulamentar, de qualquer forma sofreria o reajustamento convencional, após o transcurso de determinado tempo." Para' melhor análise da matéria fazemos a seguir confronto entre o texto do art. 3.0 da Lei n.o 5.890, de 8 de junho de 1973, e o que lhe dá o substitutivo: Redação atual Redação proposta peln Substitutivo Art. 3.° O valor mensal dos Art. 3.° O valor mensal dos benefícios de prestação conti- benefícios de prestação continuada, inclusive os regidos por nuada, inclusive os regidos por normas especiais, será calcula- normas especiais, será calculado tomando-se por base o sa- . do tomando-se por base o salário-de-benefício, assim enten- lário-de-benefício, assim entendido: dido; I - para o auxílio-doença, a I - para o auxílio-doença., a aposentadoria por invalidez, a aposentadoria por invalidez, a pensão e o auxilio-reclusão, 1/12 pensão e o auxílio-reclusão, 1/12 da soma dos salários-de-contri- da soma dos salários-de-contribuição imediatamente anterio- buição imediatamente anteriores ao mês do afastamento da res ao mês do afastamento da atividade, até o máximo de 12, atiYidade, até o máximo de 12, apurados em período não supe- apurados em período não superíor a 18 meses; rior a 18 meses; 4182 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11 Sábado 27 Redação at\lal Redação proposta pelo Substituti't'o II - para as demais espécies de aposentadoria 1/36 da soma dos salários-de-contribuição imediatamente anteriores ao mês do afastamento da atividade até o máximo de 36, apurados em periodo não superior a 48 meses; , II - para o abono de perlU - para o abono de permanência em serviço e as demanência em serviço, 1/36 da mais espécies de aposentadoria, soma dos salários-de-contribui- 1/48 da soma dos salários-deção imediatamente anteriores ao contribuição imediatamente anmês de entrada do requerimen- teriores ao mês da concessão do to, até o máximo de 36, apura- benefício, até o máximo de 48, dos em período não supelior a apurados em periodo não supe48 meses; rior a 60 meses; § 1.0 Nos casos dos itens II e § 1.0 Nos casos do item II lU deste artigo, os salários-dedeste artigo, os salários-de-concontribuição anteriores aos 12 tribuição anteriores aos 12 últiúitimos meses serão previamen- zr..os meses serão :previamente te corrigidos de acordo com coe- corrigidos de acordo com coefificientes de reajustamento a. cientes de reajustamento, a seserem periodicamente estabele- rem períodicamente estabelecicidos pela Coordenação dos dos pela Coordenação dos SerServiços Atuariais do Ministé- viços Atuariais do Ministério do rio da Previdência Social. Trabalho e Previdência Social. § 2. 0 Para o segurado facul§ 2.° Para o segurado facul-' tativo, ou autônomo, o empre- tativo, ou autônomo, o empregado doméstico, ou o desempre- gado doméstico, ou o desempregado que esteja contribuindo gado que esteja contribuindo em em dobro, o período básico de dobro, o período básico para cálculo para apuração do salá- apuração do salário-de-benefírio-de-benefício será 'delimita- cio também será delimitado pedo pelo mês da data da entrada lo mês da concessão do benefido requerimento. cio. NOTA: existe abooluta correspondência e!ltre o taxto tltual dos ate o r.. o e o proposto pelo Substitutivo. §s seguintes A primeira alteração consta do item I e as demais são dela decorrentes. Consoante a legislação atual o cálculo do benefício é feito com base na remuneração auferida nos 12 meses anteriores ao "afastamento da atividade". Na' forma do Substitutivo, entretanto, o período para apuração do valor do beneficio será o da remuneração auferida nos últimos 12 meses "imediatamente anteriores ao mês da concessão do beneficio". Ora, o item trata precisamente da apuração do valor do au;dlio-doença, da aposentadOlia por invalidez, da pensão e do auxilio-reclusão e, por isso mesmo, menciona o afastamento da atividade. Nem pode~ia ser de outra forma. Com efeito, acometido de uma enfermidade que o afaste do trabalho, a partir desse momento, deixa segurado de auferir remuneração, portanto, é a {:ontar desse afastamento que deverá ser apurada a remuneração auferida nos 12 meses anteriores para cálculo do benefício. O mesmo se dirá no caso do auxílio-reclusão, que deve ser contado com base no afastamento de atividade ocasionada pela detenção ou reclusão e, do mesmo modo, na hi\?ótese da pensão, devida em v:rtude da morte do segurado. Realmente, se adotado o critério do Substitutivo e se a morte, por exemplo, do segurado tivesse oconido em janeiro de 1976 mas a pensão, por qualquer motivo, só fosse concedida em agosto de 77, como apurar a remuneração auferida nos 12 meses anteriores à concessão do benefício, para cálculo da pensão? Evidentemente seria impraticável, pe~o simples fato de não ter havido remuneração no período. Há outro equívoco que merece exame. Referimo-nos à assertiva de que os benefícios já estão sujeitos a revisões anuais e, por isso, ao serem, a qualquer tempo, concedidos, já foram reajustados. . Tomemos os reajustamentos havidos nos últimos 5 anos e imaginemos uma pensão cujo valor inicial deve ser de mil cruzeiros, teríamos, com os reajustamentos determinados pela legislação, a seguinte progressão: ° Reajustamento 1972 1973 1974 1975 1976 1977 Valor Reajustado Cr$ Cr$ 1.000,00 1.000,00 1.000.011 1.160,00 1.403,6(} 1.936,9D 2.769,76 16% 1.160,00 21% 38% 1.403,60 43% 40% 1.936,90 2.769,76 3.877,66 Maio de 1978 A situação dos dependentes do segurado que receberam, desde 1972 pontualmente, a mensalidade da pensão não pode, entretanto, comparada com a dos que só passaram a recebê-la com atraso de 5 anos. Num e noutro caso, os reajustamentos indic·ados já são, presentemente, concedidos e, por isso, se dá a ambos idêntico tratamento, o que, a rigor, significa tratá-los desigualmente. Quem só hoje recebe o que lhe era devido em 1972 e nos anos seguintes sem atualização monetária decorrente do atraso, está, sem dúvida nenhuma, percebendo muito menos do que lhe é, por lei, devido. Desse modo, o proj eto tem plena procedência e nosso voto, conseqüentezr..ente, lhe é favorável. Sala da Comissão. - Ruy Brito. ser III - Parecer da Comissão A Comissão de Trabalho e Legislação Social. em sua reumao ordinária, realizada em 15 de setembro de 1977, opinou pela Aprovação do Projeto de Lei n. O 1.393, de 1975, nos termos do Parecer Vencedor do Senhor Deputado Ruy Brito. O Relatório do Senhor Deputado Nelson Marchezan passa a constituir voto em separado favorável ao Projeto. Estiveram presentes os seguintes Senhores Deputados: Wilmar Dallanhol. Vice-Presidente, no exercício da Presidência; Adhemar Ghisi, Luiz Fernando, Nereu Guidi, Osmar Leitão, Rezende Monteiro, Raimundo Parente, Vasco Neto, Vilmar Pontes, Santos Fil~o. Arnaldo Lafayette, Rosa Flores, Otávio Torrecilla, Gamaliel Galvao, Fernando Cunha e Ruy Brito. Sala da Comissão, 15 de setembro de 1977. - Wilmar Dallanho!, Vice-Presidente no exercício da Presidência - Ruy Brito, Relatol.· do Parecer Vencedor. Voto em Separado Deputado Nelson Marchezan Relatório O propósito do autor, neste projeto. é o de garantir, aos segurados do INPS, benefícios de valores sempre atualizados. Para tanto, preconiza a aplicação' de correção monetária aOS valores dos beneficios que demoram para ser concedidos. Em sua justificação, o autor alega que: a) grande número de processos administrativos, referentes li benefícios previdenciários, arrastam-se pelo tempo em fora, pelos setores administrativos, e, ao serem, finalmente, decididos, os benefícios são estipulados com base nos valores da época do requerimento; b) o próprio INPS faz incidir correção monetária sobre os valores que lhe são devidos. Na Comissão de Constituicão e Jusilcu, acatou-se o parecer do Relator, que opinou peja réjeição do projeto por c.onsiderá-Io injuridlCo e inconstitucional. Passando a ánalise da matéria, sob o prisma da competência deste nosso órgão técnico, gostaríamos de observai' que o projeto em estudo, em seu art. LO, estabelece que os benefícios terão seus valores corrigidos "quando. negados no setor de origem. forem posteriormente concedidos, por força de insistência do segurado" O art. 2. 0 do projeto, com outras palavras. repete o disposto no artigo 1.0 Entendemos que a fusão desses dois artigos. num únicrr dispositivo, atenderia melhor às intenções do autor e aos preceitos da técnica legislativa. O art. 3.°, por sua vez, também é redundante. pois. querendo conceituar benefícío negado, nada de novo acrescenta à expressão, vez que se limita a dizer, com palavras diterentes, o que já ficara explicitado nos artigos precedentes, No art. 4.0 do projeto, finalmente. o autor esclarece que os benefícios referidos no art. 1.0 referem-se aos enumerados no art. 22 da Lei n.. o 3.807, de 26 de agosto de 1960 (Lei Orgânica da Previdência SocialJ A nosso ver. esta referência ê inteiramente despicienda, vez que. se se refere a todos os beneficios mamídos e pagos pelo INPS, logicamente que serão os do mencionado art. 22, e, não, qualquer outro, porque é ali que se enumeram todos os benefícios da Previdência Social. Demais, o projeto, principalmente no art. 1.0, aprese~ta red~ção pouco técnica. com expressões impróprias e estranhas a termmologia da matéria sobre a qual versa. ' Não obstante as imperfeições técnicas do projeto. consideramos a idéia por ele defendida muito justa e aproveitável. Da forma como o autor enfocou e tratou o assunto, propiciouse a formação de opiniões contrárias à iniciativa, principalmente no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça. • Maio de< 19'8 DIARIO DO oCO!'Hlat:sso NACIONAL (Seção I) Sábado 27 4183 ":ao:; Com efeito, o projeto fala em correção monetária e apresenta ronte de custeio, levando os seus examinadores a pensar em matéria financeira e em ônus para a receita do INPS. Entretanto, o autor poderia ter evitado falar em correção monetária, tivesse, simplesmente, oferecido emenda aos itens I, 11 e [11 do caput e ao § 2. 0 do art. 3.° da Lei n. O 5.890/73; para estabelecer c,ue o lNPS, ao estipular os valores dos beneficio~, deveria basear-se no salário de contribuição da época da concessáo ,do benefício, e, não, no da época do requerimento ou do afastamento da atividade. . Com este procedimento, entendemos nós. a matéria não envolveda questão financeira e, tampouco, ser-Ibe-ia exigida apresentação de fonte de custeio. Isto porque não criaria ônus para o INPS, mas, apenas, estabeleceria. à autarquia novo critério para <) cálculo dos benefícios. A propósito, convém lembrar, aqui, que, normalmente, os requerimentos de benefícios, no âmbito do INPS, são atendidos dentro de prazo razoável, que não cbega a propiciar defasagem acentuada entre o valor do beneficio na época do requerimento e o valor do mesmo na época da concessão. O projeto em pauta, nos termos do Substitutivo que oferecemos em anexo, apenas aproveitaria li alguns poucos segurados, cujos processos de requerimento de beneficio, por qualquer razão, sofr~m Iretardamento em sua tramitação. Esses processos. quando deferIdos, por exemplo, depois de 12 1)U 15 meses da data do requerimento. propiciam enorme diferenca entre o valor do beneficio requerido e o valor do salário de contrIl)uição do segurado no momento da concessão. Geralmente, no I~spaço de 12 meses os salários e os benefícios previdenciários têm llOfrido reajustamentos superiores a 30% Convém sublinhar, ainda, que o INPS promove, anualmente, o reajustamento dos beneficios, não se constituindo, portanto, () que vamos propor no Substitutivo, em nenhuma inovação. Demais se o beneficio retardatário tivesse sido atendido no prazo regulamentar, de qualquer forma sofreria o reajustamento <:onvencional, após o transcurso de determinado tempo. Assim, além de não importar em qualquer ônus para o l!NPS, 'lue já reajusta, periodicamente, os beneficios em manutenção, o projeto, nos termos do mencionado Substitutivo, viria eliminar, de nossa legisla:ção social, grave fator de injustiça e disparidade. Voto do Relator Ante o exposto, opinamos pela aprovação do Projeto de Lei n.O 1.393/75, nos termos, porém, do Substitutivo que apresentamos ,:m anexo. Sala da Comissão, 10 de setembro de 1976. - Nelson Marchezan, Helator. SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI N.o 1. 393175 Suprime o item 111 e altera a reda.ção dos itens r e n e dos M 1.0 e 2." do art. 3.° da Lei n.a 5.890, de 8 de junho de 1973, modificando o critério de estabelecimento do salário de benefício. O Congresso Nacional decreta: Art. 1.0 O art. 3. 0 da Lei n. O 5.890, de 8 de junbo de 1973, que jntroduziu alterações à legislação previdenciária, passa a vigorar <:om a seguinte redação: "Art. 3.0 O valor mensal dos beiJ.eficios de prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais, será calculado tomando-se por base o salário de benefício, assim. entendido: I - para o auxilio-doença, a aposentadoria por invalidez, a pensão e o auxílio-reclusão, 1/12 (um doze-avos) da soma dos salários de contribuição imediatamente anteriores ao mês da concessão do beneficio, até o máximo de 12 (doze) apurados em periodo não superior a 18 (dezoito) meses; II - para o abono de permanência em serviço e as demais espécies de aposentadoria, 1/48 (um quarenta e oito avos) da soma dos salários de contribuição imediatamente ltnteriores ao mês da concessão do beneficio, até o máximo de 48 (quarenta e oito), apurados em período não superior a 60 (sessenta) meses; § 1.0 Nos casos do item II deste artigo, os salários de contribuição anteriores aos 12 (doze) últimos meses serão previamente corrigidos de acordo com coeficientes de reajustamento a serem periodicamente estabeiecidos pela Coordenação dos Serviços Atuariais do Ministério do Trabalho e Previdência Social. § 2. 0 Para o segurado facultativo, o autônomo, o empregado doméstico, ou o desempregado que esteja contribuindo em dobro, o periodo básico para apuração do saJãri.o de benefício também será delimitado pelo mês da concessão do benefício. § 3.° Quando no periodo básico de cálculos o segurado houver percebido beneficio por incapacidade. o período de duração deste será computado, considerando-se como salário de benefício que tenha servido de base para o cálculo da prestacão. 4. 0 O salário de benefício não poderá, em qualquer hipótese, ser inferior ao valor do salário minimo mensal vigente no local de trabalho do segurado, à data do inicio do beneficio, nem superior a 20 I vinte) vezes o maior salário mínimo vigente no País. . § § 5. 0 O valor mensal dos benefícios de prestação continuada não poderá ser inferior aos seguintes percentuais, em relação ao valor do salário minimo mensal de adulto vigente na localidade de trabalbo do segurado: I - a 90% (noventa por cento), para os casos de aposentadoria.; . a 75% (setenta e cinco por cento) para os casos de auxilio-doença; IH -- a 60% (sessenta por cento), para os casos de pensão. II - § 6. 0 Não serão considerados, para efeito de fixação do salário de beneficio, os aumentos que excedam os limites legais, inclusive os voluntariamente concedios nos 48 (quarenta e oito) meses imediatamente anteriores ao início do benefício, salvo, quanto aos empregados, se resultantes de promoções reguladas por normas gerais da empresa, admitidas pela legislação do trabalho, de sentenças normativas ou de reajustamentos salariais obtidos pela categoria respectiva. Art. 2. 0 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3.~ Revogam-se as disposições em contrário. Sala da Comissão, 10 de setembro de 1976. - Nelson Marchezan, Relator. PARECER DA COMISSÃO DE FINANÇAS I - RelatóriD O objetivo do ilustre Deputado Francisco Amaral é obrigar o INPS a corrigir os valores dos beneficios negados e posteriormente concedidos pelo Instituto. Segundo sua justificativa, grande quantidade de processos de pedidos de beneficios são preliminarmente negados, arrastando-se então sua tramitação, pelos demais setores da administração, e, ao filial, sendo deferido, são pagos ao segurado .sem correção, em valor desatualizado. Distribuído inicialmente à douta Comissão de Constituição e JUstiça, manifesta-se aquele órgão, contra o voto de alguns parlamentares, pela inconstitucionalidade e injuridicidade, visto seu relator ter considerado a matéria como uma extensão de beneficios e insuficiente a fonte de' custeio apontada, o que conflita com o parágrafo único 'do art. 165 da nossa Constituição. Tramitando após pela Comissão de Trabalho e Legislação Social, logra parecer pela aprovação, com substitutivo. Deve agora manifestar-se a Comissão de Finanças. Em que pese o substancioso parecer do Relator da Comissão de Constituição e Justiça, parece-nos que, de sua parte, houve um inadequado enfoque da matéria, ao considerá-la extensão de beneficio. O requerido nada mais é que o benefício que o segurado faz juz pelo recolhimento efetuado ao longo do tempo, e essa é a razão de ser da existência do Instituto. Se negado, em primeira instância administrativa, seja por desinformação do funcionário responsável, seja por indevida iilterpretação de textos legais, nada mais justo o recebimento do benefício com valor atualizado, quando do reconhecimento do direito àquele beneficio, visto considerarmos que a Previdência já recebeu, a prior:!, pelo que agora concede. Para tanto, em nosso entendimento, desnecessário se torna inclusive seja apontado a fonte de custeio. Quanto ao substitutivo aprovado pela Comissão de Trabalho e Legislação Social, foge totalmente à meta da proposição. Prevê a emenda somente quanto ao salário-beneficio continuado, quando o proposto abrange a qualquer benefício requerido. Dessa forma, não vemos como possa a substituição proposta prevalecer. 4184 Sábado 27 DlARIO ))0 CONGRESSO NACIONAL (Seçu 11 11 - Voto do Relator Dado o exposto, opinamos pela aprovação do Projero número 1.323/75, nos termos em que foi redigido. Sala da Comissão, 16 de maio de 1978. - Homero Santos, Relator. 111 - Parecer da Comissão A Comissão de J;i'inanças, em sua reunião ordinária, realizada no dia 17 de maio de 197_8. opinou, unanimemente, pel~ aprovação do parecer do Relator, Deputado Homero Santos, favoravel ao Projeto de Lei D.o 1.393175, do Sr. Francisco Amaral. Estiveram presentes os Senhores Deputados Ruy Côdo, Presidente; Milton Steinbruch e José Ribamar Machado, Vice-Presidentes; João Cunha, Jorge Arbage, Epitácio Cafeteira, Carlos Alberto Oliveira, Gomes do Amaral, Dias Menezes, Emanoel Waisman, Homero Santos, Moacyr Dalla, Roberto Carvalho, Pinheiro Machado, Odacir Klein, Dyrno Pires, João Menezes, Florim Coutinho, Athiê Coury, Antônio José, Adriano Valente, José de Assis, Jorge Vargas, José Alves e João Castelo. Sala da Comissão, 17 de maio de 1978. - RuyCôdo, Presidente - Homero Santos, Relator. PROJETO DE LEI N.o 2.489-A, DE 1976 [Do Sr. Otávio CeccatoJ Dispõe sobre a utilização obrigatória de sacaria de fibra natural no acondicionamento de cereais e outros produtos; tendo pareceres: da Comissão de Constitúição e Justiça, pell,t constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; da Comissão de Agricultura e Politica Rural, pela aprovação, com Substitutivo, contra o voto em separado do Sr. Melo Freire; e, da Comissão de Economia, Indústria e Comércio, pela rejeição. (Projeto de Lei n.o 2.489, de 1976, a que se referem os pareceres.) O Congresso Nacional decreta: Art. 1.0 Os produtos agricolas granulados e outros que serão especificados em regulamento serão obrigatoriamente acondicionados em sacarias de fibra natural, desde a lavoura até à fase de industrialização. Art. 2.° O descumprimento à disposição do art. 1.0 será punido com multas de valores a serem fixados pelo Executivo no regulamento desta lei. Art. 3.° Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação. Art. 4.0 Revogam-se as disposições em contrário. Justificação O Brasil tem, pai:ticular~ente na Amazônia e em outras regiões de agricultura diversificada, uma considerável produção de fibras. que se prestam principalmente à fabricação de sacarias, insubstituiveis essas no acondicionamento de produtos agricolas (cereais e outros), apesar das sacarias de plástico e outras atualmente em uso. Tais qualidades da sacaria de fibra natural resultam do fato, já sobejamente comprovado, de que ela, ao contrário do plástico e mesmo do papel, absorve ou elimina a umidade antes que alc~m çado e afetado sej a o cereal acondicionado. A juta e as malváceas são, dentre outras, as que melhor se aproveitam na fabricação de sacarias. A sua agricultura, que vinha se desenvolvendo razoavelmente, principalmente na Amazônia, encontra-se, todavia, ameaçada pela concorrência dos sacos de papel e de plástico, além de outras embalagens menos qualificadas que, embora aparentando ser mais baratas, acabam onerando os custos de produção dos cereais pela pouca durabilidade que oferecem em confronto com as sacas de fibras naturais, inclusive de a;lgodáo. Nestas condições, visando valorizar a produção de fibras naturais no País, apresentamos à consideração da Casa este projeto de lei que obriga sejam os cereais e outros produtos acondicionados somente em sacos de fibras. Sala das Sessões, . - Otávio Ceccato. PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA I - Relatório O Sr. Deputado Otávio Ceccato propõe ao exame do Congresso Nacional a transformação em norma legal da obrigatoriedade do acontecimento em sacarias de fibra natural, desde ia lavoura até a fase de industrialização, dos produtos agr~colasgranulados e de outros "que serão especificados em regulamento" r art. 1.0 ). A obrigatoriedade da norma é assegurada com as sanções previstas no art. 2.° Ao justificar a proposta, seu autor lembra que o nosso Pais dispõe de considerável produção de fi~ras naturais que "se pres- Maiô de 1978 tam principalmente à fabricação de sacarias, insubstítuíveis essas no acondicionamento de produtos agricolas", com vantagens sobre as sacarias de plástico e papel, atualmente em uso. . Segundo o autor, as sacarias produzidas com tais fibras naturais, ao contrário do que ocorre sobretudo com o acondicionamento de plástico, "absorve ou elimina a umidade antes de alcancado e afetado o cereal acondicionado". • Dentre as fibras nacionais lembradas, estão citadas a juta e as malváceas, cuja agricultura vinha sendo razoavelmente desenvolvida, principalmente na Amazônia. Por isso, o projeto pretende amparar as fibras nacionais, estimulando a sua produção e industrialização. . A proposição foi distribuida às Comissões de Constituição e Justiça, Agricultura e Política Rural, Economia e Indústria. e Comércio. Neste órgão técnico, fui designado relator. 11 ......; Voto do Relator De acordo com o art. 28, § 4.°, do Regimento Interno da Câmara, cabe a este Colegiado o estudo da constitucionalidade, jurldicidade e técnica legislativa do projeto. O exame da constitucionalidade nos leva a apreciar a competência legislativa da União, o poder de iniciativa parlamentar e a conform~dade do texto proposto com o Estatuto Básico. O objetivo evidente da proposição é amparar e estimular a produção de fibras nacionais. Trata-se de medida claramente lncentivadora de produção agrícola especifica, o que define a competência federal constante da letra d, inciso XVII, do art. 8.0 da Constituição. O poder de iniciativa parlamentar encontra fundamento no art. 56 da Lei Maior, uma vez que o objetivo visado não se insere no elenco de matérias reservadas à iniciativa exclusiva do Presidente da República ·(arts. 56 e 65) ou dos Tribunais. Finalmente, a proposta não viola qualquer dispositivo do Estatuto Básico. Há já uma série de precedentes legislativos em que a União procura incentivar a produção agricola em determinados setores tendo em. vista os superiores interesses da economia nacional. Portanto, o projeto não é inconstitucional. No que diz respeito à juridicidade, não vislumbra o relator nada que o incompatibilize com o ordenamento jurídico nacional. Por fim, nada tem igualmente a opor à técnica legislativa empregada na elaboração da proposta. Assim sendo, o voto do l:'elator é pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa. do Projeto de Lei n.o 2.489, de 1976. Sala da Comissão, - Noide Cerqueira, Relator. 111 - Parecer da Comissão A Comissão de Constituição e Justiça, em reunião de sua Turma "A", opinou, unanimemente, pela constitucionalidade. juridicidade e técnica legislativa do projeto n.O 2.489/76, nos termos do parecer do Relator. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Djalma Belisa. Presidente; Noide Cerqueira, Relator; Altair Chagas, Blota Júnior, Erasmo Martins Pedro, Jairo Magalhães, João Gilberto, Joaquim Bevilacqua, José Bonifácio Neto, Lidovino Fanton, Luiz Braz, Tarcísio Delgado e Theobaldo Barbosa. Sala da Comissão, 24 de novembro de 1976. - Djalma Bessa, Presidente - Noide Cerqueira, Relator. PARECER DA COMISSAO DE AGRICULTURA E POLíTICA RURAL Parecer Vencedor I - Relatório O ilustre Deputado Otávio Ceccato propôs ao 'exame desta Casa a presente proposição, estabelecendo que os produtos agrícolas granulados e outros, especificados em regulamento. serão. obrígatoriamente, acondicionados em sacarias de fibra natural, desde a lavoura até à fase de industrialização. Em seu art. 2.°. o Projeto comina multa aos infrátores das disposições da lei dele consectárias. atribuindo, porém, ao Executivo, a incumbência de fixar os valores dessa penalidade. Em sua justificação, o autor, com muita propriedade, acentua que o Brasil apresenta considerável produção de fibras que se prestam à fabricação de sacarias; que as qualidades da sacaria de fibra natural superam, em multo, às da sacaria de plástico ou papel, vez que aquela elimina a umidade dos produtos acondicionados, evitando, assim, seu perecimento e deterioração. DIARIO DO COSGRESSO NACIONAL (Seçilll I) Maio de 1978 Sábado ~7 '1185 ""'===============,='"'""="'==""""==========~=== Esclarece, mais, o autor: a produ<;ão de juta e de malváceas, as matérias que melhor se prestam à fabricação de sacarias, vem sendo ameaçada pela concorrência dos !;acos de papel ou plástico qu,e, embora aparentando ser mais económicas, acabam onerando 08 custos de produção dos cereais, pela pouca durabilidade que apresentam, em confronto com as sacas de fibras naturais. 'Finalmente, o autor aduz o argumento que mais nos sensibiliza: o Projeto visa defender e valorizar a produção nacional. Na Comissão de constituição e Justiça, acatou-se o parecer do Relator, Deputado Noide Cerqueira, que considerou o Projeto jurídico, constitucional e de boa técnica legislativa. Nesta Comissão, foi a matéria relatada pelo nobre Deputado Melo Freire que, após confrontar os vários tipos de embalagens atualmente em uso, concluiu pela prevalência da sacaria de fibra natural sobre as demais, ressalvando, porém, que a obrigatoriedade de seu emprego apresentaria três sérios problemas: 1 - insuficiência da produção de fibras naturais para atender à demanda; 2 - transtorno nas indústrias de ensacamento, com o abandono das máquinas utilizadas para embalagem dos produtos; 3 - encarecimento dos produtos ensacados. Com base nessas considerações, o ilustre Relator concluiu que o Projeto, se convertido em lei, poderia provocar sérios problemas no abastecimento dos produtos agricolas, opinando, então, pela rejeição da mat:\ria. É o relatório. Ao nos manifestarmos sobre o assunto, queremos observar que as razões apresentadas pelo proponente, mais as oferecidas pelo senhor Relator, no que diz respeito à poluição ambiental provocada pela sacaria de plástico, para nós, já seriam mais do que suficientes para que esta Comissão aprovasse o projeto em questào. Entretanto, o.senhor Relator, preocupado com a suposta inutilização das máquinas de produção de saéaria de papel e de plástico, bem como com o presumível aument-o dos preços dos produtos agrícolas, vota pela rejeição do Projeto. O ilustre colega Relator, porém, não se preocupou com a indústria de sacaria de juta, sisal e algodão estabelecida no País, desde os primórdios da instalação da indústria têxtil por estas terras, do Amazonas ao Río Grande do Sul, de capital essencialmente nacional, bastante modernizada e participando, ativamente, das exportações brasileiras. É uma indústl'la que, como vemos, está aparelhada, não apenas para abastecer o mercado interno mas, também, para conquistar preciosas divisas para a Nação. Por outro lado, devemos considerar que cada emprego criado mas cidades, para a produção de fibras e produtos sintéticos, provoca a dispensa de trinta homens da produção de fibras naturais. Co~ isso, a utilização de sacaria plástica, al~m dos outros inconvenientes já referidos, inclusive pelo próprio Relator, promove o desemprego em massa no meio rural e prejudica o proprIetário de terra, que se vê forçado a procurar outras culturas de menor rendImento, em prejuizo seu e da economia como um todo. Não nos devemos .,esquecer de que a sacaria plástiqa é produzida 'a partir do polimero, totalmente importado, fato que contrIbui para o agravamento do, deficit de nossa balança comercial. Poderíamos arrolar, aqui, inúmeros outros motivos que favorecem a utilização da sacaria de fibras nacionais. Entretanto, além das já referidas, pedimos vênia para lembrar um aspecto iIIluito importante e que se relaciona com a reutilização desse produto de primeira qualidade: a sacaria de juta, por vezes e vezes, pode ser reutilizada, seus retalhos podem ter mil e uma utilidade e, ao fim, ainda apresenta a ehorme vantagem de ser blodegradável, voltando à terra para fertilizá-la; a de algodão, além de reutilizável, ainda com mais vantagem, vez que serve como vestuário, roupa de cama e mesa, pano de enxugar, etc, também retorna à terra de onde veio. Não comentendo o que se dá com, a concorrente, já que isso foi feito pelo ilustre colega e Relator, 11 - Voto do novo Relator Por tudo isso, nosso parecer é no sentido de ampliar d Projeto, oferecendo-lhe, para tanto, Substitutivo que a este anexamos. Sala da Comissão, 25 de agosto de 1977. - Cardoso de Almeida, novo Relator. In - Parecer da Comissão A Comissão de Agricultura e Política Rural, em reumaorealizada em 25 de agosto de 1977, opinou, contra o voto em separado do Senhor Deputado Melo Freire, pela aprovação do Substitutivo ao Projeto n.o 2.489/76, nos termos do parecer vencedor do novo Relator. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Vinicius Cansanção, Presidente; Cardoso de Almeida, novo Relat:Jr; Antonio Annibelli, Antônio Bresolin, Benedito CanelIas, Celso Carvalho, Elcival CaiadD, Ernesto de Marco, Ernesto Valente, Ferraz Egreja, Henrique Brito, H~nrique Cardoso, Humberto Souto, Iturival Nascimento, João Durval. José Mandelli, Juarez Bernardes, Melo Freire, Pacheco Chaves, Renato Azeredo. ' Sala da Comissão, 25 de agosto de 1977. _ Vinicius Cansanção, Presidente - Cardoso de Almeida, novo Relator. Substitutivo Adotarto pela Comissão "Dispõe sobl'e a utilização obrigatória de sacaria de fibra natural, no acondicionamento dos produtos que especifica." O Congresso Nacional decreta: Art. 1.0 Os produtos agrícolas, as rações para animai:;;, em pó ou granulados, as sementes, com exceção das hortigranjeiras, as farinhas, o açúcar em seus vários graus de granulação, com execeção das embalagens de última etapa de comercialização, especificadas em regulamento, serão obrigatoriamente acondicionadas em sacaria de fibra natural, desde a lavoura até à fase de comercialização ou industrialização. Art. 2.~ O descumprimento às disposições do art. 1.° será punido com multas de valores a serem fixados pelo Poder Executivo e com a apreensão das mercadorias. Art. 3.° No prazo de 60 (sessenta) dias o Poder Executivo regulamentará a presente lei. Art. 4.° Esta leI entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5.° Revogam-se as disposições em contrário Sala da Comissão, 25 de agosto de 1977. - Cardoso de Almeida, novo Relator. Voto em separado contrârio' do Sr. Deputado Melo FI'eire O Deputado Otávio Ceccato, através do .Projeto de lei 0.° 2.489, de 1976, pretende tornar obrigatório o emprego de sacaria de fibra natural no acondicionamento desde a lavoura até a fase de industrialização, de "produtos agricolas granulados e de outros que serão especificados em regulamento". Em sua justificação, alega o autor da presente proposição que as embalagens atualmente utilízadas nos produtos retro citados apresentam menor durabilidade que as sacarias tratadas na presente proposta de lei, o que as tornam antieconômicas. A Comissão de Constituição e Justiça opinou pela constitucionalid~de, juridicidade e boa técnica da matéria em exame. Compete-nos agora julgar do mérito contido na proposição em pauta. Dentre as várias fibras produzidas por nossa lavoura destacamos como as mais comuns no fabtico de sacarias, a juta; o sisa! e o algodão. As embalagens mais utilizadas atualmente como envoltório de cereais são as de papel e as de plástico. . No que se refere à resIstência, as embalagens de plástico podem atender perfeitamente a essa exigência. A única contraindicação na proliferação do uso desse tipo de material é quanto à. poluição por ele provocada, pois é sabido que não se desfaz naturalmente, acumulando o lixo dele resultante. Quando queimado ainda assim o residuo do plástico pode causar desequilíbrio ecológico pois não se integra ao solo sendo nele sempre um corpo estranho. Quanto ao envoltório de papel é esse em sua maioria frágil, rompendo-se com relativa facilidade, provocando a perda do pro-duto por ele embalado. A sacaria de fibra natural tem boa resistência, apesar de se constatar no comércio atacadista grande perda de mercadoria por rompimento das sacas feitas desse material. Não sendo um ensacamento perfeito é contudo satisfatório. Acreditamos, no entanto, que a obrigatoriedade de seu emprego nas embalagens de todos os produtos "agrícolas granulados" apresentaria três sérios problemas: - a produção das fibras naturais em quantidade suficiente para atender à exigência que se procura estabelecer; - o transtorno nas indústrIas de ensacamento com O abandono das máquinas atualmente utilizadas para a embalagem dos. produtos citados e aquisição de novos modelos que pudessem atender à exigência ora proposta; - o encarecimento dos produtos ensacados de acordo com as: normas que se procura estabelecer. 4186 Sábado 27 mARIO DO CONGRESSO JliAClONAL (Seçio 1) Acreditamos que a adoção da medida em exame poderia provocar sérios problemas no abastecimento dos produtos "agrícolas granulados" no País, dadas as razões ressaltadas. Acresce aos problemas enumerados e do privilégio que il'la proporcionar à indústria ligada ao tipo de ensacamento proposto. em detrimento da que é hoje respons~vel pelas embalagens em uso. U - Voto do Relator Diante do exposto, somos pela rejeição do Projeto de lei núméro 2.489/76. Sala da Comissão, 17 de agosto de 1977. - Melo Freire. autor do Voto em separado. PARECER DA COMISSÃO DE ECONOMIA, INDÚSTRIA E COMÉRCIO I - Relatório O Projeto de Lei n. O 2.489176, de a.oria do nobre Deputado Otávio Ceccato, pretende estabelecer o uso obrigatório de sacarias de fibra natural no acondicionamento de produtos agricolas granulados, e outros que serão especificados em regulamento, "desde a lavoura até a fase de industrialização". É o que dispõe o artigo LO O artigo 2. 0 estabelece sanção ao descumprimento da disposicão do art. 1.0 e que consiste em "multas de valores a serem fixa,dos pelo Executivo no regulamento" da lei. Assinala, na justificação, o ilustre Autor. além das vantagens dessa fibra no acondicionamento de produtos agrícolas, que absorve ou elimina a umidade antes que seja afetado o cerel acondicionado, a sua importância no desenvolvimento da agricultura da juta e das malváceas, principalmente na Amazônia. Informa que tal atividade vem sendo ameaçada pela concorrência da sacaria de papel e de plástico, a qual, em seu entender, "acabam onerando os custos de produção dos cereais pela pouca durabilidade que oferecem em confronto com as sacas de fibras naturais, inclusive de algodão". A proposição foi distribuída às Comissões de Constituição e .Tustiça, de Agricultura e Política Rural e de Economia, Indústria e Comércio. • A Comissão de Constituição e Justiça opinou. à unanimidade, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do projeto, nos termos do parecer do Relator, o nobre Deputl'!do Noide Cerqueira. A Comissão de Agricultura e 'Política Rural, discordando do parecer do Relator, o nobre Deputado' Melo Freire, que opinou pela l'ejeição do projeto, aprovou o substitutivo oferecido pelo novo Relator. o ilustre Deputado Cardoso de Almeida, contra o voto em separado do Deputado Melo Freire. O nobre Deputado Cardoso de Almeida expôs' em seu parecer os motivos pelos quais era favorável à aprovação da matéria, cujos pontos principais são: - a preocupação com a indústria de sacaria de juta, sisal e algodão, estabelecida no Pais; - a consideração de que cada emprego criado nas cidades, para a produção de fibras e produtos sintéticos, provoca a dispensa de trinta homens da produção de fibras naturais, promovendo, em conseqüência, o desemprego em massa no meio rural; - a utilização do polimero, matéria-prima totalmente importada, para a fabricação de sacaria plástica, contribuindo para o agravamento do deficit de nossa balança comercial; - o aproveitamento da saüaria de fibras naturais, que podem ser reutilizadas, seja corno retalhos, com mil e uma utilidades, ou como vestuário, roupa de cama e mesa, panos de enxugar, etc. - e, ainda a vantagem de ser biodegradável, voltando à terra para fertilizá-la, o que não ocorre com a sacaria plástica. Já o nobre Deputado Melo Freire, alinhou em seu parecer as razões porque votava pela rejeição do projeto. Informa que as embalagens mais utilizadas como envoltório de cereais são atualmente, as de papel e as de plástico, considerando, quanto à resistência, entre os dois tipos - sacaria de fibras naturaís e plásticas - se equivalerem, praticamente. A única contra-indicação, informa, na proliferação do uso do material plástico "é quanto à poluição por ele provocada, pois é sabido que não se desfaz. naturalmente, acumlando o lixo dele resultante". Considerando o ensacamento plástico ainda não perfeito, mas, "contudo satisfatôlio", aponta três sérios problemas que a obrigatoriedade do emprego das fibras naturais nas embalagens de todos os produtos agrícolas granulados apresentaria: 1 - a insufíciência da produção de fibras naturaís para atender à !iemanda; Maio de 19'78 2 - o transtorno nas industrias de ensacamento, com o abandono das máquinas atualmente utilizadas para a embalagem dos produtos citados e aquisições de novos modelos para atendr-r à exigência ora proposta; ·3 - o encarecimento dos produtos ensacados de acordo com as normas que se pretende estabelecer. Aduz. ao final. ao sério problema no abastecimento dos produtos "agrícolas granulados" que a adoção da medida poderia provocar no País, além "do privilégio que iria proporcionar à indústria ligada ao tipo de ensacamento proposto, em detrimento da que é hoje ,responsável pelas' embalagens em uso". A nosso Ver, a aprovação do projeto só viria aproventar áquele setor da agricultura que ora se ressente dos efeitos da concorrência do material plástico. Todavia, o emprego da sacaria de papel ou material plástico resulta. tão somente. da lei da oferta e da procura. Ninguém é obrigado à sua utilização, em detrimento das sacarias de fibra natural, podendo escolher livremente o tipo que melhor atende às peculiaridades do produto ensacado. Ademais, não se trata. apenas. de optar-se por um ou outro tipo, para implantar-se aquele que melhor viesse atender a interesses econômicos e sociais de determinadas regiões. A aprovação da medlda implicaria não só no tran~torno das indústrias de ensacamento. como bem lembrou o ilustre Deputado Melo Freire, mas também na extirpação pura e si,rnples de um setor da indústria plástica que congrega alta tecnologia e já se acha definitivamente implantado. O material sintético é produto da alta tecnologia .do mundo moderno. tendo aplicações em quase todos os ramos de atividade. Urna vez que não apresente inconveniente, não vemos porque se deva deixar de usá-lo. II - Voto do Relator Face ao exposto, nosso voto é pela rejeição do projeto de Lei número 2.489/76, bem como do substitutivo aprovado na Comissão de Agricultura e Política Rural. Sala da Comissão. 3 de maio de 1978. - SantiJIi Sobrinho, Relator. UI - Parecer da Comissão lo A Comissão de Economia, Indústria e Comércio, em reunião ordinária realizada em 3 de maio de 1978, aprovou, com restrições do Deputado Laerte Vieira. o Parecer do Relator, Deputado Santilli Sobrinho, pela rejeição do Projeto de Lei n. o 2.489, de 1976, que "dispõe sobre a utilização obrigatória de sacaria de fibra natural no acondicionamento de cereais e outros produtos". Compareceram os Senhores Deputados João Arruda, Presidente; Genervino Fonseca, Vice-Presidente da Turma "A"; Igo Losso, Vice-Presidente da Turma "B"; Santilli Sobrinho, Relator; Laerte Vieira, Amaral Furlan, Angelina Rosa, Silvio Abreu Junior, Aldo Fagundes, Marcondes Gadelha, Augusto Trein, José Haddad, Léo Simões, Daniel Franco, Ruy Côdo. A. H, Cunha Bueno e Herbert Levy. Sala da Comissão, 3 de maio de 1978, - João Arruda, Presidente - Santilli Sobrinho, Relator. PROJETO DE LEI N.o,2.728-A, DE 1976 (Do Sr. Francisco Amaral) . Dispõe sobre o horário de trabalho dos Ilmpregados em serviços de mecanografia, incluídos os de perfuração de cartões para computadores eletrônicos e de operadores dos mesmos COJIlPutadores; tendo pareceres: da Comio;;são de Çonstituição e, Justiça, pela constitucionalidade e juridicidade, com emenda; e, das Comissões de Trabalho e Legislação Social e de Finanças, pela aprovação, com adoçâ<J> da emenda da Comissão de Constituição e Justiça. (Projeto de Lei n. o 2.728, de 1976, a que se referem os parec.eres.) O Congresso Nacional decreta: Art. 1.0 15 fixado em 6 (seis) o número de horas de trabalho diário dos operadores de computadores eletrônicos, e do pessoal ocupado na perfuração de cartões para computadores, datilógrafos, taquigrafos e estenógrafos. Art. 2.° . É vedado qualquer acordo visando ao aumento das horas de tl'abalho fixadas no artigo anterior. Art. 3.0 Revogam-se as disposições em contrário, vigorando presente lei a partir da data de sua publicação. a Maio de 19'78' DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Se<;áo Justificação pispõe o art. 72 da Consolidação das Leis do Trabalho que "nos seJ'Vlços permanentes de mecanografia (datilografia. escritura(~ão. e (~álculo). a cada periodo de noventa minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de dez minutos não deduzidos da duração normal de trabalho". Vê-se, pois. que o legislador trabalhista, já em 1943. dedicava especial atenção aos empregados desses serviços, e preocupado com a fadiga que tais ocupações causavam, criou regime especialíssimo de repouso dentro mesmo da jornada de trabalho. Ocorre. todavia, que a Lei é de 1943 com mais de trinta anos de existência, de tempo em que não havia a máquina de escrever elétrica, a contabilidade era feita manualmente na sua genemU. dade, e os cálculos raramente com a utilização de equipamentos especiais. O acelel'ado desenvolvimento técnico-industrial impôs novas condições de trabalho aos empregados em serviços mecanográficos, contábeis e de escrituração. mas. ao contrário do que se poderia imaginar, esse progresso não redundou em maiores facilidades e sim em tarefas mais exaustivas, porque é o equipamento elétrko ou eletrônico quem dita o ritmo e a velocidade do seu operador, :tOl~çado sempre a acompanhá-lo. Ora, a situação atual está exigindo a atualizacão dos textos legais, bem como a eliminação das omissões, mediânte a adoção das regras de direito que regerão hipóteses não previstas em 1943. quando da elaboração da Consolidação das Leis do Trabalho. Nessa tarefa. tomando-se como referência regulamentações de outras atividades profissionais será visto que é próprio de se criar distinções de tratamento quando isso se justifica; os bancários, por exemplo, gruças às suas condições peculiares de trabalho, têm a jornada reduzida para 6 horas I art. 224 da CLT), o mesmo acontecendo com os cabineiros de elevadores (Lei ll.o 3.270, de 30 de setembro de 1957). Inegavelmente os empregados em serviços de computação eletrônica, incluídos aqueles que fazem as perfurações dos cartões mediante o emprego de máquinas próprias e os mecanógrafos, calculistas e empregados em serviços de escrituraçã.o contábil medi:mte uso de equipamento elétrico ou eletrônico, estão sujeitos a serviço tão estafante quê não podem ficar submetidos a jornada normal de 8 horas, mas devem tê-la reduzida para 6 horas diárias. Nenhum argumento será mais valioso que a lembrança de ser esse tipo de jornada reduzida adotada em. um sem-número de empresas. das que se dedicam especificamente a tal atividade. Para que não ocorram diferenças de regime entre as organizações do ramo, com os empregados de algumas não fruindo 05 benefícios ja adotados entre aquelas melhormente administradas, o Estado deve adotar uma norma de alcance genérico. Sala das Sessões. agosto de 1976. - Francisco Amaral. LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADA PELA COORDENAÇAO DAS COMISSõES PERMANENTES CONSOLIDAQAO DAS LEIS DO TRABALHO Aprovada pelo Decreto-Lei n.O 5.452, de t.o de maio de 1943. TíTULO ITr Das Normas Especiais de Tutela do Trabalho CAPíTULO I Das Disposições Especiais sobre Duração e Condições de Trabalho SEQAO I Dos bancários Afi. 224. A duração normal do trabalho dos empregados em ba.ncos e casas bancárias será de seis horas continuas nos dias úteis, com exceção dos sabados, perfazendo um total de trinta horas de' trabalho por semana. § 1.0 A duração normal do trabalho estabelecida neste artigo ti(:ará compreendida entre sete e vinte e duas horas, assegurandose ao empregado. no horário diário, um intervalo de quinze minutos para alimentação. • § 2.0 As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de direção, gerencia, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a um terço do salario do cargo efetivo. ... ~ ", ~~ , ." ,', ~ .. ~ ~ " " .. " . I) Sábado 27 4187 LEI N.o 3.270. DE 30 DE SETEMBRO DE 1957 Fixa em seis (6) o número de horas de trabalho diáriG dos cabineiros de elevador, e dá outras l)rQvidências. O Presidente da República: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguin te lei: Art. l.0 É fixado em seis (6) o número de horas de trabalho diário dos cabineiros de elevador. Parágrafo único. É vedll.do a empregador e empregado qualquer acordo visando ao aumento das horas de trabalho fixada no art. 1.0 desta lei. Art. 2.0 Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 30 de setembro de 1957; 136.0 da Independência e 69.0 da República. - JUSCELINO KUBITSCHEK _ Parsifal Barroso. PARECER DA COMISSAO DE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA I - Relatório O projeto em epígrafe, de autoria do nobre Deputado Francisco Amaral, dispõe sobre o horário de trabalho dos empregados em serviços de mecanografia, incluídos os de perfuração de cartões para computadores eletrônicos e de operadores dos mesmos computadores. Em sua propositura justifica o autor que "inegavelmente os empregados em serviços de computação eletrônica, incluidos aqueles que fazem as perfurações dos cartões mediante o emprego de"máquinas próprias -e os mecunógrafos, calculistas e empregados em serviços de escrituração contábil mediante uso de equipamento elétrico ou eletrônico, estão sujeitos u serviço tão estafante que não podem ficar submetidos a jornada normal de 8 horas. mas devem tê-la reduzida para 6 hora:;; diárias." Revela ainda que "Nenhum argumento será mais valioso que a lembrança de ser esse tipo de jornada reduzida adotada em um sem número de empresas, das que se dedicam especificamente a tal atividade." Nos termos regimentais do § 4.° do art. 28. cabe a esta Comissão opinar sobre a constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa da propor.ição, eis que o exame do mérito,caberá às doutas Comissões de Trabalho e Legislação Social e a de Finanças. 1. A proposição não é inconstitucional, pois, não infringe a nenhum dispositivo da Lei Maior. 2. O projeto é jurídico, pois, não contraria a nenhum dos principios g'erais do Direito e não contesta a, sistematica vigorante d-a nor.so Direito Positivo. 3. Quanto à técnica legislativa a proposição nào está vazada nos devidos termos.• o art. 3.0 requer um desdobramento E'm 2 {dois) a'rtigos. separando-se a cláusula de vigência da revogatória. Visando aperfeiçoar o projeto, apresentamos-lhe uma emenda modificativa. 11 - Voto do Relator . Em face do exposto. somos pela conr.titucionalidade, juridicidade do Projeto de Lei n.O 2.728, de 1976, nos termos da emenda modificativa em anexo. Sala da Comissão, . - Jairo Magalhães, Relator. 111 - Parecer da Comissão A Comissão de Constituição e Justiça, em reunião de sua Turma "A", opinou, unanimemente, pela constitucionalídade e juridicidade, com 1 (uma) emenda, do Projeto n.o 2.728176, nos termos do parecer ,da Relator. Estiver",m presentes os Senhores Deputados: Djalmal Bessa ._- Presidente; Jairo Magalhães - Relator; At· tair Chaga$, Blota Júnior. Erasmo Martins Pedro. João Oilbc:rt.o, Joaquim Bevilacqua. José Bonifácio Neto. Lidovino Fanton, Luiz Braz, Noide Cel'queira, Tarcisio Delgado e Theobaldo Barbosa. Sala da Comissão. 24 de novembro ele 1976. - Djalma Bessa, Presidente - Jairo Magalhães, Relator. Emenda Adotada pela Cmnissã.o Fica o art. 3.° do Projeto desdobrado em dois. na forma seguinte: "Art. 3.0 Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4.° Revogam-se as disposições em contrário." Sala da Comissão, 24 de novembro de 1976. - Djalma Bessa, Presidente - Jairo Magalhães, Relator. 4188 Sábado 2'1 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) . Maio de 1t'11 PARECER DA COMISSAO DE TRABALHO E LEGISLAÇAO SOCIAL 5. Com efeito, após examinarmos a propoSlçao, não temos dúvidas em recomendar seu acolhimento por esta Comissão, uma I - Relatório vez que a adoção da jornada de 6 horas diárias para as atividaO presente projeto, de autoria do ~obre Deputado Francisco . de" anteriormente referidas só vantagens trará, quer para os que Amaral, propõe redução da jornada de trabalho dos empregados as exercem, quer para as próprias empresas empregadoras, com em serviços de mecanografia, incluídos os de perfuração de car- repercussão favorável no nível da produção. tões para computadores eletrônicos e de operadores dos mesmos 11 - Voto do Relator computadores. Em face do exposto, opinamos pela aprovação do projeto, nos A douta Comissão de Constituição e Justiça opinou pela constermos da emenda da Comissão de Constituição e Justiça. titucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa da proposição, com uma emenda. Sala da Comissão, 16 de maio de 1978. - Adriano Valente, O autor justifica a sua iniciativa, ponderando que o desenvol- Relator. vimento técnico-industrial não trouxe facilidades aos empregados lU - Parecer da Comissão em serviços mecanográficos, contábeis e de escrituração. Ao conA Comissão de Finanças, em sua rimnião ordinária, realizada trário, tornou mais exaustivas as suas tarefas, obrigando-os a no dia 17 de maio de 1978, opinou, unanimemente, pela aprovação acompanhar o ritmo de trabalho dos equipamentos elétricos ou do parecer do relator. Deputado Adriano Valente, favorável, com eletrônicos. adoção da emenda da Comissão de Constituição e Justiça, ao A exemplo do que ocorre com outras atividades profissionais Projeto de Lei n.o 2.728176, do Sr. Francisco Amaral. - bancários e cabineiros de elevadores - que tiveram reduzida a Estiveram presentes os Senhores Deputados Ruy Côdo, Presisua jornada de trabalho, em virtude de condições peculiares de dente; Milton Steinbruch e José Ribamar Machado. Vice-Presidentrabalho, entendemos que aos operadores de computadores e do tes; João Cunha, Jorge .A!rbage, Epitácio Cafeteira, Carlos Alberto pessoal ocupado na perfuração de cartões de computadores, datiló- Oliveira, Gomes do Amaral.. Dias Menezes. Emanoal Waisman, Hografos, taquígrafos e estenógrafos, cujas novas condições de tra- mero Santos, Moacyr Dalla, Roberto Carvalho, Pinheiro Machado, balho não estão previstas na Consolidação das Leis do Trabalho, Odacir Klein, Dyrno Pires, João Menezes, Florim Coutinho, Athiê deve ser dispensado o mesmo tratamento. Coury, Antônio José, Adriano Valente, José de Assis, Jorge Arbage, Convém lembrar, ainda, que a medida é tanto mais justa, que José Alves e João Castelo. alguns empregadores, infelizmente minoria, reconhecendo que as da Comissão, 17 de maio de 1978. - Ruy COOo, Presidenatuais condições trarão inevitav·elmente, conseqüências negativas te - Sala Adriano Valente, Relator. na produção, já adotam tal sistema. PROJETO DE LEI N.o 2.938-A, DE 1976 11 - Voto do Relator (Do Sr. Antunes de Oliveira) Pelas razões expostas, flOmos favoráveis à aprovação do ProAcrescenta artigo à Lei n.O 6.189, de- 16 de dezembro jeto de Lei n. o 2.728, de 1976, com a emenda da Comissão de de 1974, que dispõe sobre as Empresas Nucleares BrasileiConstituição e Justiça. ras Sociedade Anônima - NUCLEBRAS; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela prejudicialiSala da Comissão, 14 de junho de 1977. - Frederico Brandão, dade: e, da Comissão de Minas e Energia, pela rejeição. Relator. (Proj eto de Lei n.o 2.938, de 1976, a que se referem os III - Parecer da Comissão pareceres.) A Comissão de Trabalho e Legislação Social, na reunião ordiO Congresso Nacional decreta: nária realizada em 16 de novembro de 1977, opinou, unanimemente, pela aprovação do Projeto de Lei n,o 2.728176, nos termos da Art. 1.~ Fica acrescentado o artigo 20 à Lei n.o 6.189, de 1/,\ Emenda da Comissão de Constituição e Justiça e conforme pare- de dezembro de 1974, com a seguinte redação: cer do Relator. Deputado Frederico Brandão. "Art. 20. A NUCLEBRAS viabílizará a produção interna, Estiveram presentes os seguintes Senhores Deputados: Wilson em escala comercial, de elementos combustíveis tie que Braga, Presidente; Adhemar Ghisi, Luiz Fernando, Aroldo de Cartrata o item lI, alínea a, e item ~V, alínea b, do ârt. 3.° valho, Pedro Carolo, Raimundo Parente, Siqueira Campos, Vasco da Lei n. o 5.740, de 1.0 de dezembro de 1971, no prazo Neto, Vilmar pontes, Arnaldo Lafayette, octávio Torrecilla, Ruy máximo de 5 (cinco) anos, contados da data de publica~rito, Rezende Monteiro, Frederico Brandão e Gamaliel Galvão. çáo desta Lel." Sala da Comissão, 16 de novembro de 1977. - Wilson Braga, Art. 2.° Ficam renumerados o art. 20 e seguíntes da Leí Presidente - Frederico Brandão, Relator. n. O 6.189, de 16 de dezembro de 1974. Art. 3.0 Esta Lei entra em vigor na. data de sua publicação. PARECER DA COMISSAO DE FINANÇAS Art. 4. 0 Revogam-se as disposições em contrário. I - Relatório Justi1ieação Com o projeto em exame, pretendeu seu ilustre autor, o exDeputado Francisco Amaral, reduzir a jornada diária de trabalho A carêncía de uma tecnologia brasileira tem servido de bode dos empregados em serviços de mecanografia, inclusive as dos expiatório para justificar os mais diversificados entraves ao nosso <Jperadores de computadores eletrônicos e do pessoal encarregado desenvolvimento econômico. O desacerto de nõssas contas externas, da perfuração de cartões para computadores, fixando-as em 6 o desequilíbrio crônico e perigoso de nosso balanço de pagamentos, horas. elevando o nível de endividamento externo da Nação a alturas 2. Ouvidas as doutas Comissões de Constituição e Justiça e vertiginosas, a dificuldade de se promover um crescimento Interno auto-sustentável, tudo isto vem sendo atribuído à falta de tecnode Trabalho e Legislação Social, ambas se pronunciaram favora- logia. velmente à aprovação da matéria. nos termos da emenda de técnica legislativa oferecida na primeira. Assistimos, hoje, impassiveis, ao crescimento acelerado das 3. Para justificar a medida legislativa em apreço, reporta-se empresas multinacionais no Brasil. Detentoras da tecnologia, e, o nobre autor da proposição à Consolidação das Leis do Trabalho, pretensamente, donas quase absolutas dela, abraçam os setores que, reconhecendo as caracteristicas peculiares da atividade de da- mais rentáveis de nossa economia, enquanto servimos de expectn.tilógrafo, já à época de sua aprovação, portanto, há 35 anos., pre- dores impotentes do seu processo de multiplicação e absorção do consumidor: medicamentos, produtos minerais, bens de via-ll:te regime especial de repouso dentro da própria jornada de mercado trabalho. Lembra ainda que. com o passar do tempo e a criação capital. artigos os mais variados de higiene, eletrodomésticos, e dezenas de outros, e até serviços são mode novas atividades por força do desenvolvimento tecnológico de bens alimentícios por empresas estrangeiras que detêm a tecnologia innovas atividades por força do desenvolvimento tecnológico, ne- nopolizados dustrial e empresarial que julgamos tão longínqua de nossos cessário se torna atualizar a legislação no tocante à duração do desígnios. trabalho de determinadas profissões, como ocorreu com os bancários, que tiveram sua jornada reduzida para 6 horas, assim como Os ínteresses econômicos, ai, são gígantescos, não interessando os cabineiros de elevadores (Lei n.O 3.270/57). a estas empresas multinacionais a transferência, para o Pais que explora. do domínio de certos processos de fabricação, técnicas de 4. Salienta por derradeiro que regime especial já é adotado produção, know-how, o.s quais fazem, mesmo, questão de superespara as atividades que especifica no projeto nor diversas empresas, timar para que não estejam ao alcance até da ,vontade nacional. Q que demonstra a imperioSidade de norma .legal que discipline de modo geral o assunto, "para que não ocorram diferenças de O problema do enriquecimento do urânio, entretanto, ê vítal regime entre as organizações do ramo, com os empregados de al-' para a nossa soberania, envolvendo importantes aspectos de segugumas não fruindo os benefícios já adotados entre aquelas me- rança nacional. O conhecimento científico nós o temos de sobejo, lhormente administradas ... ". como, de resto, tem-no toda a humanidade. O método, o processo, Maio de 1978 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção os requintes opel'acIonaIs para se chegar ao urânio enriquecido. estes sim, exigem um esforço nacional integrado e concentrado; os frutos deste esforço, nós o sabemos, comperusam qualquer sacrifício" Sobre garantir o supl'imento de combustivel nuclear para as DOSSas futuras usinas atômicas, co:no a de Angra dos Reis. estaremos nos firmando aos olhos do mundo como potência consolidada; o enriquecimento do urãnio a uma taxa mais eleva.ela elo isótopo 235. por sua vez, representará o cão de guarda deste enorme território de mais de oito milhões de quilômetros quadrados, cobiça mais que certa, dentro de um futuro bastante próximo, ele povos menos bem aquinhoados pela Natureza. Porque acreditamos que contamos com os recursos humanos mais que eficientes, faltando-lhes tão-somente a motivação' e a determinação legal para um esforço concentrado que redunde no enriquecimento de urânio no prazo máximo de três anos, submetemos aos nobres pares o presente projeto de lei. Brasilia, 18 de setembro de 1976. - Antunes de Oliveira. LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADA PELA COORDENAÇAO DAS COMISSOES PERMANENTES LEI N.o 6.189, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1974 Altera li. Lei n.O 4.118, de 27 de agosto de 1962, e a Lei D.O 5.740, de LU de dezembro (1e 1971, que eriaram, respecth'amente, li. Comissão Nacional de Energia Nuclear CNEN e li. Companhia Brasileira de Tecnologia Nuclear CBTN, que passa a denominar~se Empresas Nucleares lJ.rasileiras Sociedade Anônima - NUCLEBRAS, e dá out,ras providências. Art. 20. O artigo 5.0, da Lei n,o 5.740, de 1.0 de dezembro de 1971, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 5.0 J1: facultado à. NUCLEERAS desempenhar suas funções, dIretamente ou através de subsidiárias, por convênio com ôrgãos pübJicos, por contratos com eslwciallstas e empresas privadas, ou associação com outras entidades, observada a Política Nacional de Energia Nuclttâr, Parágrafo ünico. Para a execução de atividades de que trata o artigo 1.0, da Lei n.(' 4.118, de 27 de agosto de 1!J62, a NUCLEBRAS sô poderá constituir subsidiárias das quaIs detenha, no minimo e em carátE'r permanente, 51 % I cinqüenta e um por cento) das ações com direito a voto, por autorização do Presidente da República, mediante Decreto". LEI N.o 5.740, DE 1,0 DE DEZEMBRO DE 1971 Autoriza a Comissão Nacional de Energia Nuclear CCNENJ a constituir a sociedalle por ações Companhia Brasileira de Tecnologia Nuclear - CB'l'N, e dá. outras providências, Art. 3.° A CETN, observado o disposto na Lei n,O 4.118, de 27 de agosto de 1962, e alterações posteriores, terá por objeto: Ir - promover o desenvolvimento da tecnologia nuclear mediante a realização de pesquisas, estudos e projetos referentes a: a) tratamento de minérios nucleares e associados, bem como produção de elementos combustiveis e outros materiai.'l de interesse da, energia nuclear; IV - Construir e operar: b) instalaçõs destinadas ao enriquecimento de urânio, ao reprocessamento de elementos combustiveis irradiados. bem como fi. produção de elementos combustiveis e outros materiais de interesse da indústria nuclear. Art. 5.° É facultado â CBTN desempenhar suas' atividades, diretamente, pOl' convênios com órgãos públicos ou por contratos com é'specialistas e empre.sas prIvadas, observada a P<llitica. Nadonal de Energia Nuclear. PARECER):lA COMISSAO DE CONSTlTUIÇAO E JUSTIÇA I - Relatório O nobre parlamentar Antunes de Oliveira submeteu à apreciação de seus pares a presente iniciativa, Intentando Introduzir modificação na Lei n.O 6.189. de 16 de dézembro de 1974. que alterou a Lei n.O 4.118, de 27 de agosto de 1962, e a Lei n.O 5 _740, de l.el de novembro,de 1971. que criaram, respectivamente, a Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, e a Companhia Brasileira I) Sáball0 27 4189 de Tecnologia Nuclear - CNTN, que passaram a denominar-se Empresas Nucleares Brasileiras Sociedade Anônima - NUCLEBRAS. A suscitada alteração foi consubstanciada nos seguintes termos: "Art. 1.0 Fica acrescentado o artigo 20 à Lei n.O 6.189, de 16 de dezembro de 1974, com a seguinte redação: "Art. 20. A NUCLEBRAS viabilizará a produção interna, em escala comercial, de elementos combustíveis de que trata o item U, alínea "a", e item IV, alínea "b", do art. 3.° da Lei 11. 0 5.740, de 1.0 de dezembro de 1971, no prazo má-, ximo de 5 (cinco) anos, contados da data de publicação desta Lei." Art. 2. u Ficam renumerados o artigo 20 e seguintes da Lei, n.O 6.189, de 16 de dezembro de 1974:' Os elementos combustíveis referidos, cuja produção interna, em escala comercIal, pretende o autor venha a NUCLEBRAS a viabilizar, são os simples e os irradiados, de interesse da indústria nuclear. Na justificação do projeto, enfatizou Antunes de Ollveira: "Porque acreditamos que contamos com os recursos humanos mais que eficientes, faltando-lhes tão-somente a motivação e a determinação legal para um esforço concentrado que redunde no enriquecimento de urânio no prazo máximo de três anos, submetemos aos nobres pares o presente projeto de lei." A proposição foi distribuida a esta e à Comissão de Minas e Energia. Ê o relatório. II - Voto do Relator A Lei n.O 4.118, de 27 de agosto de 1962, - que o Congresso Nacional decretou e o Presidente da República sancionou - estatuiu que -a pesquisa e lavra das jazidas nucleares, a comercialização dos minérios nucleares e seus compostos, e a produção de materiais nucleares e suas industrializações constituem monopólio da União, competindo ao Poder Executivo orientar a Politica Nacional da Energia Nuclear. O artigo 1.0 desse diploma legal determinou expressamente: "Constituem monopólio da União: I - pesquisa e lavra das jazidas de minéllios nucleares localizados no território nacional; rI - O comércio dos minérios nucleares e seus concentrados: dos elementos nucleares e seus compostos; dos materiais fisicos e fésteis, dos radioisótopos artificiais e substanciais e substâncias radioativas das três séries naturais; dos subprodutos nucleares; UI - A produção de matérias nucleares e suas industrializações, Parágrafo único. Compete ao Poder Executivo, vetado, orientar a Politica Nacional de Energia Nuclear." Posteriormente, a Lei n,o 5.740, de 1.0 de dezembro de 1971, autorizou a Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN a constituir a Companhia Brasileira de Tecnologia Nuclear - CBTN. ordenando no art. 3.°: "Art. 3. 0 A CBTN, observado o disposto na Lei n.o ~:118, de 27 de agosto de 1962, a alterações postel'lores terá por objetivo: ~ - Realizar a pesquisa e a lavra de jazldas de minérios nucleares e associados; U - Promover o desenvolvimento da tecnologia nuclear mediante a relação de pesquisas, estudos e projetos referentes a: a) tratamento de minérios nucleares e asspciados bem como produção de elementos combustíveis e outros materiais de interesse da energia nuclear; b) instalações de enriquecimento de urânio e de reprocessamento de elementos combustiveis nucleares irradiados; c) componentes de reatores e outras instalações nucleares. III - Promover a gradual assimilação de tecnologia nuclear pela indústria privada nacional; IV -- Construir e operar: a) instalações de tratamento de minérios nucleares e seus associados; b) instalações destinadas ao enriquecimento de urânio, ao reprocessamento de elementos combustiveis irradiados, bem 4190 Sábado 27 DIARIO 1>0 CONGRESSO NACIONAL (Seção l) como a produção de elementos combustiveis e outros materiais de interesse da indústria nuclear. V - Negociar, nos mercados interno e externo, equipamentos, materiais e serviços de interesse da indústria nuclear; VI - Dar apoio técnico e administrativo à CNEN. Parágrafo imico. A pesquisa de que trata o item I deste artigo será executada pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM, mediante contrato da prestação de serviços." A Lei n.O 6.189/74, que alterou a n.o 4.118/62 e a n.o 5.740/71, do art. 3.° desta somente revogou o parágrafo único. Existe, portanto, em plena atividade e crescente desenvolvimento, uma Política NacIonal de Energia Nuclear, agilizada em toda a amplidão dos limites sobre-referidos, que consoante dispôs o Congresso Nacional em lei, compete ao Presidente da República orientar. Essa Política realiza muito mais do que pretende o Projeto n. o 2.938/76, razão por que, os eminentes colegas integrantes desta Comissão devem votar por sua prejudicialidade. É o voto. Sala da Comissão, de de 1977. - Erasmo Martins Pedro, Relator. lU - Parecer da Comissão A Comissão de Constituição e Justiça, em reunião de sua Turma "A", opinou, unanimemente, pela prejudicialidade do Projeto número 2.938/76, nos termos do parecer do Relator. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Célio Borja. Presidente; Erasmo Martins Pedro, Relator; Celso Barros, Cleverson Teixeira, Jairo Magalhães, José Bonifácio Neto, Joaquim Bevllacqua, Luiz Braz, Noide Cerqueira e Theoba1do Barbosa. Sala da Comissão, 22 de junho de 1977. - Célio Borja, Presidente - Erasmo Martins Pedro, Relator. PARECER DA COMiSSãO DE MINAS E ENERGIA I - Rela.tório O projeto de lei sub examine, de autoria do nobre Deputado .Antunes de Oliveira, pretende introduzir modificação na L-ei n." 6.189, de 16 de dezembro de 1974, que alterou a Lei n.o 4.118, de 27 de agosto de 1962. e a Lei n. O 5_740, de 1.0 de novembro de 1971, que criaram, respectivamente, a Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, e a Companhia Brasileira de Tecnologia Nuclear _ CBTN, que passaram a denominar-se Empresas Nucleares Brasileiras Sociedade Anônima - NUCLEBRÁS. A alteração proposta prevê uma nova redação ao art. 20 da Lei n.O 6.189. de 16 de dezembro de 1974, nos seguintes termos: "Art. 20. A NUCLEBRÁS viabilizará a produção interna, em escala comercial, de elementos combustíveis de que trata o item II, alinea "a", e item IV, alínea "b", do art. 3.° da Lei n.o 5540, de 1.<> de dezembro de 1971, no prazo máximo de 5 t cinco) anos, contados da data de publicacão desta Lei." Os elementos combustíveis referidos, cuja produção interna, em escala comercial. pretende o autor venha a NUCLEBRAS a viabilizar, são os simples e os irradiantes, de interesse da indústria nuclear. 2. Justificando a matéria, o ilustre parlamentar proponente, esclarece: "Porque acreditamos que contamos com os recursos humanos mais que eficientes, faltando-lhes tão somente a motivação e a determinação legal para um esforço concentrado que redunde no enriquecimento de urânio no prazo máximo de três anos, submetemos aos nobres pares o presente projeto de lei." 3. A Comissão de Constituição e Justiça, em reunião de sua Turma "A", opinou, unanimemente, Rela prejudicialidade do Projeto, nos termos do parecer do Relator, nobre Deputado Erasmo Martins Pedro. 4. Toca-nos, nesta oportunidade, o exame da matéria em conformidade com o que preceitua o § 9.°, do art. 28. do Regimento Interno. Concordamos plenamente com as ponderações emitidas nestes autos. pelo ilustre Relator da Comissão de Constituição e Justiça, quando afirma que "existe, em plena atividade e crescente desenvolvimento, uma Política Nacional de Energia Nuclear, agilizada em toda. a amplidão dos limites sobre-referidos, que, consoante dispôs o congresso Nacional em lei. compete ao Presidente da República orientar". Maio de 19'11 Quanto aos aspectos de convemencia e oportunidade da proposição. entendemos desaconselhável a sua aprovação, eis que, menos abrangente e ambiciosa do que pretende realizar a vigente Política Nacional de Energia Nuclear. fi - Voto do Relator Ante o exposto, o nosso voto é pela rejeição do Projeto de Lei n. o 2.938 de 1976. Sala da Comissão, de de 1977. - Alacid Nunes, Relator. m - Parecer da Comissão A Comissão de Minas e Energia, em reunião ordinária realizada no dia 11.5-78, opinou, unanimemente, pela rejeição do Projeto de Lei n'" 2.938/76, do Deputado Antunes de Oliveira, que "acrescenta artigo à Lei n.o 6.189. de 16 de dezembro de 1974, que dispõe sobre as Empresas Nucleares Brasileiras Sociedade Anônima - NUCLEBRA8.", nos termos do voto do Relator. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Paulino Cicero de Vasconcellos, Presidente; Alaeld Nunes, Relator; Yasunori Kunigo, Samuel Rodrigues, Newton Barreira, Israel Dias Novaes, Ubaldo Corrêa. Horácio Matos. Jutahy Magalhães, Antônio Ferreira, Dias Menezes, Jorge Ferraz e José Carlos Teixeira. Sala da Comissão. 11 de maio de 1978. - Paulino Cícero de Vasconcelos, Presidente - Alacid Nunes, Relator. PROJETO DE LEI N.o 3.114-A, DE 1976 iDo Sr. Dayl de Almeida) AcÍ'escenta parágrafo lfo art. 1.0 do Decreto-lei n.o 999, de 21 de outubro de 1969, 'reduzindo em 50% a Taxa Rodoviária Única para motoristas profissionais proprietários de apenas um veículo; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, técnica legislativa c, contra o voto do Sr. Luiz Braz, pela juridicidade; e, das Comissões de Transportes e de Economia, Indústria e Comércio, pela aprovação, com emenda. (Projeto de Lei n.o 3.114, de 1976, tendo anexado o de 11.° 3.408/77, a que se referem os pareceres.) O COngresso Nacional decreta: Art. L" O art. I." do Decreto-lei n.o 999, de 21 de outubro de 1969, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo: "'§ 2.i> Os motoristas profissionais, proprietários de apenas um veículo, têm direito à redução de lIiO% (cinqüenta por cento) no pagamento do tributo de que trata este artigo:' Art. 2.° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3.° Revogam-se as disposições em contrário. .Jnstificaçâ.o Como se sabe. o espirito do Decreto-lei 0.0 999, de 21 de outubro de 1969. instituidor da Taxa Rodoviária Única, foi gerar receita para a preservacão das estradas. O campo de ação da maioria dos motoristas profissionaL.., especialmente os de táxl, via de regra, são os eentl'Os urbanos. Ora. esses motoristas profissionais enfrentam respeitáveis compromissos tributários, quais sejam. desconto para o INPS, Taxa Rodoviária única, contribuição ao INPM para aferição anual dos taxímetros. além do elevado preço da gasolina e seus derivados, pneus, oficina, seguro etc. Este, portanto. é ú objetivo do presente projeto de lei, que vis;>. amparar a classe dos motoristas profissionais, proprietários de apenas um veiculo, para o qual esperamos o apoio dos nobres pares, Sala das Sessões, 3 de novembro de 1976. - Day} de Almeida. LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADA PELA COORDENAÇAO DAS COMISSOES PERMANENTES DECRETO LEI N." 999, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969 Institui a Taxa. Rodoviária tlnica, incidente sobre o registro e licenciamento de veículos, e dá outras providências. Art. 1.0 É instituída a Taxa Rodovfária 'única, devida pelos proprietários de veículos automotores registrados e licenciados em todo território nacional. !í 1.<' A refelida taxa. que será cobrada previamente ao registro do veículo ou â renovação anual da licença para circular, será o único tributo incidente sobre tal fato gerador. !í 2.° Revogado. - Maio de 1978 ],){ARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) PROJETO DE LEI N.o 3.408, DE 1977 '(Do Sr. César Nascimento) Estabelece li. redução de cinqüenta por cento do valor da Taxa Rodoviária Única para motorista de táxi profissional com mais de dois anos de serviço nas praças. (Anexe-se ao Projeto de Lei n.o 3.114, de 1976, nos termos do art. 71 do Regimento Interno,) O Congresso Nacional decreta: Art. 1.° A Taxa Rodoviária 'única, criada pelo Decreto-lei n." \999, de 21 de outubro de 1969, devida, anualmente, por proprletá· :ril) de táxi profissional com mais de dois anos de serviço nas praças, é reduzida de cinqüenta por cento (50%) de seu valor. Parágrafo único. A .redução da taxa a que se refere este artigo far-se-á a partir de 1.° de janeiro de 1978. Art. 2.° Esta lei entra em vigor na data de sua publicaçãl>. Art. 3.° Revogam-se as disposições em contrário. Sábado 27 4l!l:i § 1.0 A referida taxa, serã cobrada previamente áo registro' do veiculo ou à renovação anual da licença para circular, será o único tributo incidente sobre ta.l fato gerador. § 2.° Revogado. Art. 2.° A Taxa Rodoviária única será cobrada, segundo la~ belas baixadas, anualmente, pelo MInistro dos Transportes e teri como base de cálculo, o peso, a capacidade de transporte e o modelo, de tal modo que o seu valor não ultrapasse de 2% do valor venal do veículo. § V' A taxa, serã devida anualmente e paga ~lte ti. data dI) licencIamento do veiculo. PARECER DA COMISSãO DE CONSTITUIÇãO E JUSTIÇA I - Relatório O ilustre Deputado Dayl de Almeida pretende, pelo Projeto de Lei n.o 3.114/76, conceder aos motoristas profissionais, proprietários de apenas um veículo, redução de 50% no pagamento da Taxa Rodoviária única. Anexado a este encontra-se o Projeto de Lei n.'" 3 .408/77, de autoria do Sr. Deputado César Nascimento, que trata da mesma matéria. A segunda proposição difere da anterior porque determina que a redução só será concedida, a partir de LO de janeiro de 1978, aos mortoristas de táxi com mais de dois anos de serviço nas praçae., O Sr. Dayl de Almeida argumenta, em sua justificação, que a Taxa Rodoviária Única foi criada com a finalidade de gerar receita para a preservação das estradas. Considerando que o campo de ação dos motoristas profissionais restringe-se, via de regra, aos centros urbanos e que, além disso, para o exercicio da profissão enfrentam outros compromissos tributários, concluiu pela justiça da medida que visa a amparar a classe. Compete a esta Comissão examinar as proposições sob os aspectos de constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Estabelece o art. 43, itém r. da Constituição Federal que "cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República. . dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente tributos, arrecadação e distribuição de rendas." Quanto ao direito de iniciativa, poderiam ser levantadas dúvi-, das, uma vez que o art. 57, I, ínclui matéria financeira entre aquelas cuja iniciativa é da competência exclusiva do Presidente da República. Sobre o assunto transcrevemos a interpretação dada pelo constitucionalista Manoel Gonçalves Ferreira Filho, ao item IV do· art. 57: "Matéria Tributá"ia - O preceito em exame reserva ao Presidente da Rapública a iniciativa em matéria tributária dos Territórios. Tal matéria, que compreende essencialmente a criação, bem como o aumento. e a disciplina dos tributos, é objeto de lei federal (o texto analisado apenas e tão-somente exclui do âmbito parlamentar a iniciativa nessa matéria). Esta referência a matéria tributária esclarece particularmente a menção a matéria financeira, contida no item 1 deste artigo. Mostar que, no entender do constituinte. a matéria financeira não abrange necessariamente a matéria tributária. Tanto assim é que reservada pelo item I a matéria financeira à iniciativa presidencial, este item IV, para reServar a matéria tributária dos Territórios ao , Presidente da República teve de fazer referência expres- Justificação Os motoristas de táxl enfrentam dificuldades que se agravam com o fechamento dos postos de gasolina nos fins de semana e aumentarão inevitavelmente com o pagamento obrigatório do recolhimento restituível de Cr$ 2,00 sobre cada litro de gasolina. Há a absurda e descabida política tarifária Que vem ocorrendo, através da qual os reajustes concedidos são irrisõrios â vista d~L in1'lação Que tem agitado a Nação; e tudo porque as majorações .são concedidas fundadas em estudos que se baseiam em dados Ideais. Os aumentos são atendidos a índices muito menores. A taxa, rodoviária única deve ser reduzida de 50% para os motoristas de táxi profissionais e com mais de 2 anos de serviço nas praças, porquanto, trata-se de serviço de utilidade pública. O consumo diário de um táxi em São Paulo é em média de 40 litros, A partir do mês corrente, os gastos normais do motorista serão acrescidos de Cr$ 80,00 por dia, graças ao depósito de Cr$ 2,00. Como esses prOfissionais trabalham pelo menos 24 (lias por mês, as despesas subirão nesse periodo em Cr$ 1.900,00, ou seja, Cr$ U .520,00 por semestre, dando em dois anos Cr$ 46.080,00, "disse recentemente Rogério Attore, presidente do Sindica.to dos Cl>ndutores Autônomos de Veiculos Rodoviários," Muitos falam em•abandonar a profissão Q, partir de março, outros esperam com pessimismo a chegada dos talões. 11: um mOmento muito delicado para a classe. Attore assegura que a média de salário mensal do motorista de táxi é de Cr$ 3.000.00, que diminuirá em pelo menos dois ter· ços com o depósito de Cr$ 2,00. O presente projeto vem minorar n situação !inanceira aflitiva a que estão submetidos os motoristas ' dE; táxi. Acresce ainda ressaltar que o citado Decreto-lei em seu art. 3.<> iSlmta do pagamento da Taxa Rodoviária Única: a) União etc.; b) Instituições de caridade; c) os proprietários de veículos emprel5ados em serviços agrícolas, que transitem apenas dentro dos limites da propriedade a que pertençam ou, qua'1do utIlizando vias públicas não sejam usados; d); c); f) os proprietários de ambulâncias; g) os proprietários de máquinas agrícolas e de terraplenagem desde que não circulem em vias públicas, abertas â circula(~ão. Como se pode observar o dispositivo lega.I isentou, além de en· tidadespúblicas, também os oroprietários agricolas, de ambulânci,lls e de máquinas rodoviárias, cometendo em nosso entender urna grande injustiça com aqueles que através de seu trabalho, prestam relevantes serviços em todas as cidades e vilas. Isto, sem contar o risco ao que estão expostos, haja vista o grande número de motóristas que diariamente são assaltados e em muitos casos assassinados, .pois, o ~Jassageiro não traz escrito sa. H se é bom ou mau cidadão. (In: Comentários â Constituição Brasileira, v. 2 p. 57-58) Seja-nos permitido concluir ser indispensável a adoção da medida preconizada no oresente projeto, para ao aprovaGão do Apoiados nesse entendimento, somos de parecer que não existe qual esperamos contar com o apoio de todos, uma vez reconheci- impedimento para aprovação das proposições, sendo ambas consda a exatidão de sua oportunidade. • titucionais, juridicas e redigidas conforme a boa técnica legislativa. Sala das Sessões, de de 1971. - Cesar Nascimel1to. U - Voto do Relator LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADA PELA COORDENAÇiiO Ante o exposto, votamos pela aprovação do Projeto de Lei n.'" DAS COMISSõES PERMANENTES 3.114, de 1976, e do que lhe foi anexado. DECRETO-LEI N.o 999, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969 Sala da Comissão, 15 de setembro de 1977. - Ricardo Fiúza, Institui Taxa Rodoviária. Única, incidente sobre o :re~ Relator. DI - Parecer da Comissão listra e licenciamento de veiculos e 'dá outras providên. eias. A Comissão de Constituição e justiça, em reunião de sua Tur"1il" "tt*" •• *".' •••• "Y""."."o."* ••••• .. " ma "A", opinou, unanimemente, pela constitucionalidade e boa Art. 1.0 11: instituída a Taxa Rodoviária 'Única, devida pelos técnica legislativa e, contra o voto do Sr. Luiz Braz, pela juridiciproprietários de veiculos automotores registrados e licenciados em dade do Projeto n.O 3.1141-76 (Anexo o Projeto n.o 3.408/77), nos termos do parecer do Relator, todo território nacional. ~ ·.".,,,,~ó"'''.~<J ".~. 4192 Sábado 27 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1111 Estiveram presentes os Senhores Deputados: Jairo Magalhães - Vice-presidente; Ricardo Fiúza - Relator; Afrísio Vieira Lima, Alceu Collares, F.ernando Coelho, Gomes da Silva, Gonzaga Vasconcelos, Joaquim Bevilacqua, Luiz Braz e Noide Cerqueira. Sala da Comissão, 15 de setembro de 1977. - Jairo Magalhães, Vice-Presidente no exercicio da Presidência - Ricardo Fiúza, Relator. Emenda Aditiva. No § 2.°, proposto pelo art. 1.° do Projeto. ao art. 1.° do Decreto-lei n.O 999, de 21-10-69, inclua-se, após a expressão "apenas um veículo", os vocábulos "de aluguel". Sala da Comissão. 28 de novembro de 1977. - Henrique Pretü, Relator. PARECER DA COMiSSãO DE TRANSPORTES I - Relatório De autoria do nustre Deputado Dayl de Almeida, a proposição em epígrafe objetiva, acrescentando § 2.° ao art. 1.0 do Decretolei n,o 999, de 21-10-69 que instituiu a Taxa Rodoviária "Única, assegurar a redução de 50% do valor do referido tributo aos motoristas profissionais proprietários de apenas um veículo. Justificando a iniciativa, o ilustre parlamentar enumera alguns dos compromissos de ordem financeira que oneram as atividades dos motoristas profissionais proprietários de apenas um veículo de aluguel, quais sejam contribuição previdenciária, Taxa Rodoviária "Única, contribuição devida ao INPM para aferição do taxímetro, seguro, encargos de manutenção do veículo, etc. Anexo a este Projeto ,está o de n.o 3.408/77, de autoria do nobre Deputado César Nascimento, cuidando do mesmo assunto, estabelecendo, no entanto, que o motorista profissional, proprietário de táxi, deverá ter mais de "dois anos de serviço nas praças". Prevê, ainda, (parágrafo único do art. 1.0) que a redução de 50% da TRU dar-se-á a partir de 1.0 de janeiro de 1978. A douta Comi83ão de Constituição e Justiça, em reunião de 15-9-77. opinou, unanimemente, pela constitucionalidade e técnica legislativa da presente proposta legislativa. A ,este órgão Técnico cabe examinar o mérito da matéria, nos termo& do § 16 do art. 28 do Regimento Interno. São procedentes os argumentos que fundamentam as proposições ora em exame. As condições em que se desenvolvem as atividades profissionais do motorista de táxi são, notoriamente, dificeis, não só com relação ao próprio desempenho, trânsito. tipos de passageiros, etc., mas, também, pelo imprevisível do custo operacional dessa ocupação, isto é, a elevação periódica dos preços dos combustiveis, pneus, conservação do veiculo, etc., que, via de regra, absorve o valor do reajustamento da tarifa anteS' da. nova atualização. Isto quer dizer que, no período de vigência de uma tarifa, a remuneração do profissional vai sendo consumida pelos aumentos decorrentes da manutenção do veiculo, acarretando uma paulatina diminuição dos ganhos. Portanto,a redução do valor da Taxa Rodoviária "Única, em 50%, para os motoristas profissionais representa uma compensação pelas peculiaridades que cercam o desempenho dessa profissão, sem dúvida, de utilidade pública. Com relação à presente proposta, julgamos mais abrangente a constante do projeto de lei principal. A proposição que está anexa, de n.o 3.408177. apresenta uma restrição, que não nos parece justa, de vez que limita o beneficio aos motoristas que, possuindo um táxi, devem ter mais de dois anos de serviço nas praças. Apenas, temos um reparo a fazer relativamente ao Projeto n.O 3.114(76 quanto à necessidade de explicitar que a propriedade do v-eiculo diz respeito a veiculo de aluguel, posto que, ocasionalmente, o motorista profissional poderá possuir outro veículo. este com licença particular, e, nesta hipótese, não terá direito de usufruir, com relação ao táxi, da redução que se pretende instituir. Além disso, pode ocorrer, face à imprecisão do texto, que o motorista portador de carteira profissional de habilitação, afastado da praça, intente tai beneficio para veiculo de licença particular de sua propriedade, o que, certamente, não é o objetivo pretendido pelo Ilustre Autor. Nesse sentido, propomos emenda aditiva de sorte a acrescentar, após a expressão "apenas um veiculo", os vocábulos "de aluguel". Em assim procedendo, estamos não ió definindo o objeto da redução da Taxa Rodoviária "Única, mas, por outro lado, colocando a presente matéria em simetria com o previsto no Código Nacional do Trânsito (Lei n,o 5.108, de 21 de setembro de 1966) e respectivo Regulamento, aprovado pelo Decreto n.O 62.127. de 16 de janeiro de 1968, que, no art. 77. prevê a classif~cação, quanto ã categoria dos veiculos. no item lI!. o seguinte: "d) de aluguel", o que, na hipótese, inclui o táxi. É o Relatório. 11 - Voto do Relator Face ao exposto, opinamos pela aprovação do Projeto de Lei n.o 3.114, de 1976, e da emenda aditiva que a ele apresentamos e pela rejeição do Projeto de Lei n.o 3.408/77. Sala da Comissão, 28 de novembro de 1977. - Henrique Pretti, Relator: . DECRETO N.o 62.127, DE 16 DE JANEmO DE 1968 LEGISLAÇiiO ANEXADA PELO AUTOR "Regulamento do Código Nacional de Trânsito." Art. 77. Os veículos classificam-se: Quanto à tração, a) automotor; b) elétrico; c) de propulsão humana; d) de tração animal; e) reboque e semi-reboque. I! - Quanto à espécie: a) de passageiros: 1 - bicicleta; 2 - ciclomotor; 3 - motoneta; 4 - motocicleta; 5 - triciclo; 6 - automóvel; 7 - microõnibus; 8 - ônibus; 9 - bonde; 10 - reboque e semi-reboque; 11 - charrete. b) de carga: I - motoneta; 2 - motocicleta; 3 - triciclo; 4 - camioneta; 5 - caminhão; 6 - reboque e semi-reboque; 7 - carroça; 8 - carro-de-mão: c) misto; d) de corrida; e) de tração: 1 - caminhão-trator; 2 - trator de rodas: 3 - trator de esteiras; 4 - trator misto; f) especial. TIl - Quanto à categoria: a) oficial; b) Missão diplomática, Repartições consulares de carreira. e de Representações de Organismos internacionais acreditados junto ao Governo brasileiro: c) particular; d) de aluguel. I - lU - Parecer da Comissio A Comissão de Transportes. em reunião ordinária realizada em 30 de novembro de 1977, opinou, unanimemente. pela aprovação, com Emenda, do Projeto de Lei n.o 3.114176 (Anexo o Projeto de Lei n,o 3.408/77). do Senhor Dayl de Almeida, que "acrescenta parágrafo ao art. 1.0 do Decreto-lei 0.0 999, de 21 de outubro de 1969, reduzindo em 50% a Taxa Rodoviária Única para motoristas profissionais proprietários de apenas um veículo", nos termos do parecer do Relator, Senhor Deputado Henrique Pretti. Maio de 19'78 DlARIO DO CONGlUlSSO NACIONAL (Seção Estiveram presentes os Senhores Deputados: Nunes Leal, Henrique Prettl, Octacilio Almeida, Abel Avila, Alcides Franciscato, Bento Gonçalves, Hermes Macedo, Hidekel Freitas, Murilo Rezende, Resende Monteiro, Ruy Bacelar, Santos Filho, Antônio Mota, Francisco Rocha, Hélio de Almeida, Henrique Eduardo Alves, Iturival Nascimento, Juarez Batista, Nabor Júnior, otávio Cec(:ato e Dias Menezes. Sala da Comissão, 30 de novembro de 1977. - Nunés Leal, Presidente -- Henrique Prettl, Relator. Emenda Adotada pela Comissão Inclua-se no § 2.° após a ,expressão "apenas um veículo", os vocábulos "de a.!uguel". Sala da Comissão, 30 de novembro de 1977. - Nunes Leal, Presidente - Henrique Pretti, Relator. PARECER DA COMISBAO DE ECONOMI4, INDÚSTRIA E CO~RCIO I - Relatório O nobre Deputado Dayl de Almeida apresentou à consideração do Congresso Nacional o Projeto de Lei n.O 3.114176, através do qual pretende reduzir em 50% (cinqüenta por cento) a Taxa Rodoviária Única para os motoristas proprietários de apenas um veiculo. Em anexo, encontra o Projeto de Lei n.O 3.408/77 de autoria do ilustre Deputado César Nascimento, que versa sobre a mesma matéria. Tramitando na douta Comissão de Constituição e Justiça, foi desi!~nado relator o eminente parlamentar Ricardo Fiúza que em judicioso parecer opinou pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, no que foi acompanhado pela unanimidade de seus Pares. Tndo à Comissão de Transportes para ser examinada em seu mérito, o relator da propositura, Deputado Henrique Pretti, acolheu a iniciativa do parlamentar fluminense e em bem elaborado parecer opinou pela sua aprovação com Emenda aditiva ao § 2.° do art. 1.° incluindo apÓS a expressão "apenas um veiculo" os vocábulos "de aluguel", recebendo apoio únânime daquele órgão Técnico. -li: o Relatório. , 11 - Voto do Relator A redução em 50% (cinqüenta por cento) da Taxa Rodoviária 'única· para os motoristas profissionais proprietários de apenas um veículo de aluguel se me afigura justa, principalmente porque vem beneficiar exatamente àqueles que tem no seu automóvel o único, quando não o principal meio de subsistência. Ademais, o motorista de táxi, como t'odos sabem, luta cotidianamente, sobretudo nos grandes centros urbanos, com fatores adversos ao exercício de sua profissão, entre os quais os constantes aumentos do preço da gasolina e seus derivados, além dos altos preços de peças de reposição. A propoEJitura, repito, é de inegável alcance social, merecendo por ,isso mesmo o apoio desta Comissão, cujos membros sempre foram sensíveis as proposições que objetivam, direta ou indiretamente,' aperfeiçoar a estnltura econômica do País corrigindo ao mesmo tempo as injustiças existentes. Opino, pois, pela aprovação do Projeto de Lei n.O 3.114176. com a emenda anexa ao § 2.° do art. 1.0 ll!:ste, o meu voto. Sala das Comíssões, 17 de maio de 1978. - José Haddad, Relator. Emenda aD Projeto de Lei n.o 3.114176 O § 2.° do art. 1.0 passa a ter a seguinte redação: "Os motoristas profissíonais proprietários de apenas um veículo desde que o explore profissionalmente, tem direito a redução de 50% no pagamento do tributo de que trata este artígo." Sala da Comissão, 17 de maio de 1978. - José Haddad. IH - Parecer da CQDlissão A Comissão de Economia, Indústria e Comércio, em reunião ordinária realizada em 17 de maio de 1978, aprovou por unanimidade o Parecer do Relator, Deputado José Haddad, favorável, com uma emenda, ao Projeto de Lei n.O 3.114/76, que "Acrescenta parágrafo ao art. 1.0 do Decreto-lei n,o 999. de 21 de outubro de 1969, reduzindo em 50% a Taxa Rodoviária única para motoristas profissionais proprietários, de apenas um veículo". Compareceram os Senhores Deputados João Arruda, Presidente; Oenervino Fonseca, Vice-Presidente qa Turma "A"; Igo Losso, Vice..Presídente da Turma "B"; José Haddad, Relator; Fernando Sábado 27 I) U91~ Gonçalves, Amaral Furlan, Angelina Rosa, Aldo Fagundes, Laerte Vieira, Herbert Levy, A. H. Cunha Bueno, Carlos Wilson, Harry Sauer, Norton Macedo, Antônio Carlos dê Oliveíra, Léo Simões, Daniel Faraco, Santilli Sobrinho, Amaral Netto e Silvio Abreu Júnior. Sala da Comissão, 17 de maio de 1978. -- João Arruda, Presidente - José Haddad, Relator. Emenda Adotada pela Comissão 2.° do art. 1.0 passa a ter a seguinte redação: "Art. 1.0 .......•........•..•......................•..... § 2.0 Os motoristas profissionais proprietários de apenas um veículo desde que o explore profissionalmente, tem direito a redução de 50% no pagamento do tributo de que trata este artigo." Sala da Comislião, 17 de maio de 1978. - JoOO Arruda, Presidente -- .José Hadáad, Relator. O § PROJETO DE LEI N.o 4.095-A, DE 1978 (Do Senado Federali Outorga. a regalia da prisão especial aos protessOrel! do ensino primário e do ensino médio; tendo pare~r. da Comissáô de Com.1ituiçáo e Justiça, pela constitucionali· dade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela. aprovação. (Projeto de Lei n.o 4.095, de 1977, a. que se refere ---o parecer.) O Congresso Nacional decreta: Art. 1.0 li: extensiva aos professores do ensino primário e do ensíno médio a regalia concedida pelo art. 295 do Código de Processo Penal, posto em vigor pelo Decreto-lei n,o 3.689, de 1941. Art. 2." Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Senado Federal, 9 de setembro de 1977. - Petrônio Portella. Presidente. LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELA COORDENAÇAO DAS COMISSOES PERMANENTES DECRETO-LEI N.o 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941 Código de Processo Penal LIVRO I Do Processo em Geral TíTULO IX Da Prisão e da Liberdade Provisória CAPíTULO I Disposições Gerais Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos à prísão antes de condenação definitiva: I - os ministros de Estado; II - os governadores ou interventores de Estados e Territórios, o Prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos munIcipais, os vereadores e chefes de Polícia; III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembléias Legislativas dos Estados; IV - as cidadãos inscritos no "Livro de Mérito"; V - os oficiais das Forças Armadas e do Corpo de Bombeiros; VI .:... os magistrados; VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República; VIII -- os ministros de confissão religiosa; IX _. os ministros do Tribunal de Contas; X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função; . XI - os delegados de policia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos. •••• ~ ••••• ~ •••••••••••••••••••••• & . 4194 Sábado 21 DlARIO DO CONGRtSSO NACIONAL (Seção [) PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA I - Relatório Oferecido pelo ilustre Senador Vasconcelos Torres e aprovado pelo Senado Federal, o Projeto de Lei n.o 4.095, de 1977 estende aos professores do ensino primário e do ensino médio a rell;211h\ da prisão especial, concedida pelo art. 295 do Código de Processo Penal. Para manifestação S"obre o mérito, assim como sobre a constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do projetado, em conformidade com o preceituado no art. 28, § 4.°, letra a, do Regimento Interno, é a matéria encaminhada a esta Comissão. l1l o relatório. 11 - Voto do Relator A proposição contempla matéria inserida na esfera de competência legislativa da União, em consonância com o-disposto no art.. 8.°, item XVII, letra b, da Constituição Federal. Obedece ao art. 56, estando excluida das "restrições previstas rIO art. 57, da Lei Maior, pois trata de assuzi'fo de competência concorrente, cuja iniciativa pode partir alternativamente do Poder Executivo ou do Congresso Nacional. A medida proposta é juridica, não ofendendo nenhum princípio de nosso Direito Positivo, estando redigida, ainda, em plena sintonia com a técnica legislativa. Quanto ao mérito, cumpre assinalar, preliminarmente, que o sistema penitenciário brasileiro, sem embargo dos esforços no sentido de aprimorá-lo efetuados pelas autoridades competentes, ainda é extremamente precário e deficiente. . Usualmente, sabe-se que os presos não gozam de condições mínimas de segurança, conforto e hígiene, vivendo em ambiente pouco menos que sórdido e promiscuo. Exatamente por essa razão, o Código de Processo Penal concede o privilégio da prisão especial a algumas categorias, como Ministros de Estado, Governadores, magistrados, diplomados em faculdades superiores, ministros de confissão religiosa e outros. Nesse contexto, a medida alvitrada se nos afigura de inteira justiça, pois os professores de ensino primário e médio, pela relevância e peculiaridades das funções que exercem, são merecedores da regalia em questão. Não nos parece justo, com efeito, que uma professora que haja cometido crime em legitima defesa, por exemplo, deva ser confinada com outras detentas, como prostitutas ou ladras. Por todas essas razões, nosso voto é pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, assim como pela ap1'Ovação, quanto ao mél'ito, do Projeto de Lei n.o 4.095, -de 1977. Sala da Comissão, 19 de abril de 1978. - Luiz Braz, Relator. III - Parecer da Comissão A Comissão de Constituição e Jus1i!~a, em Reuníão de sua Turma 'B", opinou, unanimemente, pelá éonstitucionalidade, juridicidade, técnica legislatíva e, no mérito pela aprovação do Projeto n. o 4.095/77, nos termos do parecer do Relator. Estiveram presentes os Senhorl!5 Deputados: Jairo Magalhães, Presidente; Luiz Braz, Relator; Altair Chagas, Celso Barros, Erasmo Martins Pedro, Fernando Coelho, Homero Santos, Ibrahim AbiAckel, Joir Brasileiro e João Gilberto. Sala da Comissão, 26 de abril de 1978. - Jairo Magalhães, Presidente - Luiz Braz, Relator. PROJETO DE LEI N.o 4.694-A, DE 1978 (Do Poder Executivo) MENSAGEM NP 041/'18 Dispõe sobre doação de lote, à Organlzaçã9 das Nações Unidas - ONU, pela Companhia Imobiliária de Brasília - TERRACAP; tendo pare~res: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalldade, juridicidade e técnica legislativa: c, das Comissões de Relações: Exteriores e de Economia, Indústria e Comércio, pela aprovação. (projeto de Lei n.o 4.694, de 1978, a que se referem os pareceres.l O Congresso Nacional decreta: Art. 1.0 A Companhia Imobiliária de Brasília - TERRACAP fica autorizada a doar imóvel à Organização das Nações Unidas - ONU, papa instalação de sua Representação no Pais. Art. 2.° Esta lei entrará em vigor na data de sua publlcaÇão, revogadas as disposições em contrário. Brasília, de de 1978. Mensagem n.o 041, de 1978, do Poder Executivo. Excelentíssimos Senhores membros do Congresso Nacional: Nos termos do artigo 51 da Constituição, tenho a bonra de submeter ã. elevada deliberação de Vossas Excelências, a_compa- Maio de 1111 nhado de Exposição de Motivos do Senhor Governador do Distrito Federal, o anexo projeto de lei que "dispõe sobre doação de lote, à Orga.nização das Nações Unidas - ONU, pela Companhia Imobiliária de Brasília - TERRACAP". Brasília, 31 de janeiro de 1978. - Ernesto Geisel. EXPOSIÇAO DE MOTIVOS N.o 01, DE 16 DE JANEIRO DE 1978. DO SENHOR GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL Ao Excelentissimo Senhor Ernesto Geisel PresidE'nte da República Federativa do Brasil Excelentíssimo' senhor Presidente da Rl"pública: Apresentamos à consideração de Vossa Excelência anteprojeto de lei que permitirá ser doado pela Companhia Imobiliaria. de Brasília - TERRACAP, à Organização das Nações Unidas. um imóvel para fixação em Brasilia da Representação daquela Organização Intemacional. Após estudos realizados verificou-se que tal doação não poderia ser concretizada através da União, tendo em vista o disposto no inciso VII do artigo 3.° da Lei n." 5.861, de 12 de dezembro de 1972: "Art.3.0 São comuns à NOVACAP e à TERRACAP as seguintes disposições: VII - encargo de doar à União e ao Distrito Federal os terrenos necessários a seus serviços"... (grifo nosso) A Lei n.o 6.294, de 15 de dezembro de 1975, prevê a doaçã.O' a Estados estrangeiros, para construção de sede de suas Missões Diplomáticas, e diz que deverá o Estado donatário conceder iguais privilégios ao Brasil. É uma condição que faz depender de base tl~ica na qual tenha. existência o ente do Direito Público Internacional. A ONU não tem possibilidade de atender a. esse requisito por não ter base territorial. A Carta das Nações Unidas, estabelece que a Organização g'ozará, no território dos Estados Membros, da "capacidade jurídica. necessária ao exercício de suas funções e à realização de seus propósitos", e nessa capacidade se inclui a relativa à aquisição de imóveis indispensáveis aos seus objetivos. Em decorrênda do exposto, para que se concretize a doação pretendida, há· necessidade de ser promulgada lei especifica, cujo anteprojeto anexamos a esta, e submetemos à alta apreciação de Vossa Excelência, para posterior encaminhamento ao Con~ gresso Nacional. Aproveitamos a oportunidade para renovar a Vossa Excelência protestos do mais profundo respeito, - Elmo Serejo Farias. Governador. PARECER DA COMISSAO DE CONSTlTUIÇAO E JUSTIÇA I - Relatório Através da Mensagem n.e 041/78, o Excelentissimo Senhor Presidente da República submete ao Congresso Nacional, seguinda preceito constitucional estabelecido no art. 51 de nOSsa Carta Magna, o projeto de lei que "dispõe sobre doação de lote, à Organização das Nações Unidas - ONU, pela companhia Imobiliária de Brasília - TERRACAP", O documento presidencial se faz acompanhar de pertinente Exposição de Motivos do Senhor Governador do Distrito Federal. Nela Sua Excelência fala da necessidade da promulgação de lei específica pelo Congresso Naci<mal para que possa se concretizar a doação do terreno onde deverá ser erguido o imóvel para instalação da representação desse organismo internacional no Brasil, mais especificamente em Brasília. A Constituição Federal em seu art. 51 assegura ao Presidente da República o envio ao Congresso Nacional de projetos de lei sobre qualquer matéria. A Lei n.O 5.862, de 12 de dezembro de 1972. no 'inciso VII de seu art. 3.0, estabelece a competêncía da NOVACAP e TERRACAP para o "encargo de doar à União e ao Distrito Federal os terrenos necessários a seus serviços", dentro da área que especifica. A Lei n.o 6.29'4, de 15 de dezembro de 1975, em seu art. 1.°, por sua vez dispõe que na doação de lotes a Est,ado estrangeiro para instalação de sua representação diplomática no Brasil, eSSa. terá que ser efetuada pela TERRACAP, tendo como cláusula obrigatória a retribuição de igual direito para a nOSSa Missão Diplomática naqueles países. Data de 1945, ocasião em que- foi fundada a Organização das Nações Unidas, a assinatura de sua Carta pelo Brasil, documento esse elaborado peJ.os representantes de cinqüenta nações presentes à Conferência sobre organização Internacional, reunidos de DJARIQ DO CONGRESSO HAClON1U.. Mal\) de 1978 'lll!=1..............""""'......"""""'==. tl o 25 de abril a 26 de junho desse ano, em São Francisco, na Califórnia, Estados Unidos. . A Mensagem do Senhor Governador do Disti'ito Federal res.salta que "a Carta das Nações Unidas estabelece que a Organização gozará, no território dos Estados Membros, da "capacidade jurídica necessária ao exercício de suas funções e à realização de seus propósitos", e nessa capacidade se inclui a relativa à aqui,lÍção de imóveis indispensáveis aos seus objetivos". Em face da legislação disciplinadora do assunto, nada há a obstar â doação pela TERRACAP do imóvel proposto. II - Voto do RelatOl' Somos, portanto, de parecer pela constitucionalidade, juricli<cidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei n,o 4.694, de 1978. (8e~i.o }) Sábado 27 4195 =====.==""""'' ' ' ' ' .......==~= .......~.......''''''''''~'''''''''''''''''======".,.,.~ =""==~.-'""""'~== .............. , Sala da Comissão, 29 de março de 1978. Relator. . Joaquim BevilacqlJ1a; UI ..:... Parecer da Comissão A Comissão de Constituição e Justiça, em reUl1lao de sua Turma "B", opinou, unanimemente, pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do projeto n.o 4.694/78, nos t.ermos do parecer do Relator. Estiveram presentes os Senhor~s Deputados: Jairo Magalhães, Presidente; Joaquim Bevilacqua., Relator; Blota Júnior, Gomes da Silva, Henrique Córdova, João Gilberto, Lidovino Fanton, Luiz Braz, Nunes Rocha, Tarcísio Delgado e Theobaldo Barbosa: Sala da Comissão, 5 de abril de 1978. - Jairo l\lagalhães, Presidente - Joaquim Bevilacqua, Relator. PARECER DA COMISSÃO DE RELAÇõES EXTERIORES 1- Relatóril} Com a Mensagem n.O 041, de 31 'de janeiro de 1978, acompanhada de Exposição de Motivos do Sr. Governador do Distrito Federal, submete o Ex.mo Sr. Presidente da, República à deliberação do Congresso Nacional projeto de lei mediante o qual se visa autorizar a Companhia Imobiliária de Brasília - TERRACAP, a doar imóvel à Organização das Nações Unidas - ONU, para a instalação de sua Represootação no Brasil. Conforme explicitado estâ na Exposição de Motivos .supra-refe. rida, a doação que se pretende seja autorizada não se inclui na autorizacão amplamente dada pela Lei n.o 6.294, de 15 de dezembro de í975, em face de que, no presente caso, seria imp?ssivel a reciprocidade de tratamento prevista nessa lei autorizatlva ne doações de imóveis a Estados estrangeiros para a construção da .sede de suas Missões Diplomáticas. De passagem não é ocioso registrar-se ser correta a autorização dada à TERRACAP e não ao Governo do Distrito Federal, mõnio dessa entidade é pertencente à União. Em face dessa ci'rcunstância não selia tecnicamente correto autorizar o Governo como errôneo poderia parecer, em principio, ter-se como destinatário da lei a entidade do Distrito Federal e não ele próprio. E isto porque embora entidade do Distrito Federal, 49% do patriNaclonal no exercitamento de sua competência constitucírnal de do Distrito Federal a 'proceder à doação, legislando o Congresso .casu, se autoriza, também, à TERRACAP é a alienação de parte expedir as leis necessárias ao Distrito Federal, porque o que, in do patrimônio da União, porque a ela pertencem 49% dos bens da referida entidade. Assinalado esse aspecto da legitimidade da lei que se pretende ser editada, passamos a examinar a presente proposicão tendo em vista os objetivos que a justifiquem aos 01110.5 da Nação, isto é, tendo em vista os interesses do povo brasileiro. Sem dÚVíd~ alguma, a doação que se tem em vista seja autori?ada interessa sobremodo à Nação brasileira desde quando, por ela. está-se dando o primeiro passo para que; um dia, não tenhamos a Capital brasileira como sede de uma simples Representação da Organização das Nações Unidas, mas como sede da própria entidade criada com os melhores propósitos de assegurar não só a paz mundial, mas fixar, e111 bases firmes, os compromissos de cada membro seu de atuar no sentido da distribuição da justiça soci:ól.l em cada país, sem o que aquele objetivo não passará do terrl~no da mera conjectura ou o das aspirações ilusoriamente acalentadas. O fato da excepcional localização de Brasília, t.endo em vista os objetivos da segurança, por afastada de qualquer grande -centro naturalmente vulnerâvel, considerando-se propósitos de natureza bélica, somado à circunstância de sermos um Pais por natureza pacífico, levam a que possamos aspirar ver a Capital brasUeira como hospedeira da maior e mais significativa entidade internacional criada sob a instigação do ansiado desejo de paz e hal'monia entre as nações. MaiS não seria necessário dizer para justificar a pertinência da presente proposição, Não podemos deixar de assinalar, no entanto, não quanto ao mérito da medida em si. plenamente justificada, mas quanto à forma de proceder segundo cogitado no projeto, que ela não dá aquela certeza de segurança necessária à garantia. do patrimônio público, ao nã[\ se ~ixar e delimitar o imóvel a ser doado. Mas tal enfoque afigura-se-nos que só poderia merecer reparos se feitos pela douta Comissão de Constituição e Justiça, que proporia, se assim entendesse necessário, modificações na redação do projeto com o objetivo de apontar-se o imóvel a ser doado, com a indicação da respectiva área. II - Voto do Relator Pelas razões precedentemente alinhadas, o nosso parecer e, conseqüentemente, o nosso voto - é no sentido de que esta Comissão se manifeste favoravelmente à aprovação do Projeto de Lei n,o 4.694, de 1978. Sala da Comissão, de abril de 1978. - Rogél'Ío Rego, Relator. 111 - Parecei' da Comissão A Comissão de Relações Exteriores, em sua 5,8. reumao ordinária, realizada no dia 3 de maio de 1978, opinou, unanimemente, pela aprovação do Projeto n,o 4.694/78, do Poder Executivo Mensagem n,O 041/78. que "dispõe sobre doação de lote, à Organização das Nações Unidas - ONU, pela Companhia Imobiliária de Brasília - TERRACAP", nos termos do Relator, Deputado Rogério Rego. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Marcelo Linha.res, Presidente; José Machado e Padre Nobre, Vice-Presidentes; Antunes de Oliveira, Hugo Napoleão, Flávio Marcilio, Teotônio Neto, Joaquim Coutinho, Lins e Silva, Thales Ramalho, Raymundo Diniz, ,Rogério Rego, Ário Theodoro, Brigido Tinoco, Francisco Studart, Mac Dowell Leite de Castro, Cotta Barbosa, Murilo Badaró, Nogueira de Rezende, Adalberto Camargo, Dias Menezes, Faria Lima, Ulysses Guimarães, Ubaldo Barém, Antônio Ueno, OUvir Gabardo, Fernando Gama, Adhemar Ghisi, Pedro Colln, Carlos Santos, Cid Furtado, Jairo Brum e Norberto Schmidt. Sala da Comissão, 3 de maio de 1978. Presidente - R1ogério Rego, Relator. Marcelo Linhal'es, PARECER DA COMISSAO DE ECONOMIA, INDÚSTRIA E COMÉRCIO I - Relatório Exanfinado quanto aos aspectos da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa pela Comissão de Constituição e Justiça e sobre o mérito na Comissão de Relações Exteriores, vem à apreciação desta Comissão de Economia, Indústria e Comércio, o Projeto de Lei n.O 4.694, de 1978, do Poder Executivo, dispondo sobre a doação de lote à Organização das Nacões Unidas - ONU, pela Companhia Imobiliária de Brasília - TERRACAP, encaminhado através da Mensagem n.o 041/78 do Excelentissimo Senhor Pl'esidente da República e com Exposição de Motivos do Senhor Governador do Distrito Federal. Desprovida de qualquer vicio que atente contra a constitucionalidade, juridicídade e técnica legislativa, mereceu a proposição acolhida unânime da Comissão de Constituição e Justiça, decisão também adotada pela Comissão de Relações Exteriores, que se mostrou atenta ao exame do mérito, não descurando sequer de explicar as razões pelas quais não o Governo do Distrito Federal mas a TERRACAP, seria autorizada a promover a doação. Além dos aspectos focados no brilhante parecer do nobre Deputado Rogério Rego, na Comissão de Relações Exteriores, por opol'tuno. para justificar a pertinência da proposIção, salientamos a Importância e repercussão que haverão de advir do fato de a ONU fixar uma representação em nossa Capital Federal, notadamente nessa quadra da vida política internacional em que o Brasil se firma no contexto das demais nações como potêncía emergente. As viagens do Excelentissimo Senhor Presidente Ernesto Geisel à Europa e Oriente, assim como a posição desassombrada tomada pelo Brasil na questão do aproveitamento da energia nu~lear projetaram sobremodo nosso Pais no exterior, merecendo especial atenção dos demais povos, notadamente das comunidades internacionais mais desenvolvidas. A presença em Brasília de uma representação da ONU. além de reforçar ainda mais nossa imagem no exterior, haverá de possibilitar a concentração, na Capital Federal, de escritórios de várias entidades ,da Organização das Nações Unidas. do que são exemplos a FAO, OMS e UNESCO, aqui já atuando nos campos da educação, saúde e agricultura, com resultados amplamente satisfatórios. 4196 Sábado 27 DL4.1UO DO CONGRESSO NACIONAL <Seçio o lote a ser doado à ONU, embora não delimitado no Projeto de Lei n.o 4.694, de 1978, haverá de atender às conveniências tanto da TERRACAP quanto da Organização das Nações Unidas. II - Voto do Relator Julgando válida e meritória a iniciativa que o Projeto de Lei n.o 4,694, de 1978, encerra. opinamos por sua aprovação nesta Comissão de Ec?nomia, Indústria e Comércio. Sala da Comissão, Augusto Trein, Relator. DI - l"are('~er da Comissà(} A Comissão de Economia, Indústria e Comércio, em reumao ordinária realizada em 17 de maio de 1978, aprovou por unanimidade o parecer do Relator, Deputado Augusto Trein, favorável ao Projeto de Lei n,o 4.694/78, que "dispõe sobre a doação de lote, à Organização das Nações Unidas - ONU, pela Companhia Imobiliária de Brasília - TERRACAP", Compareceram os Senhores Deputados: João Arruda, Presidente; Genervino Fonseca, Vice-Presidente da Turma "A"; Igo Losso, Vice-Presidente da Turma "B"; Augusto Trein, Relator; Amaral Furlan, Angelino Rosa, Aldo Fagundes, José Haddad, Laerte Vieira, Herbert Levy, A. H. Cunha Bueno, Carlos Wilson, Harry Sauer, Norton Macedo, Antônio Carlos de Oliveira, Léo Simões, Fernando Gonçalves, Daniel Faraco, Santilli Sobrinho, Amaral Netto e Silvio Abreu 'Júnior. Sala da Comissão, 17 de maio de 1978. - João Arruda, Pre,sidente - Augusto Trein, Relator. PROJETO DE LEI N.o 4.696-A, DE 1978 (Do Poder Executivo) MENSAGEM N," 43178 Altera dispositivos da Lei n." 4.769, de 9 de setembró de 1965, que dispõe sobre o exercício da profissão de Técnico de Administração; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; e, da Comissão de Trabalho e Legislação Social, pela aprovação, com emenda. (Projeto de Lei n.O 4.696, de 1978, a que se referem os pareceres.) O' Congresso Nacional decreta: Art. 1.0 O artigo 8.(~ da Lei n.'" 4.769, de 9 de setembro de 1965, fica acrescido da seguinte alínea: "g) eleger um delegado e um suplente pura a assembléia de eleição dos membros do Conselho Federal, de que trata a alínea li. do artigo ~."" . Art. 2." A alínea a do artigo 9.0 e o artigo 11 da Lei referidâ no artigo antei'ioI' passam a vigorar com a seguinte redação; "a) 9 Inove) membros efetivos. eleitos em escrutínio secreto e maioria absoluta de votos, em assembléia dos délegados dos Conselhos Regionais, que, por ,sua vez, elegerão, entre si. o respectivo Presidente: Art. 11. Os Conselhos Regionais de Técnicos de Admini1ltracão serão constituidos de 9 move) membros, deitos ('m escrutinio secreto e maioria absoluta de votos, em assembléia dos registradus em cada região e que estejam em gozo de seus direitos profissionais." Art. 3.° Esta lei entrará em vigor -na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Brasília, dt' de 1978. LEGISLAÇiW ClTADA LEI N.o 4.769, DE 9 DE SETEMBRO DE 1965 Dispõe sobre o exercido da pl'Ofissão de Técnico de Administração, e dá outras providências. Art. 8." Os Conselhos Regionais de Técnicos .dl' Administr;).* ção (CRTA). com sede nas Capitais dos Estados e no Distrito Federal, terão por finalidade: a) dar execução ás diretrizes formuladas pelo Conselho Fe~ deral de Técnicos de Administração; . b) fiscalizar, na área da respectiva jUlisdição, o tlxercício da profissão de Técnico de Administração; c) organizar e manter o registro de Técnicos de Administração; d) julgar as infrações e impor as penalidades referidas nesta ~: . e) expedir as carteiras profissionais dos Técnicos de Administração; I) Maio de 1111 f) elaborar o seu regimento interno para exame e aprovação pelo CFTA. Art. 9.0 O Conselho Federal de Técnicos dl;' Administracão compor-se-á de brasileiros l1atos ou naturalizados, que satisfaçam as exigências desta Lei, e terá a seguinte constituição: a) nove membros efetivos, eleitos ·pelos representantes dos sindicatos e das associações profissionais de Técnicos de Administração, que, por sua vez, elegerão dentre si o seu Presidente; b) nove membros eleitos juntamente com os membros efetivos. Parágrafo único. Dois terços, pelo menos, dos membros efetivos, assim como dos membros suplentes, serão necessariamente bacharéis em Administração, salvo nos Estados em que, por motivos relevantes, isso não seja possivel Art. 10. A renda do CFTA é constituida de: a,) vinte por cento (200/;) da renda bruta dos CRTA, com l.'xceção dos legados. doações ou subvenções; b> doações e legados; c) subvenções dos Governos Federal, Estaduais e Municipais, ou de empresas e instituições privadas; d)· rendimentos patrimoniais; e) rendas eventuais. Art. 11.. Os CRTA serão constituídos de nove membros, eleitos da mesma forma estabelecida para o órgão federaL MENSAGEM N.O 043, DE 1978 IDo Poder Executivo't Excelentíssimos Senhores Membros do Congresso Nacional: Nos termos do artigo 51 da Constituição, tenho a honra de submeter à elevada deliberação de Vossas Excelências, acompanha* do de Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado do Trabalho, o anexo projeto de lei que "altera dispositivos da Lei n.o 4769, de 9 de setembro de 1965, que dispõe sobre o exercicio da profissão de Técnico de Administração". Brasília, 9 de fevereiro de 1978. - Ernesto Geisel. :EXPOSIÇAO DE MOTIVOS N.o 03, DE 18 DE JANEIRO DE 1978. DO SENHOR MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO Excelentissimo Senhor Presidente da República Tenho a honra de submeter á elevada consideração d€~ Vossa Excelência o incluso anteprojeto de lei. cujo objetivo é a alteração de alguns diqpositivos da Lei n.<' 4.769, de 9 de setembro de 1965, disciplinadora do exercicio da profissão de Técnico de Admimstração, a fim de normalizar o processo' eleitoral nos respectivos Conselhos Ff'deral e Regionais. 2" O diploma leRal supracitado. em seu artigo 9.°. alínea a, determinou que os membros do Conselho Federal deveriam ser "eleitos pelos representantes dos sindicatos e das associações profissionais de Técnicos de Administração", e, no artigo 11, a mesma forma estabelecida para o órgão federal deveria set: adotada para escoiha .dos membros dos Conselhos Regionais. Estabcleceu, portanto, nas duas instâncias da autarquia. o processo eleitorai indireto, para escolha dos membros das respectivas diretorias. 3. Ocorre que a inexistência de ~indicatos e associações profissionais em número e área capazes de implementar o cumprimento das exIgências consubstanciadas naquelas disposições legaís impossibilitou. de plano, a realiza<;ão de eleições nos citados Conselhos, logo nos primeiros anos que se seguiram à publicação da leI. Conseqüentemente, aquele Conselho Federal vive em situação de prática intervenção, por falta de condiçõe.s para a legal eieição dos seus dirigentes. 4. Por outl'O lado, o sistema preconizado de eleições, pela via. indireta, não cOl"responde aos reclamos da estrutura e finalidade do órgão, a par da impossibilidade já demonstrada de atingir aos objetivos da lei em vigor, no que concerne à criação de sindicatos e associações. 5. A presente proposição terá' o mérito de solucionar o problema de que se cogita, pois, instituindo o sistema de eleições diretas nos Conselbos Regionais, e indiretas no Federal, mas realizadas por delegados indicados pelos Técnicos" de Administração, atravé's dos órgãos regionais. ao invés de representantes de sindicatos e associações, proporcionará, seguramente, os meios adequados à. estruturação administrativa da entidade. 6. Com essas considerações, espero ter apresentado os fundamentos, bem como prestado os esclarecimentos necessários para Maio de 1978 DIARIO DO CONGltESSO NACIONAL lSeçio'lJ Sábado :37 4191 "E~:::O"""======OO====~===========IO!l!!O===="""'============================="""", me'lhor compreensão dos termos do já mencionado anteprQjeto de lei. Valho-me do ensejo para apresentar a Vossa Excelência mEms protestos do mais profundo respeito. - ArnaldoPrillto. PARECER DA COMISSAO DE CONSTITU~ÇAO E JUSTIÇA I - Relatório Através de Mensagem n.o 43/78, o Poder Executivo encaminhou à deliberação do Congresso Nacional o projeto de lei em exame, que, arrimado em Exposição de Motivos articulada pelo Ministro do Trabalho, objetiva alterar a Lei n.o 4.769, de 9 de setembro de 191)5, para acrescentar a alinea g ao seu artigo 8.0 e dá nova redação a alínea a do artigo 9.0 e ao artigo 11. As modificações pretendidas visam, "em síntese: a) "tornar diretas as eleições para os membros dos Conselhos Regionais de Técnicos de Administração; b) facilitar a eleição dos membros do Conselho Federal de Técnicos de Administração, porque até hoje, como confessa o próprio Ministro do Trabalho, o Conselho "viVe em situa~ ção de prática intervenção, por falta de condições para a legal eleição de seus dirigentes." É o relatório. II - Voto do Relator O projeto de lei em análise, além de constitucional, é jurídico e obedece a boa técnica legislativa. Na forma regimental, o exame do mérito cabe à Comissão de Trabalho e Legislação Social. Somos pela aprovação. Sala das Sessões, 9 de março de 1978. - Afrísio Vieira Lima, Relator. III - Parecer da Comissão A Comissão de Constituição e Justiça, em reunião de sua Turma "B", opinou, unanimemente, pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto n. o 4.696178, nos termos do parecer do relator. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Jairo Magalhãe.o;; - Presidente; Afrísio Vieira Lima - Relator; Claudino Sales, Gomes da Silva, Ibrahim Abi-Ackel, Jarbas Vasconcelos, Joaquim Bevilacqua. José Bonifácio Neto, Luiz Braz, Nunes Rocha, Ricardo Fiúza, Tarcisio Delgado, e Wilmar Guimarães. Sala da Comissão, 16 de março de 1978. - Jairo Magalh~ies, Pre.sidente - Afrísio Vieira Lima, Relator. PARECER DA COMISSÃO DE TRABALHO E LEGISLAÇAO SOCIAL I - Relatório Com fundamento no art. 51 da Constituição, o Ex.tl'A Sr. Presidente da República submeteu à deliberação do Congresso Nacional -- acompanhado de Exposição de Motivos do Ministro do Trabalho - o presente projeto, a propor alterações para a Lei n.O 4.'/69, de 9-9~65, que dispõe sobre o ·exercício da profissão de Técnico dé .Administração. Cinge-se a primeira dessas modificações a aditar, ao art. 8.0 , disciplinador das finalidades dos Conselhos Regionais <le Técnicos de Administração ICRTAJ, a seguinte alínea: "g) eleger um delegado e um suplente para a assembléia de eleição dos membros do Conselho Fed,eral, de que trata s. alínea a do artigo 9.°". A alinea "a", do art. 9.°, também teve a redação"alterada para os termos que se seguem: a) 9 (novei membros efetivos, eleitos em escrutinio secreto e maioria absQluta de votos, em assembléia dos delegados dos Conselhos Regionais, que, por sua vez, elegerão, entre si, o respectivo Presidente;" Finalmente, para o art. 11 Ioi proposto o texto a,bai;<o: "Os Conselhos Regionais de Técnicos de .'\dministração serão constituidos de 9 (novel membros, eleitos em escrutinio secreto e maioria absoluta de votos, em assembléia dos registrados em cada região e que estejam em gozo de seus direitos profissionais." Na Exposição de Motivos, explicitou o Ministro Arnaldo Prieto que, consoante ora prevê o art. 9.0 da Lei 4.769/65, na alínea "a", os membros do Conse1l1o Federal são eleitos pelos repres('ntante~ dos sindicatos e das associações profissionais de Técnico~ de Administração.. e, no artigo lI, a mesma forma estabelecida para o órgão federal é adotada para escolha dos membros dos Conselhos Regionais. Estabelece, portanto, nas duas instâncias da autarquia, o processo eleitoral indireto, para escolha dos membl'os das respectivas diretorias. •• Inexistindo todavia, "sindicatos e associações profissionais em número e área capazes de implementar o cumprimento das exigên~ elas consubstánciadas naquelas disposições legais. ImpOllsi1;lilítou, de plano, a realização de eleições nos citados Conselhos, logo nos primeiros anos que se seguiram à publicação da lei. ÜQnseqüentemente, aquele Conselho Federal vive em situação de prática intervenção, por falta de (londições para a legal eleição dos seu;; dirigentes." Alçada em lei a proposição, fil1.alizou o Ministro, "terá o mérito de solucionar o problema, pois, instituindo o sistema de eleiçõe.3. diretas nos Conselhos Regionais, e indiretas no Federal, mas reali-· ~adas por delegados indicados pelos Técnicos de Administração, através dos órgãos regionais, ao invés de representantes de sindicatos e -associações, proporcionará, seguramente, os meios adequados à estrutura administrativa da entidade." Viu-se a. iniciativa do Poder Executivo distribuída ao exame das Comissões de Constituição e Justiça e de Trabalho e Legislação SociaL Do primeiro desses órgãos técnicos mereceu parecer, unanimemente aprovado, pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, nos termos do Relator, o nobre colega Afrisia Vieira Lima. Nesta Comissão avoquei o projeto. jj; o relatól"Ío. . II - Voto do Relator São pmcedentes as modificações propostas para a Lei núme- ro 4.769/65. " Todavia, nada consta no presente projeto, nem no diploma legal em foco, a respeito do número necessário de Técnicos de Administração para a instalação de um Conselho Regional. Assim sendo, .manifestando-nos pelo acolhimento do Projeto n.o 4.696/78, e registrando alvissareiramente o aperfeiçoamento que vai imprimir a-o sistema de eleições, que passará a ser direto, apresentamos a Emenda anexa, para acréscimo de parágrafo ao art. 8.0, a fim de tomar obrigatória a instalação do CRTA nos Estados que contem mais de trezentos Técnicos de Administração inscritos. É o voto. Sala da Comissão, 13 de abril de 1978. - Wilmar DaUanhol. Relator. In -Parecer da' Comissão A Comissão de Trabalho e Legislação Social em sua reUnIa!) ordinária, realizada em 13 de abril de 1978, opinou unanimemente pela Aprovação do Projeto de Lei n. o 4.696, de 1978, nos termos da Emenda apresentada pelo Relator, Deputado WJlmar Dallanhol. Estiveram presentes os seguintes Senhores Deputados: Luiz Rocha, Vice-Presidente no exercício da Presidência, Wilmar Dallanhol, Argilano Dario, Alvaro Gaudêncio, Arnaldo Lafayette, Aroldo de Carvalho, Freitas Nobre, Frederico Brandão, Gastão MulIer, João Alves. Mario Frota, otávIo Torrecilla, Ruy Brito, Vilmar Pontes, Wilson Braga, Rezende Monteiro, Gamaliel Galvão, S~mtos Filho e Peixoto Filho. Sala da ComIssão, 13 de abril de 1978. - Lui~ Roc1la, Vice-o Presidente, no exercício da Presidência - Wilmar D,\l1anhol, Relator. Emenda adotada pela Comissão Remunerado para 4.° o art. 3.0, imprima~se a este a redação seguinte: Art. 3.0 Acrescente-se ao art. 8. 0 da Lei n. O 4.769, de 9 de setembro de 1965, o parágrafo que se segue: Parágrafo único. Nos Estados, que contem inscritos mais de trezentos Técnicos de Administração, é obrigatór-ia a instalação do Conselho Regional de Técnicos de Administração. _ Luiz Rocha, Vice-Presidente, no exercicio da Presidência - Wilmar Dallanhol, Relator. PROJETO DE LEI N.o 4.703-A, DE 1978 (Do Poder Executivo) MEN,SAGEM N,o 060/78 Concede pensão especial a Maria Aparecida da Silva Fonseca e dá outras providências; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionali~ dade, juridicidade e técnica legislativa; e, da Comissão de Finanças, pela aprovação. '-. (Projeto de Lei n.o 4" 703, de 1978, a que se referem os pareceres.) O Congresso Nacional decreta: Art. 1.0 Ê concedida a Maria Aparecida da Silva Fonseca" filha de João Pedro da Silva e de Maria Florinda da Silva, consi- IJi8 Sábado ~ Dl:c\mO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) der·ada inválida, em conseqüência de disparo acidental de arma de fogo, durante o desfile mllltar do dia 7 de setembro de 1955, em Juiz de Fora, Minas Gerais, pensão especial, mensal, equivalente a duas vezes o maior salário mínimo do país. Art. 2.0 O beneficio instituido por esta lei é intransferível e inacumulável com quaisquer rendimentos recebidos dos cofr.es públic08, inclusive pensão previdenciária, ressalv·ado o direito de opção, e extlnguir-se-á com a morte do beneficiário. Art. 3.0 A despesa decorrente desta lei correrá a conta de Encargos Gerais da União - Recursos sob a supervisão do Ministério da Fazenda. Art. 4.° Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, l'evogadas as disposições em contrário. Brasilia, de de 1978. MENSAGEM N.o 60, DE 1978 (do Poder Executivo) Excelentissimos Senhores Membros do Congresso Nacional: Nos termos do artigo 51 da Constituição, tenho a honra de submeter à elevada deliberação de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado do Exército, o anexo projeto de lei que "concede pensão especial a Maria Aparecida da Silva Fonseca, e dá outras providências". Brasília, 3 de março de 1978. - Ernesto Geisel. Maio de 11'11 João Gilberto, Joir Brasileiro, Luiz Braz, Nóide Cerqueira. e Theobaldo Barbosa. Sala da comissão, 27 de abril de 1978. - :Jairo Ma.plhie•• Presidente - Claudioo Sales, Relator. PARECER DA COMISSAO DE FINANÇAS I e 11 - Relatório e Voto do Relator Durante uma parada militar, no remotÍBllimo ano de 1955. Maria. Aparecida da Silva Fonseca foi vitima de acidentais disparos de metralhadora, deixando-a inválida. Em face desse fato, o Poder Executivo encaminhou ao Congresso Nacional a presente Mensagem, cujo objetivo é conceder uma pensão especial, men8a~, equivalente- a duas vezes o maior salárío mínimo do Pais. A Comissão de Constituição e Justiça ao examinar a proposição con.siderou-a de boa técnica legislativa e ajustada às diretrizes de juridieidade. Sob o ãspecto financeiro, foi prevista a fonte de recursos para fazer face a. tais encargos, pelo que esta Comissão emite o seu. parecer favorável Quanto à aprovação da 'presente proposição. Sala da Comissão, 24 de maio de 1978. - Adriano Valente, Relator. m - Pareeer da ComislJão A Comissão de FinançlUl, em sua. reunião ordinária, reaUzada. no dia 24 de maio de 1978, opinou, unanimemente, pela aprovação do parecer do relator. Deputado Adriano Valente, favorável ao Projeto de Lei n.O 4.703178, do Poder Executivo (Mensagem n.o 60/78,) . Estiveram presentes os Senhores Deputados Ruy Côdo, Presi'dente, J08é Ribamar Machado, Vice-Presidente, Jorge Arbage, João Cunha, Epitácio Cafeteira, Carlos Alberto Oliveira, Gomes do Amaral, Dias Menezes, Emanoel Waisman, Atblé Coury, Homero Santos, Moacyr Dana, Roberto Carvalho, Pinheiro Machado, João Menezes, Odacir Klein, Dymo Pires, Florim coutinho, Antônio José, Adriano Valente, José de Assis, Jorge Vargas, José Alves e João Ca.'ltelo. Sala da Comissão, 24 de maio de 1978. - Ruy Côdo. Presidente - .Adriano Valente, Itelator. PRO.JETO DE LEI N.o 4.881-A, DE 1978 (Do Poder Executivo) MENSAGEM N.o 126/78 Altera a diretriz da f,errovia EF-463 inteçante do PIano Nacional de Viaçio, aprovado pela Lei D.O 5.917, de 10 de setembro de 1973; tendo pareceres: da Comissão de EXPOSIÇAO DE MOTIVOS N.o 14, DE 24 DE JANEIRO DE 1978, DO SR. MINISTRO DE ESTADO DO EXÉRCITO. Excelentissimo Senhor Presidente da República Tenho a honra de submeter à elevada consideração de Vossa Excelência o Anteprojeto de Lei anexo, pelo qual a União concede amparo a Maria Aparecida da Silva Fonseca,. residente na cidade de Chácara, município de Juiz de Fora, Minas Gerais, vítima de um disparo acidental de metralhadora, quando assistia à' parada do dia 7 de setembro de 1955, em Juiz de Fora, Minas Gerais. O lamentável acidente foi objeto de Inquérito Policial-Militar, ln.staurado por ordem do Comand·ante da '4." Região Militar, no qual ficou caracterizada a responsabilidade civil da União. A vitima teve perda parcial da coxa direita. por amputação clrúrgic.a. ao nível do terço médio, sendo c.onsiderada inválida. Com profundo respeito, - Fernando Bethlem. PARECER DA COMI88AO DE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA I e n - Relatório e Voto do Relator A proposição visa outorgar pensão vitalícia a Maria Apareciaa da Silva Fonseca, inválida em virtude de ter sido alcançada por disparo acidental de anna de fogo durante parada. militar no remotíssimo ano de 1955. A propOBição enquadra-se na área de competência. do Executivo, ajusta-se às diretrizes de juridicidade e atende 08 reclamos. da boa técnica legislativa, na nossa opinião. sendo estes os aspectQs que nos competem nesta Comissão emitim08 nosso parecer favorável à aprovação da proposição. Sala da Comissão, 27 de abril de 1978. - Claudino Sales, Relator. m - Pare!ler da. Comissão A Comissão de Constituição e Justiça, em reunião de sua. Tur'lUa "A", opinou, unanimemente, pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto n.O 40.703/78, nos tennos dG parecer do Relator.. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Jairo Magalhães - Presidente, Claudino SaHes, Relator, Antônio Morimoto, Celso Barros, Eloy Lenzl, Erasmo Martins Pedro, Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica leflslativa; e, da. Comisaão de Transportes, pela aprovação. (Projeto de Lei n,o 4.881, de 1978, a que se referem Oll pareceres.) o Congreaso Nacional decreta: Art. 1.° A Relação Descritiva das Ferrovias do Plano Nacional de Viação, aprovado pela Lei n.O 5.917, de 10 de setembro de 1973, é alterada na lonna seguinte: LIGAÇõES EF-4063 - Ipatinga-Capitão Martins-Ponte NOV8-Ubá-Lígação-Recreio-Porto Novo-Três Rios-MG-aJ'. Extensão,: .471 km Art. 2.° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em cGntrário. Brasília, de 1978. LEGISLAÇAO CITADA . LEI N.o 5.917, DE 10 DE SETEMBRO DE 1973 ANEXO Unidade. da Federação EF 366 369 Extensão (km) Panorama-Bauru-ltirapina. Ourinhos-Apucarana-Guaíra-Porto Mendes ., ..•.....•. "•.• < o , • • • • , o , SP . < , , SP-PR " , " , o , < , , < , • " •• < o , , <" < o •• , o • < o , •• , • o SlIperpoliçáo • EF km 535 683 <continua) SábadQ ~n4199 OIARIO 00 CONGRESSO NACION,u, {Seção n =,,.;,,,,,,,,.=========__==....",,,,,_,,,;,,~~,,:z==========,,,...========""=====""" __==_=====- t:::::,::.._-~_",,,,~~.,,, __ 401 -'lO·! 405 Hf} 415 418 \l2D 430 4-15 455 457 '158 459 461 462 463 ,serra do Navio-Port.o Sàntan;\ Luís Correia-En~rom:. e/E!!'-225 .... Fortaleza-Sobral-CmtotJs Entronc.. c/EF-415-Ateia 8ralwfl'Mossoró-SouZ;t Macllu-Natal-\i;nt.ronc, (;1 E1"-101 Ribeirão fEF-IOli-Barreiros . Entronc, c/EF-lDI-Maccí6 IJaraguá, Entronc, c/EF-116-SrtO Fralle\:;co j Alagoínhasl C am pin !lo- UJJai ta ba-Jellu ié- En t tu ne c/EF-025 GOIànb-Roncnclor Diamantina-Govcm,1dor Valmlare:> São Pt'dro rIbhl\"Ubt'l~aba .' .Itabira-Entronc, t:/EF-~62 . Capitão Ednardo-Enr,ronc. cfEF-262Belo Valc-Joaqmm Murtinhu Três RIOs-Governador ?ortela-Migucl Couto-Duque dI.' Caxias-Rio de Janeiro ..... ,. Pont.e-Novll-Migucl Bumicr Costa Lacerda-Fazenda Alegria (~n gucl Burnicrl-FábriC::I ., Ipa tll1ga-Capí tão'Martins-l?on te Nova- Ubá-Ligação-Furtadl) CamposBicas-Três Rios "'" ,. AP ...... PI 0 . 0 . ' . CE RN-PB RN PE AL UH 31Q 442 320 235 56 75 317 8A 364 ao 225 MG MG MG 240 :173 Ma 103 RJ-GB MG 146 MG 109 MG-RJ 412 MENSAGEM N.O 126, DE 1978 (Do Poder Executivo) E'Xcf'll"ntíssimos Senhores Membros do Congresso Nacional: Nos termos do artigo 51 da Constituiçào, tenho a honra de submeter à elevada d,:liberacão de Vossas Excelências, acompanhado de Exposlcão de Motivos do Senhor Ministro de Estado dos 'Transportes, ó anexo projeto de lei que :'altera a diret.riz da ferrovb EF-!63 integrante do Plano Nacional de Viação, aprovado pehl Lei n." 5 917, de 10 éle setembro de 1973". Brasília. 11 de abl'lJ de 1978, - Ernesto Geisel. EXPOSIÇAO DE MOTIVOS N,ó 002, DE 14 DE MARÇO DE 1978, :00 MINISTÉRIO DOS TRANPORTES Excelentissimo Senhor Presidente da República Tenho a honra de submeter à consideração de Vossa Excelência o anexo Anteprojeto de Lei. que objetiva alterar a diretriz cla Ft'rrovia EF-463 -.- Ipatinga-Capitão Mart.ins-Ponte Nova-UbáLigacão-Furtado de Campos-Bicas-Três Rios, integrante dtl telação descntiva das Ii'eITovws do SIstema Ferroviário Nacional, constante do Plano NaCiOnal de Viação. áprovado pela Lei n." 5 917. de 10 de setembro de 1973 2 A moclificacáo da diretriz da cito.da ferrovia decol"r(' da reconheCIda condici'Ío de antieconomicidade e do estado técnico da via pcrn-,anente do t.recho Llgação-Bicas-Três Rios. que não orel-eco perspectivas de aproveitamento e cuja situacão ficou definida <ltravês dos "Estudos de Viabilidade Técnico Econômico da LIga'<ão Ipatinga-Capitão Martins-Três RIOS", renlizilclos rccentr,m~ente. 3 Esst's estudos se desenvolveram pura estabelecer uma comparacão entre os trechos Ligação-Recreio-Porto Novo-'I'rês Rios e Llgação-Bicas-Três Rios. 4. Ficou, então. demonstrado quc~ operacionalmente e economicament.e. o tráfego fcrrovlário entre Ipatinga e Três Rios deveria utllizar o trecho Ligucão-Tl'és Rios, via Recl'eio, tendo em VIsta quc as suas condicôes t.écnicas proporcionam menorl's investimentos para a sua rcmodclacão e oferecem meihor compatibilidade eom o restante do sistema, ~apre.sentando um comprimento vil·tual inferior. o que importa em menor custo operacionaL 5, Além disso, para n obtenção ele condições têcnicas compatíveis para o trecho Ligação-Bicas-Três Rios. seria necessál'ia, a construção de variante na serra de Bicas, numu, ext,ensão superior a 40 km, com obras-de-arte especiais de vulto. Seu custo. aliado .\OS outros melhoramentos que o trecho requer, provavelmente 1.01'- 36 181 040 14 naria o projeto total. Ipatinga-Três Rios, invlâvel econOmiCal11ént~ pan!o os fluxos apmltidos para os próximos 20 anos. 6. Convém ressaltar que o tráfego ferroviârlo no trecho Ligação-Bicas-'I'rês Rios foi suspenso em l.0 de julho de 1975. por decisào do Presidente da Rede Fer!"Oviâria Federal S/A, que mereceu a .tr.inha homologacão, como medida de segurança. em conseqücncia dos n'petJdos acidentes provocados pelas precárias <condIções têcnicas de sua via permanente, 7 Por outro lado. tendo em vlst.u os objetivos empresariais da R1"FSA, a enadi~ção desse ramal passou a seI- necessâria. pois, il sua manutenção, em face ele sna indisponIbilidade. sobrecarrega, ~ o custo operacional de todo o sistema. refletindo nas providências que visam a redução do prejuízo cçmtábil da Empresa. S. De acorelo. porém. com o dISposto nas observações de n.O 3" das Relações I e IH. anexas ao Decreto n.O 58 992, de 4 de agosto de 1966. a erradicação l1ão poderã atingir ferrovias do Plano Nacional de Viação -- PNV -, sem a sua reformulacão, razão ~pcla qual submeto à elevada consideração de Vossa Excelência, a modif'icac;ão da diretriz ela EF-463, que passaria a t.er a seguinte índicação: "Ipatinga - Capitão Martins - Ponte No'va~-·- Ubá --~ Ligação - Recreio - Porto Novo -- Três Rios. Aproveito a apart.unidade pata renovar a Vossa Excelência protestos do meu mais profundo respeito. - Dyrceu Araújo Nogueira, Ministro elos Transportes. PARECER DA COMISSAO DE CONSTI'I'UIÇAo E JUSTIÇA I e n - Relatório e Voto {lo Relator Oriundo do Poder Executivo. sob forma de Mensagem n.o 126/78, o Projeto n." 4.881/78 altera o Plano Nacional de Viação, modificando trajeto previsto de ferrovia e inclusive aumentando a quilometragem, e. por via de conseqüência, a despeE,a. 'I'rata-se. portanto, de proposição cuja iniciativa ê exclusiva do Ex. mo SI' Presidente da República. na forma do it.em II do art. 57 da Constituição. Deferido pelo Regim~nto o exame do mêríto à douta Comissão de Transportes. nada encontramos para opor quanto às preliminares de constitucionalidade, ]uridicidade e técmca legislativa. prérequisitos que devem ser examinados nesta Comissão de Constituição e Justiça. Pela aprovação. Sala da Comissão, 26 de abril de 1978. - Altair phagas, Relat.or. lU - Parecer da Comissáo A Comissão de Constituição e Justiça, em Reunião de sua Turma "B", opinou, unanimemente, pela constitucionalidade, juridi- 4200 Sábado 27 DIAILIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção cidade e boa técnica legislativa do Projeto n.o 4.881/78, nos termos do parecer do Relator. Estiveram presentes os Senhores Deputados: Jairo Magalhães - Presidente, Altair Chagas - Relator, Alceu Collares, Homero Santos, Igo 1.osso, João Gilberto, Joaquim Bevilacqua, José Bonifácio Neto, Luiz Braz e Tarcísio Delgado. Sala da Comissão, 3 de maio de 1978. - Jairo .Magalhães, Presidente - Altair Chagas, Relator. PARECER DA COMISSÃO DE TRANSPORTES I - Relatório O Sr. Presidente da República, nos termos do art. 51 da Constituição, submeteu ao Congresso Nacional, através da Mensagem n.o 126/78, acompanhado de Exposição de Motivos do Sr. Ministro dos Transportes, o projeto de lei que tomou, nesta Casa, o n.O 4.881/78, alterando a diretriz da ferrovia EF-463 integrante do Plano Nacional de Viação, aprovado pela Lei n,o 5.917, de 10 de setembro de 1973. A atual ligação da ferrovia EF-463 é a seguinte: Ipatinga-Capitão Martins-Ponte Nova-Ubá-Ligação-Furtado Campos-Bicas-Três Rios, nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. numa extensão de 412 quilômetros. Pela alteração proposta, a ligação ferroviária passa a ser a seguinte: Ipatinga-Capitão Martins-Ponte Nova--Ubá-Ligação-· Recreio-Porto Novo--Três Rios - numa extensão de 471 quilômetros. Segundo a Exposição de Motivos que acompanha a Mensagem, a modificação proposta decorre da reconhecida condição de antieconomicidade e do estado técnico da via permanente do trecho Ligação-Bicas-T.,rês Rios que não oferece perspectivas de aproveitamento e cuja situação ficou definida através dos estudos de viabilidade técnico-econômico da ligação Ipatinga-Capitão Martins-Três Rios, realizados recentemente, segundo o qual ficou demonstrado que, operacional e economicamente, o tráfego ferroviário entre Ipatinga e Três Rios deveria utilizar o trecho Ligação-. Três Rios, via Recreio, tendo em vista que suas condições técnicas proporcionam menores investimentos para a sua remodelação e oferecem melhor compatibilidade com o restante do sistema, apresentando um comprimento virtual inferior, o que importa em menor custo operacional. O trecho anterior iria exigir, na sua implantação, a construção de variante na Serra de Bicas, numa extensão superior a 40 km, com obras-de-arte especiais de vulto, cujo custo, aliado aos outros meihoramentos que o trecho requer, tornaria o projeto total Ipatinga-Três Rios, inviável economicamente para os fluxos admitidos para os próximos 20 anos. Ressalta, ainda, o Sr. Ministro dos Transportes, que o tráfego ferroviário no trecho Ligação-Bicas-Três Rios foi suspenso em 1.0 de julho de 1975, por decisão do ~residente da Rede Ferroviária Federal SIA, com sua homologação, como medida de segurança, em conseqüência dos repetidos acidentes provocados pelas precárias condições técnicas de sua via permanente. A Comissão de Constituição e Justiça, na apreciação do projeto, manifestou-se pela sua constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa. De conformidade com o Decreto n.~ 5B.992, de 4 de agosto de 1966, a erradicação não pode atingir ferrovias do Plano Nacional de Viação, sem a sua reformulação, providência consubstanciada no projeto de lei em exame. As razões expostas pelo Sr. Ministro dos Transportes justificam o acerto das providências adotadas. 11 _ Voto do Relator Ante o exposto, nossa manifestação é pela aprovação do Projeto de Lei n.o 4.881/78, objeto de Mensagem n.o 126/78. Sala da Comissão, 16 de maio de 1978. ~- Henrique Pre.tti, Relator. lU ;- Parecer da Comissão A Comissão de Transportes, em reunião ordinária realizada em 24 de maio de 1978, opinou, unanimemente, pela aprovação do Projeto de Lei n. a 4.881/78 (Mensagem n.O 126/78), do Poder Executivo, que "aitera a diretriz da ferrovia EF-463 integrante do Plano Nacional de Viação, aprovado pela Lei n.o 5.917, de 10 de setembro de 1973", nos termos do parecer do Relator, Senhor Deputado Henrique Pretti. Estiveram presentes os Senhores Deputados Murilo Rezende, Alcides Franciscato. Nabor Júnior, Abel Ávila, Bento Gonçalves, Henrique pretti, Hermes Macedo, Hidekel Freitas, 1.omanto Júnior, :unes Leal, Resende Monteiro, Ruy Bacelar, Santos Filho. Vasco Neto, Antônio Mota, Francisco Rocha. Hélio de Almeida, Henrique Maio til: I) ma Eduardo Aives, Iturivai Nascimento, Juarez Batista. Octacilio Almeida e Otávio Ceccato. Sala da Comissão, 24 de maio de 1978. -- Mutilo Rezende, Presidente -- Henrique Pretti. Relator. ERRATA Republica-se em virtude de novo despacho do Sr. Presidente, tendo em vista desanexação em face da retirada do Projeto de Lei n.o 3.072/76. PROJETO DE LEI N.') 3.674, DE 1977 (Do Sr. Otávio Cecoatol Acrescenta dispositivos ao art. 9." da Lei n." 5.772, de 21 de dezembro de 1971 (Código de Propriedade Industrial). IAs Comissões de Constituição e Justiça, de Agricultura e Política Rural e de Economia, Indústria e Comércio,) O Congresso Nacional decreta: Art. 1." O art. 9." da Lei n.O 5.772, de 21 de dezembru de 1971, passa a vigorar acre,~cido da alínea I. ('.(}lU a s~guinte re~ dação: "Art. 9." II I'S sementes agricolas, bem como OI; processos utlUzQK àos para a sua obtenção ou modifH:ação:' Art. 2." Esta lei entrará em Vigor na data da sua pubU· cação. Art. 3.0 Revogam-se as disposições em contra.no. Justificação li gl:'nética é ciência relativamente fl'C(mte, desta~ada da biu~ logia a.lgum tl'mpo depois da divulgaçãu das teorias de Darwin, Lamarck e Mendc1. Dedica-se ao estudo dali leis dll transmissão dos caracteres hereditários nos seres vivos e as propriedades daa particulas que asseguram essa transmissão. Os avanços dessa ciência tem levado à descoberta de processos destinados ao aprimoramento du:, sementes agrícolas com o objetivo de alcançar maior produtividade e mais esmerada' qua.lidade de hortaliças, espéciefl frutíferas, culturas perenes e cereais. Os beneficios dai decorrentes atingem proporções gigantescas, se avaliarmos o quanto representam para a humanidade já tão carente de alimentos. Assim. os processos utilizados para a obtenção dessas sementes privilegiadas devem constituir patrimônio da humanidade inteira, eis que deles dependem colheitas mais tartas. Esse valor inestimável é que nos leva a sugerir a Inclusão dos processos destinados à obtenção ou modUjc2C'ão de sementes no elenco das invenções não-privilegiadas, constantes do art. 9." da Lei n.O 5.772, de 21 de dezembro de 1971 fCõdigo da Propriedade Ind ustriai). Sala das Sessões. - otá~'ilJ CeeclI,to. LEGlSLAÇi..O CI1'ADA, ANEXADA PELA COORDENAÇAO DAS COMlSSOE8 PERMANENTES LEI N." 5.772, de 21 DE DEZEMBRO DE 1971 Institui o Código de Propriedade Industrial, e dá uutras providências. TíTULO I Dos Privilégios CAPíTULO II • Das Invenções não Privile~ável"l Art. 9.<> Não são privilegiáveis: a) as invenções de finalidade contrária às ll."is, â. moral, à saúde, à segurança pública, aos cuitos religiosos e aOll sentimentos dignos àe respeito e veneração; b) as substâncias, matérias ou produto..'> obtidos por meios ou processos .quimicos, ressalvando-se, porém. a privilegiabilidade dos respectivos processo! de obtenção ou modificação: c) as substâncias, matérias, misturas ou produtos alimenti· cios. químico-farmacêuticos e medicamentos, de qualquer espécie, bem como os respectivos processos de obtençiio ou modificação; d> as misturas e ligas metálicas em geral. ressalvandu-se, porém, as que não compreendidas na alinea anterior, apresentarem DIARI6 DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1978 Sábado 27 4201 ""'=========-~=-::=:II=""""""'=""""--==="~======================""""'" qualidades intrínsecas específicas, precisamente caracterizadas pela sua composição qualitativa, definida quantitativamente. ou por tratamento especial a que tenham sido submetidas; e) as justaposições de processos, meios ou órgãos conhecidos, ia simples mudança de forma, :Jroporções, dimensões ou de materiais, salvo se dai resultar, no conjunto, um efeito técnico novo ou diferente, não compreendido nas proibições deste artigo; f) os usos 0\1 empregos relacionados com dE'scobertas, .inclusive dn variedade" ou espécies de micl'Oorganismo. para fim determinado; g) as técnicas operatõrias ou cirúrgicas ou de terapêutica, não Incluídos os dispositivos, aparelhos ou máquinas; h) os sistemas e programações, os planos ou os esquema>, de escrituração comel'cial. de cálculos, de financiamento, de crédito, de sorteios, de especulação ou de propaganda; i) as concepções puramente teõricas; j) as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer especie, bem como a modificação de suas propricdad~!s fisico-quimicas e seus respectivos processos de obtenção ou modificação, quando resultantes de transformação do núcleo :ltômico, referenciados. Pioneiro da construção de Brasília. pois aqui cheguei três anos antes da inauguração da nova Capital, mantive com Humberto Queiroz e Wilson Mehemere as melhores relações de amizade. E isto me foi muito útil e proveitoso, não só para o meu conhecimento pessoal como para a atividade empresarial que iniciava. A morte de um jornalista, nas condições em que ocorreram as de Humberto Queiroz e Wilson Mehemere, ambas após demorado tratamento, não deixa de abrir uma lacuna muito grande na comunidade a que pertencem. E é isto o que está ocorrendo com a imprensa de Brasília nos dias atua.is. Mas seus colegas saberão dar pross-eguimento à conquista daqueles ideais por eles perseguidos. É constrangedor, Sr. Presidente, registrar a morte de quem registra, diariamente, nas páginas dos jornais ou nos microfones das emissoras de rádio e televisão, os fatos da vida da sociedade, em todos os seus níveis. Mas, por um dever de justiça e de reconhecimento, não poderia déixar de trazer estas considerações a esta tribuna, Ao Ceará e à Bahia, Estados de origem de Humberto Queiroz e Wilson Mehemere, envio as minhas mais sinceras condolências, na pessoa das famílias enlutadas. E, como pioneiro e candango, registro o testemunho do meu mais profundo sentimento, Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente, Requeiro, na forma regimental, a retirada do Projeto de Lei n,o 3 072, de 1976, de minha autoria. Brasília, 18 de maio de 1978. - Osvaldo Buskeí. () SR. PRESIDENTE (João Clímaco) - Está finda a leit.ura do expediente. Passa-se ao Pequeno Expediente, Tem a palavra o SI'. Francisco Rocha. O SR. FRANCISCO ROCHA (MDB - RN. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, os meios Jornalísticos de Brasília estão de luto, com o falecimento, nos primeiros dias desta quinzena, dos Jornalistas Humberto Queiroz, do Correio Braziliense, e Wilson Mehemere, da Rádio Alvorada, ambos pioneires e entusiastas da nova Capital da República. Confiantes no progresso da integração nacional desfechada pelo Governo do Presidente Juscelino Kubitschek, ambos se transferiram para Brasilia, ainda quando tudo isso aqui não passava de um imenso canteiro de obras, E aqui se fixaram, pontificando () dia-a-dia da construçâo da cidade com o registro dos principais ..eventos. Mais afeitos à redação do que à aventura jornalistica propriamente dita, Humberto Queiroz e Wilson Mehemere souberam honrar a profissão que abraçaram, o primeiro, nas colunas do C.orreio Braziliense, e o segundo, no radiojornalísmo da Rádio Alvorada de Brasília, hoje pertencente à Rede Sul de Comunicaçóes. AlI, fizeram uma trincheira de luta em prol da humanização de Brasília e da consolidação da Capital dentro dos eievados princípios em que foi concebida e pianejada. Através do programa "Os Cobras da Noticia", que fundou e mandou ao ar, há vários anos juntamente com Luiz Fonseca, outro jornalista já falecido, Wilson Mchemere se fazia porta..voz das reivindicacões e dos anseios da populacão de Brasília, notadamente da gelÚe slmpies e trabalhadora que reside nas cidadessatélites, A falta dágua em um setor residencial ma.is distante, assim como um defeito em um semáforo da Avenida W-3 eram motivo para o pronto registro e o apelo às autoridades, chegando o seu programa a alcançar um dos maiores indices de audiência n:a Capital da República, Aliás, Sr. Presidente, não é só Brasília que tem sido atingida, ultimamente, nesse particular. Há poucos dias, São Paulo também perdeu Vicente Leporace, um. dos maiores nomes do rádio bandeirante, em sua especialidade. São os homens que escrevem a história, Sr. Presidente, e que hoje passam a fazer parte deia p,"la atuação que tiveram na atividade a que dedicaram toda uma -existência. O radiojornalismo do Pais perde, assím, alguns dos' seus mais expressivos valores. Assim como Vicente Leporace dava o seu re-cado orientando, reivindicando, defendendo os interesses das comunidades paulistanas, Wilson Mehemere falava pelos candangos d," Brasília, pelos humildes e .pelos necessitados, pois via nisso o sentido maior da realização profissional. Não houve, nesses dezoito anos, um só acontecimento na vida de Brasília de que êle não tenha participado, pessoalmente ou através de sua equipe de trab:alho. Costuma-se dizer, Sr. Presidente, que a importância do jornallsta tem a mesma duração da notícia que ele veicula. Entretanto, não creio que o mesmo venha acontecer com estes meus O SR. CLAUDINO SALES (ARENA - CE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados, a imprensa nacional tem dado intensa divulgação à candidatura: do General João Baptista Figueiredo à Presidência da República, fato natural ante a importância que o cargo tem pa;-a a vida nacional. O enfoque mais recente traz sempre um certo conteúdo intranqüilizador, ao mencionar o surgimento da candidatura do Generai Euler Bentes Monteiro como capaz de derrotar a candidatura da ARENA e no estabelecer paralelos e comparações entre os dois militares, sempre desfavoráveis ao primeiro, como se os dois nomes estivessem submetidos a uma campanha popular que fosse desaguar em eleições diretas. Apoios ao possível candidato do MDB são divulgados à revelia de personalldades,' entrevistas posteriormente desmentidas são publicadas com sombrios prognósticos de eventos capazes de impedirem a eieicão e a posse de candidatos em eleições indiretas e previstas alterações na legislação revolucionária com radica.is aiterações, confundindo e desorientando a opinião pública. O pendor oposicionista da crõnica política é antigo e visível e dá o tom das páginas especializadas dos nossos jornais, numa indissociável relação de causa e efeito capaz de ser facilmente entendida, Essa tendência estabelece uma cáustica predisposição antigovemo e anti-ARENA inteiramente compreensível e de certo modo benéfica. ' O jornalista se envolve mais com o cidadão, por ser um deles, que com o Estado, pugnando sempre pelos direitos e prerrogativas daquele, em antagonismo CDm as perspectivas deste no terreno da segurança. que se estabeleee sempre em prejuízo das liberdades civis. O cronista político se inclina para o cidadão colocando-se, em consequência, em continuada 'alerta contra a estrutura do poder, numa posição definível como de permanentes indisposições. . , Esse prevenimento é útil à sociedade porque vigia cDnstantemente os desvios e os excessos da autoridade, os abusos e violações dos direitos da parte fraca - o cidadão - cometidos muitas veze,s à revelia dos escalões superiores do Governo ou contra seus propósitos, na exacerbacão da obediência ou no uso do arbítrio de pretendidas ou verdadeiras prerrogativas do Estado a cargo de agentes menores ou desqualificados, inevitáveis no imperioso alongamento burocrático dos segmentos governamentais, ." O exagero desse imanente sentimento oposicionista precisa ser autopoliciado, em favor da correta transmissão da notícia destinada à formação da opinião pública, trabalho que exige honestidade por ser de consumo comunitário. A previsão de derrota do General Figueiredo no Coiégio Eleitoral no mínimo fere a lealdade e a disciplina dos arenistas que o fntegram. Eles estão ÍlTeversivelmente comprometidos com aquela candidatura, que ganhou legitimidade partidária ao ser aprovada pela Convenção da ARENA, A sua indicaçã9 foi feita pelo Presidente da República, que é o lideI' da Revolução e o Presidente de Honra do Partido. A ARENA é um partido revolucionário e os que nela se filiam aceitam o seu desempenho e'm favor da Revolução. ll: uma fórmula revolucionária, diferente do modelo democrático, para atender a uma conjuntura revoiucionária, com regras e preceitos próprios, dos quais a ARENA e a Revolução pretendem livrar-se, semi-ociosos que estão, por dispensáveis. 4202 Sábado 27 DIÀRIO ou CO:-lGRESSO NACIONAL (Seção I) :\1aio de 1973 Não há como esperar-se que um representantp da ARENA vá e episódios em que punha o granus salis de sua verve rica e esponvotar no candidato adversário, transferindo-lhe a perspectiva do tânea e a agudeza de seu espirito critico, mesclado de ironia e sensibilidade. poder. Seria traição, infidelidade, indignidade em suma, além de suicídio palí tico. Amando a vida no que ela tem de mais ricamente humano ~ atraente, ei'a seu hábito, após as horas dedicadas ao estudo e a Nem mesmo em nome da redemocratizacâo do País caberia esse gesto, visto como a reforma democrática do Presidente Gelsel pesquisa, sair à rua em seus trajes característicos, onde dominava e da ARENA está mais material, mais encorpada, mais concreta a simplicidade, para os contatos diários com os amigos e as pesque a Constituinte do MDB, pois já tem definidos os seus prazos soas comuns nas pracas e nas ruas. de apresentação e vigência. De outro lado, o seu conteúd::>, os O legado do seu espirito é um legado que o Piaui guarda com reclamos básicos de liberdade e cidadania, preserva as tradições e orgulho. Os seus alunos têm nele um modelo de mestre sábio e prerrogativas da sociedade brasileira, garante o bem comum e consciente do seu dever e sobretudo amigo. Os magistrados e proassegura o desenvolvimento e a paz da Nação, atendendo os anfessores. seus colegas, um exemplar de homem estudioso e devoseios comuns. tado ao trabalho. Também não há como medir candidatos; o nosso já está Privados agora de sua presenca física, cabe-nos honrar a sua escolhido e aprovado. memória. Ela nos mostra que o exemplo de um;l. vida de trabalho vence a própria morte. O candidato deve preencher condições que vão da aptidão curricular à viabilidade política, iniciativa, sensibilidade e poder A vitória sobre a morte está na valorizacão da vida. A morte de decisão. de Edgard Nogueira inspirará a muitos na conquista dessa vitória e a muitos ensinará que o Direito que ele cultivou, que todos nós Inexiste modelo previamente definido, retrato falado .ou lisamamos, ê o direito que fará a Justiça mais humana e os homens tagem computadorizada a atender. mais solidários. Existe, sim, a necessidade supremà de se ajustar o homem Para recordar uma imagem de Gilberto Freire. nesta Câmara. honesto, correto. leal ao bem comum e fiel aos interesses nacioa propósito da morte de Graccho Cardoso, podemos dizer de nais e a ambiência da hora e dos fatores políticos adequados. Edgard Nogueira que ele ultimamente vivia para o Tribunal de Para a ARENA o homem adequado é o General João Baptista Justiça como um padre velho para a sua catedral. Figueiredo, que, preenchendo aquelas condições humanas, se ajusta ao clima da Revolução, que ganha grandeza e respeito quando, Ali ele repousou antes de partir para a sua última e definitiva por decisão própria, renuncia as prerrogativas de que dispõe e, morada. Os cirios acesos ao lado do seu esquife repousado na usando os poderes extraordinários de que dispõe, abre caminho nave dessa Gatedral simbólíca e os gestos contristados dos que à aposentadoria da exceção, num gesto de sensibilidade que bem por ali passaram no último adeus. nos recordam sua fé, seu ideal poderia merecer o encorajamento geral, com vistas à sua efetivae sua amizade. ção, benéfica a todos a esta altura. O SR. JOSÉ MANDELLI (MDB - RS. Pronuncia o seguinte O SR. CELSO BARROS (MDB - PIo Pronuncia o seguin t , discurso.) - Sr. Presidente, 81'S. Deputados. felizes e realizados discurso.) _ Sr. Presidente, Srs. Deputados, vitima de pertinaz podem-se contar os semeadores que. depois de uma penosa e inmoléstia cardíaca, faleceu no Rio de Janeiro, na noite de 24 do gente tarefa de desbravar e cultivar a seara que Ih('s foi confiada. corrente, sendo sepultado ontem em Teresina, sua terra natal, o podem, Ol'gulhosos, colher os, frutos de seu trabalho. Desembargador Edgard Nogueira, que vinha desempenhando, há Qt'al dos jovens alunos do Instituto Comerclal Santo Antônio, mai'S de dez anos, as funções de Presidente do Tribunal de Justiça de Garibaldi - RS, teria feito a previsão. ainda no distante ano. do Estado. de 1932. de poder, quarenta e seis anos depois. abraçar e reverenAlém de magistrado, era professor da Universidade Federal ciar um dos mais dinâmicos. zelosos e conceituados mestres que do Piauí, tendo defendido tese para a cátedra de Direito Judiciáentão pontificavam naquele austero educandário? rio Penal na antiga Faculdade de Direito. Referimo-nos, 81'. Presidente e Srs. Deputados, ao professor Membro da Academia Piauiense de Letras, onde ocupara o P::dre Roberto L. Roncato, que. no dia vinte do carente, festejou cargo de Secretário-Geral, é farta a sua contribuição intelectual, seu Jubileu de Ouro, como professor emérito. voltada para o estudo de temas jurídicos, muitos dos quais se acham publicados em revistas especializada~ e jornais do Pais. Tlvemos a ventura de, como ex-aluno. participar dos festejos progl'amados para dar cunho especial ao Jubileu de Ouro. Lá Formado na antiga Faculdade Nacional tie Direito, ali ouviu ,se encontravam o Cardeal D. Vicente 8cherer, o Prefeito de Porto as lições de grandes mestres e jamais as esqueceu. Voltando ao Alegre. SecretáriOS de Estado, representantes das Forças Armadas, Piaui, procurou na atividade jurídica o refúgio às suas elucubrasacerdotes, pl·ofessores. alunos e ex-alunos da Escola São Francisco. ções intelectuais, tornando-se, dentro em pouco, Promotor Público bem como ex-alunos dos vários c'olégios nos quais o homenageado por concurso. foi professor. Naquele dia volvemos a um passado dIstante. AmJ~os Era o começo de uma carreira de estudo, de trabalho e de que não mais tivéramos oportunidade de rever, lá estavam, triamor ao Direito.. butando ao Pc Roberto L. Roncato suas homenagens e a lhe manifestarem seu reconhecimento. Atraiu-o também a política, naquela fase da vída nacional em que o indiferentismo dos jovens em participar das atividades Que homenagem poderiflmos tributar ao nosso mestre, como públicas, nesse campo, seria um crime. E esse crime não o cometeu l'eprestntante do povo que somos nesta Casa. senão fazer mencão o jovem bacharel Edgard Nogueira. Particípou das lutas políticas deste evento? que então se_travaram em clima apaixonado. Foi-um dos propugPelmitimo-nos, Sr. Presidente e Srs. Deputados. solicitar que nadores, no Estado, em prol do regime de legalidade constitucioseja inscrito nos Anais do Parlamento Nacional seu cUl'riculum nal,' tornando-se Deputado Estadual. combativo prócer do P8D vitae: "Flíacão: Natural de Veranópolis, antiga Alfredo Chaves, e jornalista. o Pe. Roberto Ludovico Roncato é o 11.° dos 15 filhos do casal Em todas as pugnas não lhe faltou coragem, nem se lhe arreGeremia Roncato e Angela Zelli, extremamente religiosos, ambos feceu o ânimo para novas lutas. E veio daí a cátedra universitária, italianos. vindos da Província de Pádua como imigrantes em 1884. conq~tstada numa época em que o concurso público era uma prova Geremia. além de ter o Curso Superior em Quimica. era 11m de fogo que a muitos fazia temer e recuar. A sua defesa de tese grande mestre músico, Mest.re e Compositor pqr demais conhecido foi brilhante. • e ainda hoje lembrado naquela região do Estado. onde fundou diCoube-lhe, no Tribunal de Justiça, preencher vaga destinada • ver,sas orquE:stras e as dirigia com rar1J. maestria. Nâo é de. se admirar que o nosso jubilar, Pe. Roberto Ludovico Roncato demonsao Ministério Público: ali representando sua classe com zelo, sabetre tamanha dedicação e tenha tão extremado amor pelos semidoria e devoção ao direito. r.3oristas; é que seu falecido progenitor se entregava de corpo e Poucos magistrados, no Piaui, adquiriram como ele uma visão alma à causa das vocações SJl,cerdot.ais, chegando a passar privalarga e profunda dos problemas jurídicos. Não apenas do Direito ções para melhor atender ao Seminário Seráfico de Veranópolis, Penal, em que era um mestre, mas do Direito Privado em geral, onde, sempre desinteressadamente, além 'de outras inúmeras reaem que foi igualmente versado. lizacões, fundou a Ordem 3. a de São Francisco e organizou e dirigiu uma Banda e transmitia conhecimentos musicais a todos os O ano passado. por ocasião da realização de um Simpósio pro.<eminari?tas. Ao falecido progenitor coube a honra de ir, com camovido pela Ordem dos Advogados do Brasil, secção estadual, com "alos, ate Garibaldi, buscar os primeiros Freis capuchinhos, Irmãos a participação de professores c juristas de outros Estados, discorMaristas e Irmãs de São ,José. reu, durante mais de uma hora, sobre controvertido tema de sua especialidade, demonstrando já então grande cansaço e difícul. Estudos. Com Seis anos iniciou os seus estudos no Colégio dade de movimentação. das Irmãs, em Veranópolis, passando, após, para o dos Irmãos Maristas da mesma cidade e de lá proseguindo para o Marista Privei de sua amizade pessoal desde os tempos da Faculdade de Direito. Destacavam~se nele a simplicidade, a bondade e a desem Porto Alegre, até 1928. Agregando a benemérita Congregacão contração, manifestada freqüentes vezes na rememoração de fatos Maria continuou os seus estudos, lecionando durante vinte anos. Maio de 1978 Sábado 27 4203 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção Il Como aspirava ao sacerdócio, em 1945, por intermédio do falecido Cardeal Rossi, obteve autorização de ser ordenado presbítero, o que ocorreu em 30 de novembro de 1949, tendo sido ordenado por S. Emcia., o Cardeal Vicente Scherer. Obras Social5 rJonstruiu em Sarandi a primeira Rádio Emissora dirigida por padres, dentro do Estl:ldo do Rio Grande do Sul. Ampliou o Ginásio Sarandi; - Construiu as Canônicas de Nova Bréscia, de Pulador e 'da Paróquia Rosário de Fátima; - Conseguiu oficializar nove escolas rurais; - Completou os Ginásios de Guaporê, de Joaçaba, de Nova Bréscia e parte do Hospital; Construiu a torre de 55m de altura da Paróquia São João Batista e conseguiu os seus três grandes sinos; - Completou a Escola Arquidiocesana "Estrela da Manhã"; - Construiu as Igrejas: Santo Antônio, São F'rancisco, Santa Rosa e Rosário de Fátima. No Bairro Ruben Berta, de Porto Alegre, construiu: Posto de Saúde, Posto de Polícia, Escola José Feijó, Escola Luíza Teixeira Lauffer, Gil,ásio Padre Léo e a Escola São Fràncisco, de 1.0 e 2.° graus; Está encaminhando duas Faculdades: - Recebeu em sua Paróquia milhares doe familías paupérrimas, às quaLs prestava, com um zelo l:nvulgar, toda espécie de assistência. Com a colaboração do sempre lembrado Cónego Paulo de Nadal, distribuía semenalmente milhares de quilos de alimentos, roupas, móveis, a mais de sei!SCllntmi famílias, sem nenhuma distinção de credo ou cor. - Fundou tres Tiros de Guerra, formando quatorze turmas de reservistas. Atividade,: Como professor exerceu o magistério e a Direção de diversas escolas, passando por ele, nestes cinqüenta anos, 59.992 2,lunc>s. As principais escolas são de Antônio Prado, Garibaldi, Guaporé, Cruzeiro do Sul, Seminário Maior de Nova BaSSano e de Guaporé, Sarandi, Nova Bréscia, Estrela de Manhã, D. Diogo e Faculdade de Pedagogia de Viamão. Exerceu as funções de Fiscal tle Ensino até a sua aposentador:la pelo Estado. Foi procurador da Mitra ArquIdiocesana. Foi, também, Vigário em diversas Jocalídades, e, como tal, permaneceu dezoito anos na Paróquia Rosário de Fátima, obtendo, a seu pedido, a aposentadoria, em dezembro passado. Atualmente, exerce suas atividades na Direção das Es~ colas São Francisco, com aproximadamente seis mil alunos entre primeiro e segundo graus. . A escola, carente de material pedagógico, e, o professor, desasiustido pelos elementos indispensáveis à atualização dos seus conhecimentos técnicos, não podem oferecer à sociedade o rendimento que ela reclama dos seus educadores. De outra parte, não há como exigir de um mestre a dedicação exclusiva que o ensino reclama, se a este mestre não for concedida remuneração justa, capaz de assegurar-lhe vida condigna. No Ceará, deploravelmente, o professor tem recebido do Estado e dos municipl.os tratamentos subumanos. Do exame que se faça do quadro de reajuste de vencimentos, nos últimos anos, chega-se ao doloroso convencimento de que os governos não obedeceram, sequer, ao percentual de aumento previsto para o salário minimo regional. Faço consignar, neste meu pronunciamento, para exato entendimento desse tratamento injusto, o quadro estatístico que me chegou às mãos. Ei-lo, tal como elaborado: ESTATÍSTICA SOBRÉ AUMENTO DE VENCIMENTOS DE FROFESSORES NO CEARÁ - PERÍODO DE 1966 ATÉ 1978 - REDE ESTADUAL Salário Mínimo: 1966 = Cr$ 51,00 1978 = Cr$ 1.111,20 = 2.078% Professor'es 1.0 Grau 72,00 1,43 892,00 0,80 1.138% 1.0 Grau Especialistas 90,00 1,96 900,00 0,81 900% 70,00 1,37 860,00 0,73 985% 2.° Grau V. 228,00 4,47 2.244,00 2,01 884% 2.° Grau' EM - 2 X. 252,00 4,94 2.506.00 2,25 894% 2,° Grau EM 3 Y. 276,00 5,41 2.. 672,00 2,40 886% 2." Grau EM 4 Z. 300,00 5,88 3.006,00 2,70 902% Contratado - 2.° Grau 2,50 0,49 24,00 0,21 --_._.. _ .._._.--...... ----------- Contratadas 1.0 Grau ~ Idealismo em sua Missão Sacerdotal e de Educador - Muito embora enfrentando toda . espécie de problemas, diz ele sentir-se plenamente realizado, acrescentando sempre: graças à proteção tio Coração de Jesus, pois, nas horas mais amargas, dolorosas e desanimadoras, encontrava e encontra aos pés da Cruz de Cristo €' da Virgem o sustentáculo para, em alento, pôr em prática o seu lema sacerdotal: "Toda a honra ao Coração de Jesus; às almas, a salvação e a mim, o trabalho". Através deste modesto pronunéiamento queremos aqui, nesta hora, na tribuna desta Casa. dizer ao nosso mestre que, dia algum, mês ou ano, deixamos de seguir a trilha que nos indicou, de usar t.s ensinamentos' que nos incutiu, para melhor servir à Pátria, a Deus e à família. Era o que tínhamos .a dizer. O SR. FIGUEIREDO CORREIA (MDB - CE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente e Srs. Deputados, a Associação dos Professores de Estabelecimentos Oficiai;; do Ceará promoverá, em junho próximo, oportuno conclave de âmbito estadual. Será o .. v Encontro de Professores Oficiais do Ceará", a ter inJcio a 30 de junho, em solenidade que haverá de contar com o ~Ipolo das autor:ldades educacionais do Estado. O programa do aludido Encontro f~xa o seu encerramento para {) dia 2 de julho. São, portanto, três dias de estudo e de confrat.ernização do honrado magistério oficial cearense. Ao Sr. Secretário de Educação caberá o encargo de proferir 11ma conferência, no louvável conclave, sob o título "Situação Edu(Iaciona) do Estado". ,É de esperar que o gestor da Pasta dq, Educação, ao abordar II politica educaional promovida pelo Governo do Estado, dispense {midado especial à temática que encima o programa daquela reumão, a. saber: 1 - Situação Jurídica e Salário~aula do Professor Contratado; 2 - Estatuto do Magistério; 3 - Exames Supletivos l~specífiéos para Professores Leigos. Inspirado no respeito que o Estado deve, há longos anos, aos $ofridos professores da escola pública - aos quais impõe obrigações sem o correspondente reconhecimento dos seus direitos .- estará, o Sr. Secretário, prestando relevante serviço á melhoria do ensino. A aplicação do Estatuto do Magistério - Lei n.o 9.825, vigente desde 10 de maio de 1974, mas, até agora, lamentavelmente, sem execução - é imperativo de ordem pública. A sucessiva procrastinação do seu cumprimento, ao arrepio do que dispõe a lei federal, refletc-se inelutavelmente no aprimoramento da ação escolar, pela negativa de meios à escola e ao professor, no superior mister de bem educar. 1978 % Sobre % Sobre Vents. S/Mínimo 12 AnoS' 1966 % Sobre Vents. S/Mínimo Níveis e Cargos ... ~ _~"r EM} • _ _ _ _ _ _ ... ~_ = = = = •. ~ ~,~ ____ ---_._--_._._--~ ... _----_.-. Salário 860% aula . .-. --._---. PRElFEITURA Professor 1." Grau 60,00 1,17 1.381,00 1,24 2.200% 210,00 4,13 3.006,00 2,70 1.379% 1,40 0,27 34,00 0,30 Salário 2.328% aula Professor 2." Grau Contratado 2.° Grau REDE PARTICULAR -----------_. Professor 2. 0 Grau 1,20 0,23 - - - - - - _.•._-44,00 0,39 Salár:lo 3.566% aula Este quadro, Sr. Presidente, elaborado pelos educadores do meu Estado, está a merecer especiaís atenções dos homens 60 Governo. Como seria animador ouvir do atual Sr. Secretário de Educação - ele que é, sem favor, um dos antigos e dignos servjdores da Pasta -- a afirmação de que obterá do honrado Governador Waldemar Alcãntara o cumprimento do Estatuto do Magistério, de par com a regular e justa elevacão de vencimento, capaz de possibilitar ao educador o exercicio de suas atividades em níveis compatíveis àqueles defer:ldas a outras classes liberais do Estado. O surto inflacionário que reduz o poder aquisitivo da moeda é comum a todos os servidores públicos, estaduais e mumcipais. A desigualdade de tratamento reclamada pelo professorado mel·ece. assim, vistas imediatas; não há como adiá~las. 4204 Sábado 27 DJARIO DO CONGUSíIO NÂCJONAL (Seção No passado. houve Governo que enfrentou disparidade semelhante e a resolucionou convenientemente. Não é ocioS{) lembrar o que fizemos no Governo Parsifal Barroso. Quando tive a honra de exercer o cargo de Secretário de Educação. naquele Governo. encontrei os magistérios estadual e o municipal com salários erodidos pela inflação. Os professores não podiam dar à escola o tempo que a escola deles exigia. Fui com eles ao Governador. e obtive uma elevacão inicial de vencimento e salário-aula da ordem de cem por cénto. A Mensagem governamental foi enviada à Assembléia Legislativa, e, em poucos dias. era convertida em lei. cumprindo lembrar que a situação econômico-financeira do Estado era bem mais crítica do que a atual. De outra parte. promovi gestões junto às esferas municipais em favor de elevações equivalentes. Essas providências. Sr. Presidente, tiveram correspondência imediata. Os rendimentos das atividades escolares multiplicaramse, pois o professorado não precisou buscar mais em outros empregos o complemento para o sustento próprio e da família. Agora, o que se impõe? O que é necessário fazer? Impõe-se atitude semelhante àquela, do passado. Como pode o Estado exigir do mestre dedicação exclusiva, se não lhe concede pagamento compativel com a dignidade da pe$soa humana? O atual Sr. Governador, ex-Secretário de Educação. homem de larga experiência no trato dos assuntos da pública administração, decerto conhece a procedência das l'eclamações do magistério e, decerto, também haverá de ir ao encontro destas. Ao manifestar esta esperança, que é dos milhares de professores do meu Estado, formulo veemente apelo ao espirito público do Governador Waldemar Alcântara, para que aproveite o "V Encontro de Professores Oficiais do Ceará" e, por intermédio do Secretáfio de Educação, Dr. Adelino Alcântara, quando da conferência que proferirá a 1.0 de julho. assegure o exato atendimento das reivindicações do magistério. Atendendo-as, estará servindo il. escola pública do Ceará e tratando com humanidade e justiça os que a fazem; e a fazem ,"om sacerdócio e amor. Era o que tinha a dizer. Durante o discurso do Sr. Figueiredo Correia, o Sr. João Clímaco, 39-Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Peixoto Filho, Suplente de Secretário. O SR. PRESIDENTE (Peixoto Filho) - Tem a palavra o Sr. João Clímaco. (Pausa.) O SR. JOAO CLíMACO (ARENA - PI. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, faleceu anteontem no Rio de Janeiro, às 23 horas, o eminente Desembargador Edgar Nogueira. Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do PiauÍ, O doloroso evento abalou profundamente os meios jurídicos e a sociedade piauiense de modo geral, deixando contristados os familiares, círculos políticos e a imprensa do meu Estado. na qual o honrado varão militou durante muitos anos. O ilustre homem público nasceu em 1913. contando, portanto, 65 anos de idade; deixa viúva Dona Janette Corrêa Nogueira e dois irmãos - Coronel Olavo Nogueira, da Reserva do ExércIto. e Dr. Luiz Nodgi Nogueira. Procurador da Justiça do Estado do Piauí. . Edgar Nogueira cursou a Faculdade de Direito do Brasil, turma de 1936, iniciando a vida pública e profissional como Consultor da Polícia do Piaui, tendo implantado no Estado o sistema 11e identificação civil e criminal. Deputado Estadual Constituinte em 1946. dirigiu como politico o jornal Resistência, de propriedade e responsabilidade do Partido Social Democrático. Promotor Público por concurso. foi nomeado pelo Governador Jacob Manoel Gaioso e Almendra para o cargo de Desembargador, na vaga que cabia ao Ministério Público, ocupando a PresidênCia do Tribunal de Justiça por 7 (sete) vezes. vindo a falecer no referido cargo de Presidente, tendo exercido, ainda, a Presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. No setor cultural, participava como membro efetivo da Academia Piauiense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do Piauí. Professor Catedrático de Direito Processual Penal da Universidade Federal do Piaui. é importante registrar-se que, como DE'sembargador do Tribunal de Justiça. nunca teve um Acórdão reformado pelo Supremo Tribunal Federal. feito que engrandecia o Colendo Tribunal de Justiça do Piauí. O SR. LAERTE VIEIRA (MDB - SC. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, dois assuntos me trazeD'l a esta tribuna. O pl.'lmeiro se refere a providências a serem adotadas pelo Ministério dos Transportes em Santa Catarina. I) Malo dr: 11'11 Por ocaSlaQ da visita do ilustre Sr. Presidente da República. à cidade de São Joaquim, o Prefeito do Município de Lages fez entrega de um memorial a S. Ex. a , solicitando a construção da BR-475. cujo traçado do Plano Rodoviário Nacional previa o trecho Lages-São Joaquim-Tubarão. Posteriormente, em virtude de entendimentos mantidos. entre o Sr. Governador e o Sr. Ministro dos Transportes, o traçado foi mudado, ficando com um trecho em superposição à BR-282. partindo de Canoas para Tubarão. Tal estrada é indispensável ao escoamento da produção da Indústria Carboquimica CatarlnenEe, já em fase final de implantação. e também ao transporte da bauxita existente no Município de Lages. Nessas condições a rodovia em questão, que estava prevista e incluída no Plano Prioritário, é obra indispensável, inclusive ao atendimento da produção industrial do sul do Estado. Igualmente no setor de transportes. já que não se pode construir a BR-282 até a Capital. antiga promessa dos Governos Costa e Silva e Emílio Médici, solicitamos que pelo menos se complete o trecho Campos Novos-Lages, para que haja a ligação entre a antiga BR-2, no sentido do escoamento da produção daquela região. Outro assunto que me traz à tl'ibuna, diz respeito a uma providência indispensável que deve tomar o Ministério da Previdência Social. O INPS fez uma permuta de hospitais, entre os quais um de Santa Catarina. na aquisição de um terreno em São Paulo. Posteriormente a transação foi anulada. Ocorre que. em função dela, o INPS adquiriu um ho.spltal em Florianópolis. reformou-o totalmente, aparelhando-o com equipamentos de alto custo, e essa unidade hospitalar, numa cidade onde há carência de hospital. continua fechada, sem uma providência de parte do Ministério da Previdência Social. A solução é muito fácil: se a transação foi anulada. se o INPS despendeu somas elevadas na adaptação do hOI'lpital, bastaria que o Governo federal desapropriasse a unidade e desde logo a declarasse de utilidade pública, dada a grande necessidade da população da Capital do Estado de Santa Catarina nesse setor. Este o apelo que dirigimos ao Sr. Ministro da Previdência Social, na certeza de que S. Ex." adotará as providências necessârla,~. O SR. FREDERICO HRANDAO (MDB - SI'. Pronuncia il <;e~ "ulnte discurso.> -- Sr. Presidente. Srs. Deputados, em meio a inúmeras manifestações de regozijo, a Associação Atlética Macedo. popular e querida agremiação esportiva da cidade de Guarulhos. São Paulo, comemorou 50 anos de fundação, coincidentemente no dia 1.0 de maio, data universalmente dedicada aos trabalhadorf:'s em todo o mundo. Fundada em 1928, no dia 1.0 de maio. no bairro do Macedo. um dos mais antigos do nosso Municipio. é a Associação Atlética Macedo uma das mais tradicionais entidades esportivas do nosso Estado e conta com sede própria. praça de esportes com campo de futebol, ql1adra de futebol de salão e espaços para a prática de bochas e malhas. Cerca de 200 atletas militam em seus quadros, entre juvenis, veteranos e profissionais. Tal elenco, permitiu à A.A. Macedo adentrar à 3." Divisão de Profissionais da Federaçào Paulista de Futebol, onde, no Campeonato deste ano. vem cumprindo destacada átuação. bem representando o futebol de GUaru,lhos. A festa do cinqüentenário da simpática entidade este Deputado compareceu, quando, em companhia de outras autoridades guarulhenses. recebeu calorosa acolhida de parte de seus diretores e associados. Durante as festividades - e como evento mais importante - assistimos à inauguração do sistema de iluminação de seu campo de futebol, o primeiro em Guarulhos a receber tal melhoria, obra que, por si só. dá bem a medida de sua pujança associativa. Ao registrarmos nos Anais da Câmara dos Deputados tão auspicioso acontecimento, queremos manifestar a todos os associados da A.A. Macedo a satisfação de que está possuido este Deputado. que, por ser exatamente aquele que tem, nesta Casa, o privilégio de representar a comunidade guarulhense, melhores superiores razõe.~ encontra para esse gesto. Aos atuais Diretores. que tivel'am a incumbência história de festejar o cinqüentenário da A.A. Macedo, nosso particular e efusivo cumprimento pela obra que lhes incumbe zelar e, eomo vêm demonstrando, ampliar, como a melhor e mais duradoura herança que poderiam legar às futuras gerações associativas. Para registro. nomeamos a todos, à frente o dinâmico Presidente Antônio Vicente Torregrossa: "Vice-Presidente - Robson Borges; Secretário-Geral Wellington Frederico Hotops; l.°-Tesoureiro Geral -, Ferna'ldo Morás Rodrigues; 2.o-Tesoureiro Geral - Otávio Antônio da Silva; 3.o-Tesoureiro Geral - Miguel Líbano; 4. 0 -Tesoureiro Geral- I.~sasse Watanabe; 5.0 -Tesoureiro - Geral - Waldemar Francisco; 6,o-Tesoureiro Geral Adão Pereira Jorge; Diretor de Esportes -- Renato Da- Mate de l"HI 1)1;\&10 DO CONGRESSO NACIONAL (Sec;ão I) míal1e; 1.°-Diretor de Esportes - Luiz Antõnio; 2. 0 -Diretor de Esportes _. Orlando de Oliveira; 3. o -Diretor-Extra Nelson Francisco; 4,o-Diretor-Veteranos - Nelson Gonçalves; Diretor do Dentão .- Alam' Luiz Pereira; Diretor do Dentinho - Adão Pereira Jorge; Diretoria Social - Benedito A. da Silva, Vitor Angêlo e Anielo Leonze; Diretor de Patrimônio -- Orlando de Oliveira; Relações Públicas - Luiz Antônio, Nahil'n Zeitune e Carlo..~ Andrade." O SR. NORTON M;\CEDO (;\RENA - ('R. ('ronuncia o se· ,giunte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Congresso Nacional aprovQu e o Presidente Ernesto Geisel sancionou, J1a. última quarta-feira, a Lei que regulamenta a profissão de art.lsta e técnico em espetáculos de diversões públicas. Decênios decorreram, regimes c Governos se sucederam sem que se realizasse este anseio de uma brava ciasse de trabalhadr-re" que, lutando sempre, não conseguia superar a marginaliza~ãQ LI que fi insensibilidade dos governantes de outras épocas a if'lI'gava. Inúmera~ foram as tentativas. Inúmeras e inglórias. Sempre que os artistas se aproximavam de seus objetivos, interesses maiores postergavam as conquistas pretendidas e invalidavam os esforços desenvolvidos. Somente no atual Governo _ é preciso que se diga por justiça -- a seriedade acompanhou, desde o início, os estudos que procuravam tornar realidade a regulamentação da profissão de ~rtista. ' Acompanhamos de perto, .sem o alarde oportunista que marcou a atuação da Oposição no episódIo, todas as etapas do processo que acaba de consumar-se com êxito. Os encontros do Pre.sidcnl".e Ernesto Geisel com representantes da classe, em Manaus, marcaram, sem dúvida, a reabertura d.e um diálogo que cessara há muitos anos, pela indiferença de uns e pelo radicalismo de outros. Antes disto, seguindo uma tradição de toda a sua vida pública, o Ministro Ney Braga já procurava sentir os artistas, ouvindo deles a reiteração de suas reivindicações, abrlndo-Ihes perspectivas, estimulando-lhes os pieitos e buscando, com eles, soluções justas para as pretensões de toda a classe. Também o Ministro do Trabalho, com muita ênfase, exerceu co seu papel no processo, ouvindo, propondo, transigindo até, para Que se tornasse realidade lUll sonho de tantas décadas. Emocionavam a Nação, pelo absurdo que os cercava, os casos de procópio Ferreira, Grande Otelo e tantos grandes nomes da ~Lrte brasileira que, trabalhando uma vida inteira, aos olhos e sob os aplausos de todo o povo, chegavam à velhice sem direitos sociais a protegê-los, sem aposentadoria, sem recursos para uma ,sobrevivência digna. O Retiro dos Artistas era um grito de alerta e de socorro que os Governos não ouviam. E tudo isso é passado, agora, graças à iniciativa do Presidente Ernesto GeIsel, aos esforços dos Ministros Ney Braga e Arnaldo :1'rieto, à participação efetiva e lúcida do Congresso Nacional. Providência como esta, que marcam uma época e um Governo, significam o reencontro do Poder com a inteligência brasl1eira. Muito já fora feito antes, bastando lembrar a instalação do Conselho Nacional do Direito Autoral, que conteve os abusos das sociedades arrecadadoras, protegendo efetivamente o direito do .lutor e garantindo-lhe a retribuição pelas obras de sua criação. Vale citar também a Lei que reestruturou a EMBRAFILME, proporcionando condições ideais para o cinema nacionai antes prejudicado pela concorrência desigual da produção estrangeira. A ampliação do mínimo obrigatório para a exibição dos filmes nadonals foi outra conquista significativa. Depois foi a criação da FUNARTE,' abrangendo todas as áreas <la produção artistica e significando o estimulo - jamais a interf'erência ou o controle - do Poder Público às atividades artisticas j) culturais. Daí decorreram as grandes promoções, os concursos de banda.s, o Projeto Pixinguinha, a divulgação maior da música popular brasileira, a proteção do músico e do intérprete com a .criação de maiores oportunidades de emprego. Também o Serviço Nacional de Teatro dinamizou a sua atividade. De nossa iniciativa mesmo, vale reiembrar, por oportuno, dois projetos foram apresentados ao Congresso Nacional, um em defesa da música popuiar brasileira, estabelecendo obrigações e normas para sua divulgação, contendo os avanços e a concorrência da música estrangeira, garantindo direitos de autores e intérpretes; outro, de importância maior, apresentado em 1975, procurando nova orientação para a censura, retirando-a da área poliCial, estabelecendo critérIos adequados para sua efetivação, Sábado 27 4205 apenas através de processos de classificação por faixas etárias e oferecendo direito de defesa para o autor qUe tenha sua obra submetida a julgamento. A tese contida neste projeto. que será por nós reapresentado, devidamente adaptado, em forma de emenda constitucional, obteve ainda recentemente a consagração do plenário da VII Conferência Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, que aprovou a tese "Informação Cultural no Estado de Direito", de autoria do' Professor René Ariel Dotti. Feitas estas observações, Sr. Presidente, Srs. Deputados, e registrando com o destaque c;levido e o júbilo adequado a grande conquista que foi a regulamentação da profissão de artista, que marcou 24 de maio de 1978 como o dia da libertação da classe, com muit,a isenção desejamos reafirmar, ao lado de nossa confiança no Governo.do Presidente Ernesto Geisel, que apenas uma etapa ainda não foi alcançada para a realização dos anseios elevados e nobres da inteligência brasileira: exatamente a etapa que agride a cultura e a criatividade nacionais através da presença policial e retrógrada da censura. Voltaremos às tentativas de superação dessa etapa, repetindo, nesta oportunidade, os termos e as propostas de nossos pronunciamentos de 1975; "O Ministério da Educação e Cultura, ou entid,ade interministerial, ou Conselho Superior integrado por autoridades realmente credenciadas à análise dos textos, à compreensão de seu significado, à correta noção do valor culturar de cada peça, de cada texto, de cada composição, estas seriam hipóteses maís adequadas para a absorção dos serviços de censura. Evidentemente, a cultura não pode ser considerada um caso de polícia, nem os intelectuais podem ser tidos como marginais, impedidos ou apenas - o que já é grave - desestimulados em sua criatividade." E repetimos ainda; "Fracos. muito fracos, seriamos, como nação, como Estado, como regime, se nos sentíssemos ameaçados pelos versos dos poetas. Felizmente, não é este o caso do Brasil. O Presidente Ernesto Geisel, com sua grandeza e visão (le estadista que sente a alma brasileira, tem aberto diversas frentes de diálogo. Uma delas, oportuna entre as mais oportunas, com os homens da cultura. A nós, parlamentares que pretendemos colaborar na construção do Brasil novo, essas mesmas oportunidades estão asseguradas." Era o que tínhamos a dizer. O SR. SEBASTIAO RODRIGUES JÚNIOR (MDB - PRo Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, 81'S. Deputados, Capanema, Municipio situado na faixa da fronteira sudoeste paranaense, reivindica, de longa data, a implantação da BR-163, ligando Capanema a Medianeira. Apenas um trecho de 50 km completaria uma rota alternativa de Curitiba a Foz d~ Iguaçu, possibilitando. portanto, uma nova via, não só no que tange à exportação de produtos brasileiros para o Paraguaí, como também com vistas à importação de itens daquele Pais vizinho. Recebiam 53 km para possibilitaI' essa via aiternativa, eis que, desta forma, se .obteria a interligação com a nova estrada que ligará a faixa de fronteira do sudoeste paranaense à Capital do Estado, via Pato BrancoClevelândia-Palmas-União da Vitória. Argumentos não faltam, além dos já expostos, para justificar a procedência da reivindicação do Município de Capanema. Primeiramente, poderíamos ressaltar que a nova via teria grande importância no transporte de areia e alimentos para Itaipu. Ainda para exemplificar a relevância da estrada, basta dizer que o movimento de tráfego de Capanema a Medianeira é de 1.000 a 1.500 veiculas diários. Todavia, não seria justo fizéssemos tal reivindicação sem lembrarmos a necessidade de que essa nova estrada fosse completada com a ligação de Capanema ao Municipio de Barracão. n uma faixa de cerca de 60 a 70 km. Teríamos, assim, todos os Municipios da fronteira do sudoeste pamnaense interligados por estradas asfaltadas, podendo-se posteriormente faZer a ligação do Município de Capanema à Capital do Estado. Esta é uma antiga reivindicação e, na verdade, apenas aquela estreita faixa do sudoeste paranaense carece de asfaltamento. Municipio de faixa de fronteira, a incumbência, sem dúvida alguma, cabe, em primeiro iugar, ao Governo federal. Dai por que formulamos este apelo às autoridades competentes, a fim de q!Je atendam à reivindicação do povo de Capanema e dos MuniClplos de fronteira do sudoeste paranaense. Trata-se de uma rodovia de grande importância, não só para aquela comuna, mas para a economia do Estado, além de ser uma via de acesso internacional. O SR. ERNESTO DE MARCO lMDB - se. Pronuncia o seguinte discul'SiJ ) - Sr. Presidente, 81'S. Deputados, quando o 00- 4236 Sábado 27 :\laio de 1!17il', .,""""""".=="""====================...."'->!"'.========="'-~ . . "'-. . "'-~"..-"'--""-,.."======,.,,..,=-==========."'-,.,--""'== 'Verno, seja ele federal ou estadual, fala em desenvolvimento glob.11 Portanto. quando o povo. através do voto livre e consciente. do Pais, longe: n,ulto longe está da realidade do grande interior disser NÃO aos maus administradores e aos candidatos da Aliancn brasileiro. Planos e :...1is planos são elaborados, projetos e mais Renovadora Nacional, nmguém se adnure. Sr Presidente. É' a paga projetos são anunciado;, mas, infelizmente, a cada ano que passa, pelo mau tratamento recebido durante todo €'sse tempo. mais piora a situação dos nossos MunicíplOs. Quando muito, pela Era o que tmha a dizer. arrecadação, pela sua participacão nos índ:ces do ICM, alguns O ~R_ ÁLVARO VALLE (ARENA - RJ Pronuncia o seguinte aiada conseguem melhorar a imagem, mas, assim mesmo, à CUSLél discurso.) -- ~r Presidente. 81'S, Deputados. desde que cheguei a . 'de seus' próprios esforcos. esta Casa tenho procurado alertar a opinião pública para a gra.Já não adIantam os apelos dos Prefeitos e Vereadores, nada vidade dos problemas que enfrentamos na Escola Brasileira. O sig11lficam os memoriaIs subscritos por entIdades de classe pemais importante deles parece-me ser a queda na qualidade ele endindo esse ou aquele melhoramento, porqL:e a tecnocracia imsino, c e'a se veu: verificando em todos os graus. Qualquer profesplantada neste País a partir de 1964 eliminóu completamenle sor. qualquer estudante. qt:alquer chefe de 'fami1ia é testemunha todas as chances de entendimento entre o Governo central e o dest.e problema que nos preocupa a todos. homem do interior. É como se existisse uma sólida cortina, a Semp,re fiz questão de ressaltal' que não podemos atribuir ao separar governantes de governados e como se vivêssemos todos bagoverno e muito menos ao Mll1fstério da Educação. quàlquer resseados numa receita com aplicação certa e prazo prefixado. Assim. pOl1sabibdade pela crise por que passamos, Pelo contrário, o Misempre que o Governo Federal traça determinada meta. mesmo .adu:itindo que possa haver falha. para mais ou para menos. nunca nistro Ney Braga esforçou-se, com êxito, para atenuá-la. sobretudo para datar o sistema de instrumentos que lhe permitam enfren~ procura inteirar-se da verdadeira situacão. Traçado um plano de governo. ficam as prefeituras do interior prOIbidas de revindlcar. tar o problema. Pela queda na qt:alidade do ensino somos solidariamente responsá velS. palS, professores. estudan tcs, toda a so"para não atrapalhar os planos federais". ciedade brasile:ra. porque este ê um problema seu. Além disso. Mas acontece. Sr. Presidente. que esses planos são na matoria um problema que tem raízes profundas. e mesmo no campo da falhos. e o nosso desenvolvimento é dinànuco, ágil e constante, admi11lstracão púb1Jca elas estão em gestões bem anteriores à do não pode esperar muito tempo. atual Ministro da Educacão. Nas constantes visitas que faco aos Municípios' do grande oeste Para falar sobre a notável obra realizada pelo Minisrto Ney catarinense, que tenho a honra de representar nesta Casa. não Braga na Pasta da Educação. esperei propositadamente. às véspe-' encontro um .só que não tenha problemas crõnicos, seja na área . ras de sua saída do Ministét'io, A ninguém poderá parecer que do Governo do Estado. sej a em relacão às obras federais. As roeste discurso visa a objetivos políticos ou ao agrado de homens do dovias, além de mal conservadas. exigem prolongamento. pois Poder Falo, SI' Pres;dente, sobre o Ministro que sai E exaltarei nem todas estabelecem ligação com os Mllllieípios mais distantes ou o seu esforco. que é dos mais brilhantes. com a autoridade de mais afastados das estradas federais. As obras de saneamento, ql:em sempre teu: analisado cuidadosamente os problemas da como água, esgotos. coleta de lixo. na sua malOria não saenl sequer educação brasileit·a. dos convênios. Sem falar nas reparhcões públtcas, funcionando em Devemos à atual administracão a lmplantacão do Crédito Educasas de madeiras, como é o caso' das agências dos Correios. sem cativo, verdadelra Lei Ãurea do estudante braslleiro_ Podemos dizer a mínima segurança. E nem seria o caso de parti-::ularizar. Sr. que o Brasil é um dos raríssimos países do mundo - e neles inPresidente, porque os problemas são tantos e de toda ordem que os cluimos os maIs desenvoh idos -- onde qualquer jovem. rico Oll Prefeitos são levados a verdad!'lro desespero. pobre. pode _freqüentar a universidade. Este programa já ating;u_ E o Governo do Estado. a est.a altura dos acontec:mentos, licerca de 313 000 estudantes. e cerca de 100.000 alunos recebem mita-se a contemplar o panorama. porque, sendo este o último financiamento que paga suas mensalidades e a1l1da lhes permite ::mo de sua administração. Já não há o que -recuperar. É tarde para a manutenção. O Crédito Educativo é talvez a n,aior realização recobrar tempo perdido, Armai. Sr. Presidente. -nossos governando Governo do Presidente Geisel. . tes preclsam saber que os pcriodos administrativos são curtos. e oposicionistas dIzem que o Governo faz autopubltcidade. Alguns 'que o tempo não tem compromIsso com eles. Eles sim. e que preMas quantos brasileIros sabem que no ano passado distribuímos cisam ser práticos e objetivos nos seus planos de acão para qUli:, g'ratUltamente cerca de vinte milhões de livros didáticos a estuao final. da jurnada. possam legar alg-uma realização positiva às dantes bmsllelros? O Programa de Material Escolar, excluindo o gerações futuras. livro didát:co, cresceu de tl'1l1ta e um milhões de pecas em 1974 para ses5enta e cinco milhões em 1977. Os que conhecem a realiMas, Sr. Presidente, eu ainda u:e arrisco a fazer U111 apelo ao dade da escola brasileira perceberão a importância de se terem Governador Antõnio Carlos Konder ReiS, em fa,or da eidade de produzindo. por exemplo, mais de trinta milhões de cadernos apeXaxim. onde ele esteve em campanha política e andou fazendo promessas de candIdato: a cidade precisa de um edifício-sede para nas em um ano. .o Forum. porque não é possivel o funcionamento. numa mesma Também Ioi grande a repercussão. 81'. Presidente, do esforço casa, do Judiciário. do Leglslativo e de múmeras repartlções púque se vem J'eallzando na área da mer€'nda escolar. De'ide 1974 c2sblicas. Isso já chega a ser uma desconsldel'acão e um desrespeito sou o auxilIO financeiro da USAID. o que não impediu o desenà Justiça. S1'. Presidente. volv'mento do programa. Em 1978 serão forneCIdos cerca de 1.7 bilhão de merendas a jovens estudantes braSileiros. Todos sabem Não faz muito. foram criadas diversas Comarcas. mas permaque muitas vezes crianças carentes freqüentam a escola também l1ecem por instalar. por falta de dependências adequadás ASSIm por cat:sa desta alimentação, que nos lares mais pobres não é ,ocorre com os Municipios de Campo Erê e 8ão José do Cedro, suplementar. O ideal serJa que tivéssemos uu:a dlstribuicão dl' entre outros. e acredito que com a maiona dos Mun:cipios brarenda que alterasse esta realidade Enquanto ela não vem.' o Misileiros. Nem cadeia pública apropriada possl:em, Sr. PreSidente. nistério da Educacão realiza eSSa obra gigantesca. E, a partir do "pacote de abril", o Governo Federal anuncia que está dinamizando a acão da Justiça no interior, o que não e Vem procurando o governo seguir uma polít-ica coerente e bem. verdade. planejada. 80b a ég:de do II PND. três documentos delineiam essa política: eles definem a Política Nacional Integrada da EduNão menos delicada é a situacão do ensino na maioria dos cacão, a Politica Nacional da Cultura e a Política Nacional de Municípios do oeste catarinense Prêdios velhos, caindo aos peEducação Fisica e Desportos. daços. oferecendo sérios riscos às crianças e aos própnos proNa escola de 1.0 Grau. pouco pode fazer a União para 111elhofessores. Tanto é assim que o Municiplo de Ponte Serrada Tal' 8. qualidade do ensino. O problema mais grave é de n:sponsalrani - Caxambu do Sul. a professora e os pais de àlunos. preobilidade direta dos Municípios e dos Estados. De qualquer forma. cupados com o mau estado da escola, 'preferiram alugar uma casa tentou-se ajudá-ios So entre 1977 e 1979, serão capacítados cerca particular. de 220.000 professores em cursos e;;peclais. Além deles, estão sendo Apenas um exemplo, Sr. Presidente: habilitados prof.:?ssores leigos em exercicio nas escolas de 1 o Grau, utilizando-se técnicas modernas de ensino à distância. A colaboQuando o Governador Antônio Carlos Konder Reis vem a racão com os E;;tados permitiu que chegássemos em 1977 a uma Brasília e anuncia que as coisas por lá vão mdo bem, certamente é porque não quer trazer problemas maiores para os seus superio- escolarização de quase 80~~, na faixa dos sete aos catorze anos. ConsegUIu-se também reduzir sensivelmente as taxas de evasão e res. Mas. que eXlstem. existem. _ repetencia nas primeiras séries. É lamentável. no nos~J entender. Preocupado com as novas funcões que pretende. conquistar, que alguns Estados distorçam estatisticas. promovendõ a aprovaquando sair do Governo. limitou-se o nosso governador a fazer ção automática nos primeiros anos escolares. A obrigacão da '28propaganda de sua administração. propaganda essa que não recola é ensinar e não aprovar Alêm disso. o aluno despreparadü Siste ao menor confronto. Pra.ticamentc. todas as Secretarias de que se promove estratiflca lacunas que dificilmente lhe permitem Est3-do apresentam. saldo negat:vo. Mas o Governador não se um comportamento escolar regular no futuro Apesar das distinpreocupou com o aperfeiçoan:ento de sua obra e deixou o tempo ções. O progresso é eVIdente. correr, Só que, agora, é tarde. Sr, Presidente. para recuperar o Cons~gUlu-se aumentar em 56";0 o volume de bolsas de est.udo tempo perdido. Não se tem conhecimento de um sé plano de vulto dist.nbuida;;. e esses bolsis!,as. repr-esentam hoje .lll.ais de 3 r;,_ ,c:ia)?9.: <lo Governo catannense. ao longo dos últimos quatro anos. ° Muio de 1978 mAmo DO CONGltESSO NACIONAL (Seção n Sábado 27 4~07 .=,==============:================"'"""'" pulação escolar que freqüenta escolas particulares. Não descuidou a administração do estímulo â educação especial. Entre 1975 e 1978 estão sendo capacitados cerca de 11.500 profl'ssores para esta área e mais de 3.000 técnicos. Entre 1977 e 1979 está previsto o auxíJi.o :l'\ mais de 800 instituições. Na área do 2.0 ,Grau está-se desenvolvendo grande esforço na preparacão de profe~.sores e programas especiais, que .abrangem o ensino de Ciências. incluindo Física,. Química, Biologia, Matemática, Saúde, além de Estatística e Introdução a Computadores. Para o periodo 77 a 79, prevê-se a construção de 170 laboratórios de ciêmcias básicas. É importante o trabalho que vem sendo realizado para a integração Escola - ;Empresa. Além disso, procura-se também integrar a escola de 2.° Grau com a Universidade, o que permitirá o desenvolvimep.to dos centors interescolares. Durante a ge<.tão do Mmistro Ney Braga, observando-se a experiência e a realidade brasileira, começou-se a permitit também o funcionamento de escolas de 2.° Grau, voltadas sobretudo para a formação geral, desde que ainda não preparadas tecnicamente para d·esenvolver a formação especiaL Obrigar todas a<· escolas à profissionalização seria apenas estimúlar a farsa. Desenvolveremos o ensino profissional no Brasil e poucos programas serão tão importantes quanto este - estimulando e aprimorando as escolas técnicas com longa tradição e já muitos servic~os tJrestados. As escolas. técnicas federais tiveram a sua estrutura modernizada. beneficiando-se 142 cursos em 23 escolas. Em todo o Pais elal) foram equipadas e ao mesmo tempo o Governo apóia a rede particular. ]j; importante wbressair o esforço dos colégios agrícolas, nos quais foi estabelecido o sistema escola-fazenda. Só no ano de 1976 foi comercializado um excesso de produção no valor de seis milhões de cruzeirol) nessas escolas. Em julho de 1977 tinhamos no Brasil 871 instituições de ensino superior, com uma população de cerca de 1,2 milhão de alunos. Temos 64 universidades, das 9uais 42 são públicas. Na área do ensino superior foi grar;tde a preocupação do Mi-. nistro Ney Braga no sen'tido de estimular a melhor preparação do pessoal docente. Já estamos com mais de 20% do pessoal docente com títulos de mestrado e doutorado, e já dispomos de mais de ;iDO cursos de pós-gi'aduação credenciados. Para tanto, de 1975 a 1979 estão sendo concedidos 53.000 bolsas para CUJllSOS no Pats e 7.650 no exterior. Para que se tenha idéia da importâ.ncia de tal i:nograma para a formação de jovens técnicos brasileiros, basta dizer que 80% dos geólogos formados no Brasil terminaram seus curSOS*11OS últimos dez anos e têm hoje entre 25 e 35 anos de idade. OI} brasileiros de nível superior que trabalham hoje com os cinco mil computadores instalados no País formaram-se recentemente e têm quase todos menos de trinta anos de idade. O Ministério da Educação criou um Banco de Teses, onde já estão catalogados cerca de 63.000 estudos. Estimulando o trabalho universitário, desenvolveu-iJe um progmma de construção e instalação de campi universitários que já 'be·neficiou a dezenas de instit.uicões oficiais. Mais de cem insti~ui ções particulares também constituíram ou alargMam seus campi com financiamentos oficiai!!. . Para melhor planejamento de suas atividades nas áreas de 2. 0 e 3.° Graus, o Ministro Ney Braga promoveu e estimulou levantamentos sistemáticos do mercado de trabalho, procurando também -ordenar a sua expansão em função das necessidades oociais. Na área do ensino supletivo é importante que se realce o trabalho do MOBRAL. Entre 1974 e 1977 foram alfabetizados mais de seis milhõ·es de brasileiros, e nos próximos anos teremos chegado à plena erradicação do analfabetismo, com taxas iguais às da Europa Ocidental. Neste campo. o Ministério da Educação conseguiu mobilizar a opinião pública brasileira e transformar seu movimento em uma obra que orgulha toda uma geração. O ensino supletivo está habilitando professores leigos a niv·el de 2. 0 Grau, através do Projeto Lagos lI. O .seu êxito pode ser medido pelo fato de já terem sido atendidos. em' 1977, 25.000 profes.sores dos 45.000 previstos até 1979. A televisão educativa extende seus programas através de todo o território nacional. Seu curso "loão da Silva" já atendeu a mais de 250.000 estudantes e a 18.000 alunos em telepostos. O Projeto Minerva, só em 1977 atendia a 150.000 alunos em quase 5 000 radiopostos instalados. É tradicional qu-e o Ministério da Educação acabe esquecendo que também se deve dedicar à cultura. Isso não aconteceu nos últimos anos quando, .sem intereferir ou imiE:,cuir-se na produção cultural, o Governo vem fazendo nesta área mais do que se fez em toda história do Pais. Os intelectuais que conhecem a extensão do esforço governamental serão sem dúvida, e estão sendo, reconheCidos por uma obra que, sozinha, consagraria qualquer administraçiio. Na área das artes plásticas, permito-me ressaltar a sanção e ;execução do meu projeto que criou o Salão Nacional de Artes Plás- ticas. Este era um sonho de decênios dos artistas bral)ileiros. O Ministério da Educação atuou para' que o Governo atendesse também ao apelo que formulamos no sentido de serem reduzidas as taxas de importação que recaem s8bre o material de trabalho importado por ãrtista 5. • Criou-se a FUNARTE, dando outra dimensão à capacidade de trabalho do Estado. com uma administração eficie~te, a FUNARTE vem prestando serviços incstimáveis à cultura brasileira. Neste mesmo período, foi implantado o Conselho Nacional de Direito Autoral, pOS3ibi1itando-~e a solução de um velho problema. Em 1976 e 1977 foram concédidos auxílios para construção ou obras em vinte e um teatros. Patrocinaram-se cerca de 450 espetáculos. No setor do cinema foram aumentados de 84 para 133 os dias de exibição obrigatória de filmes brasileiros, incentivaramse também os festivais nacionais. O Instituto Nacional do Livro co-editou 253 novos títubs, tendo participado da produção, só em 1977. de 945.000 exemplares de livros. Já em 1976 distribuiam-se 560 novas bibliotecas aos MuniCÍpios, enquanto se treinavam mais àe 6.000 auxiliares de biblioteca. Ao mesmo tempo o INL vem n,editando obra.s fundamentais para a cultura brasileira, bastando lembrar a Coleção Brasiliana. Na área de Educação Física e Desportos, até 1979, todas as Universidades brasileiras disporão de Centros Desportivos. Uma cuidadosa reforma de legislação, realizada com a colaboração deste Congresw, permite hoje uma nova dimensão da ação governamental. Em 1974 o Brasil dispendia em educação e cultura, quase vinte milhões de cruzeiros, mais de 3% de nosso Produto Interno Bruto. A relação em 1960 era de 1,62% e em 1964, 1,5%. Além dísso, Sr. Presidente, conseguiu o Ministro Ney Braga reestruturar o Ministério da Educação e Cl1ltura, permitindo maior dinamismo em uma máquina tradicionalmente dificil. A falta de tempo não me permite desenvolver a matéria. que não julgo menos importante do que outras que procurei levantar neste discurso Estas palavras, Sr. Presidente, eu as proferi desta tribuna não para dizer ao País de uma obra que ele conhece e cujos benefí· cios está recebendo. Procuro sobretudo, registrá-la nos Ana!.s desta Casa, para que amanhã os estudiosos e pesquisadores relembrem a administração eficiente do Ministro Ney Braga. S. Ex. a deixa no Ministério da Educação e Cultura a lmagêm e um realizador e a lembrança de um homem a quem a Escola e a Cultura brasileiras sempre ficarão a dever. Era o que tinha a dizer. O SR. JOSÉ ZAVAGLIA (MDB - SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - 8r. Presidente, 8rs. Deputados, como ocorre todos os an05 em que se procedem às eleições no país, quando são notadas medidas administrativas com conotações estritamente políticas, este ano de 1978 não poderia deixar de fugir à regra. Lamentavelmente, avolumam-se o número de denúncias sobre arbitrariedades cometidas em nome do interesse de pseudocandidatos a cargos eletivos neste 15 de novembro próximo. Nós não pederiamos ficar indiferentes às injustiças que se multiplicam, sendo mesmo um dever de consciência trazê-las a este plenário, embora saibamos que por culpa daqueles que não sabem diferenciar entre a ambição pessoal e o dever profí,s<.ional privamos os nobres companheiros de assunto que realmente envolva os problemas nacionais. Antônio Siqueira é um humilde e honesto funcionário da Companhia d"e Entreposto e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo. Presta à' CEAGESP. na unidade de Itirapina, 13 anos consecutivos de serviçol:, não havendo, ao que consta, nada que o desabone durante' esse periodo. Dissemos que se trata de um funcionário modesto, pois mesmo considerando toda esta quase meia existência de dedicação profissional à empresa, percebe um salário de Cr$ 2.690,00 mensais, mais os beneficios repr'esentados por salário-família e adicional noturno, aliás encargos prevístos em lei e que não se prestam como uma efetiva referência em termos de valorização do ,salário. O currículo de Antõnilil Siqueira, entretanto, tem uma mancha, percebível apenas nos tristes dias por que atravessamos. Por uma questão muito sua, muito pemoal, por uma vontade de querer participar, de querer dar um ~ouco de si en;t benefício de seus semelhantes, ele entrou para a vida pública, elegendo-se vereador pela sua cidade, Itirapina. Para tanto, escolheu a legenda do Movimento Democrático Brasileiro, seu grande erro, seu maior pecado, pois mal sabia que ao se abrigar sob o manto oposicionista sua vida profissional estaria irremediavelmente comprometida. Não com o partido, mas com aqueles que d·etêm o poder e não se limi· tam a exercê-lo dentro das prerrogativas que supostamente lhe cabem. Sua abnegação ao trabalho, seus 13 .anos de serviço, seu procedimento correto, foram argumentos não consid-erados quando do preenchimento da vaga de Conferente, que por merecimento deveria caber a Antônio Siqueira. 4Z08 Sábado Z'7 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção o presidente da CEAGESP, Sr. José Henrique Turner, candidato pela ARENA a Deputado Federal, preferiu fuindar ao cargo um elemento indicado por quem, certamente, lhe traria resultados eleitorais favoráveis. Chegamos a esta conclusão pela simples lei-tura do ofício em resposta à pretensão do vereador de Itirapina. No item II do referido documento encontramos a afirmativa de que tempo de serviço não significa direito do servidor a uma determinada posição hierárquica dentro daquela empresa nem um empecillio para que a adminístração. segundo "seus próprios critérios e a bem do serviço, recrute outras pessoal') capacitadas, mesmo porque o cargo em causa não.se inclui, obrigatoriamente, nas linhas de promoção estabelecidas pela Diretoria". Esta argumentação caracteriza-se pela falta total de substância, ou mellior, é uma desculpa esfarrapada que maica uma consciência pesada, se é que ainda existe consciência na administração da CEAGESP. Lamentamos que homens de certo prestigio possam valer-se do s~crifício allieio para a satisfação de suas vaidades pessoais. Possam comprometer uma administração e fazer prevalecer uma ambição material que só tem valor aOS seus olhos. É em razão destes homens que se desvanece a crença popular sobre os dirigentes públicos. Era o que tínhamos a dizer. O 8R. 8IQUEmA CAMP08 (ARENA - GO. Pronuncia. o se~uinte discurso.) Sr. Presidente e Srs. Deputados, recente Resolução do Banco Central, de n.O 372, regulam"entando os financiamentos agropecuários, ofereceu recursos ao POLAMAZôNIA para atender, a partir de agora, somente aos grandes projetos agropecuários localizados em áreas prioritárias da Região Amazônica, beneficiando tanto as atividades de custeio, investimentos, patrulhas mecanizadas e insumos agricolas, como atividades industriaIs e agroindustriais. lsso não significa, no entanto, negação de incentivos para o pequeno e médio produtores em todo o Pais. Mas aquela Resolução estabelece Q Banco da ~zônia como o principal agente financeiro para a Região, abrangendo um total de quInze áreas. Entretanto, o escalonamento dos recuroSOs ainda não foi definido. Aponta-se como uma das mais interessantes inovações do projeto a criação de incentiv08 para o uso de "fatores técnicos de p'rodutividade", como também para a instalação de "patrullias meca-nizadas". A contar de agora, o POLAMAZONIA dará recursos para a aquisição de terras, através do Crédito Rural- Fundiário, no valor de cem por cento das terras, com juros de doze por cento ao ano e prazo de resgate de até vinte anos, com seis de carência. Abre o novo regulamento vastas perspectivas à ocupação da AmazôrJa, permitindo que, naquela bacia, empresas ou pessoas físicas, já pro-prietárias, recebam financiamentos para a compra de área próxima ao seu imóvel "ainda que não contigua". Foram as seguintes as áreas Prioritárias determinadas pela Resolução n.O 374, do Banco Central: Xingu-Araguaia, Carajás, Araguaia-Tocantins, Trombetas, Altamira, Pré-Amazônia-Maranhense, Rondônia, Acre, Juruá-Solimões, Roraima, Tapajós, Amapá, Juruana, Aripanã e Marajó. Nessas áreas, o Governo quer incentivar o desenvolvimento de empresas agricolas modernas, de grande porte, criando incentivos a Fatores Técnicos de Produtividade. . A medida, Senhor Presidente, é digna dos maiores encômios, requerendo, apenas, para ser excelente, de aperfeiçoamento, ou seja, de ser estendidas aos médios e pequenos proj etos agropecuários. Finalmente, antecedendo às iniciativas prometidas pelo Gen. João Baptista Figueiredo, o Presidente Ernesto Geisel aciona a área econômico-financeira e agrícola do seu Governo, com vistas a levar o Brasil a realizar plenamente sua vocação produtiva, no setor primário, para não mais importar alimentos e tornar-se, dentro de um qüinqüênio, seu segundo exportador mundial, conquistando divisas fortes para incentivar nosso desenvolvimento econômico, com vistas a que nos transformemos em grande potência antes do fim do século. Só tenho a aplaudir essas medidas: pelas quais me venho batendo desde a criação do Programa de Integração Nacional, em 1971. Se tardaram as providências, vale, agora, que todos nos congratulemos, principalmente os que representam, nesta Casa, qualquer parcela da Amazônia Legal, pela resolução do Banco Central do Brasil, sobretudo em vista do apoio que a medida representa para a fixação do homem em sua gleba originária, para a colonização e o desenvolvimento de vastas áreas brasileiras, que somam quase três milhões de quilômetros quadrados. A inclusão, no plano, da região do Tocantins dá ensejo a que parabenizem o povo nortense de Goiás, esperando, apenas, que tanto o mCRA como o mAGO titulem suas posses, a fim de que possam beneficiar-se dos incentivos crediticios e técnicos ora propiciados pelo Governo Federal. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. n Maio d. 1''7' O SR. ANTôNIO RRESOLIN (MDR - RS. Pronuncia o se(uinte discurso.) - Sr. Presidente e Srs. Deputados, consternou profundamente a socied!l-de porto-alegrense e os meios industriais e comerciais de Porto Alegre o falecimento, ontem, do Sr. Amo Vontobel, conhecido e conceituado homem de negócios e industrial gaúcho. O extinto, que era natural de Ijui, sucumbiu aos 57 anos de idade e deixou pranteando o seu prematuro -passamento os pais. Sr. João Vontobel e D. Cristina S. Vontobel; os filhos Maria Cristina, casada com -o Sr. Geraldo Müller e Arno Vontobel Filho, além da Exma. consorte, D. Esther; os irmãos Zilah, viúva de Pedro Garrafa; Omar, casado com D. Gani; João, casado com D. Ilone; Nilza, casada com Walter Engleitner; Wilma, casada com Olavo Londero, Henrique, casado com D. Tereza, e Ottomar, casado com D. Libera. Os pais, irmãos e cunhados do saudoso extinto são todos elementos ligados a empresas de grande envergadura do comércio e da indústria do Rio Grande do Sul, sediadas em Porto Alegre, Santa Maria, rjui, Santo Angelo e outras cidades. O Sr. Amo Vontobel foi o pioneiro e mentor de todas estas organizações, ocupando, ultimamente, o posto de Diretor-Presidente da Fábrica Mumu. Homem aberto a todas as iniciativas, o Sr. Arno Vontobel era sempre ouvido, desempenhando, na família, um papel de orIentador e conselheiro na equação dos- problemas relacionados com as empresM. ' Embora não sendo politico militante, o ilustre extintO sempre pertenceu ao PTB e ultimamente ao MDB, nunca f!\zendo segredo de suas convicções políticas. A morte de tão destacado capitão da indústria, por isto, teve funda repercussão, merecendo destaques especiais por parte da imprensa. O seu sepultamento, por estas razões, foi muito concorrido, contando com a presença inclusive de altas autoridades, pois desfrutava o mais alto conceito e estima gerais. Concluindo, não posso deixar de destacar urna das facetas marcantes da vida do Sr. Arno Vontobe1. Nunca fez do capital um instrumento a serviço da expoliação. Pelo contrário. Usou muitos dos seus recursos para criar melhores condições de vida para quantos tiveram acesso ao trabalho de suas empresas. Fazendo este registro, Sr. Presidente, apresento as mais sentidas condolências à D. Esther, aos filhos e parentes do Sr. Arno Vontobe1. O 8R. JOSÉ CARLOS TEIXEmA (MDR - SE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, a Liderança da ARENA nesta Casa designou o Vice-Lider Ruy Bacelar, para responder às acusações e criticas que tenho dirigido à diretoria da CODl!:VASF, empresa pública que tem a responsabilidade de implantar o projeto de aproveitamento das terras do Baixo São Francisco em Sergipe e Alagoas. É estranhável, Sr. Presidente e Srs. Deputados, tenha sido designado um parlamentar, representante da Bahia, que nunca atuou na zona do São Francisco, desconhece a realidade de Alagoas e, em particular, a de Sergipe. Até hoje, o Governo não conseguiu refutar perante a Nação e, em especial o MDB, que desenvolve luta em favor dos trabalhadores rurais do Baixo São Francisco, em sergipe, as criticas que temos formulado. Mais estranhável ainda, Sr. Presidente, não tenha sido escolhido um Vice-Lider com atuação em sergipe, ou Alagoas, ou me&IIlO um parlamentar da ARENA de Sergipe - e, eles são quatro. Ocupou o Deputado Ruy Bacelar a tribuna com a árdua e difícil missão de explicar os altos gastos da CODEVASF com a implantação de um projeto do qual o homem não é a base fundamental. Trata-se, simplesmente, de espoliação, que se amplia cada vez mais pela ação nefasta que a empresa desenvolve no Baixo São Francisco, em Sergipe. Era preciso que a Diretoria explicasse por que razão realiza tão altos gastos com publicidade, filmes, materiais impresSos, para justificar um projeto falido e que não corresponde à realidade e às aspirações de desenvolvimento e de amparo social dos trabalhadores rurais. Seria interessante explicasse também por que foram gastas somas incalculáveis para implantar diques, que, agora, estão sendo cobertos por material plástico, para prevenir as infiltrações, o que evidencia o baixo grau da técnic.a de engenharia de irrigação utilizada na implantação deste projeto. Ainda agora, toda a imprensa noticia que outros diques estão sendo rompidos pelas chuvas que ocorrem na região, pela terceira vez consecutiva nos últimos três anos. Acima de tudo, Sr. Presidente, as informações sobre o aproveitamento dos trabalhadores rurais na implantação do projeto se constituem numa inverdade. A empresa paga, sim, e isto foi testemunhado por uma delegação dos traballiadores que compareceu' à nossa Comissão da Bacia do São Francisco. Mas as diárias são de Cr$ 20,00 às mulheres e de Cr$ SO,oo a alguns homens, os qUE não DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção Maio dI! 1978 J) Sábado 27 4209 '11' j~stão em litígio trabalhista. Estes estão no Tribunal Federal de Recursos com mais uma ação de idenização contra a CODEVASF, ligara em grau de recurso, o que mostra, mais uma vez, que ~I Diretoria da empresa não tem desenvolvido- um trabalho administrativo compativel com a dignidade humana. Sr. presidente, o que se espera, neste instante, portanto, é que ~~ CODEVASF reveja sua Unha de orientação administrativa. a fim de os párias que lá sobrevivem sejam integrados a um projeto de (:olonizaçâo CODEVASF/INCRA, para o desenvolvimento das terras - j'ora das várzeas e aproveitamento efetivo do trabalhador rural ~:ergipano. • Durante o discurso do Sr. José Carlos Teixeira, o Sr. Peixoto Filho, Suplente de Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Antônio Morais, Suplente de Secretário. O SR. PRESIDENTE (Antônio Morais) }'eixoto Filho (Pausa.) Tem a palavra o Sr. () SR. PEIXOTO FILHO (MDB - RJ. Pronuncia o seguinte IlIiscurso.) - Sr. Presidente, 51'S. Deputados, o primeiro dever do homem público é a correspondência pontual, stncera e calorosa aos sentimentos e às aspirações populares. Daí, no exercicio do mandato representativo, procuro ser menos importante e mais singelo, para podel' ser mais do povo, inspirando antes minha ação política no espírito construtivo e no sentido do bem pÚblico. . Sr. Presidente, acabado de receber do eminente jurista fluminense Dr. Manoel Cavalcanti de Carvalho, honroso expediente, em que solicita a interferência da Câmara dos Deputados junto ao IlNER, tendente a solucionar um grave problema rodoviário. No quilômetro 23,5 da rodovia Washington Luiz impõe-se a construl;ão de uni retorno ligando a estrada antiga à estrada nova, obra já aprovada pela Diretoria de Planejamento em 1976, conforme Processo n.o 14.24.8176. EXTENSAO DO RETORNO: 455 METROS LINEARES Importância e vantagens da obra, que é de vital tnteresse público: 1.a - eliminação do perigoso cruzamento existente na rodovia nova Petrópolis - Rio, à altura da entrada para a antiga Fábrica Nacional ce MotoreS, cruzamento que é uma fonte de desastres e . causa permanente de insegurança. Apesar de proibido o cruzamento nas rodovias onde não existe sinalízação, por esse local transitam ônibus, automóveis e outros veiculas, de minuto a minuto, perigosamente; 2. a _ economia de combustível, poiI;, sem o retorno. os veiculas que se destinam à subida da serra e à. Vila, Beira Serra, antiga "Fazenda Santo Antônio", são obrigados a percorrer 26 quilômetros indo até o "Belvedore", para que possam regressar ao Rio de Janeiro ou a Duque de Caxias. O desperdício, tão-somente de gasolina, sem falar em óleo e material rodante, é, anualmente. da ordem de oitocentos mil litros; 3.a - necessidade de um retomo, para uma emergência ou um caso de mal súbito, eis que quem se destina à serra de Petrópolis pode precisar vóltar e não tem como fazê-lo, depois de passar pelo quilômetro 22, sendo forçado a ir até o "Belvedere", para, em seguida, retornar ao Rio de Janeiro ou às cidades vizinhas; 4. a _ necessidade de facilitar a vida de quem mora depois do quilômetro 22 ou na Vila ~eira Serra, antiga "Fazenda Santo Antônio", pois sem o retorno essa vila ficou como que sitiada. Sem o retorno, difícil é o atendimento médico, que se tqrnou quase impossível; difícil e custoso é o abastecimento do comércio. uma vez que o ônus do frete ficou muito pesado; enfim. com uma população de alguns milhares de pessoas, a vila Beira Serra tornou-se de precário acesso. O problema todo reside na volta, não só para quem reside ali e trabalha fora (e a população trabalha toda ela fora do local onde reside), como para quem vai à vila, a negócio ou a passeio; 5. a _ necessidade de facilitar a pérmanência da linha de ônibus que serve à vila, eis que, na volta de Duque de Caxias, os ônibus são obrigados a descer a perigosa l'ampa de terra batida, existente no posto "Rancho Alegre ", sujeitos a toda sorte de perigos, inclusive a assaltos à mão armada. Essa rampa, ligando as duas estradas, constitui um perigo permanente e uma. fonte de insegurança. No local exfstem apenas dois posseiros, que ali chegaram e se fixaram ilegalmente. Mas. os próprias posseiros estão de acordo com a obra porque, segundo alegam. serão por ela beneficiados. O terreno, embora situado num declive, é todo ele plano. Não é preciso a execução de obras de arte, Basta passar a máquina pelo local, reaUzar um pequeno -aterro para diminuir o declive do terreno e, por fim, assentar-se uma camada de asfalto sobre pedra britada, em toda a faixa de trânsito. Como o retorno só terá uma pista de trânsito, no sentido da descida, a fim de alcançar a estrada nova Petrópolis-Rio; a largura da pista deverá ser de dois a três metros. Mas isto é problema do DNER, por se tratar de especificação da obra. Todas as características ca obra, já devidamente planejada, devem constar do respectivo processo. URGÊNCIA DA OBRA Já planejada há vários anos e reconhecida como de utilidade e premente necessidade pública, pelos motivos retroexpostos verifica-se também ser dita obra. de interesse patriótico. Urge. pois, a sua execução sem mais demora. Nesse sentido, por intermédio dos signatários da presente exposição, proprietários também no local, nas proximidades do quilômetro 23, os habitantes da Vila Beira Serra apelam para o patriotismo e o espírito público do Dr. Ademar Ribeiro da Silva, ilustre e dmâmico Diretor do DNER, o que fazem também a título de colaboração com os poderes públicos, notadamente com as autoridades do DNER, certos da concretização do projeto e da realízação imediata da obra. Sr. Presidente, dada a longa decorrência de tempo da aprovação do projeto da obra reivindicada e do agravamento do problema, dirijo-me ao Sr. Ministro dos Transportes e ao Diretor do DNER, certo de que determinarão as providências cabíveis para a imediata execução do importante empreendimento, justa reivindicação das laboriosas populações de Duque de Caxias e Petrópolis. O SR. JERôNIMO SANTANA (MDB - RO. Pronuncia o seguinte discurso.) Sr. Presidente, 81'S. Deputados, é preciso denunciar uma vez mais os conflitos de terras em Jy-Paraná, em Rondônia, promovido pelo Grupo CALAMA. Recebo inúmeras denúncias de que o Grupo CALAMA está vendendo terras da União, ocupadas por posseiros. As terras ficam localizadas entre o aereoporto novo, o rio Urupá e o Igarapé do Leitão, em, JY7Paraná. Posseiros até com quatro anos vêm sendo perseguidos por terceiros compradores de terras do Grupo CALAMA, e o Grupo desta forma está causando mais um conflito de terr'as, jogando os compradores contra os posseiros. Nesta manobra perigosa estão envolvidos funcionários do INCRA de Jy-Paraná. como o 81'. Gomes. Funcionários do INCRA ali trabaham mais para a CALAMA do que para a aúlt"arquia. Ê um verdadeiro escândalo o envolvimento do pessoal do INCRA com grileiros em Rondônia. Os grilheiros têm prioridade no INCRA de Rondônia. Ba,sta ver o que ocorreu em Nova Vida. Houve, por exemplo, os escândalos dos despejos do pessoal de Abaitará, na região de Cacoal, onde, em vez de regularizarem as posses, deixam os colonos entregues à sanha dos pseudofazendeiro. O escándalo do desaparecimento de um processo em Porto Velho, onde estão envolvidos policiais, que cometeram abuso de autoridade, no caso de Abaitará, é apenas um desdobramento desta situação, onde os grileiros levam sempre va.ntagem em Rondônia. Os conflitos criados. por Walmar Meira na região de Urupá clamam por justiça. Ali a policia só atua contra os posseiros. O INCRA só faz perseguir os posseiros, em vez de lhes destinar terras. Nas cidades do interior de Rondônia não existe Justiça, e a Polícia se acha prestando serviços aos grileiros, como é patente nos casos da CALAl\-lA e Walmar Meira, Até quando? A "operação-documento" levada a efeito na região apenas se preocupou em tomar espingardas dos colonos e posseiros. Não cuidou de capturar os jagunços e seus chefes, conhecidos grileiros atuando na região, com largo trânsito nos gabinetes oficiais de Porto Velho. Em Cacoal, essa operação fez o levantamento, junto aos colonos e posseiros, dos pistoleiros que operam na área. Prometeram capturar os jagunços e até hoje a situação continua como antes, com os pistoleiros e grileiros agindo impunenmente contra as faml1ias cios colonos, na região de Abaitará e Prosperidade fatos esses t3lntas vezes denunciados pelo Vereador João Gonzagá. OBRA SEM DESAPROPRIAÇAO A "operação-documento·, não fornece aos colonos e posseiros o documento necessário, o- principal, relacionado com as terras: Não há necessidade da instauração do processo de desapropriação por necessidade e utiltdade públicas, porque o terreno por onde passará o retorno, local já demarcado, não é de propriedade pdvada. Os Vereadores do MDB, José Viana, João Dias e Noé Inácio dos Santos. têm-se preocupado com os problemas dos posseiros na região de Jy-Paraná, cada vez mais perseguidos pelos funcionários do INCRA e pela Polícia do Governo do Território. 4210 Sábado 27 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção Durante o discurso- do Sr. Jerônimo Santana, o Sr. Antônio Morais, Suplente de Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Peixoto Filho, Suplente de Secretário. O SR. PRESIDENTE (Peixoto Filho) .Argilano Dario (Pausa.) Tem a palavra o Sr. O SR. ARGILANO DARIO (MOB - ES. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, embora repetida a mesma farsa todos os anos, <lesde que se instalou sobre o País a Revolução de Março de 1964, só neste ano o Governo Federal teve a coragem, que entretanto não resolve nada, de, ao mesmo tempo em que anuncia. a os novos níveis de salário mínimo, declarar publicamente que o que o trabalhador passaria a ganhar ainda não dava para atender às suas necessidades mínimos. Tanto o nobre Sr. Ministro do Trabalho como o Sr. Presidente Ernesto Geisel procederam da mesma forma, embora em solenidades e em locais diferentes, mas sempre perante a Nação que, por enquanto, assiste passivamente a todas essas investidas. O Ministro Arnaldo Prieto, no mesmo dia e na mesma hora em que, cercado de microfones e de câmeras de TV, anunciava os novos níveis salariais para as quatro regiões do Brasil, Sr. Presidente, também declarava, para quem quis ouvir, que ele sabia que esse aumento não era suficiente para atender às minimas necessidades do trabalhador e de sua família. Não sei, Sr~. Deputados, se o próprio Ministro do Trabalho ouviu, no mais intimo do seu ser, a declaracão peremptória que eI~ mesmo fez de que sabe, por informações incontestáveis, .que seus órgãos ministeriais lhe oferecem, que os niveis salariais vigendo a partir do dia 1. 0 deste mês não satisfazem ao mínimo de que o trabalhador brasileiro necessita para não morrer de fome! Creio que posso, com todo o respeito, afirmar que falta algo ao Ministro Arnaldo Prieto para dizer corretamente das necessidades essenciais da família de um trabalhador, numa afronta diária à miséria aviltante que o sistema conjuntural impingiu e a que se vê obrigada a maioilla do povo brasileiro. A história do mundo está ai mesmo, :para confirmar o que estou dizendo! Já o Sr. Presidente da República foi um pouco além. Escolheu outro cenário. Foi a São Paulo, no seio da maior concentração de operários do Hemisfério Sul, lá onde. graças a Deus, comecam a surgir de novo lideranças sindicais realistas, para declarar que sabe que o aumento que está sendo cado aos operários não é suficiente :para cobrir os aumentos do custo de vida, que ele sabe que são em nivel superior! Até quando, até onde a Nação brasileira vai suportar tanto descaso? Diante disso, é muito licito indagar: de que valem todas as medidas que o Governo Federal tem tomado para cercar o trabalhador de legislação dita eficiente para protegê-lo quanto ao futuro, se no presente o que se lhe oferece é o espectro da fome, da angústia e do desespero? O Presidente da República e o Ministro do Trabalho .sabem o que é o trabalhador levantar-se cedo para ir tr~balhar, na certeza de que não lhe é possivel comprar o leite, o pao e a carne para a esposa e para os filhos. E ainda por cima ouvindo dizer que as autoridades declararam, pelo rádio e pela televisão, que sabem que o novo salário mínimo não será suficiente para satisfazer às mínimas necessidades do trabalhador. Dizer que o Governo quer, mas não pode dar, um aumento maior. Sr. Presidente, é brincar, simplesmente brincar com .1 desgraça do operário brasileiro. Em qualqller boca pode ser encontrada esta indagação real. não sei por quanto tempo ainda: o Governo .da Revolução 'faz tudo o que que,., como quer e quando quer. Só não pode dar ao trabalhador um "ulárlo condigno. Era o .que tinha a dizer. O SR. RUY BRITe (MOB - SP. Pr(}nuncia .. :oeguinte dis'; curso.) - Sr. Presidente, no plenário desta Casa o Congresso Nacional aprovou, há dois dias, sob aplausos gerais, notadamente dos 'interessados, o projeto que regulamentQu a profissão dos artistas. Fbi uma decisão justa e sábia. Atendemos a uma antiga Mpiração daquela categoria, que contribui decIsIvamente para a dl'vulgação da cultura, apesar dos obstáculos representados pela atuação castradora· da. censura, notoriamente incapaz de compreender a ação criativa da verdadeira cultura· e da arte em seus di"ersOB níveis. A aprovação desBtl projeto tev.e características inéditas. Foi aprovado, chancelado pelo Congresso e refer.endado pelo Executivo no mesmo dia. Torna-se, por isto mesmo, imperioso que idêntico procedimento seja adotado imediatamente em relação ao projeto que re'gufamenta a p-t.Pfissão de radialista. Referido projeto, segundo soubemos, teve :fma redação final concluida desde 17 de fevereiro próximo passano. Representa ele um solene compromisso assumido. pelo Sr. Presidente da República: em novembro de 1975, quando S. Ex.lI; recebeu em audiência éspecial, no Palácio Piratini, em Porto Alegre" os dirigentes sindicais dos radialistas. f) Maio de 11178 Referido compromisso foi ratificado em outras oportunidades, a última das quais em junho do ano passado, quando a laboríosa classe dos radialistas realizou, em Brasília, seu IV Congresso Nacional. O projeto da regulamentação dos radialistas adquiriu caráter de urgência, agora que já foi regulamentada a profissão de artistas. Os radialistas l'epresentam uma profissão importantíssima. Sua atuação efetiva-se em todo o território nacional, desde os centros mais populosos, como Rio e São Paulo, até os mais distantes rincões de nossa Pátria. São eles representados por 16 sindicatos, uma Federação Nacional e uma Confederação. Tais entidades representam a categoria em todo o País, congregando, aproxifhadamente, 70 mil profissionais do rádio e da televisão. São todos aquele que, embora não atuando como atores ou figurantes, igualmente trabalham no rádio e na televisão. A demora do Poder Executivo em enviar ao Congresso Nacional o projeto que regulamenta a profissão de radialista está reper· cutindo mal entre aqueles profissionais, qúe, a exemplo dos ac' :,ta8, já atendidos, lutam há muitos anos por essa conquista .... ~, ,m muita justiça, diga-se de. passagem. O Sr. Ministro Arnaldo da Costa Prieto, do Trabalho, por dIversas vezes afirmou aos representantes dos radialistas que o projeto se encontra pronto para ser enviado ao Congresso Nacional. Está na hora, portanto, de cumprir o que afirma. Eis por que, interpretando os mais legítimos anseios dos radialistas brasileiros, enviamos desta tribuna. um apelo ao Presidente da República e ao Titular da Pasta que responde pelo bem-estar dos trabalhadores, para que remetam imediatamente ao Congresso o projeto que regulamenta aquela prufissão, assinalando o tinal de Governo e o final desta Legislatura com a aprovação dessa salutar iniciativa, secundando o ato que beneficiou seus companheiros de locais de trabalho, os artistas. O SR. CÉSAR NASCIMENTO (MDB - SC. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Movimento Democrátü:o Brasileiro, desde sua fundação, vem lutando pelo pleno restabelecimento do Estado de Direito e de tantas outras conquistas que foram suprimidas à classe política e ao povo. Entretanto, o clamor das vozes que reclamam e protestam por ideais compativeis com as aspirações de nossa gente não vem merecendo a menor atenção dos detentores do Poder. Enganaram-se, porém, os que pensam que a força e o arbítrio conseguiram fazer sucumbir os ideais daqueles que escolheram a legenda do partido da Oposição para lutar em prol de uma sociedade mais justa e humanL ~ É bem verdade que aceitamos as regras do jogo. Mas nossa participação visa tão-somente a fazer com que o julz saiba sue só poderá dar por encerrada a partida depois de expulsar de campo toda a eqi1ipe. Nessa luta, vários companheiros nossos foram, pelo arbitrio, afastados da vida pública. Não tiveram respeitados os mandatos recebidos do povo. Mas assim mesmo continuaremos lutando. E essa luta agora em nosso entender não pode parar e muito menos por questões doutrinárias. Hoje, toda a Nação repudia as medidas impostas pelo "pacote de abril", principalmente aquelas que tiraram do povo o direito de escolher livremente os seus Governadores e também um terço dos mandatos de Senador. Mas o fato está consumado - e o que nos resta? Senão aproveitarmos o descontentamento gerado pelas indicações e partirmos igualmente para a indicação de candidatos aos Governos dos Estados e também à Presidência da República. De adesistas jamais seremos tachados, isto porque () povo está conosco e sabe da nossa coragem, porque ela é inspirada nas dificuldades que ele atravessa. Ele sabe que na atual conjuntura somos nós que, bem ou mal, ainda erguemos nossas vozes reclamando e protestando por medidas mais justas e por melhores dias para todos. Assim, não me pejo de, nesta oportunidade, lançar a idéia de que, em todos os Estados, o nosso partido apresente candidaturas aos Governos e que também tenhamos a enfrentar o candidato indicado para a Presidência da. República o nosso candidato. Se é negado ao povo o direito de participar livremente dessas eleições, temos certeza de que aqueles milhões de br~SI lei,ros que nos deram o mandato esperam de nós uma. posição de coragem e não de abastardamento. O MDB possui em seus quadros figuras exponenciais e que podem e devem participar. E não se diga que isto é um' sonho. Não, a luta, já que não nos é dado escolher as armas e nem o campo de pe~ear, deve ser travada com coragem e destemor, sem se pensar na derrota. A grande verdade é que a História não fala de covardes. A hora é chegada - e concluo lembrando os versos de Fernando Pessoa, usados pelo nosso grande timoneíro na gloriosa campanha. ~W~: - DURIO D6 COSGRESSO NACIONAl;' (Sê~io fi "Navegar é preciso, viver não é preciso." O SR. I,RONIDAS SAMPAIO (MDB - RJ. Pronuncia o !le~inte discurso.) -- Sr. Presidente, Srs. Deputados, nosso objetivo ao eitar as estatísticas que enumeramos é solicitar urgentes providências às autoridades responsáveis. O maior número de óbitos registrados no Município do RiQ de Janeiro, no periodo de janeiro a novem· bro do ano passado, pelo Departamento Geral de Saúde Pública, foi causado -- pasmem, Srs. Deputados! -- por diarréia, que atingiu 14.914 pessoas. das quais 1.133 morreram. A mesma estatística aponta a tuberculose, com 744 óbitoil. como a segunda doença causadora de morte, seguida pela meningite - 895 casos e 345 óbitos - e peio sarampo, com 1.392 casos e 2:10 óbitos. As doenças transmissíveis, segundo o Diretor do Departamento, Dl'. Eloadir Pereira da Rocha, constituem a quinta causa de mortes na. cidade, sendo antecedidas pelas doenças cérebro-vasculares, enfartes, câncer li acidentes por envenenamentos, de trânsito ou violências. Ao lado de tudo isso, uma população favelada que já atinge 15% do total do Município, com 771 mil pessoas vivendo em barracos nos morros. E mais, Sr. Presidente e Srs. Deputados: Estatísticas divulgadas pelo Centro de Controle e Operações da Polícia Militar do R.lo de Janeiro revelam que a criminalidade subiu assustadoramente nos três primeiros meses de 1978. em comparação com o últImo trlm(;>stre di! 1977. O número de homicídios aumentou de 163, no primeiro período, para 199, no segundo, uma diferença de 22%. O numero de assaltos toi de 4.205 nos últimQs três meses do ano passado, contra 4.980 no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 18%. Neste primeiro trimestre. a Polícia Militar atendeu 54 mll 571 pessoas, encaminhadas para as deiegàcias do Rio, enquanto no último trimestre de 1977 foram presas 50.917. E o Major Newton José dos 'Santos, Subcomandante do 15.0 E,atalhão de Policia Militar, sediado em Duque de CaxiM. "foI punido disciplinarmente por ter prestado declarações à imprensa, contrariando normas em vigor". O qUé disse á. imprensa, entretanto, o Major Newton? Acusou nove delegacias policiais da Baixada Fluminense do tUa de Janeiro de darem protecão a contraventores e traficantes de tóxicos. Esta a situação em que se encontra o nosso Estado e li. nossa Capital. li: o quadro que temos, infelizmente, a apre1ientar a esta. Casa. na esperança de que algo possa ser feito, e urgente. para minorar o sofrimen to de nosso povo. O SR. ANTôNIO MORAIS (MOB - CE. Senl revisão do orador.) __ Sr. Presidente, Srs. Deputados, em face da profunda inverdade lançada no Ceará por um cidadão que também fa.z às vezcll de jornalista, acabo de emitir protesto, e o faço tambem d~ tribuna desta Cãmara, em forma de nota oficial, que diz o segumte: j, "AO POVO DO CEARÁ: Estou cansado ao lon'go de quatro anos, de constantemente ter que' me apresentar aos órgMs de comunicação desse querido Ceará para defender-me, com provas irrefutáveis, das inúmerM calúnias que meia düzia de descontentes correligionários do MDB cearense insistem em assacar contra minha pessoa, Desde os primeiros dias do exercício de meu mandato corno Deputado Federal, até li data de hoje, aqueles que de ~l guma forma se sentil'am prejudicados com minha t;le~çao se agruparam em torno de um escUso e macabro obWtlvo: o de me destruir, a qualquer preço ou. p('lo menos, tentar afastar-me de seus caminhos. E para a consecuçM de selL~ planos maquiavélicos não mediram conseqüências nem tampouco usaram de senso político e mesmo moral. Das mais torpes armas fizeram uso, na sua frustrada tentativa de me mancharem a honra. para a obtenção de seus nefastos objetivos. . Depois de tantos fatos narrados. quero (1 devo declarar, com toda veemência. e indignação a verdade incontaste, nua e crua: 1 _ Nunca dei tal entrevista a ninguém em iugar nenhum. Se puderem, que desmintam, provando o contrário. 2 - Sempre afirmei o meu total apoio â candidatum do ilustre companheiro Chagas Vasconcelos ao Senado da R.epública. Sibad" 2'1 :..Úi 3 _.- Afirmei, isso sim, que não participaria dos comicios nessa campanha de 1978 no mesmo palanque onde estivessem os meus inimigos gratuitos que, durante todo o desempenho de meu mandato parlamentar, transformaramse em meus violentos algozes. E ninguém me obrigará a "beijar o nó da peia" com que me açoitam. 4 - Por onde eu andar, sejam praças, bairros, cidades ou vilas, desfraldarei a bandeira do MOB, esse MDB grandioso e verdadeiro, e nunca a de um MDB particular, de meia dúzia de comerciantes do Ceará; como também desfraldarei a bandeira da candidatura, já vitoriosa. do Deputado Chagas Vasconcelos. 5 - E é bom que fique claro que as mentiras, as ealúi:üas. os insultos e o terror publicitário que forjam contra minha pessoa nM irão surtir efeitos e muito menos me intimidarão. Não renunciarei, corno é da vontade dessa minoria insatisfeita. e truculenta à minha candidatura à reeleição. E tampouco, ihes pedirei clemêncla. por crimes que não co~ meti. Enganam-se aqueles que, com ameaças, pretendem de máfé tirar-me da vida pública do meu País. Não sou de tremer de medo nem de morrer de véspera, e sei corno enfrentar, cara a cara, o inimigo que, sempre e obstinadamente, se esconde no emaranhado de suas próprias trapaças e covardia. Agradeço, finalmente, aqueles que acreditarem na minha. honestidade e fidelidade partidárias e no equilíbrio de mInhas atitudes, como é o caso da grande maioria do MDB no Ceará. Lastimo profundamente o comportamento precipitado e infundado daqueles que sendo minoria c demonstrando imaturidade e má fé, condenam-se sem ao menos ouvir-me e ainda acenam com minha expulsão da vida pública do Cearão Não nutro nenhum ódio ao jornalista que me caluniou e falsificou a verdade: ao contrário, pcrdoo-o e compreendo a necessidade que ele tem de agradar aos poderosos do momento. Espero apenas que o povo bom e· amigo do meu querido Estado. seus estudantes, professores, operários, profissionais liberais, agricultores, artistas e pais de famílias não dêem ouvidos nem acreditem em mais esta investida contra mim. daqueles que sem honra procuram enlamear a honra alheia. Enfim. deposito toda minha fé e esperança em Deus e no meu povo, que nunca me abandonaram em nenhum momellto de minha vida. A única coisa que realmente sei é Que: O mal por si só se destrói. E isso me conforta." Era o Que tinha a dizer. O SR. FERNANOO COELHO (MDB - PR. Pronuncia. o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados. o modelo econômico adotado no Pais continua sendo o principal resJXlusàvel pela. concentração da renda nacional, tanto a nivel de classes sociais como, até me.smo, entre as divcrsas regiões brasileirM, Da mesma. forma que a política do Governo concorre para proletarizar a classe média, transferindo a riqueza para um numero cada vez menor de pessoas, acentua também os desníveis regionais agravando os desequilibrios entre as regiões mais desenvolvidas e as menos desenvolvidas. Ape.sar da propaganda oficial em relação a projetos destinados a corrigir esses desniveis, a verdade é que eles continuam aumen~ tando - sendo, hoje, evidente a queda da participação dM regiões ma.is pobres no total da renda 'nacional. No caso especIrico do Nordeste - como ainda há pouco confessou o Secretário de Planejamento e Operações do Ministério do Interior, Sr. José Otamar de Carvalho. no I Seminário Nacional de Pesquisas Urbanas em 1959 a região participava com 14,5% do total da renda do País; em 1970 essa participação caiu para 11,7%, estando atualmente em torno de 9,1%. Esses resultados - que abarcam todo o periodo de existência da SUDENE e de execução do PROTERRA, do POLONORDESTE, do Projeto Sertanejo e dos demais planos que tém sido elaborados para a. região - evidenciam a faléncla da política do Governo no setor e a necessidade imperiosa. e urgente de sua modificação. De nada adiantará a multiplicação de siglas e de projetosimpactos que não enganam mais ninguém, enquanto não for alterada globalmente a política tributárIa - que continua drenando os recursos da região para. os centros mais industrializados, através $obretudo dos mecanismos de transferências do ICM. De nada servi,rão as palavras de boa yonta.de do GQverno, enquanto os 111~ vestimentas da União continuarem obedecendo a critérios discrl- 421~ Sâbado 27 DIAIUO 00 CONGaES80 lfACION"" <SeeM I) rnlnatários - . como revt:'lam os próprios relatórios oficiais e seguidas vezes temos denunciado desta. tribunu. De- nada adiantarão a.s melas-mrdidas, enquanto não for modificado o próprio modelo econõmico, quc concentra a. propriedade e 11 rE'nda. Em documento fl?Cente, denominado "Proposições para o De.senvolvimento da Agricultura do Nordeste". os técnicos da SUDENE analisaram a problemática da região. criticando o não cumprimento dos quatro objetivos básicos estabelecidos pelo Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste. instalado na época da criação da entidade. f' tendo como principal função a de dla.gnosticar as verdadeiras CalL.~as do subdesenvolvimento regional. NeMe documento. a "promoção de um amplo programa de re· form~-\. agrárla, através da efetiva aplicação do Estatuto da Terra. a fim de estabelecer a mudança da estrut.ura de posS{' e uso da terra e a compatibilização dos planos. programas e projetos governamentais com os interesses dessa reforma" é apontada como o primeiro passo a ser dado pelo Governo "sem o qual não adiantará continuar insistindo da maneira como ele vem atuando". Em relatório divulgado no ano passado. o próprio Banco Mundial também concluiu que inexiste a possibilidade de Qualquer solução para o Nordeste que não pass(' pela reforma agrária - considerada pré-requisIto para o desenvoivimento da região. Nesse documento. o BlRD identificou a região como uma·da.~ mais pobres 1") menos produtivas do mundo. com o Produto Bruto anual"de cada residente rural situado pouco acima de 100 dólares e apenM 4.2% dos proprietários controlando cerca de 48.1 % da totalidade da terra. Sobre o tema, Q diretor da Associação dos Engt"nheiros Agrônomos de Pernambuco - AEAPE, Sr. Jorge Coelho. vem de demonstrar. no mesmo sentido. que a reforma agrária proporClonará cerca de 9 milhões de empregos diretos na agricultura. considerando-se os módulos do INCRA. "Isio signlflca" - declara o ·diretor da AEAPE --- "qUE' 4.5 milhões de famíliM poderão ter terras. Adotando-S{' outros modelos de organização dos produtores, como por exemplo cooperativás de produção, os empregs indiretos que. segundo os economistas são na proporção de três para um na agricultura, não há dúvida de que a reforma. agrária é a única ..,olução para dar em curto prazo pleno emprego a mais de três milhões de subempregados que vivem atualmente na zona rural do Nordeste. Fazem parte daquele contingente cerca de dois mIlhões de assalariados, rendeiros, parceiros e ocupantes, que não possuindo terra e só encontrando emprego durante cerca de quatro meses no ano, emigram para as cidades como verdadeiros pá rias da socledade, pondo em const~te perigo a paz social". Como acentuou ainda o Sr. Jorge Coelho - invocando a pesquisa do Banco Mundial/SUDENE - "a medida pode dobrar e até quintuplicar a produção. sendo esta, possivelmente. a única maneira de reduzir as dIsparidades inter e intra-regionais". Hoje. do ponto de vista técnico, o tema já não comporta maiores discussões. O alcance social da reforma agrárla também não pode st'r contestado. O que ocorre, contudo. ê Que o Governo. comprometido com os interesses do latifúndio improdutivo. prefere continuar usando apenas de paliativos. meramente diversionistM como o PROTERRA, sem enfrentar. através da reforma agrária que se impõe e já não pode ser retardada, a causa maior dos problemas da região. Era o Que tinhamos a dizer. O SR. J()RGE ARBAGE (ARENA - PA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente. a Lei n.O 3.999/61 fixou em três salários mínimos o rendimento dos médicos c seus respectivos assistentes. É evidente que. pelo tempo da edição dessa lei. que completa treze anos de vigência. referida legislação já se mostra ultrapasJlada no tempo e no espaço. Por esta razão. apresentamos, recentemente. projeto de lei estabelecendo a elevação desse teto para dez salários minimos e, dos assistentes. para sete salários mínimos. Esperamos. em outra oportunidade, nos manifestarmos sobre a importãncia dessa proposição e a certeza de que o Congresso Nacional a apreciará com seu peculiar carinho, a fim de dar a eSSa nobre classe de profissionais uma contemplação salarial à altura do nível de trabalho e da dedicação que dispensa a coll'tividade brasileira. Era o que tinha a dizer. O SR. PEDR(} FARIA (MDB - RS. Pronuncia o 5elruinte dillM .curso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados. Brasília é uma cidade já consolidada. tendo contribuído para isso todos os que aquI chegaram e se dispuseram a ajudá-la fixando residência no Distrito Federal. Alguns. mais do que outros. receberam SUM compensações. Funcionários públicos, principalmente provenientes do Rio de Janeiro. encontraram razoável apoio nesta cidade e que aqui se instalaram definitivamente. Entretanto. como sempre há exceções. um pequeno grupo de servidores públicos transferidos para Brasilia em 1970 até hoje está submetido ao sistema. de moradia em .. habitação fundana!. Vieram di' antiga Guanabara, c.Wlxando de lado tudo quI' lá haviam reunido e. aqui, na Capital Fooeral, decorridos oito anos. continU!lm marginalizados no que se retere à compra da casa própria. Não é j ll.<;to. para esses servidores públicos, que também aj udaram e continuam ajudando na consolidação de Brasílla. um tratamento discriminatório. Daí a sugestão e o apelo que ora fazemos ao DASP. no sentido de facilitar a compra. pelos at,uais moradores. dos apartamentos e casa.ll ditas funcionais. ou encontrar uma outra solução com o mesmo objetivo, pois, aJém de reparar uma injustiça. estará aquele Departamento, por igual modo. resolvendo um problema social que se avizinha com li aposentadoria. desses funcionários, cujas famílias ficarão desamparadas. Temos certeza de que esse apelo encontrará eco nas autoridades responsáveis pelo plano de habitação, pois. se iutamos pela. fixação do servidor em BrMíli a, a fim de consolidá-la, não seria. justo afugentar parcela deMes servidores. em fa.ce da. dificulda.de Que lhes estão criando para a compra de sua habitação, contra.riamente ao que ocorreu com outros funcionários transferidos do Rio de Janeiro para. Brasilia, pouco antes de 1970. O SR. HENRIQUE EDUAR:DO ALVES (MDB - RN. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srg, Deputados. o problema de desemprego após a faixa etária de 35 anos continua se agravando. favorecido que é pela. legislação tl.tual, Que possibil1ta ao empregador a dispensa sem justa causa. A eliminação do Instituto da estabilidade possibllltou a dIspensa íâcll e, assim, o desemprego dE' quem ultrapMsou os 35 anos de idade. De outro la.do. continuam as discrIminações de toda. espécie. inclusive por parte de órgão., e empresM públicas, que impedem o acesso ao trabalho de maiores de 35 anos. Esta uma Questão que desafia solução completa. impondo-se a eliminação das barreíras opo.~tas aos que completam 35 anos, a fim de Que tenham livre acesso ao trabalho. 19uaimente é preciso promover campanhas de esclarecimento Que mostrem a falácia da argumen tação de que as peMoas. após os :i5 lI.nos, têm reduzida S\.Ul. eapaeidade de trabalho e aprendizagem. Está amplamente comprovado. através de estudos $ pesQuisas realizadas nos paíse., avançados. que se dá precisamente o contrário: a capacidade de produção desse pessoal é. na verdade, maior Que a dos jovens. São diversos os fatores que levam a isso, desde a experiência à segurança. e ao ritmo estável de trabalho. Numerosas firmas nos Estados Unidos. Alema.nha, França, Inglaterra e muitos outros países já realIzaram experiências que compr.ovaram a capacIdade de trabalho superior em pessoas até bem mais idOSM. É errado, portanto. o argumento de perda de produtividade. Na verdade. o fenõmeno entre nós se explica muito ma.is por duas razões: primeiro. a injustificável limitação de idad~ para o ingresso no serviço público: e, em segundo lugar, li eliminação da estabIlidade. que permite ao empregador o gesto anti-socla.1 de dcspedir empregados pa.ra admitir outros com salários multo menores. Num País como o nosso, com alto índice de natalidade, é enorme o volume anual de novos empregados. Sem encargos de família. cria-se mão-de-obra bara.ta, que pode ser facilmente explorada. em detrimento dos empregados já antigos. O Estado não pode permitir injustiças como essas. razão pela qual é necessário adotar medidas legais que assegurem. efetivamente, trabalho a todos e, também, o direito de nele perma.neeerem. A absorção dos novos contingentes de mão-de-obra. deve ser feita a ClL.~ta da crlação de novos empregos. jamais à. custa da exploração e do sacrifício de outros que são lançados ao desemprego. E só Quando o Governo se dispuser a enfrentar o problema com vigor. ficarão os trabalhadores Que atingem 31) anos. quando maiores são SUM responsabilidades. livres da terrivel ameaça do desemprego. O SR. FLORIM COUTINHO (MDB - RI. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados. o "saco de pancadas" do atual Governo é, fora de dúvid!k~, o Instituto Nacional da Previdência Social. Não se lê um jornal das grandes capitais sem encontrar, com uma freqüência diária, pelo menos uma reclamação contra os serviços do INPS, desde a fila de atendimento até às mais duras acusações aos médicos. injustamente denominados de • máfia de branco" pela imprensa "marron". de cunho sensaciona.lista. A culpa do atendimento insatisfatório é. sem dúvida, da administração superior do Instituto. que contrata os médicos mas não lhes fornece os meIos necessários à melhor assistência à mais numerosa clientela de que há noticia no País: quase sessenta milhões de pessoas, entre associados. pensionistas e dependentes. Por vezes a melhoria do atendimento depende de uma providência que implica no minimo de despesM e no máximo de eIicácla. Veja-se. por exemplo, o que acontece na orla marítima da cirlade do Rio de Janeiro, onde militam cerca de trinta mil usuários das Docas, órgão subordinado a.o Ministério dos Transportes. .. bURlO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção Não é pequeno, nos serviços de carga' e descarga de navios, o número de acidentes, quase sempre com resultados graves. Estivadores e outros trabalhadores do cais do porto as vezes caem no interior dos porões dos navios e o socorro fica na depelldência do Hospital Souza Aguiar, Quase sempre, em função da demora do chamado "pronto atendimento', os casos tornam-se fatais. Entretanto, não nos parece dificil uma providência saneadora, .quando o Presidente da República constantemente proclama que o homem é a meta principal da Revolucão. Bastaria que se colocassem duas ambulâncias e dois traumatologistas de plantão, com seus enfermeiros e auxiliares nas Docas, p~Lra encaminhar os acidentados às diferentes clínicas, depois dos socorros de urgência. O INPS forneceria os médicos; o Ministério dos Transportes daria as ambulâncias e a Companhia das Docas do Rio de Janeiro "forneceria o local a ser estabelecido no Porto, ou seja, o Posto de AI:sistência Ambulatorial. Afinal de contas, o Governo é um só, comandando as três entidades que poderiam, num verdadeiro mutirão, colaborar para a diminuição dos casos traumáticos fatais nas Docas do Rio de Janeiro. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. O SR. PACHECO CHAVES (MDB - sr. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, há seis meses. no Paraná, o trabalho rendia entre Cr$ 80 e Cr$ 100 por dia aos trabalhadores, Depois da seca - que resultou em prejuizo de Cr$ 18 bilhões, avaliação dos 4 milhões de toneladas de produtos agricolas perdidos - o mesmo trabalho rcnde apenas Cr$ 20, mas mesmo assim a colocação é difícil. porque pequenos produtores que perderam suas safras estão competindo com os bóias-frias. Em São paulo, a pecuária e agricultura do oeste do Estado já es1;ão seriamente ameaçadas pela estiagem. e os prejuizos, na l·e·· giilO de Ribeirão Preto, já somam mais de Cr$ I bilhão, 700 rnilhôes. As culturas de algodão, amendoim, soja, milho, café e, principalmente, arroz (com uma quebra de 44');,; Cr$ 160 milhões de prejuizol foram duramente afetadas. Em geral, cspera-se uma quebra de 25';~. Sr. Presidente, acima temos o lead e sublead de matéria publicada pelo Jornal do Brasil, no dia 7 deste mês, retratando o panorama do meio rural no Paraná e São Paulo, vitimados pela seca que já acarretou prejuizos enormes. Quadro semelhante se dó em quase todos os Estados, na multiplicação de prejuizos que repercutirão seriamente, pois reduzida estará nossa capacidade de ('Xportação de alimentos. O que vemos, Sr. Presidente, é a precariedade da atividade agll'Ícola em nosso País, que faz com que pequenos agricultores, ao perderem suas safras, entrem em competição com os bóias-frias, à busca de sustento diário para si e seus familiares. A imprensa tem refletido as preocupações governamentais diante das safras reduzidas, que nos acarretará grandes prejuízos, desde que não poderemos exportar alimentos em grande escala, obtendo as divisas de que tanto necessita o Pais endividado. Porém, mais grave e lastimável é, sem dúvida, o quadro de dificuldades e miséria descrito pelo JornaJ do Brasil, fruto da precariedade da vida rurai em nosso Pais. Sobretudo os pequenos produtores são vitimas indefesas, ficando reduzidos à miséria com a perda de suas safras, por motivos climáticos. É inconcebivel que os produtores l'urais continuem ao abandono, como se dá entre nós, Já enfrentam toda a gama de problemas caracteristicos de nosso binterland, abandonado e sempre esquecido pelos Governos em seus planos mirabolantes de realizações suntuosas. Recm'sos imensos são perdidos em obras magnificas, desnecessárias e até mesmo em sucessivos escândalos admiIli~ trativos e não se cuida de melhorar as condições de vida daqueles que mourejam no interior. Procedem os Governos como se 05 produtores rurais nada merecessem e o interior brasileiro fosse habitado por párias, desprovidOs de recursos. No entanto, é do duro trabalho desses produtores que o Brasil obtém até hoje as divisas que lhe são indispensáveis. Agora, com a queda das safras, alarmam-se os técnicos com a redução de lêl(pOl'tações e, portanto. diminuição de divisas que o formid4vel €'ll<livi.damento externo do Brasil torna mais preciosas do que nunca. Infelizmente, desastres e dramas como os que agora são vividos pelos produtores rurais brasileiros, vitimas de secas e inunda· ções, são logo esquecidos pelos governantes. Repetem-se os cataclismos, geadas, inundações, secas ctc e ns providências tardias são recebidas com ceticismo pelos lavradorl's, ,que não confiam mais no Governo. De fato, sobram-lhes razão, pois a politica econômica no setor só se faz sentir quando já é tarde -demais, Se, de fato, não se pode culpar o Governo pelas intempéries, pode-se, entretanto, cobrar-lhe a imprevidência e a. demora nu -corrigir. I) Sábaflo 21 4213 O SR. DASO COIMBRA (ARENA - RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, 81'S, Deputados, no Município de Cambuci, Estado do Rio de Janeiro, corre a notícia de que a Escola Estadual Lara Vilela, do Distrito de Três Irmãos, não mais terá em funcionamento as class!!s de 5.a a 8. a séries, Conhecendo aquela região e sabedores de suas muitas dificuldades; reconhecendo a quase impossibil,idade de se locomoverem as crianças que moram naquele local, para outra escola, distante cerca de 20 quilômetros, sentimos, Sr. Presidente, que se esta medida drástica fel' realmente tomada, os prejuizos aos alunos, ao Estado e ao Pais serão incalculáveis. Entendemos, por isso, qUE' a Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Rio de Janeiro não pode cometer, contra os estudantes de Cambuci, esse ato QUE a todos veda o sagrado direito de estudar. sobretudo quando, por imposição constitucional, o ensino há de ser obrigatoriamente prestado e recebido. Desta tribuna dirigimo-nos à Secretaria de Educacão do Estado do Rio de Janeiro, Sra, Mirtes Wenzel, para que S. EX,a determine sejam reestudados todos os pareçeres indicadores do fechamento das classes de 5." a 8." séries da Escola Estadual Lara Vilela, em Três Irmãos. Temos certeza de ver atendida esta solicitação, uma vez que, pessoalmente, estamos interessados em tranqüilizar os estudantes e seus responsáveis, moradores em Três Irmãos, garantindo~ihes nosso empenho para desfazer as providências que visavam a um ato que jamais pode ser praticado pela Secretaria de Educação de . nosso Estado, Era o que tinha a dizer. O SR. PRESIDENTE (Peixoto Filho) V - Passa-se ao Grande Expediente, que se destina a prestar homenagem póstuma ao ex-Deputado Federal Lino Braun. Tem a palavra o Sr. Ant.êJnio Bresolin, como autor'da proposição e pelo MDB, O SR. ANTONIO BRESOLIN (MDU - RS. Pronuncia o seguinte discur.oo.) - Sr. Presidente e Srs. Deputados. sou muito grato ao meu eminente Líder e amigo, Deputado Tancredo Neves, pela honra que me confere designando-me para falar nesta homenagem que a Câmara presta ao saudoso Deputado 'Líno Braun, um dos mais brilhantes. cultos e devotados parlamentares que já passaram por esta CMa. A vida de certos homens assemelha-se aos filetes de água que deslizam silenciosamente nas gargantas das montanhas, entre os cantos da passarada e os mistérios do deserto. Correm e suas águas vão-se avolumando, formando imensos estuários que até assustam, violentas correntezas que tudo arrebatam, gigantesca" catadupas que seduzem os olhos e que amedrontam ao mesmo tempo, jordões prodigiosos que levam em suas ondas o progresso, o bem-estar, a riqueza e a felicidade, Ouço o nobre Deputado José Carlos Teixeira. O Sr. José Carlos Teixeira .....,. Deputado Antônio Bresolin, no instante em que presta, em nome do nosso Partido, homenagem póstuma ao nosso saudoso companheiro Lino Braun, desejo inserir no discurso de V. Ex." a minha palavra de saudade, Tive a honra e o privilégio de conhecê-lo de perto e, acompanhando-o diuturnamente nos trabalhos desta Casa, pude constatar o seu valor inteiectual, a sua dedicação à causa pública, e avaliar o seu caráter e as suas convicções democráticas. Desde que aqui chegamos, em 1963, até 1970, inicialmente filiado ao PTB e. em seguida, ao MDB, pugnamos pelas Illesmas causas. Lino Braum, por duas vezes honrado pelo voto do povo do Rio Grande do Sul, soube enaite(~ê lo e corresponder democraticamente às suas aspirações. Deixo neste instante o meu preito de saudade - em nome do povo de Sergipe e da bancada aqui representada pela minha voz - a este grande brasileiro. a este magnifico gaúcho que a Nação perdeu. O povo do Rio Grande do Sul, melhor do que ninguém, sempre soube avaliar e prestigiar os seus méritos, dando-lhe mandatos seguidos para que cumprisse li honrosa missão de representá-lo nesta Casa, O SR. ANTôNIO BRESOLlN - Muito grato a V. Ex." pelo aparte, eminente colega. V. Ex. n , representante de outro Estado da Federação, teve o privilégio de conheéer o grande gaúcho Que foI Lino Braun, de partilhar das suas lutas, dos seus sofrimentos e das suas alegrias nesta Casa, acompanhando de perto os grandes serviços que realizou em beneficio do Brasil. O Sr. Argílano Dario - Nobre Deputado Antõnio Bresolin, desejo cumprimentá-lo pela oportunidade' que tem de, em nome do Movimento Democrático Brasileiro, prestar homenagem póstuma a Lino Braun, o Parlamentar que aqui encontrei em 1963, representante do glorioso Estado do Rio Grande do Sul. Cedo fizemos amizade e com ele mantivemos excelentes relacÕes. Ele se destacava pela sua alegria, pela sua jovIalidade e pela' sua atuação corajocla em defesa dos interesses do Rio Grande do Sul. Nossa amizade perdurou por muíto tempo. Mesmo afastado das lutas legislativas nes- . 4214 .. Sábado 27 ta Casa, depois de extinto nosso antigo Partido Trabalhista Brasileiro, ele continuou a participar de nossas reuniões. Vinculado, então, à Caixa Econômica Federal, ele nunca se esqueceu dos seus <companheiros e amigos e e,stava sempre cuidando de mteresses do .seu Estado, mesmo não sendo mais seu representante. Por isso, em nome do Espírito Santo e de uma amizade que foi muito importante, desejo partilhar da homenagem que se presta a esse extmo;'<iinário companheiro desaparecido. O SR. ANTôNIO BRESOLIN -- Nobre Deputado Argilano Dario, ;ti manifestação do eminente amígo e grande capixaba muito honra o Parlamentar que se encontra nesta tribuna. V. Ex. a, uma das figuras de maior destaque do nosso partido no Estado do Espírito Santo, há de sin~onizar-se com os princípios que todos defendemos, homenageando um homem que tantos serviços prestou ao seu Estado e à nossa Patria. O Sr. César Nascimento - Nobre Deputado Antônio Bresolin, desejo associar-me a V. Ex.'" na oportunidade em que presta esta homenagem ao nosso ex-colega, Deputado Lino Braun, não tanto na minha atual qualidade de Parlamentar, mas principalmente na de amigo, que teve a honra de com ele trabalhar na Caixa Econàmica Federal. Quero, pois, externar meu pesar pelo seu desaparecimento, solicitando a V, Ex," que o transmita à sua famílía. O SR. ANTÔNIO BRESOLIN - V. Ex." fala muito bem, porque a famiJia do eminente Deputado Lino Braun está presente, assistindo a esta homenagem, e o eminente amigo, que foi seu colega na Caixa Econômica Federal e que é um dos grandes representantE'S do extraordinário Estado catarinense, transmit.íu diretamente aos seus familiares as suas condolências, O Sr. José Zavaglía - Permite-me V. EX,a um aparte. O SR. ANToNIO BRESOLlN - Com muito prazer. O Sr. José Zavaglia - Nobre Deputado Antônio Bresolin, merecidamente V, EX,a foi designado pela Liderança do Movimento Democrático Brasileiro para prestar justa homenagem ao saudoso ,ex-Deputado Lino Braun. Não o conheci pessoalmente, mas, através da imprensa. tomei conhecimento de tudo aquilo que ele realizou nesta Casa em benefício da Nação brasileira. Sei que se trata de um bom chefe de família de comportamento exemplar, de sentimentos religiosos, qualidades que merecem destaque nos dias de hoje, Por este motivo, aqui estou para apresentar a V. Ex.'" e a esta Casa mcus parabéns pela iniciativa de pre..star esta homenagem ao ilustre de,~aparecido. Nesta oportunidade, quero cumprimentar também a família do saudoso falecido, a qual se encon tm nesta -Casa. O SR. ANTONIO BRESOLIN - Agradeço-lhe o aparte, eminent" representante do grande Estado ·bandeirante. V. EX,a fez muito bem em falar nesta oportunidade, porque é membro da Comissão de Agricultura e Política Rural da Cãmara dos Deputados, e o Deputado Lino Braun foi espécie de enciclopédia :lo pensamento, visto que conhecia a vida em seus diferentes setores e de,stacou-se, sobretudo, como Parlamentar, na defesa intransigente daqueles que cultivam a terra. Ouço, com imensa satisfação, o eminente LideI' da ARENA, meu grande amigo, Deputado Jorge Arbage. O Sr. Jorge Arbage - Nobre Deputado Bresolin, desejo quebrar a rotina no critério da homenagem que esta Casa presta ao exDeputado Lino Braun, comecando por agradecer a Deus que, com a sua extraor'dinaria generosidade, permitiu que, no elenco da representação popular brasileira, nesta augusta Casa do povo o Rio Grande do Sul tivesse o privilégio de contar. entre os valores que ~aru aqui mandou, com a figura humana de V, Ex. a. que tem sido um apóstolo na pregacão da pez, da fraternidade e do amor entre os homens. Numa hora como esta, é com emoção que nos postamos diante deste microfone para trazer a V. Ex." a nossa solidariedade, em no,sso nome e no da Aliança Renovadora Nacional, pl'la homenagem que presta a eSSe extraordinário vulto <ia política brasileira que por aqui passou. Nem foi preciso que o conhecêssemos pessoalmente. para ter a evidência da obra grandiosa do seu trabalho em favor do seu Estado e da grandiosa Pátria brasileira, Receba, portanto, Deputado Antônio Bresolin a nossa solídariedade, .seja pelo caráter da iniciativa de V. Ex,"', em reverência à memória de um saudoso colega e seu conterrâneo, seja pela saudade que ele deixou entre oS seus Pares, aqueles que por aqui passaram .p registraram nos Anais desta Casa a marca indeiével do seu trabalho, gigantes do talento e da cultura em defesa dos interesses do Brasil e seu grandioso povo. O SR. ANTÔNIO BRESOLIN - Sou imensamente agradecido a V. Ex.'" Só um coração tão generoso com o do eminente colega seria capaz de pronunciar tantas palavras bonitas em relação a mim, um modesto Deputado. O Sr. Jorge Arbage - V, Ex." as merece. O SR. ANTONIO BRESOLIN - Apenas estou procurando, cumpnr com o meu dever nesta Casa. Quero, eu sim, felicitar V. Ex.", Maio d~ ? 3: 1'':1 :li LideI' do Governo e Líder da ARENA. Acho que os partidos podem dividir os homens apenas nas lutas políticas, mas, quando se trata de fazer o bem ao povo, de prestar serviços à nossa Pátria devemos unir nossos esforços. E V. Ex." soube, efetivamente, colocar os partidos políticos nesta situação, prestando homenagem a um varão dedicado, a um pai de família exemplar, ao político de estirpe que foi Lino Braun, Muito obrigado a V. Ex." Concedo o aparte ao eminente colega Carlos Santos. O Sr, Carlos Santos - Nobre Deputado Antônio Bresolin, quando V. Ex. a • com o brilho que caracteriza sua marcante figura de politi co de escol, presta esta homenagem à figura inesquecível de Lmo Braun, pratica realmente um ato de imperiosa justiça, evocando a figura extraordinária de um homem que, nest:l Casa, foi a reafirmação constante e viva da coragem moral, da bravura cívica do nosllo quase lentlârio rincão extremo do Rio Grande do Sul. Lino Braun trouxe para esta Casa uma gama de virtudes civicas, morais e espintuais e deixou aqui marcado um modelo completo de verdadeiro homem público, vivendo mais para aqueles que o mandaram para esta Casa do que para si próprio, alheio à publlCldade barata, sem preocupação de afirmações demagógicas, procurando tão-só honrar seu mandato, na certeza de que, em assim fazendo, estaria servindo a nossa gente do Rio Grande do Sul. Parabéns a V. Ex. a , nobre Deputado Antônio Bresolin, pela justa homenagem que presta à memória extraordinária de Lino Braun que realmente deve ser apontado como exemplo e simbolo para as gerações que se vão sucedendo no tempo. O SR. ANTONIO BRESOLIN - Muito obrigado a V. Ex.", meu grande amigo Carlos Santos, pelo aparte, Falou V. Ex. a com o coração borbulhando pelos lábios, porque, de certa forma, tem origem comum à do nosso homenageado, Lino Braun, que também saiu do nada e Se fez pelo esforço, pelo tirocinio, pela luta, pela sua inteligência e - por que não dizer? - pela sua cultura. V, Ex.a., eminente colega - conheço bem sua origem é uma das figuras de maior relevo nesta Casa justamgente pela sua _origem, por aquilo que fOl. por aquilo que lutou, que realizou e pelo que é nos dias de hoje. Pela sua longa caminhada politica, pela sua sua brilhante atuação em diferentes setores da atividade humana, V, Ex," tem muito em particular com a vida do nosso homenageado, o saudoso amigo Lino Braun. Muito obrigado a V. Ex." O Sr. Celso Barros - Nobre Deputado Antônio BresoUn, a Li· derança do Movimento Democrático Brasileiro associa-se à homenagem que V. Ex." em nome desta Cãmara, presta tão brilhantemente à memória do ex-Deputado Federal Lino Braun~ Pessoalmente, não o conheci, mas basta que se perlustre os Anais da Câmara dos Deputados para ali 'encontrar a marca de sua inteligência, da sua personalidade e o exemplo do seu trabalho, É este perfil que orna tão, grandemente a personalidade desse Parlamentar, homem do Rio Grande do Sul, que V. Ex. a exalta tão oportunamente. para mostrar a todos nós que o exemplo mais dignificanie do Parlamentar é o do trabalho, da confianca nos destinos da sua Patria e do amor à terra onde n::tsceu, onde trabalhou e onde morreu. O sR. ANTONIO BRESOLIN - Muito obrigado ao eminente LideI' do meu partido, Seu aparte dá singular importância ao meu modesto pronunciamento, V, Ex," faz muito bem em destacar as particularidades que se eVIdenciaram na vida. na orientação e no trabalho do ex-Deputado Lino Braun. S. Ex." sempre foi fiel ao partido, foi um lutador. Transigiu, às vezes, para manter a unidade do partido. Um dos fundadores do antlgo PTB, mais tarde MDB, sempre foi uma figura singular, que dignificou o partido não só pelos grandes sel"Viços prestado§ ao Pais, mas sobretudo pela slla fidelidade, pelo seu entusiasm{)o pelo seu ardor cívico e pelo que representou, efetivamente. dentro do nosso partido. Prossigo, Sr. Presidente e Srs. Deputados. A vida de Lino Braun foi semelhante ao filete de água que desliza silenciosamente na garganta das montanhas. Filho do Prof. Pedro Braun e de D. Maria Wagner Braun, nasceu no lugar chamado Glória, interior do Município de Estrela, onde viveu os primeiros anos e aprendeu as primeiras letras. Entre outros que ainda viVem, figurou como seu colega de aulas o Sr. André Bcheibel cuja amizade se prolongou por toda a existência. Nascido em 1910, ingressou no Seminário de São Leopoldo, onde fez o curso de Filosofia, dedicando-se, depois, ao magistél'lo, como professor de Latim e Português, bem como ao jornalismo profissional. Lecionou em vário.s ginásios e na Faculdade de Comércio, anexa à Faculdade do Rio Grande do Sul. Ainda hã poucos dias, o Ministro Paulo Távora, do Tribunal Federal de Recursos, informou-me que o nosso homenageado foi ~r;;: ~~~i~S~~~g~~. Português ,quando estudava no Ginásio Anchieta, Filiando-se ao PTB, foi Deputado à Constituinte estadual de 1947, reelegendo.-se em 1951. Em 1954 e 1958 foi eJeito Deputado Sáhado 21 4215 'IICrrr ·==S Federal pela mesma legenda, fazendo parte das Comissões de Educação, de Finanças e de Orçamento. Prellidencialista, combateu vigorosamente a emenda que resultoLl no Ato AdicIonal n.o 4, instituindo o sistema parlamentar, que lhe pareceu, ademais, uma violação do direito adquirido pelo Sr. João Goulart de exercer o Governo na plenitude do presidencialismo, É municipalista e lutou pela aprovação da Emenda Constitucional n.O 5 que deu aos municípios competência para a arrecadação do imposto territorial. Declara-se partidário da reforma agrária, mas em termos cooperativistas considerando o coletivismo doutrinariamente perigoso e ineficiente na prática. Defendeu o reatamento de relações comerciais com a União Soviética mas opôs restrições às relações diplomaticas pois, embora confiando na convivência pacífica, por imperativos de segurança internacional, considerava que o País: não estava aparelhado para enfrentar a espionagem comunista nas embaixadas de Moscou in.staladas no País. Não protestou contra o rompímento com o Governo de Fidel Castro, logo depois da Revolução de 1964. Na 4. a Legislatura era membrõ da "Frente Parlamentar Nacíonista", embora não comungasse com os exageros de uma posiç,ão extremadamente esquerdista que passaram a imprimir-lhe. Mas apoi0u a nacionalização dos depósitos bancários, o monopólio do refino, e da distribuição do petróleo e o direito de voto para bs analfabetos e praças de "pret", bem ~omo uma firme fiscalização da remessa de lucros das investimentos estrangeiros no Pais e a regulamentação do direito de greve e da participação dos empregados nos lucros das "empresas. Advoga limitações ao uso da propriedade privada, limitado pelo interesse social, providenciando o Estado para que todas as famílias tenham casa própria. Defende uma reforma eleitoral que elimine a influência do poder econômico nas eleiçõc",. é por uma reforma agrária cooperativista, com a desapropriação dos latifúndios improdutivos, paga em títulos da dívida pública. É católico doutrinariamente social-democrata e ideologicamente centrista. Concedo o aparte ao nobre Deputado Laerte Vieira. O Sr. Laerte Vieira - Nobre Deputado Antônio Bresolin, quando cheguei à Câmara, na realidade, me pareceu já c'::mhecer o nobre Deputado Lino Braun. Um ilustre jesuíta, seu irmão. em Santa Catarina, no "Ginásio Catarinense", já vinha emprestando 'sua colaboração na educação da mocidade de nOS5:> Estado. O Deputado, como sacerdote, era dedicado à causa pública, devotado como o irmão à defesa dos interesses do nosso Estado e de toda a Região Sul. Por i~so, com grande pesar, registramos o sel1 desaparecimento e prefltamos a homenagem merecida u um grande parlamentar. a um político que soube cumprir o seu dever, faier amizade e deixar registrada a sua passagem na. Cámara dos Deputados, através de um procedimento correto, digno e patriótico. O SR. ANTôNIO BRESOLIN' - Muito grato a V. Ex. a pelo hon1'01;0 aparte. O eminente colega, que já foi líder do nosso Partido e que é um grande representante catarin~nse nesta Casa. está fazendo justiça a um homem que, pelo seu trabalho, pela lnla conduta e pela sua inteligência, efetival.11ente prestou os mais assinalados serviços à nossa Pátria e dignificou o nosso partido. Concedo o aparte ao nobre Deputado Getúlio Dias. O Sr. Getúlio Dias - Nobre Deputado Antônio Bresolin, eu Ja havia tomado conhecimento do texto em que V. Ex. a homenageia o I~x-Deputado Lino Braun. S. Ex. a deixa o convívio da nossa dimensão materi,al para se integrar naquela outra dimensão, da qual fazia crença. N-esta hora, também assinalamos aqui a nossa homenagem. Conheci o Dl'. Lino Braun. um dos primeiros homens que acorreram ao chamamento do trabalhismo rio-grandense. Havia nele a crença e a fé de que, através da doutrina de Alberto Pasqualini, conteúdo fecundo do trabalhismo lio-grandense brasileiro, se poderia diminuir a diferença entre os homens e assim construir uma sociedade maill iusta e mais humana. Crendo nisso, finado ao Partido Trabalhista desfraldando as bandeiras do' PTB, ele chegou ao Parlamento, onde deu a contribuição do seu talento, do seu trabalho e do seu esforço. No momento em que V. Ex. a justamente homenageia Lino Braun, juntamos aqui os nossos votos de profundo pesar e de profunda saudade pelo líder rio-grandense del,aparecido, O SR. ANTôNIO BRESOLIN - Muito obrigado ao eminente colega e amigo. V. Ex. a situou muito bem o nosso ilustre homenageado, pois, dentro do meu pronunciamento, destaco que, a despeito de ter sido amigo intimo dos ex-Presidentes Getúlio Vargas e J'oão Goulart e do Governador Leonel Brizzola. o eminente Deputado Lino Braun sempre pautou pelos princípios doutrinários do nosso grande líder Alberto pasqualini. Muito obrigado a V. Ex.a Concedo o aparte ao eminente colega Jairo Brum. O Sr. Jairo Brwn - Nobre Deputado, sinto interromper o brilhante discurso de V. Ex."', mas não posso deixar de a::lSocíar-me e à homenagem que V. Ex. a ,está prestando ao bravo e denodado Lino Braun. Leal entre os que mais o forem, corajoso e destemido, ainda há poucos dias, já doente, preparava-se para retornar ao Rio Grande e renovar a campanha do MDB em favor dos seus companheiros do antigo Partido Trabalhista Brasileiro. É com imensa .e profunda dor que constatamos o seu desaperecimento, mas suas palavras e ações. que tanto dignificaram aquele homem público e este Congresso, permanecerão como um exemplo às gerações futuras. Era o que tinha a dizer, associando-me às palavras que V. Ex." pronuncia em homenagem ao ilustre cidadão. O SR. ANTôNIO BRESOLIN - Muito obrigado a V. Ex.'" eminente Deputado. Amigo íntimo daquele grande parlamentar gaúcho, durante longo tempo, tem V. Ex. a toda a autoridade para pronunciar essas afirmações que, efetivamente, correspondem ao que o próprio homenageado me havia informado, pouco tempo antes de sua morte. Muito obrigado a V. Ex. a pelo seu aparte. Concedo o aparte ao ilustre colega, Deputad~ Sérgio Murilo. O Sr. Sérgio Murilo - Deputado Antnôio Bresolin. não tive a honra de ser contemporâneo do nobr.e Deputado Lino Braun; nesta Casa. Mas, ao chegar aqui, colhi o testemunho dos que tiveram o privilégio de conhecê-lo, Eles testemunharam sobre a sua vida e sobre a sua trajetória por esta Casa. pontilhada de admiráveis exemplos de abnegação à causa pública e de dedicação à causa do povo. Por isso, aS5<;)cio-me às outras vozes que aqui se ergueram para prestar, como V. Ex."', a homenagem e o tributo da nossa saudade ao colega que se foi. Dizia o nobre Deputado Jorge Arbage, há pouco, referindo-se ao Deputado Lino Braun e à presença da sua família, neste momento, a esta cerimônia fúnebre. que se realiza em Sbla memória, que realmente nossos parentes levam do nOS30 trabalho, do nosso sacrifício e do nosso empenho pela vida pública afora, o registro desses momentos de saudade e de reconhecimento àquilo e àqueles exemplos que possamos dar na trajetória da nossa vida e na passagem por esta Casa. V. Ex. a está de parabéns, Deputado Antônio Brewlin. O SR. ANTôNIO BRESOLIN - Muito obrigado ao brilhante parlamentar pernambucano pelo aparte. S. Ex. a fez muito bem em recordar a família de Lino Braun, porque ele foi um homem que viveu para sua família, que sentiu todo o drama da família em relação à comunidade. Sempre que se encontrava comigo, principalmente nos últimos tempos, jamais deixávamos de tratar, em nossas conversações, de alguma coisa relacionada com a família. V. Ex. a está de parabéns, porque destacou uma faceta do meu pronunciamen.to que não havia sido abordada. Muito obrigl'l.do a V. Ex. a Sr. Pref:<idente, prossigo: OUTROS DADOS SOBRE O DEPUTADO LINO BRAUN No interior do Municipio de Estrela - RS. Glória dentro da Gleba de terras destinada aos seus avós - (Da época da Colonização - Imigração Alemã) existem hoje dois testemunhos do espírito comunitário e social da Familia Braun. - Escola Pedro Braun (Pai de S. L. BJ - Escola Primária Municipal construída em terra doada pela família e onde através de várias décadas há uma professorinha Braun lecionando, alfabetizando crianças. - Campo de Esportes e Recreação "Lino Braun" - Área de 1.000 m~. Doada em 1976 e urbanizada pela Prefeitura de Estrela moação de J. L. B.) - De uma família de 9 irmãos - Dois se dedicaram ao Sacerdócio e Magistratura: Pe. Bertoldo Braun - Escritor, Biólogo, Teólogo. - São Leopoldo. Pe. Alberto Braun - Professor Catedrático - São Leopoldo. (Ambos falecidos!. DADOS - Após a aposentadoria em junho de 1977. passou a ocuparve com entusiasmo e intensamente da administração da Fazenda Olhos D'Água - em Alto Paraíso - Goiás. Fazenda Taquinina em 1963 vinha anexando a cada ano nova área conforme os seus recursos disponíveis. Tornou-Soe conhecido e estimado em toda a região, nas proximidades de 150 km da Fazenda. Tendo contato constante com vereadores e prefeitos, suprindo ME,im a falta, a saudade de toda uma vida dedicada ao convívio. e a atender as aspirações populares. - Mais do que lazer, um verdadeiro encontro consigo mesmo e alcance de paz interior era através do contato, do envolvimento com a natureza, com as matas e o cerrado. Dos 18 anos de aproximação ao cerrado, através de conversas cotidíanalJ nas suas viagens pelo interior de Goiás tornou-se grande conhecedor das espécies nativas vegetais, e seus efeitos (raízes, folhas). As árvores - suas- grandes amigas e objeto de proteção e defesa. 4216 DIABIO DO CONGRESSO NACIONAL Sábado 27 - De lembranças de sua terra, de sua gente, de sua atividade política foi JLB adormecer na noite do dia 11 de janeiro. dia que antecedeu a sua morte. - De lembranças da noite anterior acordou, como de costume, às 6 horas da manhã de um dia frio e ventoso. Do preparo do chimarrão, vicio cotidiano, a vida permitiu-lhe tomar apenas uma cuia, deixou a chaleira cheia aos seus pés e a erva-mate (simbolo de sua terra) cobriu-lhe o corpo quando repentinamente o seu coração parou de bater às 6:30 horas da manhã. _ Permitiu a vida ou precipitou a morte que Dallda - rNoch) Nocchi viesse a se encontrar após 25 anos com o político JLB? Como gratidão, reconhecimento a ajuda prestada a longos anos atrás, trouxe-lhe naquela noite do dia 11 a sua visita, as novidades e lembranças de Estrela, terra onde nasceram, e uma tapeçaria emoldurada e entitulada "Entardecer na Lagoa". DADOS FAMILIARES Homem de profunda fé religiosa, o Deputado Lino Braun deixou uma família digna de servir de exemplo. ESPOSA - Maria Luíza Centena Braun - 59 anos - Formação Profissionai - Professora de Geografia - Faculdade Católica de Porto Alegre - RS. 1944 - Ocupação - Artista Plástica _ Pintora e Administração dos bens da família. FILHOS - Tânia Maria Centeno Braun - 32 anos - Formação Profissional - professora de Letras - UnB - BJZasília _ 1964 - Ocupação: Revisora de textos no CETEB e Redatora. Casada com Fernando Mendes Viana - Advogado e Poeta Funcionário do Senado - Neto: 'Filho - Rafael Fernando M. Viana - Idade 2 anos. Vel'a Lúcia Braun Galvão - 31 anos - Formação Profissional _ Arqult~ta - UnB - Brasília - 1965 - Ocupação: Arquitetura _ Liberal Autônoma. Casada com Marco Antônio de Paula Galvão - Arquiteto e Funcionário da COBAL - Chefe da Adm. de Arquitetura - Netos: Filhos - Luíza Braun Galvão - 5 anos. Adwaldo Braun Galvão - 3 anos. João Lino Centeno Braun - 25 anos - Formação Profissional - Engenheiro Civil - UnB - Brasília - 1976 - Ocupação Engenharia - Liberal Autônomo. Casado com Maria Geni PerdIgão Braun. José Luís Ccnteno Braun - 19 anos - Estudante Pré-Vestibular - Ocupação - Pecuária - Fazenda Olhos D'Agua - Alto Paraiso - Goiás - Afilhado de Leonel Brizola e Esposa -- no Rio de Janetro - 1958 - Igreja N. S. Copacabana. PROJETOS APRESENTADOS O Deputado Lino Braun foi um parlamentar no sentido lato <:la expr~ssão, com vigorosa e permanente atuação na tribuna, nas comissões técnicas. na feitura e apresentação de projetos do mais alto interesse. Com longa atuação. não é fácil coletar todo o precioso material que faz parte do seu acervo de realizações. Face. ao exposto, vamo-nos l'1initar a transcrever a ementa de alguns dos muitos projetos apresentados. São os seguintes: PROJETO N.O 4.712 - 1958 IDo Sr. Lino Braun) Oficializa a l.n Feíra Nacíonal de Indústria e Comércio, a realizar-se em Porto Alegre, em 1959. e dá outras pl'Ovidências. PROJETO N.o 4.712-A - 1958 IDo Sr. Lino Braun) Oficializa a Ln Feira Nacional de Indústria e Comércio, a realizar-se em Porto Alegre, em 1959. e dá outras providências; tendo pareceres contrários das Comissões de Economia e de Finanças. PROJETO N.o 4.392 - 1958 (Do Sr. Lino Braun) Altera a redação do parágrafo único do art. 1.0 da Lei n.o 4.506. de 19 de dezembro de 1951. que estabelece. preços minlmos para o financiamento ou aquisição de cereais e outros gêneros de produção nacional. PROJETO N.o 4..234 - 1958 Sr. Lino Braun) Estende os beneficios da Lei n.o 1.156, de 12 de julho de 1950, que dispõe sobre a. concessão de vantagens a mílitares e civis que participaram de operação de guerra. (Do PROJETO N.".4.233 - 1958 Sr. Lino Braun) Altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho, e dá -outras providências. (Do (~io I) PROJETO N." 3.848 - 1958 I.Do Sr. Lino Braun) Autoriza o Poder Executivo a abrir. pelo Ministério da Viação e Obras públicas. o crédito extraordinário de Cr$ 1.500.000,00. des- tinado a indenizar a Prefeitura Municipal de Camaquã, Rio Grande do Sul, pelos prejuizos causados pelo tufão ocorrido em 28-12-57. PROJETO N.o 3.817-A - 1958 Sr. Lâno Braun) Prorroga prazo de pagamento de sementes de trigo e dá outras providências; tendo substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça com parecer favorável da Comissão de Economia. (Do I'ROJETO N," 3.817 - 1958 rDo Sr. Lino Braun) Prorroga prazos de pagamento de sementes de trigo, e dá outras providências. PROJETO N.o 3.762 - 1958 (Do Sr. Lâno Braun) Isenta dos Impostos de Importação e de Consumo e de Taxas Aduaneiras, exclusive a de 5% prevista no artigo 66 da Lei n.O 3.244, de 14 de agosto de 1957, um equipamento completo destinado à instalação de uma fábrica da Siemens do Brasil Companhia de Eletricidade, a ser montada em São Paulo. PROJETO N." 3.794 - 1958 (Do Sr. Lino Braun) Institui o "Fundo Nacional de Estatística" para custear os encargos do Conselho Nacional de Estatística do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica, e dá outras providências. PROJETO N." 3.571 - 1957 (Do Sr. Lino Braun) Acrescenta mais um parágrafo ao art. 31 da Lei n.O 3.115, de 16 de março de 1957, que determina a transformação das empresas ferroviárias da União em sociedade por ações, autoriza a constituição da Rede Ferroviária S.A., e dá outras providências. PROJETO N." 3.283 - 1957 (Do Sr. Lino Braun) Prorroga por dois anos o prazo de validade do concurso para coletor federal. PROJE'I'O N." 3.069-A - Autoriza ra, o crédito à Prefeitura Exército, no Constituição 1957 rDo Sr. Lâno Braun) o Poder Executivo a abrír, pelo Ministério da Guerespecial de Cr$ 10.000.000,00 a titulo de indenização Municipal de General Câmara, sede do arsenal do Rio Granoe do Sul; tendo parecer da Comissão de e Justiça, pela inconstitucionalidade. PROJETO N.o 3.069 - 1957 (Do Sr. Lino Braun) Autoriza o Poder Executivo a abrir. pelo Ministério da Guerra, o crédito especial de Cr$ 10.000.000,00 a títuio de indenização à Prefeitura Municipal de General Câmara, sede do arsenal do Exército, no Rio Grande do Sul. PROJETO N." Z.428-C - 1957 (Do Sr. ~no Braun) íRedação para 2. n discussão do Projeto n.O 2.428-B. de 1957. que autoriza o Poder Executivo a abrir pelo Ministério da Agricultura, o crédito especial de Cr$ 3.000.000,00 destinado a auxiliar a Prefeitura Municipal de Estrela. no Estado do Rio Grande do Sul, para a La Exposição Nacional de Suinos. a realizar-se em maio de 1958. PROJE·TO N," 2.428-A - 1957 (Do Sr. Lino Braun) Autoriza o Poder Executivo a abrir. pelo Ministério da Agricultura, o crédito especial de Cr$ 5.000.000,00, destinado a auxiliar a Prefeitura Municipal de Estrela, no Estado do Rio Grande do Sul, para a 1.11. Exposição Nacional de Suínos, a realizar-se em maio de 1957; tendo pareceres; favorável da Comissão de Economia e com emenda, da Comissão de Finanças. PROJETO N." 2.385-A - 1957 mo Sr. Lino Braun) Modifica o artigo único do Decreto n.O 5.133, de 16 de janeiro de 1940; tendo parecer pela inconstitucionalidade da Comissão de Constituição e Justiça. ' PROJETO N." 2.385 - 1957 IDo Sr. Lino Braun) Modifica o artigo único do Decreto n.o 5.133, de 16 de janeiro de 1940. MJi>io- de un 8 DIÁRIO DO CONGIU:SSO NACIONAL <Seção Il ~lillad/) 2'1 4217 _32 PROJETO N." 566 - 1959 IDo Sr. Lino Braun) Autoriza o Poder Executivo a abrir, pelo Ministério da F'a~ zenda, o crédito extraordinârio de Cr$ 50.000.000,00, para atender aos prejuízos da enchente nos municípios do Estado do Rio Grande do Sul que menciona. PROJETO N." 564 - 1959 (Do Sr. Lino Braun) Altera o artigo LO do Decreto-lei n.o 7.199, de 28 de dezembro de 1944, modificado pelo Decreto-lei n." 8.005, de 27 de setem~ bro de 1945 e pela Lei n. O 2.960, de 23 de novembro de 1956. (Con~ cessão de subvenção à Fundação Brasil Central). PROJETO N." 988 - 1959 (Do Sr. Lino Braun) Altera o item 4.° do art. 6.259, de 10 de fevereiro de 1944, que dispõe sobre o serviço de. loterias e dá outras providências. PROJETO N.o 591 - 1959 IDo Sr. Lino Braun) Autoriza o Poder Executivo a abrir, pelo Ministério da Saúde, o crédito especial de Cr$ 10,000.000,00, destinado à Prefeitura Mu~ nie:ipal de São Jerônimo, Rio Grande do Sul, nas comemorações de seu primeiro centenário de emancipação. PROJETO N." 997 - 1959 (Do Sr. Lino Braun) Autoriza o Poder Executivo a abril' pclo Ministério da Saúde, o c:rédito especial de Cr$ 10.000.000,00 destinado ao Congresso Mé~ dic'o, a realizar-se em julho, de 1960, na cidade do Rio 'de Janeiro, €m comemoração do seu 25,0 aniversário de função. PU,OJETO N.o 989-A - 1959 (I?o ~r. Lino Braun) Autoriza o Poder Executivo a abrir, pelo Ministélio da Saúde, o erédito especial de Cr$ 6.000.000,00 destinado à construção do Pavilhão da Clínica Ortopédica do Hospital-Geral da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro; tendo pareceres favoráveis das Comissões de Saúde, de Orcamento e Fiscalização Financeira e de Finanças. PROJETO N," 989 - 1959 (Do Sr. Lino Braun) Autoriza o Poder Executivo a abrir pelo Ministério da Saúde, o I~rédito especial de Cr$ 6.000.000,00 destinado à construção do Pavilhão da Clínica Ortopédica do Hospital-Geral da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. PROJETO N." 2.540 - 1960 (Do Sr. Lino Braun) Cria contribuição, sob forma de taxa especial destinada ao amparo do Cooperativismo tritícola e dá outras providências. PROJF;'l'O N." 3.711-A - 1961 (Do Sr. Lino Braun) Altera o item 4 do art. 9.0 e o art. 19 do Decreto-lei n.O 6.259, de 10 de fevereiro de 1944, que dispõe sobre loterias; tendo parec:eres; da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade; e favoráveis, das Comissões de Economia e de Finanças. REDA'ÇAO FINAL PROJETO N." 3.711-B - 1961 (Do Sr. Lino Braun) Redacão Final do Projeto n.O 3.711-A, de 1961, que altera o ítem 4 dó artigo 9.° e o art. 19 do Decreto-lei n.o 6.259, de 10 de fevereiro de 1944, que dispõe sobre loterias. PU,OJE'l'O N." 3.711 - 1961 (Do SI', Lino Braun) Altera o item 4 do art. 9.0 e o art. 19 do Decreto-lei n. o 6.259, de 10 de fevereiro de 1944, que dispõe sobre lotelias. PROJETO N." 4.841 - 1002 (Do Sr. Lino Braun) Altera disposh)ões da Lei n.O 3.780, de 12 de julho de 1960, relativas à classe de Guarda Aduaneira. PROJETO N." 4.363 - 1962 (Do Sr. Lino Braun) Regula a aquisição de combustíveis e lubrificantes feitos por órgãos do Serviço Público Federal. PROJETO N.o 4.&4.0 - 1962 (Do Sr. Lino Braun) Altera disposição da Lei n.o 3.780, de .12 de julho de:. 1~60, relativa à classe de Guarda Aduaneiro, e da outras providenclas. PROJETO N.!> 1 M5-!\' - 1956 (Do Sr. Lino Braun) Autoriza o Poder Executivo a abrir um crédito especial de Cr$ 79.960.000,00 (setenta e nove milhões novecentos e sessenta -mil cruzeiros) para restapelecer as verbas destinadas à construção da ponte rodoferrov!ária sobre o rio Jacu!. entre São Jerônimo e Triunfo, da linha férrea Pelotas-Baneto; tendo parecer com substitutivo da Comissão de Finanças. PROJETO N.o 1. 840 - 1956 IDo Sr. Lino Braun) Concede auxílio especial de Cr$ 1.500.000,00 à Prefeitura Municipal de Tapes, Rio Grande do Sul, por motivo de seu 1.0 centenário de municipalidade. PROJETO N." 1.802 - 1956 IDo Sr. Lino Braun, Concede o auxilio anual de Cr$ 500.000,00 para manutf?nção, equipamento e obras da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Cristo Rei, d~ São Leopoldo, no Estado do Rio Grande do Sul. PROJETO N.O 1.598-A - 1956 IDo Sr. Líno Braun) Constitui Comissão Nacional de Comemorações do 150.0 aniversário de nascimento de Manuel de Araújo Porto Alegre; tendo parecer da Comissão de Educação e Cultura com emenda ao artigo 5.0 e da Comissão de Finanças favorável ao projeto e à emenda. REDAÇAO FINAL PROJETO N." 1.597-B - 1956 100 Sr. Lino Braun) Redação Final do Projeto n. o 1.597-A, de 1956, que autoriza o Poder Executivo a abrir o crédito especial de Cr$ 2:000.000,00, destinado a auxiliar a Prefeitura de o.sório, no Estado do Rio Grande do Sul, na comemoracão do primeiro centenário desse município. PROJETO N." l,521 - 1956 \PO Sr. Lino Braun) Autoriza o Poder Executivo a conceder o auxílio especial de CrS 1.000.000,00 à Prefeitura Municipal de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, destinado às comemoraçeõs do "Pla do Colono", n se. realizarem no dia 25 de julho de 1956. PROJETO N," 1.321 - 1956 I Do Sr. Lino Braun I Concede o auxilio especial de Cr$ 300.000,00 à Associacão Rural de Taquarl, no Rio Grande do Sul, destinado à conclusão da obra da Casa RuraL P'ROJETO N.o 1.332-A - 1956 IDo Sr. Lino Braun} Concede o auxílio de Cr$ 1.000.000,00 à Casa dos Artistas do Rio de Janeiro; tendo parecer favorável da Comissão de Finanças. PROJETO N." 1.174 - 1956 IDo Sr. Lino Braun) Abre o crédito extraordinário de Cr' 15.000.000,00 para socorrer vitimas e indenizar prejuízos causados pela enchente dos Rios Taquari e Caí, nos municipios de Arroio do Meio, Lajeado, Estrela, Taquari, Montenegro e Cai. PROJE,TO N.o 1.083 - 1956 (Do Sr. Lino Braun I Autoriza o Poder Executivo a abrir, pelo Ministério da Saúde, o crédito especial de Cr$ 50.000.000,00 destinados à prevenção e ao combate da poliomielite. PROJETO N." 272 - 1959 IDo Sr. Líno Braun) Autoriza o Poder Executivo a abrir, pelo Ministério da Educação e Cultura, o crédito especial de Cr$ 10.000.000,00, para a construcão e instalacão da Escola Normal Rural Estrela da Manhã, no Município de 'Estrela, Rio Grande do SuL Pf\.OJETO N.O 997·A, DE 1967 (Do Sr. Lino Braun) Dispõe sabre a acumulação de profissionais de nível universitario: tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça, pela ip.constitucionalidade e injuridicidade. PROJETO N," 2.126, DE 1956 IDo Sr. Lino Braun) Autoriza o Poder Executivo a financiar as operações imobiliárias que o Clube dos Suboficiais e Sargentos da Aeronáutica realizar com os seus associados pela "Carteira Hipotecária e Imobiliária" daquela -agremiação e dá outras providências. 4218 Sábado 27 Dli\ltlO DO ~ONGR.:SSO NACIONAL ISe~ãu I) ttt - L PROJETO N." 2.125, DE 19!ffi {Do Sr. Lino Braun J Dispõe sobre consignação em folha de pagamento de pensões em favor de Carteira Hipotecária e Imobiliária do Clube dos Suboficiais da Aeronáutica aos pensionis1;;ls militares e dá outras' providências. PROJETO N.o 1.083, DE 195& (Do Sr. Lino Braun! Autoriza o Poder Executivo a abrir, pelo Ministério da Saúde, o crédito especial de Cr$ 50.000.000,00 destinados a prevenção e ao .combate da poliomielite. . PROJETO APRESENTADO PROJETO N.o 4.911, DE 1963 IDo Sr. Lino Braun) Modifica o item II da altel'ação 13, da Lei n." 3.520, de 30 de âezembro de 1958. PROJETO N." 3.291, DE 1957 (Do Sr. Lino Braun) Autoriza o Poder Executivo a abrir, pelo Ministério da Viacão e Obras públicas, o crédito especial de Cr$ 30.000.000,00, para a construção de uma ponte sobre o rio Taquari, entre Estrela e Lageado, Rio Grande do Sul. PROJETO N." 4.924, DE 1963 (Do Sr. Lino Braun) (Convocação Extraordinária) Cria a Superintendência do Desenvolvimento do Vale do Taquari e de Cai, e dá outras providências. DISCURSOS PARLAMENTARES Parlamentar devotado ao bem público. o Deputado Lino Braun mantinha estreito contato com suas bases eleitorais e com o Estado que 'muito bem representava. Seus pronunciamentos feitos nesta Casa sempre se fundamentavam em fatos concretos e sempre tinham em mira a solução de problemas de interesse coletivo ou do Pais. Embora Deputado da Oposição, nunca foi um radical. Nunca criticou por criticar. Sempre que o fazia, embora às vezes de forma contundente, seus discursos sempre traziam em seu bojo o desejo de construir, o anseio de colaborar na solução de diferentes problemas. A despeito de ter sido amigo íntimo do saudoso Presidente Getúlio Vargas, do Presidente João Goulart e do Governador Leonel Brizzola, o nosso homenageado sempre pautou sua vida de político nos ensinamentos do grande doutrinador gaúcho .- Alberto Pasqualini. Se fosse possivel haurir a seiva fundamental dos muitos pronunciamentos que fez na Assembléia Legislativa e nesta Casa teríamos a confirmação de~ta assertiva. Vou ler alguns dos seus pronunciamentos para melhor documentar as minhas afirmações: CONGRESSO JORNALíSTICO O SR. PRESIDENTE - Tem a palavra o nobre Deputado. O SR, LINO BRAUN "'(Para encaminhar a votação.) - * Sr. Presidente e Srs. Deputados, designado pelo Presidente da Comissão de Finanças para externar a opinião daquele órgão técnico sobre o Projeto n.o 2.263, referente à concessão de um auxílio de poder público ao Congresso Jornalístico realizado na Cidade de Livramento, na oportunidade do seu primeiro centenãrio de municipalização, venho dizer à Casa que esta proposição já foi objeto de apreciação na Comissão de Finanças, funcionando como Relator o Deputado Sílvio Sanson, tendo a Comissão opinado favoravelmente à concessão dessa verba. Estou, portanto, aqui, para cónfirmar a decisão do plenário da Comissão de Finanças, cujo parecer, entretanto, ainda não foi publicado no Diário do Congresso. Apelo para os 81'S. Deputados, no sentido àe que defiram este auxílio ao Congresso Jornalístico reunido na Cidade de Livramento, que é, sem dúvida, um marco de brasilidade plantado na fronteira sul do Pais. Esse conclave. realizado há dias, despertou não só um grande interesse de parte das populações do meu Estado, mas também da vizinha República do Uruguai. Jl: preciso que o poder público, que este Congresso esteja atento aos Congressos como esse, em que a classe jornalística se reuniu para discutir os seus interesses profissionais, bem como questões e problemas de interesse social, de interesse econõmico, de interesse público em geral. . . Por esta razão, a Comissão de :Finanças sente-se confortada em poder dar o seu pronunciamento inteiramente favorável à aprovação do projeto de lei em votação. (Muito bem! Muito bem!) DEFESA DA SUINOCULTURA O SR. LINO BRAUN (Lê a se;uinte comunicação.) - Sr. Presidente, ocupo a tribuna para dar conhecimento aos Srs. D<,put,ados do Memorial divulgado pela Associação Brasileira de Criadores de Suinos, ao Ex.mo Sc. Cel. F. Mindelo, Presidente da COFAP, apelando para que evite, se possivel. a importação de banha americana, memorial esse concebido no,~ seguintes termos: ··N.o 14/57 - Estrela, 16 de fevereiro de 1957. Il.m" Sr. Ce!. Frederico Mindelo - M.D. Presidente da COFAP -- Rio de Janeiro, A Associação Brasileira de Criadores de Suínos, com sede no municipio de Estrela, Estado do Rio Grande do Sul e por seu Presidente abaixo assinado. toma a liberdade de apresentar a V. S .... as informações e considerações abaixo discriminadas a respE'ito da criação de ·suinos neste Estado, visando levar à V. s.a dados necessários à defesa da suinocultura. como também à colaboração qUE' esta associação se propõe com ~sse benemérito órgão que Vossa Senhoria dirige. A Suinocultura neste Estado Atualmente o rebanho suíno do Rio Grande do Sul atinge a elevada soma aproximadamen te de 5.500.000 cabeças; todo este vasto desenvolvimento do rebanho suíno é proveniente do grande interesse dispensado peio Estado à criação nos setores profilático, assistencial e educativo. O esforço dispendido nesse importante setor da economia gaúcha não tem sido em vão, pois de ano para ano nota-se o continuo crescimento do rebanho suino e sua maior rentabilidade industrial, fatos esses que colocam a criação e a indústria suína do Rio Grande do Sul, entre as maiores fontes de renda para o Estado. O demonstrativo abaixo, demonstra eloqüentemente o que tem sido o crescimento do rebanno suino, quantitativa e qualitativamente. nos últimos anos. Esclarecemos que os dados adiante mencionados se referem unicamente a indústria fiscalizada pela DIPOA sem contar com as demais fontes de abate que não sofrem a fiscalização do referido órgão: ano 1953 - n." de cabeças abatidas - 1.539.542 - média de peso por cabeça abatida - 81.000 - produção de banha em kg - 47.663.235 - percentagem de gordura por cabeça aba!;Jda _.- 38,4%; ano 1954 - n.o de cabeças abatidas - 1. 574.726 - méqia de peso por cabeça abatida- 85.000 - produção de banha em kg - 52.187.715 - percentagem de gordura por cabeça abatida - 39,0%; ano 1955 - n.O de cabeças abatidas - 1.489.562 - média de peso por cabeças abatidas - 88.000 ~ produção de banha em kg - 47.507.195 - percentagem de gordura por cabeça abatida - 41,4%; ano 1956 - n.o de cabeca.s abatida.s - 1.502.997 - média de peso por cabeça abatida - 94.000 - produção de banha em kg - 50.176.617 - percentagem de gordura por cabeca abatida - 42,37,. Diante desta síntese pode-se constatar melhor do que tem sido a melhoria. quantitativa e qualificativa do rebanho no Rio Grande do Sul. Importância Social e Econômica desta Atividade Na suinocultura n~ste Estado, dedicam-se a atividade, ao redor de 100 mil famílias de colonos, representanoo urna média de mais de 500 mil pessoas que têm nesta atividade a sua principal fonte de renda. Na indústria, cooperam mais de 12.000 pessoas representando 50.000 familiares que dependem exclusivamente desta atividade, por outro iado a suinocultura que está na sua totalidade nas mãos dos pequenos proprietários tem sido fator decisivo no incremento e desenvolvimento das pequenas glebas neste Estado, que é lider no que tange à justa distribuição da terra. De grande destaque na situação económica no Estado, é a atividade suinicola representando mesmo uma das principais fontes de renda para os cofres públicos e uma das atividades econômicas no Rio Grande do Sul. Existem 56 estabelecimentos em pleno funcionamento com uma capacidade de abate de maIs de 6.000.000 de suínos atualmente e um capital imobilizado em cerca de um milhão de cruzeiros. Apesar de todo esse imenso capItal aplicado a suinocultura e da sua grande importãncia econômica e socia.l do Estado. tem sofrido a mesma uma série de impecilhos e dificuldades. que lhe vem entravando o desenvolvimento e desestimulando os produtores, fatores .. DlAIUO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçio I) J . do Projeto de Lei aprovado nesta Casa sob número 698, de 1955. estes que determinaram, que, de exportador de ban"ba I>assemos a importador deste produto. No Senado, o projeto tomou {} número 201'57. Trata-se da legislação dos pensionistas do IPASE. Aliás, a Lei n. a 1. 711. de 52 - O EstaComo Fatores Nerativos Desta.cam-lIfl lI.' Importação tuto dos Funcionários Públicos CIvis da União - em vigor desde de Banha essa época, exigia a regulamentação, dentro de um prazo de 12 De 1947 a. esta data, as contínuas importações de banha meses, das medidas para execução do plano de assistência defepelo Governo Federal, têm sido um dos principais fatores rido no art. 161. que já incluída o limite mínimo de 45% da negativos na queda da produção suinícola deste Estado remuneração por tempo de serviço, com? base da. pensão à família. agravada pelos apressados tabelamentos deste produto, em Sabem todos que humildes pensionistas da União recebem 1955 a COFAP sem prévia consulta aos industriallstas e importãncias diminutas, as quais, em face da. elevação incessante produtores de banha deste Estado, que representam a do custo de vida, tornam-se até irrisórias, criando uma situação grande maioria da produção nacional, importou dos Elitados Unidos 5.000.000 de quilos de banha, que colocados no insustentável para viúvas e órfãos. mercado consumidor, provocou a brusca queda do produto Dai, o apelo, que ora formulo. Embora não caiba culpa ao nacional. Se pelas contingências do consumo nacional a Senado, porque nós aprovamos o Projeto n.a 698 em fins do ano COFAP se vir obrigada a importar banha estrangeira dada passado, o fato é que já em 52 a lei exigia que o art. 161 fosse a falta do produto nacional e só nestas condições é comdentro de 12 meses, portanto, no ano de 1953. Espreensível e explicável a importação - que o faça p01'ém regulamentado tamos em 1957 e tais benefícios ainda não foram concedidos a lançando a banha importada ao preço de custo da banha essa humilde classe. É verdade que esse projeto já passou, no nacional a fim de não desestimular os produtores do País. Senado, pela Comissão de Constituição e Justiça, mas deverá ir Noticiam os jornais que a COFAP novamente pretende ainda, à Comissã& de Serviço Público Civil e à Comissão de Fiimportar banha dos Estados Unidos na elevada quantidade nanças para, finalmente, ser aprovado. de 10.000 toneladas e entregando-as em plena safra do produto indígena. Se concretizada tal providência, será, Eís o apelo veemente que dirijo aos Srs. Senadores, a fim de Sr. Presidente, a mais séria contribuição para a derrocada que apressem a tramitação desse projeto de lei que tantos benefíe colapso totais da suinocultura nacional e principalmente cios facultará aos perulionistas da União. no Rio Grande do Sul, pois o mesmo contribuiu com 65 Sr. Presídente, quero. outrossim, dirigir apelo ao Sr. Presidente por cento da produção brasileira de banha. Voltaremos da República, no sentido de que nonaeie quanto antes, () Supeà estaca zero da produção, e conseqüentemente nos colorintendente da Comissão de Valorização da Fronteira Meridional caremos na permanente dependência das importações doS do Brasil. Conforme projeto aprovadu no ano passado, foi efetivaprodutos alienígenas, para atender às necessidades de npsso consumo, além de representar esta medida o grave mente incluída verba de 500 milhões no orçamento da República. para tal fim. No entanto, essa verba entrou no plano de economia. perigo da anarquia econômica socÚl.l, e financeira princiSolicitei ao Sr. Presidente da República a liberação da referida palmente no Rio Grande do' Sul onde a suinocultura contribui com cerca. de 400.000 milhões de cruzeíros, somente verba. Recebi, agora, comunicação de que o' Chefe do Governo na parte do Imposto de Venda e Consignações, sem contar determinou o encaminhamento do pedido de liberação da verba ao DASP, a fim de ser providenciado, conforme o telegrama que com os demais impostos e taxas que avultam sobremodo. ' A situação atual já. é crítica para os suinocultores, pois passo a rer: por fatores diversos os frigoríficos não têm podido liqui"Deputado Lino Braun dar seus débitos para com os jlrodutores; que estão vivendo assim uma fase de crise financeira, sem igual n& Palácio Tiradentes nossa suinocultura. Distrito Federal. DadllB as di!lculdadell acima expostas prepara-se a nossa. Comunico prezado Deputado Sr. Presidente República desuinocultura para pleitear junto ao Banco do Brasil fiterminou encaminhamento seu pedido liberação verba fanancia.mento nas mesmas modalidades, adotadas aos provor Plano Valorização Fronteira Meridional ao DASP. dutores de trigo. Saudações. Cel. Afonso Heliodoro dos Santos, Chefe SerConclusões viços Interesses Estaduais Presidên'cia República." . De tudo que foi exposto, impõe-se: O Sr. Frota A~uia.r - Está de acordo o Ministro da Fazenda? 1 - Evitar a COFAP tanto quanto possível a importação Se a verba entrou no plano de economia, não mais sairá. de banha estrangeira e só fazê-lo depois de prévia conO SR. LlNO BRAUN - Faço um apelo ao Sr. Presidente da sulta aos produtores. 2 - Se este órgão se vem obrigando a importar banha , República, a fim de que escolha o quanto antes o superintendente estrangeira que a coloque no mercado nas mesmas con- dessa Comissão de Valorização da Fronteira Meridional, para que dições de preço do produto nacional. os municípios limítrofes das nossas fronteiras tenham a assistência que lhe qulsermos proporcionar, através do Plano de Valoriza3 - O lucro obtido com ll. importação de banha. estrangeira deve ser entregue aos órgãos representativos dos ção da Fronteira Meridional do Brasil. (Muito bem.) produtores para fomento e. amparo da suinocultura naO SR, CELSO PEÇANBA (Para. uma. cmnunicação) .. _ Sr. cional. Presidente, Srs. Deputados, volto à tribuna para solicitar à Divi4 - Consultar esta Associação que se dispõe à. disposição são de Higiene e segurança do Trabalho do Ministério do Trabada COFAP para os ~tudos indispensáveis ao perfeito co- lho, providências para que nas fábricas do Município de Nova nhecimento da verdadeira sitUl!ção da nossa suinocultura. Friburgo sejana cumpridos os preceitos da legislação trabalhi.'lta. 5 - Tabelar o preço mínimo do porco com razoáveis posHá; mais de cinco meses, desta tribuna dirigi apelo àquela Divisão, sibilidades de luçro para os produtores. no sentido de que se procedesse à inspeção dos estabelecimentGs fabris daquela região ... Esta Associação tem a grande esperança de que V. s.a, espírito esclarecidl:l e patriótico, receba com a melhor boa. O Sr. José Talarioo - Isso é atribuição da Delegacia Regional vontade e como colaboração estas sinceras sugestões, fruto da experiência e da cotidiana luta em prol da nossa do Estado do Rio. suinocultura. O debate, a crise, do aniquilamento da suiO SR. CELSO PEÇANHA - ... sobretudo as lavanderias e ,nocultura, e~ conseqüências imprevisiveis para economia tinturarias, onde poderia observar que não estão sendo obedecidas do Pais propíciaria o surgimento de grave crise econômica as leis e regulamentos referentes às percepções de quotas de salue social, que o poder público tem o dever de evitar, e tem bridade, por parte dos operários. pelos elementos fornecidos meios capazes de fazê-lo. . Engana-se o nobre Deputado Sr. José Talarico quando se reCom os nossos protestos da mais elevada consideração e fere à Delegacia Regional do Estado do Rio, pois esta não possui apreço apresentanaos nossas os elementos de que dispõe a Divisão de Higiene e Segurança do Atenciosas saudações. - R. Afonso Augustin, Presidente." Trabalho. Não sei se junte o meu apelo aos dos produtores ou se faça. Tenho constantemente apelado no sentido da ida, ao muni~m protesto. Que valha um pelo outro. cípio em referência, de um comando da Divisão de Higiene do Trabalho. Há um mês, lá esteve uma dessas unidades, mas talvez DEFESA DOS PENSIONISTAS DA UNIAO ena obediência a alguma força estranha, lá não se demorou, e O SR. LlNO BRAUN (Para uma comunicação) * - Sr. Pretambéna não retornou a Nova Friburgo, para concluír a inspeção :sidEmte,' Srl>. Deputados. Venho à tribuna 'neste momento para. iniciada. ' dirigir apelo ao Senado Federal, no sentido de apressar a votação Aqui fica o apelo de milhares de operários de Nova Frlburgo, sobretudo do sindicato local. (Muito bem,) o 1'Il!.o 101 revisto p~10 orl\d'lr. 4220 Sábado 27 DlARlO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção FUNDO NACIONAL DO ENSINO MÉDIO O SR. LINO BRAUN - (Para uma comunicação) * - Sr. Presidente, traz-me à tribuna o objetivo de dirigir apelo ao Sr. Ministro da Educação, no sentido de providenciar o exato cumprimento da lei votada pela Càmara instituidora do Fundo Nacional de Ensino Médio. Tenho recebido reiteradas reclamações provindás do meu Estado, dos tradicionais ginásios do Rio Grande do Sul, estabelecimentos de ensino médio, que se ql1eixam da falta de pagamento 'das quotas que lhes pertencem por força de lei. No exercício de 1956 tão irregular foi a distribuição da quota da verba do Fundo Nacional do Ensino Médio que, em alguns estabelecimentos, os Professores receberam apenas pela metade a parte que lhes cabia. . Não adianta a lei, não adianta existir verba no Orçamento; é preciso que os órgios competentes do Ministério da Educação providenciem no sentido de também aos Estados chegarem os benefícios da lei que manda fa:rer a distribuição equitativa do Fundo Nacional do Ensino Médio. Tão pouco contribui a União para a cultura e a educação do nosso povo que, no Rio Grande do Sul, grande parte do ensino secundário é ministrado por estabelecimentos particulares, equiparados ao ensino oficial. Torna-se necessário que o poder público se condoa da situação dos chefes de família que arcam com imensos sacrifícios para dar instrução e educação a seus filhos, e que se compadeça também dos anônimos e heróicos Professores particulares que, lecionando nos estabelecimentos de ensino médio e recebendo parcos vencimentos, precisam da quota que lhes toca na distribuição do Fundo Nacional do Ensino Médio. • Sr. Presidente, Srs. Deputados, ainda voltarei ao assunto com elementos pormenorizados; se o Senhor Ministro da Educação e os órgãos técnicos não tiverem tomado as providências que cabem no caso, embora pertencendo ao Bloco da Maioria, embora apoiando o Governo, saberei fustigar a negligência dos funcionários, das repartições encarregadas, talvez do próprio Ministro, que se esquece de que o Brasil não é só o Rio de Janeiro com suas ruas asfaltadas, mas, principalmente, o interior, onde o povo trabalha para o engrandecimento da Pátria, à custa de seu esforço. (Muito bem!) EM DEFESA DOS FERROVIARIOS O SR. LINO BRAUN - (Para uma. reclamação) .. - Sr. Presidente, inscrito para falar nas pequenas comunicações, não me foi dada a palavra. Acontece que os Deputados ultrapassaram, de muito, o pr320 que lhes é concedido pelo Regimento. Assim, solicito a V. Ex.a licença para encaminhar um pedido de informação de caráter. urgente. Sabe V. Ex.a que será discutido no dia 7, nesta Casa, o veto referente às ferrovias nacionais. Corre, entretanto, um boato no Rio Grande do Sul de que ele seria votado nesta semana. Diante da notícia, os ferroviários daquele Estado concentraram-se, em Santa Maria, prontos para entrar em greve geral, tão logo sejam rejeitadas pela Câmara as medidas a que julgam ter direito. Sr. Presidente: Conforme está publicado no Diário do Congresso Na.cilmal, está marcada para o dia 7 de maio vindouro a apreciação, pelas duas Casas do Congresso Nacional, do veto presidencial ao Projeto de Lei n.O 1.907, na Câmara dos Deputados, e n.O 171, no Senado Federal, que determina a transformação das empresas ferroviárias da União em Sociedade por ações e autoriza a constituição da Rede Ferroviária. S.A. Sem pretender criar clima de confusão para obstruir a obra de recuperação de nossas estradas de ferro, a que se propõe o nosso Governo, não posso deixar sem eco os apelos que venho recebendo dos ferroviários de meu Estado, através da palavra de seus mais categorizados representantes, para que obtenha do Poder Executivo um pronunciamento definitivo capaz de promover a tranqüilidade, dos espíritos da gente ferroviária, justamente alarmada com as ;nodificações de base que se pretendem levar a efeito na estrutura econômica e administrativa das principais ferrovias do PaÍS. Parece-me oportuno, assim, que o Poder Executivo se pronuncie sobre os pontos abaixo focalizados, para que não mais paire dúvidas sobre a intenção do Governo de resguardar os (lireitos de quem já os adquiriu através de lutas de elevado sentido social. Requeiro, portanto, à Mesa encaminhe ao Poder Executivo o seguinte pedido de inform~ções: Maio de 11'11 J) derá ocrespeito às gratificações adicionais por tempo de serviço de 15% e 25% sobre os vencimentos do pessoal: 2.0 ) será mantida a concessão do salário-famil1a ou a.bono fa:miliar; 3.0 ) ficará assegurada a concessão de licença-prêmio de seis meses por decênio, na forma da legislação vigente; 4.0 ) permanecerá a concessão de férias anuais até o limite de 30 dias aos servidores; 5.0 ) se, na hipótese de vir a Viação Férrea do Rio Grande do Sul a integrar, por motivos de ordem econômica, a Rede Ferroviá·ria Federal S.A. face à opção prevÍSta no art. 12 da Lei n,o 2.217, de 5 de junho de 1954, ficarão asseguradas aos servidores públicos ferroviários as garantias e vantagens que lhe são deferidas pela legislação estadual, tanto mais que o art. 219 da Constituição do Estado do. Rio Grande do Sul dispõe: "A lei não poderá excluir os servidores ferroviários de qualquer direito, garantia ou vantagem, que forem assegurados aos funcionários públicos". Isto porque, além daquelas vantagens acima mencionadas, estabelece a Constituição do meu Estado a aposentadoria aos trinta anos de serviço com vencimentos integrais. Admitindo que a medida ora tomada pelo Governo não visa prejudicar direitos adquiridos, resguardados pela própria Constituição Federal, precisará ficar bem claro desde já, se o respeito a esses direitos e vantagens compreenderá também aqueles servidores Que irão completar os prazos necessários para. a obtenção daquelas vantagens já de!1nidas em lei. Penso que, com isto, estarão finalmente afastados todos os temores da família ferroviária e o Governo poderá então dar inicio ao trabalho de reerguimento das ferrovias nacionais,· sem os entraves de uma colaboração, menos dedicada por parte dos velhos servidores, ainda confiantes na melhoria de nossas condições de transporte sobre trilhos. - Lino Braun. Com isto, causaran< enorme prejuizo à economia do meu Estado e à do País. Meu requerimento de informações sobre os direitos que os ferroviários entendem prejudicados pelos diferentes vetos, está vazado nos seguintes termos: Sr. Presidente, solicito ainda ao Sr. Ministro da Viação e Obras Públicas que responda, antes da votação do veto, aos quesitos por mim formulados, a fim de que possamos formar juízo e debelar a agitação existente no meu Estado, dando, assim, um pouco de paz aos servidores ferroviários não só do Rio Grande do Sul, mas de todo o Pais. (Muito bem.) CONTRA A IMPORTAÇAO DE BANHA O SR. LINO BRAUN (Para uma comunicação) * - Sr. Presidente, Srs. Deputados, venho hoje à tribuna para desfazer boatos que causaràm pânico na suinocultura do meu Estado. Dizia-se, e mesmo os jornais publicaram, que a COFAP iria importar banha, além das três mil toneladas, limite-teto estabelecido pela Presidência da República. Tenho em mãos as licenças concedidas, no mês passado, 11 COFAP, para importação de quase 10 mil toneladas do produto. Entretanto, a simples concessão de licença não significa importação. Por outro lado, segundo confirmação do Conselho de Coordenação de Abastecimento, outras quantidades de banha não serão importadas além das três mil toneladas referidas. . Para conhecimento da Casa, passo a ler, na íntegra, as licenças concedidas à COFAP: "LICENÇAS DE IMPORTAÇAO DA "CACEX" Números Data Kg Dólares ._-~- 21.071 22.072 20.374 22.375 22.376 ------ 20.934 20.935 22.013 22.014 22.015 TOTAL .......... ......... ......... ......... ......... .............. 16-5 16-5 23-5 23-5 23-5 1.814.300 907.100 1.814.360 1.814.300 2.721.540 865.000 437.220 866.500 864.440 1.303.720 8.071.600 4.336.880 1.0) a Lei na. 3.115, çle 16-3-57, ao resguardar os direitos e vantagens adquiridos pelo pessoal, como esclareceu em recente nota publicada na imprensa. o Sr. Ministro da Viação, compreen- Acabo de receber do Conselho de Coordenação de AbastecImento um ofício subscrito pelo Coronel Válter· Santos. J!: o seguinte: Valho-me do ensejo para apresentar a V. s.a os meus protestos de elevada estima e consideração. Tenente-Coronel Doutor Válter :I. Sa.ntos, Secretário-Geral. * * Nilo foi revl8tlO pelo orador. Nilo foi revisto pelo ora40r. Mnio de 1978 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçá.o I) "af. n.o 829 - Em 1.0 de junho de 1957. lImo. Sr. Cel. Frederico Mindello, DD. Presidente da CaFAP." Senhor Presidente: De ordem do Exmo. Sr. Presidente da República, reitero a V. S." as recomendações expressas de Sua Excelência, no sentido de que a importação de banha para ü corrente ano se a4lnha, no máximo, a 3 (três) mil toneladas, a menos que venha a se verificar, futuramente, escassez e alta de preços desse produto. 'Vou ler também, Sr. Presidente, a entrevista concedida à im~ prl~nsa pelo· Coronel. Válter SanJ;os: - "Carecem totalmente de fundamento as noticias de (IUe seria importada maior quantidade de banha do que a prevista, isto é, 3.000 toneladas ~ afirmou à imprensa o Co:ronel Válter Santos, Secretário-Geral do Conselho Coordenador do Abastecimento, acreseentando: - Logo que tive conhecimento dessas 'informações, entrei em entendimentos com o Coronel Mindelo, Presidente da COFA'P que também as desautorou categoricamente. Quero crer que essas notícias se prendem a licenças de importação fornecidas pela CACEX. Trata-se, no entanto, de expediente antigo e que, em conseqüência de ofício enviado pelo Conselho à CaFAP, a 1.0 de junho, as licenças em apreço foram canceladas. Nesse ofício, de ordem do Presidente da República, foram reiteradas ao Presidente da COFAP recomendações expressas de Sua Excelência no sentido de que a importação de banha para o corrente ano se limitasse, no máximo, a três mil toneladas, a menos que viesse a se verificar, futuramente, escassez e alta de preços de~se produto. Ao regressar da reunião promovida pela Associação Brasileira de Suinocultores, em Encantado, no Rio Grande do Sul, confirmei junto ao Coronel Mindello as impressões favoráveis quanto à produção de banha, no corrente ano, naquele Estado, encarecendo a importância de ser mantida a limitação de só se importar três mil toneladas. Ao receber, agora, através do Deputado Lino Braun. do Senhor Rui Paixão Côrtes, diretor-gerente da Associação Brasileira de suinocultores e Tranqüilo Damo, presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Suínos, a noticia de que estariam em tramitação na CACEX novas licitações da COFAP, entendi-me com o Coronel Minãello que, mais uma vez, me assegurou de que as referidas licenças estavam definitivamente canceladas e que se referiam a expediente antigo, anterior ao Ofício de 1.0 de junho, a que acima mE' referi. Nenhuma Importação - Com referência à importação pelo SAPS ou outras orgl\nizações comerciais - acrescentou o Coronel Válter Santos - desconheço qualquer gestão nesse sentido. Mas, caso exista qualquer pedido, este não será concedido, tendo sido já expedida à CACEX, de ordem do Senhor Presidente da República, instruções a respeito. Declarou ainda o Cel. Válter Santos esperar ser este o último ano em que seja necessária a importação de banha. Confio - acrescentou - que o estimulo à produção que vem sendo dado pelo Governo federal e que será intensificado através de medidas diversas a serem tomadas pelo Ministério da Agricultura, pelo Conselho Coordenador do Abastecimento e por outros órgãos da administração, e que incluem facilidades para a aquisição de reprodutores, aumento das bases de financiamento agroindustrial, assistência técnica etc., contribuirá para que, pelo aumento da produção, se regularize o problema do abastecimento e dos preços dos produtos suínos, principalmente da banha, tornando-se assim desnecessária qualquer importação no ano vindouro. - Desse modo - conclui o Secretário do CCA - de acordo com iI).struções do Presidente Juscelino Kubitscllek, serão asseguradas as medidas indispensáveis ao amparo e desenvolvimento da suinocultura no País." Finalmente, quero prevenir aos suinocultores do Rio Grande do Sul, que não se deixem arrastar por ondas de boatos lançados eXI:lusivamente por elementos desejosos de ver desestimulados e arruinados os pequenos criadores de suinos, a fim de tirarem vantagens no mercado negro desse produto tão essencial à nossa população. Rea:f1rmo, aqui, serem absolutamente falsas e absurdas as notic'ias correntes sobre o assunto, definitivamente desautorizadas por aquelas declarações do Coronel Válter Santos. Era o que tinha a dizer. (Muito bem!) Sábado 27 4221 PONTE FERROVIARlA EM SAO JERONlMO O SR. LlNO BRAUN (Para uma comunicação.) - Senhor Presidente e senhores Deputados, já diversas vezes aqui falei sobre a ponte rodoferroviária sobre o rio Jacuí, entre Triunfo e São Jerônimo. A capital importância dessa obra está demonstrada, já pela sua inclusão no famoso Plano Salte, atuálmente extinto. Infelizmente, as verbas destinadas, naquele Plano, para tal fim, jamais 'foram aproveitadas. Posteriormente, em exercícios seguidos, incluíram-se novas verbas em orçamentos que, porém, não foram utilizadas, porque, aberta a concorrência e concluída, foi mais tarde, anulada, não sei, na realidade, por quê. O pretexto alegado - tardiamente - era uma portaria ou decreto do Senhor Presidente da República, pelo qual se proibia o início de novas obras que tivessem um terço da dotação. Ora, desde quando projetada até o momento, já foi essa obra onerada - parece - com dois reajustamentos de salário mínimo, além do aumento exagerado do material de construção. A propósito, apresentei projeto de lei, que já deve estar na Mesa, aguardando sua inclusão em Ordem do Dia, que autoriza a abertura de crédito especial de 70 milhões de cruzeiros, quantia que a Comissão de Finanças elevou para 100 milhões de cruzeiros. Com as verbas orçamentárias constantes deste exercíciO e as do Plano do Carvão, há numerário suficiente para o ~nício da ponte. Agora, não sei em que o carro ainda tranca. Em audiência do Senhor Presidente da República, o Prefeito de Triunfo apresentou a S. Ex.& o seguinte memorial: "Excelentíssimo Sr. Doutor Juscelino Kubitschek de Oliveira, Digníssimo Presidente da República: Os abaixo assinados, autoridades administrativas'e de representaç,io dos Municípios das regiões Centro e Sul do Estado do Rio Grande do Sul, convencidos dos altos propósitos que norteiam a alta esfera adminístrativa da Nação, presidida e impulsionada por Vossa Excelência, enviam-lhe o presente memorial, solicitando a atenção de Vossa Excelência para uma das principais reivindicações dos Municípios das regiões CentJ;'o e Sul do Rio Grande; a construção de ponte rodoferroviária sobre o rio Jacui, na altura das cidades de Triunfo e São Jerônimo. Essa ponte, cujos estudos foram feitos pelo Governo federal faz alguns anos, constituirá um marco avançado no sentido do desenvolvimento econômico não só da região Centro-Sul como de todo o Estado. A ligação ferroviária direta à zona Sul, ponto vital para a economía gaúcha, e que até hoje não foi concretizada, em virtude da barreira hidrográfica na região - Guaíba Jacuí, - será, indubitavelmente, a solução desse problema que vem preocupando os estadistas brasileiros que o examinaram. Os órgãos técnicos, federais e estaduais, que estudaram o problema focado, deram seu pronunCiamento no mesmo sentido, o que foi amplamente divulgado pela imprensa da Capital. A ponte rodoferroviária, sem dúvida alguma, é de alta sig= nificação para a vida econômica de uma vasta região produtorá do Estado. Representa, como já foi dito, a ligação, a seco, da região central com a' região Sul, e permitirá levar, diretamente, aos portos de exportação os produtos coloniais, agrícolas, pastoris e industriais que, atualmente, são forçados a transitar pela Capital, onerando sénsivelmente o custo, pelo encarecimento dos fretes, o que vem se refletir, negativamente, na economia do País. Atualmente, a travessia do Jacuí, no ponto Triunio-São Jerônimo, é feita em barca, com capacidade para 31} toneladas. É uma travessia morosa, devido a largura do rio, que atinge BOI} metros; é uma travessia perigosa em certas épocas do ano, quando ocorre crescimento das águas, tornàndo-se a correnteza do Jacuí por demais violenta, dando lugar a acidentes diversos, sendo que ainda no último ocorrido, na manhã do dia 19 do pretérito, foram tragados pelas águas a barca com dois caminhões, tendo vitimado 5 pessoas que faziam a travessia. Isto posto, os firmarorios deste na esperança de contarem com a honrosa atenção de V. Ex.a para esta obra de alta significação estadual e nacional, trazem a Vossa Excelência o apelo da população de toda essa região, desej osa de ver concretizada essa obra que representa prosperidade e progresso. - Rio Grande do Sul, 6 de agosto de 1957." (Seguem-se assinaturas.) O prefeito de Triunfo aqui esteve e trouxe, com este documento, a palavra de mais de quarenta Municipios do Rio Grande' do , Sul, no sentido de que seja concretizada esta obra. há tanto tempo 4222 ,Sábado 2'1 DIABIO DO CONGltESSO NACIONAL (~ I) • planejada e tantas vezes adiada, não sabemos por que razão. Mas, Senhor Presidente, muita coisa existe entre o sol e a terra, que os homens não compreendem. (Muito bem!) EM DEFESA DOS SUINOCULTORES O SR. LINO BRAUN (Para uma comunicação.) - Sr. Presidente e Senhores Deputados, mais uma vez, desta tribuna, dirijo apelo às autoridades federais, no sentido de não continuarem prejudi-' cando a suinocultura nacional, com a importação de banha americana. A propósito, acabo de receber do Sindicato da Banha do Rio Grande do Sul o seguinte telegrama: "Deputado Dr. Lino Braun Bancada PTB Câmara Deputados Rio Sindicato Indústria Produtos Suínos Estado Rio Grande Sul respeitosamente pede vênia para expor vossência seguinte bipontos estamos informados que licença para importação de sete mil toneladas banha americana vg saldo convênio firmado com Estados Unidos vg foi prorrogado pt Consta que grupos interessados esta importação que somente trará graves prejuizos indústria et criação suína rio-grandense vg hoje em franco desenvolvimento ultrapassando indices da produção de banha do ano passado em mais de quatorze por cento pt Pedimos que se levante a voz bancada em defesa dos interesses industrial e agropecuários do Rio Grande do Sul condenando tal importação tão prejudicial economia nacional porque trará desânimo completo no meio criador et dai resultado fatalmente diminuição noosa produção quando já atingimos auto-suficiência pt Confiamos atuação preclara bancada representada vossência com finalidade evitar seja consumada esta importação que consideramfos criminosa aos interesses nacionais pt Agradecido pt Cordiais saudações pt Affonso Martinelli Presidente Ary Busetti Secretário!' . Sr. Presidente, a informação procedente do sul, de que foi prorrogada pela SUMOC a licença cambial referente_às restantes sete mil toneladas de importação qe banha americana é verdadeira e me foi confirmada pelo próprio Presidente da COFAP. Diz Sua Excelência que não se trata de imediata importação dessa banha, mas apenas de não se perder essas cambiais, pois se até dezembro não se conseguir efetuar essa importação, haverá nova prorrogação dessas cambiais. Justamente nessa parte divergimos J2rofundamente de S. Ex."' Sem dúvida, por aquele malfadado convenio, firmado com os Estados Unidos, do qual resultou a importação de trigo, também se fará a importação da banha, que vem em condições ditas vantajosas financeiramente, por ser pagável em 40 anos, ficando os dólares à disposição do Banco de Desenvolvimento Econômico. Ocorre, porém, que enquanto isso se faz, entra em derrocada, o graru'!e rebanho de suiIJOS do Rio Grande do Sul, ao qual se dedICam maIS de l{)0 mil famílias de pequenos criadores. Sr. Presidente, ninguém considerou o caso do algodão paulista. Os Estados Unidos, pelo mesmo convênio, vão levar o algodão americano ao Oriente, especialmente ao Japão, nosso comprador tradicional. Pois bem, esse convênio, que alguns grupos, dentro do Brasil, enaltecem, dizendo que nos virá beneficiar com o prazo de pagamento em 40 anos, prejudicará, em última análise, a lavoura de algodão de São Paulo, porque já os japoneses,.enfim, o Oriente em geral não mais comprará nosso produto, mas o americano. Se o convênio houvesse sido melhor analisa<;lo pelo Itamarati, não estariamos agora clamando desta tribuna: - Não importem banha americana, que vem, não pura, mas misturada, nos Estados Unidos, com estearina, com óleos vegetais clarificados, processo não proibido nesse país. São problemas que devemos considerar, e se formos im1;.ortar mais essas sete mil toneladas de banha americana, a criaçao de suínos não só do Rio Grande, mas de todo o Brasil, irá fatalmente' à derrocada: nos anos subseqüentes, importaremos 20, 30, 70 ou 80 mil toneladas de banha americana para nosso consumo e, então, não haverá mais cambiais. Tudo isso, Sr. Presidente, é mais para agradar a certos grupos econômicos, interessados na importação dessa banha, do que atender às necessidades reais do consumo, porque a banha do Rio Grande vem mantendo, em média estável seu preço, embora tenham subido os preços de todos os elementos necessários à criação e à manutenção do rebanho. Assim, Sr. Presidente, mais uma vez, em nome do Rio Grande. produtor em nome do Brasil produtor, protesto contra a importação de qualquer produto em con<;1ições prejudiciais à nossa economia, feita através do convênio firmado entre o Brasil e os Estados Unidos. Estude a bancada paulista, por exemplo, o problema da exportação do algodão para a próxima safra e·verá como tá não. encontrará compradores no Oriente, principalmente no Japao, pOIS, através desse mesmo conVênio, já dispõem de matéria-prima para suas indústrias têxteis. . Quanto à importação da banha americana, não do produto puro, mas do misturado, além de ser essa mercadoria nociva ao consumidor, levará à derrocada a suinocultura dp Brasil. (Muito bem!) . EM DEFESA DA CANDIDATURA DE LEONEL BRIZOLA O SR. UNO BRAUN ~ (Para uma comunicação) - Sr. Presidente e Senhores Deputados, em fins do ano passado, violento tufão varreu o Município de Camaquã, Estado do Rio Gmnde do Sul, causando danos totais em instalações industriais, agricolas e casas de moradia de gente humilde, deixando as vítimas na mais extrema miséria e inutilizando algumas fisicamente, de maneira a invalidarem-nas. A Câmara dos Vereadores de Camaquã, na época, dirigiu veemente apelo ao Senhor Presidente da República, no sentido de serem tomadas providências no caso. Sua Excelência encaminhou o expediente a respeito ao Ministério da Viação e Obras Públicas. Não houve solução, até o momento. Eis por que me apresso em apresentar projeto de lei, abrindo crédito extraordinário, a fim de socorrer as vitimas. do flagelo. Quero agora, Senhor Presidente, responder à critica que o nobre Deputado Herbert Levy fez ao Senhor Presidente· da República e ao Senhor Leonel Brizzola, Prefeito de Porto Alegre e candidato ao Governo do Estado pela legenda do Partido Trabalhista Brasileiro, no que tang~ a importação de máquinat rodoviárias para Municipios do Rio Grande do Sul. Esclareço ao nobre colega e à Casa que não foi a Prefeitura de Porto Alegre nem o Senhor Leonel Brizzola quem importou as máquinas. Essa importação foi feita pelos Municipios. . Acontece, no entanto, que o Senhor Prefeito de Porto Alegre articulou a ação dos Senhores PrefeItos do interior para um pedido conjunto à mesma firma, importando o mesmo tipo de máquinas rodoviárias usadas no Rio Grande do Sul. Não foi o Sr. Prefeito de Porto Alegre que distribuiu e entregou as máquinas. Na realidade foram elas entregues pela firma a cada uma dos representantes dos Municípios. Houve, é verdade, uma festa de confraternização na sede da Prefeitura, recebendo cada Prefeito, simbolicamente, sua máquina, cujo título foi entregue pela firma vendedora aos municipios adquirentes. Também não houve proteção do Senhor Presidente da Reública a certo candidato, porque na época em que se processou a operação, em que foi pleiteada a importação dessas máquinas o Senhor Leonel Brizzola não era sequer candidato ao Governo do Rio Grande do Sul. Da mesma forma, na ocasião em que foram distribuídos os dólares para a importação das máquinas rodoviárias para o Rio Grande do Sul, num total de dois milhões e fração, foi feita também a distribuição de dólares disponiveis para otltras importações. Não houve, pois, qualquer proteção a determinado candidato, porque, então, o Senhor Leonel Brizzola, não era candidato. Por isso, não cabe a crítica do Senhor Herrert Levy ao digno Senhor Leonel Brizzola, candidato ao Governo do Rio Grande do Sul, nem ao Senhor Presidente da República, que na énoca apenas concedia câmbio de importação para quase 70 Municípios do Rio Grande do Sul, cujas Prefeituras estão ocupadas, em grande parte, por elementos da Frente Democrática e não só do Partido Trabalhista Brasileiro. Essa importação não teve caráter de discriminação política, pois foram beneficiados Prefeitos do PL, da UDN, do PSD dissidente e também do Partido, Trabalhista Brasileiro e do Partido de Representação Popular. ' E', portanto, totalmente despida de fundamentos a critica do realista da UDN, Senhor Herbert Levy, no que se refere a essa importação. Diziam os romanos: dormientibus non sucurrlt jus. Se as outras Prefeituras brasileiras não se conjugaram num movimento uniforme para conseguir importação de máquinas, não devem agora chorar e incriminar aquelas Prefeituras que o conseguiram, porque lutaram por isso. Sr. Presidente, o projeto a que me referi está assim redigido: "PROJETO N.o Abre crédito. extraordinário de Cr$ 1.500.000,00. 1.0 Fica o Poder Executivo autorizado a abrir, ao Ministério da Viação e Obras públicas, o crédito extrardinário de um milhão e quinhentos mil cruzeiros, destinado à Prefeitura Municipal de Camaquã, Rio Grande do Sul, para indenizar prejuízos causados pelo tufão, ocorrido em 23 de dezembro de 1957. 2.° Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. Lino Braun. Justificação Em fins do ano passado, violento tufão varreu o Municipio Camaquã, no Rio Grande do Sul, causando danos totais DIAlílo DO CONG&ESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 27 4223 em instalações industriais, agricolas e casas de moradia Carioca - mas sim manifestar-me elogiosamente em relação ao de gente humilde, deixando as vítimas na mais extrema Serviço de Estatística da Produção e ao Sr. Ministro da Agricultura, miséria, senão inutilizando algumas fisicamente de manei- que mandou proceder ao levantamento constante do boletim que tenho em meu poder, e, ainda, dirigir um apelo a S. Ex.'" para que ra a invalidá-las totalmente. mandando proceder, anualmente, a esses levantamentos, A Câmara dos Vereadores dirigiu, na época, veemente ape- continui do Serviço de Estatistica da Produção, em conjugação com lo ao Senhor Presidente da República, pedindo providên- aatravés Inspetoria Regional do IBGE no meu Estado, iS80 porque terá o cias. O Senhor Presidente encaminhou o expediente a res- Ministério da Agricultura os verdadeiros dados da produção do peito ao 1vfinistério da Viação e Obras Públicas. trigo, para poder orientar cada vez melhor a política nacional do trigo. Era o que, tinha a dizer. (Muito bem). INCENTIVO A PRODUÇãO DE TRIGO Serviços como este não podem nem devem ser interrompidos. Sr. Presidente, solicito a 8. Ex.'" faça juntar à minha maniO SR. LINO BRAUN - (Para uma comunicação) - Sr Presidente e Srs. Deputados, chegou-me à.s mãos uma publicação do festação a publicação do Diário Carioca e a desse boletim do MiServiço de Estatística da produção, do Ministério da Agricultura nistério da Agricultura, com o meu franco elogio aos técnicos, quer referente à produção do trigo e ao cadastro dos estabelecimentos do Ministério da Agricultura, quer do IBGE, quer do Ponto IV da produtores desse cereal. Não existia no Ministério da Agricultura Missão Americana, que colaboraram nesse levantamento cadastral, um levantamento de dados exatos para se poder aquilatar exa- o qual registra mais de 200 mil propriedades produtoras de trigo tamente a produção de trigo nacional. Os levantamentos antel'.io- no meu Estado. (Muito bem!) re.s, já pela decorrência de tempo, já pela feitura dos mesmos, não ENCHENTE NO RIO TAQUARI correspondiam mais à boa técnica. Então em meados do ano passado, o Ministério da Agricultura determinou que o Serviço de gsO SR. LINO BRAUN - (Lê a seguinte comunicação.) - Sr. tatística da Produção, valendo-se do Serviço de Expansão do Trigo acabam de chegar novas e alarmantes notícias sobre e da Delegacia da Inspetoria de Estatística do IBGE no Rio Grande aPresidente, catastrófica enchente do rio TaquarI, que avassalou todos os do Sul, fizesse um levantamento, a fim de saber, pelo menos por municípios da chamada zona do Alto Taquari. Arruinou a econoestimativa, qual a verdadeira situação da triticultura no Estado particular de muitos pequenos proprietários ribeirinhos e presulino, quer quanto à produção, quer quanto ao número e à qua- mIa o patrimônio público, provocando o desmoronamento de lidade de produtores de trigo. Esse trabalho chegou ao fim e re- judicou destruindo estradas e arrancando, as linhas de comu,nicasultou na publicação do boletim que tenho em mãos, do qual des- pontes, ção telefônica e de iluminação. taco o seguinte trecho: Além do noticiário dos jornais do Rio Grande do Sul, anexo "Com efeito, dentre os elementos apurados nas fichas ca- o telegrama do Deputado Estadual Ernesto Lavratti. dastrais, consta a quantidade de trigo em grão da safra de Em épocas normais, o rio Taquar.i, corre manso e tranqüilo, 1956 vendida para os pequenos produtores, a mesma percentagem de retenção de trigO em grão encontrada para servindo de estrada líquida para carrear os produtos agrícolas da os estabelecimentos de área cultivada de 5 e mais hectares, região aos mercados de consumo; entretanto, em épocas chuvochega-se à conclusão de que o total de trigo vendido em sas, torna-se violento, subindo em horasmuitoEo metros, inundando várzeas, destruindo casas e plantações e espalhando ruí1957 foi de 687.200 toneladas. nas e desgraças. Leva tudo de roldão tão de inopino e de surpreEssa cifra, confrontada com os quantitativos de venda re- !la que as populações atingidas não con&eguem senão salvar suas gistrados no Banco do Brasil, no total de 874.344 toneladas, próprias vidas. assinala uma diferença de 187.-144 toneladas, que pode ser Nesta enchente o rio, na cidade de Estrela. subiu vertIcalmenconsiderada como uma estimativa das quantidades ilicitamente declaradas ao Banco com o objetivo de obter a so- te dezessete metros em poucas horas. bretaxa paga ao grão nacional, ou seja, o trigo-papel." , Diante do quadro dantesco, Senhor Presidente, dessa enchenO Diário Carioca de hoje traz um comentário baseado nessa te que mais uma vez avas,3ala o Rio Grande do Sul, encaminho publicação. Refere-se especificamente à frente na safra do trIgo, o seguinte projeto de lei: que ascende a mais c:ie 20%. Este, porém, não é o aspecto principal O Congresso Nacional decreta: do problema, porque, pelo levantamento feito, pode se conhecer, Art. 1.0 l!: o Poder Executivo autorizado a abrir. pelo Minisagora, a verdadeira situação da triticultura no Rio Grande do Bul. tério da Fazenda, o crédito extraordinário de cinqüenta milhões Na verdade, tem razão o "Diário Carioca" quando, baseado de cruzeiros, (Cr$ 50.000.000,00) para atender os prejuízos da ennesse tópico da publicação, diz que, com o levantamento -feito, e chente nos municípios do Vale do Alto Taquari: Encantado, Arrôio com o pagamento reduzido pelo Banco do Brasil, se chega a con- do Meio, Roca Sales, Lajeado, Estrela, Bom Retiro do Sul, Taclusão de que houve fraude. quari e Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul. O Diário Carioca comenta essa parte da seguinte maneira.: Parágrafo único. A apllcação do crédito extraordinário, a "A fraude na comercialização do trigo era um fato co- que se refere este artigo, será feita sob a orientação do Ministénhecido há vários anos, desde que o Governo concede rio da Fazenda, através do Coletor Federal do município. de um subsídio à produção naCional. Entretanto, SUa devida apu- Agrônomo designado pelo Governo do Estado e do Prefeito da ração tornava-se difícil em virtude da permuta e revenda comuna, na proporção dos danos verificados em cada município. do produto. Uma portaria do Ministro da Agricultura, em Art. 2.° Revogadas as disposições em contrário, esta lei enfins do aUo passado proibiu aquelas modalidades de co- trará em vigor na data de sua publicação. mércio, possibilitando uma apuração menos edifícil da Era o que tinha a dizer. (Muito bem!) fraude ocorrida nesta última safra, fraude que chegou a ser estimada em 280 mil toneladas." APELO AO BANCO DO BRASIL Ora, por esse trabalho se sabe apenas onde está a área da fraude, pode-se localizar a região, mas não se pode ir diretamente O SR. LINO BRAUN - (Lê a seguinte comunicação.) - Sr. a.os produtores ou aos intermediários que praticaram a fraude. Presidente, setor dos mais importantes da economia do Estado Pa.ra isso, será preciso movimentar milhares e milhares de fichas do Rio Grande do Sul é o da suinocultura. do cadastro, perquirir, acompanhar o andamento do trigo até a Efetivamente, sendo possuidor de um rebanho suinicola de revenda ou até a ~nificação paga pelo Banco do Brasil. mais de 6.000.000 (seis milhões) de cabeças, do total de 49 mil!: evidente, então, o interesse em descobrir-se quais os fraudalhões existente no pais e, também, o maior produtor de b.anha, dores ou fabricantes de trigo-papel. A portada ministerial que contribuiu praticamente com 80% do abastecimento nacional desproibiu a permuta foi impugnada na justiça por um grupo de se produto. interessados, através de mandado de segurança. No entanto, não vem o Estado do Rio Grande do Sul, neste Esse mandado foí concedido, mas a 'liminar caiu em face das setor, recebendo o indispensável apoio financeiro a que tem die:x'plicações da Secretaria de Agricultura. Naturalmente, agora o reito, por parte dos estabelecimentos oficiais. caso vai ao Tribunal de Justiça de meu Estado, onde será apreO próprio Banco do Brasil, além de não elevar as bases de ciado. E, se o grupo interessado lá tiver ganho de causa, ainda financiamento para a compra de suínos, por parte dos estabelerestará ao Ministério da Agricultura o recurso à. instância superior. cimentos industriais. vem adotando uma estranha pratica de reÉ necessário que o Sr. Ministro da Agricultura permaneça firter aa proposta.s de financiamento, que lhe foram apresentadas me na intenção de sua portaria, de não permitir a permuta, após de acordo com as normas e roesoluções da própria Diretoria dapenosas investigações do Banco do Brasil e do Ministério da Agri- quere Banco. cultura, chegar àqueles que se locupletam com çleclaraçâes illcitas Em 1957, quando da rea11f;ação do I congresso de Suinocultonesse setor da nossa produção. res, no Rio Grande do Sul, anunciou o Banco do .Brasil às clasMas, Sr. Presidente, meu objetivo, nesta tribuna, não era CQ- ses produtoras haver elevado para 40% do total das aquisições mentar esta parte - feito, aliás, com muita precisão pelo Diário do último ano, o teto para os financiamento& dessa espécie. 4224 Sábado 2'J DURIO DO OONGRlSSO NACIONAL (Seção I) Não obstante, não temos conhecimento de algum estabelecimento do Rio Grande do Sul que tenha obtido financiamento nessa base. EM UEFE8A DA ECONOMIA SUINíCOLA Em 1958, por ocasião do II Congresso de Suinocultores, a que estiveram presentes dignos representantes da Carteira Agrícola e Industrial, esse critério foi reafirmado, o que causou grande contentamento não só aos produtores, mas também aos industriais, que teriam. assim, os recursos necessários para o pronto e fácil escoamento das safras. Infelizmente, e não se sabe por que, entretanto, há meses não são despachadas as propostas, enquanto que os chamados grandes frigoríficos-matadouros, que notoriamente estáo em melhores condições financeiras e, portanto, não necessitam de auxílio do Banco, têm o~ seus financiRmentos atpn(lidos em dia, não delxa.ndo, estes fatos, assim, de representar uma discriminação contra a economia do RIO urande do Sul. Esta situação se torna mais grave Se considerarmos que a sui!lO cultura é uma atividade que tem o seu custeio calculado de acordo com o preço da forragem (milho, resíduos de soja, torta etc.) se aumenta o preço da forragem, 'como vem acontecendo, efetivamente maior, será o preço do porco. Por outro lado, ultrapassada a época normal para abate, qualquer demora representará em prejuízo para o produtor, com alimentação e manutenção do animal gordo. Para evitar, pois, que estes prejuizos venham li. ser maiores, e para evitar, em conseqüência, o desestimulo dos produtores do Rio Grande do Sul, que este ano oferecem a maior safra de suínos do Rio Grande do Sul, é que endereçamos o nosso apelo ao Presidente do Banco do Brasil ao fim de que atenda às necessidades da indústria de suinos do riosso Estado, dando cumprimento, des.sa forma, às próprias instruções do eminente Senhor Presidente da República, que, em recente discurso perante os industriais do Pais, assegurou a concessão dos créditos indispensáveis à produção. , Em outra oportunidade, Sr. Presidente, trarei comentários sobre a verdadeira situação da suinocultura do meu Estado e os prejuÍZOB que ela vem sofrendo. posso, mesmo, afirmar que já os abates deste ano vêm decrescendo em relação aos anos anteriores, devido quase que exclusivamente a esta política de restrição - de crédito do Banco do Brasil. • Daí por que reitero da tribuna da Câmara o apel<> que já fiz aos Diretore& do próprio Banco do Brasil. (Muito bem!) O SR. PRESIDENTE (Sérgio Maplháes - 1.° Vice) - Tem a 'Palavra. o nobre Deputado Passos Porto, por cessão do ilustre Deputado José Rio. O SR. LINO BRAUN - (Lê a sepinte com~cação.) - Senhor Presidente, no pequeno expediente de sexta-feira última, reclamava eu contl'a a censura da Mesa em publicar a Mensagem n.o 266, de 29-2-60, do Poder Executivo, que abre crédito especial de Cr$ 100.087.175,70 para atender ao pagamento de diferença salarial aos Marítimos do Rio Grande do Sul, proveniente do acordo Salarial, firmado em junho de 1959, entre os Sindicatos de Armadores e o de Trabalhadores Marítimos, sob os auspícios do MTIC. Conhecendo a gravidade da situação, empenhara-me a fundo acompanhando o Senhor Alberto Porfírio de Oliveira. Presidente do Sindicato dos Motoristas e Condutores em Transportes Fluviais de Porto Alegre nas questões junto ao Executivo a fim de receberem os Marítimos do Rio Grande do Sul, por adiantamento as parcelas devidas no exercício de 1959, correspondente a Cr$ 26.43'1.1'15,00 e mais os sete duodécimos vencidos do corrente exercício, num total de Cr$ 42.399.675,90. Entretanto como o Executivo atendeu, em aviso ao Banco do Brasil somente à primeira parte, os Marítimos do Rio Grande do Sul, classe composta de cerca de 6 mil trabalhadores, deflagaram à zero hora, de sexta-feira última, uma greve de advertência por 24 horllf> e resolveram ficar reunidos em sessão permanente, dando um prazo de 14 dias ao órgão competente para cumprir o despacho do Senhor PresIdente da República no processo do Ministério da Fazenda sob n.O 303.792/59. Daí não se compreende a demora da Mesa engavetando projeto de natureza urgente. Eis por que, além do apelo que renovo às Comissões Técnicas da CMa a fim de darem rápida tramitação ao projeto que a Mesa ainda não se dignou publicar embora esteja na Câmara há 18 diM, solicito ainda daqui, em nome dos Trabalhadores Maritimos do Rio Grande do Sul, ao Sr. Ministro da Fazenda o atendimento de seus justos reclamos. A situação social do Rio Grande do Sul é aflitiva, é explosiva. Os trabalhadores da Indústria da Moagem de Trigo, já estão em greve. Os ferroviários estão descontentes e OS marítimos em prontidãó para irem até o sacrifício " greve se aS autoridades não cumprirem com o que determina o Acordo Salarial firmado. Malo de ml Não se pode negar ao Excelentisslmo Senhor Presidente da República e ao Senhor Ministro da Fazenda compreensão ao problema e 0080 vontade, de vez que o primeiro já determinou os adiantamentos e o segundo atendeu em parte, dentro das disponibilidades do Tesouro, aos reclamos, mae é lrrremedlável agora satisfazer o Ministro da Fazenda totalmente as determinações superiores. ' Pas:so a ler, Sr. Presidente, o memorial dirigido sexta-feira última ao Senhor Presidente da República pelo Sindicato dos Motoristas e Condutores em Transportes Fluviais de Porto Alegre, expondo o pensamento da classe: "12 de agosto de 1960. Excelentissimo Senhor Doutor Juscelino Kubitschek DD. Presidente da Repúblíca O presidente do Sindicato dos Motoristas e Condutores em Transportes Fluviais de Porro Alegre, abaixo firmado, credenciado peloe- demais Sindicatos de Trabalhadores Maritimos do Rio Grande do Sul, pede vênia para expor e solícitar de Vossa Excelência o seguinte: ' 1.0) Em junho do ano de 1959, os Sindicatos, aqui representados, firmaram acordo salarial com o Sindicato das Empresas de Navegação daquele Estado. 2.0) O referido acordo foi homologado pelo Exmo. Sr. Ministro do Trabalho e publicado no DO de 28-11-59, tendo a duração de dois anos de vigência, a partir de 1.° de janeiro de 1959, até 31 de dezembro de 1960. 3.°) Na cláusula 6.a (sexta) do citado acordo, ficou condicionado seu cumprimepto, após os recursos que seriam dados pelo Governo de Vossa Excelência, conforme parecer da Comissão salarial, instituida pela portaria MTIC número 64, de 18-4-59 e publicada no DO da mesma data. 4.0) Acontece, Senhor Presidente, que os recursos que foram liberados em novembro de 1959 couberam a algumas empresas, ficando as outras em débito com seus empregados. Criou-se assim um clima de descontentamento, fermento de agitação social no seio da classe de conseqüências imprevisíveis, causando aos dirigentes sindicaIs,marítimos daquele Estado dificuldades para llonter tais 'movimentos:, numa classe que congrega mais de 6 mil trabalhadores. Isto posto, Vimos trazer ao conhecimento de Vossa Excelência que o Exmo. Sr. Ministro da Fazenda, na Exposição de Motívos n.o 457/60 encaminhou à consideração de Vossa ExcelênBla minuta de mensagem solicitando abertura de crédito a qual foi ,assinada e enviada ao Congresso Nacional sob n.o 266/60 em 29-7-60. Entretanto, o aviso expedido ao Banco do Brasil, em data de· 11 do corrente, liberou somente as diferenças que faltaram para completar os pagamentos correspondentes ao ano de 1959, ficando, de janeiro até a presente data, em atraso todas as empresas, e conseqüentemente os trabalhadoers com os salários incompletos. Razão por que solicitam seja de pronto adiantados- 0$ valores correspondentes aos duodécimos vencidos neste ano, conforme &0licitação do Ministério do Trabalho constante do Proc. M, F. 303. 792/59 cujo esquema de pagamento convém ser observado. Certo de que Vossa Excelência amigo que é do trabalhador, determinará o atendimento do que ora solicitamos. Respeitosamente, Alfredo Porfírio de Olive!ra." Quero novamente chamar a atenção da Casa para a grave situação social e econômica em que &e encontra o Rio Grande do Sul, neste momento, com a quase totalidade das classes trabalhadoras descontente. li: preciso que o Poder Executivo também olhe para o extremo Sul do Brasil, que ainda é o pedestal da Pátria. (Muito bem!) EM FAVOR DOS MELHORAMENTOS DA REDE FERROVIARIA O SR. LlNO BRAUN (Lê a seguinte comunicação) - Sr. Presidente, nunca a coletividade ferroviária brasileira atravessou fase de tamanha inquietação como agora, com a discll5São do projeto e aprovação da Lei n.o 3.115, sancionada pelo Sr. Presidente da República e contendo vetos a determinados artigos e parágrafos que procuram resguardar direitos do pessoal, lei essa que instituiu a Rêde Ferroviária Federal S.A. a ela integrando compulsoriamente algumas das principais ferrovias do País, de inicio as de propriedade e administração da União e facultando as demais l\. inclusão no conjunto, se assim o entenderem. Sou dos que concordam ser necessário encontrar fórmula adequada. para propiciar a criação de um regime capaz de promover o aperfeiçoamento do nível técnico e administrativo de nossas M~do de um -,_ """'' ' ' ' DIAKIO DO =====-=='-_ ~ONGRESse N.ACIONAL _..,;,''''''''---_ _ - (~llÇi.o = I) ''''''' '''''' _ Sábado 27 4225 '''''''"""''''''''''''''''''''' _. ferrovias de molde a obter-se uma exploração mais racional do trabalhOS, que estivemos largos anos ao seu lado, sabemos da sua nosso parque ferroviário, libertando-se esse serviço público dos honestidade, do seu invejável espírito públit:o, da sua capacidade tradicionais déficits em que se vem debatendo há longos anos. , e, sobretudo, do seu acendrado amor ao Brasil. Nunca, porém, admitindo que tal solução possa ser enconA homenagem que o MDB e esta Casa hoje prestam a Lino tmda com o sacrificio indiscriminado dessa numerosa classe. Braun é um ato de justiça. li: o reconhecimento de milhões de gaúchos e brasileiros que foram beneficiados com a atuação paPorque alfcerçar a esperada vitória desSe empreendimento ·de cujos resultados pennito-me não me entusiasmar prematura- triótica deste devotado, inteligente e honrado homem público, que mente - sobre a infelicidade e o desamparo da família ferroviária continuará servindo de exemplo às novas gerações que surgem. brasileira, é obra à qual não me associo e a que de maneIra veO SR. PRESIDENTE (Peixoto Filho) - A Mesa se associa às mente me oponho. homenagens póstumas ao saudoso Parlamentar Lino Braun, afircomo Francisco Manoel: "Os .grandes homens são como as Não disponho de elementos seguros para ajustar da oportu- mando, grandes árvores: só depois que tombam é que se vê sua grandionidade e da extensão do ato do Sr. Presidente da República ao sidade, pelo vazio que deixam, pela falta que fazem". <Jpor seus vetos à lei, mesmo porque reconheço o seu dever de resguardar o erário nacional pela restrição à concessão de vantagens O saudoso representante da briosa e valorosa comunidade gaúoUGras que possam gerar direitos àqueles que não os têm. cha soube, no exercício do mandato representativo, corresponder Resguardar, porém, os legitimos direitos e prerrogativas de aos anseios do povo do Estado do Rio Grande do Sul. qJ.lem as conquistou ao fim de uma existência de lutas pela 80O SR. PRESIDENTE (Peixoto Filho) - Passa-se à 2.1' parte brl~vivência e devotada ao árduo trabalho ferroviário, é tarefa da do Grande Expediente. mais alta prioridade no consenso geral da política socjal a que o Concedo a palavra ao Sr. Prisco Viana, Governo Federal vem emprestando todo seu melhor apoio. O SR. PRISCO VIANA (ARENA - BA. Sem revisão do orador.> Recebo agora angustioso apelo dos ferroviários de meu Estado Sr. Presidente, Srs. Deputados, não me tendo sido dada oporpara que me coloque na linha de frente dessa batalha pelo r,espeito aos direitos e prerrogativas .do pessoal da Viação Férrea do tunidade de apartear o Deputado Antônio Bresolin, quando proferia seu discurso de homenagem à memória do Deputado Lino Ri,) Grande do Sul. Braun, gostaria, neste instante, em meu nome pessoal e - acreComo seus colegas disseminados ao longo desses 40.000 km de dito - também no da representação do Estado da Bahia - já que linhas férreas, nos mais longinquos recantos da nossa Pátria, como c fez em nome do meu Partido o Líder Jorge Arbage - de trazer um só corpo pulsando pelo Brasil e movimentando a riqueza e minha solidariedade ao pronunciamento que acabamos de ouvir. lnl:entivando a economia nacional, os ferroviários gaúchos estão Embora não tenha tido a ventura de conviver com o Deputado Lino com a incerteza dos dias vindouros. Braun, como disse o nobre colega Sérgio Murilo, aqui chegando Não está no momento, a Viação Férrea obrigada a incorporar- pude encontrar em nossos Anais a história da sua passagem por .se à nova entidade recém-criada, eis que é um própriu federal esta Casa, passagem marcada por 11ma atuação inteiramente volarrendado, por período determinado, ao Governo do meu Estado. tada para a defesa dos legítimos interesses do Pais e a 'sustentação das mais ardentes causas democráticas. . Suponho que a experiência venha ultrapassar a expectativa Mas, Sr. Presidente e Srs. Deputados, solicitei a inscrição na. ml~smo dos mais céticos e considerando a atração inevitável exercida fatalmente' pelo núcleo central, não será temerário afinnar sessão de hoje para, a propósito da inauguração da barragem de Sobradinho, no próximo domingo, a' ser feita pelo Ex.mo Sr. Preque outras estradas venham a desejar sua integração à Rede. sidente da República, tecer alguns comentários, mesmo que ligeíAssim, não se poderá deixar de admitir que fatores de ordem ramente, a respeito da evolução do processo de eletrificação do econômica possam vir a aconselhar a rescisão daquele contrato Nordeste e, de modo geral, do setor energético do País nesses úlde arrendamento, condição suficiente para a incorporação da timos 14 anos, sobretudo porque, em verdade, foi um dos que Viação Férrea à Rede FerrovIária Federal S.A. mais se desenvolveram nesse período. Daí, então a necessidade de garantir-se, desde logo, aos ferGostaria também, nesta oportunidade, de fazer um pequeno roviários gaúchos a manutenção de direitos e vantagens que a registro do que foi a passagem, pela Presidência da ELETROBRAS, legislação federal e estadual lhes assegura, principalmente esta do ilustre homem público e baiano, Dr. Antônio Carlos Magalhães. última expressa em texto constitucional, justa retribuição ao esMerece recordar, inicialmente, que ao se instalar no Poder o priforço e à dedicação daqueles abnegados ferroviários que tudo têm meiro Governo revolucionário, em março de 1964, vivia o País, dado de si para servir aos altos interesses do Estado e do Brasil. dentro da sua crise g~ral, a grande e grave crise do setor energéEra o que tinha a dizer, na certeza de que no exame dos vetos tico. pelo Congresso possam ser ponderadas as razões que me propoO Presidente Castello Branco empossou-se quando a Região nho ratificar na oportunidade, deixando agora consignado um apelo aos Senhores congressistas para que procurem examinar o Sudeste, onde se concentrava, como ainda hoje concentra-se, laassunto com o seu reconhecido espírito públíco aliado ao desejo mentavelmente, mais de 80% de todo o parque industrial braside restabelecer a hannonia e o bem geral da classe ferroviária do leiro, vivia o regime do racionamento. Um conjunto de medidas de profundidade teve de ser imediatamente adotado. Dentre essas Brasil. (Muito bem!) representou ato de coragem, porque decisão difícil do ponto de CONCLUSÁO vista politico, o estabelecimento da verdade tarifâria, necessária para recuperar financeiramente o setor e restabelecer a capaciPoderiamos alinhar com a maior facilidade muitos outros elementos que comprovam a lisura de comportamento, a capacidade, dade investidora das empresas, qUMe todas, estatais como privadas, o tálento, a éultura e os inestimáveis serviços que o Deputado em Situação bastante difícil. Aí se inclui, Igualmente, a compra das empresas do grupo Bond and Shere, assunto até então trataLlno Braun prestou ao Rio Grande ~ do Sul e ao Brasil. do com excesso de politização e dose acentuada de demagogia, É natural que, como todos os homens públicos, o Deputado podia ajudar na composição do quadro caótico em que então Llno Braun enfrentou incompreensões e criticas. O seu trabalho que vivíamos, porém, jamais contribuir para aumentar a capacidade extraordinário prestado à comunidade, no entanto, hoje o coloca instalada no Pais, muito menos o desenvolvimento nacional. em lugar de ttestaque, na fila dos homens beneméritos da Pátria. Embora bastante desfavorável o nosso balanço energéNão foi sem razão que BenjamIn Franklin, ainda em 1'772, tico, porque ainda com elevada participação <ia energia derivada do dizia: petróleo, estamos em situação muito melhor do que a de muitas nações desenvolvidas. Parra isso contribuiu, certamente, o avanço "No transcurso da nossa vida pública, não podemos esperar a aprovação nem o reconhecimento imediato dos conseguido no aproveitamento do grande potencial hidráulico que possuímos, com a construção de importantes usinas hidrelénossos trabalhos. somente possível com as transformações operadas na poPorém, deixai-vos perseverar, mesmo quando atacados e tricas, lítica energética do País. ostensivamente injuriados. Com efeito, o Balanço Energético Nacional, de 1976, elaborado A satisfação que têm todos aqueles de consciência limpa pelo das Minas e Energia, e por nós analisado em relaestará, em nós, sempre presente, e o tempo nos fará jus- tório Ministério apresentado à Comissão Parlamentar de Inquérito destinada tiça na voz do povo, mesmo entre aqueles que preientea avaliar a Política Mineral do Pais, acusava a seguinte repartição mente mais nos antagonizam." da energia gerada naquele ano: petróleo, 43,3%; hidráulica, 23,8%; Esta é a grande verdade. Com o escoar do tempo morrem. as le?ha e bagaço de cana, 25,7%; carvão mineral e vegetal, 6,7% e paixões e a obra realizada ganha novos contornos, agiganta-se, é gas natural e outras fontes, 0,8%. destacada e louvada mesmo por aqueles que muitas vezes a cdti"Há onze anQg (1966)" - observamos perante a CPI - "o ca.ram. consumo energético obedecia a outro padrão percentual de distriO Deputado Lino Braun figura entre esta plêiade de homens. buição nas fontes geradoras de energia. A energia proveniente do Nós, que o conhecemos na intimidade, que acompanhamos os seus petróleo participava com 32,8%; a hid~áulica, com 16,1%; a lenha t226 Sábado 17 DURIO DO CONGRESSO NACIONAL (seção e bagaço de cana coxp 44,1 %; caI\Vões mineral e vegetal com 5,8% e outras fontes com 6,8%. Houve, portanto. um substancial acréscimo percentual na partici~ação da geração de energia pelo uso de petróleo (32,8% para 43,3%), a hidráulica (de 16,5% para 23,8%) e um decréscimo correspondente na participação da energia gerada pela queima de lenha e bagaço de cana (44.1 % para 25,7% >. enquanto que para outras formas de geração houve. praticamente. uma constância na participação". O petróleo continuará predominante nos próximos anos, mas a energia hidráulica crescerá para quase igualar-se àquele. As previsões para 1986, por exemplo, são de que no "balanço" o petróleo aparecerá com 37,0% e a energia hidráulica com 31,8%. EfIl 1966. como revelado pelo Ministro Ueky em recente de-poimento perante a CPI do Alcool, funcionando na Câmara dos Deputados, a -produção de energia hidráulica correspondia a 160.000 barris-dia do equivalente em petróleo; em 1977. essa relação era de 520.000 barris-dia, podendo-se chegar, com a entrada em operação. em 1980, das usinas em construção, a 720.000 barris-dia e mais adiante, em 1986, a 1.250.000 barris-dia. O desenvolvimento do Pais a taxas elevadas, sobretudo nos últimos dez anos. representou um desafio ao setor energético. respondido à altura. Segundo os registros do Ministério das Minas e Energia, em 1968 o aumento médio anual da potência instalada era de 400MW. Atualmente acrescenta-se 400 MW ao sistema energético a cada 60 {Uas, o que dá bem a medida do esforço que o Pais vem realizando nesse setor. Em 1965, por exemplo, a nossa potência instalada era de 6.800 MW e hoje é de 24.000 MW e, com 3s obras em execução ou projetadas, pode-se estimar uma potência instalada de 34.000 MW em 1980 e 56.700 em 1985. No particular do Nordeste, que analisaremos mais adiante, a potência instalada evoluiu de 300 MW em 1964 para 2.100 MW em 1977. Em 1972, ao relatarmos na Comissão Mista do Congresso Nacional o Projeto de Lei que autorizava a ELETROBRAS a prorrogar a cobrança do empréstimo compulsório com o objetivo de dar suporte financeiro a duas de suas principais obras então projetadas - as barragens de Itaipu e de Sobradinho - bem assim ao desenvolvimento dos programas de suprimentos de energia à Amazônia e da construção da primeira. Usina Nuclear de Angra dos Reis, observamos que tem' sido característica do setor antecipar-se nas suas iniciativas e que, graças a essa politica, se tem conseguido prover com segurança o futuro. Aquela época já se sabia que no Nordeste a demanda de energia elétrica cresceria de 817 MW para 1.800 Jo.fW em 1975; 3.600 em 1980 e 6.500 MW em 1985. a ser coberta pela oferta que resultaria da construção das usinas de Paulo Afonso IV, Xingó, Moxotó e Sobradinho. Esse programa de obras vem-se cumprindo com a mais absoluta regularidade. obedecidos os prazos do cronograma, rigorOsamente. Disso. aliás, são exemplos SObradinho e Moxotó, a serem inauguradas domingo pelo Sr. Presidente da,República. O SR. JOSt ZAVAGLIA - Permita-me nobre Deputado Prisco Viana. Felicito V. Ex.a pelo pronunciamento que faz nesta tarde, em que analisa o pO,tencial energético de nosso País. No segundo semestre de 1977. em companhia do Presidente desta Casa e de alguns Deputados, tive oportunidade de conhecer a importante Barragem de Sobradinho e também o· complexo de Paulo Afonso, obras de vulto e que merecem o apoio de todos os brasileiros. Por esta razão, nobre Deputado Prisco Viana, quero dar o meu testamunho, como Parlamentar da Oposição, da importância desta grande represa, que será inaugurada no próximo domingo por S. Ex. a , o Sr. Presidente Ernesto Geisel. Assim que se concluírem as obras do complexo hidrelétricô""de Paulo Afonso o Nordeste será sem .dúvida alguma, o celeiro do Brasil. verifiquei' que a engenhari~ bra~i1eira perfurou 90 metros em rocha, construindo a segunda maIOr caverna do m-undo para a realização dessa extraordinária obra, que proporcionará ao Pais cerca de 15 milhões de Kw/h tão necessários ao desenvolvimento do nosso complexo industrial. Mais uma vez, parabenizo V. Ex.a pelo seu brilhante pronunciamento em que analisa o complexo energético de Sobradinho e de paul~ Afonso. O SR. PRISCO VIANA - Agradeço a V. Ex.a Deputado José . Zavaglia. Sobre ser honroso, o seu aparte vem enriquecer este singelo discurso, em que procuro registrar alguns progressos alcançados no setor energético brasileiro. l!: importante o depoimento que nos faz, não apenas por se tratar de um Deputado da Oposição, mas sobretudo, porque V. Ex.a pessoalmente visitou a'Barragem de So~ bradinho. bem assim a extraordinária obra de Paulo Afonso. C.omo I) Maio de lt'7l disse V. Ex.... tudo isso resulta da tenacidade e, sobretudo, da audácia da engenharia nacional, que adotou na construção de Paulo Afonso uma solução técnica eminentemente brasileira, naquela usina que hoje é o suporte de todo o sistema energético do Nordeste e também orgulho da engenharia nacional. &lU muito grato a V. Ex." Ouço, com igual prazer, o nobre Líder da ARENA, Deputado Jorge Arbage. O Sr. l()r~e Arba~e - Eminente Deputado Prisco Viana, parabenizo V. Ex.a pela sua inteligência e l~cidez. O tema qne aborda é de extrema relevância. Começou V. Ex.a por destacar a importância do complexo energético de Sobradinho, no Estado que com tanto brilho representa nesta Casa. Sem dúvida, esta é mais uma conquista da Revolução. que V. Ex." tão bem destaca no pronunciamento que faz. Seria desneeessário ressaltar aqui o que tem sido o avanço' energético dentro do grande complexo nordestino, em cujo contexto se situa o Estado da Bahia. Mas eu deseiaria, nobre Deputado, trazer aqui um subsídio que me parece valioso, para complementar o brilhante discurso de V. Ex." Quero referi/-"me a duas grandes conquistas, também da Revolução, no contexto da velha Região Amazônica. O Presidente Geisel recentemente inaugurou, no Municipio de Santarém, Estado do Pará, a primeira hidrétrica da Região Amazônica, a Hidrelétrica de Curua-Una. Evidentemente, poder-se-ia dizer que esta iniciativa teria caracterizado o primeiro passo no processo de redenção da Amazônia no contexto do desenvolvimento brasileiro. Mas, nobre Deputado PrisCo Viana, recentemente tive a oportunidade de visitar in loco a grandiosa obra da Hidrelétrica Tucuruí, ainda no Estado do Pará, a cargo da ELETRONORTE, e digo a V. Ex." que, ao percorrer aquele empreendimento, senti orgulho do know-how da engenharia brasileira. Vi com meus olhos aqueles homens promoverem a implantação de secadeiras em pleno centro do rio Tocantins, fato de ~ue os que morreram duvidariam que fosse possivel. Esta obra revolucionária vai realmente redimir, para a História, a grande Região Amazônica, que nada mais era do que um pedaço de território isolado do contexto do desenvolvimento brasileiro. Por isso, permita-me parabenizá-lo pela tônica do pronunciamento que faz, ressaltando uma obra grandiosa deste Governo, que tem sido de dedicação exemplar na solução dos magnos problemas desta imensa Pátria. O SR. PRISCO VIANA - Grato ao Líder do meu partido pela importante contribuição que vem de trazer ao meu pronunciamento. E quando V. Ex.... fala do desenvolvimento da energia elétrica na Amazônia. gostariamos de acentuar que exatamente na Amazônia repousa a grande esperança do futuro energético do Pais, na medida em que possamos aproveitar convenientemente toda a potencialidade dos rios amazónicos. Ora, somente no rio Tocantins temos a oportunidade de aproveitar 40 milhões de kws e a técnica brasileira - e aqui destaco um dos pontos altos da administração do Dr. Antônio Carlos Magalhães à frente da ELETROBRÁS - jâ estuda, em caráter de prioridade, a questão tecnológica da transmissão a longa distância, porque o grande problema da produção de energia hidráulica na Amazônia é o de levá-la aos centros consumidores, distantes 4, 5 e até 6 mil quilômetros. A solução deste problema virá desafogar aquele balanço energético que tive oportunidade aqui apresentar, e ainda em 1986 estará assinalando a presença de derivados de petróleo na produção de energia elétrica de cerca de 37%, percelltual baixo se comparado com muitas .nações, mas ainda excessivamente elevado para um País como o nosso, altamente dependente da importação de petróleo. Estamos tão seguros do futuro da Amazônia no campo da produção de energia elétrica que, também no Plano Geral de Interligação de Sistemas, esperamos poder suportar o desenvolvimento do Nordeste com a energia a ser produzida na Amazônia. Tanto isto é verdade que a Companhia Hidrelétrica do São Francisco já está projetando a grande linha que interligará os sistemas Norte-Nordeste, . ELETRONORTE-CHESF, através de Imperatriz, via Presidente Dutra, no Maranhão, até Juazeiro, na Bahia, juntando, portanto, o sistema da Amazônia ao da Usina de Sobradinho cuia barragem estamos inaugurando esta semana. Mas retomando a linha anterior do discur,so, observo que o !istema CHESF tinha, em dezembro do ano passado, a potência nominal (Relatório da empresa referente a 1977). elevada para para 2.425.520 kws, dos quais 2.120.520 kws provenientes de geração hidráulica em Paulo Afonso (quatro usinas), Moxotó. Boa Esperança, Funil e outros pequenos aproveitamentos. Nota-se. portanto, que temos hoje um terço da potência que vamos necessitar em 1987, portanto. um grande' desafiO às administrações que se sucederão à atual. Estudos realizados conjuntamente pela ELETROBRAS e sua llUbsidiária regional, a CHESF, constataram que o ritmo atual do desenvolvimento do Nordeste exige fornecimentos de energia elétrica que deverãQ crescer à taxa média de 16% até 1978, sendo 18% . até 1980 e 13% no período compreendido entre 1980 e 1985. - IlaSo de 1t1B DJARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) o mercado de energia elétrica do Nordeste deverá comportar- Sábado 27 4221 tório de acumulação, hoje já exibindo o imenso lago de 4.250 qui',.) lômetros quadrados, que irá permitir vasão média de 2.250 metros cúbicos por segundo, garantir o funcionamento das novas unidades Demanda 9g~r ~: de Paulo Afonso e a produção de mais de 1.000.000 de quilowatts Ano __.-;:.M=..:.W.:c-_-=-:.:.::;.....--'.. ..L-l-._ de energia; a entrada em operação, ao longo do exercício, das quatro unidades geradoras da Usina de Moxotó, de 110 MW cada 2.445 (l) 12.236 (l) 1978 uma, acrescentando a potência de 440 MW à capacidade de geração do sistema; pela primeira vez a demanda coincidente do 1979 2.825 14.363 sistema atinge e ultrapassa a marca de 2 milhões de quilowatts; 1980 16.365 3.178 a entrada em operação da termoelétrica do Bongi, tendo estas duas usinas adicionado do total de 590.000 KW ao sistema, cor18.322 1981 3.547 respondendo a uma elevação percentual de 32% nas suas disponi20.104 1982 3,812 bilidades de geração. Ressalta-se, ainda, que a quinta unidade da usina de 'Bongi ainda não se encontra disponível para operação, 4.333 (2) 22.776 (2) 1983 o que somente ocorrerá agora, no segundo trimestre deste ano. 1984 25.001 4.820 A Usina de Sobradinho constitui-se, sem dúvida, obra de maior 5.189 1985 27.401 significação do atual programa da CHESF, não só péla função que exercerá na regularização plurianual do rio São Francisco, per1986 29.942 5.797 mitindo a utilização racional dos aproveitámeptos situados à ju1987 32.801 6.387 sante, como também no aspecto social, para a viabilização de __________ perspectivas mais amplas no sentido de alcançar a região, nos próximos anos, índices de crescimento que permita reduzir os deseOh!.. : (1) - Para o período 1978/1982, as previsões são as consquilíbrios de níveis de renda. tantes do PLANTE, l!: fato incontestável que num projeto desse vulto, quando se (2) - Para o periodo 1983/1987, as previsões são resultantes constrói o maior lago artificial do mundo, acumulando volume de de estimativas feitas pela CHESF. 34 bilhões de metros cúbicos, em região de grande carência, apareçam, inevitavelmente, problemas sociais e humanos. Entretanto, Sr. Presidente, Brs. Deputados, acredito que, neste ponto dOB nada foi descurado p'elo Governo do eminente Presídente Geisel. comentários que vimos fazendo, devemos destacar a ação desenvolvida pela ELETROBRáS nos últimos três anos, em que SI:' acenA área de inundação de Sobradinho atingiu quatro sedes mutuou a preocupação da empresa com o Nordeste identificada em nicipais: Casa Nova, Remanso, Santo Sé e Pilão Arcado, além de importantes iniciativas seja no campo da produção como no da vários povoados, todos 10caUzados no Estado da Bahia, cuja potransmissão e distribuição de energia elétrica. pulação teve que ser transferida para novas cidades construídas pela CHESF, que, por determinação expressa do Sr. Antônio CarNa presidência dessa grande empresa como vamos demonslos Magalhães, estuda um conjunto de medidas complementares tral~, na qual confirmou suas excepcionais qualidades de adminiscapazes de contornarem os problemas ainda existentes e que afetrador eficiente e dinâmico de resto já conhecidas do País, mercê do qJle realizou na Bahia, transformando a fisionomia econômica tam a vida das populações desaloj adas pela barragem, bem como a economia da região. e s(lcial do Estado, o Sr. Antônio Carlos Magalhães marCOll a sua gestão por dois aspectos que, a nosso juízo, merecem ser destacaPara a população rural, crIaram-se algumas alternativas, entre dos: o caráter inovador, próprio do seu talento, e a sensibilidade as quais as agrovilas do Projeto Especial de Colonização, de Bom que demonstrou para com as necessidades do Nordeste, que mere- Jesus da Lapa, implantado através de convênio CHESF/INCRA. ceu de sua parte toda dedicação, revelada nos esforços que desenLamentavelmente, tantos foram os erros do planejamento a volveu quer para conclusão quer para o inicio de importantes procargo do INCRA que não se completou a transferência nos níveis jetos, como Sobradinho e Moxotó, concluídos, e Itaparica, em vias programados e grande parte çIas famílias retornou, estando o de entrar em obras. Núcleo de Colonização da Serra do Ramalho ocioso e à espera de Sob a presidência do Sr. Antônio Carloll Magalhães, e natuuma solução que lhe confira utilidade. ralmente cumprindo também orientaçãO básica do Sr. Presidente Em 1977 foi concluída a construção das cidades de Casa Nova Ernesto Geisel, de se conceder a mais alta prioridade aos prograe Santo Sé, completada a relocação de seus habitantes e liberada m&.!; de desenvolvimento do Nordeste, em agosto de 1976, a . toda área até a cota de 379 m, permitindo o .enchimento parcial ELI<JTROBRÁS assinava, em Washington, um contrato de finando reservatório e a conseqüente inundação das duas antigas ciciamento de US$ 50 milhões (Cr$ 558 milhões e 500 mil), para a dades. apli.cação, na região, em programas de expansão dos sistemas de A população rural, originalmente exístente em toda'a área do distribuição de energia elétrica. Este financiamento, concedido pelo BIRD, está beneficiando os Estados da Bahia, Ceará e Pernam- reservatório, foi praticamente transferida para as novas áreas em que se procurou, tanto quanto possível, preservar as condições buco, e possibilitando a construção de 8 mil quilômetros de linhas anteriores de vida, sobretudo quanto às atividades de agricultura e de subtransmissão e distribuição e instalação de cerca de 800 mil pesca. . KWA em subestações de distribuição. No cronograma da obra de Sobradinho, o primeiro gerador Destaque-se nesse programa a construção da grande linha entrará em operação em fevereiro de 1979 e o último em fevereiro de transmissão de Sobradinho a Bom Jesus da Lapa, na Bahia, a de 1981. Entretanto, já agora, através. de convênio que deverá ser concluir-se dentro dos próximos três anos, ocasião em que se completará a motorização daquela llsina, e que irá levar energia firmado, com autorização do Ministério das Minas e Energia e elétrica ao Médio São Francisco, ao além São Francisco e a todo interveniência da ELETROBRÁS, entre a COELBA-CEPISA-CHESF, o oeste baiano, ainda hoje sem esse benefício, a despeito de ser estão sendo tomadas providências para a eletrificação das novas cidades de Casa Nova, Remanso, Santo Sé e Pilão Arcado. uma das regiões de maior futuro econômico do Estado. Quanto às obras de transmissão, o programa da subsidiária O II PND definiu o objetivo da expansão econômica do Nordeste a taxas superiores à: média de crescimento das regiões res- da ELETROBRáS no Nordeste, a CHESF, contempla, entre os principais serviços, a conclusão dos projetos básicos e execução dos tantes elo País, como um todo, e conferiu caráter altamente prioprojetos executivos das linhas de 5eO KW: Paulo Afonso/Itaparitário às indústrias no processo de desenvolvimento da regiã,o, cujo crescimento está previsto a uma taxa anual da ordem de 15%. rica/Sobradinho; São João do Piauí/Boa Esperança e Boa Esperança/Presidente Dutra/Imperatriz, bem como as respectivas subEssa f~ratégia de crescimento acelerado e a conseqüente estações. transformação social do Nordeste, preocupação destacada do GoNo que se refere às instalações de 230 KV, está sendo dada verno Geisel, possibilitou medidas nos diversos setores governa- maior prioridade aos projetos das linhas de -transmissão Boa Esmentais, que foram e estão sendo executadas, entre as quais avul- perança/Teresina, e, na Bahia, Sobradinho/Juazelro/Jaguararl/Setam as do setor de energia, tomadas pela administração do 8r. nhor do Bonfim e respectivas subestações, além das linhas e subAntônio Carlos Magalhães na direção da ELETROBRÁS. estações do subsistema Sudoeste do Estado, qUe em breve levará A CHESF, principal responsável pelo fornecimento de energia a energia da CHESF para aquela região por melo da linha Senhor do Bonfim/Irecê/Bom Jesus da Lapa e das subestações de elétrica do Nordeste, está executando vários proj.etos para o aprovei1;amento do potencial elétrico do rio São Francisco, achando-se 230/138/69 KV, de Irecê e Bom Jesus da Lapa. em construção, ou já programadas, as centrais geradoras de Paulo Os projetos da Bahia envolvem vultosos investimentos e se Afonso IV 0.875 MW), Sobradinho (875 MW) e Itltparica destinam a dar suporte ao processo de desenvolvimento do Es0.400 MW). tado, a ter enorme impulso a partir do próximo ano com a opePor tudo isso, o ano passado marcou acontecimentos impor- ração plena do Conjunto Petroquimico e do complexo minero-metantes na vida da CHE8F. destacando-se, entre eles, a conclusão talúrgico do cobre. l!: o caso, além dos já citados, da LT de Paulo das obras da barragem de Sobradinho e o conseqüente inicio, no Afonso e Camaçari, com 359 quilômetros de extensão e potência dia. 4 de dezembro de 1977, do enchimento do respectivo reserva- de 550 KV, no momento com cerca de 80% já executados. se ]108 próximos dez anos segundo as seguintes previsõp~i' ·228 Sábado 27 DIA_tiO DO CONGUSI!IO NAÇlON4L (Seção I) Constituem, esses projetos, a grande contribuição dada ao de~ .senvolvimento da Bahia pelo Sr. Antônio Carlos Magall1ães na presidência da. ELETROBRAS. Sobretudo porque eles representam iniciativas de base, envolvendo investimentos que estavam muito acima da capacidade do Estado para realizá-los. Com as grandes linhas de transmissão aqui citadas, praticamente ficaram todas as regiões da Bahia atingidas pela energia de Paulo Afonso. Restará, agorll, à ação da Administração Estadual interligar nesses sistemas as centenas de cidades baianas que ainda vivem sem luz e sem energia, o que não poderia ter sido feito pela ELETROBRÁS. Esta não delibera sobre a programações das empresas estaduais concessionárias dos serviços de distribuição. A ela compete realizar as grandes linhas de transmissão, e, para isso, o Sr. Antônio Carlos Magalhães não tinha impedimentos nem obstáculos, senão os dos recursos financeiros, que logo superou. Mas como S. Ex. a voltará ao Governo da Bahia no próximo ano, seguramente executará o que, sendo da obrigação do Estado e que poderia ter sido feito com a ajuda da ELETROBRAS, deixou de ser realizado. Como já assinalado, marca a gestão do Sr. Antônio Carlos Magalhães na ELETROBRAS um acentuado toque de criatividade, de inovação. 11: o caso, por exemplo, do ingresso da empresa, antes restrita às grandes metas e aos grandes projetos, na eletrificação rural. Foi criado, vinculado à Presidência da empresa, o Departamento de Eletrificação Rural, marco inicial da atuação da ELETROBRAS na eletrificação rural em todo o território nacional. Empreendimento de caráter eminentemente pioneiro, de grande importância no desenvolvimento agropecuário do País, caracterizase por elevados investimentos de retorno a longo prazo, o que constituía difícil obstáculo à sua expansão. Dando suporte à implantação de vigoroso programa de eletrificação rural, promoveram-se financiamentos às empresas concessionárias de energia elétrica, em condições compatíveis com a peculiaridade da distribuição rural de energia elétrica, a juros de 12% ao ano, sem correção monetária, carência de 7 anos e prazo de até 20 anos para amortização. De acordo com a região beneficiada, a ELETROBRÁS financia o mínimo de 40% nas áreas de economia próspera e 80% nas mais carentes, correndo o restante por conta das empresas concessionárias. Sem improvisação, mas baseada em programação objetiva, a ELETROBRAS deu início, a partir de março de 1976, à implantação de inúmeros projetos de eletrificação rural que, naquele ano, representaram a execução de mais de 1.000 obras, beneficiando aproximadamente 20.000' propriedades rurais em cerca de 415 municípios de 16 Estados. Em 1977, foram beneficiadas 26.600 propriedades em 673 municípios de 21 Unidades da Federação, tendo os investimentos, até o fim daquele ano, atingido cerca de Cr$ 1 bilhão e 215 milhões. para o exercício de 1978 já foram contratados financiamentos que asseguram investimentos de Cr$ 1 bilhão e 911 milhões, contemplando mais de 43.000 propriedades rurais, em 966 municípios. 11: de lamentar-se que, por circunstâncias do conhecimento do' povo baiano, não tenha a Bahia, onde a eletrificação rural está em grande atraso, se beneficiado desse programa. Resta a esperança de que, removidos os obstáculos de hoje, possamos, no próximo ano, recuperar o tempo perdido. Especial ênfase foi dada, nesse período, à coordenação das atividades das empresas subsidiárias, especialmente as de âmbito regional: Companhia Hidro-Elétrica do São Francisco - CHESF, Furnas - Centrais Elétricas S.A., Centrais Elétricas do Sul do Brasil S.A. - ELEI'ROSUL e Centrais Elétricas do Norte do Brasii S.A. - ELETRONORTE, particularmente na unificação de métodos e critérios para lançamento e contratação de serviços, promovendose a reformulação e adaptação do Estatuto Social da ELETROBRA8 e suas subsidiárias de maneira uniforme, respeitadas as peculiaridades dé cada empresa. Foi também intensificada a execução do projeto do Centro de Pesquisas Elétricas - CEPEL, instituído pela ELETROBRAS e suas subsidiárias regionais, composto do Laboratório de Sistemas Elétricos, na Ilha do Fundão, e Laboratório de Equipamentos Elétricos, em Adrianópolls, Nova Iguaçu-RJ, o primeiro com todas as suas obras civis já concluidas. Inaugurado em 22 de maio último, o CEPEL, dentre suas atividades, realiza testes e pesquisas que só podiam ser feitos no exterior, viabilizando, desse modo, a fabricação e os ensaios de uma glJ.ma importante de equipamento~ no Brasil, especialmente os destinados aos sistemas de alta tensao e alta potência, inclusive ao que se refere à transmissão por cornmte contínua. Implantou-se o Sistema de Informações Estatisticas do Setor de Energia Elétrica - SIESE, criado no âmbito da SecretariaGeral do MME e implantado pela ELETROBRAS, com a finalidade de coletar, arquivar, analisar e divulgar as Estatisticas Setoriais, centralizando informações até então dispersas, muitas vezes conflitante e, em con.seqüência, de confiabilldade reduzida. Ma. . . . DlI Outro aspecto que merece ser destacado na Administração Antônio Carlos Magalhães diz respeito à nacionalização de materiais e equipamentos destinadO.ll ao setor de energia elétrica, através de estreito contato com a indústria nacional, levantando e informando, regularmente, sua quantídaàe e tipos necessários dentro de prazos mais ou menos longos. Promoveram-se o aperfeiçoamento dos padrões de controk de qualidade e de preços de materiais e equipamentos, nacionais e importados, resultando, entre outros proveitos, na solução dos problemas apresentados pelos equipamentos das Usinas de Moxotó e Bongi, às expensas dos fabricantes, além de proporcionar economia de US$ 120 milhões nas negociações com os fornecedores externos para a construção das Usinas de TUCUl'ui e Itaparica. , Crescentes volumes de encomendas a fabricantes nacitmais vêm sendo feitas, segundo programa de apoio que, entre 1981 e 1985, reserva à indústria brasileira uma participação de cerca de 85% no fornecimento ao setor. Esse indice, hoje de mais de 70%, alcançará, entre os anos de 1986 e 1990, cerca de 95%. Visando a aumentar a confiabilidade dos sistemas e obter maior economia de combustivel, foi acelerada a interligação entre a transmissão das principais empresas concessionárias brasileiras, com exceção das localizadas na Região Norte, cuja coordenação operacional é feita pela ELETROBRAS, através de Grupos Coordenadores para operação Interligada, mediante planos anuais de operação, segundo' estudos analiticos dos sistemas e exame dos balanços energéticos de cada empresa. Em complementação, será executado o gigantesco projeto de interligação dos Sistemas Elétricos Regionais. já autorizado nelo Exmo. Sr. Presidente da República, possibilitando, assim, o trãnsporte de grandes blocos de energia a longas distâncias, mediante a construção de linhas de transmissão de extra-alta tensão, em corrente alternada ou contínua, que assegurarão o intercâmbio de -energia entre as Regiões Sul e Sudeste, Sudeste e Nordeste, Norte-Nordeste, pondo os recursos de uma região a serviço da outra, em autêntica integração nacional. Esta interligação já foi iniciad·a, em condições provisórias e na base de linhas de 220 'kv entre o Sudeste (São Paulo) e o Sul (Paraná!, o qUe possibilito~ a minimização dos efeitos da estiagem no Sul. Destacou-se, ainda, o Sr. Antônio Carlos Magalhães e isso deve-se ao seu prestigio junto ao Governo, na defesa dos ~ecursos para o setor, preservados apesar das dificuldades enfrentadas pelo País nesses últimos anos. Assim, não sofreram solução de contiTluidade os projetos de energia, principalmente os do Nordeste. A CHESF, por exemplo, pôde aplicar Cr$ 2.617 milhões em 1975' Cr$ 4.144 milhões em 1976; Cr$ 7.277 milhões em 1977 e tem udt orçamento de Cr$ 9.800 milhões para 1978. Intensos esforços foram realizados no sentido de prover recursos adicionais ao setor, com o objetivo de assegurar o prosseguimento de obras prioritárias, quer através de fontes financiadoras internas, quer externas, destinadas a atender à taxa anual de 12% como incremento ao consumo de energia elétrica. . No. campo externo, deve-se ressaltar, em 1966, o primeiro contrato fIrmado entre a ELETROBRÁS e o BIRD (Banco Interamericano de Reco~strução e Desenvolvimento Econômico), no valor de US$ 50 milhoes, para o repasse à COELBA empresa da Bahia e. a COELCE. Participou, também, das negociações para o emprés~ tImo de US$ 82 milhões, concedido pelo Banco Mundial à ~LETROSUL. Foram, ainda, assinados outros contratos de empréstimo no va~or de US$ 100,4 milhões, com o Banco de Exportação e Importaçao dos Estados Unidos - EXIMBANK e outros estabelecimentos de crédito, que asseguram à CHESF' e a outras empresas do setor recursos necessários à expansão de seus sistemas de geração e transmissão. Em 1977, um grupo de bancos, liderados pelo Bank of America co~c~deu à ELETROBRÁS um empréstimo no valor de US$ 25Ó mllhoes, o maior empréstimo já feito a uma empresa brasileira. A ELETROBRáS também lançou bônus no valor de 150 milhões de marcos, no mercado financeiro alemão através do Dresdner Bank. As ~ubscrições do lançamento, at~stando. dessa forma, o bom conceIto da ELETROBRáS no mercado financeiro internacional, atingi~am m·ais de duas vezes e meia o valor do lançamento. Deve ser citada, ainda, a operação de co-financiamento feita entre a ~LETROBRAs e um grupo de bancos liderado pelo Bank of A~erIca, no valor de US$ 54 milhões, para o sistema de transmissao em 500 kv da ELE'TIROSUL, complementando o crédito de U8$ 82 milhões, contraído diretamente por aquela subsidiária junto ao Banco Mundial, no ano anterior. A, E!'ETROBRáS neg.ocl~u, para posterior repasse à CHESF, emprestImo .de US$ 55 lUllhoes, em excepcionais, condições, com o Fundo Saudl~a de DesenvolviI!Iento. Este emprestimo, com prazo de amortizaçao de 20 anos ~ Juros de 5% ao ano, foi o primeiro co~tra~ado com um Fundo arabe destinado ao Brasil. O contrato fOI assmado pelo Governo brasileiro em dezembro de 1977. Maio de 1978 DlARIO no CONGRESSO NACIONAl. (Seção J) Sãbado 27 4229 ·r Acre A administração do Sr. Antônio Carlos Magalhães será igualRuy Lino - MDB. mente ,assinalada por um conjunto de obras que envolve;U!- granAmazonas des usinas, num total de cerca de 40.000 MW, em sua malOr parte usinas hidrelétricas. Dentre estas, destaca-se Itaipu, no trecho Antunes de Oliveira - MDB; Joel Ferreira - MDB; Mário internacional do rio Paraná, em associação com o. Para.guai,. se- :Frota - MDB; Raimundo Parente - ARENA. gundo o Tratado firmado em 26-~-1973, que deu orlgem a Ita~pu Pará Hinacional (12.600 MWl; TucurUl (3.990 MW), no rio Tocantms; Paulo Afonso IV (2.462 MW); Itaparica (2.430 MW), em fase Alacid Nunes - ARENA; Edison Bonna - ARENA; J"ader Barfinal de licitação das çbras civis, no rio São Francisco; Balto balho - MDB; João Menezes - MDB; Jorge Arbage - ARENA; flantiago (1.998 MWl ~ Foz do Areia (1.995 MW), no rio Iguaçu; JUTêncio Dias - ARENA; Newton Barreira - ARENA. ltumbiara {2.080 MWJ; São Simão (2.680 MW), no rio Paranaiba, Maranhão e Agua Vermelha (1.380 MW), no rio Grande. Epitácio Cafeteira MDB; João Castelo - ARENA; José RíNo Programa Nuclear Brasileiro, prosseguiram as obras da Unidade I da Central Almirante Alvaro Alberto, com 626 MW, em bamat Machado - ARENA; Luiz Rocha - ARENA; Temistocles Angra dos Reis, e iniciad·as as Unidades II e III, com 1.245 MW Teixeira - ARENA; Vieira da Silva - ARENA. 'Cada mna. Piauí Por fim na área da Presidência da ELETROBRAS, foi efetuaCelso Barros MDB; Correia Lima - ARENA; Dyrno Pires da reestrutúração visando às funções de administração int,erna ARENA; JoãoClimaeo - ARENA; Paulo Ferraz - ARENA; f' de assessoramento, mediante a criação da Coordenação Geral da Presidência, com a extinção de órgãos que se tornaram inade- . ~inheiro Machado - ARENA. (IUados ou superados, face às necessidades deeorrentes da expanCeará. são da empresa e ao aumento de suas atribuições. Disso resultou Ernesto Valente ARENA; Flávio Mareilio - ARENA; Furfl descentralização de decisões administrativas, com expressivo tado Leite - ARENA; Gomes da Silva - ARENA; Humberto Beaumento de eficiência em relação à aquisição e ao controle de zerra - ARENA; Marcelo Linhares - ARENA; Mauro Sampaio materiais, realização de despesas, movimentação de pessoal e - ARENA; Ossian Araripe - ARENA; Paes de Andrade - MDB; llpoio aos trabalhos da Diretoria Executiva e do Conselho de Ad- Paulo Studart - ARENA; Vilmar Pontes - ARENA. ministração. Rio Grande do Norte a O Sr. Jorge Arbage - Permite-me V, Ex. um aparte? Antônio Florêncio - ARENA; Henrique Eduardo Alves O SR. PRESIDENTE (João Climaco) - Comunico ao nobre ()rador que o tempo destinado ao seu discurso já foi ultrapassado MDB; V!ngt Rosado - ARENA; Wanderley Mariz - ARENA. (lm sete minutos. Paraíba O Sr. Jorge Arbage - Peço permissão ao eminente orador Alvaro Gaudêncio - ARENA; Antônio Gomes - ARENA; Anpara dar uma informação à Presidência. O ilustre Deputado An- tônio Mariz - ARENA; -Humberto Lucena - MDB; Marcondes Umio Bresolin teve seu tempo expirado exatamente às 15,15 horas. Gadelha - MDB; Octacíllo Queiroz - MDB; Wilson Braga Conseqüentemente, () discurso do Deputado Prisco Viana deverá ARENA. j,erminar às 15,45 horas, se respeitado o limite de tempo regimenPernambuéo j,al de 30 minutos. . Aderbal Jurema ARENA; Airon Rios - ARENA; Carlos Era o esclarecimento que desejava prestar a V. Ex.a Alberto Oliveira - ARENA; Carlos Wilson - ARENA; Fernando O SR. PRESIDENTE (João C1imaco) _ Comunico ao nobre Lyra· - MDB; Geraldo Guedes - ARENA; InQcêncio Oliveira l!l.parteante que o tempo destinado ao Grande Expediente é Im: ARENA; J'arbas Vasconcelos - MDB; Joaquim Guer.ra - ARENA~ prorrogável, razão pela qual a Mesa terá de anunciar a Ordem Josias Leite - ARENA; Lins e Silva - ARENA; Marco Maciel do Dia. - ARENA; Ricardo Fiuza - ARENA. O Sr. Jorge Arbage - Agradecemos .a, V. Ex.a a explicação. Alagoas Apenas quisemos colocar V. Ex. a a par do que aconteceu. Seremos José Alves - ARENA; José Costa - MDB; Theobaldo Barbreve. No pronunciamento que fizemos no Pequeno Expediente da sessão de segunda-feira passada afirmamos que a interligaçãõ bosa - ARENA; Vinicius Cansanção - MDB. energética entre o Nordeste o :N:orte é uma necessidade ftllld·a,Sergipe mental, impl'lriosa, inadiável para a conjuntura presente, sobretuVelso Carvalho - ARENA; Francisco Rollemberg - ARENA; do pela escassez de energia que o meu Estado está sofrendo em decorrência das deficiêucias das suas turbinas termoelétricas. José Carlos Teixeira - MDB. Agradeço a V. Ex.... Bahia O SR. PRISCO VIANA - Sr. Presidente, não prevalecendo o Antonio José MDB; Djalma Bessa - ARENA; Henrique prazo estimado pelo nobre DePlltado Jorge Arbage e sim o da - ARENA; Henrique Cardoso - MDB; Hildérico Oliveira Mesa - o que lamento, porque ainda teria várias considerações -Brito MDB' Horácio Matos - ARENA; João Durval - ARENA; Jair a fazer - vou concluir, permitindo-me, ao congratular-me com o .Exmo. Sr. Presidente da República pela inauguração da barragem Brasllei~o - ARENA; J'utahY Magalhães - ARENA; Leur Lomanto de Sobradinho e da usina de Moxotó - parte destacada de uma - ARENA; Lomanto Júnior - ARENA; Ney Ferreira - Ml?B; ,extensa e consciente ação em favor do desenvolvimento da Bahia Odulfo Domingues - ARENA; Prisco Viana - ARENA; Rogerio Rêgo - ARENA; Rômulo Galvão - ARENA; Ruy Bacelar '8 do Nordeste, que tanto se têm beneficiado em seu Governo _ fazer justiça ao Sr. Antônio Carlos Magalhães e homenageá-lo ARENA; Theódulo Albuquerque - ARENA; Vasco Neto - AR;ENAj' trazendo, para o registro nos Anais desta CMa, que tanto honrou Viana Neto - ARENA; Wilson Falcão - ARENA, no passado, ,informações sobre sua eficiente administração como Espírito Santo Presidente da ELETROBRAS. Sem dúvida, nesse cargo da alta Mário Moreira - MDB; Moacyr DaUa - ARENA; Oswaldo hierarquia da AdministTação federal, o Sr. Antônio Carlos Magalhães aumentou de forma expressiva o enorme acervo que tem Zanello - ARENA; Parente Frota - ARENA. de relevantes serviços prestados ao Estado da Bahia, ao Nordeste Rio de Janeiro e à Nação brasileira. Sou grato à tolerância de V. Ex.", Sr. PreAbdon Gonçalves MDB; Alair Ferreira - ARENA; Alclr sidente, e à dos caros colegas. (Palmas.) Pimenta - MDB; Amaral Netto - ARENA; Antonio Motta \ MDB; Ario Theodoro - MDB; Brígido Tinoco - MDB; Célio Borja Durante o discurso do Sr. Prisco Viana, o Sr. Peixoto - ARENA; Darcílio Ayres - ARENA; Daso Coimbra - ARENA; Filho, Suplente de Secretário, deixa a cadeira da presidênDayl de Almeida - ARENA; Eduardo Galil - ARENA; Emanoel cia, que é ocupada pelo Sr. João Clímaco, 39-Secretário. Waisman - MDB; Erasmo Martins Pedro - MDB; Flexa Ribefro O SR. PRESIDENTE (loão Climaco) - Está findo o tempo - ARENA' Florim Coutinho - MDB; Francisco Studart - MDB; destinado ao Expediente. Hélio de Almeida - MDR; Hydekel Freitas - ARENA; Joel Lima - MDB; Jorge Moura - MDB; José Bonifácio Neto - MDB; José . Vai-se passar à O,mem do Dia. Mauricio - MDB; Léo Simões - MDB; Leônidas Sampaio - MDB; Comparecem mais os Srs.: Lygia Lessa Bastos - ARENA; Mac DoweU Leite de Castro MDB' Marcelo Medeiros - MDB; Miro Teixefra - MDB; Osmar Marco Maciel Leitã~ - ARENA; Oswaldo Lima - MDB; Pedro Faria - MDB; João Llnhares Rubem Dourado - MDB; Rubem Medina - .MDB; Walter Silva Adhemar Santillo -MDB. Djalma Bessa Minas Gerais Jader Barbalho José Camargo Altair Chagas - ARENA; Batista Miranda - ARENA; Bento Diogo Nomura Gonçalves - ARENA; Bias Forte - ARENA; Carlos Cotta - MDB; ,Norberto Scb,midt Cotta Barbosa - MDB; Fernando Fagundes Netto - ARENA; 4230 Sábado 2'1 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção .Francelino Pereira - ARENA; Francisco Bilac Pinto - ARENA; Genival Tourinho - MDB; Geraldo Freire - ARENA; Humberto Souto - ARENA; Jlliro Magalhães - ARENA; Jorge Ferraz MDB; Jorge Vargas - ARENA; José Bonifácio - ARENA; Juarez Batista - MDB; Luiz Couto - MDB; Manoel de Almeida ARENA; Murilo Badaró - ARENA; Navarro Vieira - ARENA; Nelson Thibau - MDB; Padre Nobre - MDB; Paulino Cícero de Vasconcellos - ARENA; Renato Azeredo - MDB; Síl,io Abreu Júnior - MDB; Sinval Boaventura - ARENA; Tancredo Neves - MDB; TarcÍsio Delgado - MDR São Paulo Adalberto Camargo - MDB;. Adhemar de Barros Filho ARENA; A. H. Cunha Bueno - ARENA; Airton Sandoval - MDB; Airton Soares - MDB; Alcides Franciscato - ARENA; Amaral Furlan - ARENA; Antonio Morimoto - ARENA; Aurelio Campos - MDB; Baldacci Filho - ARENA; Blota Junior - ARENA; Cardoso de Almeida - ARENA; Dias Menezes - MDB; Diogo Nomura - ARENA; Edgar Martins - MDB; Faria Lima - ARENA; Ferraz Egreja - ARENA; Freitas Nobre-MDB; Herbert Levy - ARENA; Israel Dias-Novaes - MDB; João Arruda - MDB; João Pedro - ARENA; Joaquim Bevl1acqua - MDB; Jorge Paulo - MDB; José Camargo - MDB; Minoru Massuda - MDB; Octacílio Almeida - MDB; Octavio Torrecilla - MDB; Odemir Furlan MDB; Otavio Ceccato - MDB; Pacheco Chaves - MDB; Pedro Carolo - ARENA; Roberto Carvalho - MDB; Ruy Brito - MDB; Salvador Julianelli - ARENA; Ulysses Guimarães - MDB. Goiás Adhemar santillo - MDB; Ary Valadão - ARENA; Elcival Caiado - ARENA; Fernando Cunha - MDB; Helio Levy ARENA; Jarmund Nasser - ARENA; Juarez Bernardes - MDB; Rezende Monteiro - ARENA; Henrique Fanstone -. Mato Grosso Antonio Carlos de Oliveira - MDB; Benedito Canellas ARENA; Gastão Müller - ARENA; Ubaldo Barem - ARENA; Vicente Vuolo - ARENA; Walter de Castro - MDB. Paraná Adriano Valente - .aRENA; AIípio Carvalho - ARENA; Álvaro Dias - MDB; Antônio AnnibeUi - MDB; Antônio Ueno ARENA; Arnaldo Busato - ARENA; Braga Ramos - ARENA; Cleverson Teixeira - ARENA; Expedito Zanotti - MDB; Fernanda Gama - MDB; Garnaliel GaI;'ão - MDB; Gomes do Amaral- MDB; Hermes Macêdo - ARENA; Igo Losso - ARENA; ítalo Conti - ARENA; Minoro Miyamot-o - ARENA; Nelson Maculan - MDB; Olivir Gabardo - MDB; Osvaldo Buskei - MDB; Paulo Marques - MDB; Pedro Lauro - MDB; Samuel Rodrigues - MDB; Santos Filho - ARENA; Túlio Vargas - ARENA; Walber Guimarães - MDB. Sa.nta Catarina Abel Ávila - ARENA; Adhemar Ghisi - ARENA; Angelino Rosa - ARENA; Dib Cherem - ARENA; Francisco Libardoni MDB; Henrique córdova - ARENA; Jaison Barreto - MDB; João Linhares - ARENA; José Thomé - MDB; Nereu Guidi - ARENA; Pedro Colin - ARENA; Walmor de Luca - MDB; Wilmar Dallanhol - ARENA. Rio Grande do Sul Alceu Collares MDB; Aldo Fagundes - MDB; Alexandre Machado -ARENA; Aluizio Paraguassu - MDB; Augusto Treih . - ARENA; Célio Marques Fernandes - ARENA; Cid Furtado ARENA; Daniel Faraco - ARENA; Eloy Lenzi - MDB; Femando Gonçalves - ARENA; Harry Sauer - MDB; Jairo Brum - MDB; João Gilberto - MDB; JQrge Uequed - MDB; José Mandelli MDB; Lauro Rodrigl;es - MDB; Magnus Guimarães - MDB; Mário Mondino - ARENA; Nelson Marchezan - ARENA; Norberto Schrnidt - ARENA; Nunes Leal - ARENA; Odacir Klein MDB; Rosa Flores - MDB; Vasco Amaro - ARENA. Amapá MDR· IWndônia. Jerônimo Santana - MDR Roraima. Hélio Campos - ARENA. ORDEM DO DIA O SR. PRESIDENTE (João Clímaco) - A lista de presença acusa o comparecimento de 142 Srs. Deputados. Os Senhores Deputados que tenham proposições a apresentar poderão fazê-lo. O SR. J"ORGE ARBAGE - Projeto de lei que altera a redação do § 2.° do art. 527, do Código de Processo Civll- Lei n.o 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Antônio Pontes - I) Maio de I9'1llí - Projeto de lei que acrescenta incisos ao art, 568, do Código de Processo Civil - Lei n.O 5.869, de 11 de janeiro de 1973. O· SR. FRANCISCO ROCHA - Projeto de lei quc isenta do pagamento de multa, juros moratórios e correção monetária, os contribuintes que especifica, da Previdência Social. - Requerimento de consignação nos Anais da Casa de voto de pesar pelo falecimento de Humberto Queiroz e Wilson Mehemere, jornalistas de Brasília, Distrito Federal. O SR. SÉRGIO MURILO - Projeto de lei que dispõe sobre operação de crédito rural. O SR. JOAD CLíMACO - Requerimento de consignação nos Anais da Casa de voto de pesar pelo falecimento de Edgar Nogueira, Presidente dp Tribunal de Justiça do Estado do Piauí. O SR. ELOY LENZI - Projeto de lei que regula a profissão de professor de Yoga. O SR. DASO COIMBRA - Requerimento de consignação nos Anais da Casa de voto de congratulações com o povo do Município fluminense de Maricá, pela passagem d<J aniversário de sua emandpação politioo-adrninistrativa. O SR. PEIXOTO FILHO - Requerimento de informações ao Ministério da Fazenda, sobre a arrecadação da Loteria Esportiva nos períodos de 1976177 e distribuição de recursos financeiros aos órgãos do governo. - Requerimento de consignação nos Anais da Casa de voto de congratulações COm o Exército Brasileiro, pelo transcurso das comemorações da Batalha de Tuiti, do Dia da Infantaria e do nascimento do Brigadeiro Antonio de Sampaio, patrono da Arma. ~ Requerimento de consignação nos Anais da Casa de voto de congratulações· com o Exército Brasileiro, pelo transcurso das homenagens a serem prestadas, amanhã" ao General de Brigada João Sere.ino da Fonseca, patrono do Serviço de Satide. - Requerimento de consignação nos Anais da Casa de voto de pesar pelo falecimento de Gerdal Gonzaga BoscoU, médico e desportista, na Cidade do Rio àe Janeiro, Rio de' Janeiro. - Requerimento de consignação nos Anais da Casa de voto de pesar pelo falecimento de Carlos Pereira de Carvalho, despachante aduaneiro, na Cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. - Requerimento de consignação nos Anais da Casa de voto de pesar pelo falecimento de Antonio Lima dos Santos, comerciante, na Cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. - Requerimento de consignação nos Anais da Casa de voto de pesar pelo falecimento de Lucia Vieira Cardoso, contador, na Cidade do Rio de J'aneiro, Rio de Janeiro. O SR. HENRIQUE EDUARDO ALVES - Projeto de lei que torna obrigatória a apresentação de documentação combrobawria de quitação dos depósitos relativos ao FGTS, para os fins que especifica. O SR. PRESIDENTE (João Clímaco) - A Ordem do Dia da Sessão de hoje é destinada a Trabalho das Comis!!5es. O Sr. Celso Barros - Sr. Presidente, peço a palavra. para. uma. comunicação, como Líder. ' O ·SR. PRESIDENTE (João Clímaco) bre Deputado. Tem a palavra o no- O SR. CELSO BARROS (MDB - PIo Pronuncia o seguinte! discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, ficamos estarrecidos ante a noticia divulgada há dois dias de que a partir de julho próximo a aposta mínima da Loteria Esportiva será elevada de Cr$ 5.00 para Cr$ 10,00. Tal medida, segundo a informação divulgada, .lá foi aprovada pela Diretoria da Caixa Econômica Federal e constitui, sem dúvida, urna forma de sugar as já minguadas economias populares. A Loteria Esportiva procurou, inicialmente, despertar no povo o interesse pelas suas apostas, num limite até certo ponto acessível à sua bolsa. Ao apostar, cada um alimenta a esperança de melhorar de vida, avolumando-se de dia para dia os valores dos prêmios, o que mostra que os apostadores - em [.ua grande narte, pessoas necessitadas - acreditaram na Loteria Esportiva. Ocorre, porém. que seus objetivos estão sendo desvirtuados, aparecendo, em primeíro lugar, a idéia de lucro, com o qual o Govern<J comete contra o povo maiô um crime. envolvendo sua economia, privando-o muita v·ez do necessário à sua própria subsistência. Elev!J.nào o valor da aposta, a Loteria Esportiva transformou-se numa instituição mercantil, tendo por fim imerliato anenas o lucro sem se dar conta de que esse lucro é retirado das necessidade;:; dos apostadores, levados a acreditar não apenas na lisura dos resultados, mas sobretudo, no sentido social da organização. Maio de 19'18 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Pouco importa para o caso considerar que o Governo é o principal beneficiário. 0--que resta, em forma de prêmio, é bem pouco em relação ao quantum de que o Governo se apodera, sob as formas mais diversas. Com o reajuste em referência, esse será o terceiro por que tem pae;sado a Loteria. Em 1975 passou.,.se de Cr$ 2,00 tJara Cr$ 3,00. O ano passado elevou-se para Cr$ 5,00 e agora está prevista para Cr$ 10,00. Isto significa que a Loteria perdeu seu caráter popular, para tornar-se privilégio de um pequeno número, arrastando ao sacrificio todos os assalariados do País que desejam apostar, pois cada aposta corresponderá ao esvaziamento de suas mingundas poupanças ou do seu escasso salário. Denunciamos esse fato .ao povo brasileiro. na esperança de qUE~ as autoridades respon!láveis reflitam 5:Jbre o que vão fazer, com esse aumento desmedido, cem por cento, com reflexos profundamente danosos na economia do povo brasileiro. '0 Sr. Jorge Arbage - Sr. Presidente, peço a palavra para uma comunicação, como Lider. O SR. PRESIDENTE (João Clímaco) - Tem a palavra o nobre Denutado. O SR. JORGE ARBAGE (ARENA - PA, Sem MVisãIo do oradOI'.) Sr. Presidente, não sabemos se o tema abordado pelo eminente Líder Celso Barros é daqueles que se enquadram nos critérios estabelecidos pelo Regimento como relativo a Comunieações de Liderança. Mas não há relevância nisto, Sr. Presidente. De qualquer forma, S. Ex.~ faz uma comunicação, registra um fato e lança um protesto,. e nada temos a objetar. Todavia, ao instituir a Loteria Esportiva no Brasil. o Governo teve em vista objetivos dos mais nobres, entre os quais poder dar maiores e melhores condições de assistência !lo campo social. Essa tem sido a finalidade fundamental da instituição -da. Loteria Esportiva no Brasil. Sabado 2'1 4231 Estima-se que em torno de 40 milhões de brasileiros participam atualmente do mercado de conaumo de medicamentos. A tendência à expansão de cobertura, através do Sistema previdenciário e de programas de atenção simplificada à saúde, dirigidos às populações rurais, estaria, na realidade. modificando o quadro atual, afirmando-se que um contingente populacional da ordem de 70 a 80% da população do País teria acesso aos serviços de saúde, embora a cobertura real possa estar em limites bastante inferiores. De qualquer modo, há indícios de que se está alterando a posição do Brasil em termos de consum" per capita de medicamentos. Em 1975, o consumo per capitl' no País foi de Cr$ 85,07 (US$ 10.47) anuais, o que nos situava em 17.0 lugar entre os vinte maiores consumidores. A extensão da cobertura poderia nos estar colocando entre os lQ principais consumidores de medicamentos no mundo. Para os profissionais de saúde e para 'Os grupos sociais aos quais se dirige a política de extensão de cobertura das ações de saúde, interessa, portanto, identificar o significado dessa polltica e saber se, de fato, ela se destina a um efetivo aumento do nível de saúde da p'opulação. Na questão específica dos medicamentos, está em debate, em primeiro lugar, a sua eficácia para o aumento do nível de saúde, medido através dos indicadores de mortalidade e morbidade e das mudanças na expectativa de vída dos diversos grupos etários. Crescem evidências de que o extraordinário aumento dos gastos com consumo médico, para o qual o de medicamentos contribui significativamente, não se correlaciona com melhor nível de saúde. Foram dados desta natureza que fortaleceram a opinião de que o consumo crescente de medicamentos - consumo na sociedade de massas - gera problemas crescentes, em uma espiral de causas e efeitos. Não só os medicamentos seriam ineficazes, como eles próprios No tocante ao aumento verificado pela terceira vez, segundo' o l.ider do MDB, no preço das apostas, não nos parece que esteja produzem doenças. Há estimativas que atribuem aos medicamentos o Governo exorbitando da sua intenção original, nem tampouco Cerca de 15% -elas condições que levam à hospitalização. Na França, tirando da Loteria Esportiva o seu caráter popular. O que se pre- por exemplo, o consumo de aspirina é da ordem 3 milhõe~ de comtende, na realidade, é atualizar a instituição, dando-lhe meios e primidos por ano. Em um grupo de 200 pacientes com hemorragia formas, através de normas legais, para que o seu lucro, que não digestiva, atribuiu-se à aspirina o desencadeamento do quadro em é canalizado para os cofres do Governo, como transpareceu, pos- 80 pacientes. sa ser racionalmente distribuído entre aquelas entidades previstas Dai por que se revestem de interesse público a forma de prono texto legal. Não nego a esta figura eminente de Límer, de dução e circulação de medicamentos, as relações entre o Estado Parlamentar e de amigo. que é o Deputado Celso Barros, o direi- e a indústria farmacêutica e a análise das políticas do Estado dirito de manifestar sua estranheza e até seu descontentamento com gidas a esse setor. relação ao pressuposto de uma medida que, possivelmente, será sistema industrial farmacêutico no País contava, em 1973, posta em prática em tempo oportuno. Todavia, 2. Loteria Espor- com O529 legalmente reconhecidas, das quais 460 eram tiva ainda é um sistema de aposta que está, com toda a possível nacionais empresas e 69 pertenciam a grupos estrangeiros, sendo que, destes, elevação de seu preço, à altura da bolsa popular. Daí por que 10 detinham 100% do controle dos conhecimentos técnicos e de seu não vemos nenhuma razão que possa preocupar l'. nobre Oposi- emprego, monopolizando os componentes básicos dos medicamenção quanto à elevação do preço inicial de Cr$ 1,50, posterior- tos. Embora 98% dos medicamentos fqssem industrializados no País, mente para Cr$ 2,50, Cr$ 5,00 e, possivelmente, agora, para eram-no em geral a partir de manipulações siPlples, acondicionaCr$ 10,00, até porque o jogo é uma opção, não é uma obrigaçfLo. mentos e embalagens. Essa realidade não se modificou. verdade, Dele participam aqueles que têm uma sobra do seu orçamento 50% dos fármacos, princípios ativos dos medicamentos,Na obtido por doméE.tico para arriscar na sorte. extração, síntese ou fermentação, são importados. Com estes esclarecimentos, Sr. Presidente, pretendemos deiAcrescente-se que 90% das drogas lançadas no mercado dexar claro que a posição do Governo ante esse possível aumento correram de pesqulsas realizadas no exterior pelas matrizes das no preço das apostas visa a uma finalidade salutar. Ninguém grandes empresas multinacionais. Os "novos" medicamentos land,1slmte que não seja objetivo do Governo angariar maior soma çados e descobertos após "intenso" esforço de pesquisa, em sua. de recursos para atender às entidades beneficiárias com os iu- maioria não passam de simples associações de substâncias já coeros auferidos em cada teste da Loteria Esportiva. nhecidas e alterações em certos radicais químicos que em nada (ou muito pouco) alteram a eficácia ou reduzem a iatrogênese da. O SR. PRESIDENTE (João Clímaco) - Nos termos do inciso droga. IV do art. 10 do Regimento Interno, concedo a palavra ao 81'. Sérgio Murilo, na qualidaoo de Líder do Movimento Democrático Os novos lançamentos são expedientes utilizados para aumenBrasil.eiro. tar o preço de especialidades, retiradas do mercado após "desgaste pelo uso", além do que os gastos em pesquisas servem para deduO SR. I)'ÉRGIO MURlLO (MDB - PE. Como Líder Pronuncia ções de impostos. (I seguinte discurso.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, embora não seja médico, nem farmacêutico, ocupo hoje esta tribuna para A tendência oligopólica e o alto grau de dependência externa abordar problemas dessa área especializada. Médico também não são dominantes, o que se reflete no tamanho e no faturamento das era Pasteur, como há pouco lembrava o nobre Deputado Nina empresas. Ribeiro, ao tratar de assuntos desse ramo. Aliás, médico também tendência à desnacionalização é crescente. Nos últimos anos, não é o engenheiro Bekesi, ganhador do Prêmio Nobel de Medi- cercaA de 50 empresas nacionais negociaram seu controle acionário cina. a empresas estrangeiras. Trago à apreciação' desta Casa opiniões de técnicos, de conheA concentração é acentuada, pois as empresas procuram intencedores da problemática da saúde pública, capazes de contribuir sificar e especializar sua produção em função dos medicamentos para definição de uma política de medicamentos que possa aj'll- mais rentáveis, influenciando o perfil do mercado, onde cinco prodar o Pais a superar a dependência externa - econômica e tec- dutos (antibióticos, hormônios, vitaminas, antianêmicos e analgénológica; a tendência oligopolizante das indústrias farmacêuticllS sicos) são responsáveis por cerca de 55% do faturamento. privadas' que envolvam a produção de especialidades terapêutiO Plano Diretor de Medicamentos, elabOrado pela CEME e obcas prioritárias; a ociosidade, baixos rendimentos, baixa produtividade e atraso tecnológico dos laboratórios oficiais; a comer- jeto do Decreto n.O 72.552, de 30-7-73, estabeleceu um planejacialização doe; medicamentos orientada por leis de mercado e não mento setorial de longo prazo, tendo como diretrizes: por critérios de necessidade médico-sanitária da população; o " ... encorajar o desenvolvimento da livre Iniciativa genuiacesso desigual dos grupos sociais aos benefícios da terapêutica namente nacional, incentivar no País os processos de transmedicamentosa eficaz. ferência e implantação de tecnologia, auméntar a diversi- 4232 Sábado ~ DIARIO De CONGRESSO NACIONAL (Seção I) flcaçáo da oferta oficial de medicamentos, dotar o País de um serviço de vigilância farmacoiógica eficiente e estabe~ lecer condições para o desenvolvimento da indústria farmacêutica genuinamente brasileira em todas as suas fases, desde a obtenção da matéria-prima até a confecção do produto final, tudo com o objetivo de não privar de proteção do Estado faixa alguma da população." (Plano Diretor de Medicamentos. Análise diagnóstica. Vol. 1-1973,) O empreendimento CEME pretendia ser um núcleo central gerenciador que fosse capaz de congregar um conjunto de ações e funções governamentais que, dada a complexidade e multiplicidade de interesses, deveria estar dotado de alto grau de poder decisório, racionalidade administrativa e descentralização executiva. Na esfera da produção, o empreendimento deveria dar grande ênfase à modernização e racionalização dos laboratórios governamentais, aumentando a eficiência da utilização de sua capacidade instalada, dotando-os de moderna tecnologia e dirigindo a produção para medicamentos prioritários. Ao mesmo tempo, deveria promover medidas de racionalização na aquisição de matérias-primas no exterior, tanto para laboratórios oficiais com um controle e acompanhamento de preços no mercado internacional como forma de prevenir o superfaturamento das. empresas multinacionais. Quanto à tecnologia, após Identificação das matérias-primas que deveriam ser produzidas prioritariamente no País, desenvolver-se-iam projetos de pesquisa, de transferência de tecnologia e de incentivo à produção genuinamente nacional. Na esfera da comercialização e distribuição caberia uma ação junto aos órgãos controladores de preços e um elenco de medidas alfandegárias e de incentivos para barateamento dos nrodutos farmacêuticos fundamentais. Ao mesmo tempo, a CEMÊ encarregarse-ia de propor medidas visando à distribuição gratuita OU semi gratuita de medicamentos aos grupos mais vulneráveis e carentes, definidos, inicialmente, como sendo menores de 5 anos de idade, gestantes e nutrizes de grupos populacionais de baixa renda, iniciando-se esse programa pelas Regiões Norte e Nordeste do Pais. A complexa ação interlnstitucional da CEME determinou que estivesse, de início, vinculada à Presidência da República, de acor~ do com o Decreto n.O 68.806, de 25-6-71. Surpreendentemente, em julho de 1975, a CEME foi reestruturada pelo Decreto n.o 75.935, de 17-7-75, passando a ser órgão autônomo do Ministério da Previdência Social, vinculado ao Mi~ nistro. . Isso significou uma diminuição de poder, uma redução de sua capacidade gerencial de articulação e coordenação intermlnisterial, resultando no enfraquecimento dos programas e das ações dirigidos à esfera da produção, fazendo com que passasse a ter como preocupação política fundamental assegurar a distribuição de medicamentos capazes de atender aos programas de extensão de cobertura previdenciária. Ainda assim, o Presidente da ABIFARMA, no Simpósio da Industrialização de Drogas e Medicamentos, realizado em novembro de 1975, reclamava contra a interferência da CEME na comercialização de medicamentos, que era, no seu entender, uma séI'ia tendência governamental para a estatização do setor. . Por trás disso, está o interesse contrariado das multinacionais. No decorrer de 1976 e 1977, a ação governamental, através do Ministério da Saúde, tem sido centrada na normatização e no controle de qualidade de medicamentos, regulamentação da propaganda dos produtos, normas para elaboração de bulas, controle da venda de medicamentos sob prescrição médica. Deslocou-se, portanto, da área da produção e da pesquisa, a atenção do GDverno para a esfera da distribuiqão e .fiscalização. Através dessa politica, garante-se a expansão do mercado consumidor, beneficiando-se as ~ultinacionais. O enfraquecimento da CEME, com a tentativa de reduzi-la a um grande intermediário entre a produção e o consumo de remédios, levará à perpetuação e ao agravamento das distorções que o próprio Governo conhece e foram amplamente diagnosticadas eln 1973. O Sr. Celso Barros - Nobre Deputado Sérgio Murilo, traz V. Ex.a ao debate um temá que por várias vezes foi abordado neste plenário. Vários colegas do Governo e da Oposição têm-se preocupado com ele, mostrando as dificuldades que se nos têm apresentado, para que, no terreno dos medicamentos, encontremos a solução mais compatível com os interesses do povo brasileiro. Sabemos que as multinacionais têm procurado obstar uma ação mais nacionalizadora no tocante a produtos farmacêuticos. De ta! forma o noSSo Pais se submeteu às exigências alienigenas que, a esta altura, é muito difícil evitarmoo as desastrosas conseqüências que Vem sofrendo o nosso povo. Cabia ao Governo tomar medidas acauteladoras e drásticas, mas não sei por que tem sido ele tão complacente, e até diria que tem coonestado a ação daquelas entidades que, através de medicamentos, sempre caros e nem sempre eficazes, têm atingido o povo brasileiro. () pronunciamento dé V. Ex." Maio de lt'7' é mais um daqueles que mostram ao Pais a necessidade que temos de dedicar mais atenção a este aspecto da nossa realidade. Esperamos que outras vozes se ergam, como a de V. Ex. a, corajosas e oportunas, para que o Governo, advertido por tais observações, possa-realmente encontrar a solução tantas vezes exigida, mas sempre. adiada. 9ue o pronunciamento de V. Ex.a sirva para despertar malOr atençao para o problema e concorra, de certa forma, para a sua solução. O.SR. SÉRGIO MURILO - Deputado Celso Barros incorporo com m.uito prazer, o rico aparte de V. Ex." ao meu pronUnciamento: _Mas, Deputado Cels!? Barros, Srs. Deputados, o processo de alienaçao de nossa economla, que data de muito tempo, tem-se agravado consideravelmente ou se agravou de modo mais gritante nesses últimos 14 anos. E é lamentável que essa dependência. externa dependência econômica e tecnológica, tenha aumentado tanto, exa': tamente nesse periodo em que o Governo brasileiro concentrou em suas mãos a maior soma de poder público de que nos dá IlDtícia toda a Hist~ria do nosso País. li: pena e é lamentável que todos os Governos pos-1964, que tanto poder tiveram, poder discricionário poder absoluto - p~der que nem D. João VI nem os outros Impe~ radores do Brasil tiveram ao longo do curso da nossa História e da nossa formação política - tenham conseguido diminuir o grau dessa dependência econômica e tecnológica, sobretudo nesse setor de importância vital para o povo, o da saúde pública. Vê V. Ex.'" Deputado Celso Barros, que o Governo, ao invés de fortalecer a Central de Medicamentos, retira-lhe o poder decisório, desvinculando-a d~ Presidência da República para torná-la 11m simples .órgão subordmado ao Ministério da Previdência e Assistência Social. uni órgão diminuido na sua capacidade de decisão e, portanto, mais ao ~abo~ daJo~ça que contra esse órgão se levanta, poís às multlnaCIOnaiS nao mteressa de forma alguma a intervenção do Estado na produção e na comercialização de medicamentos. O mesmo ocorreu, por'olÍtros motivos, em relação, por exemplo, ao Nordeste em outro ponto que merece criticas. A defasagem econômica que sé observa entre o Nordeste e o Sudeste do País, agravada nesses últimos 14 anos, se deve, sem dúvida, à diminuição do status da SUDENE. Os Governos da chamada Revolução de 1964 foram responsáveis pelo esvaziamento da SUDENE, que, com a perda de seus poderes, deixou de ser a principal agência de desenvolvimento daquela região. A mesma coisa fizeram em relação à CEME, quando lhe tiraram a vinculação direta à Presidência da República para torná-la um simples órgão subordinado a um Ministério. Mas, Sr. Presidente e Srs. Deputados, prossigo. E, àssim, cada vez mais caminha-se para a deterioração do nível de saúde da população brasileira em favor da indústria farmacêutica dominada pela avidez de lucro das multinacionais. li: questão de consciência médica e política decidir se continuaremos a dar vitaminas às populações famintas, tranqüilizantes aos explorados no trabalho; analgésicos, antibióticos e "remédios para o fígado" para os sintomas e estados mal definidos; reídratantes venosos para os que não díspõém de rede de água e esgotos. Uma política de saúde comprometida com os legitlmos- interesses do povo tem de adotar medidas orientadas no sentido de intervir na esfera da produção de medicamentos, incluindo o desenvolvimento de indústrias ·de insumos básicos para o setor, de procedimentos tecnológicos modernos nos laboratórios oficiais e de uma ação agressiva no mercado internacional para aquisição de matérias-primas fundarqentais cuja produção nacional não possa ser implantada em curto ou médio prazo. . Urge, igualmente, aperfeiçoar o sistema de distribuiçã.o de medicamentos através da rede médico-assistencial, garantindo o suprimento adequado dos medicamentos básicos aos grupoo populacionais mais vulneráveis. Impõe-se devolver à CEME - Central de Medicamentos - o poder, de que estava Investida para que atue, com êxito. Não é possível descuidar da saúde pública que está sendo tratada como um setor ãe mercado qualquer. Enquanto a indústria farmacêutica, dominada pelos interesses das empresas multinacionais, aufere lucros extraordinários, deteriora-se a saúde da população brasileira. Eram estas, Sr. Presidente, as considerações que pretendia fazer, trazendo alguns subsídios, que me foram fornecidos por técnico da mais alta idoneidade intelectual, médico de comprovado valor científico, para que o Governo possa fixar, o quanto antes, uma política de medicamento, um conjunto de ações no campo da saúde, a fim de preservar a população brasileira, que se converteu em alvo da cobiça das multinacionais, hoje auferindo lucros realmente nababescos à custa da saúde do nosso povo. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (João Climaco) - Nos termos do inciso IV do art. 10 do Regimento Interno, concedo a palavra ao Sr. Claudino Sales, na qualidade de Líder da Aliança Renova.dora Nacional. O SR. CLAUDINO SALES (ARENA - CE. Como Líder. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presídente, Sra. Deputados, a violen- DIABlO DO CON(lRESSO NAVlONAJ., (Seçio ta elevação dos preços dos derivados do petróleo iniciada em :l973, e/ltabeleeeu uma crise econômica de ordem mundial sem preced,entes, que impôs a todas as naçõ~s consumidoras do ouro .n~g:o uma reorientação em suas economIas, algumas de extraordmana profundidade, procurando reduzIr seu consumo como maneira de poupar divisas. Visando diretamente à limitação do emprego do petróleo, o Governo Federal recorreu à racionalização do seu uso através de numerosas medidas, algumas das quais já se incorporaram aos nossos hábitos, como o fechamento dos postos de abastecimento de combustíveis nos fins-de-semana e nos feriados. Outra medida dirigida à poupança de divisas foI a instituição do "depósito de viagem", agora já na ordem de 22 mil cruzeiros por pessoa que vai ao exterior em procura de lazer, que teve como desdobramento - ou compensação - a criação do Turismo Do·, méstico, institucionalizado em três níveis distintos: VTD (Vôo 'l'urlstico Doméstico), TDR (Turismo Domêstico Rodoviário) e 'I'DF (Turismo Doméstico Ferroviário). A providência de incentivar o turIsmo interno é credora do lIIpoio incondicional de todos, pelo seu sentido econômico e pela integração nacional que proporcIona, levando os brasileiros a se (vnheeerem melhor e a conhecerem também a realidade nacilmal, .seus recantos privilegiados, por sinal expressivos e numerosos, sua f'conomia, seus hábitos, suas PQtencialidades e desníveis, seus problemas e seu desenvolvimento. Tais atividades, no que dizem respeito ã. coordenação e incentivos, deferidos à E:MB1'lATER, poderão gerar a médio e longo prazos, importantes fontes de recursos econômicos, movImentando Eixpressivas massas na sua execução, dado o grande número de Eimpregados que exige, aliás lnsubstituíveis por equipamentos mec:ânicos. I) Sábado 2'1 4231 dessas populações em ambientes rarefeitos e intensamente poluídos socialmente. Destarte o turismo de massas, além de permitir o alivio das tensões acu~uladas, proporciona intensa atividade econômica merecedora de subsídios oficiais, sem falar-se no gratificante conhecimento que os brasileiros passam a ter do Pais. Entre as medidas de ajuda e incentivo ao turismo rodoviário, segundo os entendidos, destacam-se os investimentos govername~ tais à edificação de rodoportos agregados aos Pontos de ApOlO Turisticos Rodoviários, tais como restaurantes, pousada:; e motéis já montados pela Iniciativa prIvada nas regiões carentes, aplicando-se com flexibilidade os preceitos técnicos que disciplinam sua localização para atendimento, sempre que possível, àquelas iniciativas pioneiras, Há também necessidade de maior compatibilização 'entre as normas técnicas do DNER dirigidas à segurança do transporte rodoviário preconizadas no Sistema Nadonal de Apoio e de segurança aos Usuários do Transporte Rodoviário Coletivo de Passageiros (SASl e a EMBRATUR, visando a uma integração das atividades e melhor realização do turismo interno em grandes proporções, como atividade econômica e de lazer benéfica às regiões subdesenvolvidas e às massas populacionais acumuladas nas grandes metrópoles. A localização dos rodoportos submetida unicamente ao critério espacial atenderá apenas ao fator segurança, que, apesar de impuster"íável, não pode Ber desvinculado do uso turístico, já que a segurança deve facilitar a utilização do transporte rodoviário pelos que querem viajar de carro. Um rodoporto perdido numa região sem atrativos, evidentemente desestimula o emprego do transporte rodoviário, porque o turista não vai viajar em procura da segurança. Sua localização coordenada com o setor turístico pode im.plicar mudanças que atentem para os dois aspectos, a esta altura Sem opor quaisquer restrições à sua conveniência ou oporfundamentais: segurança no deslocamento e seu aproveit,amento tunidade e tratando especificamente do transporte rodoviário, cujas turístico maximizado. diretrizes cabem ao Departamento Nacional de Estradas de RoO Sr. Siqueira Campos - Permite-me V. Ex.a ? dagem, permitimo-nos - sensivel à importància da matéria para todo o Pais, especialmente para o Nordeste - aduzir alguns coO SR. CLAUDINO SALES - Com muito prazer, Deputado Simentários e observações colhidas junto a especialistas na matéqueira Campos. l'1a, como colaboração ao seu melhor êxito. O Sr. Siqueira Campos - Deputado Glaudino Sales, repreParticularIzamos o transporte rodoviário de passageiros por- sentante de meu Estado natal, V. Ex." sempre traz ao debate temas que aeroviário aos problemas que iremos enfocar e ainda porque, os mais importantes da vida brasileira. Assim, dentro dessa orillelas suas diminutas proporçôes estatísticas, não tem o sentido entação, dessa conduta de V. Ex.a , hoje debate neste Plenário o E~onômico que vislumbramos para os que viajam de ônibus. turismo de massa, para o qual pede V. Ex.'" medidas governamentais de apoio, a fim de que seja possível a implantação de uma infraCom efeito, afirma o DNER que apenas 1,2% dos que viajam no estrutura que leve às grandes massas trabalhadoras, àquelas de Brasil usam o avião, enquanto 6,8% usam o trem e os restantes menor poder aquisitivo, o turismo interno, tão benéfico não só para !12% o fazem através de rodovias, especialmente empregando Oli os trabalhadoreli, como para todo o País. Deputado Claudino Sales, (:oletivos. Assim sendo, as atenções governamentais devem preferencialmente voltar-se para o transporte rodoviário de passageiros, embora seja otimista e nunca perca a esperança, não tenho muitas ilusões quanto à atuação do Governo no sentido de permitir uma (IUer em função dos números, quer porque nele se inclui alto perOlganização infra-estrutural que facilite a atividade de todos l:entual da classe média, cujo lazer exige subsídios, face à relativa os setores da economia e da vida brasileira. Sabe V. Ex." que estamos (:arência de que é portadora. a ver, repetidamente, a construção de castelos faraônicos em BraTodavia, as viagens turisticas propriamente ditas, no modelo silia, enquanto o setor da produção está completamente a descoberto. Não temos terminais de produção, nem ferrovias para TDR ainda são irrelevantes em número e os agentes de viagens propiciar transporte mais barato, com economia inclusive de com8e q~edam em cautelosa reserva na sua execuçjio: principal~e~te bustível. Poderíamos utilizar todas as riquezas energéticas que o il mingua dos chamados Pontos de Apoio TurIstIcoS RodovIanos. pelo menos no Norte, Nordeste e Centro-Oeste a nivel de atendi- :País tem potencialmente, em se implantando hidrelétricas, mas não sei, sinceramente, por que não se faz isso. Temos um Presidente, mento à demanda. bem como todos os outros que já tivemos, competente, dedicado Sabe-se que os principais emissores do turismo interno :locaa causa pública, procurando encaminhar soluções para os problemas Jizam~se no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande nacionais. Atribuo essa falha - sem muita certeza, porque não do Sul e, como é óbvio, suas correntes terão que procurar. preferenme posso convencer da força desse setor - à tecnocracia. Os tec<:lalmente, Q Centro-Oeste, o Norte e o Nordeste, por serem difenocratas não conhecem o Pais, não conhecem o quadro das nossas l'enciados daqueles seus pontos de origem. Além desse aspecto, realidades. Planejam sempre com base num imediatismo lamenl~stas correntes terão que procurar aquelas regiões pelo saturamentável e não procuram organizar o Pais infra-estruturalmente, para to dos pontos turistico,s do Sul e do Leste, os quais, pela limitação que possamos ver o brasileiro com a vida facilitada. Quando V. Ex.a em número, não poderão disputar com a floresta, rios, praias, luta para que sejam adotadas medidas - e com a urgência que l~alor, sol, matizes raciais, hábitos, folclore e história daquelas V. Ex." recomenda -- no setor de turismo de massa, está prestando outras áreas brasileiras cujo exotismo e receptividade humana, um grande serviço ao Pais. Deputado atuante não somente neste caracteristicos sociológicos, são absolutamente incomuns. Plenário, mas nas Comissões, nos Ministérios, um dos mais dedicados parlamentares do Ceará, meu Estado natal, está V. Ex.· de Essas áreas, todavia, representam altíssimo coeficiente do terJ"itório nacional, haja vista que somente o Norte e o Nordeste parabéns, juntamente com esta Casa e, mais ainda, a representação do seu Estado, porque, como diz o velho adágio, "água mole j~úbrem 78% de sua.continentalidade, circunstância que eleva !mbsem pedra dura, tanto bate até que fura". É esta persistênCia de tancialmente o custo do deslocamento, qualquer que seja a modalidade de locomoção, afastando o grosso da população brasileira. homens como V. Ex." que certamente fará com que sejam enfrade sua participação, como a classe operária e grande parte da quecidas as forças da tecnocracia brasileira, surgindo medidas infra-estruturais, para felicidade desta Nação. Congratulo-me com elasse média da possibilidade de 'Viajar. V, Ex." Nada obstante como uma expressiva parcela da população braO SR. CLAUDINO SALES - Nobre Deputado Siqueira Campos, Jlileira se concentr~ nos grandes centros urbanos, afetada por más agradeço muito sensibilizado o aparte com que V. Ex." me brindou. eondlções habitacionaiS, promiscuidades várias que criam graves problemas sociais, tensões e desvios perigosos que po~em desagu~r A contribuição de V. Ex.'" deu nova dimenBão ao meu pronunciaem crises e choques diversos, a oferta do lazer é terapla de que nao mento, porque, ao lado dos encômios que teceu a meu respeito, os quais credito exclusivamente à generosidade do nobre colega apro,;€; pode descurar o p~der público, até mesmo p?rque seu cn;sto fundou o exame da minha proposta, levando-a a dimensões que direto ainda pode ser mferior aos gastos em ativ~da~es de s.aude pública que poderão ser reclamaQ.as pela permanenCla indefLrpd& eu não conseguira aprender e colocar no seu contexto. 4234 Sábado 27 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1'" o problema que V. Ex.a abordou está a eXigir ataque mais DNÉR, ao que sabe oficíosamente, pretende adotar na localização frontal por parte dos setores governamentais a que está afeto. dos Pontos de Parada e Apoio ou Rodoportos, se eles não se instaV, Ex." vislumbra as dificuldades com que se defronta o turismo larem em pontos como Icó e Tianguá, claro que esvaziarão ativiàe massa. Se procurássemos levá-lo às categorias carentes da po- dades hoteleiras e complexos rodoviários de ponta, matando ativipulação brasileira, à classe operária, que precisa mais de turismo dade privada pioneira, que teria sido prejudicada irremediavelmendo que as classes média e rica, iríamos encontrar imensa gama te, com reflexos negativos na paisagem econômica adjacente. !có de problemas, que estão por ser delineados antes de serem resol- é ponto de entroncamento de regiões fisiográficas diferenciadas no vidos. O que mais me assustou, porém, foi o pessimismo que V. Ex." contexto cearense, e a cidade, por si própria, tem aspectos e pontos demonstrou, porque sempre vi V. Ex." nesta Casa, pronunciar-se dignos de apreço, desde seu casarío antigo às obras de irrigação .sobre todos os problemas da vida nacional, com uma constância em desenvolvimento, sendo ainda o acesso a Iguatu uma das maiores orbes cearenses e ao grande Açúde Orós, um dos maiores muito grande, aflorando temas os mais variados possíveis, mostrane dos mais curiosos do mundo atual. do fé e muita coragem. Presumo que V. Ex." esteja enfrentando muitas dificuldades nos últimos tempos, no exercício do seu mandato, Já Tianguá é o ponto de interseção de dois caminhos que para assumir o tom de desalento que manifestou ainda há pouco. conduzem ao que há de mais interessante em atrativos turístiEspero que V. Ex." não se contamine dessa visão, que recupere toda cos no Ceará e no Piauí, tais como a Gruta de Ubajara e a a pujança da sua colocação pessoal e volte a abordar constante- Bica do Ipú, a primeira como hospedaria de bom nivel e a semente, como o fez durante todos estes anos, os temas que integunda com restaurante e local de permanência ·curta, as quedas ressam não só ao seu Goiás, mas, sobretudo ao Brasil. d'água do Boi Morto e do Carnaubal, a Estrada do Céu, em Viçosa, e a imponência e amimidade de toda a Cordilheira da Ibiapaba, O Sr. Sérgio Murilo - Concede-me V. Ex." um aparte? com suas cidadezinhas alegres, coloridas e despreocupadas, sua O SR. CLAUDINO SALES - Com muita satisfação, assim que gente agradável e hospitaleira, seu clima ameno privilegiado, seus ter:minar de responder ao Deputado Siqueira Campos, porqne o fruteirais diversificados, seus cafezais imponentes, seus canaviais aparte de S. Ex." me suscitou um comentário que me parece da a perder de vista, suas rústicas fábricas de rapaduras, um pedaço maior significação. de clima temperado rodeado por tórrido sertão, um jardim edênico Deputado Siqueira Campos, o turismo de massa terá de ser dl- às vésperas do deserto. l'igido para o Norte, Nordeste e para a Região Centro-Oeste, PO!A Gruta de Ubajara por si só é um espetáculo empolgante, que essas regiões poderão apresentar fatos curiosos, que nao entram em concorrência com as belezas existentes no Leste e no mesmo que não fosse engastado nas delícias da Cordilheira. Seus Sul. Além disso, no Leste e no Sul está o hipotético poder de com- salões e anfiteatros imensos, com denominações poéticas, suas ropra das viagens, que não está tão proximadamente à disposição chas de colorido vário e o bizarro surpreendente da forma de suas das massas do Nordeste. Não se pode pensar em turismo partindo estalactites, os arcanos insondáveis de seus. desvâos, as cÚ'nchas <lo Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste. Temos de admitir que acústicas nas quais os sons e os ecos se prolongam e se multiplio turista deve partir do Leste e do Sul para visitar aquelas outras cam, os enigmas dos desenhos indecifráveis. a interrogação dos regiões do Brasil. até porque é nas regiões industrializadas que mistérios indevassados, tudo humilha e desafia o viSitante aos extremos da íncerteza e da dúvida iniciados 'na descida alucinante 'Pode existir algum poder de compra no custo das excursões, através do bondinho que emerge de um devaneio da monta:nha, Concedo o aparte ao Deputado Sérgio Murilo, com muito mergulha no abismo varrido por estranhos ventos e aporta no prazer. Sinto-me honrado pela atenção de V. Ex." ventre da serra, no ponto exato em que ela se abre no começo da O Sr. Sérgio Murilo - Deputado Claudino Sales, parabenizo 'Gruta. V. Ex." pelo pronunciamento que faz, trazendo ao debate asBem no acesso a estas ocorrências e a Sete Cidades e Pedra sunto de real interesse não só para o Nordeste, que aqui repredo Sino, no contíguo Piaui, e às praias deste Estado, está sendo sento, mas também para todo o Brasil. A propósito do aparte do erguida a Pousada Tianguá. na cidade de igual nome, na BR-1l6, nobre Deputado Siqueira Campos, cujo desalento e descrença tanto à meia distância entre Fortaleza e Teresina. É um esforço finanimpressionaram V. Ex,", em mim não surtiram o mesmo efeito, ceiro de grande proporções, face à carência econômica <ia Estado porque eSses sentimentos de S. Ex." são os mesmo que se observam e mais que isto, é uma demonstração de fé nas potencialidades no partido de V. Ex.'" e no Pais inteiro, em face do Governo que turisticas da Ibiapaba. sem embargo de ser também uma demonsaí está, que tem fracassado não somente no setor que V. Ex.'" fotração de pioneirismo e do poder dialético de Everardo Montenecaliza com tanto brilhantismo. mas também em multas outros, gro que reuniu dados, tabulou resultados, estudou instalações do como o da saúde pública, por exemplo, a que me referi há poucos gênero, para lançar o empreendimento, que reúne criatividade, instantes. De modo que o estado de espírito do nobre Deputado audácia e fé, a merecer apoio de governos e de populações, pelo Siqueira Campos é, sem dúvida, um símbolo da descrença e do que ela significa diretamente e pelo que pode induzir em atiVidades <lesalento do povo brasileiro. complementares como fonte de emprego, geração de impostos e O SE. CLAUDINO SALES - Muito obrigado a V. Ex.a pelas local de consumo dos produtos locais, entre outras. considerações que teceu a respeito do conteúdo do meu pronunciaPois bem. Se o DNER levar um rodoporto para uma área relamento, que visa a chamar a atenção do Governo para o problema. <lo turismo de massa. No dia em que esta modalidade de turismo tivamente próxima. no atendimento ao critério das distâncias esfor efetivamente Introduzida no Brasil trará um reforço multo tabelecidas em função de preceitos puramente técnicos, na ignogrande à combalida economia das regiões desniveladas do País, rância dos reclamos da atividade turística e das realidades erigidas particularmente ao Norte e Nordeste, porque o Ceará, que repre- à sua sombra, primeiro destruirá o que já existe na área, indo .sento, e Pernambuco, que V. Ex.a. representa. têm muito a mostrar suscitar em local ermo a edificação de um novo pólo, inviavel à não somente ao Brasil, mas também ao mundo. O que lhes falta é a falta de ambiência humana próxima. estrutura de apoio para permitir as viagens: falta formação para Dentro desta ótica, que nos parece ajustada à realidade, é receber o turista e faltam os eCiuipamentos a preços compativels indispensável uma coordenação entre as atividades do DNER no como o baixo padrão de vida da"l dasses a que ele deveria dirigir- estabelecimento do Sistema Nacional de Apoio e Segurança aos se especificamente. O turismo l:e massa deveria ser colocado ao usuários do Transporte Rodoviário e a EMBRATUR, para harmonivel de acesso das massas, corn);:,ostas especialmente da categoria nização daquele Sistema com o turismo interno. operária. Ainda não temos cond!cões, no Brasil, de vislumbrar tuPor outro lado, nas regiões carentes, a instalação dos rodorismo de qualquer espécie para auem ganha menos -:e oito ou dez portos deve resultar de investimentos governamentais diretos, eis ~alários-mínimos mensais. que, sendo nelas ainda pequena a movimentação de turistas e de Daí o nosso entedimento, de qne eles atendam aos núcleos passageiros convencionais, inexistem atrativos econômicos aos inturísticos já identificados, oferecendo aos usuários do transporte vestimentos privados. o que torna necessária a ação supletiva do rodoviário a segurança indispensável à visita dos centros de atra- Poder Público. ção turística. Ocorrendo esta coordenação e integração, o transporte rodoA construção de rodoportos no Norte, Noroeste e Centro-Oesviário de passageiros tomará incremento, com a dispensa do veíte, ao lado dos equipamentos turísticos já montados pela inicia- culo individual e a conseqüente diminuição do consumo de g830tiva privada, complementando-os com as condições técnicas lina por pessoa transportada, refletindo-sê na r!J.cionallzação do previstas para aqueles Pontos de Parada e Apoio. ainda que isto consumo dos combustíveis e na economia de divisa, uma das mesignifique algum afastamento das distâncias previstas para suas tas perseguidas pelo Governo Federal. (Palmas.) localizações, é pragmatismo e concessão indispensáveis. vn - O SR. PRESIDENTE (João Cümaco) - Vai-se passar Ocorrendo a hipótese inversa. tais providências governamen- ao período destinado às Comunicações Parlamentares. tais irão esvaziar atividades pioneiras montadas anteriormente à Tem a palavra o sr. Peixoto Filho. edição das normas têcnico-Iegais, quase sempre em torno de um expressivo entroncamento, pólo turístico ou centro econômico O SR. PEIXOTO. FILHO (MOR - RJ. Pronuncia G seguinte promissor. di~urso.) Sr. Presidente, num regime democrático o direito da minoria deve ser assegurado e garantido, a fim de que a ação fisProcurando prever o que ocorreria no meu Estado. o Ceará, com a aplicação dos rigldos critérios previstoB nas normas que o calizadora da Oposição não sofra qualquer coação. ACi'esce dizer Nlaio de 1978 DIARlO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçio Il Sábado 27 4235 .-""""'.........=--==.....===---=-====="""'-="""'=....=======""""--=-=...=""""==......==""""...._-. que, se e.s.se direito não for respeitado, a Oposição perderá o sentido de sua existência, tão necessária quanto útil ao pleno funcionamento do Poder Legislativo e à própria essência do regime democrático. Ainda: a característica fundamental da democracia está just~lmente no respeito e na lntangibilidade do exercício do poder fiscalizador dos atos praticados pelo Poder Executivo ou dele eman.ados, sem que isso implique em contestação às instituiçõe~ ou na eJ{ecração à honorabilidade dos seus íntegrantes. Sr. Presidente, com o advento da Revolução de 1964, quando as Forças Armadas avocaram a responsabilidade de promover a construção de um nOVO Brasil, os métodos administrativos passariam a refletir os mais legitimos anseios populares abrindo a estrada ao futuro, pela qual o Pais paSsaria a caminhar sob o impulso de todas as suas potencialidades. No início de setembro de 1976 o Governo montou uma cadeia de rádio e televisão para divulgar os resultados de ínvestigações preliminares sobre os gastos com mordomia e informar sobre os vemcimentos de funcionários de empresas estatais com teto de vencimentos de 80 mil cruzeiros, como resposta às denúncias oferecidas pela Oposição .sobre as astronômicas quantias despendidas por superfuncionários para exercerem suas funções em Brasilia. O noticiário governamental demonstra que o Presidente da República considerou as denúncias da Minoria' e, através do Diretor do DASP, esclareceu que não permitiria abusos e puniria implacavelmente os responsáveis pelos excessos porventura constatados com dflspesas de mordomia. Pelo visto, foi valiosa a contribuição da Oposição. Na oportunidade, sustentei desta tribuna que o debate em torno dos gastos com mordomia mostrou ao Pais a importância da distensão. Agora, é preciso que este debate se inscreva no contexto de um movimento mais amplo de aperfeiçoamento dos costumes em geral da população brasileira. O funcionamento normal de um clima de debate no País, que envolva criticas e sugestões, que compense os poderes acumulados pE~io Poder Exe~utivo, é, sem dúvida, um passo à frente do Pais. Retirando os censores dos jornais e não coibindo senão os excessos, o Governo Geisel procurou fazer com que todo o País se convertesse no seu próprio crítico. No Congresso Nacional -- e dentro do próprio partido situacionista - podem-se ouvir, sem medo, criticas e posições divergentes. O longo período de abstinência critica fez com que todos nOS desacostumássemos não apenas·a medir os limites do possivel, como a conservar a objetividade da crítica, não procurando, através dela, outros interesses. O País desaprendeu a criticar e, qual uma criança a quem se dá uma súbita liberdade, terá jie se acostumar com o seu uso. A maneira mais prática de aprender a usar a democracia é praticá-la. Estaremos torcendo para que este processo de aprendizagem se complete a tempo. . A missão da distensão, cujos principais veículos eram o Congresso Nacional, os órgãos de classe e a imprensa, seria a de aperfeiçoar a própria vida do País, tendo em vista a obtenção de padrões éticos cada vez mais elevados nas administrações de organismos públicos e de empresas privadas. Essa era uma causa grande demais e importante demais para ser jogada fora, na voragem dos interesses ou nos excessos. P:::>rque, se perdida aquela oportunidade, não seria fácil recuperar o direito de uma outra tentativa a curto prazo. Aproveitemos a distensão. Sr. presidente, Srs. Deputados, os sucessivos aumentos de preÇO/I dos derivados de petróleo provocaram uma suspeita no comportamento da PETROBRÁS, eis que a grande empresa estatal prefere adotar a fórmula de aumentos para consertar a situacão de suas contas, ao invés de praticar a contenção de gastos, como de há muito vem recomendando a Oposição. Acresce dizer que os últimos reajustes seriam suficientes para abalar o consumo até em economias de elevada renda, sendo certo que, para constrangimento nosso, atingimos os preços mais altos do mundo. Por outro lado, não se pode negar que os últimos aumentos dos combustíveis já não refletem aumentos <1os preços in1,ernacionais do petróleo. A OPEP retirou a alegação externa. Tudo leva a crer que a PETROBRÁS utílíza a majoração de preços para refazer o equilíbrio de suas contas, já que seus pagamentos externos se fazem à base do dólar. Peio visto, está finalmente identificada uma decisiva fonte int.erna da inflação que nos aflige. Para enfrentar ,seus débitos em dólares, a PETROBRÁS transfere para o consumo interno o pello do custo inflacionado ao invés de adequar-se, com imaginação criadora, às dificuldades nacionais. Despir um santo para vestir outro é mágica ineficaz, que deixa a descoberto o próprio prestidigitador. Cada aumento de preços dos combustíveis emagrece mais um pouco o depauperado cruzeiro. Nos últimos anos os preços tiveram acelerada a sua velocidade por efeito do combustível inflacionário. Ressalte-se que a . PETROBRÁS é uma conquista popular. Como tal, merece as críticas de um representante do povo quando se afasta das suas diretrizes básicas com reflexos no custo de vida, cuja desenfreada elevação está levando ao desespero os chefes de família especialmente aqueles que vivem de salários e vencimentos. Sr. Presidente, em que pese as medidas anunciadas pelo Governo para contenção da inflação, não se pode negar que a alta dos preços disparou novamente. Esta, a triste verdade. A alta indiscriminada dos preços dos gêneros de primeira necessidade, aEmentada pela ganância dos açambarcadores, continua evoluindo, porque o Governo tem-se mostrado impotente para controlá-la. Não há dúvida de que {) problema mais sentido pelo povo, atualmente, é o da inflação, pois a" continua elevação dos preços dos produtos essenciais demonstra que o dinheiro do povo está i'e tomando cada vez mais curto. Acresce dizer, ainda, que empresas públicas e empresas subor.. dinadas ao Governo dão o bom exemplo, comandando a alta dos preços, agravando ainda mais a aflição do povo brasileiro. ASSIm é que as tarifas de energia elétrica, de transportes, correios e telégrafos, água, telefones etc., vêm sendo maj oradas desmedidamente, em franco e ostensivo desafio à proclamada politica de contenção. Por isso, os consumidores ficam desprotegidos e não sabem a quem recorrer contra a extorsão de que são vítimas. Sr. Presidente, não se pode negar que o produto interno bruto não interrompeu o seu crescimento na última década. Apesar disso, a população passou a morrer mais jovem. Isto pode evidenciar o agravamento da má distribuição da renda concentrada em setores minoritários da população, rebaixamento do padrão de vida das camadas de menor poder aquisitivo, deterioração dos serviços médicos e condições ambientais. Para diminuir o deficit de seus orçamentos, os chefes de família colocam mais uma pessoa para trabalhar, geralmente um menor e em condições de subemprego, que gera também a evasão escolar dos seus filhos. A prática de o trabalhador recorrer a mais de um emprego simultaneamente caracteriza a perda das próprias conquistas trabalhistas no que se' refere à jornada de 8 horas. Significa desgaste fisico e psíquico, Impossibilidade de exercer livremente seu poder de criar idéias, dedicar-se a um conj1!nto de ocupações fora de suas obrigações rotineiras. Com a redução do poder de compra, as camadas da população que vivem de baixas rendas empregam a maior parte de s'u orçamento em alimentação, que, por sua vez, caracteriza-se por ser qualitativam~nte insatisfatória. OrientandO sua compra de alimentos basicamente pelos preços, é de se supor que tenha ocorrido substancial aumento de subnutrição. Dadas como estes ajudam acompreender a redução da esperança de vida ao nlllscer, e oS índices de mortalidade infantil, estatísticas que somente sairiam da ordem do dia de nossos jornais na medida em que houvessem soluções mais racionais para os problemas apontados. Sr. Presidente, em cada Municipio da Baixada Fluminense, por exemplo, a subnutrição e a falta de saneamento básico (água e esgotos), somados à desidratação, são responsáveis pela morte diária de vinte crianças em média mensal, na faixa etária de O a 6 anos, sendo certo que, com os mesmos síntomas patológicos, encontram-se internadas mais de mil crianças nos desaparelhados hospitais da Região. Enquanto isso, estatístiéa reunindo dados de trinta e cinco paises do mundo ocidental coloca o Brasil como detentor do constrangedor galardão de vice-campeão mundial da mortalidade infantil, perdendo apenas para o Egito, cujo número de óbitos é de 116 crianças mortas entre O a 6 anos para 1. 000 nascidas. O Brasil, por seu turno, teve agravada a situação, eis que era de 89,62 em 1969, subindo para 91,21 em 1970, e alcançando 108,68 em 1971. A guisa de comparação: na Argentina o indice é de 58,3; na Colômbia é de 78,0; na Alemanha Ocidental é de 23 e nos Estados Unidos caiu de 19,8 para 18,5, isto em 1971. Acresce dizer que, a partir daquele ano, a situação agravou-se no País com a crescente elevação do obituário infantil decorrente da subnutrição ou estado de subfome, apesar das medidas anunciadas pelo Governo, através do Conselho de Desenvolvimento Social, da execução de uma política social objetivando o "aumento substancial da renda real para todas as classes", e uma "redução substancial da pobreza absoluta, ou seja, do contingente de famílias com nível de renda abaixo do mínimo admissível quanto à alimentação, à saúde, à educação e à habitação". A medida preconizada pelo Governo destacava a necessidade de uma valiação qualitativa e de um sistema de indicadores e informações qualitativos "que assegurará maior objetividade à análise e avaliação da situação social". São indicadores de desen- 4236 Sábado 27 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção volvimento social, dentre outros, quanto à população: indicadores do seu crescimento tais como natalidade, mortalidade, migração etc. Por outro lado impõe-se-me afirmar que até agora os programas governamentais visando ao bem-estar da população brasileira, em seu conjunto, e dos grupos mais afetados pela situação de pobI:eza absoluta, não atingiram os fins colimados. Sr. Presidente, as implicações da baixa renda familia'r no meio urbano constituem, em todo pais, origem de volumosa bagagem de problemas sociais engajados no próprio processo de conturbação, cujos reflexos são, entre outros, o baixo nível cultural, as habitações anti-higiênicas, o baixo padrão sanitário, o regime alimentar deficiente e incompleto, a elevada mortalidade infantil. Face à fome generalizada, uma vez rompido o equilíbrio fisiológico da espécie, encadeiam-se conseqüentes desequilíbrios biológicos e em seguida psicológicos, com visíveis tendências para apelo à violência coletiva, gerando processo de instabilidade político-social. A população brasileira está engajada em acelerado processo de urbanização, cuja tendência de crescimento indica que em 1980 a população total do Pais será de 123 milhões de habitantes, distribuindo-se 79 milhões no setor urbano (64%) e apenas 44 milhões (36%) no meio rural. Estas estruturas demográficas, resultantes de desequilíbrios da estrutura sócio-econômica nacional respondem por deficientes regimes alimentares que absorvem entre 70 e 90% da renda familiar e constituem as causas principaIs de tensões sociais e de problemas sanitários no setor urbano. Nos últimos 14 anos para sanear a explosão inflacionária, o governo adotou uma política econômIca que, tinha como um de seus pontos básicos a contenção salarial. Essa medida acabou por afetar o simplório mecanismo de defesa da economia doméstica daqueles que ganham salário ,minimo. Enquanto isso, a Caixa Econômica Federal procura refazer o seu debilitado caixa à custa do sacrifício do povo brasileiro principalmente das classes mais sacrificadas pela política econômicafinanceira implantada no Pais daqueles que vivem de vencimentos e ordenados. Assim é que anunciou o aumento das apostas da Loteria Esportiva, a partir de 1.0 de julho próximo, para um minimo de dez cruzeIros por ca'rtão. Isto representa um aumento de cem por cento no instante em que as classes assalariadas do Brasil lutam desesperadamente pela própria sobrevivência diante do elevado ousto de vida, e está a merecer melhor atenção das autoridades responsáveis. Justifico minhas apreensões com os comentários adiante inseridos no Jornal de Brasília de ontem, que passo a ler para que integrem este pronunciamento: "Montando a equação de que a loterIa representa o enxugamento no mercado, semanalmente, de 160 milhões de cruzeiros (dos quais apenas 30 por cento para os que fizerem os treze pontos) o aumento de cem por cento tem componentes psicológicos e sociais, além dos intrinsecamente econômico-financeiros. É 'só acompanhar esse raciocipio: a Loteria Esportiva pode ser tida como mais um instrumento dessa dolorosa política monetarista pois enxuga o mercado de dinheiro. De outro lado, cria na mente do brasileiro - que sonha em dormir pobre e acordar rico - uma espécie de válvula de escape para suas frustrações. O sábado e o domingo são, desse modo, um espaço de tempo em que se condensam delírios de escapar para o pico do modelo concentrador da renda, e formar a fatia dos menos de 5 por cento de brasileiros ricos. O aumento de cem por cento, no cartão minimo, significa que haverá menos consumo de pão, menos consumo de leite a cada proximIdade de quinta-feira, pois a opção dos pobres e dos muito pobres é o narcótico que faz o estômago adormecer ou pelo menos suportar o mais vazio de cada dia. A cada anúncio de um Miro ou de uma lavadeira aquinhoada com os treze pontos, estruturam-se planos de que, cada um jogador é possivel que da próxima vez seja ele. Se a inflação, acumulada ou superacumulada, não ch€!!a, nas estatisticas oficiais sequer à metade do aumento do cartão da loteria, então, para que tanto aumento ou por quê tanto aumento? Não há quem não saiba das dificuldades financeIras da Caixa Econômica. Muitos programas e muitas linhas de financiamento - inclusive a habitacional - estão paralisados. A diversificação de aplicações anteriores daquela instituição levou a isso. Um aumento do cartão pode vir a representar, também, ijm aumento dos custos dos serviços, e, afinal, a Datamec, que é a processadora eletrônica do sorteio, é agora de controle acionário da Caixa. I) Maio de una Embutida em toda essa questão fica uma triste realidade. O Governo brasileiro tem sido contra o jogo desde o Governo Dutra. Os cassinos foram fechados - o que não impediu que o jogo do bicho continuasse em todo {) Pais. Criar a Zooteca, por exemplo, representaria a geração mais aguda de um problema social de subemprego, além, é claro, da componente político-eleitoral que detém notadamente no Rio de Janeiro. Por is.so que enquanto a loteca. aumenta de preço, a Zooteca dorme nas gavetas da Caixa. Embora se fale cada vez mais freqüentemente em reabertura de cassinos, inclusive como articulação para o turismo, a úni~a explicação que se encontra para a exorbitãncia do aumento é que o Governo (ou quem sabe, exclusivamente a Caixa) está interessado em frear o "dominio do jogo". Ou, nos, finalmente, com puro sadismo social, tornar cada vez mais caro e mais distante dos pobres e aos muito pobres o sonho do prêmio da Loteca e {) sofisma de uma "enviesada distribuição de renda". Em tudo se explica, no pão e circo - com o· distante pão e o circo tão bem armado, as proximidades da Copa do Mundo." Sr. Presidente, nada mais justo e oportuno do que analisar a aplicação dos recursos financeiros da Loteria Esportiva. Assim, é bom lembrar que até 1966 a União participava do custeio da Previdência Social em quantia igual ao total das contribuições dos segurados em geral (art. 69, da Lei n.O 3.807, de 25-8-60), quando, por decreto, foi alterado o sistema de contribulção da União para com o INPS, atribuindo-se-Ihe o· custo administrativo, através do fundo de liquidez criado pelo mesmo decreto governamental e mantido com 10% dos rateios da Loteria Esportiva. Deve-se ressaltar que o Governo brasileiro, em relação a grande número de paises da Europa e das Américas, tem participação insignificante na receita do INPS, cujos dados a partir de 1965 registram maior decréscimo, quando é sabido que a União elevou a sua dívida a bilhões de cruzeiros, originária da parcela de contribuição a que estava obrigada, acumulada com a não complementação das deficiências financeiras das despesas com administração geral e pessoal, de que trata o fundo de liquidez. Enquanto em 1975 o Ministério da Saúde gastou apenas 17 milhões de cruzeiros com a saúde pública, por falta de verbas, deixando de atender grande parte das metas do Sistema Nacional de Saúde, que visam à promoção, proteção e recuperação da saúde, agravando ainda mais o quadro desolador que revela 5 milhões de portadores do mal de Chagas; 7 milhões de vitimas da esquistossomose; 10 milhões atacados de tracoma e bócio; 40 milhões sujeitos a contrair tuberculose, além de outros tantos milhóes de brasileiros portadores de variadas moléstias, somente pelo teste 263 da Loteria Esportiva o Conselho Nacional dos Desportos (CND) recebeu Cr$ 17.786.793,03 para cobrir as despesas com o "papelão" dos nossos atletas e recreação dos cartolas nas últimas Olimpíadas do Canadá, e mais Cr$ 19.504.757,13, total de outro teste, para os VII Jogos Pan-Americanos no México, em 1975. Dos Cr$ 11.869.984.267,50 que a LoterIa Esportiva arrecadou nos anos de 1970/75, constam como órgãos beneficiados: Ministério da Educação e Cultura, Cr$ 967.052.279,13: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, Cr$ 581.932.422,96; Ministério da Previdência e Assistência Social, Cr$ 256.746.570,84; Legião Brasileira de Assistência, Cr$ 775.909.899,36; Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social, Cr$ 152.537.570,32; cota da Previdência Social lINPS) Cr$ 1.186.998.426,75; Imposto de Renda, Cr$ 1.602.447.225,93. Nestes ,seis anos, o DED-MEC recebeu Cr$ 548.474.337,49, enquanto ao CND coube Cr$ 323.089.789,75, num total de Cr$ 871.564.047,24 a. serviço do esporte brasileiro. Como se verifica, a prodigalidade da Loteria Esportiva não chegou ao Ministério da Saúde que, devido à carência de recursoll financeiros, se viu obrigado a contrair empréstimos externos com eleva.das despesas bancárias, juros, taxa de administração, inclusive destinado ao Serviço Nacional do Câncer. Mas, até agora não foram divulgados os resultados da ,sua aplicação nesse e nos demais órgãos do Ministério. Sr. Presidente, depois do demonstrativo oficial do movimento financeiro da Loteria Esportiva, nada mais consegui porque não têm prosperado os requerimentos de informação que formalizo junto ao Ministério da Fazenda, através do Gabinete Civil da Presidência da República.. De qualquer forma. o quadro apresentado no periodo 1970/75 é o suficiente para constatarmos as contradições existentes na distribuição dos fabulosos recursos da Loteria. Esportiva. Sr. Pre~idente, em que pese a desoladora realidade nacional no campo da saúde pública e das precárias condições de vida da maioria do povo brasileiro, o Presidente da República suste'llta que "O distributivismo fácil, que tenta atenuar as desigualdades individuais pela prodigalidade no reajUllte dos salários nominais, está fadado ao fracasso pelo que gera de tensões inflacionárias, de limitação das oportunidades de mARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção emprego e de mutilação do potencial de poupança e desenvolvimento. Nossa experiência, anterior à Revolução de 1964, e experiências semelhantes em outros países, desabonem definitivamente esses distributivismos emocionais," E prossegue: "O pensamento do Governo continua o mesmo sobre tal assunto. "A melhoria da distribuição pessoal. da renda terá que resultar, em primeiro lugar, da valorização do homem pela educação e pela politica de desenvolvimento e criação de emptegos e, em segundo lugar, do aperfeiçoamento da política fiscal, da criação de fundos institucionais de poupança pertencentes aos trabalhadores e da melhoria da saúde e da assistência ,5()ciaL" Eis o grande contra.'lte: enquanto a LoJeria Esportiva, a grande Yledete governamental, segue em franca. prosperidade, as classes assalariadas estão cada vez mais empobrecidas, sob o impacto da curiosa mosoue. política do Governo revolucionário. 1: o caso de se perguntar: até quando? O SR. SIQUEIRA CAMPOS (ARENA - GO. Pronuncia () sexuinte discurS{).) - Sr. Presidente, Srs. Deputados. tivemos, anteo.ntem, dia 24 de maio, a abertura oficial da IH Feira Agrope<mária de Posse, importante Municipio do nordeste goiano, que dista desta Capital cerca de 300 km pela BR-020, Brasília-Fortaleza. Centenária cidade fundada por um grupo de nordestinos que teve à sua frente o desbravador Nazário da Silva RIbeiro, Posse é pólo natural de uma das regiões mais ricas, em potencialidades, do pais. Mas, Sr. Presidente, apesar de contar com um dos mais nobres, capazes e esforçados contingentes humanos, o Município de Posse não conseguiu superar as imensas dificuldades com que secularmente se debate, em razão da quase nenhuma atenção dos Governos Estadual e Federal. A região onde se situa Posse é vizinha do Estado da Bahia e algumas de suas áreas têm problemas de seca e de ausência de CUl'SOS dE! águas perenes, Mesmo aszim, não conseguimos ,sensibilizar o Ministério do Interior no sentido da instituição de um programa especial de assistência e de obras na região, especialmente no tlue diz respeito à abertura de poços artesianos e construção de ,aç:udes nas áreas rurais e pequenas povoações, Cidade imperial, Posse exerceu, desde há um século, enorme influência em todo o nordeste goiano e vastas áreas baianas e mineiras. Desde os tempos da abertura da Belém-Brasília e da constmção da nqva Capital que Posse vem sofrendo acelerado pro-cesso de esvaziamento populacional e económico. Isolada, sem meios de reter a sua nobre gente, POSse assistia, impotente, à saida de seus melhores filhos, que por falta de ganho e condições razoáveis d·e vida iam emprestar sua contribuição ao progresso de outras terras. Juscelino, com a abertura da Brasília-Fortaleza, deu o primeiro passo para que Posse e a região da qual ela é, indiscutivelmente, ~apital, voltasse ao brilho dos tempos imperiais, mas a grande estrada, inacabada, concorreu ainda mais para o êxodo dos seus filhos. De fato, sem energia elétrica; com profundos distúrbios na estrutura fundiária em virtude da indefinição dominaI de suas terras rurais e, por isso, sem condições de utilização, como é in~ dispensável, do crédito bancário; sem infra-estrutura sanitária, educacional e de assistência à produção, a BR~020 facilitou o es~ vaziamento de Posse' e da região. Compreendendo a situação e consciente da responsabilidade que pesava sobre os seus ombros, um grupo de líderes possenses, da ARENA, do MDB e E,~m posicionamento partidário resolveu deflagrar um movimento, desde a campanha eleitoral de 1972, que resultou na primeira yitória de Posse: a eleição de Jésus Neves Barbosa para Prefeito Municipal, de Leõncio Vieira de Mello para Viee-Prefeito e de um grupo expressivo de lideres para Vereadores à Cãmara Municipal. Bendita hora em que esses líderes resolveram assumir, Bem conotação politico-partidária ou caráter religioso, o comando das aç/jes reivindicatórias e político-administrativas do imperial Município do grande nordeste goiano. O Prefeito JéSus Barbosa, respaldado no extraordInário Legislativo p01'.sense e no grupo de líderes que possibilitou sua eleição, realizou uma das mais notáveis e benéficas, administrações de tocla a história política de Posse. Vitorioso o movimento de restauração do prestigio de Posse, foi fácil a Jésus e aos componentes da nova e responsável elite dirigente daquele importante Munic1pio conduzir o povo para a I} Sábadu 21 423'1 eleição do atual Pr·efeito, Dl'. Joaquim Pereira da Costa Sobrinho, do Dr. Edgar Pereira dos Santos para Vice-Prefeito e dos seus excelentes companheiros que compõem o Poder Legislativo da bela terra das chapadas gerais. Novamente, Sr. Presidente, nos é dada uma viva e palpitante demonstração do acerto da liderança de posse, pois com os atuais Prefeito, Vice-Prefeito e Legisladores possenses, muitas conQuistas e grandes realizações vêm sendo ,efetivadas, num crescente tal que a velha e histórica cidade volta a ser centro irradla.dor e aglutinador de vastas regiões goianas e baianas. Se; bons resultados estão sendo 'alcançados - de modo animador - para o povo de Posse, não seria lícito e até mesmo alta· mente recomendável que todo apoio governamental fosse dado àquela cidade para que "la pudesse se constituir em pólo de to da uma região que, por abandono, corre o risco de ficar marginalizada? Po&se e o nordeste goiano precisam de meios para fixar suas populações e, até mesmo, atrair novos contingentes de correntes migratórias. Quando ainda candidato o atual Governador de Goiás, reivindIquei dele a. decretação de um programa para a região nordeste com as caracteristicas que há pouco mencionei e, de fato, o Governador criou o PRONOR. que, infelizmente, ficou no papel. Quando Superintendente da SUDECO o Eng. o Nelson Jairo Faria, fiz-lhe ver a necessidade da elaboração de um amplo programa para a região geoeconõmica de Brasília, incluindo Posse e o nordeste goiano. Após muitos vôos a pontos diversos do nordeste goiano, Nelson Jairo Faria e sua excelente equipe elaboraram o Programa da Região Geoeconômica do Distrito Federal e o POLOCENTRO, abrangentes de Posse e de vários Munlcipios daquela região, mas que deixou à margem inúmeras outras comunidades carentes. Os dois Programas - o da Região Geoeconômica e o POLOCENTRO - vêm funcionando precariamente e as obras públicas neles previstas, por ter sua implantação sido entregue ao Governo de Goiás, vão se arrastando com enervante lentidão. Por que, Sr. Presidente. o Governo Federal não confia aos Prefeitos os recursos para implantação dessas obras? Tenho certeza de que se assim fosse feito. as obras seriam construídas mais rapidamente, ,com maior economia e dentro dos melhores padrões de qualidade: O prefeito, por ser um administrador direto e saber melhor o valor do dinheiro, obteria resultados bem mais compensadores para a sua população e para os cofres da União. No programa de festas que será levado a efeito em Posse, de 24 a 28 do corrente, Sr. Presidente, destaco não somente a realização da HI Feira Agropecuária, mas também a inauguração do abastecimento de água e a Unidade Hospitalar de Posse. A realização da IH Feira Agropecuária e a inauguração do Sistema de Agua e do Hospital de Posse são magníficas vitórias da população possense. Vitória resultante das eleicões de Jésus Neves Barbosa, Dr. Joaquim Pereira da Costa SobiInho, Leôncio Vieira de Mello, Dl'. Edgar Pereira dos Santos e dos seus companheiros de Diretório da ARENA e do Legislativo Municipal. Espero, Sr. Presidente, que o Governo Federal e o Governo Estadual, principalmente após a investidura de Ary Ribeiro Valadão, um homem que lutou e luta por Posse e pelo nordeste goIano, levem em consideração suas necessidades atuais, entre as quais devem ser destacadas: - regularização dominaI de suas terras rurais; - suprimento de energia elétrica; - criação do Di5trito Industrial; - implantação de rodovias vicinais; - pavimentação da rodovia Brasilia-Fortaleza; - instituição de saneamento básico; - difusão de crédito e financiamento; - ampliacão da rede escolar e hospitalar; - instalação de comunicações telefônicas; - construcão de armazéns e silos para a produção; - concessão de assistência e apoio, inclusive através de programas contra as secas, ao produtor. Ao saudar, aqui, a realização da HI Feira Agropecuária de Posse, a inauguraç~o do seu sistema de abastecimento de água e da Unidade HospItalar, congratulo-me com o povo possense nas pessoas dOEi seus notáveis lideres que são o Prefeito Joaquim Pereira da Costa Sobrinho. Vice-Prefeito Edgar Pereira dos Santos, ex-Prefeito Jésus Neves Barbosa, Dirigentes dos Diretórios dos ·~23lí DlAlLlO DO CONG8ESSO HACIONAL Sábado 21 n {S~ia ,Maio de 1''1' F dois partidos políticos, Vereadores e demais componentes- da elite dirigente do grande e próspero Municipio. E, ao concluir, conclamo os Governos Estadual e Federal li! dotarem Posse de energia elétrica abundante e barata; de comunicações telefônicas interurbanas e de recursos suficientes para solucionarem os graves problemas econômicos e sociais de seu povo. Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (João Clímll.co) - Nada mais ha.vendo a tratar, vou levantar a sessão. I Deixam de compareeer os Senhores: Pernambuco ,Fernando Lyra - MDB. Minas Gerais Renato Azeredo- MDB ~ Sáu Paulo HerbertLevy - ARENA. VIII - O SI!. PRESIDENTE (João Climaco) -- Levanto a sczeão designando para a Ordinária da próxima' segunda-feira a se· guinte ORDEM DO DIA 8f:ssão em 29 de maio de 197,8 (Segunda-feira) TRAMITA:ÇAO EM URG*NCIA Discussão 1 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 120-A, DE 1978 Discussão unica do Projeto de Decreto Legislativo n.o 120-A, de 1978, que aprova o texto do Acordo Comercial. celebrado em Camberra a 23 de fevereiro de 1978, entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da Austrália; tendo pareceres: da CornLssão de Constituicão e Justiça, pela constitucionalidade. e técnica legislativa; e. da· Comissão de Economia, Industria e Comércio. pela aprovação. f Da Comissão de Relações Exteriores.! - Relatores: Srs. Gomes da Silva e A. H. Cunha Bueno. EM PRIORIDADE Discussão 2 PROJETO DE LEI N.o 5.096, DE 1978 Discussão única do Projeto de Lei n." 5.096. de 1978. que retifica. sem ônus. a Lei n.O 6,486. de 6 de dezembro de 1977, que "estima a Receita c fixa a Despesa da União para {Í exercicio financeiro <de 1978". iDa Comissão de Fiscalização Financeira ü Tomada de '1ontaoU - Relator; Sr. Furtado Leite. A\Iisos Cl\MARA DOS DEPUTADOS SECUETARIA-GERAL DA MESA ll'l:UÇAO noa DEPUTADOS INSCRITOS NO GRANDE EXPEDIENTE Mldol1t71 DATA 8f!8unda-fe1Jrtl. lO NOME DIA DA SEMANA Terça-t'tlr& 11 Raul Bernardo ~ ARENA Carlos Sa.ntoll - MDR J'olté Maurielo ~ MOR PAUlo 8tudart - .JUmNA Magno Bacelar - ARENA Adhemar Santlllo = MDB CÓDIGO CIVn. Mlmbntl ....Ur. C. . . .ie .,p'41iU ARENA C1.nrIOR TeixeIra 1«01.0..0 'Aalmundo Dlnll Geraldo Gu.li.. , Varo João 'Unhaul »Da Bri.ldo Tinoco o e.1Io Barro. I.ra!!1 Dla.-NoTll" Mae DOWlll Tanerldo N.v.. lAia cs. Ca,'IM 1••1..... ARDA hUlnio MorJmoto H.nrique CõrdoVíl, Marc.lo Linharn CldJ'urtado Varo Theobaldo Sarbo... MDB lIrumo MarUn. Pedra 7tmando Coelho M'rlo Mor.lra O.",aido Lim. TarclJl0 Dlli,.do Prel!.dente: OeputA(to T&f1credu Ney.. Vlclf-Presldente: Deputado Brll1do 'llnoe@ Vlce-Pre.ldente: Deputado 1'0 Looo Relator-Oeral: Devu~..do Joág Unhar.. ..l&wre. Parclall: Deputado Brllldo 'I'1notl'J: P..r~-a'r.l Deputado Ralmwldo Dln1l!: Linol ~ Obrll.çõeíl Deputada Geraldo Guede.: 11 - Ath1dadu N.roda'. Vago Uno m - DIil.l CalMa. Livro D~Slutad() Clnt'~on lJVl'O IV = D. ''reixelrá: r:AOÚu. D"Iult.do 0«:110 BiífiCM: Uno V ~ BUC~'Il6tj ~ Uvro CODlpIIJlJl.W CPS 1 COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQm:RITü DESTINADA A APURAR DENú'NCIAS A RESPEITO DE OCORR1J:NCIAS DE ESPECULAÇAO !MOBILIARIA NOS GRANDES CENTROS URBANOS Reunião: 30-5-78 Hora: 11.30 Pauta: Depoimento do Dr. Olavo Egídio Setúbal - PreMto de S.- Paulo. Hora: H.OO Pauta: Depoimento da Pro!.'" Nanuza Menezes .~ Presldenta da Sociedade Botânica do Brasil - USP. Reunião: 30-5-78 Hora: 11.30 Pauta: Denoimento do Dr. Léo Lince de Araujo - Diretor di' Carteira Hipotecária da CEF. Hora: 11.30 Pauta: Depoimento do Dr. Mauro Magalhães, Presidente da Associação dos Dirigentes de Entidades do Mercado Imobiliário. Reunião: 1.°-6-78 Hora: 11,30 Pauta: Depoimento do Dt. Pedro Rocha - Presidente do SIndicato dos Trabalhadores na Construção Civil de São José dOI Campos - 8P. Hora: 14,00 Pauta: Depoimento do Sr. Pedro Luiz Roxo Lima - Presidente da Associação Nacional dos Inquilinos. GRANDE EXPEDIENTE, Oradores: Raul BernardO Carlos Santos - ARENA MDB " DIARlO DO CONCiRESSO NACIONAL (SeçãIJ 1) lIb10 de !tU z COMISSAO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A EXAMINAR A SITUAÇAO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL Reunião: 30-5-78 Hora: 10,00 Pauta: Depoimento de Representantes Estudantis: - do Diretório Acadêmico da Faculdade de Engenharia Indus, trial: Eder Azevedo Mazini Arthur illbeiro Neto - do Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito da Universidade de Sáo ·Paulo: Dimas Eduardo Ramalho José Roberto Manesco - do Diretório Central de Estudantes da Universidade Mackenzie: Geraldo Agosti Filho Luiz Roberto Santini Mello - do Centro Acadêmico 22 de Agosto da Faculdade Paulista de Direito - PUC - SP: Bruno Blecher Henrique Sampaio Pacheco - do Centro Acadêmico Horácio Lane da Escola de Engellha~ ria da Universidade Mackenzie: Fausto Guaritá Sabino Ulrich Kühn ,- do Grêmio Politécnico da Escola Politécnica. da. Universidade de São Paulo: Luiz Bandeira de Mello Laterza Arnaldo Calil Pereira Jardim - do Diretório Acadêmico Abrahão de Moraes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo: Ari Almeida Araújo Yara Cõdo CONGRESSO NACIONAL 1 PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N." 1/78 "Dispõe sobre a elegibilidadEl. nu hip6tt!1ê1 Il"Üf! m.ndol1l!.. ~ :bnjuge e dos parente& consangüíneol ou aflml, Ali o terce1l'o grau, ou por adOÇão, do Presidente da República, de Governador de Estado ou de Território, de Prefeito ou de quem os haja lubatituido dentro de a (seis) meses anterlorel AO pleito e1tltont" A,ator: Sr. Darl de Almeida.. ComJoio Mil. Presidente: Senador Leite Chave» Vice-Presidente: Senador Heitor DI.. Relator: Deputado Adriano Valenw m_ Até lIi& 6-'-11 -- no Congreuo Nacional. :I, PROPOSTA DE EMENDA A CON8TITUIÇAO N.o 2/78 "Modifica a redação do t 1.tI do art. 3d díl ConliUtuillio." ~D~ pondo 11/11 convocação de suplente. de parlamen\M'tIl.) /mtílr: 81'" Pll1heiro Machado. Comiuáu MlJiÜl> Prealdente: Deputado 1.aerte Vieira Vice-Presidente: Deputado DaIO Coimbra :Relator: Senador Lourival Baptista . Pruo Até dia 3-1-11 - no Conll'esso Nacional. S PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO H.O .Prüó no Congflluó NlitclGDit oi PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N." 4/78 "Altera a redação do § 3.° do artigo 104 da Constituição Fe· deral." (Faculta ao servidor investido no mandato de veresdor a remuneração do cargo, em1êrego ou função, quando não houver compatib1lidade de horário.) Autor: Sr. Alexandre Machado. Comissão Mista. Presidente: Senador Dirceu Cardoso Vice-Presidente: senador Italívio Coelho Relator: Deputado Henrique Prettt C~ndârio 1 Dias 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30 e 31 de maio de- 1978 - tação das emendas perante a Comissão. Apresen- Pralllo Até dia. 20-6-78 At& dia. 11HI-78 - na Comissão Mista; no Congresso Nacional i PROJETO DE LEI N.11 9178-CN "Dá. nova. redação a dispositivos do Decreto-lei n." 83'. 4t! ! de aetembro de 1969, e da Lei n.o 5.692, de 11 de aaoato de U/7I.''' Autor; PE (Mens. n.o> 14,3/78 e 49178-CNJ. (»Jll.bil5ão M.bta Presidente; Deputado Aurélio Campo. Vice-Prel!idente: Deputado Geraldu Freire Relator: Senador Ruy Sa.ntos Pruo Até dia 11-6-'78 _. no Congres/lo Nacional. • PROJETO DE LE! NO'> l0J78-CN' "DilIpõe s/ incentivos fiscais para programai de tormil.(;iiv profl.aional e al1mentação do trabalhador nas âreu dA SUDJ:NE fi da SUDAM." Autor: PE (Mens. n."· 147178 e 51178-CNJ CollWwio m!lta Presidente: Senador Agenor Maria Vice-Presidente: Senador Murilo pa,rai50 Relator: Deputado Celso Carvalho Pra.H AU dia ~-5-'J8 - na Comissão Mista; Até dia 18-6-78 - no Congresso Nacional. 1 REQUERIMENTO N.o 3/78-CN Orla, com fundamento no I1rt. 37 do texto coWltltudonll! fJ U lirt. lU do Regimento Comum, a Comilllào PlU'I&mtDtu JIIj'" • Inquérito de_lInada ao el!tudo do problema <12m! 140lM ü@ Pdr. Autor: Senador Nelson Carneiro. O@m&ílio M'ista Prellidente: Deputado Miro Teixeira Vlec-Preílidente: Deputado Inocêncio OUYl!ll'ft :RtJlator: Senador Otto Lt!hmllnn i"nIIIIt Até dia 7-11-78 - na Comissão Ml.sta. I nl: :117. "Propõe de1elaçio de poder'l ao Prelidente da Repl1bUea p&ra elabora~io de Lei criando o Ministério da Ci6ncla e Teenolol1&, e d.terminando outru providências," - Autor: Sr. Hélio d. Almeida. (Aluardando parecer da Coml..io di Con.tnulçio I laUta to SenAdo) PROPOBTA DE DELJ:GAÇAO LEGISLATIVA N.· 1, ar" "Altera a redação dos artigos 147 e 1-48 da COWltituição Fedll'&I." (D1lIpondo I/ voto voluntário.) - Autor: sr. JlOrHri Ltt",. Comiuio Mnta. Presidente: Deputado Laerte Vieira. Vice-Presidente: Deputado Parente Frota Relator: senador He1vidio Nunea Ale db., U-II-'711 - • D. PROPOSTA DlI DlILIlOAÇAO LEGISLATIVA N.· S, 11'1" "ProPõe dele,açio de poderei ao Pruldent. da .pibl1c& pau ..., o COAlelho de Dete.. do COnllumidor (CDC)". - Autor: Sr. lftDa lUbelro. CA,uardando pareclr dI. OomlAio de .018In.do) Con.tltul~iD _ luatlllli mo Sâbado 2'1 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) 1. PROPOSTA DI!: DELEGAQAO LEGISLATIVA N.• 3, DI: In. "Propõe delerl.ção de poderes ao Senhor Pre.aldente dI. RepllWica para elaboração de Lei crIando o Mlnl.têrlo dOI "pane., • .etermlnl. outru pro'Yld~nclllll. (Art. ll4 da COnstituição J'ederal e arta. 117 a 127 do Regimento Comum.)" - Autor: Sr. Pedro Lauro. (Acuardando parecer da Comissão de Con.tltulçlo e luatlç. do Senado) 11 MENSAGEM N." 47; 78-CN "Concede incentivos à capitalização da empresa. privada na~ donal e ao funcionamento da pequena e média empresa de regióell menos desenvolvidas, e dá outras providências." Comissão Mista Presidente: Deputado Emanoel Waismann Vice-Presidente: Deputado Moacyr Dalla Relator: Senador Saldanha Derzi Prazo Até dia 3-6-78 -- na Oomissão Mista; Até dia 16-6-78 - no Congresso Nacional. U MENSAGEM N.o 48/78-CN "Concede isenção do imposto sobre Produtos Industrializados e do Imposto de Importação nos casos que especifica." Comissão Mista '''-~sldente: senador Dirceu Cardoso Vice-Presidente: Senador Cattete Pinheiro Relator: Deputado Arlindo Kunzler Prazo Até dia. 3-6-78 - na Comissão Mista; Até dia 18-6-78 - no Congresso Nacional. 13 MENSAGEM N." 50178-CN "Submete à deliberação do Congresso Nacional texto do Oeereto-lei n.O 1.623, de 25 de abril de 1978, que "dispõe sobre a retribuição do Governador do Estado de Mato Grosso do Sul e do pellSoal requisitado para prestar serviços à Comissão Especial der que trata o artigo 48 da z.,ei Complementar nP 31, de 11 de outubro de 1977, e dá outras providências." Comissão Mista Presidente: Deputado Walter de Castro Vice-Presidente: Deputado Adriano Valente Relator: Senadol' Saldanha Derzi Prazo Até dia 4-6-78 - na Comissão Mista; Até dia 25-6-78 - no Congresso Nacional. 14 MENSAGEM N." 53/78-CN "Submete à deliberação do Congresso Nacional texto do Decreto-lei n.O 1.624 de 3 de maio de 1978. que "estende lJ prazo de redução do Imposto sobre a Renda e adicionais náo restituível" previsto no arti.go 14 da Lei n.O 4.239, de 27 de junho de t963.'· Comissão Mista Presidente: Senador Orestes Quércia. Vice-Presidente: Senador Virgilio Távora Relator: Oeputado Antônio Gomes Pruo Até dia 6-6-78 Até dia 3-8-78 - IX - na Comissão Mista; . no Congresso Nacional. Levanta-se a sessão às 17 horas e OS minutos. DISCURSO DO DEPUTADO SIQUEIRA CAMPOS, NA SESSAO VESPERTINA DE 25-4-78. O SR. SIQUEIRA CAMPOS (ARENA - GO. - Sr. Presidente, Srs. Deputados, quem. analisa os resu~tado~ da econo~ia brasileira no ano passado verifica, apesar da sltuaçao desfl1voravel do mercado cafeeiro no segundo semestre, quando os preços desceram praticamente à metade, que os produtos exportáveis da lavoura MaIo de ua contribuíram, decisivamente, mais do que quaisquer outros, para o equilíbrio do nosso balanço de pagamentos. Tal desempenho do setor primário se deve tanto ao esforço pessoal dos lavradores e pecuaristas como às medidas de fomento, principalmente creditício, tomadas pelo Governo, não se podendo esquecer o que tem feito o Ministério da Agricultura, no tocante à assistência técnica e ao incremento do cooperativismo. Por isso mesmo causa espécie o fato de, depois de uma resposta das mais eloqüentes desse setor produtivo ao encorajamento governamental, anunciar-se uma restrição creditícia que resultará na instilação do desânimo entre agricultores e pecuaristas, encarregados do mais difícil e árduo labor da produção nacional. Na primeira semana de fevereiro último, divulgava a imprensa - e citamos, a propósito, a Folha de Goiás no seu Suplemento Agrícola do dia 5 daquele mês - a reação dos produtores ante o anúncio de que o Conselho Monetário Nacional. ao aprovar o orçamento para o corrente exercício, havia, praticamente, congelade os empréstimos destinados ao setor agrícola, para limitar a sua taxa de expansão a parâmetros anteriores que sequer acompanham o indice inflacionário. Daí por que, procurado pela reportagem daquele matutino goiano, o líder pecuarista Manoel dos 'Reis e Silva Presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e AgricultUra, afirmava o seu protesto: "A expansão de 32,4% nos empréstimos do setor agricola não é o que desejávamos. A decisão do Conselho Monetário Nacional torna-se ainda mais estranha, na medida em que foi aprovada diante de um quadro nacional que aparentemente se encaminhava para sensiveis melhoras, no que diz respeito à agricultura." Justificando a sua reação, em termos também de política financeira. adverti o Sr. Manoel Reis: "A taxa inflacionária oficial foi de 38,8% enquanto os empréstimos à agricultura vão crescer somente 32,4%, o que sill"nifica, obviamente, que este setor da economia brasileira não terá o mesmo poder de realização que no ano passado. Ficamos, isso sim, com um orçamento muito menor, pois na verdade perdemos, em termos reais, mais de seis por cento." As esperanças dos produtores Ressalte-se que a maior reação dos produtores é informada pela circunstância de que tais medidas são tomadas concomitantemente ao anúncio da escolha do futuro Presidente da República, veiculadas promessas de abertura democrática. Ora, se a eleição indireta do novo Chefe do Executivo se prenuncia tranqüila no colégio nacional, teremos que enfrentar, no último trimestre, o pleito direto, que escolherá um terço do Senado e renovará a Câmara dos Deputados. Assim, a medida impopular do Conselho Monetário Nacional, inviabilizando o melhor desempenho do setor primário, se refletirá negativamente, do ponto de vista eleitoral, no interior do Pais, onde justamente a ARENA díspõe da sua maior força. Daí por que o esclarecido Presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura adverte: "Quando o Ministro Chefe do SNI, General João :Saptista Figueiredo, é indicado para suceder Geisel no poder, evocando essa indicação um clima de otimismo no meio rural, '0 Ministro Simonsen, da Fazenda, veda a expansão da agricultura, sem uma explicação plausivel." Em seguida. salientou S. s.a: "Todos nós estamos cientes de que o General João :Saptis~ ta Figueiredo tem planos para o setor agropecuário, que ele pretende fundamentar a açâo de seu governo na produção rural. Se, mesmo diante desse quadro de esperanças, o atual Ministro da Fazenda ignora que o setor rural está realmente precisando ser reestruturado, especialmente no tocante ao crédito, então pouco resta a fazer. Vamos ter que esperar pelo governo Figueiredo." Lembrando a "guerra do chuchu" Falando à imprensa, durante o recente recesso parlamentar, o General João :Saptista Figueiredo fez uma irônica referência à sua contribuição pessoal, na granja em que reside, para a prQdução hortigranjeira: havia produzido mais de setecentos chuchus, quando o Ministro Simonsen se referira, no ano passado, ao elevadissimo preço dessa verdura, para significar a colaboração do setor na explosão dos preços e, portanto, para a conjuntura infla-cionária. Foi justamente naquela oportunidade, quando as declarações do titUlar da Fazenda pronunciavam "algumas perniciosas nuanças da política econômica", como relembra o Sr. Manuel Reis, que aquela entidade, a Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura, se mobilizou para reagir. -- llIaln de llnlJ DIARIO D(I CONGU880 NACIONAL (Seçio Nesse sentido, encaminhou, no ano passado, expediente ao Presidente Geisel, alertando S. Ex." sobre possíveis erros na condução dos mecanismos de combate à inflação e refutando a pecha de que o setor agrícola era responsável pela inflação desenfreada. Sal1entou, naquela oportunidade, que os créditos concedidos à agricultura são de natureza quase que espe,cífica, com rápido retorno, o que não ocorre no setor industrial, que necessita de prazos mais 10ngoB para a reposição dos empréstimos obtidos. Esperava a SGPA que essas ponderações, do seu memorial, tivessem audiência e guarida no Governo, mas, em fevereiro, desiludiu-se, vítima de novas frustrações, as classes produtoras rurais que representa. Adverte o Sr. Manoel dos Reis que faltou ao Ministro 8imonsen maior sensibilidade para avaliar a importância do setor agropecuário no futuro Governo, claramente vísto que a atividade econômIca prim.ária é responsável por cerca de setenta por cento da economia nacional "Pode ser - advertiu S. s." - que o Ministro da Fazenda esteja ainda praticando a desaceleração econômica, impondo ao setor rural uma redução de mais de seis por cento no volume de créditos bancários, em 1978, em rf!lação aos volumes efetivamente dispendidos no ano passado." DescompaSllO na equipe Não se pense que essa restrição creditícia conta com a unanimidade de apoio da equipe governamental, que interfere no :;etor econômico. Nenhum Ministro da Agricultura conval1daria, de bom grado, semelhante restrição, e a imprensa, nos primeiros dias de fevereiro, revelou a discordância do Sr. Alysson Paul1nelll, ao ~lSsínalar S. Ex.a. que "a expansão de 32,4% nos empréstimos ao setor agrícola, liberados pelo Conselho Monetário Nacional, não vem ao encontro das necessidades do País", sendo aceitável apenas na medida em que possa satisfazer as intenções governamentais, no sentido de "conter a todo custo o índice inflacionário". , Salientou. o titular da Agricultura a justeza da política do Governo, ao estabelecer a expansão do crédito agrícola dentro de uma realidade econômic·a que o Pais não pode el1dir nem ignorar: assim, a agropecuária continua a merecer a mesma prioridade e atenção dos anos anteriores e, embora os recursos liberados não sejam os desejados pelo Ministério, compromete-se o Ministro AlYBson Paulinelll a "fazer todo o possível para. continuar atendenllo às necessídades do nosso agricultor". Para isso, disporá aquela Pasta, para mobilizar em proveito da produção agrópecuária, de créditos limitados a trezentos e cinço milhões de cruzeiros. Daí por que busca S. Ex.a. um proveito paralelo na. din~mízação do sístema creditício e na correção de algumas distorções, advertindo: "Vamos aperfeiçoar o sistema de crédito rural de forma que dê para atender a todos aqueles que necessitam de recursos para produzir alimentos." 'Evidentemente, desejamos êxito ao titular da Agricultura nessa anunciada tentativa de minimizar os efeitos claramente vistcls da redução das disponibilidades crediticias para o setor. Achamos, entretanto, que as melhores intenções não substItuem disponibilldades crediticias. E a política de distribuição equitativa da pobreza pode ser eticamente defensável mas não tem eIdo economicamente progressista. Trocando em miúdos: se os recursos foram substanCialmente reduzidos não haverá compensação possível, a me~os que. o Ministério' da Agricultura os obtenha, na proporção exigida, para a assistência técnica e sani,tárh, à produção agJ,"icola e pecuária, com incentivos especiais a.o cooperativismo, que não se traduzem. no entanto em medidas injustas para o setor secundário. ' Os dados objetivos Em resumo, o Conselho Monetário Nacional destina, este ano, - por intermédio do Banco Central, cerca de onze bilhões de cru2~ir()s para o crédito agropecuário, quando a previsão feita pelos técnicos daquele estabelecimento oficial de crédito girava em torno de vinte e dois bilhões de cruzeiros, o dobro, portanto. Consta, por outro lado, que oito bilhões de cruzeiros - mais de dois terços daquela previsão - já estariam comprometidos com o Programa do ano de 1977, restando, assim, apenas três bilhões de cruzeiros para empréstimos oficiaís ao s~tor agropecuário no corrente ano. Informa-se, paralelamente, que a pecuária não terá nenhum recurso para a sua expansão, seja no que tange à formação e conservação de pastagens, seja no que se refere a quaisquer outros investimentos em benfeitorias. Além disso, a Agricultura somente contaria com financiamentos para custeio, eliminada qualquer destinação de recursos para. investimentos. I) Sába«10 27 4241 Adverte-se, entretanto, que os recursos dos programas governamentais de incentivo, como o PROTERRA, o POL-úCENTRO, o da Região Geoeconômica de Brasília, estão às vésperas de es~o tarem-se, enquanto o pequeno saldo somente seria aplicado pejo Banco do Brasil, e que nem mesmo o Banco da Amazônia operaria com os recursos desses programas. Se são poucos os dados objetivos de que dispomos, para servir de explicação a essa inesperada orientação do Ministro da Fazenda, forçoso convIr em que as noticias divulgadas na imprensa dão conta de uma crescente insatisfação da lavoura e da pecuária, ameaçados por tamanha restrição creditícia, que se refletirá no balanço de pagamentos deste ano, contribuindo para que o próximo Presidente da Repúbl1ca receba uma herança financeira bem ml1-is difícil do que aquela deixada ao Presidente Geisel como legado da crise mundial de combustíveís, cujo aumento de preços, por imperativo da conjuntura internacional, foi rel1giosamente pago, nestes três anos, pelo desempenho do setor primário, principalmente pela agricultura e pela pecuária brasileiras. Os doiB parce:ir05 O Brasil - não será demasiado repeti-lo, pois o truísmo ainda não entrou nos ouvidos de alguns economistas e financistas é um país novo, que carece de infra-estrutura, principalmente no setor rural, à sua vez responsável pelo maior peso em nosso, balanço de pagamentos. Pelo nosso desempenho, as estatístiCas econâmico-fimtnceiras continuam a revelar que somos "um país essencialmente agricola". Se essa não é a situação desejável, na atual conjuntura mundial. trata-se de uma realidade a que não podemos fugir. Ademais disso, temos necessidade de expandir-nos largamente e nenhum outro setor nos oferece tanta,s chances nesse sentido como o agropecuário, quando dois terços das nossas terras estão ainda por ocupar economicamente. Temos disponibilidades incomparável de exportação de produtos primários, e em alguns setores não temos conseguido produzir o bastante para o atendimento das necessidades internas, importando leite todos os anos, abrindo chance à penetração platina de laticinios, recorrendo, tantas vezes, ao feijão estrangeiro para suprir o mercado interno. E, agora mesmo, estamos importando carne, arroz, cebola, alho, trigo e atê mesmo café, quando as nossas disponibilidades de terras agricultáveis nos oferecem condições para abarrotar o mundo de alimentos: Somos um Pais de clima excelente. A rigor, afora as geadas episódios e o problema da má distribuição de chuvas no Nordeste - com secas e inundações cíclicas - não há neve, nem cataclimas geológicos, nem desertos, nem dificuidades mesológicas insuperáveis. A catástrofe maior, que assola o Pais, é a que resulta, constantemente, das decisões emanadas da nossa tecnoburocracia. Deve-se assinalar, por outro lado, que a atenção governamen.,. tal não se tem dirigido, equitativamente, aos dois grandes sócios da produção primária. Na verdade, em nossa história econômica, na sucessão dos ciclos do nosso desenvolvimento, com exceção daquele marcado pela produção do ouro e dos diamantes, houve dominância das monoculturas agrícolas. Começamos com o ciclo da cana-de-açúcar e ingressamos no do café, com o curto episódio do ciclo da borracha, apenas paralelo àquele; a contribuição do cacau, do algodão, das oleaginosas e, mais recentemente, do soja, para as nossas exportações. Jamais nos transformamos nos exportadores de carne e laticinlos que deveriamos ser. A pecuária brasileira foi responsável, no entanto, no ciclo do couro, pelo encontro dos nordestinos e paulistas nas terras de Minas Gerais, transformado o São Francisco, caminho dos vaqueiros, no "rio da unidade nacional". Por isso mesmo, as aristocracias rurais. que dirigiram o Pais até a afirmação do nosso primeiro ciclo industrial, principalmente a partir de 1955, não deram conveniente atenção ao setor pecuário. Para usar uma imagem sertaneja, diríamos que ao boi de guia do carro da produção primária, ou seja, à agricultura:, dedicavam-se maiores atenções que ao boi de coice, ou seja, a pecuária, responsável, durante quatro séculos,. por mais de oitenta por cento da dieta protéica do povo brasileiro. Ora, é preciso igual atenção aos dois setores da vida rural, agora irmana,dos na. mesma injustiça da política. creditícia. Mas devemos ressaltar a desatenção à pecuária, a leiteira com melhores patrocínios que a de corte, embora ambas entregues ao desamparo técnico, creditícios e infra-estrutural, como à concorrência internacional. Porque insuficiente o desempenho da nossa pecuária leiteira com uma produtividade, em São Paulo, da ordem de quatI'Q litros/vaca/dia anualmente - a nossa indústria de laticínios anda à beira do colapso. Trata-se, tecnicamente, de uma das mais desenvolvidas do mundo e os nossos queijos ostentam qualidade ínter- 4242 Sâbado 27 DJARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçio I) Maio de 11'11 = nacional, principalmente os do tipo prato e "minas", de largo lfonsumo interno. Entretanto, a Argentina oferece queijos muito mal elaborados -- tanro que nos pediram, recentemente, assistência técnica, que não foi negada à indústria quejeira platina, pa,ra que produza nos termos das exigências bromatológicas do Brasil - por preços muito inferiores ao nosso. • Se um litro de leite custa pelo menos quatro cruzeiros e são necessários dezoito litros para produzir um quilo de queijo, resta que essa unidade - incluindo-se outros insumns e impostos não pode ser vendida a menos de cem cruzeiros, quando o queijo Rl"gentino, embora de qualidade multo interior, atravessa a fronteira a menos de cinqüenta cruzeiros o quilo. Ouço o nobre Deputado Cantídio Sampaio. O Sr. Cantídio Sampaio - Nob;re Deputado Siqueira Campos, V. Ex. a nos brinda com um discurso alentado de verdades objetivas, ... O SR. SIQUEIRA CAMPOS - Obrigado a V. Ex.& O Sr. Cantídio Sampaio - ... que se situa à margem das estreitas considerações político-partidárias. Seu pronunciamento é uma análise frIa e sincera. Realmente, não podemos dizer que tudo corra no mar calmo e tranqüilo da perfeição. Qualquer modelo econômico deve conter em seu bojo os seus equívocos. E creio que V. Ex. a, após considerar aspecto positivo de nossa poli~ tica relativa principalmente à agricultura, aborda um ponto que realmente merece atenção especial de todos nós: a pecuária leiteira. Na realidade, ê preciso que as autoridades responsáveis dedIquem especial atenção à indústria de laticínios. V. Ex.a acaba de dizer que, praticamente, ê impossível produzir queíjo no Brasil. Entretanto, atente bem V. Ex.a , temns leite em pó em quantidade. O SR. SIQUEIRA CAMPOS - É verdade. O Sr. Cantídio Sampaío - A Nestlé consegue o leite que quer nesta Nação. Ela vem estendendo os seus tentáculos por todos os rincões do Brasil. Onde quer que se produzam alguns litros de leite, lá está a Nestlé para captá-IDll, fazendo concorrência às nossas fábricas de queijo nacional. Assim, muitas delas já fecharam, pois não puderam prosseguir na sua atividade, graças a ~sse processo. Posso afirmar a V. Ex." - inclusive pretendo fazer um discurso nesse sentido e já colhI vários dados importante.s relativos a essa matéria - que são inúmeras as fábricas de queijo nacíonal, pequenas e médias, fechadlUl graças à impossibilidade de se abastecerem de leite. l!: fácil compreendermos a razão: a mais forte chega e oferece mais, É uma forma de dumpin.g que se vai espraiando por elite Brasil afora. Ainda há poucos dias, não sei se V. Ex.llo notou, a nossa velha amiga "DIPOA baixou uma portaria, proibindo a fabricação de queijos nos lugares onde fosse possível a coleta de leite. Atente bem: onde fosse possível a coleta de leite, era proibida a fabricação dos tipos comuns de queijo. Ora, só se poderIa, contrario sensn, fabricar queijo no Alto Amazonas, no Xingu, onde quer que não fosse possível a arrecadação do leite. Felizmente, a medida chegou ao conhecimento dlUl autoridades superiores da República, e eMa portaria esdfÚJlula foi liminarmente revogada. Acrescento ainda a V. Ex." que, sob formas que reputo irregulares, tem ocorrido a importação em grande escala, de queijo argentino. Trata-se de queijo de alta qualidade que nos chega como de categoria inferior. Pnsso até citar seus nomes. Evidentemente, não es. perava que V. Ex. a , em seu discurso tratasse do assunto. Graças a. 1sso, o Brasil está sob uma derrama de queijo argentino, que faz concorrência ao nDllso. E não podemos, pelas razões que V. Ex." acaba de expender, suportar a concorrência, em termos de preço do queijo importado. A indústria queijeira do País, como disse V. Ex." - e tem todo o nosso apoio - está na iminência de morrer asfixiada. Faz V. Ex." multo'bem em trazer este assunto à colação. Esperamos que as autoridades responsáveis pelo setor o ouçam, porque V. Ex." tem nossa aprovação e a do seu partido na denúncia que faz e que reputo muito séria. O SR. SIQUEIRA CAMPOS - Muito obrigado, meu Líder Cantídio Sampaio. Considero-o um dos brasllelros mais atentos à realidade nacional. Aliá.<l, V. Ex." acaba de dar demonstração disto. Por mais variados que sejam os assuntos tratados neste plenário, V. Ex." .sempre aduz às diversas intervenções dos nossDll colegll8 elementos novos, contribuições valiosas e subsídios muito importantes. V. Ex." fala no caso da portaria do DIPOA. Realmente, esse órgão, ao baixar a portaria, cometeu falhas graves contra a pecuária. leiteira do Pais, estabelecendo normas impossíveis de serem cumpridas pelos desassistidos produtores de leite. Acredito que quando estabeleceu essas normas, por inocência ou má fé. tenha esse organilitmo dado meios à Nestlé e às multinacíonais para acabarem com os produtores de leite do País, porque transformou-os em dependentes definitivos de suas estruturas, dos seus tentáculos, que, como V. Ex.a. multo bem disse, se vão estêndendo por este Pais afora. Enquanto em Brasília construimos castelos - os anexos dos Ministerios são verdadeiros palácios; o DNER está construindo sua. sede, mesmo sem ter intenção de transferir-se para cá, que está custando bilhões ao Governo - o Pais está sem condições infra.- estruturais para proteger e comercializar a produção, a :fim de se tornar um Pais economicamente forte. Isto é um crime que a. elite dirigente brasileira está cometendo contra o Pais e contra {) nosso futuro, um crime que não nos cansamos de denunciar desta tribuna. E a. elite dirigente brasileira não é a elite politica, mas a. elite formada pelos tecnocratas. Quem nos dirIge, no momento, é a tecnocracia, porque, se fnsse a elite política, que está neste Congresso, que dirigisse os destinos da Nação, a estória seria muito diferente e o Pais já teria tomado rumos diversos dos atuais, inclusive já teria demonstrado, nos seus contornos, ser uma potência mundial. Essa elite determina a aplicação de investimentos supérfluos em Brasília e em lugares de recreIo, mas abandona o Interior do Pais. Essa situação está levando aos grandes centros urbanos os males da superconcentraçãopopulaciona!, econômica e tlnanceira que está dirigindo o País ao caos. QueIra Deus que isto não aconteça. O Bra.~i1 é tão protegido por Deus que consegue ultrapassar todos os obstáculos que a tecnocracia e outros inimigos lhe impõem. Um dos males do Brasil de hoje, Deputado Cantídio Sampaio, ê exatamente este de eS,tannos sendo conduzidos pela tecnocracia., que tem suas bases de apoio nas velhas oligarquias brasileiras e nas multinacionais. A Revolução está cometendo o grave erro de menosprezar a ARENA, pelo que corre risco de apear-se do poder. Certamente, no futuro, as condições não serão as mesmas, porque a. Revolução não vai encontrar outro partido tão solidário como a nossa. marginalizada ARENA. Deputado Cantídio sampaio, a nossa preocupação tem, sobretudo, caráter partidário, porque sabemos que vamos enfrentar um pleito com as reclamações dos variados setores da vida brasileira. Ouviremos reclamos do.~ agricultores, das classes empresariais, dos profIssionais liberais, dos estudantes, dos servidores públicos e dos trabalhadores brasileIros, que ganham uma miséria. E um trabalhador mal remunerado não pode desenvolver uma nação e transformá-la em potência, porque o resultado do seu trabalho é enfraquecido pelas suas poucas condições de consumo. Sabemos Que vamos enfrentar situações adversas. Portanto, gostaríamos que nos ouvissem, para que não fosse mais permitida a essa tecnocracia a busca do apoio nas oligarqulas brasileiras, a fim de que se entregasse o poder aos legitimos representantes do povo e se acabasse com todo o tipo de pressão, de pantomimas ou de farsas que porventura possam existir. Pedimos a DeÍlll que esta Nação saia realmente, dlUl mãos da tecnocracia. e que o PresIdente Geisel e o futuro Presidente Figueiredo, vendo que já terminou o tempo da tecnocracia, dêem um basta a todos os seus desmandos e entreguem o poder a homens como Cantídio Sampaio, como todos os que têm assento neste Congresso, mandados para esta Casa pelo povo, em eleições democráticas que a. Revolução prellidIu. Ouço, com muito prazer, o Lider do MDB, Deputado Carl~ Cotta. O Sr. Carlos Ootta - Nobre Deputado Siqueira Campos, concordamos em quase tudo com V. Ex." PI.agiando Euclides da Cunha, acho que o agrieultor brasileiro ê antes de tudo um forte. Enfrenta ele toda. sorte de intempéries; enfrenta o 'êxodo rural; enfrenta os preços caríssimos das sementes e os preços exorbitantes dos fertillzantes; enfrema a agiotagem dos financiamentos oficiais e pa.rticulares. E o pior de tudo isso - disto o Governo sabe melhor do que nós - quando o agricultor chega a colher, aparecem os intermediários e lhe solapam toda e qualquer possIbilidade de lucro na sua cultura. Tem V. Ex.a inteira razão quando procede a essas denúncias. Quanto ao problema do partido de V. Ex.", a ARENA, não concordamos. Achamos até que o Governo o está protegendo demais. Talvez por estar protegendo tanto é que o partido de V. Ex." esteja na situação péssima em que se encontra. li: como aquele filho que, de tanto ser protegido, assistido pelo pai, muitas vezes não segue os bons caminhos. Acho que é isso que está ocorrendo com o seu partido. E nós, do MDB, reclamamos o contrário, que todas as reformas do Governo para o partido de V. Ex." são altamente casuísticas, no sentido de ajudar o seu partido. Nós e toda a Nação brasileira ainda nos ressentimos do "empacotado de abril" de 1977, e agora, nós, do MDB estamos esperando o "enlatado" de reformas casuísticas de 1978. Parabéns a V. Ex.O SR. SIQUEIRA CAMPOS - Deputado Carlos Cotta, V. Ex.não tem razão, porque o Governo está sendo levado, pela tecnocracia, a proteger o MDR E V. Ex." não precisa que eu prove o que afirmo, porque cada medida desastrosa que a tecnocracia impõe significa um meio de derrota para nós. Existe, realmente, gente protegida no nosso partido, mas esta gente forma as cúpulas minoritárias e as oligai"quilUl brasileIras. Mas o grosso do partido, aquele que é legitimamente representação popular, vem sendo menosprezado, vem sendo deixado para trás. Realmente, quem tem cheiro de povo, dentro da ARENA fica marginalizado e discriminado. Estou cansado de dizer isto. O Sr. Carlos Cotta. - Concordo com V. Ex." O SR. SIQUEmA CAMPOS - De forma que, se V. Ex.-, que já concordou comigo, se detiver numa análise mais aprofundada., concordará muita mais. • O Sr. Cantidio Sampaio - Nobre Deputado Siqueira Campos, apontei, com toda a sInceridade, uma distorção. li: claro que estou de acordo com V. Ex.- neste campo. - Maio de 19'78 DIARIO DO CONGltUSO NACIONAL (Seção O SR. SIQUEIRA CAMPOS - Entendi bem isto. O Sr. Cantídio Sampaio - No mais, não. Não, porque o simples fato de estar V. Ex." na tribuna protestando, e eu concordando com V. Ex.", dizendo que esta portaria foi revogada graças a trabalho nosso, e que outras portl;l.rias. no mesmo teor, nós conseguimos derrubar. demonstra que não somos um partido de invertebrados. Absolutamente, não. "O SR. SIQUEIRA CAMPOS - Ninguém afirmou isto. O Sr. Cantídio Sampaio - Temos a nossa vontade, temos a. nClssa personalidade e não sabemos só dizer sim. Apoiamos o Governo da Revolução, que nos acolhe nas nossas queixas e nos nossos protestos. 11: que os protestos que fazemos, muitas vezes, não são públicos, porque temos acesso ao Presidente da RepúbUca•... O SR. SIQUEIRA CAMPOS - 11: verdade. O Sr. Cantídio Sampaio - ... temos acesso ao Chefe da Casa. Civil, temos acesso aos Ministérios e podemos levar nossas quei:Kas e fazer nossas correções sem escândalo, perseguindo mais os reImltados do que os dividendos eleitorais. O SR. SIQUEIRA CAMPOS - 11: verdade, nobre Deputado Cantídio Sampaio. Realmente, V. Ex." tem razão. De vez em quando a. teenocracia descuida-se um pouco da vigilância, a tecnocracia cochila um pouco. Dai, a ARENA-povo. que é a ARENA também de V. Ex.", ser ouvida. Quando o Presidente ouve a ARENA, atende . também a essa ARENA-povo, mas o cerco é tão grande, que somente nos cochilos da tecnocracia é que somos ouvidos. Por isso é que as coisas não vão tão bem. Vou concluir, Sr. Presidente. Os industriais pretendem a diminuição do preço do leite, o que só poderia ocorrer se tivéssemos auto-suficiência. do produto, ou seja, condições para igualar o desempenho da Argentina, de pelo menos oito listros/vaca/dia/ano, importando no crescimento duas ve:~e8 e meia da produção atual. Para isso, os pecuaristas precisam de melhorar os plantéis, re(:orrendo mais freqüentemente à. inseminação artificial, ao remanejamento dos rebanhos. à melhoria dos pastos, às rações balanceadaS, cada vez mais caras no País. No ano passado, só da Argentina importamos mais de sete mil toneladas de laticínios, desencorajadas as indústrias mineira, paulista e fluminense, de melhores padrões e, qualitativamente, habilitadas à concorrência internacional. A situação tende a agravar-se, ameaçando de colapso a indústria brasileíra de derivados do leite. Por quê? O produto originário, in natura, é caro. E, para barateá-lo, é preciso triplicar a produção e duplicar, peio menos, a ,produtividade dos rebanhos leiteiros. Mas isso só se obterá mediante assistência técnica e creditícia. Entretanto, quando o Ministério da Agricultura se aparelha para modernizar a agropecuária, melhorando suas eqJlipes. técnieas e disseminando-as no interior, com a ajuda das Secretanas es1,aduais. o Ministério da Fazenda reduz para a metade, este ano, as disponibilidades creditícias para a agropecuária. Assim, vai matar a "galinha dos ovos de ouro" e, em 1979, o Governo do General Figueiredo herdará um tremendo déficit em nosso balanço de pagamentos; agravado, talvez, por uma bancada minoritária nesta Casa. Concluindo, passo à leitura de dois editoriais do mais importante jornal de Goiás, O Popular, além de artigo da colunista. COlllsuelo Brada. sobre o assunto: "DESETíMULO OFIOIAL Contraditoriamente, continua o Governo a exortar a agricultura a ampliar o seu papel na formação do produto e da. renda nacionais, acenando aos produtores com apelos que se tornam inúteis quandó, com outra mão, a própria politica oficial retira estímulos e desencoraja o produtor. Exatamente contra o Centro-Oeste, o Sudeste e o Sul, áreas responsáveis pela maior parcela da produção agrícola nacional, comete-se agora o temerário equívoco de suspensão dos financiamentos em EGF (Empréstimo do Governo, F'ederal) para três produtos básicos, como milho, arroz e so,ja, os dois primeiros sumamente importantes dentro da composição global do que produz Goíás. 'Como ninguém pode acreditar que a medida tenha o desdobramento tão insano a ponto de se tornar duradoura, espera-se que a. suspensão dos financiamentos seio. curta, I) Sábado 21 4243 mas mesmo assim produzirá efeitos muito negativos e perspectivas desalentadoras para {),5 produtores. A providéncia tomada pelas autoridades monetárias apoiase nos argumentos nada concretos de que é preciso estancar preventivamente novos impulsos inflacionários, na suposição de que os dados de alta acentuada para os três produto!! visados se anulem. ainda que eles cheguem escassos ao mercado consumidor, como se prevê, em virtude do mau desempenho da safra. A própria Comissão de Financiamento da Produção - CFP - pelo pronunciamento imediato de' seu diretor-executivo, Paulo Vianna, contesta a linha adotada, entendendo que o preço cairá apenas a nível do produtor, elevando-se de novo assim que estiVer sendo comercializado. O preço final - aquele que o consumidor paga e que é o mensurável dentro do indice de inflação - não será contido pelo alcance da medida. As suposições formuladas nos gabinetes nunca levam em conta a realidade sempre dramática que compele a maioria dos produtores a comercializar o mais rapidamente possivel o que colheu, pois ao fim da safra eles têm esticados ao máximo os marcos de seus compromissos e já não podem mantê-lo irresgatados. Só uma pequena minoria deles chega ao fim da safra em condições de reter estoques e esperar que os preços subam e com eles os seus lucros. Como do administrador público se esperam providências em favor' da maioria, medidas Icomo esta suspensão dos EGFs só podem produzir prejuízos e subtrair vitalidade do setor que funciona como a vertente mais forte da p.ossa economia." "CWJDITO RURAL . Deliberou o Governo reduzir os recursos destinados ao crédito rural processado através do Banco do Brasil. A decisão já era, de certa forma, esperada, espêcialrilente depois que o presidente da BB declarou que os produtores rurais estão se negando a investigar recursos próprios em suas atividades, limitando-se a utilizar aqueles provenientes dos financiamentos oficiais. No q'ue diz respeito a Goiás, parece-nos que a conclusão a que chegou O. presidente do Banco do Brasil não l'eflete por inteiro a realidade. Pelo menos os pequenos e médios produtores, que contribuem em nivel expressivo para compor o volume global da produção, não. dispõem de poupança que lhes permita dispensar o apoio logístico do crédito. Assim, se há uma faixa restrita de produtores que poderia aliviar a demanda de recurBOS financeiros feita ao estabelecimento de crédito, investindo o seu próprio dinheiro, a generalização do raciocínio, certamente alheia à realidade econômica, levaria ao desespero e à insolvência os pequenos e médios produtores. Pior ainda, essa crise afetaria de maneira fundamental a própria atividade rural, dependente, substancialmente, do que produzem as pequenas e médias empresas. Muito mais justo Beria talvez que o Banco do Brasil aprofundasse melhor a questão do crédito rural, apurando as formas concretas pelas quais os financiamentos chegam, até essa massa de produtores. aqueles que nem sempre têm sua voz reproduzida na imprensa ou até mesmo nos altos conselhos da classe rural. Feito eBse levantamento, não é improvável que as medidas a serem adotadas pelo Governo no setor do crédito rural sejam outras, voltadas talvez para uma ampliação, uma simplificação e uma desburocratização dos :financiamentotl concedidos aos pequenos e médios produtores. 11: evidente que o Governo teme que um excesso de investimentos públicos acabe por dar alento à inflação. Entretanta, não é menos certo que o amparo a uma parte substancial do processo produtivo reP'resenta não uma medida inflacionária, mas, ao contrário, um meio efetivo de combatê-la. As medidas restritivas do crédito rural já estão definidas. Mas no processamento dessas providências pode e deve o Governo verificar, pelos resultados colhidos, as reformulações que se tornam necessárias, em defesa do produtor e da produção," "A QUESTAO DOS ALIMENTOS Na próxima década, segundo se anunciou através de declarações do General Figueiredo, o mundo inteiro vai enfrentar uma violenta crise de alimentos. E segundo ainda. o futuro Presidente da República, dev~mos estar preparados. 4244 Sábado 27 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 11 Agora surge a questão fundamental. Preparados para quê? Para enfrentarmos a crise de- alimentos sem que o monstro da fome passe a rondar os lares dos brasileiros? Tomara que isso esteja subentendido nas palavras do General Figueiredo. Mas a preocupação central no pronunciamento do sucessor de Geisel estava no fato de começarmo!> desde já, a nos preparar para transformar o Brasil no grande exportador de alimentos. Tudo bem, devemos exportar, mas.se o problema aquI dentro estiver resolvido. Esse deve ser o .raciocinio lógico de nossos governantes. Ou então voltaremos a cometer o equivoco que tem caracterizado () nosso comportamento econômico nos últimos anos. Ou seja, vivemos em função de balanços de pagamentos, vivemos em função da exportação e deixamos o problema interno para um triste plano secundário. Se á próxima década será tão critica no setor de alimentos, nada melhor que começarmos, desde já, a olhar para nossa questão interna." Era o que tinha a dizer. PORTARIA LT/GP/00217S O Presidente da Câmara dos Deputados, na forma dos artigos 4.° e 5.° da Resolução n.o 24, de 28 de junho de 1976, Resolve designar Maria Dagmar Bezerra de Miranda para exercer, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho, a função de confiança de Secretário Particular, com o salário de Cr$ 8.521,00 (oito mil.e quinhentos e vinte e um cruzeiros) mensais, no Gabinete do 2.° Vice-Presidente. Câmara dos Deputados, 23 de maio de 1978. - Marco Madel, .Presidente. REPUBLICADOS POR INCORREÇAO NO DCN DE 25-5-78 A Mesa da Câmara dos Deputados, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 14, inciso V, do Regimento Interno e o art. 102 da Resoluç,ão n.O 67, de 9 de maio de 1962, Resolve prover, mediante progressão, nos termos da Resolução n.o 8, de 27 de junho de 1975, Marialba Mesquita da Fonseca, em cargo da Classe 'C" da categoria Funcional de Técnico Legislativo, CD-AL-011.8 do Quadro Permanente da Câmara dos Deputados, a partir de 27 de junho de 1974, vago em yirtude da aposentadoria de Nilcéa Amabilia Rossi Gonçalves. Câmara dos Deputados, 17 de maio de 1978. - Marco Maciel, Presidente da Câmara dos Deputados. ' A Mesa da Câmara dos Deputados, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 14, inciso V, do Regimento Interno e o art. 102 da Resolução n.O 67, de 9 de maio de 1962, Resolve prover, mediante progressão, nos termos da Resolução n." 8, de 27 de junho de· 1975, Jair Pereira Barbosa, em cargo da Classe "C", Referência 49, da Categoria Funcional de Técnico Legislativo, CD-AL-Ol 1. 8, do Quadro Permanente da Câmara dos Deputados, a partir de 30 de junho de 1976, vago em virtude da aposentadoria de Maria Eunice Martins e Silva. Câmara dos Deputados, 17 de maio de 1978. - Marco Maciel. Presidente da Câmara dos Deputados. . A Mesa da Câmara dos Deputados, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 14, inciso V, do Regimento Interno e'O art. 102 da Resolução n.O 67, de 9 de maio de 1962, Resolve prover, mediante progressão, nos termos da Resolução n.O 8, de 27 de junho de 197ij, Gilda Ne11y Ga110 Soares, em cargo da Classe 'B" da Categoria Funcional de Técnico Legislativo, CD-AL-Oll.7, do Quadro Permanente da Câmara dos Deputados, .a partir de 5 de dezembro de 1973, vago em virtude da progressão <le Luiz Carlos Amora Nogueira. Câmara dos Deputadoll, 17 de maio de 1978. _ Marco Maciel, Presidente da Câmará dos Deputados. A Mesa da Câmara dos Deputados, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 14; inciso V, ao Regimento Interno e o art. 102 da Resolução n.O 67, de 9 de maio de 1962, Resolve prover, mediante progressão, nos termos da Resolução n. O 8, de 27 de junho de 1975, Edson Nogueira da Gama, em cargo da Classe 'B", Referência 47, da Categoria Funcional de Técnico Legislativo. CD-AL-Oll.7, do Quadro ~ermanente da Câmara doa Maio de 1.'fI Deputados, a partir de 4 de dezembro de 1976, vago em virtude da aposé'ntadoria de Oswaldo Schmitt de Alencastro. Câmara dos Deputados, 17 de maio de 1978. - Marco Maciel, Presidente da Câmara dos Deputados. INSTITUTO DE PREVID1!:NCIA DOS CONGRESSISTAS Ata. da décima sétima reunião extraordinária realizada em 20 de abril de 1978 As dezessete horas do dia vinte de abril de mil novecentos e setenta e oito, presentes os senhores Senadores Cattete Pinheiro, Nelson Carneiro e Dirceu Cardoso, e os senhores Deputados Laerte Vieira, Raul Bernardo, Alceu CoDares e José Bonifácio Neto, sob a presidência do Senhor Senador Henrique de La Rocque Almeida, reuniu-se o Conselho Deliberativo do Instituto de Previdência dos Congressistas afim de tratar assuntos diversos. - Lida e aprovada a ata da reunião anterior, o Senhor Conselheiro Deputado Laerte Vieira r.elata. com parecer favorável que é aprovado por unanimidade, o pedido de concessão do pecúlio determinado pelo Decreto Legislativo número noventa e seis, de mil novecentos e setenta e cinco à Sr." Nadir Fausto Jobim, viúva do Senador Danton Jobin, falecido no exercício do mandato. - A seguir, relata também, o processo da viúva acima, de concessão de pensão cujo valor é arbitrado em cinqüenta por cento do subsidio fixo, conforme prevê o artigo nono da Lei número seis mil, trezentos e onze, de mil novecentos e setenta e cinco. - Após discussão, o Senhor Conselheiro Senador Nelson Carneiro pede vista do processo, que é deferida. Ainda com a palavra o Conselheiro Deputado Laerte Vieira, relata. o processo número oito mil, setecentos e quinze, em que a Câmara dos Deputados solicita esclarecimentos sobre procedimento a ser adotado quanto aos senhores suplentes de Deputados, relativamente aos descontos previstos na Lei número seis mil, quatrocentos e noventa e sete, de mil novecentos e setenta e sete, concluindo o parecer que "todos os parlamentares, efetivos ou suplentes convocados, devem recolher as mesmas contribuições, inclusive a parcela referente à.s diferenças de teto." - Posto em votação, é aprovado por unanimidade. prosseguindo, o Senhor Conselheiro Deputado José Bonifácio Neto relata o processo de concessão do pecúlio determin!1do pelo Decreto Legislativo número noventa e seis, de mil novecentos e setenta e cinco, à Norma Jeane Esteves, filha menor do Senador José Esteves, que se encontrava em diligência, dizendo que, uma vez que a exigência feita no parecer preliminar fora atendida pela interessada, opinava pelo atendimento do pedido inicial que tem amparo no Decreto Legislativo acima citado e na Resolução número quarenta e seis, de mil novecentos e setenta e cinco, do IPC - O parecer é aprovado por unanimidade. Em seguida, o senhor Conselheiro Deputado Alceu Collares relata recurso à decisão do Conselho Deliberativo, apresentado pelos funcionários do Senado Federal Elga Jagerfeld de Barros e Lizete de Almeida Castro, quanto à inscrição das mesmas como contribuintes facultativos do IPC. O parecer do ~elator é discutido e, devido ao adiantado da hora, a reunião é suspensa e adiada a votação. Nada mais havendo a tratar, às dezoito horas e trinta e cInco minutos é encerrada a reunião. - E, para constar, eu Zélia da Silva Oliveira, Secretária, lavrei a presente ata que. depois de lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente. - Senador Henrique de l>a Rocque Almeida - Presidente. ATA DAS COMISSÕES COMISSãO DE AGRICULTURA E POLíTICA RURAL O Senhor presidente, Deputado .Francisco Libardoni, fez, em 11 de maio de 1978, a seguinte distribuição: Ao Senhor Deputado José Zavaglia: Projeto de Lei n.o 4.338/77, do Sr. Gerson Camata, que "Introduz alteração na Lei n.O 4.771, de 15 de setembro de 1965, que institui o Código Florestal". . O Senhor presidente, Deputado Francisco Libardoni, fez, em 22 de maio de 1978, a seguinte distribuição: Ao Senhor Deputado Nelson Maculan: Projeto de Lei n.o 4.876/78 (Mensagem nP 119/78), que "dá nova redação ao'§ 2.° do artigo 1.0 da Lei n.o 5.709, de 7 de outubro de 1971". . Em 22 de maio de 1978. - Eni Machado Coelho, Secretária. COMISSAO DE CIítNCIA E TECNOLOGIA Distribuição O Presidente da Comissão de Ciência e .Tecnologia. Deputado Luiz Couto; fez a segllinte distribuição em 16 de maio de 1978: Maio de 1978 DIáRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Ao Sr. Deputado pedro Faria: Projeto n.o 2.343/78 que "dispõe sobre a proteção da vida humana nos veiculos". - COMISSAO DE CONSTlTUIÇAO E JUSTIÇA O Presidente da comissão de ·Constituição e Justiça, Deputado Jairo Magalhães, fez a seguinte distribuição em 16 de maío de 1978: Ao Sr. Jair Brasileiro: projeto n.o 5.049178 - Do Poder Executivo Mens. n.O 162178 - que "dispõe sobre a vigência dos afeitos financeiros da inclusão do pessoal docente do Ministério da Aeronáutica". Ao Sr. Antonio Morimoto: Projeto n.o 4.907/78 - Do Sr. Célio Marques Fernandes que "al~rescenta parágrafos ao art. 60 e dá nova redação ao art. 586, ambos da Lei n.o 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil)". COMISSAO DE ECONOMIA, INDÚSTRIA E CoMi!:RCIO At,a da 9.a Reunião Ordinária, realizada em 17 die maio de 1978 Aos dezessete dias do mês de maio de mil novecen~os e setenta e oito, às dez horas e trinta minutos, realizou-se a nona reunião ordinária da Comissão de Economia, Indústria e Comércio, sob a presidência do Senhor Deputado João Arruda. Compareceram os Senhores Deputados Genervino Fonseca, Vice-Presidente da Turma "A"; Igo Losso, Vice-Presidente da Turma "B"; Amaral Furlan, Angelino Rosa, Aldo Fagundes, Augusto Trein, Laerte Vieira, José Haddad, Herbert Levy, A. H. Cunha Bueno, Carlos Wilson, Norton Macedo, Harry Sauer, Antônio Carlos de Oliveira, Léo Simões, Fernando Gonçalves, Daniel Faraco, Santilli Sobrinho, Amaral Netto, Sílvio Abreu Júnior e Rubem Medina. Ata: foi li.da e aprovada a ata da reunião anterior. A seguir, foram apreciadas as seguintes proposições: 1) Projeto de Lei n,o 4.694/78, que "dispõe sobre doação de lote à organização das Nações Unidas - ONU, Pela Companhia Imobiliária de Brasília - TERRACAP" Autor: Poder Executivo. Relator: Deputado Augusto Trein. Voto do Relator: Favorável. ,Aprovado, por unanimidade, vai à Coordenação de Comíssões Permanentes. 2) Projeto de Lei n.o 3.016/76, que "dispõe normas sobre os contratos de compromisso de compra e venda de imóveis e dá outras providências". Autor: Deputado Pedro Lauro. Relator: Deputado Augusto Trein. Voto do Relator: Pela rejeiç,ão. Aprovado por unanimidade, vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 3) Projeto de Lei n.o 1.579175 que "destina exclusivamente a aumentos do capital da Petrobrás o montante dos Certificados de Compra de Ações e de Depósitos emitidos na forma do disposto no Decreto~lei n.'O 157, de 10 de fevereiro de 1967, que concede estímulos fiscais à capitalização das empresas. a partir de 1.° de janeiro de 1976, e dá outras providências". Autor: Deputado Fernando Gama. Relator: Deputado Aldo Fagundes. Voto do Relator: Favorável, com Substitutivo. Adiada a apreciação, a requerimento do Senhor Deputado Daniel Paraco. 4) Projeto de Leh n.O 1.724/76, que "dispõe. sobre a forma de pagamento dos débitos civis e comerciais dos plantadores de pimenta-do-reino do Estado do Pará". Autor: Deputado Juvêncio Dias. Relator: Deputado José Haddad. Voto do Relator: Favorável. A requerimento do Senhor Deputado Daniel Faraco, acolhido pelo Relator e aprovado pelo plenário, foi deferido pedido de audiência do Banco Central do Brasil. 5) Projeto de Lei n.o 3.114/76, que "acrescenta parágrafo ao art. 1.0 do Decreto-lei n:O 999, de 21 de outubro de 1969, redu-· zindo em 50% a Taxa Rodoviária "O'nica para motoristas profiss'lonais proprietários de apenas um veiculo". Autor: Deputado Dayl de Almeida. Relator: Deputado José Haddad. Voto do Relator: Favorável, com uma emenda. Aprovado, por unanimidade, vai à Coordenação de Comissões Pennanentes. 6) Projeto de Lei Dúmero 3.184/76 que "regullt o transporte marítimo de mercadorias em navio, as obrigações das empresas transportadoras, e dá outras providências". Autor: Deputado José Ribamar Machado. Relator: Deputado Fernando Gonçalves. Voto do Relator: Pela rejeição. Aprovado, por up;animidade, vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 7) Projeto de Lei n.o 1.343/75, que "determina o critério de fixação do preço mínimo para os produtores de aves e dá outras providências". Autor: Deputado J. G. de Araújo Jorge. Relator: Deputado Fernando' Gonçalves. Voto do Relator: Pela rejeição. Aprovado. contra os votos dos senhores Deputados Aldo Fagundes, Santilli Sobrinho e Silvio Abreu Júnior, vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 8) Projeto de Lei n.o 3.871/77, qUI~ "dispõe sobre a dispensa de Certificado Liberatório para a exportação de plantas e sementes, no caso que especifica e dá oul,ras prov,idências". Autor: Deputado A. H. Cunha Bueno. Relator: Deputado Amaral Furlan. Voto do Relator: Favorável. Aprovado, por unanimidade, vai à Coordenação ~e Comissões Permanentes. 9) Projeto de Lei n.O 181175, -que "Faculta ao port.ador de cheque com insuficiência parcial de fundos a sacar o disponível, ficando com direito de executar o emitente pela diferença não ,rer,cbida". Autor: Deputado Luiz :Hentique. Rellatar: Deputado Sábado 2'7 4245 Carlos Wilson. Voto do Relator: Favorável. Adiada a apreciação para a reunião seguinte. Nada havendo a tratar, às onze horas e quarenta minutos o Senhor Presidente encerra a reunião. E, para constar, eu, Delzuite Macêdo de Avelar Villas Boas, secretária, lavrei a presente ata que, depois de lida e aprovada, será assinada, pelo Senhor Presidente e irá à publicação. 1 Termo de Reunião A Comissão de Economia, Indústria e Comércio deixou de realizar suar eunião ordinária do dia 18 de maio de 1978 por falta' de matéria. Compareceram os Senhores Deputados João Arruda, Presidente; Genervino Fonseca, Vice-Presidente da Turma "A"; Igo Losso, Vice-presidente da Turma "B"; A. H. Cunha Bueno, Amaral Furlan, Carlos Wilson, Harry Sauer, Norton Maeêdo, Aintânio Carlos de Oliveira, Fernando Golçalves, Laerte Vieira. Augusto Trein, José Haddad, Daniel Faraco, Aldo Fagundes, Santilli Sobrinho, Amaral Netto, Sílvio Abreu Júnior, Rubem Medina e Léo Simões. Sala da Comissão, 22 de maio de 1978. - Delzuite Macêdo de Avelar ViIlas Boas, Secretária. Termo de Reunião A Comissão de Economia, Indústria e Comércio deixou de realizar sua reunião ordinária do dia 24 de maio de 1978 por falta de matéria. Compareceram os Senhores Deputados João Arruda, Presidente; Genervino Fonseca, Vice-Presidente da Turma "A"; Igo Losso, Vice-Presidente da Turma "B"; Laerte Vieira, Aldo Fagundes, Carlos Wilson, Harry Sauer, Amaral Furlan, Norton Macedo' Antônio OarJos de Oliveira, Fernando Golnçalves, Augusto Trein: José Haddad, Santilli Sobrinho, Amaral Netto, Sílvio Abreu Júnior, Rubem Medina, Daniel Faraco, Léo Simões, A. H. Cunha Bueno e Angelino Rosa. Sala da comissão, 26 de maío de 1978. ...;. De1:l:uite Macêdo de Avelar ViIlas Boas, Secretária. COMISSAO DE ECONOMIA Distribuição D.o SI'78 Efetuada pelo Senhor Presidente, Deputado João Arruda Em 17 de maio de 1978. Ao Senhor Deputado Rubem Medina: 1. Projetõ de Lei n.O 4.204/77 - "Fixa limite para as multas admitidas nos contratos que esp'ecifica e determina o momento da respectiva exigibilidade." Autor: Deputado Emanoel Waisman Ao Senhor Deputado Santilli Sobrinho: 2. Projeto de Lei n.o 3.736/77 - "Autoriza a criação de fundações habitacionais nos Territórios de Rondônia, Amapá e Roraima, e dá outras providências." Autor: Deputado Jerônimo Santana Ao Senhor Deputado José Haddad: 3. Projeto de Lei n.o 4.693/78 (Mensagem D.o 006/78) "Autoriza a alienação de imóveis da União Federal, situados no Estado do Rio de Janeiro." Autor: Poder Executivo. Ao Senhor DepUtado Léo Simões: 4. Projeto de LeI n.O 3.765/77 - "Faculta aos mutuários do Sistema Financeiro de Habitação a aplicação. em caderneta de poupança do benefício fiscal instituido pelo Decreto-lei D.O 1.358, de 12 de novembro de 1974, e determina outras providências." Autor: Deputado Lauro Rodrigues. Distribuição D.O 9!?S Em 24 de maío de 1978. Ao Senhor Deputado Amaral Furlan: 1. Projeto de Lei n,o 1.517175 - "Dispõe sobre licença motivada por interesses particulares, dos empregados regidos pela Con-, salidação das Leis do Trabalho." Autor: Deputado Jorge Arbage 2. Projeto de Lei n.O 4.185177 - "Estabelece a alienação fiduciária como única garantia nos financiamentos para a compra de máquinas e implementos agrícolas." Autór: Deputado Jorge Paulo., 4246 Sábado 27 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção 3. Projeto de Lei n. a 4.352/77 - "Dispõe sobre a não incidência do impOSto de renda sobre os proventos de inatividade em gera!." Autor: Deputado Hermes Macedo 4. Projeto de Lei n. a 4.292/77 _ "Dá nova redação ao eaput do art. 5. 0 , da Lei n.a 4.380, de 21 de agosto de 1964, que institui a correção monetária nos contratos imobiliários de interesse social." Autor: Deputado José Zavaglia Ao Senhor Deputado Herbert Levy: 5. Projeto de Lei n. a 1.910/76 - "Estabelece medidas sobre a aplicação de recursos oriundos de incentivos fiscais, nas áreas da SUDAM e SUDENE, e dá outras providências." Autor: Deputado Jorge Arbage. 6. Projeto de Lei n.a 1.619175 - "Altera disposições da Lei n.a 4.137, de 10 de setembro de 1962, que regula a representação do abuso do poder econômico, e dá outras providênc~as." Autor: Deputado Joaquim Bevllacqua. Ao Senhor Deputado Aldo Fagundes: 7. Projeto de Lei n. a 4.184/77 - "Altera a redação da Lei Delegada n.P 4, de 26 de setembro de 1962, que "dispõe sobre a intervenção no domínio econômico para assegurar a livre distribuição de produtos necessários ao consumo do povo." Autor: Deputado Ruy Côdo Ao Senhor Deputado Daniel Faraco: . 8. Projeto de Lei n.o 2.204176 - "Dispõe sobre a esterilização de papel-moeda pelos estabelecimentos bancários e congêneres e dá outras providências." ' Autor: Deputado Pedro Lauro. Ao Senhor Deputado Laerte Vieira: 9. Projeto de Lei n.a 3.771177 - "Proíbe que os diretores das empresas públicas e sociedades de economia mista. participem dos respectivos lucros." • Autor: Deputado Francisco Rocha. Ao Senhor Deputado Léo Simões: 10. Projeto de Lei n. a 1.406175 - "Proíbe o consumo de alimentos e bebidas estrangeiras em testas oficiais." Autor": Deputado Pedro Lauro. Ao Senhor Deputado Angelino Rosa: 11. Indicação n.a 5178 - "Sugere à Comissão de Economia, Indústria e Comércio a elaboração de projeto de lei que propicie melhor capitalização das Cooperativas e estabeleça normas adequadas de controle administrativo." Autor: Deputado Daniel Faraco. Brasília, 26 de maio de 1978. - Delzuite Macêdo de Avelar Villas Boas, secretária. COMISSAO DE FINANÇAS Ata da Décima-Primeira Reuniã.o Ordinária, realizada em 18 de maio de 1978 . ÀS dez horas e quinze minutos do dia dewito de maio de mil novecentos e setenta e oito, na Sala n. a 16 do Anexo II da Câmara dos Deputados, sob a Presidência do Deputado Ruy Côdo, Presidente, reuniu-se a Comissão de Finanças em Audiência Pública para debater sobre o Depósito Compulsório para Viagens ao Exterior, a requerimento do Deputado Dias Menezes, tendo como convidado principal o Senhor Ministro da Indústria e do Comércio, Angelo Calmon de Sá, que se fez acompanhar do Senhor Said Farah, Presidente da EMBRATUR. Compareceram os seguintes Senhores Deputadós: Milton Steinbruch e José Ribamar Machado, VicePresidentes, Antônio José, Epitácio Cafeteira, Adriano Vaente, Dias Menezes, Moacyr DalIa, Athiê Coury, Homero Santos e Juarez Batista, membros da Comissão, além dos Senhores Deputados Blota Júnior, Adalberto Camargo, José Zavaglia, A.H. Cunha Bueno e Nelson Maculan. Como convidados compareceram os seguintes representantes de classe: Adel Auada, Presidente do Conselho Nacional da Associação Brasileira de Agências de Viagens - ABAV; Eduardo Vampré do Nascimento, Presidente do Sindicato das Empresas de Turismo do Estado de São Paulo e representante da Federação do Comércio do Estado de S!io Paulo; Adolpho Cheskys, Presidente da ABAV, seção de Brasília, José Augusto Duarte Fianz, Presidente do Sindicato das Empresas de Turismo do Estado do Rio de Janeiro: Jurandir Carador, Presidente da ABAV, seção de São Paulo, Luiz Gonzaga Vanderley, Presidente da ABAV, Seção do Estado do Rio de Janeiro; Celeste Boniatti, Assessor da ABAV Nacional. O Senhor Presidente abriu os trabalhos agradecendo as presenças do Sr. Ministro e dos demais convidados, dizendo dos n Maio de 1971 objetivos que nortearam a sua realização. A seguir, passou a palavra ao Senhor Ministro, que discorreu sobre o turismo brasileiro em geral e sobre o Depósito Compulsório em particular. Encerrada a palestra e abertos os debates, usaram da palavra os senhores Deputados inscritos, o Sr. Presidente da EMBRATUR e os representantes das entidades do setor turístico nacional. Os trabalhos da Comissão foram integralmente gravados para registros taquigráficos. ÀS treze horas, nada mais havendo a tratar. foi encerrada a reunião e, para constar, eu, Ruy Omar Prudêncio da Silva, secretário, lavrei a presente Ata, que depois de aprovada será assinada pelo Senhor Presidente. COMISSliO DE FISCALIZAÇAO FINANCEIRA. E TOMADA DE CONTAS Distribuição Em 19 de maio de 1978: Ao Senhor Deputado Furtado Leite: Mensagem n.a 138178, do Poder Executivo, que "Encaminha as Contas do Governo da União relativas ao Exercício de 1977". COMISSãO DE MINAS E ENERGIA Termo de Reunião Aos dezoito dias do mês de maio de mil novecentos e setenta e oito, a comissão de Minas e Energia deixou de reunir-se por falta de matéria. Compareceram os seguintes Deputados: Pauilno Cicero de Vasconcelos, Presidente; Raimundo Parente e Jorge Ferraz, Vice-Presidentes; Alacid Nunes, Newton Barreira, Ubaldo Corrêa, Antônio Ferreira" Gonzaga Vasconcelos, Horácio Matos, Prisco Viana, Alberto Lavinas, Jutahy Magalhães, Rubem Dourado, Aécio Cunha, Yasunori Kunigo, Nelson Thibau, Irael Dias Novaes, .roão Pedro, Hélio Levy, Alvaro Dias, Pedro Lauro, Walmor de Luca, Jerônimo Santana e Samuel Rodrigues. Para constar, eu Luiz de Oliveira pinto, Secretário, lavrei o presente termo. Termo de Reunião Aos vinte e quatro dias do mês de maio de mil novecentos e setenta e oito, a Comissão de Minas e Energia deixou de reun}r-se por falta de matéria. Compareceram os seguintes Deputados: Paulo Cicero de Vasconcellos, Presidente; Raimundo Parente e Jorge Ferraz, Vice-Presidentes; Alacid Nunes, Newton Barreira, Ubaldo Corrêa, Antônio Ferreira, Gonzaga Vasconcelos, Horácio Matos, Prisco Viana, Alberto Lavinas, Jutahy Magalhães, Rubem Dourado, Aécio Cunha, Yasunori Kunigo, Nelson Thibau, Israel Dias-Novaes, João Pedro, Hélio Levy, Alvaro Dias, Pedro Lauro, Walmor de Luca, Jerônimo Santana e Samuel Rodrigues. Para constar, eu Luiz de Oliveira Pinto, Secretário, lavrei o presente termo. COmsSAO DE SAúDE Ata. da s.a ReuniãD Ordinária, realizada. no dia 26 de abril de 1978 As dez horas do dia vinte e seis ae abril de mil novecentos e setenta e oito reuniu-se a Comissão de Saúde, na Sala 10 do Anexo II da câmara dos Deputados, sob a presidência do Senhor Deputado Fábio Fonseca. Compareceram os Senhores Deputados Inocêncio Oliveira, Athiê Coury, Diogo Nomura, Carlos Cotta, Jaison Barreto, Pedro Lucena, Wilson Falcão, Leônidas Sampaio, Abdon Gonçalves, Walter de Castro, Odemir Furlan, Mauro Sampaio, Ulisses Potiguar, Francisco Rollemberg e João Alves. O Senhor Presidente dispensou a leitura da Ata da reunião anterior que foi dada por aprovada. A seguir, anunciou que a presente tem por finalidade ouvir conferência a ser proferida pelo Dr. Mário Villela Presidente da COBAL - Companhia Brasileira de Alimentos, especialmente convidado pQr este órgão técnico para falar sobre comercialização agrícola do pOnto de vista nutricional e da alimentação, tendo em vista a fase preparatória do Simpósio Nacional de Alimentação e Nutrição - PRONUTRAL, a ser realizado nos dias dezoito a vinte e um do próximo mês de junho. Foi anotada ainda. a presença do Dr. Bertoldo Kruse, Presidente do Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição - !NAN, que tomou assento à Mesa, juntamente com o conferencista. Após breves palavras de saudação e apresentação do convidado, o Senhor Presidente passou-lhe a palavra para que o mesmo usasse o tempo como melhor lhe conviesse. Sua Senhoria passou a expor o tema que lhe foi proposto, tendo sido, ao final, bastante aplaudido. No período de perquirições, usaram da palavra para perguntas e esclarecimentos, os Senhores Deputados Pedro Lucena, Wilson Falcão, Abdon Gonçalves e Fábio Fonseca. Após haver o confe. rencista respondido com precisão às perguntas que lhe foram formuladas, o Senhor Presidente usou ainda uma vez da palavra para agradecer-lhe pela excelente contribuição prestada ao f'!impósio s.eiIQ.& referido. A presen~ conferência foi gravada integralmente e será publicada ao pé desta Ata no Diário do Congres;sQ NacionaL Nada mais havendo a tratar, foi encerrada. a reunião. Maio de 1978 - mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Pnra constar, eu Iná Fernandes costa, Secretária, lavrei a presente Ata que, lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente, Deputado Fábio Fonseca. Sábado 4247 Ao Sr. Deputado Inocêncio Oliveira para relatar. Sala da Comissão, 9 de maio de 1978. -Iná Ferna.ndes Costa, Secretária. Ata da 6.a Reunião Ordinária realizada no dia 27 de abril de 1978 Distribuiçã.o As dez horas do dia vinte e sete de abril de mil novecentos e setenta e oito, reuniu-se a Comissão de Saúde, na Sala 10 do Anexo II da Câmara dos Deputados, sob a presidência do Senhor - ~7 Deputado Fábio Fonseca. Compareceram os Senhores Deputados Inocêncio Oliveira, Diogo Nomura, Carlos Cotta, Jalson Barreto, PE~dro Lucena, Wilson Falcão, Leônidas Sampaio, Yasunori Kunigo, Abdon Gonçalves, Walter de Castro, Odemir Furlan, Athiê Couty, Mauro Sampaio, Ulisses Potlguar, Francisco Rollemberg e João Alves. Ata - ' O Senhor Presidente dispensou a leitura da Ata da reunião anterior, dando-a por aprovada. Em seguida anunciou que a presente reunião foi convocada para ou.ir conferência a ser proferida pelo Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde, Dr. Paulo de Almeida Machado, convidado especialmente para falar sobre a politica nacional de alimentação e nutrição, em prosseguimE!nto às reuniões preparatórias do Simpósio Nacional de Alimentação e Nutrição - PRONUTRAL. Foi anotado ainda o compareCimE!nto do Dr. Sérgio Franco, - Secretário Nacional de Ações Básica!! de Saúde e do Dr. Bertoldo Kruse, Presidente do Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição - INAN, os quais foram convidados p!lra tomarem assento à Mesa, juntamente com o Senhor Ministro da Saúde. Após breves palavras de saudação, o Senhor presidlmte passou a palavra ao convidado, que falou sobre o tema, destacando entre outros pontos considerados importantes a habitação, a allmentação e o saneamento básico, como fatores indispenslÍlveis a Uma política <le saúde. Passando-se ao período de perquirição, o Senhor Presidente deu a palavra por ordem de inscrição aos Senhores Deputados Carlos Santos, Leônidas Sampaio, Jaison Barreto, Walter de Castro, Getúlio Dias, Dias Menezes e Abdon Gonçalves, os quais solicitaram esclarecimentos' da parte do <:on:rerencista. Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente, tendo sido Sua Excelência bastante aplaudido no final da elr,posição. A presente conferência foi gravada e será publicada Q() pé desta Ata, no J>iário do Congres,so Nacional. Usou ainda da palavra o Senhor Presidente para proferir palavras de agradecimento ao Senhor Ministro, pela colaboração dada, atendendo ao convite que lhe foi formulado por este órgão técnico. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião às 13 horas e trinta minutos. Para constar, eu Iná Fernandes Costa, Secretária, lavrei a presente Ata que, lída e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente, Deputado Fábio Fonseca. Ata da 7.a Reuniã.o Ordinária realizada. no dia 27 de a.bril de 1978 Às dez horas do dia vinte e sete de abril de mil no\'ecentos e sl~tenta e oito. reuniu-se a Comissão de Saúde na Sala 10 do tmexo II da Câmara dos Deputados, sob a presidência do Senhor Deputado Fábio Fonseca. Compareceram os Senhores Deputados Diogo Nomura, Carlos Cotta, Jaison Barreto, Pedro Lucena, Wilson Falcão. Leônidas Sampaio, Abdon Gonçalves, Walter de Ca.~tro, Odemir Furlan, Mauro Sampaio, Ulisses Potiguar, Francisco Rollemberg e João Alves. O Senhor Presidente deu início à reunião dispensando a leitura da Ata da reunião anterior dando-a por aprovada. Em seguida convidou o Dr. Bertoldo Krause, Presidente do Instituto Naeional de Alimentação e Nutrição - INAN - e o Dr. Mário Ramos Vilela, Presidente da Companhia Brasileim de Alimentos - COBAL para tomarem assento à Mesa. A seguir. comunicou que a presente reunião tem por finalidade ouvir conferência a ser proferida pelo Dr. Bertoldo Krause, PreSidente do IN'AN, especialmente convidado para falar sobre o problema alimentar e nutricional e o PRONAN dando prosseguimento ao ciclo de palestras preparatórias do Primeiro Simpósio Nacional de Alimentação e Nutrição - PRONUTRAL. Após breves palavrM de apresentação, o Senhor Presidente passou a palavra conferencista, Ao final, foi Sua Senhoriá bastante aplaudido. Passando-se ao periodo das inquirições, usaram da palavra para elaborarem perguntas os Senhores Deputados Wilson Falcão, Ul1sses Potiguar e Fábio Fonseca que se mostraram p'enamente satisfeitos com as respostas recebidas. A presente conferência foi gravada e será publicada aQ pé desta Ata no Diário do Congresso Nacional. Nada mais havendo a tratar. foi encerrada a reunião. Para constara. eu Iná Fernandes Costa, Secretária, lavrei a presente Ata que lida e anrovada será assinada pelo Senhor Presidente, Deputado Fábio Fonseca. ao O Senhor Presidente - Deputado Fábio Fonseca, avocou, nesta. data, o Projeto de Decreto Legislativo n.O 126/78 (Mensagem n.o 525/77, que "submete à consideração do Congresso Nacional o texto do convênio de assistência recíproca para repressão do tráfico ilicito de drogas que produzem dependência, firmado entre a República Federativa do Brasil e a República da Venezuela em Brasilia, em 17 de novembro de 1977", Autor: Comissão de Relações Exteriores Comissão de Saúde, 10 de maio de 1978. - Iná. Fernandes Costa, Secretária. COMISSAO DE SEGURANÇA NACIONAL a Ata da 15. Reunião Ordinária realizada em 18 de maio de 19'7. Sob a presidência do Senhor Deputado Paulo Studart, reuniuse no Plenário da sala n.C> 13, do Anexo Ir da Câmara dos Deputados, às dez horas e cinco minutos, a Comissão de Segurança Nacional, com a presença dos Senhores Deputados Florim Coutinho, Odulfo Domingues, Hélio Campos, Aldo Fagundes, Minoru Massuda.. Joel Ferreira. ítalo Conti, Vicente Vuolo e Jonas Carlos. Verificada a existência de quorum regimental o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e convidou a mim, Secretária, para que procedesse a leitura da Ata que loi aprovada sem restrições. Antes de passar à Ordem do Dia, a Presidência c,omuniMu a distribuição, no dia dezessete de maio, dos Projetos n.Os 4.876178 (Mensagem n.o 119178 do Poder Executivo) - dando nova redação ao § 2.0 do Artigo 1.0 da Lei n.o 5.709, de 7 de outubro de 1971 - ao Senhor Deputado ítalo Conti e n.o 3.923177, de autoria do Senhor Deputado Jorge Arbage - especificando condições para inscrição e registro das embarcações - ao Senhor Deputado Héllo Campos. Informou, também, que encontram-se pendentes, aguardando parecer dos Senhores Relatores, os seguintes projetos: Projeto de Lei n.o 4.131177, distribuído em oito de maio ao Senhor Deputado Minoru Massuda e Projeto de Lei n.O 3.923/77, distribuído a dezessete de maio ao senhor Deputado Hélio Campos.' Ordem do Dia: 1) Projeto de Lei n.o 3.942177, que "Faculta a todos os que participaram de operaçáe!!' de guerra e tenham sofrido ferimentos, a aposentadoria integral aos 60 (sessenta) anos, e dá outras providências". Autor: Deputado Léo Simões. Relator: Deputado Florim Coutinho. Parecer: Pela. rejeição do projeto. Em discussão, usaram da palavra os Senhores Deputados Aldo Fagundes, Minoru Massuda e ítalo Conti. Em vo· tação, o parecer foi aprovàdo por unanimidade. 2) Projeto de Lei n. o 4.876/78 (Mensagem n.O 119178), que "Dá nova redação ao § 2.° do Artigo 1.° da Lei 5.709, de 7 de outubro de 1971". Autor: Poder Executivo. Relator: Deputado ítalo Conti. Parecer: Eela. aprovação do projeto. Discutiram o projeto os senhores Deputados Aldo Fagundes, Minoru Massuda e .Ioel Ferrell'a. Em votàção, o parecer foi aprovado por unanimidade. Facultada a palavra, o Senhor Deputado Florim Coutinho, ressaltou da necessidade do envio a esta Casa do Congresso Nacional, do chamado "Estatuto do Ex-Combatente". Sobre o assunto, também pronunciou-se o Senhor Presidente, informado já haver mantido contatos com o Presidente Marco Maciel e com as autoridades militares ligadas ao' .assunto. Não havendo mais quem da palavra quisesse fazer uso, o Senhor Presidente agradeceu a presença de seus pares e declarou encerrados os trabalhos desta Reunião às dez horas e cinqüenta e cinco minutos. E, para constar, eu; Regina Maria Zaniolo de Carvalho, Secretária, lavrei a presente Ata que após lida, aprovada e assinada pelo Senhor Presidente, vai à publicação. COMISSAO DE SEGURANÇA NACIONAL . Termo de Reunião Aos dezessete dias do mês de maio do ano de hum mil novecentos e setenta e oito, deixou de reunir-se a Comissão de Segurança Nacional, em virtude de inexistência de. quorum. Compareceram os senhores Deputados: Paulo Studart (presidente), Florim Coutinho, Odulfo Domingues, Hélio Campos, Aldo Fagundes e ítalo Cont!o E, para constar, eu, B.egina Maria Zaniolo de Carvalho, Secretária, lavrei o presente Termo de Reunião. CüM1SSAO DE SAÚDE Distribuição O Senhor Presidente distribuiu, nesta data, o Projeto n.O 2.204176, que "dispõe sobre a esterilização de papel moeda pelos .estabelecimentos bancários, e dá outras providências". Autor: Deputado Pedro Lauro Distribuição Em 5 de abril de 1978: Projeto de Lei n.o 4.695/78 (Mensagem n.O 042/78, do Poder Executivo) que "Dispõe sobre o Conselho de Justificação da Policia 42~8 Sábado 27 DIA.RIO DO CONGRESSO NACld'NAL (Seção li Militar e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, e dá outras provldências." Autor: Poder EXecutivo. Relator: Deputado Vicente Vuolo. Brasília 5 de abril de 1978. - Repna M. Z. de Carvalho, Secretária. ' Paula da Reunião de 24 de maio de 1973 Projeto de Lei n. a 4.131/77 que "Dispõe sobre a prestação do Serviço Militar pelos estudantes aprovados na 2.a série do 2.a Grau." Autor: Deputado Ruy Côdo. Relator: Deputado Florim Coutinho. Brasília, 22 de maio de 1978. - Repna M. Z. C1P.rvalho, Secretária. COMISSAO DE SERVIÇO PÚBLICO Ata da '1.a Reunião Ordinária, Realizada em 24 de maio de 1978 Aos vinte e quatro dias do mês de maio de mil novecen~ e .setenta e oit<l, às dez h<lras, na Sala n.a 12 do Anexo II, reumu-se a Comissão de Serviço Público, sob a Presidência do Senhor Deputado Lauro Rodrigues. Compareceram os Senhores Deputados César Nascimento e Raul Bernardo - Vice-presidentes, Adhemar de Barros Filho, Agostiz:lho Rodrigues, Antônio Pontes, Franc~lino Pereira, Gamaliel Galvão, Geraldo Guedes, Jonas Carlos, Osslan Araripe, Osvaldo 'Buskei, Paes de Andrade, Passos Porto, Paulo Ferraz, sebastião Rodrigues, Sérgio Murilo, Túlio Vargas e Wanderley Mariz. Abertos os trabalhos, f<li lida e aprovada a Ata da reunião anterior. O Senhor Presidente, de acordo com o Reg1mento Interno, passou a Presidência ao Senhor Deputado Raul Bernardo - Vice-Presidente. O Senhor Bresidente concedeu a palavra ao senhor Deputado César Nascimento, que oferece;u parecer favorável ao Projeto n.o 5.049/78, que "dispõe sobre a vigência dos efeitos financeiros da inclusão do pessoal docente do Magistério da Aeronáutica", oriundo do Poder Executivo (Mens. n.a 162/78). Em discussão, nenhum dos presentes fez uso da palavra. Em votação, foi aprovado, por unánimidade, o parecer do Relator e o projeto vai à Coordenação de Comissões Permanentes. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião às dez horas e quarenta e cinco minutos. E, para constar, eu, Hélio Alves Ribeiro, Secretário, lavrei a presente Ata que, depois de lida e aprovada, será assinada pelo Benhor Presidente. OOMISSAO DE SERVIÇO PúBLICO Maio de 11" Mendes Assessor da Presidência da VASP, o Tenente-Coronel RQdolfo EYSSa, Assessor do Ministério da Aeronáutica, o Coronel Drumond, Assessor do Ministério da Aeronáutica, o Senador otto Lehmann e o Eng.o Carlos Brito, representante do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em Brasília. Após as apresentações, o Sr. Presidente, concede a palavra .ao expos!tor. O Dr. Flávio Musa faz minuciosa análise sobre a administraçao que empreende 'na VASP. Terminada a exposição o Senhor Presidente dá inicio aos debates. Interpelam o Presidente da VASP os Senhores Deputados Octacílio de Almeida, autor do requerimento que originou a convocação do expositor, Hélio de Almeida, João Pedro, Ruy Bacelar, Dias Menezes, ,Nina Ribeiro e Ruy C~do. A ~al~s~ra, interpelações e respostas, apos a competente traduçao taqulgraflca, ficarão arquivadas na Comissão. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente declara encerrados os trabalhos às quinze horas e trinta minutos, convocando os Senhores Deputados para a próxima reunião a Ber realizada no dia vinte e quatro de maio, quarta-feira, às dez horas. E, para constar, eu Carlos Brasil de Araújo, Secretário, lavrei a presente Ata que, depois de lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente, COMiSSãO DE TRANSPORTES Distribuição de Projeto Em 17 de maio de 1978. Ao Senhor Deputado Hélio de Almeida 1) Projeto de Lei n.o 4.266177, do Sr. Valdomiro Gonçalves. Inclui ligação rodoviária no Plano Nacional de Viação, institu1do pela Lei n.o 5.917, de ~O de setembro de 1973. Di!\tribuição de PrGjetos Em 18 de maio de 1978. Ao Senhor Deputado Abel Avila. 1) Projeto de Lei n.a 4.264/77, do Sr. Eloy Lenzi. Altera a Relação Descritiva do Sistema Ferroviário Nacional. aprovado pela Lei n.a 5.917, de 10 de setembro de 1973 - Plano Nacional de Viação - e dá outras providências. Em 19 de maio de 1978. Ao Senhor Deputado Ruy Bacelar. 2) Projeto de Lei n.o 1.784/76, do Sr. OSvaldo Buskei. Altera o Plano Nacional de Viação, aprovado pela Lei n.a 5.917, de 10 de setembr<l de 1973, incluindo a ligação ferroviária entre Irati e São Mateus do Sul. < Distribuição feita. em 23 de maio de 1978 COMISSAO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA Ao Senhor Deputado César Nascimento A EXAMINAR A SlT1JAÇAO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL Projeto n.o 5.049178 ...:- Dispõe sobre a vigência dos efeitos fiAta da. 9.a Reunião, Realizada em 16 de maio de 1978 nanceiros da inclusão do pessoal docente do Magistério da AeroAs dez horas e quarenta minutos do dia dezesseis de maio de náutica. mil novecentos e setenta e oito, presentes os Senhores Deputados Autor: Poder Executivo. Octacilio Almeida, Presidente; Jooo Pedro, Relator; João GilJ:Jerto, - Ruy Côdo, Adriano Valente, D~l de Almeida, membros efetivos (Mensagém n. a 1~2/18) da Comissão; Manoel de Almeida, Silvio Venturolll, membros suplentes; e, ainda, o Senhor Deputado Dias Menezes, reuniu-se, no COMISSAO DE TRANSPORTES Plenário das Comissões Parlamentares de Inquérito, na Câmara a Ata da. '1. Reunião Ordinária Realizada em 16 de maio de 19'18 dos Deputados, em Brasília, esta Comissão para tomada de depoimento do Professor Lafayette de AzevedO" Pondé. Presidente do Aos dezesseis dias do mês de maio de mil novecentos e setenta Conselho Federal de Educação. Ata: Foi lida, aprovada e assinada e oito, às dez horas, na sala númeI<l cinco do Anexo II da Câmara a da reunião anterior. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a dos Deputados, reuniu-se a Comissão de Transportes sob a Pre- palavra ao Senhor Deputado João Pedro, Relator, que fez a apresidência do Senhor Deputado Murilo Rezende, com a presença dos sentação do Depoente. Logo após, o Presidente passou a palavra Senhores Deputados Alcides Franciscato, Nabor J'únior, Abel Avila, ao Professor Lafayette de Azevedo Pondé que. havendo prestado Bento Gonçalves, Henrique Pretti, Hermes Macedo, Hidekel Freitas, compromisso na forma da lei, discorreu sobre o assunto em pauta. Lomanto Júnior, Nunes Leal, Resende Monteiro, Ruy Bacelar, San- Finda a Exposição, o Depoente foi interrogado pelos senhores tos Filho, Vasco Neto, Antonio Mota, Francisco Rocha, Hélio de Deputados João Pedro, Relator, João Gilberto, Ruy Côdo, Adriano, Almeida, Henrique E. Alves, Iturival Nascimento, Juarez Batista, Valente, bayl de Afmeida, Dias Menezes. Depois de responder às Octacílio Almeida, OtaVio Ceccato, João Pedro, Dias Menezes, Ruy indagações e não havendo mais inscritos para inquiri-lo, o DeCooo, Adhemar Ghisi, Nina Ribeiro e Israel Dias-Novaes. Haven- poente agradeceu a atenção de que foi alvo durante os debates. O do número, regimental o Senhor Presidente declara aberta a depoimento e as inquirições foram gravados e, depois de traduzidos sessão, convocada com a finalidade de ser ouvido o Dr. Flávio e datilografados serão anexados aos autos do presente inquérito. Musa, Presidente da Viação Aérea São Paulo S.A. (VASP). O Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente agradeceu a Senhor Presidente convida o Dr. Flávio Musa e o Brigadeiro Hélio presença do Depoente e, ao agradecer também a presença de todos, Costa, Presidente da Empresa Brasileira de Infra Estrutura Aero- declarou encerrada, a reunião, às quin?óe horas e vinte minutos. E, portuária (INFRAERO) , para comporem a Mesa. Estão presentes para constar, eu, Lucy Stumpf Alves de Souza, Secretária, lavrei à reunião o Coronel José Maia, o Dr. Eduardo Sampaio Leal de a presente Ata que, depois de lida e aprovada, será assinada pelo Freitas, o Dr. Dheng Jia, Diretores da VASP, o Sr. Sérgio Pimen.tel Senhor Presidente. DJARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção ARENA - Llder: Tancredo Neve. JOSél Bonifácio Vice-Líderes : Vlce-Lider•• : Herbert Levy Alípio Carvalho AUJ:"usto Trein Blotll. Júnior Cantídio Sampaio Dayl de Almeida Dib Cherem Eduardo Galil Henrique Córdova lbrahim Abí-Ackel Jorgll Arba&"ll Jore-ll Varps José Alves ARENA 2. 0 -Secretário: . MDB 3.0 -Secretárto: João Clímaco - MAIORIA Líder: 1.°-Secretário: l.der Barbalho - ARENA oi. o-Secretário: 10M C_mar;o - MDB SUPLENTES Dioro Nomura - ARENA Norberio 8chmidi - ARENA :roboio Filho - MDB Antonio MOI'aill - MDB Alceu Colla.ret Aurélio CampOll Ca.r1Of1 Cotta Ruy Bacelar Ubaldo Corrêa. Celso Barra Elor Lenrl Israel Dias- N ovaea JDrge Moura Magnus Guimarãe. Rubem Dourado Sebastião Jl,odrir;llell JllJÜor Sér&io Murillo Viana Neto lValber Guinlaráe. ...... iRZUNIO_ DEPARTAMENTO DE COMISSOES All....., Quar_.• tuialait-f.Ú'.., ~ li:" ll. . . Loc:Ill: AMa0 II .- Sala 11 - Buul nl -.crotát1o: :ali lIlaehr.clo COIlho .1:111'0'11I': Paulo Rocha Local: JUlexo 11 - RlImal .11 CeaiMe. P _.... Diretora: Geny Xavier Marques Lua!: Anexo n - Telefone.: U-ll'1' • 2i","05 - :R&lnai&: CI01 o 1111 Abel Ãm., 2) COMISIlO DE C.NelA E TICNOlOlIl Presidente: Luiz Couto - MDB Vice-Presidente: Octacilio Queiroz - MDB Vice-Presidente: Antônio- Florêncio - AIUaU COMISSOES PERMANENTES O.tlllio Dlu JCC'It UeqUM A:l\ENA. Turma. Ce1.l0 Carnlho Ferraz; Ecreja. Oera!dc> BulbOe. Joaquim Guerra .v.mbarto Souto Iof,o Duna! Melo Freire VMOO Amaro Juv~ncio C6lio Yarquu Paman.dclI CorTei.. um.. DiolO Nomura Di.. Abdllll GonçalTM 1('" Z"Yallia ARENA DIM Meneze6 )Ioy Llnsi arn..to d. Ilarco l\uriTIJ Naacimaato ..,,-. o. ya!do Buakei JClI6 C~ta Pedro L..uro RoDem Cunlh. Jclllé llauricio T ..unori Jl:1mip AlaIr J'ftnlra Maurício Leite NllIfbII'to ~. I Rumbll"to L u _ ' Valdcmlro Ooa.td.,. VIeira da iIIIITa 0l4lI. Jánlal' AUl"élio CamIJOll Edgar Martins :uDlI Joaquim ~Ia.cqua - 'l'-. A ~ Aliair Ch..... Antônio Morimoio A.n~o )lar:iI Célio Borja Blota J\húOl' Gom.. da 811ft Claudino 8&lN Lu.la Br... CIITII'IOD Tebtir.. Joir Brasileiro Nunaa Roeba JUcan10 Bl'Drlqu. nua ~dOTa Vago 'Ibeobr.llio Bar'boI& KDB Alo.u Collaru Tucilio DeIpoú C~B~OI J~"V M Erasmo Martins Pedro LldoTlDo J'ul" Pern..ndo Coelho • K1ro Te1DIra Joio QUbIrio ~ Ltaâ Ho&cl. CWquelra ValO J" Uawrtet.o ......... ARmfA. CCln'I1& aer- Cam.... lll&lr" :B&tiai& Luis Couto Vice-Presiden~: .ARJ:KA .AJ\ZNA. Dlb Cberém ARJINA Oabri.1 HennM Humberto Bezerra llurl1oa-de Uba!do BaÃJ:Il Vago UDB H"llo de .Al.Iu* TI\~ uma . .. Vice-Preaidente: Mrísio Vieira. Lima - TU....... Presidente: Jorge Paulo - MDn Vice-Presidente; J)iM Menezes - MOB Vice-Pre~idente: Mádo Mondino AR.Jm'A Jorro Var... JOIé Rlbamar lluluwle Mauricio L.it. 1(enandro W11ah1a Prisco Viana Ruy Ba.eelar l!llnYal BoanuiUI'A Vago lID:B Al.il1tl FI'ancilCa.to "'ntônio Ueno :BiJ.tiAta lLiranda J'l-..nei'co :BU..e Pinio Xor;'cio ,;MatOl I;,:oc:tncio Ollnlra I*alluim Coutinho .n o . . .,... ... .,... 3) (OMISSAO DE COMUHICAÇAO laplo... -..la • - R&maill Presidente: Jairo Magalhães - .ARJ:N"A Mário Moreirllo Pedro Faria. Vago JAÍlon B ~ Aluisio l"arAluaRlI1 NllIon Thihll Diu llen_ J'un&ndo CWlba UUNIOU Quartu • quiniu-tIÚ'U, .. 10:00 h _ _ Local: Anexo II -- Ram..l 'N "cnif.r1a: lluiA Lua :aruullo .a IlUftl MDB Juarez Bernard.. Nelson Ma.culan Pacheco ChaT'. Renato Asendo Vi::licius Cansanção Wa!ber Ouimarl.. A:Il\onio Annibtlli "'rt'~nio Broollll Henrique Cardoso V?-go ARDA "'luandre Machado Anronlo Gomes Cazl1oao de Alm.ida lIrnuto Valente .'tnriqu. Brito n- x.-nnt 4) COMISSAO DE CONSTIrUIÇlP I JUITIÇA lroB ARENA ADezo Wliou .Wnllnllll "erel;f.r1a: 101_ o TllmaaB VIce-Presidenw: Elcival Caiado 'IUu1a.rI. Local: Nina :Ribeiro Vingt Rosado Fernando Faguml.es Neto MDB MPJI JoM Cu'1Ot T.iJIe1ra llirlo Froi& JmUJfIO" Quariu e quin\ôu-ftlrU, . . 1e:1I hOUl lIdiIGIl :BoIU1a TlInDaA VIce-Presidente: JOSé Mandelli - aIIIllIl lklDna ARZN.A. JarmundN..... JlatUw, ltia'anda MDB II1nCll'olollJ..... OiIlI'a!llo I'oaM11e ~P'" :mow. Jl1niclr TU1IIuw Al1' Valadão Presidente: Francisco LibardDni - Arll~· Kapo~ Anronio Morais JIIor LtDq .Toei Ferreira JoM Gilba"tIo (OMISSAO DE A.RKULTURA E POLma RURAL Jor.o AD~ Pll"lIIÚ'a Á~uio Treln (1. . . . . . . . . . . . . . 1) Sábado 2'7 4249 LIDERANQAS MESA Pre.ic!ente: Mareo Maciel - ARENA 0_1.0- Vice-Presidente: loio Linhares - ARENA 2.°-Vice-Pre.t1dente: Adhemar Saniillo - MD. Djalma. Bessa - n JLDB J\illo VI'*- Oswaldo Lima Adhemar de Bàrros Filho Cantídio Sampaio Dib Cherém :.luardo GalU Nereu Guidi Nocuelra do ~ , 0Im&r LIlilo Parenta PloU R&lmundoP. . . . JI«JmIro 8&Iltol Viana :Ko. V-eo Duo Comtbr'& Vaco V&i'O JIenrülue !'r.tU I4IO x-o JumundN....... ~DAUa 4250 DIARIO DO CONGRESSO Sábado 2'7 KDB lI'igueíredo Correia. 'T'hrJe. Ramalho W Iolber° Guimvln WrJter aUTa V&&,o 1"rancisco studart Hmnberto Lucena. .;Jorge Uequed J'06é Bonifácio Neto Rubem Dourado Sérgio Murilo Silvio Abreu Jr. V....o V·ro Terc.., quutu. quintaa~feiru, U 10:~ h _ Local: Anno II - sal.. 17 - Ram..l 'H .1CI"Url..: anTi. BAlTOIO Uartint COMISSAO DE ECONOMIA, INDOSTRIA E COMERCIO Aderbal Jurema Ant4nio MariJ: Goroea da 811.,. Herbert LeYJ' H"dekel Freitu Jairo MqalhIN Jutahy.M....alhl.. LUis Bru o Presidente: João Arruda. - MDB Turma A Vice-Presidente: Genervino Fonsec!lo - J.lDB T1ar:m.. B 'Yice-Presidente: 19o ~ - ARENA TituIa.res ARENA '1'. . . . A Turma li A. H. Cunha. Bueno .Amaral Netto brcUno Rol.. Fwnando Ooncalnl olClÁ Haddad Mario I'llho Amaral Jl'urlm AU:Ulto Trein Carlol WillDn Daniel Faraco Herbert LeYJ' Norton Macedo Viana Neto MDB Léo Simões Marconc1ea Ga.delh.. Rubem !oIedina SantUli Sobrinho Silvio Abreu Junior Suplentes ARENA Fernando Fagundes A.lron RiOl Neto .lIberto HoffmUl1l ....1.x.nc1r1l Machado Humberto Souto A.lt&ir Ch.ru JlI.nuí.rio Feital.. CardollO de Almeid.. PauUno CIcero 4e D7rno Pire. VuconcelOl ol'&1'ia Lima Ricardo Fi1.lll& Rogério Jl,!llo Ulli;sel Potiluar ....140 JI'....undN Antônio Carlos de Oliveira .&1'17 Sauer Laf!rt... Vieira .Antonio Pontel O'lar Nucimento r.rn..ndo Gama Gomei do Am..ral o1«,e Uequ.d luar.s B ..tiats MDB Milton Bteinbruch Ot&vio Ceccl.to . Ruy CÔdo 8ebutiio Rodriruea Jr. Vinicius Canar.nçAo REUNIOES QUllI'we quintu-feiru. às 10:0Q hora. Local: Anuo II - 8 ..1.. " ~ Ramal 8:11 "cr.tí.ria: Dolsuite M ..oedo de Anlac vmu Dou ,> COMISSIO DE EDU~ÇAO ECULTURA Presidente: Rômulo Galvão - ARENA Vice-Presidente: Manoel de Almeida. - ARENA Vice-Presidente: Figueiredo Correia. - M:DB .Alvaro Valle Braga Ranlos Darcllio Ayres Daso Coimbra. Dnyl de Almeida Plexil. Ribeiro Oeraldo Freire (Sel]'iio n Mml Hlldérieo Ol1nira JG de Araújo .1. . . o1O/5é :MlUia de Presidente: Josla.s Leite - ARJtNA Vice-Presidente: SinvaI Boaventura. - ARlIllfA Viee-PrelSidente: José Bonifácio Neto - ),(DB C~o Magnus Guimarii.ea Paulo Marques Va.ro Tiiulares ARENA Leur Lomanto ~Ii.. Le.a Butoa Magno Bacelar llena.ndro Yinah1m. Salvador Julianelli Vago A.1Taro Di... AntOnio loIor"iI Ar~lano Dario A.rio Theodoro Oex.GBarrOl Dias Menezes ARENA Norton TituIa.res ARENA Alberto HoffmUl1l ArlindO Xunz.ler :Eurico Ribeiro Furtado Leite Gabriel Hennlll Humberto Bezerra. )(acedo Ncuer Almeida 0Nia.n Ar&ripe Paulo Ferru BUl'io VenturoW. Temiltoclu Tei:z..... UDB JilIlpecUto Zanoiii Lauro Rodrlpee OllTir Oabardo Oct&cmo Almeida Va.ro r_a AlUl:NA Aécio Cunh.. Al"f&ro Valle narc!llo AJre. Lcmanto Junior Marcelo LínhI.1'll JoUrIo Uondlno Renato Azeredo WanderleJ )(u1a WilIon F&1e1.o o Da,.l de Almeida o Jl'ernando Oonç~Te& Gera.1do Freire Jolo Cutelo .11 :t.mB mo Theodoro .MDB A. Vice-Presidente: Milton Stelnbruch - MD!S T _. . . Vice-Presidente: José Ribamar Machado - ARENA -! TUu1&r.. ARJl:NA Presidente: Paulíno Cícero de Vasconcellos '_0 ARENA Vice-Presidente: Raimundo Parente ~ ~ A Vice-Presidente: Jorge Ferraz .-. MDB Titu1art'!; ARENA I °MDB 'Joáo Cunha Jolo Menea. Od..cir Xlel.n Roberto C&r"fll1k. ·V...o lI.pI_ _ Aécio Cunha Alacid Nunes Antônio Ferreira Gonzaga Vasconcelos HÉ'lIo Levy Horácio Matoll Joã.o Pedro Jutahy Magalhkll Newton Barreira Prisco Viana Ubaldo corrêa Vago MDB Alberto Lavinas Alvaro Dias Israel DiM-Novaes Jerônimo Santana Nelson Thibau AJUtNA Uarl.o JI'Ilho Melo FreIre Nelton MuemPec1ro Clol:'ol.o Pedro Col1n RrJmundo Dlnla Pedro Lauro Rubem Dourado Samuel Rodriguelll Walmor de Luca. Yasunorl Kunigo Suplentes ARENA Josâ Machll.do Lins e Silva Luiz Rocha Odulfo Domingueli Siqueira Campos Ferraz Egreja Vingt Rosado Francelino Pereira. Wllmar Dallanhol Gastáo Müller Hugo Napoleão MDB Jorge Moura. Airton Soares José carlos Teixeira, Carlos Cotta Lauro Rodrigues Dias Menezes Leônidas SampaiO Frederico Brandão Silvio Abreu Júnior João .Arruda. Joel Lima Ary Valadão Benedito Canellas Carlos Alblirto de Oliveira WUaon Br&&,,, UDB Aluizio Paraguassu Juarez Batista: Antonio Carlos Marcelo Uec1.1rN de Oliveira 0dMn1r Furlan Pedro Faria. Arnaldc> LafayettMJ Aurélio Campos Peixoto Filho Dias Menezes Florim Coutinho José Bonifácio Net.o REUNIOES Quartas e qulnt.M-feirllt>. às 10:00 horo Local: Anexo n ~ Sala lG '_0 Rllolllaill lU, e 644 (direto 224·6669' Seeretátio: RUll Om:.r I"rudéllCiu d:t> 5lln. V"lfO Dias Menezes VI.lfQ Epit&c1o Ca.teteir.. V"'O .1oa.qulm BeTlla.cqua Vlti° V&lO .10lIl: CarlOll Teixeira OctacUlo QueirOl REUNIOES Quartaa 11 qUint.u-feiraa, àl 10:00 horu Local: Anexo Ir ~ Sala 15 (Aud1tórlo N..... RamOll) ~ Ro lU Secretário: Walter Oouvta CDlIta 9) COMISSAO DE MINAS E ENERGIA T_aa Adrimo Valente JOl"I'- Varlu CarlDa Alberto Olheira Joaé AITCNI Dyrno Plr~ José de As.qls PranclJco BUac Pinto Moacyr DaUa Homero Santoa Pinheiro ),(ael;1__ Jo&o Cutelo Rafael Faraco Jorge Arbagl' TemÍltocl. 'I'eb:tInl Alair Ferreira Anlellno ROoW. Antbnlo P'lortnclo Arlindo Xunz.ler culOl; W1lIon C~lllO Carvalho Joir Brasileiro Josiu Leite V...o Vago Suplentes Vqo Presidente: Ruy Côdo - Antônio JOlIié Ath!e Coury Emmoel W&Ílma.n Epit&clO Ca.t.t:eira Gomes do AmaraJ. Manoel NOTUI MinOl"o U17amoie N04ller Almeida Oswaldo Zanello 'I'he6t:luto Albututrt_ MDB Joeé 'I'hom' Marcelo Medeiroe Peixoto Fml0 W<er alll'a Airton S&ndova.1 Alulsio Par.. ru....u Antonio Morai. J:rnesto de M..roo COMISSAO DE FIfANÇAS Turma A. JoioC> VaraM Ra.f..el Faraco RZUNIOJ:S quactu-feiru, ... 10:00 hor. . Loca!: Anexo II - 8ala 11 - Ramal 8ecretária: Ma.rts Clélla Orrioo 7} Maio ele lt'l. 8) COMISSAô DE ffSCAllZAÇAO fltANtIIlA ETOMADA DE CONTAS lapJeatel REUNIOlZ J) Airion l'Jouu Alcir Plmenía Antunes de Oliveira D&nieI8UT& Geni.,Al Tourinhe ~ACIONAL tu o ~Õl".S Quartas e qulntM~feiras, às 10:00 horas Local: Anexo II - Bala 7 - Ramal 6GO secretário: Luiz de Oliveira Pinto Maio de 1f78 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Sábado 2'1 42ãl ti 11) CÓMJSS.lO DE REDAÇAO JLDB 1 Abdon GonçalTell ,. Car10$ Cotta Jaison Barreto Presidente: Airon Rios - ARENA Vice-Presidente: Furtado Leite - ARENA TUulares LeOnidu 8ampNO Pedro Lucena Walter de Cutro 1.,I_t.- ARENA DUO Coimbr.. MDB A11tllnio Bre.olin Áll:1r Piment.. Supl.ntetl ARENA Dloeo Nomura. I.lDB Theoba.ldo Bl.1"bOll" P,rlac:o VI ~.n .. Ath1t Coury Joaquim BevUaequa ),(arcondea Gt.delh& MOB .d,U Ma.rU~ Henrique CardOlle REUNIõES 'llulntu-feiru. àI 10:00 hora. Loc"l: Anexo II - S ..I.. I. - Ramal 172 atcretírio: 301é Lpa HanOJo de Orteral fi) COMISSAO Dl RELAÇõES EXTERIORES Presidente: Marcelo Linhares - .ARENA Vice-Presidente: Josk Machado - ARENA Vice-Presidente: Pame Nobre - MDB ARENA MAnoel Non.s S&lndor Julia.nem Theódulo AIbuquwqUII Vlnrt ROlado Vaco Adriano V&1ln~. Brag.. Ra.mOl Henrique Brito Joio Alvea Jolo Dlln'al JOIfé AI..e. RZUNIOB8 Quartu e qulni..-felru.... 10:00 hoc.. Local: Anexo II -- 8a1a 10 - Ramal .12 8eeretÁrla: In. FI~mande. Co.ta 13) (OMISSAO PIE SEGURANÇA. NACIONAL Presidente: Paulo Studart - ARENA Vice-Presidente:Parente Frota - ARENA Vice-Presidente: F'lorim Coutinho - MDB Tlill1ane ARJ:NA Ja,nuárlo Peltoaa Odulfo Domln~e. SylVio Venturolli Vloente Vuolo TUwlll'u ARENA AntOnio Ueno Cid Furtado IIlI'la Lima Flávio Marcilio BUlO NapoJeio .rl~qUim Coutinho "ina e Silu. Murilo Ba.daró Nogueir.. de R4t..nd. Pedro Collin Raimundo Dinlll Rogério lUgo TeotOnio Neto Ubaldo Badm MDB Adalberto Camargo .7airo Brum Ario Theodol"O Mac Dowel Leite arírldo Tinoco de Castro C arlOl Santos Olivir Oabardo C,otta Barbosa Thales Ra.malho Ulysses GUimarãu '"tna,ndo Gama. I'ra,nclsco Studart Suplentes ARENA A. H. Cunha. Bueno Adhemar Ghisi Álvaro Gaudêncio Cleverson Teixeira ~jexa Ribeiro Geraldo Guedes Gerson Camata Hermes Macedo JoIo Va.rru Juvêncio Dias Leur Loml'onto Norberto Schmldt Paulo Studart Pinheiro MI'ocha.do Waldomiro Gonçal.,.. Vago MDB Alberto Lavinas Magnus GUimaráell Aldo Fagundes Paes de Andra.do Antunes de Oliveira Pedro Faria Danie! Silva. Roberto Carvalho Dias Menezes Sérgio Murilo JG de Araújo Jorge Yasunori KunilO .1oão Menezes REUNIõES Quar~ I Quintu-feíras. . . 10:10 horu J..()ca.I: Anexo II - Sala. I - Ra.mal 677 ...eTatirio: Paulo JOIÓ Maestrali U) (OMI5SAO DE SAODE Presidente: Fábio Fonseca. - MDB Vice-Presidente: Odemir Furla.n - MOB Vice-P..residente: Ulisses Potiguar-ARENA. Titulares ARENA Adernar Pereira. Jurema. Airon RiO$ Amaldo Busato Dloco Nomur.. ~d~b.1 I'ra,ncileo Ro11embwc OliYeirIl Mauro Sampaio Navarro Vieira. Willon Falcão Inoc~llciO Walmor de Luca Y ..unorl Xuniro Varo Al1plo C&l'Yalbo Célio Ma.rquea -Ferna.ndea Hélio Campos Italo Conti 15) COMlSSAO DE TRABALHO E LE51SLlÇlO SOCIAL Presidente: Wilmar Dalla.nhol -- ARlftA. Vice-Presidente: Luiz Racha - ARENA Vice-Presidente: Argilano Dario - MDB TltuJ.a.res ARlllNA Adhemar Ohisi Alvaro Gaudênclo Benedito Canellas Eduardo Galil Gastão Müller Jr.eob Cl.1"olo Jo&o Al_ Luiz Fernando Aloiaio Sa,ntoa Arn..ldo 4fayetta Fernando Cunh.. Frederico .Brandão Freitas Nobre Jorge Moura , Nelson Marcheaua Nereu Guidi Osmar Leitio Siqueira CamPotl Vilmar Pontea WIlson Brl1€a VagO MDB Joel Lim& JOJ~ CDlta Mário l"rot.. Octávio TOlTIl:Wa Roe& Florea Rl17 Brito Suplentes ARlllNA I UDB J:xpedlto za,nom Minoru U&Muda Joel Ferreira NC7 Ferreira José Carlos Teixeira Ruy LiDo Suplentes ARENA Afr1.s1o Vieira Lima Alacid Nunes Bonto Gonçalves Cél10 Barja l"láTio Narcll10 l"ra,nclsco Rollamberr Jon.. C..rloa JNé Rlbamar Uaeha.do Newton Barreira TeotOnio Nfio UDB Aldo !'qundea JO de Ardjo Jorp Qdemir !'urla,n Aluizio PararullUu DI.. ),(en_ Samuel Rodri,ue8 Erasmo Marlliul E'edro R!:UNIOll:S quutas e qulnw-felrLS, .. 10:00 horu Local: Anezo fi-Sa.la 11-Rama18.II . . . . Secretária: Reginn Maria Zaníolo de Carvalho 14) (OMISSAO DE SERVIÇO POBLICO Presidente: I..auro Rodrigues - MDB Vice-Presidente: c!esar Nascimento - MDB Vice-Presidente: RaUl Bernardo - ARENA. Tltll1ar.ARENA Adhemar de Barros Filho Agostinho Rodrigues Francelino Perelr.\ Geraldo Guedes Ivahir Garcia J on.. CI.1"IOll 0SI1a.n Araripe Pauoa Porto Paulo Ferras Túlio Vargas Wa,nderleJ Maria MDB Antônio Pont.ea Gamaliel Galvão Osvaldo BUlkei ),(DB Alceu CoUares Joel1l'erreir& Antonio Annibe1l1 José Mauricio J:l"-.no Martina Pedro Léo SímÕCG Fernando Coelho Pedro Luclmll REUNIOES Quartas-feiru. às 10:00 haru Local: Anexo II - Sala 12 - Ramll IH .eecretário: Hélio AlvH Ribeiro Paes de Andrade Sebastli.o RodrlrUN Jr. Sérlio Murilo Suplentes AlUCNA Amara.l Jl'urla.n lLauro Sampaio Cid !'urtr.do NunCol Leal Cl..udino Sa.lCol ROmulo Ga1Ti.o Ernesto V~nta Vieira da 8il,... Eurico Ribeiro Tbtobaldo BarbllM lh.noel de Ahnel" Adernar PereIra. AntOnio Gome. ~clval Caiado Furta.do Leite Geraldo Bulh6e. Oi!)la Júnior Hemique Córdova ltalo Contl Aurélio CampOl Gama.l1el Galvio GeniTa.l Tourinho Pelxl>to Filho Rl17 COdo José Ha.dda.d Lygi.. r-a Bu'" lLur110 Ba.daró NIna Ribeiro Rezende Uontelrl Sa,nto. !'ilho Vago MDB Sflvio de Abreu Jtwe. Tarcisio De1rlodr V ....o Varo V....o Vago Vqo V....o REUNIOES quartas e qUintu-!eir.... àI 10 :00 h01'u Local: Anexo II - 8a.l11 15 - Ra.m&I ..1 Secretário: Nelson Oli'JC1ra de SOusa 16) COMISSAO DE TRANSPORTES Presidente: Murilo Rezende - .AlU!:KA. Vice-Presidente: Alcides Franciscato - ARENA Vice-Presidente: Nabor Junior - MDB Titulares ARENA Nunes Leal Abel AvUa. Bento Gonçalves Rezende Monteiro Ruy Bacelar Henrique Prettl 8a.ntoa FIlho Hermes Ma.cedo Vasco Neto Hydelr.el FreitAs Lomanto Júnior KDB Antonio Mota Iturival N...c1Dwnte l"ernando Lyr.. Juarez Batina l'ra,nciaco Rocha Octac1lio Almeida H~lio do Ahneida Otávio Ccecato Henrique Eduardo AI""!,, Suplentes . ARENA AIipio C&l'Yalho H~lio CampOl Hélio LeT7 Jof.o Pedro Joaquim Guerra José de Assis NaTarro Vieira. Nunetl Rocha Ra.ul BIlmAl'do Ubaldo CorrtA Vaaco Amuo Vicente Vuolo VIlmar PontoN - DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção t252 Sábado 27 3} COMIS510 ESPECIAL DE DESENVOLVIMINTO DA IEGIAO CENlRO-OESTE M:OS JOIé MancleW Mário Moreira Odacir JCein Pedro L&uro Ruy C6dG AdalbertD CanlariO ADioIllo CarlOl de Olheira nuM_ JlmNlIOd.Karco Presidente: Iturival Nascimento _ JiDB Vice-Presidente: Walter de CllIltro - MDR Vice-Presidente: Gastio Müller - ARENA Imo Brum Ttíll1anc BZUNIOl!'.S Q1I&rlu. quintu-tetru, ... 10:30 ooru Loo&l: .Anuo IX - Sala 5 - Ramal lIellr.tário: Carlllll Brul1 d' Aral1jo li' COORDENAÇ.lO DE COMISSOES TEMPORARIAS :D1re1lOra: anda Amora de Au1lI RepubU_ ~a1: Anuo II - Ramal 7'Seção de Coml!l8Óes Especim Chefe: Stella Pr&ta dI. Sl1,... Lopea Looal.: Anexo II - Bala II-B - Ramal IH I ...... C.mtu6H •• la••6rJie 1!I1l,.. Chefl: LuiIl Antônio de BiL Cordeiro da Local: Anuo rI - Ramalll12 - 2'-J2" (Dir...> COMISSOES ESPECIAIS 1) COMISSlO DA AMAZ6NIA Prellidente: Alacld Nunes - ARENA Vice-Presidente: Maráo Filho - ARENA Vice-Presidente: Antunell <1e Oll1'eira - 1mB TltuIa.re. ARENA Nasser Almeida Rafael Faraco Gabriel Hennel Juvéncio Dia. ),(DB Antonio Pontes ICpltácio Cafeteira Jerônimo Santana Mário Frota. ••pt-* ARENA Reaende Kontelro Valdomiro Gonçalnl, :Benedito Canellu J'armund Na.uer José de A&sis Maio de lt'll MDR Fernando Cunha Genervino Fonseca Juar•• Bernar4u aa.-_ unB Ruy Lino Vago Joel Ferreira J'úlio Viveiros Nabor Júnior H~l1o Le-yy Nune. Rocha Siqueira Campos :unB V....o Vaca AntOnio Carlol de Oliveira Vago Vago RJ:UNIOJ:8 Quintas-teir..: .., 11:00 horu Local; Anexo rI - Sala '-B -- Ramal fi' l!lecretiLrío: Romualdo Pernande. Am,!ldo 4} COMISSAO DE DESENVOLVIMENTO DA IEGIAO SUL Presidente: Alexandre Machado - ARlINA Vice-Presidente: João Va.r~u - ARENA Vice-Presidente: AntOnio AnnibelU - MOB 'l'U....... ARJ:NA UDB Abel Al'l1a Alulslo~u Antônio ueno Dlu MehHU Pldro Colin Eloy LellJ'Oi Vasco Amaro J:rneato d. Marco ARJ:NA Adriano Valente Arlindo Xuna1er' ~que Córdova BlnnlMl Macedo Wllmar Dallanhol Vago Quartas-feiras, às 10:00 horas Local: Anexo Ir - Sala 8-A-Ramais (lOG/lll1 Direto: 224-4769 secretária.: Jacy da. Nova Amarante COMISSAO DA BACIA DO SAO FRANCISCO Presidente: Antônio José - MDB Vice-Presidente: José Costa. - MDB Vice-Presidente: JOM Alves - ARENA UDB Cotta. Baxb0s8. Joaé Carlllll Teill:elra Vln1ciUl Canaançl.o COMISSAO DO POUGONO DAS SECAS Presidente: CnrlOlll Alberto Oliveira - ARENA Vice-Presidente: Ernesto Valente - ARENA Vice-Presidente: Jarbu Vasconcelos - MDB TltullU'e. ARJINA Inocêncio Oli1'eira. .1utahy Macalhll. IIDB Henrique Edua.rdo Alves JOIé COIt.& Pr..neisco Rollemberc o1011u Leito . . . . POrio PauIlno Cícero d. Va=conceIlIlll PrUco Viana Ricardo Fiuza Celao Cunlho Geraldo GullCllMl Cello B&n'<HI IQ1eIl_ :UDa Ney Ferreira Thalea Ramalho Vala Vaco Vago Humberto Souto Januário FeitOla Manoel de Almeida :remando Coelho remando Lyra P1fUelreclo CClftII.a ARENA Menandro .M1nablm Pinheiro Maeha.do Wanderley JoIartII )lDS JOI6 Carloa TemlÚ'a Octacll1O Queiroll RJ:mo:oa BZONIOE Quintaa-feiru, .. 10:00 hora Local: Anexo n - sala 3 - Ramal 611 e 613 secretária.: Márcí& de Andrade Pereln. JlDJI Cl_raon Teinlra Oft'aldo Guede. Ra.7mundo D1n1l1 c.Iao Banca Mac DOwel Le1te> .. Cutro Il1"ael Dtu-Ko'_ I.pll.&n MD. ARENA AntOnio Uorimoío Cid purtado Hl'Ilrique CórdoY& Marcelo Linhal'e. Theobl.1do BarbOla VaIO lCrumo J.larUrl.I . . . . l"Irnando Coelho Mário Monlra Oflra.ldo LIJna Tarclalo Delp40 RJ:UNI0a Local: Anuo II-Sal.. I-A -lIamalllOl . . . I!llCrtlt'rlo: Ant4nlo Pemando Bora" : u - 7) COMISSlO ESPECIAL DESTINADA A DAI ,AIECO AO PIOJETO H.e 633, Df 1975. DO P'ODER EXECUTIVO. QUE DISP6t 50lIl O CÓDIGO DE PIOasSO PENAL Pre.ldentl: 8'r,10 lIumo - wnJl Vlee-PrNIdente: Peill:oto PIlho - ),(DB Vlce-Prellldent.e: 8ant~ PIlho - An&KA RelaÍQl"-Geral: Geraldo J'relr. - ARaJl. 'l'uaa- JlDB ARENA .10-' Bartitád.. M'" L1dovlno Panto., ROlIa J'l0Al Adrlr.no Valente Claudtno Sallea Vago Vago ),Q)B ARENA Varo GenITal Tourinho ARENA TUlIianI V...o Quartu-feIru, ... 10:00 hor.. Local: Anexo- III - Bala 11-B - Comlu6N Eapecla1l-Tel.: 24-57lD-Rama1l "'1/101 Secretário: A,allia Nylander Brito 5) Preaiden~: Taneredo NI.,. - IU>!I Vice-Presidente: Brlc1do Tinoco - KDB Vloe-Prlllidente: 1'0 z.-o - ARENA Relator-Geral: 1010 ~ - ~A VaIO Titulares ARENA Bento Oonça1n. GIraldo Bulhões loIanoel Nov&e. Menandro Minahbn 1\of4rio mro :una .1&àon Bllrreto Odacir Xlein IUIlUNIOU REUNIõES ESPECIAL DESTlfADA A DM PARECEI AO PROJETO N.- 634, DE 1975~ DO PODEI EXECUTIVO, QUE DISP6E SOIII O CóDIGO CIVIL I I vaio ARJ:NA Ub&ldo Bar'm VloentIJ Vuokl Vago ••,Iu_ Siqueira CampOl Temístocles Teixeira Ubaldo Corrêa. I ,> COMISSI0 ARENA ARZNA J:dIson Bonna mllG Campo! Ra1mundo Parente t) n li QuIntAl-f. . . . . . 11 hOl'u Local: Anell:O Ir - Bala l-A Telefone: 223-7289 (direto> e RamI.1 Gn ~ o : JOIé Ba1cm1o JloClOblna ..ur. n" Edua.rdo Oalll Pema;l.do GODoalv.. Outlo Mon... Hu,o Napolelo x.o Louo Airton SOarN C.lIa BarrOll Joel 1"errelr& .1016 CIllIta Rubem Doura40 V..,o BZUm0-5 LD;a1: An.xo 11 -- 8&la I-B - .e04 Ramallt'" secretária.: Marl" Isabel Allndo .) COMISSAO ESPECiAL DESTINADA A RAIO.. lAÇA0 DE PROJETOS DE LEI SOBRE REDIV" 510 TERRrrORIAL EPOUTICA DEMOGRÁFICA Prel\.4eI1te: &q1MlJ'a C&mJ)Oll AR:I:KA .1ee-PrMt4eote: VIcente Vu.olo - ARJaU. Relator Geral: Henrique CardO&> - liIDB a.aat« di !W41:'IIIo: .1G di .uatJo .1orp 1oID. 8Ilb-a.Iator 41 Red1f11&o: DuD CoCmbra .àJtaM ....klr 4. polltlca Dlmocrl.ftca: .1010 .AI... .A.RIl:II& .ub-Relator d. PoIlUca Democrl.ftea: ./oJltOIlSe CarlOl de 011TIU'a - IIDB AlUl:NA Rolem*- KDII PrIlIlcUc:o 0wr.140 Bu1h6n Antaalo Poate. .10&0 Gilberto :w.mt.C1.u, Brtto J0&4uJm~ DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção t) Malo ele 117& Sábado 27 4253 = IleS! """ MDB ANl:NA <h-eAo MWl.. "Uo CamPOl Ãnt4aio~ B'Ilmbcno Sou" Kabor Jíu.1kr' .l_'I'D Arbap lItirla X - Buloe Pwd.ro 1(0_ .IümlÍ~ Rl:1 C64G Sílvio de Abreu Júnior Antônio Morai' Edgar Martins Olivir Gabardo :MDB J~ol!hlia"" Walter Silva REUNIôES Terçn.s-feira.'l. à.'I 10:00 horas Local: Anexo lI-- Plenário das CPIs Telefone: 497 (Anmeo lII) LuMM Pwúoio~ "Imundo Plu'm." SecretlÍiria: Lucy Stumpf Alves de SOU_ JUWKlO. T_l'fM-flirM, " 10:. hiIIW'M "-~: AAU'O n - .... I-A - i lIMIN _ lJecretário: Antônio EstlMllSiau Q(jme. COMISSOES DE INQUtRITO 'I) COMISSAO PAIUAMENTAI DE INQlalTO DESTINADA A EXAMINAR A SITUAÇlO DO ENSINO SUPERIOR NO IRAS'" (Requerimento D.a 130/77 ~ CPI) Prazo: 15-3-78 .. 5-10-74 , Presidenl.e: Octacilin Almeida. - MOB Vi,~e-Presidente: Fernando Coelho ~- MDB Rel..tor: Joio Pedro - ARENA TitularN ARENA Dayl do AlmeidA A.tlriamo V.lena D..reílio AyrM Mário Uoru1inCl> 2) (OMI$SAO PAIJUA.MEHTAR: DE INQutRrrO DESTINADA A APURAR DENONClA5 A RESPEITO DE OCOlRINCIAS DE BPECUUÇAO IMOBIUARIA NOS GRANDES CENTROS UR. BANOS Resolução n.o 132/77 Prazo: 5-1,,-78 II 25-10-78 P~'esidente: Joaquim Bevilacq'Ua - MDB Vice-Presidente: Ario Theodoro -- MDB Relator: Lygia Les.~1l. Bastos - ARENA Relator-Substituto: Joir Brasileiro - ARENA Ti1011.1.antf ARENA , Adriano .Qlo.rc Uio Valen~ Telefone: :125-4.801 - R. 012 ou :n'.I2» secretária.: 4''' de Lima Bol'ltel 3) COMISSÃO PARLAMENTAR DE IIQUOrrO DESTINADA A APURAR O APROVElTAMENT!Q DE COMBUSnVlIS NAO DERIVADOS DE P6- TR6LEO (Requerimento n." 116177 - CPI) Prazo: 27-4-780 a 16-11-78 Presidente; Silvio Abreu Júnior - MDB Viee-Presidente: Antônio Mota. - MDB Relator: Vasco Neto - ARENA Tltulanll ARENA Antônio Florêncio Henrique Pretti Hugo Napoleão .MDB Léo Simôell Odemir Furlan Rubem MeritIl" Nunes Leal Odulfo Dominltueili MDB José Mandell1 Joel Lima José Costa Suplente. Moacyr DAlI. Siqueir.. Ca.m1X* A.vTe~ ARENA Inocêncio Oliveira Arlindo KunzleJl Cleverson Teixeira Elcival Caiado Pedro Colin Pinheiro Machado MDB Suptentei! Duo CoimbrA ARENA MOB Ruy CMo Joi.<> Gilberto Jorae Moura !Jupkm....., ARENA Amaral P'urlan KII.noel de Almeida :NQAer Almeida Jknmiíiel , Terças, Quarta& e Quintu-teiru, àa 11 :1(1 hD1'U Loçal: Anexo II - Plenário du CPII Sílvio venturolli Vago Alex!\.ndre Maeh!ldo AUplo Carvalho Antônio Ferreira Antônio Gomei Igo :r..oseo Vago :U;PB Airton sandoval Alclr PimentA J::ma.noel Wll.ÚllUlUl fttIderioo 'Bra.nMo Pedro :LII.uro Carlos Cotta Fernando Lyra José Carlos Teixeira Oswaldo Lima Vinicius Cansançú Rlmniôell Terças-feiras. ã,. 10:00 horas Local: Anexo 11 - P~ent\.rlo dali CPIt Telefone: 509 (Anexo rol BecretâJ:ia.: Marill. da Conceiçlkl AJle,edo !Z54 Sábado 27 'DI.ARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção Maio te 1171 l) nlARIO DO CONGRESSO NACIONAL PREÇO DE ASSINATURA S8çAo I (Camara dos Deputados) Via-Superfície: Via-Aérea: •. . . . .. Cr$ 200,00 Semestre Ano Cr$ 400,00 Exemplar avu's~ Cr$ 1,00 Semestre Cr$ 400,00 Ano •. • . . .. Cr$ 800,00 Exemplar avulso ..•.•.. Cr$ 2,00 SeçAo II (Senado Federal) Via-Aérea: Via-Superfície: Semestre Cr$ 200,00 Ano ..........•....... Cr$ 400,00 Semestre Ano Exemplar avulso Exemplar avulso Cr$ 1,00 Cr$ 400,00 •. • . . •. Cr$ 800,00 Cr$ 2,00 Os pedidos devem s."'r acompanhados de Cheque Visado, Vale Postal, pagáveis em Brasília ou Ordem de Pagam ento pelo Banco do Brasil S. A. Agência Parlamento, Conta-Corrente n9 498705/5, a favor do: CENTRO GRAFICO DO SENADO FEDERAL Praça dos Três Poderes -_ Caixa Postal 1 .203 - Brasília - DF DIARIO »0 CONGltESSO NACIONAL (8eção I) Sábado 27 4255 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL QUADRO COMPARATIVO- ANOJADO -o NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (LEI N9 5.869/13, COM AS ALTERAÇOES DA L.EI N'I 5.925/13) COMPARADO AO CÓDIGO DE PROCESSO CIVILANTERIOR (DECRETOf,.EI N'I 1.608/39 COM REDAÇAO ATUALIZADA). f9VOLUME: QUADRO COMPARATIVO DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL COM DISPOSITIVOS DA LEGISLAÇÃO ANTERIOR; 29VOLUME: NOTAS (de n'ls 1 a 835) CONTENDO: • LEGISLAçAO CORRELATA;'• JURISPRUD~NCIA; • DOUTRINA; • EMENDAS APROVADAS PELO CONGRESSO NACIONAL; • EXPOSIÇAO DE MOTIVOS E PALE~TRA DO PROF. ALFREDO BUZAID; • LEGISLAçAO ESTRANGEIRA; E • REMISSOES. NOTAS (de n'ls ~-A a 95-A) documentam 8 redação original de dispositivos do Código,' lei n9 5.869/13, alterado pela Lei n9 5.925/73. PREÇO: Cr$ 70,00 Avenda no SENADO FEDERAL, 119 andar Os pedidos de publicaçlo deveria ser dirigidos' SUBSECRETARIA DE EDIÇOE:S T~CNICAS DO SENADO FEDERAL, Ed. Anexo 1.11 9 andar. Praça dos Tr6a Poderes-70000- BRAS[L1A- DF, acompanhado. de cheque nominal. visado. pagável em Bra8ma e emitido a favor do CENTRO GRÂFICO DO SENADO FEDERAL. ou pelo sistema~., REEMBOLSO POSTAL. , 4256 Sábado 2'7 DlARIO 1)0 CONGRESSO NACIONAL (Seçiio I) .ft TRANSITO Legislação atualizada. Código Nacional de TrAnsito e seu Regulamento Legislação especial e correlata. atualizados Ilícitos penais do TrAnsito. Resoluções do CONTRAN. Notas - Comparações - Remissões Furto de uso. "Revista de Inforrneção Legislativa" n' 38 452 páginas PREÇO: Cr$ 25,00 Os pedidos de publicações deverão ser dirigidos à SUBSECRETARIA DE EDiÇÕES TÉCNICAS DO SENADO FEDERAL. Ed. Anexo I, 11 0 andar. Praça dos Três POcJeres .- 7000à - BRASíLIA - DFacompanhados de cheque nominal. visado. pagável em Brasília e errlltido a favor do CENTRO GRÁFICO DO SENADO FEDERAL ou pelo sistema de reembolso postal. As obras editadas pela SUBSECRETARIA DE EDIÇOES TÉCNICAS (Antiga Diretoria de Informação Legislativa) Devem ser solicitadas a essa Subsecretaria (Senado Federal- Anexo 1,-.119 Andar) 70.000 - Praça dos Três Poderes Brasília - DF Maio de 1''1' Muio de 1978 DIARIO DO CONGllESSO NACIONAL (Seçio 1) CONSTITUIÇAo DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Emendas Constitucionais n 9 1, de 1969, n~ 2, dá 1972~ n 9 3, de 1972, n 9 ' 4, de ·1975 n' 5~-.de 1975, n' 6~ de 1976; -'-'n' 7, de·1977, n' 8, de 1977 e n'" 9, de 1977. EDIÇ~OJUNHODE 1977 (formato bolso) ~'-:'_"- 194 pãginas Preço: ~ (:r$ 1 0,00 Avend. no SENÁDO fEDERAL. 11'.andar o. pedido. de publicÍlçAo deverAo ser dirigidos i SUBSECRETARIA DE EDIÇOES T~CNICAS DO SENADO FEDERA~ Ed. Anexo 1.,11' andar•.Praça dos Tds Poderes -70000 - BRASíLIA - DF .cQmpa~haddi·de,cheque nominal. visado. pagllvel em .Brasília e emitido a favor do . . CENTRO GRÁFICO DO SENADO FEDERAL ou pelo sistema de REEMBOLSO POSTAL. Sábado ~'1 425' DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL ü5S Sábado %1 (S~io I) LEGISLAÇÃO ELEITORAL E PARTIDÂRIA (obra elàborada·pela Subsecretaria de Edições Técnicas) <-'.. Lei OrgAnica dos Partidos Polfticos (e suas alterações): -.l- Código Eleitoral (e suas alterações); - Sublegendas; - JnelegibiJidEid~s ~ Colégio Eleitoral (Presidente da República e Governadores}; - Resoluções do Tril;>unal Superior Eleitoral; - Resolução d() Tribunal de Contas da União (prestação de contas dos Partidos Políticos): . - Lei do transporte gratuito em dias de eleição (Lei n 9 6.091, de 15-8-1974); - As últimas instruções do TS E (voto no Distrito Federal; justificação dos eleitores que não votarern). (Leis Complementares n 9S 5/70 e 18/74)~ 'i Edição - Setembro de 1974 340 páginas Preço: Cr$ 20.00 SUPLEMENTO' 1976 Preço: Cr$ 20,00 AVENDA NO SENADO FEDERAL. 11' ANDAR. Os pedidos de publicaç6es deveria ser dirigidos li . SUBSECRETARIA DE EDIÇOES T~CNICAS DO SENADO FEDERAL, Ed. Anexo I, 11' andar, Praça dos Três Poderes - 70000 - ' BRASiuA - DF, acompanhados d. cheque nominal. visado. pagével em Brullia e emitido a favor do CENTRO GRAFICO DO SENADO FEDERAL, ou pelo sistema de Reembolso Postal. Março de 1978 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado CONSTITUI CÃO DA REPÚBLICA • FEDERATIVA DO BRASIL QUADRO COMPARATIVO 2' Edicao . Revista e Atualizada - 1975 Com Sup~emento 1977 . VOLUME COM 288 PÁGINAS - Preço: Cr$ 30,00 \ CONTÉM, COMPARADAS EM TODOS OS ARTIGOS: Emendas Constitucion~isn~ 1, de 17 de outubro de'1969, n 9 2. de 9 de maio de 1972, n 9 3. de 15 de junho de 1972, n 9 4, de 23 de abril de 1975, n 9 5, de 28 de ju~ nho de 1975, n 9 6, de 4 de junho de 1976, n 9 7. de .13 de abril de 1977. n 9 8, de 14 de abril de 1977, e n 9 9, de 28 de junho de 1977• . Constituição do Brasil de 24 de janeiro de 1967 (e as alterações introduzidas peJos Atos Institucionais de nlls 5 a 17 ., Ato Complementar n 9 40/69, ratificado pelo art. 3 9 do Ato Institucional nll 6/69). Constituição'dos Estado~ Unidos do Brasil de 18 de setembro de 1946 (com as Emendas Constitucionais e Atos Institucionais que a alteraram). Em notas; além de outras observações, são destacadas as alterações aprova~ das pelo Congresso Nacional, através de emendas, ao Projeto de Constituiçã\o)· remetidó ao Congresso pelo Presidente Humberto de Alencar CastelJo Branco, em dezetrtbro de 1966. . Trabalho organizado e revisado pela Subsecretaria de Edicões . . Técnicas e impresso pelo Centro Gráfico do Senado Federal A venda no SENA[)O FEDERAL~ 11 9 andar Os pedidos de publicaç60 deverão ser dirigi'dos à SUBSECRETARIA DE EDiÇÕES TÉCNICAS DO SENADO FEDERAL • Ed. Ane~o I. 11' andar. Praça dos TrAs Poderes - 70000 - BRASíLIA - DF. acompanhados de cheque nominal. visado. pagável em Brasília e emitido a favor do CENTRO GRÁFICO 00 SENADO FEDERAL ou pelo sistema de REEMBOlSO:POSTAl. ~ 4!5~ c.t.w Ori.f1co do seDiiI.@ ClÚu PoÂlIl t.:\IOI BnuJWa ~~ UI' I--- EDIÇÃO DE HOJE: 88 PÁGINAS - l - :t'lldMll