Redação
Prof.: Maria Tereza
REDAÇÃO CESGRANRIO
INFORMAÇÕES GERAIS
1. Texto em prosa, dissertativo-argumentativo;
2. A seleção será feita através da aplicação de provas objetivas (1ª Fase) e prova de
redação (2ª Fase), ambas de caráter eliminatório e classificatório.
3. 2ª Fase - prova de redação - A redação valerá 40,0 pontos. Será eliminado o candidato
que obtiver aproveitamento inferior a 50% (cinquenta por cento) do total da
pontuação da prova de redação em que se avaliará a capacidade de o candidato
expressar-se com clareza, concisão, precisão, coerência e objetividade, atendendo à
norma padrão da Língua Portuguesa.
4. As provas objetivas (1ª Fase) e a prova de redação (2ª Fase) para o cargo de nível
médio serão realizadas em um turno e terão a duração de 5 (cinco) horas.
5. Aspectos avaliados:
 uso dos mecanismos de coesão (referenciação, sequenciação e demarcação das partes
do texto);
 capacidade de selecionar, organizar e relacionar, de forma coerente, argumentos
pertinentes ao tema proposto;
 domínio da modalidade escrita da norma padrão (adequação vocabular, ortografia,
morfologia, sintaxe de concordância, de regência e de colocação).
6. Caneta esferográfica de tinta preta ou azul (de material transparente).
7. Atribuição de nota zero:
 fuga ao tema;
 fuga à tipologia;
 texto sob forma não articulada verbalmente;
 menos de 20 linhas;
 sinal que possibilite a identificação do candidato;
 uso de lápis.
8. Eliminação de candidatos: nota inferior a seis.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
1. TÍTULO: é uma expressão, geralmente curta, colocada antes da dissertação. Não se
deve pular linha depois do título. É importante para o texto – agrega qualidade – e
deve corresponder ao âmago da redação.
 com verbo – apenas a primeira letra maiúscula e ponto final;
 com pontuação intermediária – apenas a primeira maiúscula e ponto final;
 sem verbo e sem pontuação intermediária – letras maiúsculas no início das palavras
(exceto nexos e artigos).
2. Você pode utilizar a nova ortografia ou a antiga – desde que escreva corretamente.
Afinal, a anterior vale até 2016.
3. O texto deve estar sem rasuras, obedecendo a todas as questões relativas à boa
apresentação.
ESTRUTURA
1. INTRODUÇÃO: a principal finalidade da introdução é anunciar o assunto, definir o
tema que vai ser tratado, de maneira clara e concisa. Procura-se dar uma visão geral,
de forma sintética, do que se pretende fazer, quais as ideias principais que constarão
do desenvolvimento. Explica-se qual é o tema do trabalho, de que ponto de vista ele
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será abordado, delimitando-se o assunto. Em resumo: na introdução, são requisitos
básicos a definição do assunto e a indicação do caminho que será seguido para sua
apresentação.
2. MODELOS DE INTRODUÇÃO
 Declaratória - consiste em expor o mesmo que sugere a proposta, usando outras
palavras e outra organização, ao apresentar o tema e as delimitações sugeridas
em, no mínimo, dois períodos. O principal risco desse tipo de introdução é o de ser
parafrástica.
 Levantamento de hipótese - esse tipo de introdução traz o ponto de vista a ser
defendido, ou seja, a tese que se pretende provar durante o desenvolvimento.
Evidentemente, a tese será retomada - e não copiada - na conclusão. O principal
risco desse tipo de introdução é não ser capaz de realmente comprovar a tese
apresentada.
 Perguntas - pode-se iniciar a redação com uma série de perguntas. Porém,
cuidado! Devem ser perguntas não retóricas, que levem a questionamentos e
reflexões, e não vazias cujas respostas sejam genéricas. As perguntas devem ser
respondidas, no desenvolvimento, por meio de argumentações coerentes.
Portanto, use esse método apenas quando já tiver as respostas, ou seja, escolha
primeiramente os argumentos que serão utilizados no desenvolvimento e elabore
perguntas sobre eles, para funcionar como introdução da dissertação. Por ser uma
forma bastante simples de começar um texto, às vezes não consegue atrair
suficientemente a atenção do leitor.
 Histórica - traçar uma trajetória histórica é apresentar uma analogia entre
elementos do passado e do presente. Já que uma comparação será apontada, os
elementos devem ser similares; há de existir semelhança entre os argumentos
apresentados, ou seja, só será usada a trajetória histórica, quando houver um fato
no passado que seja comparável, de alguma maneira, a outro no presente. Devese tomar o cuidado de escolher fatos históricos conhecidos e significativos para o
desenvolvimento que se pretende dar ao texto.
 Comparação social, geográfica ou de qualquer outra natureza - também é
apresentar uma analogia entre elementos, porém sem buscar no passado a
argumentação. Constitui-se na comparação de dois países, dois fatos, de duas
personagens, enfim, de dois elementos, para comprovar a tese. Lembre-se de que
se trata da introdução, portanto a comparação apenas será apresentada para, no
desenvolvimento, ser discutido cada elemento da comparação em um parágrafo.
 Comparação por oposição - procura-se, nesse tipo de introdução, mostrar como o
tema - ou aspectos dele - opõe-se a outros.
 Citação / Argumento de Autoridade – abre-se esse tipo de introdução por meio
de uma citação – ipsis litteris – pertencente a qualquer área do conhecimento ou
mediante a afirmação de uma autoridade no tema em pauta. É preciso ressaltar
que tais expedientes não são gratuitos – meros “enfeites” – e que, portanto, a
ideia que veiculam deve ser retomada ao longo do texto ou na conclusão.
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3. EXPRESSÕES INTRODUTÓRIAS – DICAS
 O (A) ..... é de fundamental importância em .... É de fundamental importância o (a)
....
 É indiscutível que ... / É inegável que ...
 Muito se discute a importância de ...
 Comenta-se, com frequência, a respeito de ...
 Não raro, toma-se conhecimento, por meio de ..., de ...
 Apesar de muitos acreditarem que ... (refutação)
 Ao contrário do que muitos acreditam ... (refutação)
 Pode-se afirmar que, em razão de ... (devido a, pelo ) ...
 “Os recentes acontecimentos ... evidenciaram...”
 “A questão ... está novamente em evidência...
4. DESENVOLVIMENTO: é a parte nuclear e a mais extensa da redação. Nessa parte, são
apresentados os argumentos, as ideias principais. É muito comum ouvir-se dizer que o
desenvolvimento deve ser dividido em partes, mas muito raramente se explica que partes
são essas. No D1 (tomando-se por base dois parágrafos de desenvolvimento)
primeiramente, analisa-se o tema, desdobrando-o, decompondo o todo em partes. Dessa
primeira análise surgirão os detalhes importantes que serão, por sua vez, analisados,
entendidos, justificados, demonstrados, com base na compreensão das partes, para
chegar-se ao entendimento do todo. A discussão dos detalhes dará ensejo para a
apresentação, no D2, dos argumentos, a favor ou contra, confrontando-os, demonstrando
a validade de uns e a fragilidade de outros, de maneira ordenada, com clareza e convicção.
A discussão pode ser ilustrada com citações textuais ou conceituais de autoridades,
escritores, filósofos, cineastas, pensadores, educadores, atores etc.
5. MODELOS DE DESENVOLVIMENTO
 Hipótese - apresentar hipótese no desenvolvimento é a tentativa de buscar
soluções, apontando prováveis resultados. Por meio da hipótese, demonstra-se
interesse pelo assunto e disposição para encontrar soluções. A hipótese,
praticamente, afasta o risco de apenas se expor o assunto.
 Paralelismo – trata-se da apresentação de um mesmo assunto com diferentes
enfoques, da correspondência entre ideias ou opiniões diferentes em relação ao
mesmo argumento.
 Causas e consequências – é a apresentação, em um parágrafo, dos aspectos que
levaram ao problema discutido e, em outro parágrafo, das suas decorrências.
 Exemplificação - seja qual for a introdução, a exemplificação é a maneira mais fácil
de se desenvolver a dissertação, desde que não seja exclusiva: é preciso analisar os
exemplos e relacioná-los ao tema. Devem-se apresentar exemplos concretos, que
sejam importantes para a sociedade. Argumente sobre personagens históricas,
artísticas, políticas, sobre fatos históricos, culturais, sociais importantes.
6. TIPOS DE ARGUMENTO
 Argumento de autoridade - a citação de autores renomados (escritores célebres)
e de autoridades de certa área do saber (educadores, filósofos, cientistas etc.) é
aconselhável quando se trata de fundamentar uma ideia, uma tese. Quanto maior
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a autoridade, maior será o respaldo a respeito do que se afirma, maior será o
efeito de convencimento.
 Argumento baseado no consenso - são proposições evidentes por si mesmas ou
universalmente aceitas como verdade. Contudo, não se deve confundir argumento
baseado no consenso com lugares comuns carentes de base científica. Afirmar que
a educação é o alicerce do futuro é apresentar uma ideia aceita como verdade.
Todavia, dizer que o brasileiro é preguiçoso constitui preconceito.
 Argumento baseado em provas concretas - a argumentação consiste numa
declaração seguida de prova. Não se podem fazer generalizações sem apoio em
dados consistentes. As provas concretas constituem-se, principalmente, de fatos,
de dados estatísticos, de exemplos, de ilustrações.
 Argumento de competência linguística - trata-se do uso da linguagem adequada à
situação de interlocução, refere-se à escolha das palavras, das locuções e das
formas verbais.
7. LIGAÇÃO ENTRE OS PARÁGRAFOS DE DESENVOLVIMENTO - DICAS
D1
 É preciso, em primeiro lugar, lembrar...
 É preciso, primeiramente, considerar...
 É necessário frisar também...
D2
 Nota-se, por outro lado, que...
 É imprescindível insistir no fato de que...
 Não se pode esquecer
 É imprescindível insistir no fato de que...
 Além disso...
 Outro fator existente...
 Outra preocupação constante...
 Ainda convém lembrar...
8. CONCLUSÃO
Não confunda conclusão com apreciação do trabalho. É muito comum encontrar
dissertações que apresentam na conclusão uma apreciação do assunto, ou frases do tipo
“Eu acho muito importante .........., por isso ou aquilo...” Ora, ninguém está perguntando o
que o autor achou do tema trabalho, e dar uma opinião que nem sequer foi solicitada não
é conclusão.
Conclusão é a parte final do trabalho, o arremate, o que constitui uma síntese
interpretativa do desenvolvimento. É a decorrência lógica do processo de argumentação e,
de certa forma, complementa a introdução. Na introdução, anuncia-se o que se vai fazer;
na conclusão, confirma-se o que foi feito. Se a introdução pode ser considerada um
“trailer” do trabalho, a conclusão é um “replay”.
A despeito de ser um “replay” (tema – tese – solução), admite-se fato novo: ideia ou
argumento. Embora não seja apenas um resumo, não se pode ignorar seu caráter de
síntese. Por isso, a conclusão deve ser breve, exata, concisa. Nas redações de até 30 linhas,
muitas vezes dois períodos é suficiente.
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9. EXPRESSÕES CONCLUSIVAS – DICAS
 Conjunções conclusivas:
 Portanto,...
 Por conseguinte,...
 Logo,...
 Em suma,...
 Dessa forma,...
 Definitivamente,...
 Indubitavelmente,...
10. QUALIDADES BÁSICAS DO TEXTO
As três partes fundamentais da redação - introdução, desenvolvimento e
conclusão - são autônomas, mas devem apresentar-se de forma plenamente
articulada. Embora a cada parte se atribua um conteúdo específico, as três devem
compor um todo sequencial, lógico e harmonioso: na introdução, anuncia-se o que
será feito; no desenvolvimento, faz-se o que foi anunciado na introdução e, na
conclusão, confirma-se o que foi feito, demonstrando que, no desenvolvimento,
cumpriu-se tudo o que foi proposto na introdução.
O texto que não conta com UNIDADE, COESÃO e COERÊNCIA, invariavelmente,
vê comprometidas as melhores intenções de seu autor.
 Falta de Unidade: geralmente, decorre do “entusiasmo” com um ou outro aspecto que
se conhece ou se domina mais a fundo e ao qual se quer dar maior destaque. Assim, o
que deveria ser apenas uma passagem ilustrativa acaba por tomar “conta” do texto,
desequilibrando-o. O excesso de exemplos soa muito mais como uma estratégia de
preenchimento.
 Ausência de Coerência: tomar todas as questões do mundo como atuais é, no mínimo,
contraditório em relação ao que se espera de um sujeito razoavelmente bem
informado. Tal procedimento dá margem a textos marcados por expressões do tipo
“atualmente”, “nos dias de hoje”, “hoje em dia” etc. Da mesma maneira atua a
proposição de soluções para todos os questionamentos. Uma proposta de redação, via
de regra, não pede que o candidato solucione os problemas do mundo, mas apenas
que os discuta, agregando ideias às discussões. Sendo assim, são absolutamente vazias
as fórmulas em que se exige “conscientização urgente do governo, das pessoas...”.
Para evitar a incoerência, FUJA
 do episódio isolado ou sem retomada, pois ele comprova falta de
encadeamento textual;
 da circularidade ou quebra de progressão discursiva (o texto não
progride, você se vale do “vaivém”, isto é, aborda um enfoque,
interrompe-o e volta a abordá-lo em outro parágrafo); NÃO seja
repetitivo;
 da conclusão não decorrente do que foi exposto; NÃO a inicie com
nexos adversativos.
 Ausência de Coesão: comumente, decorre do mau uso dos nexos coesivos, mas
também da má compreensão da proposta. Para que tal não ocorra,
 sublinhe as palavras com maior carga de significado que se encontram
no enunciado;
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




substitua palavras complexas por equivalentes mais familiares;
faça uma lista de questões que faz sentido abordar;
descarte as que remetem a outras questões não abordadas;
formule (para si mesmo) as seis perguntas sobre o assunto e respondaas: o quê? / quem? / quando? / onde? / como? / por quê?
lembre, por fim, de que a clareza encontra-se na simplicidade.
11. COMO UTILIZAR ADEQUADAMENTE OS TEXTOS DE APOIO
 Compreender as ideias desses textos: apenas apreender o essencial, deixar de lado o
acessório, fazer inferências, perceber o que está implícito.
 Aproveitar os dados oferecidos como pontos de partida para reflexões: não faça
paráfrases, apenas parta do texto.
 Acrescentar aos dados oferecidos sua contribuição: repetir o óbvio ou fixar-se no
senso comum resulta em produção de textos entediantes. Parta para a informação
nova, para a complementação de dados. Sendo original, o escritor dá a identidade ao
seu texto.
12. CONTEÚDO – aspectos avaliados
 Domínio da tipologia - trata-se de verificar se o texto apresenta adequação às
características da tipologia textual solicitada na proposta de redação: dissertativa;
é possível identificar a tese principal e os argumentos que a sustentam.
 Organização do texto - trata-se de verificar se a organização do texto, do ponto de
vista formal, refletida na estruturação dos parágrafos, e do ponto de vista das
ideias/argumentos que sustentam o texto, é adequada. Avalia-se se os parágrafos
apresentam organização adequada à sua função no texto, inclusive quanto ao
número e extensão de períodos; se há organicidade, ou seja, estabelecimento de
relações adequadas, tanto no desenvolvimento interno dos parágrafos quanto na
transição entre eles.
 Desenvolvimento do tema e do ponto de vista - trata-se de verificar se o
candidato expressa seu posicionamento ao abordar o tema.
 Qualidade do conteúdo - trata-se de avaliar o uso de elementos responsáveis pela
progressão temática, como mobilização de dados e densidade informacional, entre
outros aspectos.
 Coesão textual - trata-se de verificar se o autor demonstra conhecimento dos
recursos coesivos que a língua oferece, utilizando-os de forma apropriada e
qualificada: emprego de nexos, de modalizadores, de correlação de tempos
verbais, de referências anafóricas e de substituições lexicais.
 Investimento autoral - trata-se de avaliar se o encaminhamento do texto
evidencia esforço pela autoria, isto é, se o texto apresenta abordagens
diferenciadas, fatos inusitados, tentativa de fugir do lugar comum, relacionando as
ideias com criatividade e com propriedade. No plano formal, o investimento
autoral pode revelar-se pelo uso de frases complexas, de vocabulário variado,
além de recursos retóricos bem empregados.
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13. LINGUAGEM
A clareza é uma das principais qualidades de uma redação. Consiste em expressar-se
da melhor forma possível, de modo a deixar-se compreender pelo leitor do texto. Ser
claro é ser coerente, preciso, não se deixar contradizer, ser direto.
Seja natural. Não caia na tentação de utilizar palavras de efeito duvidoso que alguém
bem-intencionado lhe sugeriu para “impressionar a banca”. Linguagem direta, clara,
fluente é mais efetiva do que expressões rebuscadas, às vezes inadequadas para o
contexto. Não seja prolixo.









 ERROS COMUNS
Internetês: é considerada erro ortográfico, na prova de Redação, a utilização de
registros gráficos próprios do internetês, como
vc em vez de você;
naum em vez de não;
pq em vez de qualquer um dos porquês;
(o)q em vez de (o) que;
qq em vez de qualquer;
td em vez de tudo;
eh em vez de é;
tb em vez de também.

Impropriedade de registro
É importante observar que não seria correto penalizar o autor de um texto pelo uso de
qualquer palavra, gíria ou expressão informal retirada da fala cotidiana. A informalidade
pode tornar-se equivocada quando é mal-encaixada na totalidade de uma frase, de um
parágrafo ou de um texto de encaminhamento formal predominante, evocando um registro de
comunicação diferente daquele estabelecido entre autor e leitor ao longo do texto.
Ex.: Os problemas tipo entre pais e filhos geram estresse.
Do mesmo modo, pode a hipercorreção provocar problema semântico, se for
ocasionada por uma dificuldade que pode estar associada, por exemplo, a uma escolha
vocabular diferente da predominante no texto.
Ex.: Entra ano, sai ano, cada vez mais as adolescentes que ficam grávidas olham o enlace
matrimonial como uma coisa que vai garantir que o pai da criança vai estar perto delas quando
chegar a hora do nenê nascer. Muitas gurias têm essa ilusão porque não sabem nada da vida
mesmo.

Correr atrás do prejuízo.

Fazer com que (Isso faz com que o povo fique desanimado. / Isso FAZ o povo
FICAR desanimado).
Ter no lugar de Haver consiste em coloquialidade a ser evitada; Ex.: Há uma
liquidação ótima no “shopping”. (formal); Tem uma liquidação ótima no “shopping”.
(coloquial).

(tal pensamento) vem à cabeça.

A gente; use “nós”.

Só que, use mas, porém, etc.


Diálogo com o examinador: não use VOCÊ / TU. Use “se” (apassivador,
indeterminante do agente) ou 1ª pessoa do plural, nós. Não se desculpe, dizendo que
não escreveu mais porque o tempo foi pouco.
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
Mistura de tratamento – eu / nós / se / ele(s) – num mesmo período /
parágrafo.

Afixos
A utilização inadequada de prefixos e de sufixos ocorre quando determinado
emprego produz significados diferentes do que o autor tinha em mente.
Ex.: Geralmente, a mãe é mais compreensível que o pai. (adequado: Geralmente, a mãe
é mais compreensiva que o pai.)
Ex.: A teoria darwiniana é uma das mais aceitáveis pela comunidade científica.
(adequado: A teoria darwiniana é uma das mais aceitas pela comunidade científica).
Ex.: A crítica, quando construtiva, não é desconveniente. (adequado: A crítica,
quando construtiva, não é inconveniente.)






 Semântica
seleção inadequada de palavras e de expressões que estabelecem relações de sentido
entre os elementos textuais: Para ser feliz, é preciso ter talento. ASSIM, só isso não
basta. (No entanto);
uso repetitivo de nexos;
uso de gírias ou de expressões informais descontextualizadas: Para ser feliz, é preciso
ter uma vida MANERA. (interessante);
hipercorreção: O dizer aos INFANTES ante tamanha tragédia? (crianças);
erros de coordenação e de paralelismo: O problema da droga é mais grave no Rio e em
São Paulo do que em Belo Horizonte e Pernambuco. (Pernambuco é o nome de um
estado entre nomes de cidades.);
imprecisão: A aluna informou à turma que ELA tinha-se saído bem na prova. (A aluna
informou à turma que todos tinham-se saído bem na prova); (Prezadas senhoras, não
esqueçam a próxima venda para beneficência. É uma boa oportunidade para se livrar
das coisas inúteis que há na sua casa. Tragam seus maridos.);
 expressão de amplo sentido: A corrupção nacional é uma COISA assustadora, um
PROBLEMA quase sem solução. (A corrupção nacional é assustadora, um problema
social quase sem solução);
redundâncias e obviedades: Há cinco anos atrás, não se ouvia falar em aquecimento
global. (Há cinco anos... / Cinco anos atrás...); Hoje em dia; A cada dia que passa; Eu
acho / Eu penso...; Mundo em que vivemos; (no mundo); um certo (“Quando certo
alguém / cruzou o seu caminho...”).
 excesso de paráfrases: Num mundo em que nós, SERES HUMANOS, buscamos apenas
a excelência profissional... (desnecessário o aposto);
 excesso de repetição de palavras ou de expressões;
 expressões categóricas, sobretudo na conclusão: “Só assim poderemos garantir...” /
“Conclui-se que...” / “A partir de tudo que foi exposto...”.
 Lugar-comum
 “Desde os primórdios da humanidade, o homem tem-se mostrado cruel com seus
semelhantes.” (situe o leitor em relação ao tempo);
 “As pessoas saem de casa sem saber se vão voltar.” (valha-se de exemplos que
ilustrem suas ideias);
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 “O efeito estufa nada mais é do que a vingança da mãe-natureza.” (ocorrência de um
clichê e de um equívoco – atribuição da responsabilidade à natureza);
 “É preciso lembrar que dinheiro não traz felicidade.” (reprodução de pensamento
comum, demagógico);
 “A juventude é o futuro do país.” / “Se cada um fizer a sua parte, certamente
viveremos num mundo melhor.”/ “Já não se fazem mais pais como antigamente."
(vago, possibilitando várias interpretações);
 “É conveniente para o governo que a população permaneça sem instrução, porque
assim é mais fácil manipulá-la.” (tendência simplista de atribuir ao governo a
responsabilidade direta por todos os problemas do país);
 Ditados: agradar a gregos e troianos, chover no molhado, ficar literalmente arrasado,
passar em brancas nuvens, segurar com unhas e dentes, ter um lugar ao sol...



Experimentalismos Linguísticos (agudizar, xópin, ...).
Cacofonia. (Já que tinha interesse, ficou atento.).
Excesso de estrangeirismos
A palavra estrangeira, na sua forma original, só deverá ser usada quando for
absolutamente indispensável. O excesso de termos de outro idioma torna o texto
pretensioso e pedante. Não se esqueça de explicar sempre, entre parênteses, o
significado dos estrangeirismos menos conhecidos. Se a palavra ou expressão não tiver
correspondente em Português, porém, ou se o termo for pouco usado, recorra, então,
ao termo estrangeiro.
Não empregue no idioma original palavra que já esteja aportuguesada.
Use, pois, uísque e não whisky, caratê e não karat, tarô e não tarot, estresse e não
stress.
Quando houver vocábulo equivalente em Português, prefira-o ao
estrangeirismo. Use, então,
 cardápio e não menu;
 pré-estreia e não avant-première;
 assalto e não round;
 padrão e não standart;
 fim de semana e não week-end;
 desempenho e não performance.
 Excesso de vocabulário politicamente correto
Microempresário do setor informal da economia =
Pessoa criativa na narração de fatos = Mentiroso
Camelô
Menor vítima da desigualdade social =
Veículo de tração animal = Carroça
Pivete
Protetor de patrimônio automotor =
Integrante frequente do índice cara mão de obra
Guardador de automóvel
não ativa = Vagabundo ou desocupado
Condutor de veículo vertical = Ascensorista
Célula habitacional informal = Maloca
Relação íntima não consentida = Estupro
Encarregado da assepsia urbana = Lixeiro
Comerciante tabagista alternativo = Traficante de
Sacerdote de rito afro-brasileiro = Pai-de-santo
maconha
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 APRIMORANDO A LINGUAGEM

Uso do etc.
Não use etc. sem nenhum critério. Trata-se da abreviatura da expressão latina et
cœetera, que significa “e as demais coisas”. Só devemos usá-la quando os termos que ela
substitui são facilmente recuperáveis.
Ex.: A notícia foi veiculada pelos principais jornais do país como O Globo, Jornal do Brasil,
etc.
O leitor bem informado sabe que os outros jornais ficam subentendidos: Folha de São
Paulo, O Estado de São Paulo, Zero Hora.
MAS
Ex.: Muitas vezes, os pais não sabem como falar aos filhos problemas relacionados ao sexo, à
morte, etc.
Quais seriam os outros problemas? Fica difícil saber.
Nunca escreva “e etc.”, pois a conjunção “e” já faz parte da abreviatura. Seria o mesmo
que dizer “ e e as demais coisas”. Após a abreviatura, usa-se ponto final: ,etc.
 Pluralização
Se uma “propriedade” refere-se a sujeitos diversos, deve manter-se no singular.
Quando são vários os possuidores, o nome da “coisa” possuída fica no singular, inclusive
partes do corpo, se unitárias, ou atributos da pessoa.
Exemplos:
 A insegurança das grandes cidades prejudica nossas vidas. (nossa vida / a vida)
 As aquisições feitas pelo grupo até agora estão na casa de US$ 5,4 bilhões, incluindo as
participações dos sócios. (a participação)
 A polícia tenta apurar as identidades dos marginais. (a identidade)
 Eles concordaram e balançaram as cabeças... (a cabeça)
 Deixou todos de bocas abertas (boca aberta)
 Elevemos os corações para o alto. (o coração)
 O delegado foi incumbido de investigar as mortes dos líderes. (a morte)
 Expressões comuns
 A palavra através pertence à família de “atravessar”. Deve ser empregada no sentido
de passar de um lado para outro ou passar ao longo de: A luz do sol, através da
vidraça, ilumina o se rosto. / O tipo de redação solicitada mudou através dos tempos.
Não use através no lugar de mediante, por meio de, por intermédio de, graças a ou
por: Comuniquei-me com ele por meio do computador.
 Em princípio = antes de mais nada, teoricamente, em tese, de modo geral: Em
princípio, três horas diárias de estudo é bastante.
 A princípio = no começo, inicialmente: A princípio, o curso de Medicina era o mais
concorrido. Atualmente, isso mudou.
 A nível de NÃO existe. Existem em nível de (= no âmbito de; expressão desgastada!) e
ao nível de. A decisão foi tomada em nível de turma. (Melhor: A decisão foi tomada
pela turma.) / Não chegou ao nível catastrófico, mas seu desempenho deixou a
desejar.
 Entre ou Dentre? Quase sempre ENTRE, pois DENTRE tem uso muito limitado = do
meio de: O candidato surgiu atrasado, correndo, dentre dois carros. / Entre tantas
possibilidades, optei pelo curso de Letras.
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 Falar NÃO equivale a dizer, afirmar, declarar. Falar = dizer palavras: “Ele fala pelos
cotovelos!” Na dúvida, substitua falar por dizer; se a lógica se mantiver, use o verbo
dizer: “A Reitora falou (disse), na entrevista, que haverá mais vagas em todos os
cursos, a partir de 2005.”
 Acontecer = suceder de repente; ideia de inesperado, desconhecido: “Tudo pode
acontecer, se não nos prepararmos bem!” É recomendável usá-lo com os indefinidos
(tudo, nada...), os demonstrativos (isto, aquilo...) e o interrogativo “que”.
 NÃO use acontecer no sentido de ser, haver, realizar-se, ocorrer, suceder, existir,
verificar-se, dar-se, estar marcado para: “O pré-exame acontecerá (está marcado para
o) no dia 03 de janeiro.”
 Só empregue possuir se quiser indicar posse, propriedade (de um bem material): “Ele
possui imóveis fora do Brasil.” / Mas utilize em “Ele possui excelente situação
financeira.” Substitua por “Ele desfruta de excelente situação financeira.” Use ter,
desfrutar, apresentar, manifestar, produzir, demonstrar, gozar, ser dotado de.
 Ao invés de = inverso, ao contrário de. Ex.: Enganou-se, ao invés de açúcar, pôs sal no
cafezinho.
 Em vez de = no lugar de. Ex.: Em vez de ir ao cinema, resolveu estudar.
 Ao encontro de = a favor de. Ex.: Concordo com você; minhas ideias vão ao encontro
das suas.
 De encontro a = em sentido oposto, contra. Ex.: Não concordo com você; minhas
ideias vão de encontro às suas.
 Na medida em que = porque. Ex.: Na medida em que nos conhecemos, podemos agir
com intimidade.
 À medida que = à proporção que. Ex.: À medida que estudava, sentia-se mais seguro.
 A meu ver (não “ao meu ver”).
 Chamar a atenção (não “chamar atenção”).
 Dar-se ao direito; dar-se ao luxo.
 Defronte de (não “defronte ao”).
 Em frente de / diante de (não “frente a”).

Uso do Gerúndio (-ndo): forma nominal do verbo (≈advérbio), indica ação
continuada. Logo,
 Vou ficar esperando por você até às 17h. (correto)
 Vou estar enviando a proposta até às 17h. (incorreto)
 Isso acaba provocando ódio. (desnecessário)
 Isso provoca ódio. (preferível)
 USO DOS NEXOS
 ESSE(A)(S) + substantivo / ISSO = retomam assunto.
 A inflação retornou a Porto Alegre. Esse fato denota que a economia não é tão
estável como apregoa o governo. / Isso denota que...
 MESMO(A)(S) = não retomam palavras ou expressões; nessas situações, utilize
ELE(A)(S).
 Ainda tenho os mesmos ideais. Meus amigos, contudo, mudaram. Eles creem
que manter certas convicções é estagnar.
 ONDE = refere-se apenas a lugar em que se está; caso contrário, utilize em
que, no(a)(s) qual(is).
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 A cidade onde (= em que / na qual) é maravilhosa. / O dia em que (no qual) te
conheci é o melhor de minha vida. / A sociedade na qual (em que) nos
inserimos...
 AONDE = refere-se apenas a lugar para o qual se vai.
 Essa é a praia aonde você vai nas férias?
 OS NEXOS ALTERNATIVOS MANTÊM PARES “FIÉIS”.
 SEJA porque eu te amo, SEJA porque não consigo mais viver sem ti, aceito tuas
exigências.
 Evite MAS e PORÉM em início de período; prefira NO ENTANTO,
ENTRETANTO, CONTUDO, TODAVIA, NÃO OBSTANTE.
14. PONTUAÇÃO
 Aspas: são empregadas, por exemplo, para indicar
 transcrições textuais;
 palavras estrangeiras;
 uso diferenciado de uma palavra - por exemplo, para enfatizá-la;
 neologismos criados pelo autor;
 gírias, quando necessárias;
 títulos;
 ironia.

Dois-pontos: usados numa relação em que a segunda oração é uma consequência ou
uma explicação da primeira, mas não no início de qualquer série.
 No tabuleiro da baiana tem: vatapá, caruru, umbu... (incorreto)
15. ESTRUTURA DO PERÍODO
 Chamamos de fragmento de frase (ou frase fragmentada) o isolamento indevido
de
 orações reduzidas – Era necessário preservar os vários sentidos do texto. Cabendo
ao leitor interpretá-lo.
 orações adjetivas – A televisão tem apenas programas infantis violentos. Onde os
heróis se matam.
 Aposto – A marginalização do negro na nossa sociedade vem dos tempos da
colonização do Brasil. Uma estúpida herança deixada pelos nossos antepassados.
 orações coordenadas – Há dois tipos de injustiça que estão ocorrendo dia a dia na
nossa frente, sem que nada seja feito: uma delas é a injustiça econômica. E a outra
é a injustiça social.
 orações subordinadas – Não quero esquecê-la. Porque sempre se leva algum
conhecimento para a vida.

Chamamos de frases siamesas quando não há sinal de pontuação ou quando ele
foi mal empregado.
 A pessoa se acostuma a competir, quando isso ocorre, ela é beneficiada.
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
Paralelismo
O erro de paralelismo consiste em coordenar elementos semelhantes de forma diferente.
Ex.: Nesse episódio, senti como há falta de educação e experiência em nosso povo. (incorreto)
Nesse episódio, senti que o nosso povo não tem nem educação nem experiência. (correto)
Nesse episódio, senti como há falta de educação e de experiência em nosso povo.
(correto)
 Erros mais comuns de paralelismo
coordenação indevida entre orações de estrutura diferente – Coisa que sempre deixa
ressentimentos (subordinada) ou mesmo acabam discutindo seriamente (coordenada). (Coisa
que sempre seixa ressentimentos e leva-os a discutir seriamente.)
omissão de uma oração – Matriculei-me na disciplina, fiz os trabalhos, provas e presença nas
aulas. (Matriculei-me na disciplina, fiz os trabalhos e compareci às aulas.)
coordenação de uma oração desenvolvida com uma coordenada – Sorte minha o
engarrafamento do túnel não estar terrível e, no guichê da rodoviária, um casal, gentilmente,
me cedeu a vez. (...um casal, gentilmente, ceder-me a vez.)
coordenação indevida de uma reduzida – Conseguir ser respeitado na sua profissão e
podendo, então, casar-se com sua amada. (...e poder, então, casar-se com sua amada.)
ordem inadequada de elementos coordenados – Estranhou o silêncio quebrado apenas por
passarinhos e pela falta de vizinhos. (...e a falta de vizinhos.)
uso indevido do “e que” – Era uma mulher bem vestida e que trazia no braço uma série de
números tatuados. (...e trazia... / que trazia...)
má construção das correlações – Podem tanto nestas frases faltar sinais de pontuação quanto
existir sinais mal empregados. (Podem nestas frases tanto faltar ... quanto existir...)
falso paralelismo nas comparações – Escrever romances é diferente da pintura. [escrever =
ação / pintura = resultado da ação] (Escrever romances é diferente de pintar quadros.)
falso paralelismo semântico – Quando fui à Europa, visitei Paris, Roma e minha avó
erros de regência – A cada dia, sonham e despertam para a necessidade de a sociedade ser
sustentável. (A cada dia, sonham com a necessidade de a sociedade ser sustentável e
despertam para isso.)
16. GRAFIA
 Emprego de maiúsculas e de minúsculas

Maiúsculas
 substantivos próprios de qualquer natureza;
 nomes de vias e lugares públicos;
 nomes que designam altos conceitos políticos, religiosos ou nacionais (A Igreja teceu
duras críticas às pesquisas com células-tronco.);
 nomes que designam artes, ciências e disciplinas;
 nomes de estabelecimentos públicos ou particulares e nomes de escolas de qualquer
espécie
ou grau de ensino;
 títulos de livros, jornais, revistas, produções artísticas, literárias e científicas;
 pontos cardeais, quando nomeiam regiões (No Sul, desfruta-se de um inverno
europeu.);
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 nomes de fatos históricos importantes, de atos solenes e de grandes
empreendimentos
públicos;
 expressões como fulano, beltrano e sicrano, quando usadas em lugar de nome de
pessoas;
 País com letra maiúscula em substituição ao nome próprio da nação (O Brasil ainda é
vítima de problemas terceiro-mundistas. O País precisa, pois, curar-se da síndrome do
“coitadismo”.);
 Estado = o conjunto das instituições (governo, congresso, forças armadas, poder
judiciário etc.) que administram uma nação. (A máquina administrativa do Estado.).















Minúsculas
nomes de povos, de suas línguas e gentílicos (O brasileiro é cordial.) em geral;
nomes dos meses e dos dias da semana;
nomes dos pontos cardeais, quando designam direções ou limites geográficos (Mais ao
sul, viam-se as nuvens carregadas.);
nomes comuns que acompanham nomes geográficos (Transposição do rio São
Francisco);
nomes de festas pagãs ou festas populares (Em fevereiro, há o carnaval.);
nomes das estações do ano;
depois de dois-pontos, quando se trata de uma enumeração ou uma exemplificação;
estado = cada uma das divisões político-geográficas de uma nação. (O Amazonas é o
maior estado brasileiro.).
Grafia de números

Por extenso
os números até noventa, que se constituírem de apenas uma palavra no início da frase
(Dois alunos saíram mais cedo da aula.);
substantivados (Ela lia as Mil e Uma Noites.);
dados por aproximação ou estimativa (“Nem por você / Nem por ninguém / Eu me
desfaço / Dos meus planos / Quero saber bem mais / Que os meus vinte / E poucos
anos...”);
números com mais de uma palavra e números a partir de 100 (Nas próximas vinte e
quatro horas saberei o que fazer de minha vida.);
quantias com as unidades monetárias grafadas por extenso (Com cinquenta reais,
consigo comprar apenas um livro. (mas... Com R$ 50,00, consigo comprar apenas um
livro.).
 Em algarismos
 horas, minutos e tempo em geral (O voo sai às 17h e chega por volta das
19h30min.);
 medidas (Corro 5 km todos os dias.).

Em forma mista
 os números de 1 milhão em diante (Esta estrela tem, seguramente, mais de 19 milhões
de anos.)
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
Sublinhas
Sublinhas são usadas para enfatizar determinada palavra ou trecho que o autor julgue
especialmente relevante para adequado entendimento do que quer dizer.




Siglas
todas as letras maiúsculas se a sigla tiver até três letras (ONU);
todas as letras maiúsculas se todas as letras forem pronunciadas (INSS);
se houver mais de três letras, só a inicial maiúscula (Unesco).
17. SINÔNIMOS
Eis alguns dos vocábulos cuja repetição é bastante usual. Então, para auxiliá-lo... Contudo,
cuidado: não existe sinônimo perfeito.
PROBLEMA
HOMEM
BENEFÍCIOS
DESENVOLVIMENTO
assunto
pessoa
vantagens
melhoria
carência
criatura
proveitos
criação
condição
indivíduo
melhorias
crescimento
questão
ser humano
avanços
evolução
situação
ser vivo
ganhos
propagação
controvérsia
cidadão
melhoramentos
aumento
drama
humanidade
benesses
incrementação
conjuntura
incremento
preocupação
SOLUÇÃO
ATITUDE
VIOLÊNCIA
mal
medida
procedimento
agressão
deficiência
superação
postura
brutalidade
dificuldade
saída
ação
insulto
impasse
resultado
comportamento
ofensa
pendência
decisão
reação
truculência
caso
resolução
caminho
tensão
dano
realização
tumulto
entrave
ato
bestialidade
SUPERAR
distúrbio
vencer
aborrecimento
dominar
DESTRUIR
CONSCIENTIZAR
ultrapassar
devastar
responsabilizar
sobrepujar
aniquilar
convencer
transpor
liquidar
informar
solucionar
exterminar
cientificar
arrasar
persuadir
destroçar
notificar
arruinar
eliminar
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18. PROPOSTAS DE REDAÇÃO
Temas atuais ou específicos de determinados cargos.
Proposta 1 (FINEP – Analista – 2011 – Banca Cesgranrio)
Leia os textos abaixo:
ABAIXO A OBSOLESCÊNCIA
Nossos avós são de uma época em que a compra de um eletrodoméstico era uma
aquisição para a vida inteira. Uma geladeira, pois, tinha de perdurar por gerações... Hoje a
lógica do mercado é completamente oposta, e nós, consumidores, vivemos um ciclo constante
de compra, reposição e repetição. No início dos anos 1960, o visionário designer alemão Dieter
Rams previu o crescimento desenfreado dessa tendência e criou um produto que, nos 50 anos
seguintes, iria nadar contra a maré: o Sistema Universal de Prateleiras 606. Trata-se de um
produto simples, mas que foi concebido para durar ad eternum, pois a composição mantém os
mesmos padrões desde a primeira peça comercializada e a montagem é altamente flexível. [...]
Vida Simples. São Paulo: Abril, n. 105, maio 2011. p.14.
O iPad estreou ontem com sucesso nas lojas – físicas e virtuais – do Brasil. As filas que
se formaram ainda na quinta-feira já indicavam o interesse pelo tablet. [...] O economista
Salmo Valentim já tem um iPad, mas não resistiu à novidade. Levou para casa um modelo mais
caro e completo, com 64 GB, Wi-fi e 3G. [...]
O Globo, Rio de Janeiro, 28 maio 2011. p. 37. Adaptado.
Com base nos textos acima e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto
dissertativo/argumentativo, expondo sua opinião e suas ideias sobre a sociedade de consumo
e como esse conceito afeta os consumidores, a indústria, o comércio e o setor de serviços
(oficinas de conserto, por exemplo). Aponte vantagens e desvantagens relacionadas a um ou
mais desses grupos.
Instruções:
a) ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as
reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e
opiniões para defender seu ponto de vista a respeito do tema;
b) a produção do texto deverá demonstrar domínio da língua escrita padrão;
c) a Redação não deverá fugir ao tema;
d) o texto deverá ter, no mínimo, 20 linhas, mantendo-se no limite de espaço a ele destinado;
e) o texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou de narrativa;
f) o texto definitivo deverá ser passado para a folha para o desenvolvimento da Redação, pois
não será considerado o que for escrito na Folha de Rascunho;
g) a Redação definitiva deverá ser feita com caneta esferográfica transparente de tinta na cor
preta;
h) a Redação deverá ser feita com letra legível, sem o que se torna impossível a sua correção;
i) a Redação não deverá ser identificada por meio de assinatura ou qualquer outro sinal.
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1. Exemplo de Redação CESGRANRIO – (segundo a internet, redação exemplar)
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Sucata pós-moderna (CEF – 2012)
À já extensa lista de problemas ambientais que enfrentamos adiciona-se um novo
item: o lixo eletrônico. Ignorado pela maioria dos consumidores, o destino final de aparelhos
como computadores, telefones celulares e televisores representa grave ameaça à saúde do
planeta, pois eles contêm elementos químicos tóxicos em seus componentes.
O lixo eletrônico é mais um produto da moderna sociedade de consumo, que se firma
sobre um modelo totalmente insustentável. Aparelhos de telefone, produtos de informática,
eletrodomésticos, equipamentos médico-hospitalares e até brinquedos são alguns dos novos
vilões do meio ambiente. A reciclagem desse material pode ser vista de duas maneiras: uma
boa, outra ruim. A boa é que muitos aparelhos têm grande potencial para reciclagem, devido à
presença de metais preciosos em alguns circuitos eletrônicos. A ruim é que esse potencial
raramente é explorado, uma vez que reciclar lixo eletrônico é um desafio.
KUGLER, Henrique. Revista Ciência Hoje. Rio de Janeiro: Instituto Ciência Hoje. 30 jun. 2008, p.
38 (Adaptado).
O progresso melhorou a vida da humanidade, mas criou muitos problemas. A
acumulação do lixo é inevitável, faz parte do mundo atual e não para de crescer e se
multiplicar, com novos e problemáticos ingredientes. Uma questão do nosso tempo é o que
fazer com o espantoso volume de detritos — sacolas plásticas, garrafas pet, placas e teclados
de computadores, celulares etc. — de modo a evitar o prejuízo à saúde humana e ao meio
ambiente, além de transformá-los em riqueza.
Tomando como ponto de partida essas reflexões, elabore um texto dissertativoargumentativo, em que se discuta A POLÊMICA ENTRE A NECESSIDADE DO PROGRESSO E AS
IMPLICAÇÕES DO LIXO NAS CONDIÇÕES DE VIDA NO PLANETA. Justifique sua posição com
argumentos.
No desenvolvimento do tema, o candidato deverá:
a) demonstrar domínio da escrita padrão;
b) manter a abordagem nos limites da proposta;
c) redigir o texto no modo dissertativo-argumentativo. Não serão aceitos textos narrativos
nem poemas;
d) demonstrar capacidade de seleção, organização e relação de argumentos, fatos e opiniões
para defender seu ponto de vista.
Apresentação da redação
a) O texto deverá ter, no mínimo, 25 linhas e, no máximo 30 linhas, mantendo-se no limite de
espaço para a Redação.
b) O texto definitivo deverá ser passado para a Folha de Resposta (o texto da Folha de
Rascunho não será considerado),
com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta e em letra legível.
c) A Redação não deve ser identificada, por meio de assinatura ou qualquer outro sinal.
Será atribuída nota ZERO à Redação do candidato que:
a) fugir ao tipo de texto em prosa dissertativo-argumentativo; b) fugir ao tema proposto; c)
apresentar texto sob forma não articulada verbalmente em língua portuguesa (apenas com
desenhos, números e palavras soltas ou em forma de verso); d) for produzida com menos de
15 (quinze) linhas; e) for assinada e/ou apresentar qualquer sinal que, de alguma forma,
possibilite a identificação do candidato; f) for escrita a lápis, em parte ou na sua totalidade.
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2. Exemplo de Redação CESGRANRIO (CEF – 2012) – Bruno Falcão, aluno da Casa do
Concurseiro.
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Proposta 2 (2007 – Banca Cesgranrio)
Afinal, qual é o verdadeiro patrimônio do Brasil? Os economistas dizem ser nossas
empresas, bancos, força de trabalho, produto interno bruto. Os ecologistas apontam para a
Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, praias, rios e mares. Os arquitetos, para nossas igrejas,
cidades, patrimônio histórico, de Olinda a Brasília. Todos estão certos. Mas nosso patrimônio é
mais. Não é apenas o que temos e possuímos. Como diz o samba: “A vida não é só isso que se
vê. / É um pouco mais. / Que os olhos não conseguem perceber / Que as mãos não ousam
tocar / Que os pés recusam pisar.”
FALCÃO, Joaquim. 2000.
Com base no texto acima, redija um texto dissertativo sobre o tema A verdadeira
riqueza do homem no século XXI, segundo o seu ponto de vista. Construa o seu texto em
prosa, com o mínimo de 20 e o máximo de 25 linhas. Seu texto deve ser escrita a caneta
esferográfica de tinta na cor preta (ou azul).
Proposta 3 (2006 – Banca Cesgranrio)
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia,
realizará estudos e pesquisas que subsidiarão a formulação, o planejamento e a
implementação de ações do Ministério de Minas e Energia, no âmbito da política energética
nacional.
http://www.mme.gov.br/site/menu/select_main_menu_item.do?channelId=1039
De que modo efetivo você, como um futuro funcionário da EPE, pretende contribuir
profissionalmente para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira?
Redija um texto dissertativo, em prosa, com o mínimo de 25 e o máximo de 30 linhas.
Respeite a norma culta da língua e utilize caneta de tinta azul ou preta.
Proposta 4 (2005 – Banca Cesgranrio)
A ANP e o Meio Ambiente
A Agência Nacional do Petróleo tem por missão regular a indústria do petróleo e gás
natural, tendo como diretriz a preservação do interesse público e do meio ambiente. A
atuação da ANP vem ocorrendo em parceria com outros órgãos governamentais,
universidades e demais agentes da sociedade que tenham competência e interesse em
colaborar no estímulo à atividade econômica e preservação do meio ambiente.
http://www.anp.gov.br/meio/anp_meio_ambiente.asp
POLUIÇÃO!
Sombras medonhas sobre os verdes mares
Ainda existem lugares privilegiados – como certos pontos do litoral brasileiro – em que
se conseguem ver os mil matizes que o sol faz refletir nas ondas do mar: azul-regata, verdejade, azul-celeste... verde-esmeralda. Mas, na maioria das praias próximas às grandes cidades,
as águas parecem doentes: estão ficando paradas, cinzentas. Estão ficando imóveis, estáticas,
plúmbeas, podres.
Não poderia ser diferente: grande parte do lixo litorâneo acaba sendo lançada
diretamente nos oceanos, acumulando-se nas zonas costeiras, onde sobrevivem a flora e a
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fauna dos mares. Quando a poluição dos oceanos é feita por matéria orgânica – geralmente,
esgotos não tratados –, há uma violenta proliferação de bactérias e micro-organismos
patogênicos que atacam a saúde através de diarreias, hepatites, micoses e outras doenças. A
poluição orgânica dos mares faz ainda com que as águas fiquem turvas, baixando o teor de
oxigênio e aumentando a acidez.(...) Muitas espécies desaparecem e outras proliferam
rapidamente. Os primeiros a morrer são as esponjas, corais, polvos, estrelas, moluscos,
camarões, lagostas. Já os siris e caranguejos – amantes da imundície – sobrevivem numa boa.
Mas a poluição mais grave do mar não é a orgânica – e sim a industrial –
principalmente petróleo e seus derivados. Ela provoca efeitos imprevisíveis, porque as
correntes marinhas, em sua dança louca, não a arrastam para o alto mar. Os escapamentos
que podem ocorrer em milhares de novos poços de petróleo que estão sendo perfurados em
todo o mundo certamente contribuirão para aumentar as “marés negras”, de forma inevitável,
inexorável.
(...)
Apesar de tudo, a consciência ecológica está crescendo. É possível que os nossos
verdes mares não deixem (nunca!) de refletir os raios de sol em suas ondas de águas
estilhaçadas – no azul de suas ondas onduladas. Águas que correm, que escorrem, que sobem,
que descem...
DERENGOSKI, Paulo Ramos. Jornal do Comércio. 25 jun. a 1 jul. 2000 (adaptado).
Considerando o trecho acima e o texto, apresentado na prova de Língua Portuguesa II,
redija um texto dissertativo analisando o problema da poluição industrial, principalmente a
decorrente do petróleo e seus derivados. Comente a sua participação, na qualidade de
eventual futuro funcionário da ANP, no sentido de contribuir para que “os nossos verdes
mares não deixem (nunca!) de refletir os raios de sol em suas ondas”.
Seu texto deve ser escrito em prosa, com caneta esferográfica de tinta nas cores azul
ou preta e ter o mínimo de 25 e o máximo de 30 linhas. Utilize a norma culta da língua.
19. PROPOSTAS INÉDITAS DE REDAÇÃO
Proposta 5
Indenizando os sobreviventes
As indenizações por acidentes de trânsito no Brasil já passaram de R$ 1 bilhão neste
ano. Desde 2003, a quantidade aumentou 133%. O total de indenizações pagas pelo seguro
DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) para vítimas de
acidentes de trânsito no Brasil aumentou 36,4% no primeiro semestre deste ano, em
comparação com o mesmo período do ano passado. São Paulo foi o Estado com o maior
número de pagamentos por morte - 4.841, ou 19% do total do País. Minas, com 10%, Rio e
Paraná, ambos com 7%, aparecem na sequência. Os dados foram divulgados ontem no Rio
pela Seguradora Líder, administradora do DPVAT. Entre janeiro e junho, foram feitos 165.111
pagamentos (R$ 1,127 bilhão). "Infelizmente, o seguro é um reflexo de uma situação que
verificamos no País. Os índices de acidentes são alarmantes, seja em feriados seja no dia a
dia", disse o diretor da seguradora, Ricardo Xavier.
O Estado de S. Paulo, 28 de julho de 2011
Motorista bate Porsche e mata mulher
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O motorista do carro Porsche envolvido em um acidente que matou uma pessoa na
manhã deste sábado responderá por homicídio doloso - quando há intenção de matar -,
segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública). O acidente aconteceu no cruzamento das
ruas Tabapuã e Bandeira Paulista, no Itaim Bibi (zona oeste de SP), por volta das 2h30, e
provocou a morte de Carolina Menezes Cintra Santos, de 28 anos.
Folha.com, 9 de julho de 2011
Tiros em Botucatu
São Paulo - O motorista Jonas Braga de Albuquerque, de 44 anos, acusado de matar a
tiros Adriano Antonio dos Santos, de 28, durante uma briga de trânsito em Botucatu (SP), se
apresentou à polícia na manhã de hoje. O homem prestou depoimento e foi liberado. Por ter
se apresentado espontaneamente, ele responderá ao processo em liberdade. Jonas deve ser
indiciado por homicídio doloso - quando há intenção de matar - e a pena pode chegar a 30
anos. De acordo com a Polícia Civil, o carro de Adriano perdeu o freio e bateu no veículo
dirigido por Jonas, no último domingo, 14. Jonas saiu do carro e começou a discutir com o
outro motorista. Um irmão de Adriano chegou e os dois passaram a bater em Jonas. Ferido
pelo acidente e as agressões, Jonas foi até sua casa, nas proximidades, pegou um revólver e
deu um tiro em Adriano.
UOL Notícias, 16 de agosto de 2011
Violência no Trânsito
Para Júlio César Fontana Rosa, psiquiatra especializado em comportamento de trânsito
da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), o risco de se envolver num ato de
violência é potencializado quando o veículo se torna um meio para que a pessoa libere sua
agressividade e, assim, facilite a provocação do outro.
A belicosidade pode começar com uma simples troca de olhares, seguindo para cara
feia, gestos obscenos, palavrões, chegando à agressão. “O motorista, muitas vezes, não sabe o
que vai causar ali, como um dano ao carro ou à pessoa, mas ele precisa se afirmar. Depois vem
o arrependimento. Ou não.”
Pedir desculpas ao realizar uma manobra arriscada sem a intenção de agredir outro
motorista pode evitar muitas discussões no trânsito. “Quem está estressado não vai se sentir
desafiado se o outro demonstrar arrependimento. Normalmente, esse indivíduo que está
agressivo é adorável, calmo. Totalmente irreconhecível em uma briga no trânsito”, afirma Júlio
César.
Para Raquel Almqvist, diretora do Departamento de Psicologia de Trânsito da Abramet,
a combinação de horas ao volante com problemas do dia a dia também causa um desgaste
muito grande ao motorista. “Os sintomas físicos são tensão muscular, mãos suadas,
taquicardia e respiração alterada, porque há uma descarga de adrenalina.”
Se quase sempre é difícil fazer uma autoavaliação, é impossível adivinhar o estado de
espírito do motorista ao lado. Assim, uma atitude preventiva – e, por que não, defensiva – é a
melhor maneira de não se envolver em situações de violência. O psiquiatra forense Everardo
Furtado de Oliveira afirma que é possível prevenir uma briga, evitando, por exemplo, contato
de olhos com o condutor agressivo, não fazer ou revidar gestos obscenos, não ficar na cola de
ninguém e não bloquear a mão esquerda, por exemplo. Medalhista olímpico em 1992, o
judoca Rogério Sampaio não pensa muito diferente: “Respire fundo, tenha consciência de que
não vale a pena brigar e, principalmente, pense em sua família”.
Não há estatísticas para agressões no trânsito no Brasil, nem punição específica no
Código de Trânsito Brasileiro (CTB). “O crime que ocorre no trânsito é julgado pelo Código
Penal. Já o crime de trânsito é analisado por meio do CTB. Essa realidade não é diferente nos
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outros países”, diz Ciro Vidal, presidente da Comissão de Assuntos e Estudos sobre o Direito de
Trânsito da OAB de São Paulo e ex-diretor do Detran-SP. Na opinião do advogado, os
envolvidos em agressões de trânsito deveriam ser submetidos a avaliações psicológicas para,
caso exista necessidade, realizar tratamento e ter a habilitação suspensa.
O trânsito é um ambiente de interação social como qualquer outro. “O carro é um
ambiente particular, mas é preciso seguir regras, treinar o autocontrole e planejar os
deslocamentos. É um local em que é preciso agir com civilidade e consciência”, diz a hoje
doutora em trânsito Cláudia Monteiro.
Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, o carro não é o escudo protetor que
se supõe. Exercitar a paciência e o autocontrole não faz parte do currículo das autoescolas,
mas são práticas cada vez mais necessárias à sobrevivência no trânsito.
Revista Quatro Rodas, julho de 2008, in Abptran.
Considerando os textos acima, redija um texto dissertativo sobre o seguinte tema: A
sociedade brasileira e os conflitos no trânsito.
Seu texto deve ser escrito em prosa, com caneta esferográfica de tinta nas cores azul
ou preta e ter o mínimo de 25 e o máximo de 30 linhas. Utilize a norma culta da língua.
Proposta 6
Qualquer um, mesmo sem nunca ter passado pela escola, sabe que não pode falar
sempre do mesmo jeito com todas as pessoas, pois, até mesmo entre os familiares, cada
relação está marcada por um nível diferente de formalidade. A linguagem que usamos às vezes
é mais informal, às vezes é mais séria, impessoal. Nessas situações menos pessoais, a norma
culta é a mais adequada para garantir um contato respeitoso e mais claro entre os indivíduos.
Por isso, quando o falante consegue variar a linguagem, adequando o nível de formalidade a
suas intenções, à situação e à pessoa com quem fala, dizemos que ele conta com boa
competência linguística. O conhecimento das variedades linguísticas amplia nossas
possibilidades de comunicação, mas é a norma culta que garante a manutenção de uma
unidade linguística ao país.
Com base nos textos da coletânea a seguir, elabore uma dissertação argumentativa
sobre o seguinte tema: Considerando que a norma culta é variante mais valorizada
socialmente, qual deve ser a posição da escola em relação às outras variantes linguísticas?
Seu texto deve ser escrito em prosa, com caneta esferográfica de tinta nas cores azul
ou preta e ter o mínimo de 25 e o máximo de 30 linhas. Utilize a norma culta da língua.
Qualidades e valores
Estão confundindo um problema de ordem pedagógica, que diz respeito às escolas,
com uma velha discussão teórica da sociolinguística, que reconhece e valoriza o linguajar
popular. Esse é um terreno pantanoso. Ninguém de bom senso discorda de que a expressão
popular tem validade como forma de comunicação. Só que é preciso que se reconheça que a
língua culta reúne infinitamente mais qualidades e valores. Ela é a única que consegue
produzir e traduzir os pensamentos que circulam no mundo da Filosofia, da Literatura, das
Artes e das ciências. A linguagem popular a que alguns colegas meus se referem, por sua vez,
não apresenta vocabulário tampouco estatura gramatical que permitam desenvolver ideias de
maior complexidade - tão caras a uma sociedade que almeja evoluir. Por isso, é óbvio que não
cabe às escolas ensiná-la.
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Evanildo Bechara, gramático e filólogo, em entrevista a revista Veja, 29 de maio de 2011
Samba do Arnesto
O compositor Adoniran Barbosa usava a norma popular da língua portuguesa em suas
canções.
O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás
Nós fumo não encontremo ninguém
Nós vortemo c’uma baita de uma reiva
Da outra vez nós num vai mais
Nós não semo tatu!
No outro dia encontremo com o Arnesto
Que pediu desculpas mais nós não aceitemo
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na porta
Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá
Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância,
Assinado em cruz porque não sei escrever"
Arnesto
Menas: o certo do errado e o errado do certo
A ideia é provocadora e reflete um debate bem atual. Em cartaz desde 16 de março no
Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, a exposição "Menas: o certo do errado, o errado
do certo" tem a proposta manifesta de homenagear a variante popular do idioma no Brasil.
A exposição, que fica no museu até 27 de junho, começa na estação de metrô Luz,
onde cerca de trinta “banners” trazem frases com os chamados tropeços comuns no português
falado no Brasil, de "A nível de língua, ninguém sabe tudo" a "Ele vai vim para a festa". O
objetivo é fazer o visitante refletir sobre a normatização na língua, antes mesmo de chegar às
dependências do museu.
Lá dentro, sete instalações convidam o visitante a lidar sem preconceito com as formas
em uso no português brasileiro. O próprio título da mostra soa como provocação, brincando
com a variante do advérbio "menos", por princípio invariável.
“A exposição, de maneira divertida, mostra por que saímos do padrão culto muitas
vezes sem nos darmos conta”, explica Antonio Carlos de Moraes Sartini, diretor do museu.
Segundo Sartini, o objetivo é mostrar que os brasileiros "não falamos nem mais nem menos
fora do padrão culto que italianos, americanos e franceses", e todo idioma tem variações que
são usadas em certas situações e para diferentes públicos.
Revista Língua
Pertinente, adequado e necessário
Darwin nunca disse em nenhum lugar de seus escritos que “o homem vem do
macaco”. Ele disse, sim, que humanos e demais primatas deviam ter se originado de um
ancestral comum. (...) Da mesma forma, nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro,
jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários de variedades linguísticas mais distantes
das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em sua comunidade, em
sua cultura e em sua língua. O que esses profissionais vêm tentando fazer as pessoas
entenderem é que defender uma coisa não significa automaticamente combater a outra.
Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola
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REDAÇÃO CESGRANRIO
introduzi-los ao mundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona. Cabe à escola ensinar
aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso a todo momento.
Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer “isso é para mim tomar?”, porque essa
regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já faz parte da língua materna de
99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma “isso é para eu tomar?”,
porque ela não faz parte da gramática da maioria dos falantes de português brasileiro, mas,
por ainda servir de arame farpado entre os que falam “certo” e os que falam “errado”, é dever
da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de modo que eles - se julgarem pertinente,
adequado e necessário - possam vir a usá-la.
Marcos Bagno, escritor e linguista, na revista Carta Capital
Mestiçagens da língua
Quando em 1727 o rei de Portugal proibiu que no Brasil se falasse a língua brasileira, a
chamada língua geral, o nheengatu, é que começou a disseminação forçada do português
como língua do País, uma língua estrangeira. O português formal só lentamente foi se
impondo ao falar e escrever dos brasileiros como língua de domínio colonial, tendo sido até
então apenas língua de repartição pública. A discrepância entre a língua escrita e a língua
falada é entre nós consequência histórica dessa imposição, veto aos perigos políticos de uma
língua potencialmente nacional, imenso risco para a dominação portuguesa.
José de Souza Martins, cientista social, professor emérito da Universidade de São Paulo, em O
Estado de S. Paulo
Proposta 7
Considerando os textos que seguem, redija um texto dissertativo analisando a
atividade administrativa à qual você ora se candidata e relacionando-a ao binômio cliente –
prestação de serviços. Comente a sua participação, na qualidade de eventual futuro
funcionário da CEF, no sentido de contribuir profissionalmente para a melhoria da qualidade
de vida da população brasileira?
Seu texto deve ser escrito em prosa, com caneta esferográfica de tinta nas cores azul
ou preta e ter o mínimo de 25 e o máximo de 30 linhas. Utilize a norma culta da língua.
Código de Defesa do Cliente de Produtos Bancários
O Banco Central publicou no dia 30 de julho deste ano a Resolução 2878. O documento institui
um código que descreve os deveres das instituições bancárias e os seus direitos como cliente, criando
um padrão de atendimento para as instituições e agências bancárias brasileiras.
Um dos pontos chave do código dita a forma como deverão ser atendidos os portadores de
necessidades especiais. Desde 1996, com a reforma das agências, a Caixa vem adaptando suas
instalações no sentido de facilitar o acesso a esse público. E isso é apenas um exemplo. Com relação às
demais exigências, a Caixa já está adotando grande parte delas, uma vez que sempre orientou e
defendeu o atendimento aos clientes com atenção e respeito a seus direitos.
............................................................................................................................................................
Para Ron Willinghan, pesquisador na área de administração de empresas e autor do
recomendado Cliente também é gente – cuide bem de seus clientes e veja sua empresa crescer,
a prática de estratégias de sucesso realmente eficazes e o desenvolvimento de uma cultura
especial orientada para clientes, além de percepção aguçada para lidar com reações
emocionais e compreender e aplicar valores, crenças e princípios éticos mais profundos na
relação com eles são ações que conduzem ao sucesso. Explica também que é preciso estar
sempre atento a todos os aspectos da prestação de serviços no mundo dos negócios e
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REDAÇÃO CESGRANRIO
esclarece conselhos práticos para os que desejam desenvolver essa cultura especial, tão
importante no processo de fidelização em qualquer ramo de atividade.
.........................................................................................................................................................
No ambiente dinâmico do mercado competitivo, entender o consumidor é um
imperativo para o sucesso organizacional. Todos nós já nos deparamos com o dito popular “O
cliente tem sempre razão”. No meio empresarial, consolidaram-se o jargão “O consumidor é
rei” e a noção de que a função do negócio é servi-lo. As empresas que ignorarem esses
ditames poderão não prosperar ou até mesmo não sobreviver no mercado. Hoje, mais do que
nunca, os consumidores se tornaram mais poderosos. Mais conscientes, independentes e bem
informados, eles são pessoas com poder, capazes de construir ou quebrar qualquer negócio,
independentemente de seu porte ou tamanho, em qualquer tempo ou lugar.
O consumismo tem se expandido extraordinariamente no mundo. Da mesma forma, o
nível de exigência e a maior consciência ética dos consumidores têm provocado movimentos
em defesa e proteção dos consumidores em todo o mundo — o consumerismo.
SAMARA, Beatriz S., MORSCH, Marco A., 2006.
A burocracia estatal e os servidores públicos foram condenados a serem portadores de toda a
culpa por um suposto mau funcionamento do aparelho do Estado.
Proposta 8
Considerando os textos que seguem, redija um texto dissertativo sobre o seguinte
tema: A Copa do Mundo FIFA de 2014 no Brasil.
Seu texto deve ser escrito em prosa, com caneta esferográfica de tinta nas cores azul
ou preta e ter o mínimo de 25 e o máximo de 30 linhas. Utilize a norma culta da língua.
1000 dias para a Copa do Mundo 2014: vai dar tempo?
O maior evento esportivo do mundo está a 1000 dias de começar. O Brasil tem nas
mãos uma oportunidade rara de mostrar que não pode mais ser considerado, pelo menos em
alguns casos, o “país do futuro”, como dizia Zweig. Contudo, o risco de obras importantes para
a Copa do Mundo de 2014 não ficarem prontas do jeito que constam nos projetos nos faz
pensar: e se a gente entregar para o mundo uma Copa “meia boca”, como vai ficar nossa cara?
Pessimista? Eu? Não, realista. Estamos no Brasil, e se você é tão brasileiro quanto eu
sabe que agilidade e cumprimento rigoroso de prazos não é o forte das nossas autoridades. Só
que uma coisa é o atraso de umas duas semanas para terminar o calçamento de uma rua, por
exemplo. A gente dá um “jeitinho brasileiro” e espera. Acontece que na Copa do Mundo não
pode haver atraso nem de duas horas, muito menos de dois dias ou duas semanas. Mas parece
que os responsáveis por tudo não têm esse senso de urgência todo.
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REDAÇÃO CESGRANRIO
Copa do Mundo é vitrine para o planeta. O que acontece de errado em eventos
internacionais mancha o nome de todo um país. Dependendo do erro, a mancha pode
demorar pra sair. Para o Brasil, entregar a Copa “nas coxas”, na pressa e na pressão pode
provocar grandes falhas administrativas e de organização. Seria vergonhoso demais, ainda
mais para o dito país do futebol.
E quanto ao superfaturamento, ao desvio e outras mutretas? Já tem um monte de
gente de olho no momento certo para superfaturar obras, desviar recursos. É que se as obras
atrasarem e ficarem muito próximas do prazo para entrega (alguém duvida que isso possa
acontecer?), a licitação de obras poderá ter suas regras afrouxadas, e é nesse momento que
começa a zona. O que vai aparecer de gente que ficou rica da noite pro dia não será
brincadeira.
Temos o dever de cobrar. Além da questão “evitar uma vergonha internacional”,
também há o quesito “garantir um espetáculo de futebol”. O governo lançou o Portal da Copa
do Mundo 2014, no qual, espero, todo o andamento da preparação para o evento será
reportado para a população. Mesmo assim, creio que temos o dever de encher o saco das
autoridades cobrando constante e insistentemente que tudo ande nos eixos.
Gabriel Galvão
http://www.pontomarketing.com/gestao/1000-dias-para-a-copa-do-mundo-2014-vai-dartempo/ 16/09/11 (adaptado)
Por que sediar um megaevento esportivo?
Parece ser de notório conhecimento que megaeventos esportivos, tais como a Copa do
Mundo de Futebol FIFA e os Jogos Olímpicos, têm alcance global quando se pensa no
reconhecimento por parte de turistas e de entusiastas do esporte que os países-sede recebem
antes, durante e após o evento e na atenção despendida pela mídia a aspectos inerentes aos
países como cultura, política e nível de desenvolvimento.
Ao mesmo tempo, propaga-se que o fato de se sediar um evento de tal porte provoca
um impacto positivo na economia local, com possíveis implicações regionais e globais. Outros
afirmam que o fato de sediar eventos dessa magnitude faz nascer toda uma euforia local, com
possíveis impactos socioculturais positivos como a criação de um senso de comunidade e de
uma identidade nacional (regional).
O que se está chamando de ‘a década esportiva brasileira’ reforça a percepção de uma
clara indicação de uma política de Estado voltada para a atração de eventos de grande
magnitude. Pode-se argumentar que o Brasil esteja usando esses eventos para reforçar e
consolidar a sua posição econômica e política hegemônica na América do Sul. Em um primeiro
momento, houve o Pan-Americano do Rio de Janeiro de 2007.
Ao mesmo tempo, vemos o Brasil tomar posições em discussões de âmbito global,
buscando ter voz ativa em fóruns e encontros internacionais. Há, como exemplo, o caso de
intermediação da “crise do urânio iraniano”, a liderança das tropas brasileiras na missão de
paz no Haiti, a coordenação de uma terceira de países em desenvolvimento em contrapartida
ao G8, o pleito a uma cadeira permanente no conselho de segurança da ONU e o fato de sediar
o Fórum Social Mundial em oposição ao encontro de Davos.
Essas pretensões políticas por parte do Brasil parecem ser reforçadas pela busca por
sediar eventos de alcance global. O Brasil, por meio dos Jogos Olímpicos de 2016, da Copa do
Mundo de 2014, do Mundial Militar em 2011 e, até mesmo, do Mundial Master de Atletismo
em 2013, coloca-se em posição de destaque. Pode-se argumentar que o Brasil, após atingir
uma posição hegemônica na América do Sul, esteja agora em uma segunda fase de âmbito
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REDAÇÃO CESGRANRIO
global, buscando novas áreas de influência, e que os megaeventos esportivos sejam somente
um meio para se colocar como um grande player nas discussões internacionais.
O que me parece ocorrer, por parte da FIFA e do COI, é uma antecipação às novas
configurações geopolíticas globais, buscando dar a novos players a oportunidade de sediar os
eventos. Enquanto o processo de pleito à cadeira permanente ao Conselho de Segurança da
ONU se arrasta há décadas, a FIFA e o COI já reconhecem o Brasil como uma potência global e
o presenteia com os eventos. Pode-se notar um padrão semelhante devido às escolhas da
China como sede dos Jogos Olímpicos de 2008; Sochi (Rússia) como sede dos Jogos Olímpicos
de Inverno em 2014; Rússia, em 2018; Qatar, em 2022, como sedes das próximas Copas do
Mundo.
Dessa forma, voltando ao título dessa resenha como forma de propor um debate, será
que a pergunta que nós, como pesquisadores, deveríamos fazer é por que o Brasil quer sediar
um megaevento? Ou deveríamos nos perguntar por que a FIFA ou o COI querem o Brasil como
sede?
Renan Petersen-Wagner. http://www.copa2014.turismo.gov.br/
Proposta 9 (CESGRANRIO – 2011)
Texto I
Estatuto do idoso
Art. 1º É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas
com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros
meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e
seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e
dignidade.
Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao
idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao
respeito e à convivência familiar e comunitária.
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de
Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo
das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo
a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos.
Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o atendimento às
necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos profissionais, assim
como orientação a cuidadores familiares e grupos de autoajuda.
Art. 46. A política de atendimento ao idoso far-se-á por meio do conjunto articulado de ações
governamentais e não governamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
Art. 47. São linhas de ação da política de atendimento:
I – políticas sociais básicas;
II – políticas e programas de assistência social, em caráter supletivo, para aqueles que
necessitarem;
III – serviços especiais de prevenção e atendimento às vítimas de negligência, maus-tratos,
exploração, abuso, crueldade e opressão;
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REDAÇÃO CESGRANRIO
IV – serviço de identificação e localização de parentes ou responsáveis por idosos
abandonados em hospitais e instituições de longa permanência;
V – proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos dos idosos;
VI – mobilização da opinião pública no sentido da participação dos diversos segmentos da
sociedade no atendimento do idoso.
BRASIL. Lei no 10.741, de 1 de outubro de 2003. Estatuto do idoso. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 3 out. 2003. Adaptado.
Texto II
Rumo a um mundo de centenários
Quem tem por volta de 40 anos de idade hoje, ou menos, pode ir se preparando: se os
especialistas estiverem certos, suas chances de chegar aos cem serão muito maiores, e em
condições muito próximas das que vive atualmente. Este acréscimo na expectativa e qualidade
de vida virá de diversos avanços esperados para as próximas décadas em áreas como medicina
regenerativa, células-tronco e biologia molecular que, segundo alguns, não só vão interromper
o processo de envelhecimento como podem até revertê-lo.
— Nos últimos 100 anos houve um aumento da expectativa de vida em mais de 30
anos. Agora, os cálculos são que, nos próximos 30 anos, a cada ano que você vive, vai
conseguir viver mais um em virtude do que está sendo descoberto e aplicado pela medicina.
Há um avanço muito grande que mostra que há formas de subverter ou manipular essa
expectativa de vida entendendo melhor como funcionam as células e o organismo, afirma o
neurocientista Stevens Rehen.
BAIMA, Cesar. Rumo a um mundo de centenários. Ciência/Saúde. O Globo. 3 jul. 2011. p. 46.
Adaptado.
O envelhecimento populacional tem sido considerado uma das principais conquistas
científicas e sociais dos séculos XX e XXI, trazendo grandes desafios para as políticas públicas. A
legislação brasileira incorporou grande parte das sugestões das assembleias internacionais,
mas é preciso garantir que essas leis melhorem, efetivamente, o cotidiano dos idosos em
nosso país.
As mudanças nos sistemas de seguridade social têm contribuído para o bem-estar dos
indivíduos nessa etapa da vida. É importante, agora, garantir acesso universal aos serviços de
saúde pública, em todos os aspectos envolvidos.
Tomando como ponto de partida essas reflexões, elabore um texto dissertativoargumentativo, em que você DISCUTA AS POLÍTICAS PÚBLICAS, ENTRE ELAS A DA SAÚDE,
NECESSÁRIAS PARA ENFRENTAR O IMPACTO SOCIOECONÔMICO DO ENVELHECIMENTO DA
POPULAÇÃO EM NOSSO PAÍS. Justifique sua posição com argumentos.
Instruções:
a) ao desenvolver o tema proposto, selecione, organize e relacione argumentos, fatos e
opiniões para defender seu ponto de vista, elaborando propostas para a solução do problema
discutido em seu texto;
b) a produção do texto deverá demonstrar domínio da língua escrita padrão;
c) a Redação não deverá fugir ao tema;
d) o texto deverá ter, no mínimo, 25 linhas e, no máximo, 30 linhas, mantendo-se no limite de
espaço a ele destinado;
e) o texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou de narrativa;
f) o texto definitivo deverá ser passado para a folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO,
pois não será considerado o que for escrito na Folha de Rascunho;
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REDAÇÃO CESGRANRIO
g) a Redação definitiva deverá ser feita com caneta esferográfica transparente de tinta na cor
preta;
h) a Redação deverá ser feita com letra legível, sem o que se torna impossível a sua correção;
i) a Redação não deverá ser identificada por meio de assinatura ou qualquer outra marca ou
sinal.
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REDAÇÃO 1
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DÚVIDAS COMUNS
Linhas: respeite o número de linhas: 20 a 30.
Margens: obedeça às margens direita e
esquerda, bem como a do parágrafo.
Letra: faça letras de tamanho regular.
Diferencie maiúsculas de minúsculas. Não as
misture.
Retificações: (atráz) atrás
Título:
Há solução para a violência.
A Violência nas Grandes Cidades
A violência: causas e consequências.
Translineação:
Hífen ao lado da palavra: excepcionalidade.
Não se usa hífen antes da palavra, na
margem esquerda, a não ser que
ocorra ambiguidade: ver-me.
O QUE É DISSERTAÇÃO?
Trata-se da discussão de problemas por meio de
um texto argumentativo, o qual deve apresentar
Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, adotando-se o
padrão de quatro parágrafos. Em cada parágrafo, deve
haver
um
mínimo
de
dois
períodos
com,
aproximadamente, três linhas em cada um.
Tal texto deve ser objetivo, veiculando
informações consensuais. Sua finalidade não é literária.
Visa a convencer, a persuadir o leitor.
Evite definições e críticas virulentas às instituições
(Universidade, autoridades, ...), bem como manifestação
de preconceitos.
ESTRUTURA
Importante
Todos os
parágrafos
deverão
conter, no
mínimo,
dois
períodos.
Introdução
(+/- 4 linhas)
Desenvolvimento 1
(+/- 8 linhas)
Desenvolvimento 2
Cuidado:
o período
termina no
ponto final.
(+/- 8 linhas)
Conclusão
(+/- 4 linhas)
INTRODUÇÃO
Deve ser breve. Equivale a um trailer do trabalho.
Só deve ser feita após estar concluído o “banco de
ideias”.
Partes:
ASSUNTO (geral);
TEMA (específico);
POSICIONAMENTO (delimitação por meio de
opinião);
ENCAMINHAMENTO DE SOLUÇÃO (caso o tema
proponha um problema).
TIPOS DE INTRODUÇÃO
Proposta: A violência (ASSUNTO) contra o
menor no Brasil. (TEMA)
DECLARATÓRIA
A violência está presente em todas as
áreas do convívio humano. No Brasil –
lugar de tantos dificuldades que a
fomentam – não poderia ser diferente. O
problema (que precisa ser revertido)
agrava-se mais ainda quando ela é dirigida
contra o menor.
LEVANTAMENTO DE HIPÓTESE
Proposta: A violência (ASSUNTO) contra o
menor no Brasil. (TEMA)
O Brasil, a despeito de ter alcançado o
posto de sexta economia mundial, permanece
apresentando problemas que não se coadunam
com tal status. A violência cometida contra o
menor tem origem na miséria – talvez a principal
responsável pela desagregação familiar. Assim
sendo, faz-se necessário o esforço conjunto de
sociedade e poder constituído, a fim de reverter
esse quadro.
PERGUNTAS
Proposta: A violência (ASSUNTO) contra o
menor no Brasil. (TEMA)
É possível imaginar o Brasil como um
país desenvolvido e justo socialmente
enquanto existir tanta violência contra o
menor? Onde serão encontradas soluções
factíveis para tal problema?
HISTÓRICA
Proposta: A violência (ASSUNTO) contra o
menor no Brasil. (TEMA)
No Brasil, às crianças nunca foi dada
a importância devida. Em Canudos e em
Palmares, não foram poupadas da violência.
Na Candelária ou na praça da Sé, continuam
não sendo.
COMPARAÇÃO SOCIAL,
GEOGRÁFICA OU DE QUALQUER
OUTRA NATUREZA
Pixote ou Zé Pequeno, personagens,
respectivamente, dos filmes “Pixote” e
“Cidade de Deus”, exemplificam, de forma
magistral, a triste realidade a que são
submetidas muitas crianças brasileiras.
Vítimas da violência, fruto da miséria e
do abandono, constroem, diariamente, um
país envergonhado – ou que, pelo menos,
deveria sê-lo.
COMPARAÇÃO POR OPOSIÇÃO
Em um mesmo território – que mais
parecem dois mundos distintos -, o Brasil,
vemos as crianças que frequentam boas
escolas e as que habitam o asfalto das
grandes
cidades.
Enquanto
aquelas
constroem um futuro, estas, vítimas da
violência, edificam a ausência de um
amanhã. Contudo, seja na Vieira Souto, seja
na Rocinha, a necessidade de todas elas é a
mesma: cuidados.
CITAÇÃO OU ARGUMENTO DE
AUTORIDADE
Segundo Goethe, "Só é possível
ensinar uma criança a amar, amando-a.”
Não é essa a realidade de um enorme
contingente de crianças brasileiras:
vítimas da violência diária, aprendem,
muito cedo, a odiar e a descrer. Em verdade,
no Brasil, um grande número de menores
nunca teve ou terá a chance de vivenciar a
infância.
DESENVOLVIMENTO
Parte mais importante e mais extensa.
D1 – análise e desdobramento do tema;
D2 – argumentos que deem suporte à(s) análise(s)
empreendida(s) no D2.
Proposta: É necessário sofrer para nos
tornarmos pessoas melhores?
TIPOS DE DESENVOLVIMENTO
HIPÓTESE
A dor pode nos levar ao aprendizado moral e
servir como valorosa lição de vida. Contudo, essa
máxima proferida por alguns não é inquestionável.
CAUSA / CONSEQUÊNCIA
Na Idade Média, a Igreja incutia, na mentalidade
do povo simples, que a dor era agradável ao olhos do
Pai. Consequentemente, ainda hoje fazemos promessas
para conseguir realizar desejos e prometemos
sofrimento em troca, o que se tornou um costume
enraizado em nossa cultura. Não é fácil modificar a
concepção de que, para sermos felizes, dignos e
melhores, precisamos passar por experiências
dolorosas.
EXEMPLIFICAÇÃO
A ideia de corrigir-se uma pessoa é relativa. Não
obstante, tratando-se de nossa sociedade, é importante
salientar que ninguém precisa utilizar-se de atitudes
masoquistas para melhorar no que quer que seja. Em
certos casos, a autoagressão cria feridas físicas e
psicológicas profundas, de difícil tratamento. Um exemplo
a ser citado é a instituição católica Opus Dei, que, em
seus ensinamentos, promove a tortura corporal e a
abstenção de qualquer atividade – e até mesmo
pensamento – que induza à sexualidade.
TIPOS DE ARGUMENTOS
Argumento, do latim, argumentatio, ónis, que significa
'raciocínio lógico, demonstração'.
Identificada a TESE – sua opinião – faz-se a pergunta
‘por quê’? Resposta = argumento.
1. de autoridade: Aristóteles dizia que a melhor das
vidas era ‘aquela sem nenhuma sabedoria’, já pensando
no excesso de códigos e convenções que permeiam até
hoje nossa vida. Sartre provocou-nos: ‘o homem está
condenado a ser livre’.
2. baseado no consenso: Ora, transgredir
é inerente ao Homo Sapiens. Todo o
processo histórico deriva de pessoas ou de
grupos que ousaram contestar as normas
vigentes de seu tempo. É natural discordar.”
3. baseado em provas concretas – Thomas Edison
propôs a si mesmo o desafio de obter luz por meio da
energia elétrica. Outros pesquisadores já haviam tentado,
mas esse grande inventor ousou mais: após enormes
investimentos e milhares de tentativas descobriu o
filamento ideal: um fio de algodão.
4. de competência linguística - É essa sistemática
conservadora do pensamento, por fim, que ao mesmo
tempo nos impede de destruir e nos força a trespassar o
escudo dogmático.
CONCLUSÃO
Parte menos extensa.
Replay = TEMA – TESE - SOLUÇÃO;
Fato novo = ideia ou argumento;
Uso
de
conjunções
e
expressões
conclusivas na abertura.
Na CONCLUSÃO não use
•Fórmulas prontas para iniciar a conclusão(Conclui-se,
Concluímos, De acordo com os argumentos citados
anteriormente, Com base na problemática acima enfocada,
etc.)
•Uma frase de efeito, um clichê, um slogan, um
provérbio:
A esperança é a última que morre.
•Um apelo a uma entidade milagrosa:
É preciso que o governo se conscientize de que...
•Uma conclusão utópica, messiânica:
No dia em que o homem perceber que... ele aprenderá
que...
Mas temos certeza de que, dentro de poucos anos, o
problema do menor abandonado estará resolvido.
QUALIDADES BÁSICAS DA
REDAÇÃO
Unidade: consiste em fixar-se em uma ideia central no
decorrer da texto; numa sequência lógica, os argumentos
enriquecem o tema, sem pormenores desnecessários ou
redundâncias.
Coerência: reside na associação e correlação de ideias
entre os períodos e entre um parágrafo a outro.
Ênfase: consiste no fato de a ideia-núcleo estar em
destaque e ser reforçada subsequentemente.
O TEXTO DE APOIO
Apreender o essencial.
Não fazer paráfrases.
Não repetir o óbvio.
Não utilizar os mesmos exemplos.
REDAÇÃO 2
Professora Maria Tereza Faria
LINGUAGEM
Por linguagem entendem-se o uso de
vocabulário
adequado;
a ausência
de
repetições, de chavões, de gírias e de
estrangeirismos desnecessários; a estruturação
correta dos períodos.
PECADOS!
Prolixidade
Ele, que há muito tempo estava preocupado com a prova
que faria no colégio, estudou até altas horas da noite,
provavelmente até depois das duas horas da madrugada.
Preocupado com a prova, estudou até à madrugada.
PECADOS!
Verborragia
Uma
grande
quantidade
de
palavras
pouco
conhecidas, ainda que corretas, costumam deixar o texto
pesado, desagradável e até ininteligível.
Ex.: À socapa1, o homúnculo2 palrador3, vencendo a
lassidão4, seguia donairosamente5 pelas coxilhas em flor.
1 – de modo dissimulado.
2 – homem de estatura muito pequena; pej. homem sem
importância, abjeto, vil, ridículo.
3 – falador.
4 – cansaço.
5 – de uma maneira graciosa.
PECADOS!
Lugar-comum, clichê
A mãe natureza está apenas revidando.
Ele continua focado no jogo.
Nos primórdios da humanidade, era diferente.
Cacofonia
Nosso hino é muito bonito. (suíno)
Ninguém toca nela. (canela)
Não diga barbante, diga linha. (galinha)
Uns têm pouca fé, outros têm fé demais. (café, fede mais)
Eu não penso nunca nisso. (caniço).
Essa cana está muito doce. (sacana)
Governo confisca gado. (cagado)
PECADOS!
Ambiguidade (anfibologia)
Marcos disse ao amigo que sua mãe tinha viajado. (de
quem é a mãe?)
A mulher chegou à rua com cheiro desagradável. (o
cheiro era da mulher ou da rua?)
Rimas
Há gente indecente em qualquer continente.
Antes do almoço, o moço fez um esboço.
Seu cão, meu irmão, é um amigão
PECADOS!
Frases demasiadamente longas
Quando os trabalhadores se aproximaram da escadaria
e, por conta desses equívocos que ninguém consegue
explicar, se dirigiram de maneira grosseira ao
presidente da empresa.
Observe que a ideia central, representada pelo verbo da
oração principal, não aparece no texto. O que aconteceu
quando eles se aproximaram da escadaria e se dirigiram
ao presidente? Essa lacuna seria preenchida se
disséssemos,
por
exemplo,
no
final,
depois
de uma vírgula: criaram uma situação muito
desagradável para todos.
PECADOS!
Uso de internetês.
Impropriedade de registro: coisa.
Mau emprego de afixos: incontente.
Inadequação semântica: possuir / adquirir /
obter
bens materiais.
Experimentalismos linguísticos: apoiamento.
Excesso de estrangeirismos: weekend.
Excesso
de
vocabulário
politicamente
correto: relação sexual não consentida.
RESUMO DA ÓPERA
TEMA: é o centro de tudo.
Utilização da norma culta: a correção é imprescindível.
Simplicidade, clareza, objetividade: o texto tem de ser inteligível.
Concisão = dizer muito com poucas palavras.
Criação de frases não muito longas
Coesão textual = ligação perfeita entre palavras, orações, frases e
parágrafos.
Repetição desnecessária de palavras = empobrecimento o texto.
Figuras de linguagem: é preferível evitá-las.
Cacofonias, ambiguidades e rimas: eliminá-las.
Lugar-comum = empobrecimento o texto.
Palavras chulas: normalmente reprovam o candidato.
Gírias
e
estrangeirismos:
substituir
pelos
termos
correspondentes da língua culta.
APRIMORANDO A LINGUAGEM
Uso do etc.: se substituir termos facilmente
recuperáveis.
Pluralização: “propriedade” de sujeitos diversos =
singular. – “Concordaram, balançando suas cabeças.”
TV EM CORES / TV EM PRETO E BRANCO.
“Despesas à custa do governo.”
“Está em via de explodir de raiva.”
“Correspondência em mão.”
APRIMORANDO A LINGUAGEM
Através = atravessar, passar de um lado para outro ou
passar ao longo de.
Em princípio = teoricamente. / A princípio = no início.
em nível de = no âmbito de.
“Acontecer = suceder de repente ≠ ser, haver,
realizar-se, ocorrer...
Ao invés de = inverso. / Em vez de = no lugar de.
APRIMORANDO A LINGUAGEM
Ao encontro de = a favor de. / De encontro a = em
sentido oposto, contra.
Ter de = obrigação ≠ ter que = opção.
Gerúndio: ação continuada e simultânea.
Errado: Entrou, sentando na primeira fila.
Correto: Entrou correndo e sentou-se na primeira fila.
USO DOS NEXOS
ESSE(A)(S) + substantivo / ISSO = retomam assunto.
Miséria, fome e ignorância - esses são problemas
históricos em nosso país.
ESTE(A)(S) / ISTO = anunciam assunto.
Nosso povo sofre com muitos problemas, entre os
quais estes: miséria, fome e ignorância.
USO DOS NEXOS
MESMO(A)(S)
expressões.
=
não
retomam
palavras
ou
ONDE = refere-se apenas a lugar em que se está.
AONDE = refere-se apenas a lugar para o qual se vai.
Evite iniciar períodos com “Mas” e “Porém”.
Não inicie a
adversativas.
conclusão
com
conjunções
USO DOS NEXOS
INOVE.
já que, visto que
urge que, é necessário
em suma, posto que
contudo, todavia
não só... mas também
e
e
e
e
e
não “pois”
não “tem que”
não “como foi dito”
não “mas”
não “e”
PONTUAÇÃO
Aspas: transcrições, títulos, estrangeirismos.
Dois-pontos:
explicação.
introduzem
consequência
ou
Varie os sinais de pontuação: os entre-vírgulas
podem ser substituídos por travessões ou parênteses.
Ex.: As conjunções adversativas – responsáveis por
relacionar ideias contrastantes – ajudam-nos a
perceber que o sentido é uma construção cultural.
Evite concluir o texto com ponto de interrogação.
ESTRUTURA DO PERÍODO
Um dos problemas mais frequentes, ao se tentar
reduzir o tamanho da frase, é o período fragmentado.
Nesse caso, as informações ficam truncadas. Nunca
interrompa seu pensamento
antes de pronomes
relativos, gerúndios ou conjunções subordinativas.
Nunca inicie períodos por
Sendo que
Isso porque
Pois
O qual
Onde
ESTRUTURA DO PERÍODO
ERRADO: O carro ficou estacionado no “shopping”. Onde
tínhamos ido fazer compras. (pronome relativo)
CORRETO: O carro ficou estacionado no “shopping”, onde
fizemos muitas compras.
ERRADO: O DETRAN tem aumentado sua receita.
Multando muitos carros. (gerúndio)
CORRETO: O DETRAN tem aumentado sua receita,
multando muitos carros.
ERRADO: Ele tem lutado para manter o “status”. Uma vez
que perdeu quase toda a fortuna. (conjunção
subordinativa)
CORRETO: Ele tem lutado para manter o “status”, uma vez
que perdeu quase toda a fortuna.
ESTRUTURA DO PERÍODO
Paralelismo
“Seja brigando pela paz, seja lutando pelo amor...”
“Ou brigando pela paz ou lutando pelo amor...”
“... suas ambições e seus sucessos..”
“O bom humor, a alegria e a felicidade são essenciais na
vida do ser humano.”
“A vida é feita de fracassos e de sucessos.”
“Precisamos de carinho e de compreensão.”
SÓ PRA DISTRAIR...
“O Brasil é um País abastardo com um
futuro promissório";
"Os analfabetos nunca tiveram chance de
voltar à escola“;
"O bem star (sic) dos abtantes
endependente (sic) de roça, religião, sexo
vegetarianos, está preocudan-do-nos“;
SÓ PRA DISTRAIR...
"É preciso melhorar as indiferenças sociais e
promover o saneamento de muitas pessoas;
Também preoculpa (sic) o avanço regesssivo
da violência";
"E o presidente onde está? Certamente em
sua cadeira fumando baseado e conversando
com o presidente dos EUA”;
SÓ PRA DISTRAIR...
"Nas beiradas do século XXI...”
"... propagandas televisíveis...”
"... a autoanálise de si mesmo...“
"O homem também é comestível.”
"O maior matrimônio do País é a educação”
SÓ PRA DISTRAIR...
 "... cursos futurísticos..."
 "...vagas vazias..."
 "...globalização global..."
 "...conserteza..."
 "...tauvês...“
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redação cesgranrio