Setor de Educação de Jovens e Adultos
Orientações para o processo de ensino-aprendizagem
Desenvolvimento das competências leitora e escritora
Linguagens – 2015
1. Garantindo bons resultados na produção textual
a) É imprescindível que todos os alunos redijam a produção textual solicitada na avaliação final.
O aluno que domina os conhecimentos linguísticos, de leitura e interpretação tem condições
de redigir um bom texto. O contrário, entretanto, não acontece. O aluno com dificuldades para
expor suas ideias no papel, muitas vezes, não consegue boa pontuação na parte objetiva da
avaliação, pois a redação funciona como uma “fotografia” de todos os conteúdos da área que
o aluno apreendeu (ou não) ao longo do semestre.
Tendo em vista a busca pela qualidade na educação, o foco da atuação do monitor deve estar
nos patamares mais elevados de rendimento/proficiência, o que só será atingido se o aluno for
bem acompanhado pedagogicamente.
Para ajudar os alunos que não conseguem organizar o tempo para resolver os doze itens
objetivos e produzir a redação em duas horas, recomenda-se:

criar oportunidades cotidianas, na sala de aula ou no plantão de dúvidas, para que o
aluno, mediante um tempo previamente determinado pelo monitor, tente responder a
certo número de itens e/ou redigir uma resposta dissertativa curta; ampliando a
exigência, aos poucos, para a escrita de textos mais longos até chegar à produção de
uma redação aos moldes do que será cobrado dele na avaliação final;

na modalidade presencial, a redação não deve ficar restrita às datas das avaliações
processuais 1 e 2. Na modalidade EaD, a redação não deve restringir-se à Oficina 01
(Oficina sobre o texto narrativo) para o Ensino Fundamental ou à Oficina 01 (Oficina
sobre o texto dissertativo-argumentativo) para o Ensino Médio.
Em ambas as modalidades, o aluno deve ser exposto constantemente à escrita e estar
ciente dos critérios de correção pelos quais seu texto será avaliado.
b) Sugestões para a prática sistemática da escrita:

fazer breve resumo das videoaulas, de trechos do livro didático ou dos materiais de
apoio didático como Temas de estudo, Coletânea de atividades interdisciplinares etc.
(um ou dois parágrafos);
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
relatar brevemente a leitura de uma notícia sobre algum fato relevante recémacontecido;

emitir a opinião sobre algum evento polêmico recente (um parágrafo), usando a
impessoalidade (3ª pessoa);

texto narrativo: ler uma crônica ou pedir para que o aluno conte oralmente uma história
e, depois, solicitar que no primeiro parágrafo introduza o assunto, no segundo e
terceiro, conte os fatos acontecidos e as pessoas envolvidas e, no quarto parágrafo,
narre o desfecho do fato relatado (para o EF);

texto dissertativo-argumentativo: ler um artigo de opinião, pedir para que o aluno
oralmente explique o assunto tratado, o ponto de vista ou a opinião do autor sobre o
assunto e como o autor conclui o texto. Na sequência, pedir para o aluno “parafrasear”
o artigo de opinião lido, usando as próprias palavras, mas se valendo da estrutura do
texto pronto. Essa estratégia serve como “treino” para que o aluno aproprie-se da
estrutura de um texto dissertativo, sentindo-se mais seguro para redigir texto próprio
sobre o mesmo ou outro tema polêmico (para o EM).

na EaD, escolher, pelo menos, cinco propostas de redação e combinar com os alunos
datas para a entrega de cada uma delas. Essas datas podem acompanhar os dias em
que os alunos farão as avaliações processuais, lembrando, porém, que não são
atividades presenciais obrigatórias de calendário nem estão vinculadas à obtenção de
créditos.
2. Trabalhando em grupos para melhorar a leitura, a interpretação e a produção de textos
a) Forme pequenos grupos, procurando combinar alunos com mais e menos domínio dos
conteúdos da área.
b) Para a interpretação de texto:

use os textos (crônicas, tirinhas, charges, notícias, músicas, artigos de opinião, anúncios
publicitários etc.) que estão disponíveis nos Temas de Estudo de Língua Portuguesa (EF
e EM), nas Coletâneas de Atividades Interdisciplinares, em revistas e jornais de grande
circulação, em sites confiáveis;

peça para que os alunos façam a leitura do texto;

em seguida, oriente-os a elaborar um resumo (no início oralmente, nas próximas vezes,
por escrito) para que eles próprios percebam o quanto entenderam ou não do que foi lido;

peça para que eles compartilhem seus achados e suas eventuais dúvidas;

instigue-os a inferir efeitos de humor, ironia, sentidos implícitos e figurados etc., fazendo
perguntas estratégicas a eles;
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
oriente-os a descobrir o sentido de palavras pouco conhecidas ou usadas fora de sua
definição literal a partir do contexto. Se necessário, sugira que recorram ao dicionário para
encontrar sinônimos das palavras desconhecidas;

questione-os para resgatar de suas leituras outros textos que tratam do mesmo assunto,
intensificando a noção de intertextualidade (do diálogo entre os textos), o que pode auxiliálos a entender melhor o que está sendo lido.

pergunte a eles se determinada afirmação do autor trata-se de um fato (irrefutável) ou uma
opinião (sujeita a pontos de vistas contrários).

essas estratégias podem fazer parte de um momento específico da aula/do plantão, como
também podem ser incorporadas à pratica diária do trabalho do monitor, como, por
exemplo, quando se está resolvendo um simples exercício de leitura e interpretação do
livro didático.
c) Para a redação:

proponha, por exemplo, uma das propostas do Portal EJ@, que constam na “Biblioteca
digital”, na “Área do aluno”, na pasta “Exercícios de redação”;

peça para que leiam e conversem sobre o texto estímulo da proposta;

em seguida, peça para que leiam a proposta de redação e verifiquem se entenderam o que
é preciso fazer;

na sequência, com apoio do Manual do aluno, parte III, Elaborando a redação, peça para
que confirmem qual é a estrutura básica de um texto narrativo (EF) ou dissertativoargumentativo (EM);

posteriormente, solicite que pensem coletivamente nas ideias gerais sobre o texto que
escreverão tomando como base os itens de organização próprios do tipo textual em
questão;

incentive-os a produzirem um texto coletivo, em que cada um contribui para a melhor
organização e transposição das ideias em orações e, das orações em parágrafos, os quais,
por sua vez, deverão fazer sentido entre si e gerar o texto;

oriente-os a ler o texto para o grupo, tentando perceber pontos que precisam melhorar ou
ser reescritos.

numa próxima etapa, solicite que eles refaçam o percurso do estudo feito em grupo, porém,
individualmente, com outra proposta de redação.

como já foi dito, algumas vezes, marque o tempo para simular uma situação real de
avaliação, em que eles terão duas horas para a parte objetiva e escrita.

Link interessante da Revista Nova Escola sobre o trabalho em grupo na sala de aula. O
título
da
reportagem
é
Como
agrupar
meus
alunos?
Disponível
em:
<http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/interacoes/como-agrupo-
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Setor de Educação de Jovens e Adultos
meus-alunos-427365.shtml?page=all>. Acesso em 14 fev. 2013. 14h59min. Vale a pena
conferir!
3.
Postura do monitor

Estar centrado no aluno.

Mostrar “como se faz”: navegar pelo Mapa Curricular com o aluno, uma, duas ou mais vezes,
percorrer alguns conteúdos, buscar os materiais indicados, de tal forma que o aluno passe a
usar autonomamente essa ferramenta.

Fazer processo semelhante de incentivo de uso do Portal EJ@, pois ele é um importantíssimo
repositório de informações e tem papel fundamental nos estudos dos alunos.

Apropriar-se das Matrizes de referência para avaliação da Educação de Jovens e Adultos,
aprender a identificar os temas, as competências e as habilidades. A Matriz é a fonte de
consulta do monitor para analisar quais são as dificuldades dos alunos.

“Saber identificar o que o aluno está aprendendo, como está aprendendo, as condições sob
as quais está aprendendo, se está retendo e aplicando o que aprende, e como a aprendizagem
atual o prepara para a aprendizagem futura”.

“Deixar de ser o centro das atenções e passar a ser um guia”.

“Ajudar os alunos a avaliarem os sites que visitam”. (PALLOFF e PRATT, 2004. p 148.)

Ajudar os alunos a encontrarem no livro didático e nos materiais de apoio didático (impressos
e digitais) informações que esclarecerão as suas dúvidas de conteúdo.

Propor situações-problema para um aluno ou pequenos grupos de alunos provocando o
desenvolvimento das habilidades de análise, comparação e síntese.

Estar bem informado e atento ao que os alunos estão fazendo ou deixando de fazer no curso.
Desejamos a todos um ótimo trabalho e reiteramos a importância de estreitarem o contato com as
coordenadoras de Linguagens!
Atenciosamente,
Estela Garcia da Silveira
(11) 3684-7608
[email protected]
Gilda dos Santos Galdino
(11) 3684-7946
[email protected]
DEPEJA –DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, JOVENS E ADULTOS
Referência bibliográfica
PALLOF, Rena M. e PRATT, Keith. O aluno virtual: um guia para trabalhar com estudantes on-line. Porto Alegre: Artmed, 2004. p. 148149.
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