10, 11 e 12 de junho - Fortaleza
Terminal Marítimo de Passageiros Docas do Ceará
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
DESACELERAM O CRESCIMENTO?
Profa. Suzana Kahn
Professora da COPPE-UFRJ; Vice Presidente do Grupo de Trabalho III do
IPCC; e Coordenadora Executiva do Projeto Fundo Verde - UFRJ.
D.Sc. Andrea Santos
Secretária Executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas
Principais Mensagens AR5
• Crescimento das Emissões de GEE - 49 GtCO2eq/ano em 2010 ( maior
da história )
• CO2 continua sendo o principal gás de efeito estufa;
• 80% do aumento das emissões dos GEE se deve a queima de
combustíveis fósseis, o que torna a questão do aquecimento global
fundamentalmente um problema de uso destes combustíveis;
Porém, discute-se que o real problema, é a demanda de energia por conta de um
padrão de consumo dos países ricos, que é perseguido pelos países em
desenvolvimento. Vilão não seriam os fosseis e sim o modelo de desenvolvimento
Como estamos e para onde iremos?
População
Demanda de Energia
FAO, 2010
População em 2050 = 9 bi (30%
a mais do que em 2010)
Demanda de energia em 2050
será o dobro de 2010
Perspectivas EnergéticasMundiais 2050, EC - 2006
Principais Mensagens AR5
• Estabilização da concentração de CO2 (2100) nos níveis préindustriais, implica necessariamente na profunda descarbonização
da geração de energia.
• A descarbonização da geração de eletricidade, é bem mais eficaz
do que descarbonização no uso final. Já existem várias opções
tecnológicas para geração de energia de baixo carbono;
• Evitar o efeito de “ lock in ” em infraestrutura de geração de energia
que possuem longa vida útil;
Principais Mensagens AR5
Mudanças recentes das emissões de C relacionadas com energia :
• Aumento do uso do carvão;
• Aumento da intensidade de carbono no setor industrial;
• No suprimento de energia, as renováveis tiveram o maior
crescimento, mas apoiadas por suportes financeiros diretos ou
indiretos. Porém, partem de uma base ainda muito pequena.
Decomposição das mudanças absolutas nas emissões globais de CO2 relacionadas com energia:
População (azul), PIB per capita (vermelho), intensidade energética no PIB (verde), e intensidade de
carbono no setor energético (roxo). A média da mudança total por década são indicadas pelos triângulos.
Principais Mensagens AR5
Mudança no Padrão de Investimento :
É esperado que nas próximas 2 décadas, o investimento anual em tecnologias de
geração de energia, baseada em combustíveis fósseis, decresça em media de
30bi de dólares, enquanto para geração a partir de tecnologias de baixo carbono
(renováveis, nuclear e CCS) aumentem de uma média de 147bi de dólares.
Além disto, investimentos anuais em eficiência energética em transporte,
construção e indústria é projetado para crescer em 336 bi de dólares, incluindo
modernização de equipamentos e infra estrutura.
Para comparação, o nível global de investimento anual do setor de energia é de
cerca de 1200bi de dólares.
Queda no Preço da Energia Solar
Histórico, energia fotovoltaica.
Indicador, variação atual dos
combustíveis fosseis.
2014, melhor custo benefício para
projetos.
Turbinas Eólicas 100x mais Eficientes
Queda nos Preços das Baterias para Veículos
Elétricos
Veículos
elétricos
com custo
competitivo
em relação
aos
tradicionais
Mudança no Padrão de Uso de Energia
nos EUA
Medidas Tomadas pela China:
Menos Carvão
2014 teve pico no uso de carvão
Novas Plantas de Carvão Foram Banidas
em Beijing, Shanghai Guangzhou
As barras verticais indicam a variação entre a estimativa mínima e máxima; a barra horizontal sinaliza a mediana.
Mudança na média anual de investimentos nos cenários de mitigação (2010-2029). As mudanças
nas formas de investimento foram calculadas com base em um número limitado de modelos de
estudos e modelos de comparação, para cenários de mitigação onde, a concentração se estabilize
em uma faixa entre 430-530 ppm CO2 em 2100, Comparadas com a média de investimentos
usuais.
O Sentimento que se Transformou em
Oportunidade
“...não há motivos para ter
conflito entre o ambientalmente
correto e crescimento
econômico sólido.”
Presidente Barack Obama, USA
“Não existe contradição entre
esforços quanto mudança
climática e estabilidade, e
crescimento econômico.”
Secretário Geral da ONU Ban KiMoon.
“Com a abordagem correta,
não é necessário escolher
entre crescimento
econômico e redução nas
emissões de carbono.”
Primeiro Ministro David Cameron,
UK.
“O lançamento do documento ‘Nova
Economia do Clima’ é mais uma
pedra fundamental no tema
economia do clima.”
Ministro e vice Presidente Xie Zhenhua,
NDRC.
“Precisamos que governo, iniciativa
privada e sociedade escolham o
caminho de baixo carbono e
precisamos que esta escolha seja
feita agora.”
Ministro na Presidência da África do Sul Jeff
Radebe.
“Precisamos ver as ações em prol do
clima como oportunidades e não
como um fardo”
Presidente Park Geun-hye, Coreia do Sul.
Comissão Global para o Clima e Energia
- Resultados Principais
• Crescimento econômico e mitigações no clima podem ser alcançadas juntas.
Não precisamos escolher uma em detrimento da outra.
• Entorno de US$ 90 trilhões serão investidos em infraestrutura até 2030 – onde
deve se escolher se serão usadas tecnologias de baixo carbono e resilientes ao
clima. Tecnologias de baixo carbono não seriam muito mais caras e a economia
de combustíveis poderia financiar custos adicionais no investimento.
• Porém se apontarmos para o caminho errado, arriscamos impactos sociais e
econômicos significativos. As ações precisão ser tomadas com urgência.
• Existem múltiplos benefícios econômicos nas ações, e.g. redução do custos
hospitalares com a melhoria da qualidade do ar, menos congestionamento e
acidentes de transito, aumento da segurança energética, hídrica e de alimentos.
Em muitos casos as ações compensam os custos de implantação – e podem
significar 50-90% do necessário para alcançar o objetivo de menos de 2°C até
2030
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The International Climate Regime post 2012 and