MENSAGEM FINAL Um dia eu tive um sonho... Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e no céu passavam cenas da minha vida. Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia: um era meu e o outro era do Senhor. Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia. Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiantes da minha vida. Isso aborreceu-me deveras e perguntei então ao meu Senhor: Senhor, tu não me disseste que, tendo eu resolvido te seguir, Tu andarias sempre comigo, em todo o caminho? Contudo, notei que durante as maiores atribulações do meu viver, havia apenas um par de pegadas na areia. Não compreendo por que nas horas em que eu mais necessitava de ti, tu me deixaste sozinho? O Senhor me respondeu: Meu querido filho, jamais eu te deixaria nas horas da prova e do sofrimento. Quando vistes na areia, apenas um par de pegadas, eram as minhas. Foi exatamente aí que te carreguei nos braços. Álgebra | Caderno 02 2 111 www.ednaldoernesto.com.br MENSAGEM INICIAL O JOVEM INFELIZ (Melcíades Brito) Um jovem triste queria saber onde encontrar a felicidade. Contrariando seus pais, decidiu sair pelo mundo à sua procura. Partiu para lugar distante, na expectativa de encontrá-la. Chegou numa cidade desconhecida e logo encontrou um velho doente, que estava sendo levado numa padiola para um hospital, a quem perguntou: Senhor, onde está a felicidade? O doente, fitando-o surpreendido, apontou para o hospital e disse: bem ali, meu filho, bem ali. Adiante, encontrou um casal que se despedia, visto que o homem partia para uma longa viagem. Perguntou: Senhor, onde está a felicidade? O homem, apontando para o seu lar disse: bem ali, meu jovem, bem ali. Mais na frente, deparou-se com um moço desempregado que caminhava nas proximidades de próspera indústria. Aproximou-se e perguntou: moço, onde está a felicidade? O desempregado, apontando para a indústria, disse: bem ali, companheiro, bem ali. Seguiu adiante e viu um grupo de pessoas que cantavam e sorriam distraidamente. Aproximando-se de um desconhecido, que, sozinho e sem amigos, observava o grupo à distância, fez a mesma pergunta: amigo, onde está a felicidade? A pessoa interrogada, apontando para o grupo que cantava disse: bem ali, meu colega, bem ali. Andou um pouco mais e deparou-se com um prisioneiro que acenava-lhe com as mãos por trás das grades de uma cadeia. Perguntou: irmão, onde está a felicidade? O prisioneiro, apontando para a rua, onde muitos transitavam livremente, disse: bem ali, camarada, bem ali. Álgebra | Caderno 02 110 3 www.ednaldoernesto.com.br O jovem não se conformou. Ele queria algo diferente. Saúde, lar, emprego, 11) (qoj) (x) 12) j (q(x)) 13) f (t(x)) 14) t (f(x)) amigos, liberdade, tudo isso ele possuía e não se sentia feliz. Permaneceu ali algum tempo, meditativo e tristonho. Meses depois, retornou à sua cidade, sem alcançar o intento de encontrar a felicidade. Ao aproximar-se do local onde residia, uma surpresa desagradável o esperava. O imóvel, com todos os seus pertences, havia sido destruído por um incêndio. Entristecidos, os moradores daquele lar, haviam deixado a cidade, com destino ignorado. O coração do jovem bateu mais forte. Sentiu uma angústia profunda, remorso, insegurança e medo. Aflito, chorou, desejando muito que tudo aquilo não passasse de uma ilusão. Sozinho, sentado sobre os escombros e cinzas daquela que era sua moradia, sentiu saudades. Recordou seu passado, sua infância, suas brincadeiras, seus amigos, sua família, seus pertences. Veio-lhe à mente, então, tudo aquilo que disseram os entrevistados de sua peregrinação pela cidade desconhecida. Todos haviam perdido alguma coisa e, nessa coisa perdida, estava a felicidade. Compreendendo a verdade do que eles afirmaram, escreveu com os dedos sobre as cinzas: “A felicidade morava bem aqui, só eu que não via”. 15) (toj) (x) Conclusão: Goste da vida, do que é seu, do espaço que você ocupa no mundo. Veja nisto um presente de Deus. Aceite-o. Álgebra | Caderno 02 4 109 www.ednaldoernesto.com.br HISTÓRICO 77. Dadas as funções cujas leis de formação são: q(x) = x t(x) f(x) = 3x + 4 g(x) = 2x 1 se x 2 3x se x 2 x 4 3 j(x) h(x) = x2 + 1 2x 3 se x 4 4x 1 se x 4 RENNÉ DESCARTES (1596 – 1650) v(x) = 5 René DESCARTES nasceu em La Haye, França, formando-se em Direito, mas seu grande interesse foi sempre a Filosofia e a Matemática. Descartes ficou conhecido como o “Pai da Filosofia Moderna”, por seu tratado Discurso Obtenha a lei de formação das compostas do Método, escrito em 1637, onde pregava a universalidade 1) (fohof) (x) 2) f (g(h(x))) da razão. Na Matemática, Descartes criou a Geometria Cartesiana, que pode ser vista como a aplicação da geometria e da 3) f (g(x)) 4) g (f(x)) DESCARTES álgebra à geometria, teoria que deu origem ao que conhecemos hoje por Geometria Analítica. Nela, Descartes introduz a noção de coordenadas, com dois eixos que se cruzam num ponto, a origem do sistema. Esta noção evoluiu para o que hoje conhecemos como Plano Cartesiano. Aliás, cartesiano vem de “Cartesius”, tradução latina do nome Descartes. 5)(fov) (x) 6) (vof) (x) Foi com René Descartes que surgiu a Geometria Analítica. Fixando as bases de seu trabalho em dois eixos fixos, que se interceptam em um ponto, Descartes escreveu La Géometrie, na qual introduz a noção de 7) (qog) (x) 8) (goq) (x) coordenadas. Considerando duas grandezas relacionadas entre si, representou uma delas sobre um dos eixos e a outra sobre o outro eixo; construindo, por meio de paralelas, os outros dois lados, completou a figura de um paralelogramo, definindo e 9) (vot) (x) 10) (tov) (x) caracterizando um ponto do plano. Mostrou, a seguir, que a relação entre as grandezas pode ser representada por uma curva bem definida, ao mesmo tempo que demonstrava que a cada curva correspondia uma equação e que a equação de uma curva permitia o estudo das propriedades dessa curva. Álgebra | Caderno 02 108 5 www.ednaldoernesto.com.br Todo seu trabalho consistia, então, em partir de um problema geométrico, 73. Sejam f e g funções reais tais que g(x) = -4x + 2 e g(f(x)) = -12x – 18. Obtenha f(x). traduzi-lo para uma linguagem de equação algébrica e, simplificando o máximo essa equação, resolvê-la geometricamente. Sua obra La Géometrie se caracteriza, então, por uma completa aplicação da Álgebra à Geometria e da Geometria à Álgebra. A utilização do método cartesiano contribuiu decisivamente para o progresso das ciências. As representações cartesianas de fenômenos como a variação da temperatura de um doente, ou a oscilação dos valores das ações na Bolsa, que nos 74. Sabendo que f(x) = 3x + 5 e g(f(x)) = 3x + 3, obtenha g(x). permitem avaliar, por um exame simples das curvas representadas num sistema de eixos coordenados, a marcha de uma transformação e prever seu desenvolvimento, com certa precisão, mostram, entre outros exemplos, a importância do método de Descartes para o desenvolvimento dos conhecimentos humanos. 75. Dados f(x)=3x + 1 e gof(x) = 5x + 2, obter g(x). 76. Dados f(x) = 3x -1 e f(g(x)) = 6x + 8, calcular g(x). Álgebra | Caderno 02 6 107 www.ednaldoernesto.com.br 69. Sendo f(x) = 3x - 2 e g(x) = 2x + 1, calcule f(g(2)) e g(f(-1)). 70. Sabendo que f(x) = 2x - 5 e g(x) = 3x + m, determine m de modo que f(g(x)) = g(f(x)). 71. Sabendo que f(x) = x2 + 1 e g(x) = f(x + 1) – f(x), calcule g(f(x)). 72. Se f: IR IR é da forma f(x) = ax + b e verifica f(f(x)) = x + 1 para todo x real, então a e b valem, respectivamente: a) 1 e 1/2 b) -1 e 1/2 c) 1 e 2 d) 1 e -2 e) 1 e 1 Álgebra | Caderno 02 106 7 www.ednaldoernesto.com.br 6) Designemos por: fC = FUNÇÃO CRESCENTE Então: 7) fD = FUNÇÃO DECRESCENTE (fC) o (fC) = fC (fC) o (fD) = fD (fD) o (fD) = fC (fD) o (fC) = fD Designemos por: fP = FUNÇÃO PAR Então: fI = FUNÇÃO ÍMPAR (fP) o (fP) = fP (fI) o (fP) = fP (fP) o (fI) = fP (fI) o (fI) = fI EXERCÍCIOS 67. Dados f(x) = x2 - 4 e g(x) = 2x + 1, calcule f(g(x)) e g(f(x)). 68. Dadas as funções f(x) = x2 + 1 e g(x) = 3x - 1, calcule f(f(x)) e g(g(x)). Álgebra | Caderno 02 8 105 www.ednaldoernesto.com.br g Note que: Dgof = Df CDgof = CDg Observações: 1) A composição de funções não é comutativa. f e g | fog ≠ gof 2) ÍNDICE A composição de funções não é anti-comutativa. f e g | fog = gof 3) Se as funções f e g forem inversas entre si a composição comuta e a função composta em qualquer ordem será sempre igual à função identidade. Se f = g-1 4) (fog)(x) = (gof)(x) = x A função identidade, f(x) = x, é o elemento neutro da composição de funções. Se f (x) = x então f(g) = g(f) = g 5) Se uma das funções da composição é função constante a função composta é constante. Página 01 - O plano cartesiano 11 02 - Simetrias no plano cartesiano 17 03 - Produto cartesiano 21 04 - Relações binárias 28 05 - Relações binárias entre conjuntos densos 35 06 - Relação inversa de uma relação binária 40 07 - Noções de função 45 Se f(x) = k então f(g(x)) = f(x) = k e g(f(x)) é constante Álgebra | Caderno 02 104 9 www.ednaldoernesto.com.br 65. Seja f uma função par, se k de x é: Df e sabendo que f(k) = 3x + 1 e f(-k) = x + 5, então o valor 66. Seja f uma função ímpar, e k um elemento de domínio da função, se nesta função f(k) = 3x + 4 e f(-k) = -x + 10 o valor absoluto de x é: 07. COMPOSIÇÃO DE FUNÇÕES (FUNÇÃO COMPOSTA) Considere as funções f: A Álgebra | Caderno 02 10 B e g: B 103 C representadas por diagrama sagital: www.ednaldoernesto.com.br RELAÇÕES BINÁRIAS 61. Seja a função f : IR - {a} IR - {b} dada por f(x) = 3x 2 . Determine os valores de a e b -x para que exista sua inversa. 1 01. O PLANO CARTESIANO Consideremos um plano euclidiano determinado por duas retas reais concorrentes e perpendiculares em suas respectivas origens. 62. Em uma função f estritamente crescente f(2x + 1) > f(x + 9). Determine os possíveis valores de x. 63. Em uma função f estritamente decrescente f(2x + 1) > f(x + 9). Determine os possíveis valores de x. Este plano assim obtido será definido como sendo o plano cartesiano. PAR ORDENADO A noção (idéia) de par ordenado será aqui adotada como conceito primitivo: Considere dois números reais quaisquer escritos entre parênteses, separados por vírgula, numa determinada ordem, satisfeitas tais condições teremos um par ordenado. 64. Em uma função f injetora f(3x + 4) = f(x + 6). Calcule os possíveis valores de x. Álgebra | Caderno 02 102 11 www.ednaldoernesto.com.br Dois pares ordenados são iguais entre si, se e somente se, tiverem as coordenadas respectivamente iguais (abscissas iguais e ordenadas iguais). CORRESPONDÊNCIA BIUNÍVOCA DE D’ESCARTES 58. Dada uma função f bijetora, definida por f(x) = 3x 1 obtenha a lei de formação da sua -x inversa. 4 59. Qual a lei de formação da função inversa da função dada por f(x) = 2x - 4 . -x IR YP 2 y (EIXO DAS ORDENADAS} . (ORIGEM) 0 . . P x (EIXO DAS ABSCISSAS) XP IR 60. Verifique se a função dada por f(x) = 3x x 4 pode ser inversível, e em caso afirmativo, 1 defina-a para que seja, assim como sua inversa. Cada ponto do plano cartesiano está associado a um único para ordenado e cada par ordenado está associado a um único ponto do plano cartesiano. Álgebra | Caderno 02 12 101 www.ednaldoernesto.com.br c) Pontos distintos no IR2 estão associados a pares ordenados diferentes e pares ordenados iguais estão associados a pontos coincidentes. PROPRIEDADES DOS QUADRANTES d) e) f) Álgebra | Caderno 02 100 13 www.ednaldoernesto.com.br PROPRIEDADES DOS EIXOS COORDENADOS h) h(x) = 3x2 + 2x - 1 Todo ponto do eixo das abscissas tem ordenada igual a zero e, reciprocamente, todo ponto de ordenada nula está no eixo das abscissas. 57. Em cada caso abaixo é dado o gráfico de uma função f sobrejetora, caso seja inversível, obter o gráfico de sua respectiva função inversa: a) Todo ponto do eixo das ordenadas tem abscissa igual a zero e, reciprocamente, todo ponto de abscissa nula está no eixo das ordenadas. PROPRIEDADES DAS BISSETRIZES DOS QUADRANTES b) Todo ponto da bissetriz dos quadrantes ímpares (1º e 3º, quadrantes) tem ordenada igual à abscissa e, reciprocamente, todo ponto de coordenadas iguais está na bissetriz dos quadrantes ímpares. Álgebra | Caderno 02 14 99 www.ednaldoernesto.com.br b) f(x) = 3x 4 2 c) f(x) = 3 4x 1 d) g(x) = 4x 3 4x 1 e) g(x) = 2x 1 3x 4 Todo ponto da bissetriz dos quadrantes pares (2º e 4º quadrantes) tem ordenada igual ao oposto da abscissa e, reciprocamente, todo ponto de coordenadas simétricas está na bissetriz dos quadrantes pares. EXERCÍCIOS 01. Entre os pontos A(0, 7), B(3, 3), C(-2, 0), D(-1, -1), E ( 3 , 0), F(-4, 4), G(0, - 2 ), H 1 1 e I(0, 0). , 2 2 a) quais estão no eixo 0x? f) g(x) = x2 - 3 b) quais estão no eixo 0y? c) quais estão na bissetriz dos quadrantes ímpares? 3 g) h(x) = 4x + 1 d) quais estão na bissetriz dos quadrantes pares? Álgebra | Caderno 02 98 15 www.ednaldoernesto.com.br 02. Representar no plano cartesiano os pontos A(4, 3), B(-2, 5), C(-4, -2), D(3, -4), E(2, 0) e F(0, 3). REGRA PRÁTICA PARA DETERMINAÇÃO DA LEI DE FORMAÇÃO DA FUNÇÃO INVERSA Para obter a função inversa de uma função f(x), basta reescrever f permutando as variáveis x e y e expressar y em função de x. Vejamos qual é a inversa da função y = 2x – 1. Trocando x por y e y por x, temos: x 1 . 2 x 1 Então, a inversa de y = 2x – 1é y . 2 X = 2y – 1 2y = x + 1 y Os gráficos de uma função e de sua inversa são simétricos em relação à bissetriz dos quadrantes ímpares (1° e 3°) do plano cartesiano: 03. Dizer qual é o quadrante onde são representados os pontos: a) ( 2 , - 3 ) b) ( - 1 2 ) , 2 2 c) (2 - 2,1- 2) EXERCÍCIOS 56. Considere bijetoras as funções cujas leis de formação são dadas a seguir, obtenha as leis de formação de suas inversas: a) f(x) = 2x + 1 Álgebra | Caderno 02 16 97 www.ednaldoernesto.com.br PROCESSO PARA DETERMINAR A FUNÇÃO INVERSA DE UMA FUNÇÃO BIJETORA DADA Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {2, 4, 6, 8, 10}, consideremos a função f = {(1, 2), (2, 4), (3, 6), (4, 8), (5, 10)} de A em B. Esquematizando, temos: f = {(1, 2), (2, 4), (3, 6), (4, 8), (5, 10)} AxB f-1 = {(2, 1), (4, 2), (6, 3), (8, 4), (10, 5)} BxA 02. SIMETRIAS NO PLANO CARTESIANO Simetria em Relação ao Eixo das Abscissas Simetria em Relação ao Eixo das Ordenadas. Ex.: Obter o Simétrico do ponto (4, 3) em relação ao eixo dos x. Ex.: Obter o Simétrico do ponto (4, 3) em relação ao eixo dos y. RELAÇÃO ENTRE O GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO BIJETORA E O GRÁFICO DE SUA INVERSA O ponto (x; y) está no gráfico de se, e só se, o ponto (y; x) estiver no gráfico de -1. Isto significa que os dois gráficos apresentam simetria axial em relação à bissetriz do 1º e 3º quadrantes do sistema cartesiano. Df = CDf-1 = If-1 = [-3; 2] Df-1 = CDf-1 = If-1 = [1; 5] Conclusão: Pontos Simétricos em relação ao eixo das abscissas possuem abscissas iguais e ordenadas simétricas. Conclusão: Pontos Simétricos em relação ao eixo das ordenadas possuem abscissas simétricas e ordenadas iguais. f e f-1 são bijetoras Álgebra | Caderno 02 96 17 www.ednaldoernesto.com.br Simetria em Relação à Bissetriz dos Quadrantes ímpares. Simetria em Relação à Bissetriz dos Quadrantes pares. Ex.: Obter o Simétrico do ponto (4, 3) em relação à bissetriz dos quadrantes ímpares Ex.: Obter o Simétrico do ponto (4, 3) em relação à bissetriz dos quadrantes pares. Conclusão: Pontos Simétricos em relação à bissetriz dos quadrantes ímpares possuem coordenadas permutadas. 06. INVERSÃO DE FUNÇÕES CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA DA INVERSA A condição para que exista a função inversa de f é que f seja bijetora. Observe que somente quando a função é bijetora é que existe função inversa. Conclusão: Pontos Simétricos em relação à bissetriz dos quadrantes pares possuem coordenadas permutadas e simétricas. Simetria em Relação à origem do plano cartesiano. Ex.: Obter o Simétrico do ponto (4, 3) em relação à origem do IR2. Se f: A Conclusão: Pontos Simétricos em relação à origem do plano cartesiano possuem Coordenadas Simétricas. Álgebra | Caderno 02 18 f-1 : B B é bijetora -1 -1 A = {(y,x) | (x,y) f} -1 Df = CDf = If e CDf = If = Df 1 f é inversível ou invertível f 1 f 95 www.ednaldoernesto.com.br EXERCÍCIOS EXERCÍCIOS 53. Classifique as funções abaixo quanto à paridade, supondo que seus extremos de domínio são simétricos. a) f(x) = x8 b) f(x) = x7 c) f(x) = d) f(x) = 3 x4 x4 x 7 x3 g) f(x) = (x4 – x6). x9 e) f(x) = x4 + 7 h) f(x) = x2 + x4 + 7 f) (x) = x3 + x6 i)f(x) = x5 . x2 x4 1 04. Analise as afirmações: 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4 A ordenada de um ponto é a sua projeção ortogonal sobre o eixo das ordenadas. Todo ponto no eixo das abscissas tem ordenada nula. A distância de um ponto ao eixo das abscissas é igual ao módulo da sua ordenada. Todo ponto de terceiro quadrante possui coordenadas negativas. Todo ponto na bissetriz dos quadrantes pares possui coordenadas simétricas. 05. Determine o maior valor de k para que o ponto P(2k 2 - k ; -1) pertença à bissetriz dos quadrantes pares. 7 06. (Cescem-SP) O ponto (a, -b) pertence ao segundo quadrante. Os pontos (-a; b) e (-a, -b) pertencem respectivamente, aos quadrantes: a) 3ºe 1º b) 3º e 4º c) 4º e 1º d) 2º e 4º e) 1º e 3º 54. (UNICAP/Mat II) Sejam f e g duas funções não-nulas. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4 Se f é Se f é Se f é Se f é Se f é ímpar e g é ímpar, então f . g é ímpar. par e g é ímpar, então f + g é ímpar. ímpar e g é ímpar, então f - g é ímpar. par e g é par então f . g é par. ímpar e g é ímpar então g : f é par. 07. Qual a amplitude do intervalo ao qual pertencem os valores de x que obrigam o ponto P(2x - 4; 5x - 15) a pertencer ao quarto quadrante. 55. (COVEST/MAT-I) Seja f uma função contínua definida no conjunto dos números reais. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4 Se f Se f Se f Se f Se f é par jamais f será injetora. é função par, f é simétrica em relação à bissetriz dos quadrantes pares. é injetora então f não é par. é estritamente crescente então f é uma função ímpar. é uma função bijetora então f pode ser uma função par. Álgebra | Caderno 02 94 19 www.ednaldoernesto.com.br 08. Calcule x e y de modo que (5x + 2y, 2x + y) = (12, 5). Algebrismo da paridade de funções monomiais. Sejam f e g duas funções monomiais de mesmo domínio com extremidades simétricas e não-nulas: feg f+g f-g f.g f:g par par par par ímpar ímpar par par f é par não-par não-par e g é ímpar e não-ímpar e não ímpar ímpar ímpar f é par e g é par f é ímpar e g é ímpar 09. Analise as afirmações: 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4 O ponto P(k2 - 3k ; 6) pertence ao eixo das ordenadas se k = 3. O ponto P(-1 ; k2 - 4) pertence ao eixo das abscissas se e somente se k = 2. O ponto (2 3 ; -1) está no 4º. Quadrante e sua distância ao eixo das abscissas é 2 3 O ponto P(2x - 4 ; 5x - 1) pode pertencer ao quarto quadrante. Pontos que possuem ordenadas iguais sempre estão numa mesma reta paralela ao eixo das ordenadas. Observações: I) Quando adicionamos ou subtraímos funções de mesma paridade, a paridade se mantém. Se as funções tiverem paridade contrárias resultará numa função não-par e não ímpar. 10. Sobre o ponto P(- 2 ; ) é correto afirmar que: II) Quando multiplicamos ou dividimos funções de mesma paridade o 0 0 Seu simétrico em relação ao eixo das abscissas é o ponto ( 2 ; - ). resultado será uma função par. Se tiverem paridades contrárias 1 1 Seu simétrico em relação ao eixo das ordenadas é o ponto (- 2 ; ). resultará numa função ímpar. 2 2 Seu simétrico em relação à bissetriz dos quadrantes ímpares é o ponto (- ; 3 3 Seu simétrico em relação à origem do plano cartesiano é o ponto ( ; - 2 ). 4 4 Seu Simétrico em relação à bissetriz dos quadrantes pares é (- 2 ; - ). Álgebra | Caderno 02 20 2 ). III) A única função simultaneamente função par e ímpar é a função nula, f(x) = 0, definida a extremos de domínios simétricos. 93 www.ednaldoernesto.com.br Logo as mesmas podem ser classificadas quanto à paridade, se seus extremos de domínio forem simétricos, observando-se apenas seus expoentes. f (x) = kxn Expoente par função par Expoente ímpar função ímpar 03. PRODUTO CARTESIANO Dados dois conjuntos A e B definiremos como sendo o produto cartesiano entre A e B o conjunto A X B (A cartesiano B) cujos elementos são todos os pares ordenados possíveis de ser obtido com abscissa elemento de A e ordenada elemento de B. Segundo fator do produto cartesiano (fornece as ordenadas) A X B = {(x, y) x Aey B} Primeiro fator do produto cartesiano (fornece as abscissas) Observe as figuras: FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DO PRODUTO CARTESIANO A = {1; 2; 3} e B = {1; 2; 3; 4} vamos representar A X B. Neste caso fixamos o valor de k (k = 1) e variamos o expoente n = 1, 2, 3, 4, 5. Álgebra | Caderno 02 Neste caso fixamos o expoente n (n = 1) e variamos o coeficiente k = 1, 3, -3. 92 21 www.ednaldoernesto.com.br PROPRIEDADE DO PRODUTO CARTESIANO P1) O PRODUTO CARTESIANO NÃO É COMUTATIVO Se A ≠ B Paridade das Funções Monomiais AXB ≠ BXA f(x) = kxn k Dados A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B { 3, 4, 5, 6,}, representar graficamente A X B e B X IR* e n IN* A. Como A X B = {(x, y) x A e y B}, o gráfico de A X B é formado pelos pontos cujas abscissas são elementos de A e cujas ordenadas são elementos de B. O gráfico de B X A = {(x, y) x B e y A} é formado pelos pontos que têm abscissas em B e ordenadas em A. Estas funções apresentam seis possibilidades de gráficos dependendo dos valores de k e n. n=1 n par n ímpar (n ≠ 1) k>0 P2) SE OS FATORES FOREM IGUAIS TEREMOS UM QUADRADO CARTESIANO (A ORDEM DOS FATORES NÃO ALTERA O PRODUTO) Se A = B A X B = B X A = A2 = B2 K< 0 P3) SE UM DOS FATORES FOR O CONJUNTO VAZIO O PRODUTO CARTESIANO SERÁ O CONJUNTO VAZIO (A ORDEM DOS FATORES NÃO ALTERA O PRODUTO) Se A = Álgebra | Caderno 02 OU B = AXB=BXA = 22 91 www.ednaldoernesto.com.br g) h) P4) O CARDINAL DO PRODUTO CARTESIANO É IGUAL AO PRODUTO DO CARDINAL DOS FATORES (SE OS FATORES FOREM CONJUNTOS FINITOS) n(A X B) = n(A) . n(B) = n(B X A) PRODUTO CARTESIANO DE CONJUNTOS DENSOS i) j) EXEMPLO 1: Vamos estudar como se representa, no plano cartesiano, A X B quando A ={ x B={y IR 1 x 4} e IR 2 y 5} ; Como A e B são intervalos, o produto cartesiano, neste caso, será o conjunto dos pontos do plano hachurado da figura. l) m) EXEMPLO 2: n) Álgebra | Caderno 02 o) 90 A = {x IR 1 x 5} e B = IR Resolução: As abscissas dos pares ordenados de A X B são todos os números reais de 1 até 5 e as ordenadas são todos os números reais. 23 www.ednaldoernesto.com.br 52. Dados os gráficos abaixo, classifique a função quanto à paridade: EXEMPLO 3: A = {X IR 1 x a) b) c) d) e) f) 4} e B = {1, 2} EXERCÍCIOS 11. Represente graficamente os produtos cartesianos abaixo: a) {1, 2, 3} x {1, 2, 3, 4} b) {-3, -1, 0} x {3, 4, 5} Álgebra | Caderno 02 24 89 www.ednaldoernesto.com.br CONCLUSÃO c) [1; 4] x [2; 13 ] No gráfico de uma função par, dois pontos de abscissas simétricas, x, e -x têm a mesma ordenada y = f(x) = f(-x). Por isso, o gráfico é simétrico em relação ao eixo y. No gráfico de uma função ímpar, dois pontos de abscissas simétricas, x e -x, têm ordenadas simétricas y = f(x) e -y = -f(x). Por isso o gráfico é simétrico em relação à origem do sistema cartesiano. d) ] -3; -1/2 [ x [2; 3[ e) { [-4; -1] [ 2 ; 3] } x [1; 7/2 [ OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Uma função cujo gráfico não satisfaz nenhuma das condições acima, não é função par nem função ímpar, logo podemos definir a mesma como uma função não-par e nãoímpar. Álgebra | Caderno 02 88 25 www.ednaldoernesto.com.br f) [3; 5] x ( ] -2; -1 [ [2; 6[ ) FUNÇÃO ÍMPAR Uma função f com intervalo de domínio a extremos simétricos é uma função ímpar, se e somente se, elementos simétricos de domínio possuírem imagens simétricas. Exemplo: f: [- 2 ; 2 ] IR f(-1) = -2 e f(1) = 2 1 1 f = -1 e f =1 2 2 f(x) = 2x g) {1, 2, 3, 4} x {-2, -1, 0, 1, 2} f é função ímpar x Df f(x) = -f(-x) No gráfico de uma função ímpar, os pontos que têm abscissas x e -x são sempre simétricos em relação à origem do sistema cartesiano. h) [1; 4] x {2; 3} O gráfico de uma função ímpar é simétrico em relação à origem do plano cartesiano. Álgebra | Caderno 02 26 87 www.ednaldoernesto.com.br FUNÇÃO PAR i) {1, 2, 3} x [-4; - 2 [ Uma função f com intervalo de domínio a extremos simétricos é uma função par, se e somente se, elementos simétricos de domínio possuírem imagens iguais. Observe o exemplo: f: [-2;2] IR f(-2) = f(2) = 4 e f(-1) = f(1) = 1 f(x) = x2 j) ( [-4; -1] f é função par x Df f(x) = f(-x) {1,2,3,4} ) x ({-3, -2, -1} ] 2;5[ ) y Como os pares ordenados de qualquer função par têm sempre a mesma ordenada para valores simétricos do domínio, os pontos do gráfico de qualquer função par são sempre simétricos em relação ao eixo das ordenadas x O gráfico de uma função par é simétrico em relação ao eixo das ordenadas. Álgebra | Caderno 02 86 27 www.ednaldoernesto.com.br g) h: [-4;4] 04. RELAÇÕES BINÁRIAS [-2;2] h) h: IR IR Dados dois Conjuntos A e B , estabelecer uma relação binária entre A e B é determinar um certo subconjunto de A x B que obedeça a uma lei de formação dada : R:A B = { ( x,y) AxB|xRy} REPRESENTAÇÃO DAS RELAÇÕES Exemplo 1: Dados os conjuntos A = {0,1,2,3} , B = {1,2,3,5,6} e a Relação Binária R= { ( x,y) A x B | y= x + 1 } , podemos representar esta relação R das seguintes formas : Efetuando o produto cartesiano A X B e determinando os pares que tornam verdadeira a lei de formação teremos: 05. PARIDADE DAS FUNÇÕES Álgebra | Caderno 02 28 85 www.ednaldoernesto.com.br c) f: [a;b] – {e;f} [c;d] d) f: [a;b] [c;d] Exemplo 2: Considere a relação R de A em B, descrita pelo diagrama a seguir. e) g: [-4;4] IR f) g: ]-3;4] – {2} [-2;4] Exemplo 3: Sejam : A = {-2; 3; 5}, Temos: R = {(-2; 4), (-2; 6), (-2; 8), (3; 6)}, B = {-1; 1; 4; 6; 8} e Álgebra | Caderno 02 84 D(R) = {-2; 3} 29 e www.ednaldoernesto.com.br R = {(x; y) A x B x é divisor de y}. Im(R) = {4; 6; 8} b) d) e) f) CONSIDERAÇÕES FINAIS 1) Toda relação binária é subconjunto (PARTE) de um produto cartesiano. (R: A 2) Existem tantas relações R: A B) (A X B) B quantos forem os subconjuntos de A X B n (R: A B) = 2n(A X B) 51. Dados os gráficos abaixo, classifique as funções quanto à tipologia: a) f: [a;b] [c;d] b) f: [a;b] {c} EXERCÍCIOS 12. Dados dois conjuntos A = {-2, -1, 0, 1, 2 } R = {(x, y) A X B y = x + 2}. determine: e B = {-1, 0, 1, 2, 3, 4, 5} e a relação a) a relação R por extensão; b) conjunto domínio e conjunto imagem; Álgebra | Caderno 02 30 83 www.ednaldoernesto.com.br FUNÇÃO BIJETORA (FUNÇÃO BIJETIVA) Uma função :A d) gráfico cartesiano; c) diagrama de flechas; B é bijetora se, e somente se, é injetora e sobrejetora. Função bijetora f é sobrejetora e f é injetora f é bijetora Observe que: Não existe elemento de B que não seja imagem de um elemento de A (f é sobrejetora). Cada elemento de B é imagem de um único elemento de A (f é injetora). Neste caso, quando a função f é, ao mesmo tempo, sobrejetora e injetora, dizemos que f é uma função 13. Dados os conjuntos M= {-2, -1, 0, 1, 2, 3} e N = {-1, 0, 2, 3, 5} e a relação R = {(x, y) M x N y = x2 - 1} determine: a) pares ordenados da relação R; bijetora. EXERCÍCIOS b) conjunto domínio e conjunto imagem. 50. Os seguintes diagramas representam funções f de A em B. Classifique, em cada um dos casos a função quanto ao tipo de aplicação: a) Álgebra | Caderno 02 b) 82 c) diagrama de flechas; d) gráfico cartesiano. 31 www.ednaldoernesto.com.br x 1 } e os conjuntos E = { -3, -1, 1, 3, 5} e 2 F = { -1, 0 , 1 , 3, 5 } , determine a relação R pelos método da extensão. 14. Considerando a relação R = {(x,y) ExF y= Neste caso, dizemos que a função f é injetora. Graficamente, uma função injetora fica caracterizada pelo seguinte fato: toda reta paralela ao eixo x que passa pelas imagens da função corta o seu gráfico em apenas um ponto. Isso quer dizer que não existem em f pares ordenados com ordenadas iguais. 15. Dados os conjuntos A = {1, 5, 9, 13, 15} e B = {0, 2, 4, 6, 8} e a relação R= {(x,y) B x A y = 2x + 1}, determine o conjunto domínio e o conjunto imagem da relação. FUNÇÃO SOBREJETORA (FUNÇÃO SOBREJETIVA) Uma função 16. Considerando a relação R: I J = {(x,y) | y = x2 } e os conjuntos I = {-2,-1,0,1,2,3} e J = {-1,0,1,2,3,4}, represente a relação na forma diagramática. :A B é sobrejetora se, e somente se, Im(f ) = B, onde B é CD ( ): Função Sobrejetora f:A B é sobrejetora Im(f ) = CDf Observe que: Não existe elemento de B que não seja imagem de um elemento de A, isto é, chegam flechas em todos os elementos de B. O conjunto imagem é igual ao contradomínio da função. Neste caso, dizemos que a função é sobrejetora. Álgebra | Caderno 02 32 81 www.ednaldoernesto.com.br 04. TIPOLOGIA DAS FUNÇÕES 17. Considerando a relação R= {(x,y) A x B y=3x + 1} e os conjuntos A= { -1; 0; 1; 2 } e B = {-2; -1; 0; 1; 4; 6}, faça a representação analítica da relação. FUNÇÃO INJETORA (FUNÇÃO INJETIVA) Uma função domínio de : A B é injetora se, e somente se, elementos diferentes quaisquer do possuem imagens diferentes. 18. Represente as seguintes relações por extensão: x1 Função Injetora x2 f (x1) f (x2) a) R = {(x, y) IN x IN 2x + y = 10} b) S = {(x, y) IN x IN x2 + y2 = 25} Observe que: Não existe elemento B que seja imagem de mais de um elemento de A, isto é, em cada elemento de B que é imagem de um elemento de A chega apenas uma flecha. Álgebra | Caderno 02 80 33 www.ednaldoernesto.com.br 19. Se R = {x, y) IN2 x + y = 10} e S = {(x, y) IN2 x - y = 2}, determine R S. 20. Dadas as relações binárias R: IN IN = {(x, y) x2 + y = 5} e (S IN2) = {(x, y) calcule as relações abaixo, representando-as pelo método da extensão: a) R e) x + y = 3}, S f) b) R S c) R - S d) S - R 21. Sejam dois conjuntos A e B tais que n(A) = 3 e n(B) = 2. Quantas relações binárias de A em B podem ser definidas? g) Álgebra | Caderno 02 34 79 www.ednaldoernesto.com.br b) 05. RELAÇÕES BINÁRIAS ENTRE CONJUNTOS DENSOS Exemplos: Exemplo 1: Dados os intervalos A = ] -2; 4] e B = [0; 3[ Considere, agora, a relação R de A em B: R = {(x, y) c) A x B y = x + 1} Como não podemos enumerar os infinitos pares ordenados de A x B, pois A e B são conjuntos densos, devemos construir um gráfico para representar a relação R: Representamos A x B Encontramos alguns pontos no gráfico cartesiano: que satisfaçam y = x + 1. Construímos o gráfico de R, unindo esses pontos: d) Logo: D(R) = {x IR -1 Im(R) = {y IR 0 Álgebra | Caderno 02 78 35 x < 2} y < 3} www.ednaldoernesto.com.br Notemos que: Dado o gráfico cartesiano de uma relação R, projetando-o ortogonalmente, sobre 0x e sobre 0y obtemos, respectivamente, D(R) e Im(R). Exemplo 2: Considere agora os conjuntos A = {x IR 1 x 4}, B = {y IR 2 y R = {x, y) 4}, e a relação R: A B definida por A x B y = x}. A representação de R através de seus pares ordenados, bem como através de diagrama, é inconveniente, pois como A e B são conjuntos infinitos, R terá infinitos pares. Neste caso, a única representação conveniente de R é o próprio gráfico: EXERCÍCIOS 49. Dados os gráficos de funções a seguir, analise o seu comportamento. a) D = {x Im = {y Álgebra | Caderno 02 36 IR 2 x IR 2 y 4} 4} 77 www.ednaldoernesto.com.br Observe o exemplo: Exemplo 3: Dados os conjuntos A = [-1, 3) e B = [-2, 4] e a relação R dada por: Df = [x1; x2] R= y = -x DR = {(x, y) A x B + 1} [- 1;3[ ImR = ]- 2;2] EXERCÍCIOS 22. Sendo A = [2,5] e B = [1,2[ , represente graficamente no plano cartesiano: R: A B = {(x,y) y = x-2} No ponto em que a função muda de comportamento de crescente para decrescente definimos o ponto de máximo da função e no ponto em que muda de decrescente para crescente definimos o ponto de mínimo. Álgebra | Caderno 02 76 37 www.ednaldoernesto.com.br 23. Sendo A = ]-1, 4] e B = [1,6[ , represente graficamente no plano cartesiano: R:A B = {(x,y) y = 2x + 1} 03. ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DA FUNÇÃO (VARIAÇÃO) y FUNÇÃO CRESCENTE FUNÇÃO DECRESCENTE FUNÇÃO CONSTANTE A CURVA ASCENDE A CURVA DESCENDE A CURVA É HORIZONTAL Quanto maior o elemento de domínio, maior a respectiva imagem. Quanto maior o elemento de domínio, menor a respectiva imagem. Elementos diferentes de domínio, imagens iguais. 24. Determinar o D(R) e a Im(R), em cada caso abaixo: a) b) c) d) x2 > x1 Álgebra | Caderno 02 38 f(x2) > f(x1) x2 > x1 f(x2) < f(x1) x1 x2 f(x1) = f(x2) 75 www.ednaldoernesto.com.br e) e) f) f) 06. RELAÇÃO INVERSA DE UMA RELAÇÃO BINÁRIA Dada uma relação binária R: A B sempre existirá a sua relação inversa, R-1: B A, que é obtida permutando-se as coordenadas dos pares ordenados de R. R-1 : B Álgebra | Caderno 02 74 A = {(x,y) 39 (y,x) R: A B} www.ednaldoernesto.com.br b) Exemplo: 1º) Se A = {2, 3, 4, 5} e B = {1, 3, 7} quais são os elementos de R = {(x, y) e de R-1 ? A x B x < y} Utilizando o esquema das flechas. c) Temos: R = {(2,3), (2, 5), (2, 7), (3, 5), (3, 7), (4, 5), (4, 7), (5, 7)} -1 R 2º) Se A = {x e = {(3, 2), (5, 2), (7, 2), (5, 3), (7, 3), (5, 4), (7, 4), (7, 5)} IR 1 x relações R = {(x, y) 4} e B = {y IR 2 y 8} representar no plano cartesiano as A x B y = 2x} e sua inversa R-1. d) Álgebra | Caderno 02 40 73 www.ednaldoernesto.com.br PROPRIEDADES São evidentes as seguintes propriedades: 1ª) D(R-1) = Im(R) Isto é, o domínio de R-1 é igual à imagem de R. 2ª) Im(R-1) = D(R) Isto é, a imagem de R-1 é igual ao domínio de R. 3ª) (R-1)-1 = R Isto é, relação inversa de R-1 é a relação R. 4ª) O gráfico de uma relação binária e o gráfico da sua inversa são sempre simétricos em relação a bissetriz dos quadrantes ímpares. (VER FIGURA AO LADO). EXERCÍCIOS 48. Estude o sinal de cada uma das funções dadas, a partir de seus gráficos: EXERCÍCIOS 25. Dadas as relações abaixo, obtenha as suas inversas. a) R = {(1,2); (3,4); (3,7); (5,-2); (0,0)} a) b) S = {(-4,3); (1,0); (3, -4); (2,2); (0,1)} Álgebra | Caderno 02 72 41 www.ednaldoernesto.com.br c) d) A função f é positiva nos intervalos de domínio em que a curva estiver acima do eixo das abscissas. A função f é negativa nos intervalos de domínio em que a curva estiver abaixo do eixo das abscissas. e) R: A B = {(x,y) y = 2x + 1} f) R: A B = {(x,y) y = 3x 1 } g) R: A 4 B = {(x,y) y 3 2x + 5 As raízes são os elementos de domínio que possuem imagem zero. } x é raiz f(x) = 0 Analiticamente são as abscissas dos pontos da curva que estão no eixo das abscissas. Álgebra | Caderno 02 42 71 www.ednaldoernesto.com.br 02. ESTUDO DO SINAL DE UMA FUNÇÃO h) R: A Estudar o sinal de uma função f de domínio Df IR é obter os intervalos de B = {(x,y) y = x2 + 2} i) R: A B = {(x,y) y = x2 - 4x + 3} j) R: A B = {(x,y) y = 4x2 - 12x + 1 } l) domínio para os quais: (x) < 0 ou (x) = 0 ou (x) > 0 m) Álgebra | Caderno 02 70 43 www.ednaldoernesto.com.br n) o) Álgebra | Caderno 02 44 e) f) g) h) 69 www.ednaldoernesto.com.br e) f) 07. NOÇÕES DE FUNÇÃO DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO (OU APLICAÇÃO) Uma relação R: A somente se: B é uma função f: A B ou uma aplicação f: A B se e 1) Todo elemento do conjunto partida da relação tiver imagem. 47. Observe os gráficos abaixo e identifique os que podem ou não representar funções, em caso afirmativo determinar o domínio e a imagem da possível função: E 2) Cada elemento de domínio tiver imagem, única. a) b) Observe que ser função é um caso particular de ser relação binária, ou seja, toda função é relação binária, mas nem toda relação binária é função. Exemplo: Consideremos as relações R, S, f e g, de uma conjunto A num conjunto B, representadas por diagramas de flechas: c) d) São funções de A em B apenas as relações f e g. Álgebra | Caderno 02 68 45 www.ednaldoernesto.com.br 46. Os esboços seguintes representam funções; observando-os, determine o domínio e o conjunto imagem. A IDÉIA DE FUNÇÃO abaixo: Consideremos as relações binárias R1, R2 e R3 representadas por diagramas sagitais a) b) c) d) A relação R1 não é uma função de A em B, pois sobra elemento no conjunto partida da relação. A relação R2 não é uma função de A em B, pois existe elemento de domínio com mais de uma imagem. A relação R3 é uma função de A em B, pois não há sobra de elementos no conjunto partida e não existe elemento de domínio com mais de uma imagem. Álgebra | Caderno 02 46 67 www.ednaldoernesto.com.br c) d) A = [a; b] B = [c; d] A = [-2; 2] B = IR Observe a relação: F Observe que: e) A = [- ; ] B = IR f) A = [-3; 3] B = IR Quando uma relação F: A B é uma função f: A B: - O conjunto partida é sempre o domínio da função; - Os conjuntos contra domínio e imagem da relação respectivamente o contra domínio e imagem da função: continuam sendo - A lei de formação da relação é a lei de formação da função: g) Álgebra | Caderno 02 h) A = [0; 2] B = IR 66 A = [1; 3] B = IR - Esta função pode ser representada por compreensão das seguintes formas: 47 www.ednaldoernesto.com.br O SÍMBOLO f(x): EXERCÍCIOS Este símbolo tem várias interpretações: 44. Os gráficos abaixo representam relações binárias definidas no quadrado cartesiano de A, sendo A = {1, 2, 3, 4, 5}, identifique entre eles os que definem uma função de A em A. a) b) d) e) c) f(X) 45. Das seguintes relações, dadas por seus gráficos cartesianos, dizer quais são funções de A em B. a) A = {1; 2; 3; 4} B = IR b) A = {2} B = IR EXERCÍCIOS 26. Os diagramas seguintes mostram relações de A em B. Indique as relações que são funções. a) Álgebra | Caderno 02 b) c) 48 65 www.ednaldoernesto.com.br Relação g Relação R d) e) f) 27. No diagrama seguinte está representada uma função f de M em N. Determine: a) O domínio de f. b) O contra domínio de f. Na relação g, a todo elemento de A corresponde um único elemento de B; logo, g é função de A em B (lembremos que numa função é perfeitamente possível dois elementos do domínio terem uma mesma imagem). c) O conjunto imagem de f. Na relação R, a todo elemento de A corresponde um único elemento de B; logo, R é função de A em B. d) O elemento de domínio que possui imagem 1. e) A imagem do elemento de domínio 5. f) O par ordenado da função que tem ordenada 3. g) O par ordenado da função que possui abscissa 3. Notemos, também, que, dado o gráfico cartesiano de uma função , suas projeções ortogonais sobre 0x e 0y determinam, respectivamente, o domínio e o conjunto imagem de . h) f(-2) = i) O valor de x se f(x) = 2 j) f(2) = k) O valor de x se f(x) = 7 l) O valor da variável livre se a variável dependente valer 1. m) O valor da variável independente que obriga a variável dependente a ser 1. n) A representação de f por extensão. o) A representação cartesiana de f. Projetando a curva sobre o eixo das abscissas obtemos o domínio da função e projetando sobre o eixo das ordenadas obtemos o conjunto imagem: Álgebra | Caderno 02 64 49 www.ednaldoernesto.com.br 28. Os diagramas a seguir representam relações binárias F de A em B, classifique-os como sendo funções ou não e represente-os pelo método da compreensão. a) ANÁLISE DE FUNÇÕES REAIS b) 01. RECONHECIMENTO ANALÍTICO DE UMA FUNÇÃO Através do gráfico cartesiano podemos reconhecer se uma relação é ou não função. Para identificarmos uma função a partir de seu gráfico, traçamos perpendiculares ao eixo x por valores pertencentes ao domínio. Se todas as perpendiculares cortarem o gráfico em apenas um ponto, ele representa uma função. c) d) e) Álgebra | Caderno 02 Relação S Relação h Na relação S, existe, por exemplo, o elemento a A ao qual correspondem dois elementos distintos de B; logo S não é função de A em B. Na relação h, existem os elementos a e b em A que não têm correspondentes em B; logo, h não é função de A em B. f) 50 63 www.ednaldoernesto.com.br 29. O diagrama seguinte representa uma função g de A em B; determine: a) Uma possível lei de formação para g. b) A representação da função g pelo método da compreensão. h) A representação de g por extensão. 30. Dada a função de A em B, descrita pelo diagrama ao lado, calcular: f(1) 3f(-2) 4f(0) - f(-1) . f(-3) 31. Dados os conjuntos A = [1, 5], B = [6, 18] e a função calcular: = {(x, (x)) AxB (x) = 2x + 4}, a) (1) b) (7) c) O valor de x se (x) = 10 d) (7) Álgebra | Caderno 02 62 51 www.ednaldoernesto.com.br 32. Seja uma função de R em R definida por f(x) = ax + 2. Determinar a, sabendo que f(1) = 5. 33. Seja f:R ÍNDICE R uma função tal que: I. f(x) = x2 + mx + n; II. f(1) = -1 e f(-1) = 7. Nessas condições, determine f(3). Página 01 - Reconhecimento analítico de uma função 63 02 - Estudo do sinal de uma função 70 03 - Análise do comportamento (variação) de uma função 75 04 - Tipologia das funções 80 05 - Paridade das funções 85 06 - Inversão de funções 95 07 - Composição de funções Álgebra | Caderno 02 52 103 61 www.ednaldoernesto.com.br 34. Uma espécie de animal, cuja família inicial era de 200 elementos, foi testada num laboratório sob ação de uma certa droga, e constatou-se que a lei de sobrevivência entre esta família obedecia à relação n(t) = at2 + b, em que n(t) é igual ao número de elementos vivos no tempo t (dado em horas) e a e b, parâmetros que dependiam da droga ministrada. Sabe-se que a família desapareceu (morreu o último elemento) após 10 horas do início da experiência. Determine quantos elementos tinha esta família após 8 horas do início da experiência. Álgebra | Caderno 02 60 53 www.ednaldoernesto.com.br 35. O número de diagonais de um polígono convexo é dado em função de seu número n de n(n 3) lados por f(n) . 2 a) Dê o domínio D desta função. b) Determine o número de lados de um polígono convexo que tem exatamente 44 diagonais. 36. Em uma experiência realizada com camundongos, foi observado que o tempo requerido para um camundongo percorrer um labirinto, na n-ésima tentativa, era dado pela função 12 minutos. f(n) 3 n a) Qual é o tempo necessário para o camundongo percorrer o labirinto na terceira tentativa ? b) Em qual tentativa o camundongo leva 3 minutos e 30 segundos para percorrer o labirinto ? Álgebra | Caderno 02 54 59 www.ednaldoernesto.com.br 37. Um pedaço de cartolina, quadrado, tem lados de 10 cm. Nos cantos inferiores foram cortados dois quadrados congruentes. A parte restante tem a forma de um T. Seja x a medida dos lados dos dois quadrados inferiores (em cm) e y a área do T (em cm2). Obtenha a lei de formação da função g que associa x a y. 38. Um pedaço de cartolina EFGH quadrado, tem lados de 6 cm. Os pontos A, B, C e D podem se deslocar nos lados, mas sempre de modo que as medidas de EA, ED, GB e GC sejam iguais. Seja x a medida (em cm) desses quatro segmentos e y a área (em cm2) do retângulo ABCD . Obtenha a lei de formação da função f que associa x a y. Álgebra | Caderno 02 58 55 www.ednaldoernesto.com.br 39. Sabendo que f(x+2) = 2x - 1. Obter f(x). 42. Sabendo que f(3x + 1) = x 4 2 . Obter f(2). 40. Sabendo que f(3x - 4) = x2 + 2. Obter f(x). 43. Sabendo que f(x 4) 3x 1 . Calcule f(2x): 2 41. Sabendo que f(2x + 3) = x + 11. Obter f(3x - 1). Álgebra | Caderno 02 56 57 www.ednaldoernesto.com.br