Unidade de Acesso a Inovação e Sustentabilidade
Diretrizes Gerais para Planejamento da Solução
Educacional
5 Menos que São Mais:
Redução de Desperdício
em Micro e Pequenas
Empresas
Belo Horizonte – MG
SEBRAE – 2012
1
( Fazer a revisão da ficha catalográfica )
Este documento, escrito por Catharina c. de Macedo, é o produto da Consultoria para
adequação da Metodologia 5 MENOS QUE SÃO MAIS, elaborada pelo Sebrae DF,
segundo DGPS (Diretrizes Gerais para Planejamento da Solução Educacional) do
Sebrae MG.
© 2011, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Minas Gerais –
Sebrae-MG
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dos direitos autorais (Lei nº 9.610)
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Coordenação Estadual
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Vanessa Torres Vaz de Melo
Consultora Conteúdista
Catharina Cavalcante de Macêdo
Consultora em adequação ambiental do Sebrae DF
Sócia Proprietária da Spirale
Tratamento de Linguagem e revisão
Serviço a ser executado
Editoração Eletrônica - Serviço a ser executado
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................................4
2. OBJETIVO GERAL......................................................................................................................5
2.1 Objetivos Específicos..............................................................................................................5
3. COMPETÊNCIAS........................................................................................................................6
4. PÚBLICO ALVO..........................................................................................................................7
6. CONTEÚDO MÍNIMO ...............................................................................................................9
7. ESTRUTURA GERAL.................................................................................................................22
8. RECURSOS BÁSICOS................................................................................................................30
9. RELATÓRIOS E DOCUMENTOS................................................................................................30
10. CRITÉRIOS DE CERTIFICAÇÃO................................................................................................30
11. COMUNIDADES DE CONSULTORES.......................................................................................30
12. PERFIL DO CONSULTOR .......................................................................................................33
13. AVALIAÇÃO DA SOLUÇÃO.....................................................................................................34
14. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................................35
3
1. INTRODUÇÃO
A metodologia SEBRAE 5 MENOS QUE SÃO MAIS – Redução de Desperdício em
Micro e Pequenas Empresas está organizada para proporcionar benefícios
econômicos associados à melhoria do desempenho ambiental da empresa, foi
concebida pelo Sebrae/DF a partir de experiência adquirida desde 1996 com o
desenvolvimento do projeto piloto Elaboração de Plano de Melhoria de Desempenho
Ambiental para Micro e Pequenas Empresas e com base na aplicação de outras
ferramentas de gestão ambiental, como a norma NBR ISO 14001, os processos de
coleta seletiva, Produção mais Limpa, Boas Práticas de Gestão Empresarial e a
abordagem conceitual dos Cinco Menos que são Mais.
Sua proposta é abordar a dimensão ambiental da atuação da empresa a partir do
prisma do aumento da rentabilidade/lucratividade que poderá ser obtido com a
diminuição/eliminação dos eventuais desperdícios de insumos (materiais e trabalho),
levando empresários de micro e pequenas empresas a adotarem práticas
ambientalmente mais adequadas e, ao mesmo tempo, possibilitando o
reposicionamento dos seus negócios para um contexto de mercado mais moderno e
competitivo.
A importância que têm as questões ambientais para o sucesso dos negócios em longo
prazo é muito difundida hoje em dia. As exigências crescentes da sociedade, refletidas
em padrões ambientais cada vez mais restritos e o aumento das ferramentas de
comando e controle dos órgãos ambientais, demonstram claramente esta tendência.
As grandes companhias já perceberam que investimentos contínuos e crescentes no
controle da poluição e recuperação de áreas degradadas podem pôr em risco a
viabilidade de um negócio, o que as tem forçado a adotar a prevenção da degradação
ambiental e instrumentos de gestão ambiental cada vez mais eficientes para novas
operações e produtos, planejando-os do “berço ao berço”.
Atualmente, é sabido que a questão ambiental das empresas está inserida no negócio.
Assim, quando uma delas gera resíduo, está perdendo matéria-prima pela qual pagou
e esse resíduo poderia ser minimizado, em vez de causar poluição, reduzindo os
custos do processo produtivo e tornando a empresa mais competitiva. Além disso,
podem surgir novas oportunidades de negócio ao se considerar a questão ambiental,
com a reutilização ou reciclagem de resíduos. A redução da degradação ambiental
também resulta em ganhos para as empresas porque envolve a preservação do
patrimônio e dos recursos naturais e da biodiversidade.
As micro e pequenas empresas, em que pese, em geral, ao relativamente pequeno
impacto ambiental, se considerados no conjunto do arranjo produtivo ou em toda a
cadeia de produção, são passíveis de gerar danos ambientais significativos,
equivalentes aos de uma grande indústria de transformação.
Contudo, as micro e pequenas empresas, em sua maioria, apresentam pequeno
aporte de capital inicial, capital de giro limitado e pouca atenção a técnicas de gestão
empresarial, o que as torna vulneráveis e pouco receptivas a procedimentos
relacionados ao controle ambiental de seu empreendimento.
4
Dessa forma, considerando as questões ambientais que estão diretamente
relacionadas com a competitividade das empresas e as dificuldades inerentes aos
micro e pequenos empreendedores em adotar procedimentos de controle ambiental,
além dos impactos efetivos e potenciais que determinadas atividades podem e vêm
causando ao meio ambiente, é que o Sebrae/DF decidiu desenvolver a Metodologia de
Redução de Desperdício em Micro e Pequenas Empresas, e hoje adotada pelo Sebrae
Minas.
A consultoria para aplicação desta metodologia está dividida em 3 fases, com total de
62 horas, disponibilizadas para visitas técnicas e elaboração dos relatórios:
Antes de iniciar a Consultoria é realiza uma palestra de sensibilização desta solução
educacional:
•
•
•
A Fase I (12 horas) é dedicada ao diagnóstico e prognóstico;
A Fase II (34 horas) é destinada às medições e implementação de um dos
estudos de caso propostos para mitigar ou eliminar os desperdícios
identificados;
A Fase III (16 horas) é destinada ao acompanhamento para avaliação e
ajustes, quando necessários.
Como resultado, o SEBRAE espera tornar as micro e pequenas empresas mais
competitivas, aumentar as possibilidades de ampliar a rentabilidade de seus negócios
e contribuir para a redução dos eventuais impactos negativos que sobras e resíduos
possam causar ao meio ambiente.
2. OBJETIVO GERAL
Fazer um levantamento de dados da empresa, referente ao consumo de água, de
energia elétrica e de matéria-prima, elaborar um diagnóstico dos desperdícios, caso
existam e propor soluções para minimizar esses esbanjamentos, visando diminuir os
custos de produção, aumentar a produtividade e reduzir/eliminar impactos ambientais
negativos.
2.1 Objetivos Específicos
•
Diminuir os custos de produção, as despesas operacionais e a pressão sobre
os recursos naturais e ambientais por meio da adoção de procedimentos e
mecanismos limpos, de fácil aplicação e de resultados econômicos e
ambientais convincentes;
•
Conscientizar os micro e pequenos empresários sobre a importância de se
adotarem ferramentas de gestão ambiental;
•
Evidenciar o valor de as empresas assumirem posturas mais éticas,
melhorarem sua imagem institucional no mercado e atuarem de forma
ecologicamente responsável;
•
Demonstrar que não há conflito entre a lucratividade e a questão ambiental.
5
3. COMPETÊNCIAS
No SEBRAE, competência é a faculdade de mobilizar conhecimentos, atitudes e
habilidades/procedimentos levando em conta um desempenho satisfatório em
diferentes situações de vida: pessoais, profissionais ou sociais.
Desenvolver competências envolve a mobilização de esquemas cognitivos,
atitudinais e operacionais em um determinado contexto, razão pela qual depende da
área, do tema e das circunstâncias, já que a situação pode exigir mais ênfase em uma
dessas dimensões, embora todas devam ser contempladas.
Competências cognitivas
Desenvolvem a investigação e a organização do conhecimento, ou seja, aprender a
aprender e a pensar. Aqui o consultor usa estratégias de aprendizagem para incentivar
o participante a interpretar a realidade: observar, comparar, argumentar, questionar,
organizar, posicionar-se, resolver problemas e estabelecer correlações, transformandose em um cidadão empreendedor, crítico e reflexivo.
Competências atitudinais
Estimulam o potencial individual. O desenvolvimento do participante se aplica às
atividades que envolvem emoções, atitudes, crenças, fantasia, humor, arte e valores.
O consultor deve aproveitar as visitas técnicas para orientar os participantes quanto às
formas para resolver conflitos, cultivar a harmonia; incentivar a imaginação, a
criatividade, a capacidade de autoconhecimento e da autocrítica.
Competências operacionais
Visam à aplicação do conhecimento em uma prática refletida e consciente. Todos os
conhecimentos adquiridos e construídos pelos participantes deverão ter sua aplicação
demonstrada e comprovada. Este momento é de aplicação do conhecimento por meio
de capacidades, habilidades e destrezas. O participante deve transpor o conhecimento
para a vida, aplicando-o para seu autodesenvolvimento e evolução dos negócios.
Para a solução 5 MENOS QUE SÃO MAIS, os empresários, participantes da
consultoria deverão desenvolver as seguintes competências de natureza:
Cognitiva
Atitudinal
Operacional
Compreender o conceito de desperdício, bem como os impactos positivos,
relacionados a economia e meio ambiente, promovidos por meio da
minimização do desperdício de água, matéria-prima e energia elétrica.
Tomar consciência que gestão ambiental pode contribuir para redução de
custos na Empresa.
Implantar estratégias para minimização do desperdício nas Empresas.
Para cada um dos três grandes temas abordados na consultoria, espera-se que o
participante desenvolva as seguintes competências específicas:
6
Fase III – Acompanhamento. Fase II – Medições Implementação.
Fase I – Diagnóstico e Prognóstico.
Tema
Dimensão
Competências Específicas
•
Cognitiva
•
•
Atitudinal
•
Operacional
Cognitiva
Atitudinal
•
•
•
Conhecer alguns dos principais impactos ambientais
gerados pelo processo produtivo da Empresa.
Compreender que o impacto ambiental gerado por
um conjunto de empresas do mesmo seguimento /
setor é sempre significativo, do ponto de vista
ambiental e econômico, para a cidade,
Reconhecer o potencial e a possibilidade da redução
de impacto ambiental como mudanças de atitudes
convencionais para práticas simples onde o foco
principal é a minimização do desperdício.
Identificar e relacionar que estas mudanças de
atitudes convencionais para práticas operacionais
simples de redução de desperdício, podem ser
aplicadas no dia-a-dia de qualquer ser humano, bem
como nas pequenas e micro empresas.
Conhecer as etapas e estratégias destinadas a
aplicação da Metodologia Cinco Menos que são Mais.
Envolver-se na busca de possíveis ações para
implantação da Metodologia Cinco Menos que são
Mais, de forma eficiente.
Coletar dados, realizar medições e implementar as
ações redução acordadas com o Consultor.
Operacional
Cognitiva
Atitudinal
•
•
•
Operacional
Conhecer os resultados econômicos e ambientais
que podem ser alcançados com a correta aplicação
da metodologia.
Reconhecer o potencial e a possibilidade da
utilização desta metodologia nas micro e pequenas
empresas.
Continuar coletando dados, realizando medições e
implementando as demais ações de redução de
desperdício que eventualmente tenham sido
sugeridas no Relatório Fase III, em seu plano de
continuidade, pelo consultor.
4. PÚBLICO ALVO
7
O público alvo desta metodologia são as micro e pequenas empresas do comércio, da
indústria, dos serviços e da agroindústria, participantes de cadeias produtivas e
arranjos produtivos locais, engajadas nas ações do SEBRAE, e cujas atividades
envolvem aspectos e impactos ambientais negativos.
Visando preservar a qualidade das consultorias a serem realizadas, sugere-se que
cada Consultor atenda no máximo 10 empresas ao mesmo tempo.
5. METODOLOGIA
A metodologia aqui exposta surgiu de um plano de trabalho geral que estabeleceu, de
início, os aspectos fundamentais para a realização de uma avaliação abrangente da
empresa, conforme uma rotina comum de operação baseada na teoria dos sistemas.
Assim concebida, a empresa é analisada a partir de um modelo de sistema aberto
(figura 01), por onde entra energia em forma de matérias ou recursos (e), que são
convertidos em produtos (p) ou serviços úteis (s), com perda energética e geração de
resíduos (r), os quais são reaproveitados/reciclados e reempregados no processo de
conversão de energia em produtos e serviços úteis (sx → ex), reduzindo dessa forma
o gasto energético e a saída de resíduos do sistema (empresa).
Figura 01 – Modelo sistêmico adotado para representar o fluxo de energia e materiais numa
empresa, desde a entrada de insumos (matérias-primas, etc.) até a saída do material
processado (bens e/ou serviços).
Segundo esse modelo sistêmico geral, a empresa pode apresentar dois tipos de
entrada energética (ou insumos): externa (e) e interna (ex), proveniente da saída de
resíduos em algum momento do processo (sx).
Este circuito interno de retroalimentação é o objeto primordial da investigação do
Consultor: se já existente, checar se é adequado e eficiente; se não existe, verificar
se pode ser instalado a baixo custo. Antes, porém, o Consultor deve checar as fontes
de emissão de resíduos e de perda energética do sistema/empresa, verificar como
podem ser minimizadas ou mesmo eliminadas.
A partir desses delineamentos iniciais foi definido um procedimento metodológico para
aplicação nas empresas, dividido em três fases: Diagnóstico e Prognóstico (Fase I),
Implementação (Fase II) e Acompanhamento (Fase III).
8
Para cada uma destas fases existem relatórios específicos que devem ser elaborados
pelo Consultor. Todos estes relatórios possuem Modelos específicos que estão
detalhados e comentados no Banco de Recursos.
Vale salientar que também pode ser utilizado o Software SIPRED como apoio para
elaboração do Relatório Fase I, pois foi elaborado para auxiliar na sistematização das
informações coletadas nas empresas durante a primeira fase da consultoria. O Banco
de Recursos também possui um documento apresentando o Software e comentando
detalhadamente sobre a melhor forma da sua utilização.
6. CONTEÚDO MÍNIMO
6.1. GESTÃO AMBIENTAL
6.1.1. ASPECTOS MOTIVADORES DA MUDANÇA DE VISÃO DE EMPRESÁRIOS
EM RELAÇÃO ÀS QUESTÕES AMBINETAIS
Até pouco tempo, as exigências referentes à proteção ambiental eram consideradas
como um freio ao crescimento, um fator de aumento dos custos de produção. Era o
domínio do ponto de vista econômico ortodoxo: Ecologia x Economia (Portes e Linde,
1995).
Sob o ponto de vista da teoria econômica tradicional, a preservação e o uso racional
dos recursos naturais contrapõem-se ao desenvolvimento econômico e à lucratividade
da empresa (Bertolino, 2005).
Estes embates empresariais não ocorrem mais atualmente. As dimensões
mercadológicas têm-se tornado cada vez mais relevantes quando relacionadas às
questões ambientais (Carvalho, 2000). Ou seja, ampliou-se a forma de se avaliar as
questões ambientais:
• Custo x Benefícios
• Limitações x Potencialidade
• Ameaças x Oportunidades
Essas mudanças foram e são motivadas por grupos de interesse Social e
Mercadológico:
• Legisladores;
• Órgãos públicos federais e estaduais;
• Circunvizinhos;
• Organizações ambientalistas e de consumidores;
• Mídia;
• Público em geral;
• Investidores;
• Financeiras (bancos e outras instituições que evitam investimentos em
negócios com perfil ambiental conturbado); e
• Seguradoras.
Cada um dos grupos faz valer suas reivindicações através de meios que lhes são
disponíveis:
• Desenvolvimentos políticos;
9
•
•
•
•
•
•
•
Ações dos órgãos públicos;
Pressão da sociedade;
Testes de empresas e produtos;
Reportagens;
Alterações na lei da procura;
Taxas de seguros;
Encarecimento de créditos ou prejuízos à imagem que representam perdas de
negócios e consequentemente de lucratividade.
Atualmente, a principal ferramenta de escolha de ações de empresas com
responsabilidade social e ambiental é o Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI,
em Inglês Dow Jones Sustainable Group Index). Este Índice foi lançado em setembro
de 1999 pela Dow Jones e a Sustainable Asset Management (SAM), gestora de
recursos da Suíça especializada em empresas comprometidas com a
responsabilidade social e ambiental. O índice é formado por 312 ações de empresas
em 26 países e quatro brasileiras integram a lista: Itaú, Unibanco, Embraer e Cemig
(Callenbach, 1993).
6.1.2. EVOLUÇÕES COMUNS DA
ORGANIZAÇÕES (Bertolino, 2005).
GESTÃO
AMBIENTAL
DENTRO
DAS
Seguem algumas possíveis evoluções comuns da gestão ambiental dentro das
organizações (figura 02), vale salientar que diferentes setores industriais se encontram
em diferentes estágios do esquema evolutivo:
Figura 02 – Indica as zonas comuns à evolução da gestão ambiental dentro das organizações.
Fonte: Graedel e Allemby (2003).
Zona 1 - Complacência com Regulação
Necessidade de adaptações para atender imposições regulatórias que requerem
certos níveis de desempenho ambiental. Nesta fase, o foco é para atenuar danos à
saúde de trabalhadores e, também, em permitir a redução dos níveis de emissões,
efluentes e resíduos.
Zona 2 - Prevenção da Poluição
10
Revisão de produtos e processos, para minimizar seus impactos ambientais, de forma
simples, como prevenção de vazamentos, conservação de energia etc. A empresa só
está preocupada com atividades internas, nenhuma mudança significativa é feita em
produtos ou processos nesta fase, mas o modo com o qual eles são fabricados é
aperfeiçoado.
Zonas 3 e 4 - Projetando pelo prisma Ambiental
Design Ambiental, processo pelo qual um vasto espectro de considerações ambientais
são levadas em conta como um passo rotineiro do desenvolvimento de processos e
produtos. A principal ferramenta deste Processo é uma lista, cujos itens devem ser
conhecidos pelo projetista:
• O produto deve ser desenhado para ser durável;
• Fácil de consertar;
• Projetado de forma a poder ser reusado;
• Se não puder ser reusado, que possa ser reciclado, portanto, fabricado com
materiais recicláveis e;
• Preferencialmente que já tenha sido fabricado com materiais reciclados;
• Que seus componentes sejam simples de desmontar, num processo de
reciclagem;
• Que seja projetado para economizar energia ou outros recursos naturais;
• Que as matérias-primas ou componentes utilizados sejam obtidos por
processos ambientalmente superiores;
• Que o processo de fabricação do produto seja ambientalmente superior;
• Que o desenho do produto reduza a necessidade de embalagens etc.
Uma vez que um projeto é finalizado, pode ser usada a ACV (Análise de Ciclo de Vida)
para uma avaliação completa de todas as considerações que devem ser analisadas no
projeto de produtos ambientalmente superiores.
Zona 5- Ecologia Industrial (EI)
Forma de manter uma desejável capacidade de suporte, permitindo a continuidade da
evolução econômica, porém, também considerando a evolução cultural e tecnológica.
Princípios norteadores da EI:
• Tudo que entra no processo de manufatura deve deixá-lo como parte de um
produto vendável;
• Cada unidade de energia usada na manufatura deve produzir uma
transformação de material desejável;
• Utilizar o mínimo de energia em seus produtos e serviços;
• Escolher uma ampla utilização de materiais não tóxicos quando do projeto de
seus produtos;
• Obter a maioria dos materiais necessários através de reciclagem (não só de
seus próprios produtos como também de terceiros), ao invés da extração de
matérias-primas, mesmo no caso dos materiais usuais;
• Cada processo e produto devem ser projetados para preservar a utilidade
portada pelos materiais usados;
• Cada produto deve ser projetado para que possa ser usado para criar outros
produtos úteis, ao final de sua própria vida útil;
11
•
•
Cada unidade fabril deve ser desenvolvida, construída, ou modificada, com
foco na qualidade ambiental, à diversidade das espécies e à minimização dos
impactos nos recursos locais ou regionais; e
Estreitar suas relações com fornecedores, clientes e representantes das
demais empresas, com o intuito de desenvolver formas cooperativas para
minimizar materiais de embalagens, promover a reciclagem e, também, a
reutilização.
Zona 6 – Desenvolvimento Industrial Sustentável
O processo de desenvolvimento sustentável tem o sentido de uma mudança de visão
profunda na forma de agir das empresas. Trata-se de um processo de adaptação
harmônica da empresa às mudanças de contexto, de acordo com as necessidades
emergentes da sociedade.
Nesse modelo o compromisso organizacional com a visão compartilhada sobre
desenvolvimento sustentável consolida-se com a integração dos aspectos ambientais
em todas as atividades do negócio, sob a ótica de melhoria e inovação tecnológica.
6.1.3. ECOEFICIÊNCIA (Bertolino, 2005).
Constata-se uma tendência de aumento na interseção entre economia e ecologia nos
últimos anos e décadas.
Vale salientar que a Metodologia Cinco Menos que são Mais, detalhada neste
documento, tem como princípio base a ecoeficiência, que seria o modelo correto para
expressar a relação entre economia e ecologia, pois ilustra que o conjunto das
alternativas de decisão se divide em diferentes partes:
• aquelas que estão em conflito; e
• aquelas que se complementam:
Há decisões e ações que somente fazem sentido economicamente ou
ecologicamente, mas também há aquelas que fazem sentido tanto economicamente
quanto ecologicamente. A ecoeficiência tem como princípios os seguintes
pressupostos de ação:
• Reconhecimento de que não pode haver crescimento econômico em longo
prazo, a menos que ele seja sustentável;
• Confirmação de que todos os produtos, serviços e processos devem contribuir
para um mundo sustentável;
• Manutenção de credibilidade junto à sociedade, necessária à sustentação das
operações da empresa;
• Criação de um diálogo aberto com todos os parceiros, para identificar
problemas e oportunidades e estruturar a credibilidade;
• Proporcionar aos empregados um sentido para o que fazem, além do
recebimento de salários, o que resulta no desenvolvimento das capacidades e
no aumento da produtividade; e
• Manutenção da liberdade empresarial, através de iniciativas voluntárias em vez
de proibições reguladoras pelo Estado.
6.1.4. SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL
12
Como as estratégias empregadas para lidar com as questões ambientais têm-se
múltiplas tarefas e responsabilidades ambientais, surgem medidas isoladas em virtude
de desafios atuais ou mesmo de situações de emergência. Gerando, em muitos casos,
uma coleção de medidas ambientais distribuídas por vários cargos e responsáveis. O
resultado geral não é nem muito sistemático nem eficiente, surgindo a necessidade da
implantação de um sistema de Gestão Ambiental.
O que é um Sistema de Gestão Ambiental?
“A parte do sistema de gestão global que inclui estrutura organizacional, atividades de
planejamento, responsabilidades práticas, procedimentos, processos e recursos para
desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental”
(NBR ISO 14001:1996).
Quais são os principais objetivos Principais Objetivos de um Sistema de Gestão
Ambiental?
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Estabelecer uma Política Ambiental;
Identificar e controlar aspectos/impactos;
Definir e documentar tarefas, responsabilidades, autoridades e procedimentos;
Identificar, monitorar e cumprir requisitos legais;
Promover a comunicação (interna e externa);
Estabelecer objetivos, metas e medir desempenho;
Treinar colaboradores internos e parceiros;
Atender a situações de emergência;
Identificar oportunidades de negócios;
Integrar o SGA com os demais sistemas existentes; e
Promover a melhoria contínua.
Quais são seus elementos básicos?
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Política Ambiental;
Programa de Gestão Ambiental considerando a avaliação ambiental inicial;
Estrutura organizacional;
Integração da gestão ambiental nas várias atividades de negócios da
organização;
Monitoramento, medição e registros;
Ações corretivas e preventivas;
Auditorias;
Análises críticas;
Treinamento e comunicação interna; e
Comunicação externa.
Por que implementar um sistema de gestão ambiental?
•
•
Adequação as conformidades legais;
Pressão das partes interessadas, melhoria da imagem da Organização;
13
•
•
•
•
•
•
•
•
Melhoria da competitividade;
Redução de custos;
Conformidade junto a matriz / clientes;
Visão preventiva x corretiva;
Sistematização das ações voltadas ao meio ambiente;
Prevenir ocorrências de impactos significativos ao meio ambiente;
Prevenir acidentes; e
Redução de desperdícios.
Quais são os tipos de Sistemas de Gestão Ambientais?
Figura 03 – Ilustra os procedimentos e ferramentas utilizadas para implementação de sistemas
de gestão ambientais em organizações.
6.2. METODOLOGIA CINCO MENOS QUE SÃO MAIS
Para as pequenas empresas, os conceitos das normas ISO série 14000 podem ser
implementados a partir de Programas de Melhoria de Desempenho Ambiental
(PMDA), com ênfase na Redução de Desperdícios.
A ação ambiental do SEBRAE visa colocar os micro e pequenos empresários em
condições de competição no mercado, em face à globalização. O engajamento dos
empresários é feito pela internalização dos cinco principais pontos de economia que
lhes renderão produtividade, o que fará alcançarem a competitividade que tanto
almejam e necessitam.
Num primeiro momento, problemas como a prevenção e a redução dos desperdícios e
da poluição são cruciais para a melhoria do desempenho ambiental das Micro e
Pequenas Empresas (MPEs). Pode-se afirmar, sem dúvida, que procedimentos
simples de gestão ambiental enfocando os itens abaixo representam, no conjunto de
empresas brasileiras, um passo importante na busca do desenvolvimento sustentado:
• Minimização do desperdício de água na produção;
• Minimização do desperdício de energia por unidade de produção;
• Minimização das perdas de matéria-prima por unidade de produção;
• Minimização da geração de resíduos; e
14
•
Minimização da poluição.
Com essas “minimizações”, a produção de resíduos será reduzida (sólidos, líquidos e
gasosos) e, consequentemente, será diminuída a poluição dos ecossistemas. A maior
parte das atividades humanas, e, principalmente as ações empresariais, estão
diretamente envolvidas com a questão do uso de recursos naturais, na forma de
matérias-primas, geração de produtos e subprodutos. Cabe ao empresário atuar de
modo a economizar insumos e matérias-primas, como requisito para aumentar a
competitividade dos negócios.
Entre os recursos naturais há que se destacarem aqueles que são considerados não
renováveis, visto que foram formados em épocas geológicas anteriores à atual, como
é o caso do petróleo, do carvão mineral e os minérios em geral. O uso desses
recursos deve ser feito sempre com parcimônia, ao mesmo tempo em que se procura
um recurso alternativo para substituí-lo. O não atendimento a esse requisito implica a
exaustão do recurso ou a inviabilidade do seu uso, pela relação custo-benefício que
passa a representar.
A questão central que afeta os negócios é que os preços se elevam na medida em que
a escassez dos produtos aumenta. Felizmente, com a crescente escassez de
matérias-primas, aumenta a criatividade do homem e, consequentemente, surgem
alternativas de uso sustentável dos recursos naturais.
A manutenção da oferta e do custo da matéria-prima é função da demanda, da
eficiência da exploração (com maior ou menor tecnologia) e, principalmente, da
dimensão da reserva do recurso (minérios em geral).
Quanto aos recursos naturais renováveis, aqueles que se renovam naturalmente, ou
que podem ser ajudados pelo homem (solos, água, plantas e animais, energia solar,
eólica e de maré, entre outros) devem igualmente ser utilizados de forma correta,
sempre se respeitando o seu potencial de exploração, de acordo com a prática do uso
sustentável do recurso.
6.2.1. Menos Água
No caso específico da água, há que se ressaltar que, embora seja considerada um
recurso natural renovável, ainda assim é um recurso finito, dado que os processos
naturais de renovação (evaporação e evapotranspiração, condensação, precipitação e
filtragem no solo), em muitos lugares, estão sendo mais lentos do que os processos
humanos que promovem sua deterioração e, porque os processos artificiais de
purificação da água servida são muito dispendiosos.
Note-se a necessidade de melhoria dos processos industriais que utilizam como
matéria–prima à água, como elemento de refrigeração, de geração de vapor e,
sobretudo como lavagem de máquinas e equipamentos. Essa água muitas vezes sofre
alteração em suas características físico-químicas e torna-se agente poluidor dos solos
e dos mananciais.
Quanto mais tecnologia limpa for aplicada aos processos produtivos, menor será o
consumo de água, que tem como consequência imediata a redução dos efluentes. O
Brasil perde cerca de 40% de sua água tratada canalizada em redes de distribuição
15
deficientes, o que acarreta enormes prejuízos de recursos, elevando custos que,
invariavelmente, são repassados ao consumidor.
A produção industrial consome muita água. Assim sendo, uma empresa, ao adotar um
sistema de gestão ambiental, deve preocupar-se em evitar desperdícios, fazendo
campanhas preventivas com seus funcionários e adotando medidas que minimizem
estas perdas, o que reverterá em lucros.
Um sério problema causado pelo não tratamento dos efluentes líquidos das indústrias
é a poluição dos mananciais hídricos por substâncias químicas tóxicas. Por outro lado,
o esgoto doméstico leva para as águas nutrientes como o fósforo e o nitrogênio, os
quais enriquecem estes ambientes, processo denominado de eutrofização, que torna a
água eutrófia. Este processo leva à perda da transparência, induz a proliferação de
algas que dão à água uma cor verde azulada, além de favorecer a proliferação de
plantas aquáticas superiores (macrófitas) como o aguapé (baronesa), alterando as
propriedades físico-químicas da água. Além disto, os esgotos contaminam as águas
com coliformes fecais (bactérias que podem causar danos à saúde humana), tornando
o líquido inviável para o consumo.
Podem ocorrer situações em que será necessário efetuar a segregação de linhas de
abastecimento de água para os processos especificamente e também para os
efluentes gerados, uma vez que nem sempre é necessária a água de melhor
qualidade, para determinado processo. Além disso, às vezes, um efluente não
contaminado é misturado com efluente contaminado e passa a necessitar de
tratamento. (Gerenciamento do Uso da Água e Efluentes Líquidos para Pequena e
Microempresa, CNTL / SENAI, Porto Alegre, 2003.).
Dois importantes instrumentos legais devem ser considerados no planejamento e
gestão dos recursos hídricos visando a sua proteção e conservação. Um deles é a
Resolução Conama nº 20/86, que classifica a água e estabelece normas para o
enquadramento de um manancial hídrico em termos de seu uso. O outro é a Lei n°
9.433/97 – a Lei das Águas brasileiras – que propõe um gerenciamento
descentralizado e integrado, com participação da comunidade, das bacias
hidrográficas. Neste contexto, interessa à empresa o conhecimento das questões
ligadas à outorga (licença de uso) e cobrança que são previstas na Lei n° 9.433/97, e
que serão fatores relevantes na tomada de decisão para implantar qualquer tipo de
empreendimento.
Vale salientar que no Banco de Recursos, existem mais detalhes sobre as ações que
podem ser sugeridas para redução do desperdício de água nas Micro e Pequenas
Empresas.
6.2.2. Menos Energia
16
Quanto à energia, vale considerar, em primeiro lugar, que sua geração, de variadas
formas, é altamente impactante ao meio ambiente, além da dificuldade e dos custos
crescentes para a sua obtenção.
No Brasil, onde as hidroelétricas respondem pela maior parcela, temos muitos
impactos ambientais adversos, desde a construção até o enchimento dos reservatórios
com perda de biodiversidade e dos solos, acarretando alterações significativas em
termos sociais (remanejamento de comunidades inteiras), econômicos e culturais.
As atividades humanas requerem energia, e esta é demandada em quantidades cada
vez maiores no processo de desenvolvimento, sem que sejam avaliadas as
consequências. É preciso utilizar energia de modo racional, como princípio de
sustentabilidade da própria energia que se utiliza e, também, como modo de diminuir o
custo de produção.
No Brasil perdem-se cerca de 35% de energia elétrica em redes de distribuição, o que
tem levado as companhias de eletricidade a desenvolverem campanhas de economia
de energia, já que é mais barato eliminar desperdícios, nessa área, do que construir
novas hidroelétricas.
Pode-se economizar energia apenas diminuindo o desperdício, aumentando a
eficiência dos equipamentos ou utilizando energias naturais de custo zero, como é o
caso da luz solar.
A utilização de máquinas e equipamentos modernos, ainda que muitas vezes
requeiram investimentos iniciais, justificam-se por si mesmas, pela economia de
energia, pelo melhor desempenho, que requer menos controle de qualidade e menor
custo operacional.
Programas institucionalizados, tais como o Procel da Eletrobrás, auxiliam o empresário
a diminuir seus custos, aumentando sua competitividade e auxiliando a conservação
dos recursos naturais.
Vale salientar que no Banco de Recursos, existem mais detalhes sobre as ações que
podem ser sugeridas para redução do desperdício de energia nas Micro e Pequenas
Empresas.
6.2.3. Menos Matéria-Prima
O tratamento que se deve dar ao uso de matérias-primas não é diferente. Pode-se
aumentar a eficiência do uso da matéria-prima e produzir mais com menos.
No Brasil desperdiçam-se boa parte de material de construção numa obra. Isto quer
dizer que, aproximadamente, a cada três prédios que se constroem, foi desperdiçado
material suficiente para se construir um quarto edifício. É claro que esse desperdício é
repassado ao consumidor como custo de produção no valor de venda do imóvel. São
enormes os desperdícios na exploração da madeira. Em alguns casos, o que o
produto final aproveita representa apenas 20% do que foi originalmente extraído da
floresta.
17
Esse processo produtivo não vai muito adiante à medida que existe concorrência e
algumas empresas passam a produzir com melhor qualidade e menor preço. Esse
fator faz reduzir o uso ineficiente da matéria-prima, pela necessidade de se baixar o
preço de custo para manter-se vivo no negócio. Por outro lado, à medida que a
matéria-prima escasseia, os custos se elevam e os negócios podem inviabilizar-se.
Qualquer atividade humana, empresarial ou não, deve investir em melhoria de
desempenho. É importante verificar quanto o processo gera de sobras ou rejeitos.
Vale salientar que no Banco de Recursos, existem mais detalhes sobre as ações que
podem ser sugeridas para redução do desperdício de matérias-primas nas Micro e
Pequenas Empresas.
6.2.4. Menos Resíduos
Segundo a Norma NBR 10004 (Resíduos Sólidos - revisada em 2004), define-se
resíduos sólidos como: “Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de
atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços
e de varrição”. Ainda classifica os resíduos quanto aos riscos potenciais ao meio
ambiente e à saúde pública: Classe I – perigosos e Classe II - não perigosos. Cada
tipo de resíduo deve ser destinado de uma forma específica, segundo as Normas
Técnicas Brasileiras.
Os Resíduos Classe I - perigosos - são aqueles cujas propriedades físicas, químicas
ou infectocontagiosas podem acarretar em riscos à saúde pública e/ou riscos ao meio
ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada, como, por exemplo:
• Óleo lubrificante usado ou contaminado;
• Equipamentos descartados contaminados com óleo;
• Acumuladores elétricos a base de Chumbo (baterias);
• Lâmpadas com Vapor de Mercúrio após o uso (Fluorescentes).
Os Resíduos Classe II, não perigosos, dividem-se em:
• Resíduos Classe II – A. Não inertes: aqueles que não se enquadram nas
classificações de resíduos classe I - Perigosos ou de resíduos classe II B – Inertes.
Podem apresentar propriedades como biodegradabilidade, combustibilidade ou
solubilidade em água, como, por exemplo, o lixo comum proveniente de restaurantes,
escritórios, banheiros, etc.
• Resíduos Classe II – B. Inertes: quaisquer resíduos que, quando amostrados
de uma forma representativa, segundo a ABNT NBR 10007, e submetidos a um
contato dinâmico e estático com água destilada ou desionizada, à temperatura
ambiente, conforme ABNT NBR 10006, não tiverem nenhum de seus constituintes
solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água,
excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G, da NBR
10004. O anexo H da NBR 10004 lista alguns resíduos classificados como não
perigosos. Como exemplo: rochas, tijolos, vidros, certos plásticos e borrachas que não
são decompostos prontamente.
As sobras geradas por uma empresa podem ser a matéria-prima de outro processo
industrial. Pode-se desenvolver um setor específico na própria unidade geradora, ou
vender a terceiros.
18
No Brasil uma parcela significativa do alimento produzido, perde-se na armazenagem,
no transporte e no acondicionamento dos produtos. Uma grande parte é desperdiçada
no processo de manipulação inclusive em nível doméstico.
Considerando-se, apenas para exemplificar, as matérias-primas mais utilizadas e de
maior percepção da população, tais como madeira, petróleo e minérios, e aplicando-se
procedimentos de sustentabilidade, não só haverá enormes economias para as
empresas, mas, principalmente, em relação aos impactos ambientais, que serão
reduzidos de forma significativa.
Algumas empresas reciclam entulho de construção na fabricação de blocos de
cimento, com redução do custo de produção e eliminação de despesas com transporte
para descarte de rejeitos, além de não ter problemas para a disposição final. A
destinação final desse tipo de rejeito é objeto da Resolução Conama nº 307/2002.
No setor de alimentos, pesquisas têm demonstrado que, por vícios culturais ou mesmo
por falta de conhecimento, muitos alimentos menos nutritivos são preferidos, enquanto
outros de melhor qualidade são preteridos.
Quanto maior a produção de resíduos, maior o desperdício de matérias-primas, maior
o potencial de poluição e, provavelmente, menos poder de competição, no caso do
setor produtivo.
Numa organização podem ocorrer muitos desperdícios, que podem ser identificados
no ciclo de vida de um produto, numa abordagem do “berço ao berço”, que vai da
extração de matérias-primas ao descarte final desse produto, passando pela
reciclagem. Esses desperdícios podem ter várias origens:
• Erros na produção que devem ser corrigidos, consumindo mão-de-obra e recursos
naturais;
• Etapas e tarefas nos processos que se revelam desnecessárias;
• Movimentação aleatória de pessoal de um local para outro, implicando desperdícios
de horas de trabalho;
• Transporte de materiais de um local para outro envolvendo operações
desnecessárias, requerendo mudanças de layout;
• Grupos de pessoas paradas numa linha de produção, aguardando a conclusão de
etapas do processo que dependem de outras, posicionadas anteriormente;
• Produtos para os quais não existem compradores; e
• Produtos que têm, ou teriam comprador, mas que não atendem suas exigências.
Considerando que resíduos são perdas nos processos, devem ser minimizados. Por
outro lado, mesmo se fazendo o possível para evitar sua geração, e maximizando o
reuso, eles existem e podem ser fonte de riqueza, pois servem tanto de matéria-prima
para outros processos, como podem sofrer reciclagem e reduzir o consumo de recurso
natural na produção de um novo bem.
Resíduos resultam de processos de diversas atividades da comunidade de origem:
industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços, e ainda da varrição
pública. Os resíduos apresentam-se nos estados sólido, gasoso e líquido.
Portanto, considerando que sua geração seja inevitável, é importante que tanto os
empresários quanto a população em geral tenham a consciência do não desperdício,
19
adotando medidas de fácil aplicação e que podem resultar em geração de emprego e
renda, assim como diminuição de custos. Para isso basta reaproveitar ao máximo,
com criatividade, rever processos, separar o lixo (coleta seletiva) e dispor dele de
maneira correta.
O gerenciamento correto dos resíduos é fundamental para qualquer empresa que
deseja maximizar as oportunidades e reduzir custos e riscos associados à gestão de
resíduos sólidos. Deve-se assegurar que todos os resíduos serão gerenciados de
forma apropriada e segura, desde a geração até a destinação final e deve envolver as
seguintes etapas:
• Geração (fontes);
• Caracterização (classificação, quantificação);
• Manuseio;
• Acondicionamento;
• Armazenamento;
• Coleta;
• Transporte;
• Reuso/reciclagem;
• Tratamento;
• Destinação final
Vale salientar que no Banco de Recursos, existem mais detalhes sobre as ações que
podem ser sugeridas para redução do desperdício nas Micro e Pequenas Empresas.
6.2.4. Menos Poluição
O acesso ao serviço de coleta de lixo é fundamental para a proteção das condições de
saúde, através do controle e redução de vetores e, por conseguinte, das doenças
relacionadas. A coleta do lixo traz significativa melhoria para a qualidade ambiental do
entorno imediato das áreas beneficiadas, mas por si só não é capaz de eliminar efeitos
ambientais nocivos decorrentes da inadequada destinação do lixo, tais como a
poluição do solo e das águas, através do chorume.
O tratamento do lixo coletado é condição essencial para a preservação da qualidade
ambiental e da saúde da população. Associado a outras informações ambientais e
socioeconômicas, incluindo serviços de abastecimento d’água, saneamento ambiental,
saúde, educação e renda, é um bom indicador de desenvolvimento humano. Trata-se
de indicador muito importante, tanto para a caracterização básica da qualidade de vida
da população residente num território e das atividades usuárias dos solos e das águas
dos corpos receptores, quanto para o acompanhamento das políticas públicas de
saneamento básico e ambiental.
A dimensão ambiental dos indicadores de desenvolvimento sustentável diz respeito ao
uso dos recursos naturais e à degradação do ambiental, e está relacionada aos
objetivos de preservação e conservação do meio ambiente, considerados
fundamentais ao benefício das gerações futuras. Estas questões aparecem
organizadas nos temas atmosfera, terra, oceanos, mares e áreas costeiras,
biodiversidade e saneamento.
20
Nesta dimensão, optou-se por reunir num tema relativo a saneamento os indicadores
relacionados a abastecimento d’água, esgotamento sanitário, e coleta e destino de
lixo, por também expressarem pressões sobre os recursos naturais, e serem questões
pertinentes à política ambiental.
Veja abaixo um resumo desses temas:
• Camada de ozônio (fonte: http://www.ibge.gov.br/home/geografia/ambientais/
ids/ids.pdf).
O ozônio da atmosfera absorve a maior parte dos raios ultravioleta (UV-B) nocivos do
ponto de vista biológico. Sem a ação de filtragem da camada de ozônio, os raios
ultravioleta podem penetrar na atmosfera e provocar profundos efeitos sobre a saúde
humana, dos animais, das plantas e dos microorganismos. É capaz de afetar a vida
marinha, os ciclos biogeoquímicos e a qualidade do ar.
A eliminação de substâncias destruidoras da camada de ozônio e sua substituição por
substâncias menos nocivas conduzirão à reconstituição da camada de ozônio e à
utilização de produtos menos agressivos ao meio ambiente
•
Poluição do ar
A poluição do ar nos grandes centros urbanos é um dos grandes problemas
ambientais da atualidade, com consequências dramáticas sobre a saúde da
população, especialmente para as crianças, os idosos, e os portadores de doenças do
trato respiratório, como asma e insuficiência respiratória. Automóveis, veículos a diesel
e indústrias são as principais fontes de poluição atmosférica dos centros urbanos.
A concentração de poluentes no ar ambiente é o resultado, em determinado território,
da emissão proveniente das fontes estacionárias e móveis, conjugada a fatores tais
como clima, geografia, uso do solo, distribuição e tipologia de fontes, condições de
emissão e dispersão dos poluentes.
O monitoramento do ar nestas áreas visa a fornecer informações sistemáticas e
regulares para a análise do estado da qualidade do ambiente, subsidiando ações de
fiscalização, controle e gestão da qualidade do ar, como, por exemplo, melhoria dos
transportes públicos e introdução de tecnologias não poluentes.
•
Agricultura/Uso de Agrotóxicos
O aumento da produção de alimentos de maneira sustentável é o grande desafio atual
do setor agrícola. Os agrotóxicos, produtos utilizados para o controle de pragas,
doenças e ervas daninhas, estão entre os principais instrumentos do atual modelo de
desenvolvimento da agricultura brasileira.
Agrotóxicos podem ser persistentes, móveis e tóxicos no solo, na água e no ar.
Tendem a se acumular no solo e na biota, e seus resíduos podem chegar às águas de
superfície por escoamento, e às subterrâneas por lixiviação.
A exposição humana e ambiental a esses produtos cresce em importância pelo
aumento do volume de vendas. O uso intensivo dos agrotóxicos está associado a
21
agravos à saúde da população, tanto dos consumidores quanto dos trabalhadores que
lidam diretamente com os produtos, à contaminação de alimentos e à degradação do
meio ambiente.
•
Esgotamento sanitário
A ausência ou deficiência dos serviços de esgotamento sanitário é fundamental para a
avaliação das condições de saúde, pois o acesso adequado a este sistema de
saneamento é essencial para controle e redução de doenças. Associado a outras
informações ambientais e socioeconômicas, incluindo outros serviços de saneamento,
saúde, educação e renda, é um bom indicador universal de desenvolvimento
sustentável.
Trata-se de indicador muito importante tanto para a caracterização básica da
qualidade de vida da população residente num território, quanto para o
acompanhamento das políticas públicas de saneamento básico e ambiental. Ao
permitir a discriminação das áreas urbanas e rurais, este indicador fornece subsídios
para análise de suas diferenças.
•
Acesso a água
O acesso à água tratada é fundamental para a melhoria das condições de saúde e
higiene. Associado a outras informações ambientais e socioeconômica, incluindo
outros serviços de saneamento, saúde, educação e renda, é um indicador universal de
desenvolvimento sustentável. Parte significativa da população é provida de água
através de poço ou nascente, cuja qualidade pode ser ou não satisfatória. Portanto,
neste indicador é considerado apenas o conjunto da população que tem acesso à rede
geral de abastecimento.
Assim, demonstra-se claramente o quanto desperdícios e falta de estrutura podem
resultar na poluição do meio ambiente e na perda da biodiversidade. Além disso, o lixo
resulta em poluição visual, do ar, do solo e da água e pode ainda provocar a
transmissão de doenças transmitidas por insetos (mosquitos da dengue, malária, febre
amarela) ou animais (ratos e urubus, que podem transmitir leptospirose, tifo,
desinteria, entre outras doenças) cuja cadeia alimentar se faz no lixo.
É permitido e pertinente que o consultor explore outros assuntos fora aqueles
descritos no conteúdo mínimo, desde que alinhados ao objetivo e competências da
solução. Além disso, podem ser propostas ações e ajustes adequados à realidade do
Sebrae MG e/ou a determinados setores empresariais, que ainda podem não ter sido
trabalhados.
7. ESTRUTURA GERAL
A metodologia Cinco Menos que são Mais – Redução de Desperdício possui foco na
redução do desperdício de água, energia, matérias-primas, poluição e impactos
ambientais negativos e possui três fases, com seus respectivos relatórios padrão:
•
•
A Fase I é dedicada ao diagnóstico e prognóstico.
A Fase II é destinada às medições e implementação de um dos estudos de
caso propostos para mitigar ou eliminar os desperdícios identificados.
22
•
Na Fase III é realizado o acompanhamento para avaliação e ajustes, quando
necessários.
Observação importante:
Vale salientar que o Consultor deve ressaltar ao empresário que os dados e
observações sobre a empresa são considerados confidenciais e serão mantidos sob
sigilo pelo Sebrae. Os dados estatísticos divulgados farão parte do contexto de
determinado setor econômico, jamais citando as empresas que foram objeto da
análise estatística.
FASE I – DIAGNÓSTICO
A Fase I é dedicada ao Diagnóstico isto é, ao levantamento de todos os processos
envolvidos na fabricação dos bens ou na realização dos serviços pela empresa. A
duração é de 4 horas, e o Consultor, acompanhado do empresário ou de pessoa
indicada por ele, visita todos os setores produtivos da empresa, desde o local onde é
feito o recebimento de insumos (matérias primas etc) até o despacho do produto ou de
entrega do serviço.
Para essa fase foram elaboradas rotinas de avaliação e formulários (citar este
formulários padronizados apresentados e discutidos em detalhes a seguir) para que o
Consultor faça o registro das observações e dos dados quantitativos, os quais serão
posteriormente por ele analisados para subsidiar a elaboração do relatório de
Diagnóstico e realização do Prognóstico, que é uma avaliação de como se encontra a
empresa, seus maiores problemas com desperdícios e como eles poderão ser
minimizados ou mesmo eliminados.
Na oportunidade da visita de diagnóstico, informar ao empresário que serão efetuados
registros fotográficos das situações de possível resolução encontradas na empresa,
com vistas a análises posteriores e auxilio à argumentação técnica no Relatório Final.
Toda e qualquer imagem terá o mesmo tratamento de confidencialidade expresso no
parágrafo anterior, devendo ser arquivadas no banco de imagens do Sebrae e ali
permanecendo em sigilo sob sua responsabilidade.
Para adequada aplicação da Metodologia Sebrae 5 Menos Que São Mais – Redução
de Desperdício, o Consultor poderá adotar os seguintes procedimentos antes de iniciar
os trabalhos de investigação na empresa:
• Identificar os segmentos empresariais;
• Obter as tabelas de custo de água e de energia elétrica na região da empresa
analisada;
• Classificar o porte da empresa por faturamento e número de empregados.
O levantamento de dados na empresa segue o seguinte ordenamento:
1) Identificação dos Processos
• Diagrama de Fluxo.
2) Identificação das Entradas
• Principais matérias-primas utilizadas.
• Principais insumos utilizados.
23
• Energia elétrica (consumo médio mensal).
• Água (consumo médio mensal).
3) Identificação das Saídas
• Água servida (água de lavagem).
• Esgoto gerado.
• Lixo/Resíduos (sólidos, materiais perigosos).
• Emissões (gases, calor e outras radiações).
É importante que o Consultor inspecione todo o processo de produção da empresa,
visite todas as instalações e especule sobre o porquê da adoção de determinado
equipamento ou procedimento em vez de outro. Tomando como referência o modelo
sistêmico, tudo, literalmente tudo que entra na empresa (sistema) tem de sair na forma
de produto acabado, resíduo ou perda.
Assim, a melhor estratégia para se identificarem as fontes geradoras de resíduos é
mapear as entradas, relacionando o que, como, o quanto e por onde entra cada um
dos itens necessários à transformação dos recursos (insumos) em bens ou serviços,
não se esquecendo de também mapear todos os itens agregados aos itens principais,
ou seja, tudo aquilo que é empregado para proteger ou transportar o insumo até a
porta da empresa e que acaba também dando entrada nela, apesar de não ser
diretamente empregado na confecção do bem. Assim, embalagens, pallets, lacres e
todo e qualquer tipo de material que acompanha o insumo (matéria-prima,
equipamentos, materiais, etc.) até à empresa deve ser também registrado,
quantificado e avaliado.
Caso a empresa já adote algum procedimento interno de aproveitamento/destinação
de resíduos (retroalimentação), este deverá ser devidamente registrado para a análise
referente a sua pertinência, eficiência e eficácia.
É recomendável ter à mão um bloco de notas para o registro de observações
auxiliares ou de dúvidas não respondidas, para que sejam esclarecidas
posteriormente.
Ao final, os dados coletados e as observações realizadas na empresa serão
processados e utilizados para elaborar um relatório de como ela se encontra
(Diagnóstico), se há desperdícios significativos e se e como eles poderão ser
resolvidos, ou seja, é montado um Prognóstico para a solução dos problemas
detectados.
Pode ser utilizado o Software Sipred para sistematização das informações coletadas e
elaboração do Relatório - Fase 1. Este software, elaborado pelo Sebrae DF e
disponibilizado gratuitamente a qualquer consultor desta Metodologia, busca facilitar a
elaboração dos relatórios, bem como auxilia na sua padronização.
O Sipred possui os mesmo campos do Check List da Fase I e pode ser preenchido
logo após a primeira visita a Empresa. Para o seu preenchimento, deve-se seguir as
mesmas recomendações expostas no relatório Fase I comentado, que está disponível
no Banco de Recursos.
24
Ao final do preenchimento o software Sipred gera o relatório Fase I, já configurado
com o padrão da Metodologia, que pode ser lido e editado no Software Word Office.
Tão logo o relatório contendo o Diagnóstico e Prognóstico fique pronto, é marcada
uma reunião com o empresário e a ele (somente a ele ou à pessoa por ele designada)
são repassados em detalhes todos os pontos emissores de desperdícios na empresa,
e quanto isso tem representado em perdas financeiras para ela. Os dados coletados
também serão tabulados pelo SEBRAE com a finalidade de verificações estatísticas e
monitoramento de todo o processo.
Assim, a Fase I deve ser implementada em 12 horas por empresa , quando devem ser
realizadas as seguintes atividades:
 Visita 01 - 4 horas.
• Nesta visita o consultor deve conhecer toda a empresa e coletar dados
relevantes do processo produtivo da Empresa, de acordo check-list do
Relatório Fase I, exposto no Banco de Recursos.
•
Inicialmente deve conversar com o Empresário sobre a Metodologia a ser
aplicada e nivelar expectativas quanto aos resultados a serem alcançados;
• Logo após deve-se pedir para conhecer a empresa. Durante a visita, devese faz as perguntas expostas no check list e tirar fotos (quando autorizado).
• Em um terceiro momento, pode-se pedir para ver os documentos da
Empresa, necessários a complementação dos dados do check list, que não
foram preenchidos, como as contas de energia elétrica, água e dados
relacionados as compras mensais.
• Caso o Empresário não consiga fornecer todos os dados necessários,
solicitar o envio dos mesmos por e-mail.
 Elaboração do Relatório Fase I - 4 horas.
• Elaboração do Diagnóstico e Prognóstico.
• Deve-se seguir o Modelo da Metodologia, Relatório Fase I, detalhado e
comentado no Banco de Recursos.
• Pode ser utilizado o Software Sipred, cujas orientações de uso estão no
Banco de Recursos.
 Visita 02 - 4 horas.
• Entrega do Relatório Fase I.
• Apresentação dos principais focos do desperdício.
• Definição de um estudo de caso a ser detalhado na Fase II.
FASE II – IMPLEMENTAÇÃO
A Fase II é destinada às medições de um foco de desperdício, que irá gerar um estudo
de caso, selecionado pelo consultor em comum acordo com o empresário, após a
entrega do Relatório Fase I.
25
Definido o foco de redução de desperdício, deve ser planejada a logística para
realização das medições necessárias para identificar a quantidade exata do
desperdício diagnosticado.
Após a quantificação e a comprovação da significância do desperdício medido, o
consultor deve elaborar um plano de ação, cuja implementação visa mitigar ou eliminar
o desperdício medido. Vale salientar que um dos critérios para seleção destas ações
deve ser a sua baixa complexidade e reduzido custo financeiro, para que possa ser
implementada de imediato.
Para comprovar a efetividade das ações implementadas, devem ser realizadas novas
medições para quantificar os ganhos ambientais e econômicos obtidos após a
execução das ações indicadas pela consultoria.
Vale enfatizar que devem ser realizadas medições antes e após a implementação
destas ações para que se possa relatar precisamente os benefícios obtidos com
auxilio da consultoria.
Seu formato exato de aplicação dependerá das circunstâncias e características de
cada empresa, das possibilidades, disposição e empenho do empresário em colocar
em prática todas as medidas e, ainda, do grau de retorno (benefício) que pode ser
percebido pela empresa.
Vale salientar que o documento com modelo detalhado e comentado Relatório Fase II
faz parte do Banco de Recursos.
Assim, a fase II deve ser implementada em 34 horas de consultoria por empresa,
quando devem ser realizadas as seguintes atividades:
 Vista 03 – 4 horas.
• Definição da logística para medição (existem alguns exemplos de
medições, no documento com modelo detalhado e comentado do Relatório
Fase II, no Banco de Recursos).
 Visita 04 – 4 horas.
• Acompanhamento da primeira medição;
• O consultor deve inicialmente acompanhar as medições e verificar se a
logística preparada na visita anterior esta sendo seguida;
• Caso os funcionários / colaboradores encontrem dificuldades para a
realização da medição sugerida, o consultor deve intervir, modificando a
logística ou fornecendo novas instruções.
 Visita 05 – 2 horas.
• Visita para eventuais correções da medição. Normalmente o consultor avisa
que vai haver esta visita, mas não marca data e nem hora, para que
consiga avaliar se as medições estão acontecendo normalmente.

Visita 06 – 1 hora.
26
•
Coleta dos dados medidos. Em alguns casos esta coleta pode ser feita via
e-mail ou fax.
 Elaboração do Relatório Parcial Fase II - 6 horas.
• Tabulação dos dados medidos e elaboração do relatório parcial Fase II,
com as ações de redução de desperdício a serem implantadas.
• Deve-se seguir o Modelo da Metodologia, Relatório Fase II, detalhado e
comentado no Banco de Recursos.
• (Normalmente demoramos muito para tabular os dados medidos, isso
depende muito do tipo de Empresa).
 Visita 07 – 4 horas.
• Apresentação do relatório parcial Fase II com os resultados medidos e o
plano com as ações de redução de desperdício a serem implementadas.
• Na visita, o consultor e o empresário devem preencher um Termo de
Compromisso, com cronograma de execução das ações e o nome dos
responsáveis pelas mesmas.
• O modelo deste Termo de Compromisso encontra-se no Banco de
Recursos.
• O consultor deve solicitar ao Empresário que realize novas medições após
a implementação das ações sugeridas.
 Visita 08 – 1 hora.
• Coleta dos novos dados medidos. Em alguns casos esta coleta pode ser
feita via e-mail ou fax.
 Elaboração do Relatório Fase II – 8 horas.
• Tabulação dos dados medidos e elaboração do relatório Fase II, com os
resultados econômicos e ambientais das ações de redução de desperdício
já implantadas e medidas.
• Deve-se seguir o Modelo da Metodologia, Relatório Fase II, detalhado e
comentado no Banco de Recursos.
•
(Normalmente demoramos muito para tabular os dados medidos, isso
depende muito do tipo de Empresa e tempo de medição). Se um
restaurante medir durante 15 dias, essas horas são poucas!
 Visita de entrega do Relatório Fase II – 2 horas.
Caso a empresa não consiga implantar de imediato nenhuma das ações sugeridas ou
queira implantar alguma outra ação mais complexa posteriormente, o consultor pode
sugerir ao SEBRAE a aplicação da Fase III, desde que seja detectado interesse e
comprometimento por parte do Empresário. A fase III também pode ser utilizada como
auditoria para averiguar a efetividade e continuidade das ações implementadas.
FASE III – ACOMPANHAMENTO
A Fase III é opcional e pode ser oferecida as empresas que obtiverem um bom
desempenho das Fases I e II da consultoria, esta decisão ficará sob responsabilidade
do gestor da solução.
27
Nela é realizado o acompanhamento para avaliação e ajustes das ações sugeridas,
quando necessários. É constituído de visitas técnicas dos consultores do Sebrae que,
ao final de cada sessão de verificação, elabora um Relatório de Acompanhamento.
Neste acompanhamento podem ser realizadas novas medições, ou não, também pode
ser utilizado o recurso de observação de fotos, visando averiguar a efetividade e
continuidade das ações implementadas na fase II da consultoria, bem como a
implementação de novas ações não possíveis de serem implementadas em um curto
espaço de tempo.
Vale salientar que nesta fase poderão ser utilizados produtos e serviços do Sebrae,
tais como Sebraetec, PAS e Eficiência Energética, entre outros.
A fase 03 deve ser implementada em 16 horas de consultoria, quando devem ser
realizadas as seguintes atividades:
 Elaboração do plano de continuidade, monitoramento/acompanhamento 4 horas.
• O Modelo do plano de continuidade, monitoramento/acompanhamento
encontra-se no Banco de Recursos.
 Visita 11 - 2 horas.
• Entrega
e
apresentação
do
plano
de
continuidade
e
acompanhamento/monitoramento;
• Na visita, o consultor e o empresário, devem preencher um Termo de
Compromisso, com cronograma de execução de novas ações e o nome
dos responsáveis pelas mesmas.
• O modelo deste Termo de Compromisso encontra-se no Banco de
Recursos.
• O consultor pode solicitar ao Empresário que realize novas medições após
a implementação das ações sugeridas.
 Visita 12 – 4 horas.
• Visita técnica para acompanhamento, avaliação, ajustes e coleta de dados.
 Elaboração do Relatório final Fase III 3 - 4 horas.
• Neste relatório, deve estar registrado os resultados alcançado pela
consultoria e as ações que foram mantidas após a Fase II.
• Deve-se seguir o Modelo da Metodologia, Relatório Fase III, detalhado e
comentado no Banco de Recursos.
 Visita de entrega do Relatório Fase III – 2 horas.
Contudo, para se alcançarem os objetivos propostos devem ser realizadas reuniões
prévias de trabalho entre a equipe do SEBRAE, responsável pela aplicação da
Metodologia, e a equipe de consultores das empresas cadastradas nesse órgão.
Veja abaixo os conteúdos, ferramentas e os produtos gerados ao longo do
desenvolvimento da solução:
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Conceitos e ferramentas
Produto
1) Identificação dos Processos
• Diagrama de Fluxo
Relatório Fase I – expõe o diagnóstico, isto é,
mostra o levantamento de todos os processos
envolvidos na fabricação dos bens ou na
2) Identificação das Entradas
realização dos serviços pela empresa; e o
• Principais matérias-primas utilizadas prognóstico com a sugestão de ações para
• Principais insumos utilizados
minimização do desperdício e impactos ambiental
• Energia elétrica (consumo médionegativos. Deve-se seguir o Modelo da
mensal)
Metodologia, Relatório Fase I, detalhado e
• Água (consumo médio mensal)
comentado no Banco de Recursos.
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3) Identificação das Saídas
• Água servida (água de lavagem)
• Esgoto gerado
• Lixo/Resíduos (sólidos, materiais
perigosos)
• Emissões (gases, calor e outras
radiações)
4) Utilização do Software Sipred
• sistematização das informações
coletadas e elaboração dos relatórios.
Realização de medições visandoRelatório fase II – expõe os dados de um estudo
quantificar a redução do desperdíciode caso de redução do desperdício de água, ou de
obtida com a implementação das açõesenergia, ou de matéria-prima. Deve-se seguir o
sugeridas pela consultoria.
Modelo da Metodologia, Relatório Fase II,
detalhado e comentado no Banco de Recursos.
Acompanhamento e complementaçãoRelatório fase III – expõe os dados coletados no
da consultoria fase I e fase II realizada,acompanhamento para avaliação e ajustes da
podendo utilizar produtos e serviços doimplementação de mais ações de redução de
Sebrae, tais como Sebraetec, PAS edesperdício. Deve-se seguir o Modelo da
Eficiência Energética, entre outros.
Metodologia, Relatório Fase III, detalhado e
comentado no Banco de Recursos.
02
03
A seguir são dadas orientações sobre procedimentos que podem ser adotados pelo
consultor, sob o risco de o relatório não vir a ser aceito/validado pelo Sebrae:
•
•
•
•
Todos os campos do check list da Fase I devem ser reenchidos. Caso exista
duplicidade de resposta ou dado, NÃO utilizar expressões como “idem” ou “o
mesmo do campo anterior”. Redija quantas vezes forem necessárias a
informação no campo requerido. Caso não haja aplicação da pergunta para
aquela empresa, registrar “Não se aplica” no campo da resposta.
Nos campos destinados a observações complementares ou detalhamentos da
informação, redigi-los de forma objetiva, clara e concisa.
Todos os documentos deverão ostentar a logomarca do Sebrae e da instituição
consultora contratada.
No momento da investigação na empresa, os formulários poderão ser
preenchidos diretamente no sistema, por intermédio de um computador (caso
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•
•
•
•
•
•
disponível), ou inicialmente preenchidos à mão e depois transferidos para o
sistema informatizado disponibilizado pelo Sebrae. Por intermédio dele, será
realizada a avaliação das empresas atendidas e do trabalho do consultor.
O Sebrae realizará pesquisa junto às empresas atendidas para avaliar o grau
de satisfação do empresário e a performance de atendimento da instituição
consultora e do consultor.
Os trabalhos relativos à Eficiência Energética, se for o caso, serão
desenvolvidos por outra consultoria, conforme as recomendações do
Diagnóstico.
Os Relatórios finais Fases I, II e III somente poderão ser entregues ao
proprietário da empresa, ou à pessoa de contato que prestou todas as
informações durante a consultoria, cujo nome consta do formulário de
Cadastro. Em hipótese alguma os Relatórios podem ser entregue a outras
pessoas, mesmo que diretamente vinculadas ao proprietário ou seu contato,
como secretárias, auxiliares, parentes etc.
No momento da entrega dos Relatórios finais Fases I, II e III, o consultor
deverá obter um recibo com a data, local, nome legível e assinatura do
proprietário ou contato que o recebeu.
Quando solicitado, o consultor deverá prestar orientações básicas sobre todos
os setores do Sebrae, bem como agendar com consultores internos do Sebrae
eventuais esclarecimento de duvidas e orientações mais específicas.
Se o empresário necessitar de alguma informação sobre o Sebrae, deverá ser
informado do número de telefone de contato do Sebrae local.
8. RECURSOS BÁSICOS
Devem ser elaborados Relatórios correspondentes as Fases I, II e III de acordo com
os Modelos da Metodologia, detalhado e comentado no Banco de Recursos. Pode ser
utilizado o Software Sipred, para auxiliar na elaboração do relatório Fase I. As
instruções de uso do Software Sipred fazem parte do Banco de Recursos.
9. RELATÓRIOS E DOCUMENTOS
Antes e após a realização dos trabalhos, o consultor deve preparar os documentos
relativos ao planejamento e à execução da ação. Existem modelos específicos para
cada um destes relatórios e estão disponíveis no Banco de Recursos.
10. CRITÉRIOS DE CERTIFICAÇÃO
A finalização da consultoria com a implementação da Metodologia CINCO MENOS
QUE SÃO MAIS, está condicionada a finalização das fases I e II com a implementação
comprovada (por meio de medições) de uma ação de redução de desperdício. A fase
III será opcional, podendo ser demandada ou não pelo Sebrae e/ou empresário.
11. COMUNIDADES DE CONSULTORES
A Comunidade é um espaço virtual de convivência que tem por objetivo o intercâmbio
de conhecimento, aprendizado e interação. Ela é a extensão da sala de aula, portanto,
todos os membros devem se sentir a vontade para contribuir com textos, atividades,
dinâmicas, dúvidas, críticas ou sugestões.
30
Neste espaço serão concentradas todas as informações para os consultores
credenciados nessa solução: DGPS, banco de atividades, leitura complementar,
figuras para compor apresentações, relatórios, etc.
Acesso à Comunidade
O primeiro passo para o acesso à Comunidade 5 MENOS QUE SÃO MAIS é aceitar o
convite que foi enviado por e-mail. Após o aceite do convite acesse o site
www.sebraemg.com.br/comunidades.
Ao clicar na Comunidade abrirá um breve resumo sobre a mesma, clique em Entrar,
no canto superior direito da página. Clique em PESSOA FÍSICA, preencha com seu
CPF e Senha (recebida por email) e clique em CONFIRMAR DADOS.
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Seja bem-vindo (a) à Comunidade 05 menos que são mais!
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Navegação na Comunidade
A navegação é feita através dos menus horizontal e vertical.
No menu horizontal estão as informações e ferramentas comuns a todas as
comunidades, como o Correio Eletrônico - onde é possível enviar e-mail apenas às
pessoas cadastradas na Comunidade; Perfil - espaço onde o usuário deverá cadastrar
suas informações pessoais; Convidar – ferramenta que possibilita ao usuário enviar
convites a outras pessoas para participar da Comunidade; Membros – onde um
membro visualiza os demais participantes da comunidades; Biblioteca Arquivos –
espaço onde estão publicados vários arquivos referentes ao programa; Fórum –
espaço para interação entre os membros; Boas Práticas – espaço onde o usuário
poderá publicar ações de sucesso que sirvam de exemplos para demais membros da
Comunidade.
No Menu lateral estão concentradas as informações específicas da Comunidade.
O Programa – espaço onde poderá se ter uma visão geral do Programa, seus
objetivos, público-alvo, conteúdo programático, etc.
Manual do Participante: Manual com os principais conceitos e ferramentas para
aplicação na empresa. É utilizado para consulta posterior do empresário aos
conteúdos trabalhados.
Banco de Recursos – espaço importante da comunidade onde estão publicados
vários arquivos com sugestões para serem trabalhadas em sala de aula.
Modelos e Relatórios – neste espaço são encontrados o Plano Metodológico, a Lista
de Verificação de Material Complementar, Relatórios de diagnóstico e consultorias
Lista de presença e demais documentos referentes ao programa.
Sites Interessantes – sugestões de sites para o empresário estender sua pesquisa
sobre o tema.
Bibliografia sugerida – artigos, textos, livros, revistas, etc, utilizados para construir o
conteúdo e para o empresário estender seu conhecimento.
Além dos espaços e ferramentas disponibilizados nos menus Horizontal e Vertical há
também a ferramenta O que há de novo – onde são informadas as últimas publicações
da Comunidade.
12. PERFIL DO CONSULTOR
Os profissionais que atuarão junto a esse público são consultores e pela experiência e
conhecimentos relacionados às empresas de pequeno porte, deve estimular a
elaboração de planos, a identificação da necessidade de pesquisa, o conhecimento de
técnicas e instrumentos para a eficiência das funções gerenciais, além de desenvolver
competência no cliente para a tomada eficaz de decisões empresariais. O papel do
consultor é incentivar a mudança, a adoção do novo, a flexibilidade de pensamento,
ajudando a clarificar as estratégias e as formas de implantá-la para obter resultados. A
33
função do consultor é a de agente propulsor da mudança e a do cliente é assumir a
responsabilidade pela implementação das ações.
A seguir, seguem as especificações do perfil do consultor.
Formação:
Nível superior com especialização (desejável) em gestão ambiental, engenharia de
produção, logística, alimentos, qualidade, produção mais limpa, administração da
produção.
Experiência requerida:
Como instrutor, professor ou consultor;
Experiência em gestão organizacional e processos produtivos com ênfase em Sistema
de Gestão Ambiental, Produção mais Limpa e sistema de tratamento de resíduos,
efluentes rurais, urbanos e industriais;
Com orientação de programas de gestão e educação ambiental.
Conhecimentos:
Dos conteúdos de Gestão Ambiental e Preparação e adequação às normas
ambientais ;
Gestão de espaços protegidos e do espaço rural;
Riscos ambientais/seguros;
Na aplicação de técnicas vivenciais;
Da realidade das micro e pequenas empresas.
Habilidades:
Capacidade de comunicação;
Capacidade de negociação;
Capacidade de promover ambientes cooperativos;
Habilidade nos relacionamentos interpessoais;
Capacidade de traduzir conceitos técnicos para o dia-a-dia dos clientes;
Visão sistêmica dos processos de aprendizagem;
Capacidade de estimular o pensamento divergente e inovador;
Capacidade de organizar e sistematizar informações e dados;
Para atuar em grupos com diversidades culturais, sociais e econômicas.
13. AVALIAÇÃO DA SOLUÇÃO
O processo de avaliação consiste em investigar a qualidade da solução, de modo a
aprimorá-lo e promover o melhor aprendizado dos participantes. O modelo pensado
para a avaliação das soluções educacionais para empresas em expansão apresenta
quatro níveis:
•
Avaliação de aprendizagem;
34
•
•
•
Avaliação de reação;
Avaliação do processo;
Avaliação de impacto na implantação de estratégias.
A avaliação de aprendizagem é aplicada ao final do curso de formação de
consultores, quando a qualificação como consultor da Metodologia Cinco Mesmo que
são Mais, esta condicionada a finalização da consultoria fases I e II com a
implementação comprovada de uma ação de redução de desperdício.
Para esta avaliação de aprendizagem deve ser apresentada aos participantes no final
de cada encontro as competências específicas previstas.
A avaliação da reação pretende aferir o nível de satisfação do cliente com a solução
por meio de instrumento próprio em relação:
•
•
•
•
Ao conteúdo da solução;
À metodologia adotada;
Aos materiais utilizados e distribuídos;
Conhecimento, postura e didática do consultor.
A avaliação de impacto tem por finalidade verificar os efeitos da aplicação das
consultorias do Programa para o empreendedor e sua empresa.
Essa avaliação é de responsabilidade do SEBRAE e, se aplicável, é realizada após
um período da aplicação da metodologia. O período de aplicação da pesquisa será
definido pelo gestor da solução.
Para o acompanhamento sistemático do trabalho realizado nas consultorias
especializadas. Após cada intervenção, o consultor deverá apresentar os relatórios
específicos do programa.
14. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ambiental e sistemas de gestão da análise de perigos e pontos críticos de controle.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Regional de Blumenau – Blumenau, 2005.
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Instituto Elmwood de Auditoria Ecológica e Negócios Sustentáveis. São Paulo: Ed.
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Ambiental. Universidade Regional de Blumenau. Centro de Ciências Tecnológicas
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental Blumenau/ SC – Brasil. 2005
Curso básico de gestão ambiental. – Brasília : Sebrae, 2004.
Gerenciamento do Uso das Água e Efluentes Líquidos para Pequena e Microempresa,
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