São Paulo, sábado a segunda-feira, 23 a 25 de maio de 2015
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Pesquisa indica que mulheres são mais
desrespeitadas em espaços públicos
ealizada com jovens de
14 a 24 anos, a consulta
foi divulgada durante
o 1º Seminário Internacional
Cultura da Violência contra as
Mulheres, em São Paulo. De
acordo com a entidade, cerca
de 94% das entrevistadas relataram que já foram assediadas
verbalmente nas ruas e 77% relataram que o assédio foi físico,
desde estupro até o toque ou
beijo forçado na balada. “Desses
77%, 10% sofreram algum tipo
de assédio por familiar ou dentro de casa, o que é um número
gravíssimo”, disse Érica Teruel,
do Énois Inteligência Jovem,
organização que trabalha com
temas relacionados à educação
envolvendo jovens, especialmente os de periferia.
Dos episódios de assédio
físico, 72% ocorreram com
desconhecidos em transporte
público, baladas ou parques,
entre outros ambientes. “Essa
menina não se sente à vontade no espaço público. Ela
vai para a rua e é assediada
o tempo inteiro. Ela não é
respeitada, o que acaba tendo
consequência no dia a dia dela”,
informou Érica. “As mulheres
conquistaram muitas coisas,
mas, infelizmente, na infância
R
Fernando Frazão/Arquivo ABr
Pesquisa da organização Énóis Inteligência Jovem indica que o espaço público é o ambiente mais
citado por jovens mulheres como local em que não há segurança ou em que elas se sentem mais
desrespeitadas como mulheres
De acordo com a pesquisa, 94% das mulheres entrevistadas já
foram assediadas verbalmente nas ruas.
e na adolescência, ainda temos
uma educação muito machista,
que impede e tolhe a liberdade
dessas meninas. Quando se fala
que ‘isso não é coisa de menina’,
a consequência é direta no desenvolvimento, na carreira que
ela vai escolher, na vida sexual
e na vida afetiva”.
“As mulheres foram educadas para ter esse medo pela
família, pela mídia e por uma
série de fatores externos. isso é
terrível. Efetivamente existem
mensagens específicas para
a mulher e para o homem. A
pesquisa mostrou que, durante
a infância, elas aprendem que o
menino pode tudo e elas não. É
um fator cultural, de tradição e
herança. É isso que a gente tem
de mostrar. Temos de mostrar
esse horror e colocar alguma
luz sobre isso”, informou Ivo
Herzog, diretor do Instituto
Vladimir Herzog.
Entre as entrevistadas, 41%
revelaram ter sofrido agressão
física por homem. Segundo
o Énóis Inteligência Jovem,
51% dessas agressões foram
praticadas por algum familiar,
38% por parceiros e 23% por
amigos. A pesquisa indicou
ainda que 47% das mulheres
consultadas já foram forçadas
a ter relações sexuais com seus
parceiros.
Denominada #Mulherpodetudo - como o Machismo e
a Violência contra a Mulher
Afetam a Vida das Jovens das
Classes C,D e E, a pesquisa ouviu 2.285 jovens de 370 cidades
brasileiras, com idades entre 14
anos e 24 anos e renda familiar
de até R$ 6 mil.
“A maioria das mulheres nasceu após 1995 e tiveram esse
tipo de educação [machista].
Para mudar, temos de contar
com a escola, que é um instrumento muito importante e com
políticas públicas para atingir
essas meninas”, explicou Érica Teruel. A pesquisa foi feita
em duas etapas. Na primeira,
20 jovens de São Paulo, Rio
de Janeiro, Salvador, Brasília,
Belém e Porto Alegre foram
entrevistadas de forma mais
aprofundada. “Com base nessas
entrevistas, desenvolvemos um
questionário publicado online
e convidamos para participar
meninas de diversas partes do
Brasil. Nossa intenção era entender como a violência contra
a mulher e o machismo afetam
a vida das jovens” (ABr).
Mais de 150 países, entre eles o Brasil, comprometeram-se a
investir pelo menos de 4% a 6% do PIB em educação até 2030.
O compromisso faz parte de declaração assinada no Fórum
Mundial de Educação, em Incheon, na Coreia do Sul, que deverá
servir de base para a definição de metas globais para a educação
nos próximos 15 anos.
Além do investimento, os países comprometeram-se a oferecer educação de qualidade, inclusiva e equidade no acesso,
entre outras questões. Para a coordenadora de Educação da
Unesco no Brasil, Rebeca Otero, o financiamento é a questão
chave para que os países cumpram as metas. “O financiamento é extremamente importante. A meta de financiamento é
fundamental, algo que não tínhamos especificado em 2000”. A
declaração firmada servirá de base para a definição das metas
de educação nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável,
que serão ratificados pelas Nações Unidas em setembro.
As metas, que deverão ser cumpridas até 2030 darão continuidade ao Marco de Ação de Dakar, Educação para Todos: Cumprindo nossos Compromissos Coletivos, firmado em 2000 por 164
países, que vigorou até este ano. De acordo com a Unesco, um
terço dos países conseguiu cumprir as metas e a falta de recursos
está entre os principais motivos. Na declaração firmada, os países
comprometem-sem com o investimento de 4% a 6% do PIB ou de
20% do Orçamento. Segundo os últimos dados disponibilizados
pela Unesco, em 2012, de 142 países com dados disponíveis, 39
gastaram 6% ou mais do PIB em educação.
A questão do financiamento ainda será detalhada em duas
reuniões das Nações Unidas este ano em Adis Abeba, na Etiópia,
e em Oslo, na Noruega. Além do aumento de recursos por parte
dos países, será debatido o papel dos países ricos como doadores.
De acordo com a Unesco, o mundo conseguiria universalizar a
educação primária até 2030, incluindo 58 milhões de crianças
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Elza Fiúza/ABr
Mais de 150 países definem metas de
educação para os próximos 15 anos
Os países comprometeram-se a investir pelo menos de 4% a 6%
do PIB em educação até 2030.
na escola, com o investimento de US$ 22 bilhões por ano dos
países ricos. O valor equivale, por exemplo, ao que esses mesmos
países gastam em 4,5 dias com aparatos militares.
No caso do Brasil, a meta de investimento já é cumprida.
De acordo com o Inep, o país investe 6,6% do PIB no setor.
“É preciso observar a gestão, se esses recursos estão gerando
efetividade na aplicação. O país já aloca o padrão mínimo, mas
é preciso buscar os 10% do PIB para garantir qualidade”, diz
Rebeca. Segundo ela, se o Brasil cumprir o que está estabelecido
no Plano Nacional de Educação (PNE), “alcançará a maior parte
das metas internacionais que o país é signatário e provavelmente
também do próximo marco de ação. O PNE contempla todas
essas metas internacionais” (ABr).
Estado lança a Campanha
do Agasalho 2015
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Padrinho
e garotopropaganda da
ação, o campeão
mundial de surf
Gabriel Medina.
O governador Geraldo Alckmin e a presidente do Fundo
Social de Solidariedade do
Estado de São Paulo, Lu Alckmin, realizaram na manhã de
sexta-feira (22), no Palácio dos
Bandeirantes, o lançamento
da Campanha do Agasalho
2015. O evento contou com a
presença do padrinho e garotopropaganda da ação, o campeão
mundial de surf Gabriel Medina.
“O agasalho é importante para
a saúde. Assim, a Campanha
do Agasalho tem o sentido
da saúde e do amor, porque
vai aquecer o corpo de quem
recebe e o coração de quem
doa”, ressaltou Alckmin.
O objetivo da campanha é
arrecadar peças novas ou em
boas condições de uso. “A
cada ano, notamos uma maior
adesão por parte da população,
que faz a sua parte doando
roupas e cobertores em bom
estado”, afirma Lu Alckmin. Já
Medina disse que é uma honra
participar da campanha. Para
participar como um posto de
arrecadação, o interessado
deve preencher um formulário
no site (www.campanhadoagasalho.sp.gov.br).
Após o cadastro, o material
de divulgação (caixas e banners) deverá ser retirado no
depósito do Fundo Social, no
bairro do Jaguaré. Para aqueles
que desejam doar uma peça de
roupa ou cobertor, o endereço
dos locais de coleta estarão
disponíveis no mesmo site. A
Campanha terá duração de dois
meses. As peças arrecadadas
serão encaminhadas para os
municípios do Estado e para
as entidades sociais da capital
cadastradas no Fundo Social
de Solidariedade, além de hospitais e albergues. Informações
tel. 2588-5839.
OPINIÃO
Aviões, Nozes e o
Relacionamento com Clientes
Leonardo Barci (*)
As pessoas normalmente
contam histórias ou
situações dentro de sua
própria realidade. É
algo meio inevitável
e você assiste a todos os
capítulos de uma determinada novela ou seriado
diariamente, e isto consome
muito do seu tempo, seja qual for
a roda de conversa, é provável
que você traga à tona o atual estágio do enredo. No meu caso, o
tema que preenche boa parte da
minha semana são viagens. Seja
qual o for o seu tema de conhecimento, quanto mais você está
dentro dele, mais compreende
sobre aquilo e maior a chance
de começar a notar pequenas
variações na rotina.
Foi mais ou menos uma
pequena variação nesta rotina
que me chamou a atenção em
uma das viagens para casa.
Reparei que algo estava errado.
Difícil de colocar em palavras
ou explicar em um texto, mas
foi aquela sensação ao colocar o pé no avião e perceber
que alguma coisa não estava
exatamente como deveria. A
proposta da companhia que
viajei é de um diferencial de
cordialidade e simpatia.
O sinal seguinte não foi mais
apenas uma percepção. Entre
a decolagem e o serviço de
bordo dormi um pouco.
Acordei com a moça servindo
alguns snacks. Vi que entre as
cinco ou seis costumeiras opções, havia apenas uma. Peguei
um dos snacks e a moça se foi e
uma sede teimou a permanecer
na minha poltrona. Pelo sinal
de comissária, chamei alguém
para pedir um copo de agua. A
resposta dela foi tão inusitada
quanto imprevisível: “Mas já
não serviram o senhor?”
A viagem estava chegando ao
fim mas algo continuava a me
incomodar. Fui a última pessoa
a descer do avião e ao chegar
ao final da escada já haviam
quase 10 pessoas olhando para
o ônibus que nos levaria até o
terminal se perguntando como
caberiam todos em um local
que já estava lotado. Entre
o “Aperta aí dentro” e o “É
melhor os senhores entrarem
porque este é o único ônibus
para o terminal”, o transporte
saiu entre a sua capacidade
máxima e mais um pouco.
Refleti sobre o que estava
errado naquela viajem e me
dei conta de que havia sido a
passagem mais barata que já
comprei. Me lembrei também
que seguidamente este preço
vem sendo oferecido por esta
companhia e também por
alguns concorrentes neste
mesmo horário.
Percebi naquele momento a
minha responsabilidade nesta
história e até “inocência” em
achar que o preço não iria impactar a qualidade do serviço.
Fui um pouco além e pude perceber que uma decisão quando
tomada de forma unilateral
pode prejudicar a todos.
Ficou óbvio que para que
a conta fechasse, os custos
precisaram ser cortados em
todos os locais. Em algum lugar, alguém como uma planilha
deve ter feito a conta:
• “Bom, são 89 passageiros
neste voo. No ônibus cabem 90 então basta pedir
para equipe de solo apenas
um transporte e estamos
resolvidos. Menos gastos! – a verdade é que no
Brasil os passageiros têm
o costume de levar muita
bagagem na mão. Então a
capacidade para 90 pessoas + bagagens de mão é
algo bastante diferente;
• “Se colocarmos uma única
opção de lanche, teremos
o efeito dominó onde
S
menos gente pede e menos lanches no total são
servidos;
• “Como este é um voo de
horário de baixa circulação no aeroporto, vamos
utilizar menos pessoas e
o embarque pode ser mais
lento mas isto não interfere na agenda do dia;
• “Damos uma apertada para
um tempo de solo ser menor e conseguimos fazer
mais voos com a mesma
aeronave;
• “Pronto, a conta fecha!”
Fazendo uma conta rápida,
o aumento no número de passageiros gera um faturamento
maior e um caixa rápido extra
para a companhia. O “freio”
nisto é que a quantidade de
aeronaves que permanece a
mesma bem como o número de
profissionais. Olhando para os
funcionários desta companhia
como seres humanos percebo
que a carga extra de trabalho
fez naturalmente a simpatia e
cordialidade serem deixadas
de lado. Uma coisa é atender
a alguns voos lotados, outra
bem diferente é transformar
isto na rotina diária.
Vi com certa clareza algo
que como profissional de marketing e relacionamento me
trouxe alguma tristeza. Este é
um daqueles momentos onde
gerar mais lucro torna-se mais
importante do que se ater à
missão e propósito da empresa.
Minha visão sobre tudo isto é
que o cliente ficou de fora da
análise. Ninguém contou para
os passageiros qual seria o
impacto de uma passagem tão
barata. Ao desembarcar tive a
oportunidade de uma experiência bastante diversa.
Se você viaja com frequência, já deve ter notado que nos
principais aeroportos existem
uns carrinhos que vendem
umas nozes que tem um cheiro
delicioso. Minha esposa gosta
muito e, sempre que tenho
oportunidade levo um pacote
para ela. Mas naquele dia resolvi levar também um para mim.
Como é de costume a moça me
perguntou se eu queria levar
um pacote maior. Já desisti de
contar que minha esposa adora
estas nozes mas também fica
atenta ao seu peso, então ela
sempre me pede para levar um
pacote pequeno.
Eu estava levando dois pacotes de R$ 13 por 100g de nozes,
o que ao final custaria R$ 26
por 200g. Nesta oportunidade
porém a oferta foi diferente. A
moça disse: O senhor não quer
levar um único pacote de R$ 25
com 250g? Por algum motivo
aquilo me chamou a atenção.
Uma coisa é oferecer um pacote maior de R$ 16 para 130g. O
princípio por traz disto é que
o estabelecimento aumenta
seu faturamento e ainda assim preserva sua margem.
Neste caso, porém, ela estava
me oferecendo algo que iria
diminuir o faturamento e a
margem da loja.
Neste momento um novo
estalo: “Esta empresa está
olhando para os clientes”. A
atitude é singela mas mostra
plena atenção. A moça viu o que
eu estou comprando. Ela sabe
quanto eu irei levar e está me
oferecendo algo melhor para
mim como cliente, ainda que
isto sacrifique pontualmente
o faturamento desta compra.
Com estes dois exemplos quis
trazer à tona a visão de que um
bom relacionamento com clientes não é algo de outro mundo
e que atitudes simples quando
incluímos o cliente podem gerar
bons frutos para todos.
(*) - É sócio e presidente da agência
YouDb e autor do livro “Mind the gap
- porque o relacionamento com os
clientes vem antes do marketing”.
Geometry Global Brasil Comunicação Ltda.
CNPJ/MF nº 05.736.453/0001-02 - NIRE 35.218.199.898
Edital de Convocação - Reunião Ordinária de Sócios
Ficam convocados os sócios para a Reunião Ordinária de Sócios a ser realizada no dia 20/06/2015, às 13 horas, na sede
social, localizada em São Paulo-SP, na Avenida Major Sylvio de Magalhães Padilha, 5200, Bloco D, 2º andar, Conjunto
21, Jardim Morumbi, CEP 05693-000, para apreciar e deliberar sobre o exame, discussão e aprovação dos Balanços
Patrimoniais e das demais Demonstrações Financeiras referentes aos exercícios sociais encerrados em 31/12/2012, 31/
12/2013 e 31/12/2014. Os referidos Balanços Patrimoniais e demais Demonstrações Financeiras referentes aos exercícios sociais encerrados em 31/12/2012, 31/12/2013 e 31/12/2014 encontram-se à disposição dos sócios na sede da
sociedade. São Paulo, 21/05/2015. Sérgio Henrique Esmeraldo Brandão, Ana Catarina Toscano.
(21.22.23/05/2015)
Geometry Global Brasil Comunicação Ltda.
CNPJ/MF nº 05.736.453/0001-02 - NIRE 35.218.199.898
Edital de Convocação - Reunião Extraordinária de Sócios
Ficam convocados os sócios para a Reunião Extraordinária de Sócios a ser realizada no dia 20 de junho
de 2015, às 14 horas, na sede social, localizada em São Paulo-SP, na Avenida Major Sylvio de Magalhães Padilha, 5200, Bloco D, 2º andar, Conjunto 21, Jardim Morumbi, CEP 05693-000, para apreciar e
deliberar sobre a ratificação da antecipação de lucros da sociedade relativos aos exercícios sociais
encerrados em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2013. São Paulo, 21 de maio de 2015.
Sérgio Henrique Esmeraldo Brandão, Ana Catarina Toscano.
(21.22.23/05/2015)
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