ñas differengas, apparecendo algumas especies que sao mais frequentes num ou
noutro lugar. Na Chapada apparecem aínda outras formacSes vegetativas
muito interessantes, sao estas que se desenvolvem ás vezes nos pequeños brejos e ñas varzeas húmidas e que podcriamos chamar formagoes de Comolia
e de Macairea: para os lados de Juruena, já ñas vertentes do norte, existem formagoes de Cornelia Hoehnei, Cogn. e de Macairea rctundifolia,
Cogn.
e Mac. Hoehnei, Cogn. que occupam, as vezes, quasi exclusivamente, grandes
áreas destes citado terrenos, os transformando de Margo a Maio em verdadeiros jardins; ainda das Melastomaceas, apparecem tambem grandes grupos de
Microlicia htitnilis, Naud. e de Siphanthera ramosissiina, Cogn. que vegetam nos
lugares mais húmidos e alagados, entre as quaes encontramos muitas especies
de U inculcarías e de Droseras.
Todas as formacoes vegetativas que encontramos em Matto Grosso, podem ser consideradas primitivas ou naturaes, porque, si nao quizermos considerar as influencias do fogo como urna intervencáo do homem, todas ellas
apresentam ainda o cunho que a natureza lhes emprestou desde o principio; fazem
excepcáo desta regra, as capoeiras desenvolvidas nos lugares onde civilisados
ou aborigénes destruiram as mattas existentes, para por alguns annos cultivaren! o terreno com cereaes e plantas tuberigeras. As capoeiras distinguem-se das
outras formagoes de mattas, principalmente pela maior densidade das arvores e pelo desenvolvimento das mesmas; grande parte das suas arvores, sao
de pouca duragáo, seccam depois de alguns annos e deixam desta forma mais
espago para outras mais resistentes, que, de desenvolvimento mais demorado, sao
a principio suffocadas pelas primeiras. Estas capoeiras encontramos, com frequencia, na regiáo habitada pelos indios Nambyquaras e tambem perto de todas as povoagoes e cidades do Estado, porém, nao em tal proporgáo corno acontece nos outros Estados mais po|pulósos e agricultores. Ñas formagoes primitivas, podemos distinguir quatro typos definidos de formagoes vegetativas,
que sao: as silvestres (mattas), campestres (campos), palustres (pantanaes) e
as lacustres (aquaticas) que ainda por sua vez se subdividem em muitas formas e typos, variando de colorido de accordo com o terreno. Passemos pois a
estudar estas diversas formagoes na regiáo por nos atravessada nesta Expedigao, comegando desde a bocea do rioParaná, formado pela confluencia do rio
deste nome com o rio Paraguay.
* * *
O rio Paraná, que desemboca, com o Uruguay, no grande estuario do
Prata, atravessa na sua parte inferior, na República Argentina, urna grande planicie de terrenos sedimentados, que, naturalmente, sao o resultado da sedimentagáo das pequeñas partículas de rochas que no decorrer dos seculos as
aguas foram transportando do Grande Planalto Central, onde a sua erosáo formou as escavadas e interessantes anfractuosidades eme caracterizara o contraforte sul da serra, que sob diversos nomes, atravessa de leste a oeste, em graciosa
curva cheia de flexóes e de saliencias e reentrancias todo o estado de Matto
Grosso e, do qual deixou ainda isolado ou agrupado urna ou outra montanha já
destacada do systema geral; ñas barrancas do rio, póde-se ver nítidamente
a superposigáo das carnadas que se foram sedimentando no decorrer dos seculos, as diversas carnadas correm paralellas e sao geralmente divididas ou limitadas por um trago mais escuro, sendo que, em geral, a primeira já é mais
dura e apparece em muitos pontos como rocha mais ou menos compacta.
Na direcgáo em que o rio atravessa esta planicie existe um tahlweg
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ñas differengas, apparecendo algumas especies que sao mais