Abordagem inicial ao paciente intoxicado Daniel N. G.Yankelevich (“Shrek”) 5º ano de Medicina e estagiário do Centro de Informações Toxicológicas Abril 2015 Tipos de abordagem na intoxicação Circunstância de uma possível emergência médica ABORDAGEM SISTEMÁTICA!!! Pré-hospitalar Hospitalar Telefônica Abordagem hospitalar - caso real “adaptado"do CIT Mulher, 32 anos, foi encontrada inconsciente na rua há 1 hora. Possuía 3 caixas de medicamentos em sua bolsa: Metadona, Clonazepam . Não estava responsiva a estímulos dolorosos e estava com respiração superficial. Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. ABCD da toxicologia A irway (vias aéreas) B reathing (ventilação) C irculation (circulação) D isability (neurológico) dextrose, , drogas, descontaminação Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. 1ª lição do Advanced Trauma Life Support (ATLS) TRATAR PRIMEIRO O QUE MATA MAIS RÁPIDO!!! Avaliação Ressucitação American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. Fisiologia do ABC1 1. Vias aéreas pérvias Perda do reflexo da tosse 2. Nível de consciência alerta Oxigênio na atmosfera Respiração Pulmão Circulação Tecido Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. Perda do reflexo da tosse Aspiração Pneumonite química Pneumonia Na maior parte das vezes é mais grave do que a provável intoxicação!! Imagem: http://www.medivisuals1.com/images/products/detail/405119-04XR.jpg MAIOR CAUSA DE MORBIDADE E MORTALIDADE EM PACIENTES INTOXICADOS!!!1 Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. Fisiologia do ABC 1. Vias aéreas pérvias 2. Nível de consciência alerta Oxigênio na atmosfera Respiração Perda do reflexo da tosse Queda da língua Pulmão Circulação Tecido Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. Queda da língua Imagem: http://med.stanford.edu/ohns/sleepsurgery/images/stanford_sleep_surgery-obstruction.jpg A irway (vias aéreas) Avaliação: Conversar com o paciente B Inspeção + Nível de consciência American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. Escala de Coma de Glasgow (ECG*) ≤ 8= Coma Risco de aspiração Proteger a via aérea American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. A irway (vias aéreas)1 Avaliação: B Conversar com o paciente Inspeção + Nível de consciência Manejo para otimização da via aérea2 1. Manobras de posicionamento 2. Sucção e retirada de corpos estranhos 3. Dispositivos American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. A irway (vias aéreas) Avaliação: B Conversar com o paciente Inspeção + Nível de consciência Manejo para otimização da via aérea2 1. Manobras de posicionamento 2. Sucção e retirada de corpos estranhos 3. Dispositivos American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. Manobras de posicionamento 1. “Chin lift” 2. “Jaw thrust” 3 Posição de recuperação American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. Manobra “Chin lift” American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. Manobra “jaw thrust” American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. Posição de recuperação Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. A irway (vias aéreas) Avaliação: B Conversar com o paciente Inspeção + Nível de consciência Manejo para otimização da via aérea2 1. Manobras de posicionamento 2. Sucção e retirada de corpos estranhos 3. Dispositivos American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. A irway (vias aéreas) Avaliação: B Conversar com o paciente Inspeção + Nível de consciência Manejo para otimização da via aérea2 1. Manobras de posicionamento 2. Sucção e retirada de corpos estranhos 3. Dispositivos American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. Sucção e retirada de objetos estranhos Pinça Magill Sucção Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. A irway (vias aéreas) Avaliação: B Conversar com o paciente Inspeção + Nível de consciência Manejo para otimização da via aérea2 1. Manobras de posicionamento 2. Sucção e retirada de corpos estranhos 3. Dispositivos American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. A irway (vias aéreas) Avaliação: B Conversar com o paciente Inspeção + Nível de consciência Manejo para otimização da via aérea2 1. Manobras de posicionamento 2. Sucção e retirada de corpos estranhos 3. Dispositivos American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. Dispositivos 1. Cânula orofaríngea 2. Máscara laríngea 3. Intubação orotraqueal American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. Cânula orofaríngea Imagem: http://www.sossul.com.br/sossul/public/ecommerce/produtos/2350008.jpg Cânula orofaríngea American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. Máscara laríngea American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. Máscara laríngea Site: http://i00.i.aliimg.com/img/pb/586/211/421/421211586_488.jpg Intubação orotraqueal Imagem: http://www2.unifesp.br/denf/NIEn/enfermagemposanestesica/fotos/1555.jpg Intubação orotraqueal KAMINSKY, David A. Respiratory system. The Netter Collection of Medical Illustration, v. 3, 2ª ed, 2011. Intubação orotraqueal1 Vantagens: 1. Prevenção de obstrução 2. Risco de aspiração 3. Ventilação mecânica KAMINSKY, David A. Respiratory system. The Netter Collection of Medical Illustration, v. 3, 2ª ed, 2011. Fisiologia do ABC 1. Vias aéreas pérvias Perda do reflexo da tosse 2. Nível de consciência alerta 3. Músculos respiratórios funcionais Oxigênio na atmosfera Respiração Queda da língua Pulmão Circulação Tecido Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. B reathing (ventilação) Avaliação: • Frequência respiratória 21% 1. OXIGENAÇÃO Bradipnéia: < 16 ipm 100% Taquipnéia: > 20 ipm • Ausculta pulmonar • Oximetria 2. VENTILAÇÃO Saturação O2: 95-100% American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. PORTO, Celmo Celeno (Ed.). Exame clínico. 7ª ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2011. Oxigenação Cateter nasal Máscara simples Máscara venturi KAMINSKY, David A. Respiratory system. The Netter Collection of Medical Illustration, v. 3, 2ª ed, 2011. Ventilação Imagem: KAMINSKY, David A. Respiratory system. The Netter Collection of Medical Illustration, v. 3, 2ª ed, 2011. Ventilação com ambú Ventilação mecânica B reathing (ventilação) Avaliação: • Frequência respiratória Bradipnéia: < 16 ipm C Taquipnéia: > 20 ipm • Ausculta pulmonar • Oximetria Saturação O2: 95-100% American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. PORTO, Celmo Celeno (Ed.). Exame clínico. 7ª ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2011. Fisiologia do ABC 1. Vias aéreas pérvias 1. Débito cardíaco 2. Nível de consciência alerta 3. Músculos respiratórios funcionais 2. Pressão arterial 3. Hemoglobina funcional Oxigênio na atmosfera Respiração Pulmão Circulação Tecido Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. C irculation (circulação) Avaliação: • Pulso Bradicardia: < 60 bpm Taquicardia: > 100 bpm • Ausculta cardíaca • Pressão arterial Hipotensão: < 90x60 Hipertensão: ≥ 140x90 bpm • Acesso venoso American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. PORTO, Celmo Celeno (Ed.). Exame clínico. 7ª ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2011. C irculation (circulação) Avaliação: • Pulso Bradicardia: < 60 bpm Taquicardia: > 100 bpm • Ausculta cardíaca • Pressão arterial Hipotensão: < 90x60 Hipertensão: ≥ 140x90 bpm • Acesso venoso American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. PORTO, Celmo Celeno (Ed.). Exame clínico. 7ª ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2011. C irculation (circulação) Avaliação: • Pulso Bradicardia: < 60 bpm Taquicardia: > 100 bpm • Ausculta cardíaca • Pressão arterial Hipotensão: < 90x60 Choque Hipertensão: ≥ 140x90 bpm • Acesso venoso American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. PORTO, Celmo Celeno (Ed.). Exame clínico. 7ª ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2011. Choque CHOQUE = MÁ PERFUSÃO PERIFÉRICA Normal Normal Choque VINCENT, Jean Louis et al. Circulatory shock. New Engl J Med, v. 369, n. 18, out. 2013. Choque Manejo: PRESSÃO ARTERIAL Resistência vascular periférica (RVP) Débito cardíaco Força de bomba do coração DROGAS VASOATIVAS (DVA) Quantidade de sangue que chega ao coração VOLUME C irculation (circulação) Avaliação: • Pulso Bradicardia: < 60 bpm Taquicardia: > 100 bpm • Ausculta cardíaca D • Pressão arterial Hipotensão: < 90x60 Hipertensão: ≥ 140x90 bpm • Acesso venoso American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. PORTO, Celmo Celeno (Ed.). Exame clínico. 7ª ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2011. D isability (neurológico) 2, dextrose, drogas, descontaminação Disability (neurológico) Avaliação: 1. Nível de consciência (Escala de Coma de Glasgow) American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. Escala de Coma de Glasgow (ECG*) American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. D isability (neurológico) 2, dextrose, drogas, descontaminação Disability (neurológico) Avaliação: 1. Nível de consciência (Escala de Coma de Glasgow) 2. Pupilas Tamanho Reação American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. Pupilas RAFFA, Robert B. (Ed.). Netter’s illustrated pharmacology. ICON. New Jersey, 2005. Continuação do caso Paciente foi internada em UTI ventilando com ambú mantendo boa saturação, mantendo a pressão arterial através de fluidos endovenosos, com Glasgow 3 e pupilas mióticas em “ponto de alfinete”. Avaliação 2ª Estabilização do paciente História + exame físico Síndrome toxicológica Manejo específico da intoxicação THOMPSON, et al. The general approach to the poisoned patient. Disease-a-month, n. 60, 2014. História 5 W’s WHO WHOSE WHAT WHEN WHY Quem é o paciente? De quem eram as medicações ou substância? Qual produto? Quando foi a exposição? Por quê ocorreu a exposição? THOMPSON, et al. The general approach to the poisoned patient. Disease-a-month, n. 60, 2014. Exame físico Sinais vitais (6): 1. Nível de consciência 2. Frequência respiratória • Bradipnéia: < 16 ipm • Taquipnéia: > 20 ipm 3. Oximetria de pulso Escala de coma de Glasgow 6.Temperatura corporal • Hipertermia: > 37,8ºC • Hipotermia: < 35ºC • Saturação O2: 95-100% 4. Pulos (ou “frequência cardíaca”) • Bradicardia: < 60 bpm • Taquicardia: > 100 bpm 5. Pressão arterial • Hipotensão: < 90x60 • Hipertensão: ≥ 140x90 bpm PORTO, Celmo Celeno (Ed.). Exame clínico. 7ª ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2011. Exame físico Exame neurológico: 1. Estado mental • Rebaixamento do nível de consciência • Agitação • Psicose 2. Pupilas • Miose • Midríase • Nistagmo THOMPSON, et al. The general approach to the poisoned patient. Disease-a-month, n. 60, 2014. Síndrome toxicológica Definição: conjunto de sinais e sintomas que indicam certa classe de tóxicos NELSON, Lewis S. et al. Goldfrank’s toxicologic emergencies. 9th ed. McGraw-Hill, 2011. D extrose, drogas e descontaminação Dextrose? • Homem de 45 anos foi trazido ao PS com estado mental alterado. Ele estava falando alto, gritando e xingando pessoas num teatro lotado durante o intervalo. Ele também estava suando e tinha um tremor leve nas extremidades superiores. O SAMU pensou que ele provavelmente estivesse sob a influência de drogas. Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. Hipoglicemia D extrose, drogas e descontaminação Dextrose? • Homem de 45 anos foi trazido ao PS com estado mental alterado. Ele estava falando alto, gritando e xingando pessoas num teatro lotado durante o intervalo. Ele também estava suando e tinha um tremor leve nas extremidades superiores. O SAMU pensou que ele provavelmente estivesse sob a influência de drogas. • O HGT (glicemia capilar) foi medido e estava 16 mg/dL. CONCLUSÃO: SEMPRE MEDIR HGT EM PACIENTES COM ESTADO MENTAL ALTERADO!!! Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. D extrose, drogas e descontaminação Antídotos: Agente Antídoto Anticolinesterásicos Oximas /Atropina Opióides Naloxona Anticolinérgicos Fisostigmina Methemoglobinizantes Azul de metileno Benzodiazepínicos Flumazenil “Coquetel do coma”: Dextrose, naloxona e tiamina (vit B1) THOMPSON, et al. The general approach to the poisoned patient. Disease-a-month, n. 60, 2014. Descontaminação Processo pelo qual tentamos evitar parte ou toda absorção do toxicante! Cenas do próximo capítulo... THOMPSON, et al. The general approach to the poisoned patient. Disease-a-month, n. 60, 2014. Finalização do caso Foi realizada Naloxona com a completa melhora da paciente em algumas horas. Bibliografia 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Coursera. Poisonings in the Home and Community: Assessment and Emergency Response. Maio, 2014. American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support (ATLS). 2008. KAMINSKY, David A. Respiratory system. The Netter Collection of Medical Illustration, v. 3, 2ª ed, 2011. PORTO, Celmo Celeno (Ed.). Exame clínico. 7ª ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2011. VINCENT, Jean Louis et al. Circulatory shock. New Engl J Med, v. 369, n. 18, out. 2013. RAFFA, Robert B. (Ed.). Netter’s illustrated pharmacology. ICON. New Jersey, 2005. THOMPSON, et al. The general approach to the poisoned patient. Disease-amonth, n. 60, 2014. NELSON, Lewis S. et al. Goldfrank’s toxicologic emergencies. 9th ed. McGrawHill, 2011.