Banco de Fomento Angola 2010
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Relatório
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Índice
RELATÓRIO
O BFA
4
Principais indicadores
5
Órgãos sociais
6
Marcos históricos
8
Principais acontecimentos em 2010
10
Canais de distribuição
11
Recursos humanos
13
Tecnologia
15
Marca
16
Responsabilidade social
19
ENQUADRAMENTO
Enquadramento da actividade
22
Cronograma de principais eventos
28
ACTIVIDADE COMERCIAL
Mercado bancário em Angola e o BFA
32
Banca de Particulares e Negócios
35
Banca de Empresas
37
Unidade de Business Development
39
GESTÃO DOS RISCOS
Risco de crédito
42
Risco cambial
43
Risco operacional
44
ANÁLISE FINANCEIRA
Introdução
46
Balanço
48
Demonstração de resultados
52
Gestão do capital
56
Proposta de aplicação dos resultados
57
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS
Demonstrações financeiras
61
Notas às demonstrações financeiras
65
Relatório de Auditoria
106
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
108
ANEXOS
Contactos do BFA
111
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O BFA
Em 2010, o BFA prosseguiu, inequivocamente a estratégia de reforço da sua presença
em todas as áreas da actividade financeira: o número de Colaboradores subiu 11%, para
um total de 2 038 pessoas, a rede comercial aumentou em 14 unidades, para um total
de 143 pontos de venda, que acrescentaram 105 mil novos Clientes a um total que
ultrapassa hoje os 800 mil.
Segundo um estudo da Marktest Angola, o BFA obteve quotas de 33% na captação de
Clientes e de 35% como banco principal, as melhores do mercado angolano.
O Banco consolidou também a sua posição de liderança nos canais e meios de pagamento
electrónicos, com quotas de mercado que variaram entre 20 e 35% no parque de
terminais POS e ATM e nos cartões de crédito e débito activos, que são mais de 400 mil,
enquanto o BFA Net regista, por seu turno, um total de 135 mil aderentes.
Os recursos de Clientes subiram 9.4%, o que permitiu obter uma quota de 19% nos
depósitos, a segunda do mercado, como em 2009. Em contrapartida, a carteira de
crédito caiu 9.7% em dólares, fazendo com que o Banco terminasse o ano com uma
quota de mercado de 13%, o que reflecte uma política de avaliação de riscos muito
exigente e rigorosa.
O Banco apresentou globalmente indicadores de solidez muito fortes, com um rácio de
transformação de 28% e um índice de provisionamento de crédito de 186%.
4
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
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Principais indicadores
Principais indicadores
Valores em milhões de USD
2009
2010
D%
Activo total
5 896.9
6 450.3
9.4%
Crédito a Clientes
1 743.5
1 575.0
(9.7%)
Recursos de Clientes
5 093.9
5 566.4
9.3%
Situação líquida
554.7
655.6
18.2%
Produto bancário
463.5
424.0
(8.5%)
Custos de estrutura1
136.1
141.3
3.8%
Resultado de exploração
354.7
303.4
(14.4%)
Lucro líquido
250.2
261.8
4.6%
Cash flow líquido2
325.5
313.5
(3.7%)
Rendibilidade do activo total [ROA]
4.1%
4.2%
0.1%
Rendibilidade dos fundos próprios [ROE]
44.8%
43.3%
(1.5%)
Custos de estrutura / produto bancário
28.4%
33.1%
4.7%
Rácio de solvabilidade
23.5%
30.9%
7.4%
Crédito a Clientes vencido em % do crédito a Clientes
2.5%
4.0%
1.5%
Cobertura do crédito vencido por provisões de crédito
219.0%
156.9%
(62.2%)
5.5%
6.5%
1.0%
129
143
14
1 838
2 038
200
Cobertura do crédito por provisões de crédito
Número de balcões3
Número de Colaboradores
1) Inclui custos com pessoal, fornecimento e serviços de terceiros, outros custos de exploração e depreciações e amortizações.
2) Calcula-se somando ao resultado líquido do exercício as provisões e as depreciações e amortizações.
3) Inclui agências, centros de empresa, centros de investimento e postos de atendimento bancário.
Quadro 1
Relatório | O BFA e Principais indicadores
5
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Órgãos sociais
ESTRUTURA ACCIONISTA
ÓRGÃOS SOCIAIS
Accionistas
% capital
Banco BPI
50.1%1
UNITEL S.A.
49.9%
Mesa da Assembleia Geral
Presidente
Conselho Fiscal
Presidente
Amílcar Safeca
Rui de Faria Lélis
Secretário
Alexandre Lucena e Vale
Vogal
Susana Trigo Cabral
Perito Contabilista
Henrique Camões Serra
Conselho de Administração
Presidente
Fernando Costa Duarte Ulrich
Vice-Presidentes
Isabel dos Santos
António Domingues
Vogais
José Pena do Amaral
Mário Silva
Diogo Santa Marta
Emídio Pinheiro
Carlos Alberto Ferreira
Mariana Assis
António Matias
Vera Escórcio
Comissão Executiva
Presidente
Emídio Pinheiro
Vogais
Carlos Alberto Ferreira
Mariana Assis
António Matias
Vera Escórcio
1) Banco BPI e entidades por ele detidas na sua totalidade.
6
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
Auditores Externos
PKF Angola – Consultores e Auditores, S.A.
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Principais áreas de responsabilidade dos membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do BFA
Presidente
Carlos Ferreira
䊏
Operações
䊏
Sistemas de
Informação
䊏
䊏
Recursos Humanos
Organização e
Formação
䊏
Auditoria
䊏
Aprovisionamento
䊏
Instalações e
Mariana Assis
䊏
Contabilidade e
Planeamento
Emídio Pinheiro
䊏
Marketing
䊏
Banca de Empresas
䊏
Jurídica
䊏
Risco Crédito de
Vera Escórcio
䊏
Financeira e
António Matias
䊏
Internacional
Banca de Particulares
e Negócios
䊏
Crédito a Particulares e
Negócios
Empresas
䊏
Unidade de Novas
Agências
Património
Relatório | Órgãos sociais
7
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Marcos históricos
1990
Abertura de um escritório de representação do antigo Banco de Fomento Exterior – BFE, em Luanda.
1993
Em Julho de 1993, esta presença foi reforçada com a abertura da sucursal do BFE, também em
Luanda, que iniciou a actividade de banca comercial universal a partir de um capital equivalente a
4 M.US$.
1996
Aquisição do BFE pelo Grupo BPI, em Agosto de 1996, dando-se inicio a uma forte expansão do
Grupo em Angola.
2002
Em Julho de 2002, é constituído o BFA – Banco de Fomento Angola com o estatuto de entidade
autónoma de direito angolano, na sequência da transformação da sucursal anteriormente existente.
O Banco é dotado com um capital equivalente a 30 M.US$ detido a 100% pelo BPI.
2003
Em Julho foi inaugurada a sua nova sede em Luanda, ponto alto da afirmação da marca BFA no
mercado angolano e uma referência no plano de expansão da Rede Comercial do Banco por
concentrar os Serviços Centrais num único espaço.
2004
Em Maio, iniciou-se o processo de segmentação da Rede Comercial com a abertura dos três primeiros
Centros de Empresas, vocacionados para o atendimento especializado a Clientes do segmento
Empresas.
2005
Em Abril de 2005, foi criado um Fundo Social com o objectivo de apoiar financeiramente iniciativas
nos domínios da educação, saúde e solidariedade social, dando corpo a uma política de
Responsabilidade Social e a um compromisso do BFA com a sociedade, as instituições e os cidadãos
angolanos.
Em Junho de 2005, o BFA lançou o Cartão VISA BFA Gold, passando deste modo a disponibilizar o
primeiro Cartão de Crédito para o mercado Angolano.
2006
Em Maio de 2006 ocorreu a inauguração do primeiro Centro de Investimento – unidade especializada
na oferta de serviços financeiros personalizados aos Clientes particulares do segmento alto – assim se
aprofundando a segmentação da rede de particulares.
Introdução de um novo layout nos balcões, cujos traços principais são a modernização da imagem, a
valorização do atendimento personalizado e a criação de uma zona automática.
Ainda em 2006, o BFA iniciou o projecto de internacionalização da rede de pagamentos e de
acquiring VISA, tendo obtido o estatuto de Membro Principal VISA.
8
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
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2007
Em parceria com a VISA e a EMIS, o BFA é o primeiro Banco a lançar o serviço de levantamento de
dinheiro através de Cartões de Crédito e Débito VISA, na totalidade das caixas automáticos da sua
rede.
Lançamento de um novo Cartão de Crédito, o Cartão VISA BFA Classic, que complementou a oferta do
Cartão VISA BFA Gold.
2008
Abertura do capital do BFA com a venda de 49.9% à UNITEL, pelo que Grupo BPI passou a deter uma
posição de 50.1%.
Alargamento da rede de Centros de Investimento para a Província de Benguela com a abertura do
primeiro Centro de Investimento no Lobito.
Lançamento dos Cartões de Crédito VISA BFA Mwangolé Classic e VISA BFA Mwangolé Gold, os
primeiros Cartões de Crédito do BFA denominados em moeda nacional.
Assinatura de um protocolo com as Forças Armadas Angolanas, ao abrigo do qual o BFA disponibiliza o
acesso a produtos de crédito em condições privilegiadas a mais de 60 000 militares.
2009
Lançamento do produto Plano de Poupança BFA, uma oferta inovadora no mercado angolano,
porquanto tem associado um Plano de Entregas Periódicas automáticas.
Lançamento do serviço de transferências para o estrangeiro, Western Union, disponível para Clientes
com conta e sem conta no BFA.
Atribuição do prémio “Melhor Banco em Angola” pela revista EMEA Finance, uma publicação de
referência na área financeira que distingue as melhores instituições financeiras na Europa, África e
Médio Oriente.
Relatório | Marcos históricos
9
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Principais acontecimentos em 2010
䊏
Expansão da Rede Comercial para um total de 143 Balcões:
䊏
Agências
䊏
120
Centros de Empresas
䊏
Centro de Grandes Empresas 1
䊏
Centros de Investimento
6
䊏
Postos de Atendimento
4
12
䊏
Abertura de um Centro de Empresas e de um Centro de Investimento na cidade de Benguela.
䊏
Abertura do Centro de Grandes Empresas em Luanda.
䊏
Abertura do primeiro Balcão do BFA na província do Kwanza-Norte, tornando assim efectiva a expansão da
Rede Comercial do Banco em todas as províncias do país.
䊏
Conclusão da 2ª fase do Plano Contabilístico das Instituições Financeiras (Contif), que concerne o envio dos
reports contabilísticos de actividade, de acordo com as especificações técnicas requeridas.
䊏
Publicação do Instrutivo n.º 03 / 2010, que alterou o regime de cálculo das Reservas Obrigatórias, no qual a
coeficiente sobre os depósitos em Moeda Nacional passou a ser de 25% e a dos depósitos em Moeda
Estrangeira de 15%.
䊏
Conclusão do projecto da Central de Risco de Crédito (CIRC) através do qual são reportadas ao BNA as
situações de crédito de Clientes, possibilitando a cada Banco o acesso à posição individual de risco no
sistema bancário.
䊏
Criação de um novo espaço para Arquivo Central, contemplando o desenvolvimento de procedimentos
suportados numa solução informática própria para a gestão e controlo do mesmo.
䊏
Atribuição do prémio “The Most Innovative Bank in Angola” pela revista EMEA Finance, que distingue as
melhores instituições financeiras na Europa, África e Médio Oriente.
䊏
O BFA foi distinguido pelo 8.º ano consecutivo pelo Deutsche Bank Trust Company com o prémio Straight
Through Process Excelence Award, pelo elevado índice de processamento automático das operações sobre o
estrangeiro.
䊏
Assinatura de um protocolo com o Governo Angolano para a adesão ao Sistema de Pagamentos da
Remuneração dos Funcionários Públicos (SRAP).
10
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
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Canais de distribuição
REDE DE BALCÕES
O BFA manteve a estratégia de alargamento da rede
comercial a todo o país. Em 2010, a rede balcões do
Rede de distribuição do BFA
N.º
BFA cresceu 12%, tendo sido abertos 16 novos Balcões,
nas províncias de Luanda, Benguela, Huambo,
Kuanza-Norte, Kuanza-Sul e Cabinda.
2
6
No final do ano de 2010, a rede comercial do BFA era
composta por 143 Balcões, sendo 120 Agências,
6 Centros de Investimento, 12 Centros de Empresas,
1 Centro de Grandes Empresas e 4 Postos de Atendimento.
97
3
da rede do sistema bancário em Angola, sendo de realçar
que o Banco continuou a liderar a rede comercial de
4
6
13
112
120
2009
2010
83
66
43
2005
A rede comercial do BFA correspondia a 16.6% do total
2
5
7
2
4
7
2
5
10
2006
2007
2008
Agências
Centros de Empresa
Centros de Investimento
Postos de Atendimento
Gráfico 1
Balcões em Luanda, com 69 Balcões.
ANGOLA
Cabinda
Zaire
Uíge
Luanda
Lunda-Norte
KwanzaNorte
Malange
Bengo
Lunda-Sul
Kwanza-Sul
Bengela Huambo
Banco de Fomento
(Angola)
Bié
Moxico
Huíla
Namibe
Cunene
Cuando-Cubango
4
Macau (SFE
)
Relatório | Principais acontecimentos em 2010 e Canais de distribuição
11
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Principais indicadores da rede de distribuição do BFA
Agência e Postos de Atendimento
Centros de Investimento
Centros de Empresas
Banca Automática (ATM)
Quota de mercado ATM (%)
Terminais de pagamento
automático (TPA)
Quota de mercado TPA (%)
Homebanking
Particulares com BFA Net (n.º)
Empresas com BFA Net (n.º)
Banca automática (ATM)
2009
2010
D%
114
124
8.8%
5
6
20.0%
10
13
30.0%
241
262
8.7%
27.0%
22.3%
(17.4%)
1 123
2 018
79.7%
31.1%
32.8%
5.5%
Terminais de Pagamento
Automático (TPA)
Milhares
Milhares
2 018
271
248
171
80 576
132 181
64.0%
4 072
5 131
26.0%
1 123
143
106
760
322
120
Quadro 2
06
07
08
09
ATM
10
06
07
08
09
Gráfico 2
10
Gráfico 3
O Banco tem investido fortemente no desenvolvimento dos
canais remotos de que resulta o aumento das operações
HOMEBANKING
efectuadas, com especial destaque nas operações de
O BFA disponibiliza aos seus Clientes os seguintes
levantamento de dinheiro e consulta de saldo.
serviços de homebanking: BFA Net para o segmento de
Particulares e Negócios e BFA Net Empresas, para o
O BFA reforçou a liderança da rede de ATM’s com a
segmento de Empresas. Com a adesão a estes serviços,
instalação de 23 novas máquinas tendo sido dada
os Clientes podem efectuar algumas das principais
prioridade ao reforço do parque nos Balcões com maior
operações bancárias comodamente sem a necessidade de
afluência de Clientes.
deslocação aos Balcões.
No final de 2010, a quota de mercado de ATM’s do BFA
A crescente adesão dos Clientes aos serviços de
era de 22.0% (1.º lugar no mercado) o que correspondia
homebanking permite uma progressiva transferência da
a um total de 262 ATM’s em funcionamento.
actividade transaccional dos Balcões para estes canais,
libertando a Rede Comercial para funções de maior valor
TERMINAIS DE PAGAMENTO AUTOMÁTICO
acrescentado, nomeadamente o relacionamento comercial
O BFA através dos Terminais de Pagamento Automático
com os Clientes, traduzindo-se na melhoria da Qualidade
(TPA’s) proporciona aos seus Clientes do segmento de
de Serviço.
Negócios e de Empresas um meio de pagamento com maior
segurança, comodidade, rapidez e redução de fraude.
O objectivo do BFA é continuar a promover a utilização
deste serviço para satisfazer as necessidades dos seus
Em 2010 o BFA continuou a dinamizar a sua oferta de
Clientes. De salientar que, em 2010, 107 empresas
TPA’s, com a instalação de 1 471 novas máquinas, a que
efectuaram o processamento de salários via BFA Net
corresponde um crescimento de 79%, que permitiu
Empresas.
conquistar 2% de quota de mercado (de 31% em 2009
para 33%).
Em 2010, 52 664 Clientes aderiram ao serviço de
homebanking do BFA, representando um crescimento de
No final de 2010 o parque de TPA’s do BFA era de
2 018 unidades.
12
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
62% face a 2009.
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Recursos humanos
GESTÃO DE PESSOAL
Em 31 de Dezembro de 2010 faziam parte do quadro do
35 anos de idade, sendo a idade média do quadro de
BFA 2 038 Colaboradores, registando-se um aumento de
Colaboradores de 29 anos.
200 Colaboradores no ano, o que representa um
acréscimo de 11%.
Escalão etário
Total
%
A actividade prioritária da Direcção de Recursos
<26
567
27.8%
Humanos do BFA manteve-se orientada para a execução
26-30
636
31.2%
30-35
558
27.4%
35-40
165
8.1%
40-45
63
3.1%
45-50
24
1.2%
50-55
13
0.6%
>55
12
0.6%
2 038
100.0%
da estratégia de selecção e recrutamento de pessoal, no
âmbito do crescimento orgânico do Banco, tendo sido
implementado um vasto processo de recrutamento de
pessoal que resultou na admissão de 435 novos
Colaboradores.
Total
Esta tarefa assentou num programa de análise curricular
Quadro 3
dos candidatos, testes psicotécnicos de aptidão
profissional e finalmente entrevistas individuais, no
Tendo em consideração o forte crescimento do Banco nos
sentido de se assegurar uma rigorosa e criteriosa selecção
últimos anos, a maioria do efectivo está concentrada no
dos candidatos para deste modo integrarem o quadro de
escalão de antiguidade inferior a 2 anos de serviço.
pessoal do BFA.
Antiguidade
Total
%
<=2
793
38.9%
3-5
767
37.6%
6-8
305
15.0%
9-11
84
4.1%
>11
89
4.4%
2 038
100.0%
Do total de 2 038 Colaboradores existentes em 2010,
1 103 eram do sexo masculino e 935 do sexo feminino.
A estrutura etária dos Colaboradores do Banco revela os
efeitos do recrutamento realizado ao longo dos anos e
uma clara aposta em jovens com potencial de progressão
Total
na carreira: cerca de 86% do efectivo tem menos de
Quadro 4
Colaboradores do BFA
N.º de efectivos
Média de idades
Com formação superior
Distribuição por sexo
N.º
Idade
%
%
2 038
1 838
1 528 1 598
57%
1 234
06
07
08
09
10
28.1
29.3
29.6
29.4
29.7
06
07
08
09
10
56%
57%
58%
61%
46%
06
07
08
09
54%
10
Gráfico 4
Relatório | Recursos humanos
13
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Em termos de habilitações literárias, 60.6% do quadro
䊏
início do processo de desenvolvimento de novos cursos,
de Colaboradores do BFA tem licenciatura ou frequência
mais modulares, focando questões técnicas especificas
universitária.
(Cheques, Tesouraria);
Habilitações literárias
䊏
Total
%
Ensino médio
736
36.1%
Ensino superior
198
9.7%
1 036
50.8%
68
3.3%
2 038
100.0%
Frequência universitária
Indiferenciados
Total
Quadro 5
continuação dos cursos técnicos já existentes.
O Banco apostou igualmente na criação de uma acção de
formação de base para todas os Responsáveis e Equipas
dos Serviços Centrais orientada com o objectivo de
melhorar as práticas de atendimento ao Cliente interno e
externo. Esta acção visou o estabelecimento de um
conjunto de procedimentos uniformes de práticas de
Formação
atendimento, resolução de reclamações e comunicação
No decorrer de 2010, o BFA continuou a investir na
interna, com vista à melhoria do serviço prestado pela
formação dos seus Colaboradores, tendo por base as
Banco.
seguintes linhas de orientação e princípios:
O Banco realizou ainda uma acção de Formação para
䊏
dar continuidade aos programas de formações de base
Monitores Internos apostando no alargamento da sua
já existentes;
Equipa interna de formadores, com experiência técnica e
conhecimento do Banco, para o apoio no
䊏
criar um conjunto de novas acções de menor duração e
desenvolvimento e realização de novas acções.
centradas em temas específicos.
PLANO DE PENSÕES
Em 2010 o BFA realizou 309 acções de formação com
Em 2005 foi criado um Plano de Pensões de
um total de 2 808 participantes (respectivamente mais
Contribuição Definida para todos os Colaboradores do
43% e 11% do que em 2009).
Banco. O Banco realiza uma contribuição mensal
correspondente a 10% do salário pensionável para a
A nível da Rede Comercial, com os objectivos de
Segurança Social. Trata-se de um importante instrumento
melhoria da qualidade de atendimento, incremento de
de gestão de recursos humanos, que visa melhorar as
conhecimentos técnicos e do bom funcionamento das
condições de vida dos Colaboradores do Banco em
Equipas Comerciais, foram executadas as seguintes
situação de reforma por idade ou invalidez; em caso de
acções:
morte, assegura também benefícios de sobrevivência para
o cônjuge e descendentes.
䊏
revisão do programa de acolhimento de novos
Colaboradores garantindo uma acção de formação prévia
Durante o ano de 2010, o total de contribuições
ao início do exercício de funções na Rede;
realizadas para Colaboradores em funções foi de
4 M.US$ e os rendimentos obtidos com o investimento
䊏
desenvolvimento de um curso de Liderança de Equipas
para a Gerência, centrada no processo de gestão e
apoio / formação das Equipas do Balcão;
14
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
das aplicações foi de 776 mil.
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Tecnologia
ACTIVIDADE EM 2010
Em 2010, a actividade da área de sistemas de
䊏
introduzidos controlos adicionais no sistema de
requisição de divisas;
informação foi focada em dois aspectos:
䊏
crescimento orgânico do Banco;
䊏
implementação de processos mais automatizados e
nomeadamente para requisições de serviços, de
aperfeiçoamento dos mecanismos de controlo, de forma
equipamentos e de economato;
䊏
desenvolvimento de funcionalidades em sistemas
vocacionados para a modernização administrativa,
a mitigar o risco operacional.
䊏
finalização do projecto de reforço da infra-estrutura do
APOIO AO NEGÓCIO
pólo central de comunicações, instalando-se
No âmbito da abertura de 16 novos pontos de venda, a
equipamentos mais actualizados e software de
área Direcção de Sistemas de Informação garantiu a
monitorização centralizada da rede de comunicações,
instalação da infra-estrutura técnica, informática e de
propiciando diagnósticos mais rápidos e fiáveis de
comunicações. Durante o ano de 2010 foram também
problemas que ocorram.
renovados, a nível tecnológico, 7 Balcões já existentes.
OPTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS E SEGURANÇA
Adicionalmente, efectuou-se o aumento de largura de
Implementaram-se diversas alterações em transacções
banda em 31 Balcões de forma a possibilitar uma maior
com o objectivo de melhorar os processos de controlo e
rapidez do fluxo de transmissão de informação
seguimento da actividade operacional.
aumentando a eficácia nas consultas a aplicativos de
informação de gestão e noutros aplicativos de gestão
Foi efectuada uma auditoria técnica aos sistemas, através
criados para gestão de processos.
da qual foram identificadas oportunidades de melhoria
em alguns componentes, tendo sido iniciado um processo
No âmbito aplicacional salientam-se as seguintes acções:
䊏
de correcção das deficiências identificadas.
instalação em 24 Balcões do serviço de transferências
Com a recente publicação de legislação relativa ao
Western Union;
Branqueamento de Capitais foram iniciadas acções de
identificação dos sistemas que terão de ser adaptados
䊏
finalização do projecto de descentralização do processo
com vista à transposição da lei.
de pagamento de salários da função pública
(Bancarização dos Funcionários Púbicos);
䊏
melhorias em diversos aplicativos com vista a obter, não
só, ganhos de produtividade decorrentes da
automatização de processos mas também a mitigação
do risco operacional pela redução da intervenção
manual nas diversas etapas dos fluxos operacionais;
Relatório | Tecnologia
15
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:47 Page 16
Marca
Em 2010, o BFA manteve a política de comunicação
COMUNICAÇÃO
seguida nos anos anteriores. O Banco manteve o seu
Durante o ano de 2010 o BFA manteve o investimento
posicionamento de imagem enquanto banco focalizado na
em comunicação com forte presença nos vários meios e
qualidade e inovação da sua oferta e que está presente
suportes, com o objectivo de posicionar a marca BFA
nos momentos mais importantes dos Angolanos.
como instituição que apoia o desenvolvimento de Angola
de forma transversal.
O desempenho do BFA continuou a merecer o
reconhecimento público em diversas categorias e áreas
No sector financeiro, o BFA ocupou o 1.º lugar no ranking
relevantes da actividade financeira, de acordo com a
de investimento publicitário.
avaliação de diferentes entidades independentes
nacionais e internacionais. Entre outras distinções
Ao longo do ano 2010, o BFA realizou 5 grandes
atribuídas ao BFA, em 2010, merecem especial destaque
campanhas de comunicação com destaque para as
as seguintes:
seguintes:
Straight Through Processing Excellence Award, atribuído
Crescemos com Angola
pela oitava vez consecutiva pelo Deutsche Bank,
Com esta campanha o BFA pretendeu realçar o seu papel
reconhecendo o facto de 99.1% das ordens de
preponderante no desenvolvimento de Angola, em todos
pagamento emitidas pelo BFA terem sido processadas de
os seus domínios.
forma automática.
A mensagem foi vinculada através de um anúncio de
Marca de Excelência 2009 / 2010 – Superbrands Angola,
televisão que retratava a história do crescimento de um
distinção das marcas presentes no mercado angolano,
cidadão, evidenciando a presença do BFA em todos os
resultado de uma análise que considera cinco critérios:
principais momentos da sua vida (nascimento; poupança;
Familiaridade, Relevância, Satisfação, Lealdade e
aniversário; aquisição de casa, entre outros). De salientar,
Comprometimento.
o reforço do anúncio através de duas imagens (utilizadas
em outdoors e imprensa) protagonizadas por duas figuras
“The Most Innovative Bank In Angola 2010” pela revista
públicas angolanas – Paulo Flores (músico) e Lesliana
Inglesa EMEA Finance, que valorizou a performance
Pereira (apresentadora de televisão).
inovadora do banco.
16
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:47 Page 17
Angola 35 Anos
Festas Nossa Senhora do Monte
No dia 11 de Novembro, Angola comemorou 35 anos de
No mês de Agosto a cidade do Lubango comemora o seu
independência sob o lema “Independência, Paz e
aniversário e homenageia a sua padroeira – a Nossa
Desenvolvimento”.
Senhora do Monte. Este é o acontecimento mais
importante da cidade culminando em vários eventos,
O BFA participou nos festejos através desta campanha
destacando-se o concurso Miss Huíla, a Huíla Fashion,
que enalteceu um dos mais importantes factos da história
a Expo Huíla e a Corrida de 10 km do Lubango.
Angolana.
Carnaval de Luanda
Soluções Funcionário Público
O desfile de Carnaval, realizado na marginal de Luanda,
O BFA foi um dos primeiros bancos privados a assinar o
é um dos principais eventos anuais, em que são
protocolo com o Governo Angolano para a adesão ao
evidenciados importantes símbolos da cultura tradicional
Sistema de Pagamentos da Remuneração dos
como o vestuário, a música, e dança. O desfile de
Funcionários Públicos (SRAP). O banco participou
Carnaval é um importante pilar na preservação e difusão
activamente no projecto e nos grupos de trabalho criados
das tradições angolanas.
com vista à bancarização e descentralização do
processamento dos salários dos funcionários públicos.
13.º Festival da Canção de Luanda
Para o apoiar esta importante iniciativa o BFA lançou
Desde 1998, que a emissora Luanda Antena Comercial,
uma campanha com três objectivos: bancarização dos
promove um concurso anual designado, “Festival da
funcionários públicos, captação de Clientes do segmento
Canção” que visa promover novos talentos da música
e domiciliação dos respectivos salários.
angolana que consigam criar uma simbiose entre o
tradicional angolano e o moderno universal.
PATROCÍNIOS
O BFA deu continuidade à política de patrocínios a
Concerto Unidos Pela Voz
eventos com impacto social, com especial destaque para
No âmbito da visita oficial do Presidente da República de
os eventos culturais e desportivos, entre os quais se
Portugal a Angola, foi promovido um concerto musical
destacam:
(com a participação de artistas portugueses e angolanos)
cujas receitas reverteram a favor do Hospital Pediátrico
de Luanda.
Relatório | Marca
17
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:47 Page 18
55.ª Corrida de São Silvestre
Filda
Em 2010, realizou-se a 55.ª edição da prova de atletismo
A Feira Internacional de Luanda (FILDA) é considerada a
mais importante de Angola, a Corrida de São Silvestre,
maior bolsa de negócios de Angola, e constitui uma
que contou com a participação de aproximadamente
oportunidade para empresários nacionais e estrangeiros
1 500 atletas e com o enorme apoio popular de nas ruas
apresentarem os seus produtos e serviços e promoverem
da cidade Luanda.
os seus negócios e a imagem das suas marcas num
espaço físico comum.
Clube Desportivo 1.º de Agosto
Assinatura de acordo ente o BFA e o Clube 1.º de Agosto,
Export Home Angola
tornando o BFA no patrocinador exclusivo da equipa de
Feira sectorial do ramo mobiliário, organizada pela
futebol. Este acordo permitiu uma associação a uma equipa
Exponor (Feira Internacional do Porto, Portugal), em
de futebol angolana, com um dos melhores palmarés de
parceria com a Feira Internacional de Luanda (FIL),
títulos e com maior número de adeptos a nível nacional.
constituindo assim uma porta de acesso ao mercado
angolano para as empresas portuguesas do sector.
FEIRAS
No âmbito promocional da marca BFA junto do tecido
empresarial, o Banco marcou presença nas principais
Feiras, garantindo a proximidade da marca junto dos seus
actuais e potenciais Clientes:
Expo Huíla
Feira anual realizada no mês de Agosto no âmbito das
Festas da Nossa Senhora do Monte, na cidade do
Lubango, Província da Huíla. Esta feira é considerada a
maior bolsa comercial do Sul de Angola, por congregar
expositores das Províncias da Huíla, Namibe, Cunene,
Kuando – Kubango, Benguela e Huambo.
18
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
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Responsabilidade social
O BFA assume um conjunto de deveres e obrigações em
Fundação Cidade de Lisboa na concessão de 5 bolsas de
relação à comunidade onde está integrado e aos grupos
estudo a jovens estudantes africanos do Colégio
de interesse (stakeholders) que dependem directa ou
Universitário “Nuno Krus Abecasis”.
indirectamente da sua actividade.
Destaca-se ainda o apoio ao Projecto de Teatro nas
Nesta perspectiva, em 2005 foi criado um Fundo Social, ao
Escolas do Grupo de Teatro Oprimido, cujas peças
qual se decidiu afectar anualmente 5% do resultado líquido
continham mensagens sobre o VIH / Sida, Violência e
de cada exercício, por um período de 5 anos, com o
Delinquência Juvenil.
objectivo de apoiar financeiramente iniciativas nos domínios
da educação, saúde e solidariedade social, dando corpo a
A par da Educação, a Solidariedade Social e a Saúde
uma política sustentável de Responsabilidade Social.
foram outras áreas de envolvimento do Fundo Social, que
obedeceram igualmente a um programa estruturado de
No final de 2010, o valor do Fundo Social era de
acções.
19.6 M.US$.
Ao nível da Solidariedade Social, privilegiaram-se
Em 2010, as acções do Fundo tiveram como principal
instituições que têm como principal eixo de actuação o
foco a área da Educação, alinhando a estratégia do
trabalho com pessoas desfavorecidas:
Banco aos esforços do Governo Angolano para melhorar
este importante sector da vida nacional.
Casa do Gaiato em Benguela. Fundada em 1962 é uma
instituição não governamental que tem como objectivo
O BFA apoiou a realização de Cursos de Pós-graduação
acolher, educar e reintegrar socialmente crianças e jovens
em Angola e Portugal, bem como projectos de pesquisa
privadas do ambiente e harmonia familiar.
de carácter histórico e didáctico, tendo também apoiado
a publicação de manuais de matemática para o ensino de
Kimbo Liombembwa, uma organização não governamental
base. Neste âmbito, o Banco tem colaborado com
criada em 2001 em parceria com a ONG alemã
instituições de prestígio tais como:
Friendensdorf International, apoiando o envio de crianças
doentes e sem recursos para tratamento na Alemanha.
Centro de Estudos e Investigação Científica da
Universidade Católica de Angola no Projecto de Pesquisa
Kandimbas de Santa Cecília da Arquidiocese do Lubango
sobre História Económica de Angola do séc. XIX à 1975.
(Huíla) na realização do Natal de crianças doentes no
O principal objectivo é o de criar uma área de pesquisa e
Hospital Pediátrico do Lubango.
proporcionar aos investigadores e estudantes bases para a
realização de trabalhos sobre o assunto.
Na área de Saúde, salienta-se o apoio à Fundação
Calouste Gulbenkian para a criação de um Centro de
Instituto de Cooperação Jurídica da Faculdade de Direito
Investigação de Saúde na Província do Bengo. O apoio
da Universidade de Lisboa que há mais de 5 anos
contemplou igualmente a estadia de investigadores
promove Cursos de Pós-Graduação em coordenação com
portugueses nesta localidade.
a Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto.
Em Fevereiro de 2010 foi realizado o Curso de
A prioridade do Fundo Social continua a ser o apoio a
Pós-Graduação em Direito Bancário.
projectos estruturantes que possam ter resultados visíveis
em benefício das populações e comunidades alvo.
Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto na
realização do Curso de Pós-Graduação em Direito das
Sociedades Comerciais.
Relatório | Responsabilidade social
19
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:47 Page 20
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Enquadramento da actividade
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:47 Page 22
Enquadramento da actividade
ECONOMIA INTERNACIONAL
A actividade económica global registou um ritmo de
Entre os países desenvolvidos, destacaram-se, por um
expansão significativo em 2010, 5% segundo a
lado, aqueles onde as políticas económicas de suporte se
estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI).
mantiveram mais activas, nomeadamente os EUA e o
Depois da acentuada contracção no ano anterior, este
Japão; e também as economias mais interconectadas
dinamismo foi em parte induzido pelo ciclo de reposição
com os países emergentes, que beneficiaram da
de stocks e políticas económicas de estímulo, de
recuperação do comércio internacional, evidenciando-se o
combate à recessão de 2009, cujos efeitos se fizeram
Japão e a Alemanha.
sentir ainda na primeira metade do ano.
MERCADO MONETÁRIO E OBRIGAÇÕES
O ano de 2010 foi também marcado pela diversidade de
Ao longo de 2010 assistiu-se à progressiva normalização
comportamentos regionais. Destacou-se favoravelmente o
do mercado monetário interbancário para os países do
grupo de economias emergentes, em particular da região
centro europeu, reflectindo-se na tendência de aumento
Asiática (China e Índia), da América Latina (Brasil e
progressivo das taxas de juro de curto prazo. A Euribor
México), países que tiraram partido de políticas
3 meses iniciou 2010 em 0.69% e terminou o ano em
económicas acertadas no passado e do robustecimento
torno de 1%, igualando a taxa principal de
progressivo da procura interna. Destaque também para os
refinanciamento. No mercado norte-americano, as taxas
países da região da África Subsariana, com crescimento
de juro de curto prazo registaram maior volatilidade. De
de 5% depois de uma expansão tímida, de 2.8%, no ano
facto, o optimismo do primeiro semestre – as taxas de
anterior. O regresso da actividade económica a ritmos
juro de 3 meses subiram de 0.25% em Janeiro para 0.53
semelhantes ao período anterior à crise, assentou
em Junho – desvaneceu-se, retrocedendo as taxas de juro
sobretudo no funcionamento dos estabilizadores
de curto prazo do dólar para 0.3%, nível em que
automáticos, expansão do investimento público e de
estabilizaram até final do ano. O reforço das medidas de
despesas sociais, bem como na adopção de políticas
carácter quantitativo pela Reserva Federal, receios de
monetárias acomodatícias. As ligações comerciais
deflação e a ausência de melhorias claras no mercado de
crescentes com a região Asiática, nomeadamente através
trabalho e imobiliário estiveram na base desta evolução.
do mercado de commodities, justificam também a
crescente resistência da região. No que diz respeito ao
Durante os primeiros nove meses do ano, o mercado de
grupo de países que integram a SADC – Comunidade
dívida pública foi condicionado de novo pela procura de
para o Desenvolvimento da África Austral – o FMI estima
refúgio face ao recrudescimento das tensões nos
que depois de uma ligeira contracção do PIB em 2009
mercados da periferia. Perante a incerteza em torno da
(-0.4%), tenham registado uma expansão na ordem dos
situação nos países visados e mesmo relativamente ao
3.9% em 2010. Neste grupo, com as performances mais
futuro da própria União Monetária, predominaram
positivas, na sua maior parte relacionadas com a
movimentos de recomposição de carteiras privilegiando
reanimação do mercado de commodities, destacam-se o
activos de menor risco. Neste período, beneficiaram os
Botswana, a Zâmbia, a Tanzânia e Moçambique, com
US Treasuries e a dívida pública alemã – Bunds – tendo
taxas de crescimento reais acima de 6%.
as yields dos respectivos benchmarks de 10 anos passado
Em contrapartida, a África do Sul, maior economia da
de 3.8% em Janeiro para 2.4% em Outubro e, no caso
região, registou uma recuperação moderada, inferior a
da dívida alemã, de 3.4% para 2.1% em Setembro.
3%. A persistência de níveis de endividamento elevados
das famílias, o desemprego alto e a queda significativa
do investimento estão na base desta performance.
22
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:47 Page 23
Contudo, nos últimos meses do ano, ocorreu uma nítida
MERCADO CAMBIAL E COMMODITIES
alteração do sentimento dominante no mercado. Por um
2010 foi um ano marcado por alguma volatilidade no
lado, concretizou-se a ajuda financeira à Irlanda e as
mercado cambial e de commodities. No caso do petróleo,
autoridades europeias mostraram maior determinação em
ao optimismo relativamente ao cenário macroeconómico
encontrar uma solução sustentada, de médio prazo, para
que caracterizou o início do ano, conduzindo a cotação
a resolução da crise de dívida soberana, conferindo
do WTI para valores em torno dos 85 dólares por barril
credibilidade ao projecto europeu. Por outro lado, nos
(USD / brl) em Março, seguiu-se uma correcção
EUA, o anúncio do reforço das medidas quantitativas
expressiva em Abril / Maio, reflectindo a alteração de
pela Reserva Federal, procurando afectar as expectativas
expectativas e o pessimismo na altura relativamente ao
de inflação, e de um novo pacote de medidas fiscal pela
futuro do euro, da União Económica e Monetária e
Administração Obama pesou de forma significativa sobre
resolução da crise de dívida soberana nos países
o sentimento de mercado. O cenário macroeconómico
periféricos, factores com consequências potencialmente
dominante para 2011 melhorou e, em simultâneo,
desfavoráveis globalmente em caso de uma solução de
regressaram receios acerca da ausência de sinais de
ruptura. Todavia, depois da concretização do pedido de
consolidação fiscal nos EUA, pressionando as taxas de
auxílio pela Grécia, em Maio, o clima de maior aversão ao
juro de longo prazo. Neste enquadramento, a inclinação
risco esbateu-se, contribuindo para a reapreciação das
das curvas de rendimentos caiu durante a maior parte do
perspectivas globais. O segundo semestre de 2010 foi,
ano, invertendo posteriormente a tendência por
assim, marcado por uma acentuada pressão ascendente
incorporação da expectativa de normalização mais rápida
sobre os preços das principais commodities nos mercados
das políticas monetárias.
internacionais, nomeadamente as energéticas, facto para
o qual contribuiu também a persistência de uma situação
Curva de rendimento
Em 31 de Dezembro de 2010
Dívida soberana a 10 anos
Taxas de juro em 2010
%
%
8
8
6
6
de ampla liquidez nos mercados financeiros
internacionais. Neste contexto, a cotação do WTI
encerrou 2010 num patamar superior a 90 USD / brl.
Em 2011, a dinâmica de subida dos preços das
matérias-primas e bens energéticos mantém-se intacta,
assente na evidência de suporte da procura (com
4
destaque para a China) mas também em novos factores
4
de ordem política e geoestratégica, que têm afectado
particularmente o mercado petrolífero. No actual
2
2
contexto, face às vulnerabilidades e desequilíbrios que
persistem em alguma das maiores economias do mundo
0
0
2
4
6
8
10
anos
0
desenvolvido, o risco é de que possa ocorrer um eventual
1T10
2T10
Gráfico 5
Portugal
Alemanha
Reino Unido
EUA
Fonte: BPI, Reuters.
3T10
4T10
Gráfico 6
Portugal
Alemanha
Espanha
EUA
retrocesso na trajectória de recuperação, começando a
ser já evidente o impacto ao nível dos preços praticados
ao consumidor.
Fonte: Reuters.
Relatório | Enquadramento da actividade
23
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:47 Page 24
No mercado cambial, a cotação do EUR / USD foi
também condicionada pelos factores descritos. No
contexto de alguma instabilidade durante o primeiro
semestre, a moeda norte-americana funcionou como
Cotação EUR / USD em 2010
US$ por €
Preço do petróleo em 2010
US$ / barril
1.6
100
1.5
90
1.4
80
1.3
70
1.2
60
1.1
50
activo de refúgio, registando uma acentuada valorização
relativamente ao euro, de 1.43 em Janeiro para 1.1948
em meados de Junho. A concretização do auxílio
financeiro à Grécia em Maio e a diluição dos maiores
receios relativamente à possibilidade de arrefecimento nos
EUA, justificaram a inversão de tendência na segunda
metade do ano. De facto, a Reserva Federal reafirmou a
sua postura acomodatícia no âmbito de política monetária,
reforçando os montantes de compra de dívida pública em
1.0
1T10
2T10
Novembro; e a Administração Obama introduziu novos
estímulos fiscais, assegurando o dinamismo da maior
economia mundial, pelo menos no imediato.
Os factores condicionantes da evolução das principais
divisas no mercado cambial ao longo de 2011 apontam
para a persistência de alguma indefinição de tendências e
volatilidade elevada. Os diferençais de crescimento, os
progressos de consolidação orçamental e de resolução da
crise de dívida soberana na Europa, e eventuais alterações
às políticas económicas francamente acomodatícias nos
EUA, são factores de mercado, com potencial impacto
sobre a cotação da moeda. Neste cenário de alguma
indefinição de tendência, o EUR / USD poderá evoluir
entre 1.28 e 1.38 ao longo do ano.
24
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
3T10
4T10
Gráfico 7
Fonte: Reuters, BPI.
40
1T10
2T10
3T10
4T10
Gráfico 8
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ECONOMIA ANGOLANA
ACTIVIDADE ECONÓMICA
Após, em 2009, a economia angolana ter evitado a
Para 2011, as perspectivas apontam para aceleração da
recessão, evidenciando resistência a choques externos;
actividade económica, beneficiando da subida do preço
em 2010, o crescimento económico acelerou, embora
do petróleo, da recuperação de níveis de exploração
atingindo patamares inferiores aos observados no passado
petrolífera e do pagamento de dívidas pelo Estado. Este
recente (4.5% segundo o governo que compara com
último factor favorece o fortalecimento dos sectores
2.3% do Fundo Monetário Internacional – FMI). O sector
não-petrolíferos e o dinamismo do investimento privado.
petrolífero voltou a expandir-se, mas foram, sobretudo, os
Segundo o FMI, de um total de pagamentos em atraso de
sectores não-petrolíferos, os responsáveis pelo incremento
6.8 mil milhões de dólares, as autoridades angolanas
do produto angolano. Na medida em que a exploração
regularizaram na segunda metade de 2010 cerca de 3.6
petrolífera em Angola se encontra próximo do seu
mil milhões de dólares, devendo este processo estar
potencial, acréscimos do produto tendem a radicar
concluído no final do primeiro trimestre de 2011.
crescentemente em actividades não-extractivas.
Sectorialmente, destaque para a expansão dos sectores
Crescimento real do PIB
em Angola
da Agricultura e Indústria Transformadora que mais que
Estrutura sectorial do PIB
Em 31 de Dezembro de 2010
%
compensou a retracção dos sectores da Construção e do
Outros
32
Serviços
mercantis
Comércio.
2007
Crescimento real do PIB
(tvh,%)
2008 2009E 2010E 2011P
23.3
13.8
2.4
4.5
7.6
Sector petrolífero
20.4
12.3
(5.1)
2.7
2.3
Sector não-petrolífero
25.7
20.5
8.3
5.7
11.2
11.8
13.2
14.0
15.3
12.0
Inflação (tvh, %)
23.3
24
Projecções económicas para Angola1
Preço do petróleo angolano
(USD / brl)
72.4
97.1
60.9
74.4
68.0
Câmbio médio (AKZ / USD)
75
75.03
79.2
91.9
-
Fonte: Ministério das Finanças (OGE 2011).
E – estimado; P – previsional.
7%
18.6
20%
13.8
16
6%
7%
8
4.5
2.4
0
-8
06
07
08
Quadro 6
A despeito do contributo crescente dos sectores
Petróleo
bruto e gás
09
10
Construção
0.1%
47%
11% 1%
Diamantes
Indústria
Agricultura
transformadora Energia pecuária,
eléctrica pescas
Gráfico 9
Gráfico 10
Petrolífero
Não petrolífero
Total
não-petrolíferos para o produto, a importância da
exploração petrolífera revela-se determinante, quer por via
Fontes: Banco Nacional de Angola (BNA), Fundo Monetário Internacional (FMI),
Governo Angolano, BPI.
directa, quer indirectamente. Na medida em que a
concretização do programa de investimento público e a
No que se refere às contas públicas, em 2010,
evolução do rendimento nacional estão condicionados pelo
constatam-se avanços significativos com a observação de
fluxo de receitas provenientes da exportação de petróleo, a
um excedente orçamental de cerca de 7.5% do PIB (face
consolidação do esforço de diversificação económica vai
a 1.5% do PIB orçamentados), que compara com um
permanecer devedora da evolução do preço internacional
défice de -8.6% do PIB no ano anterior. Este
do petróleo, na medida em que a capacidade produtiva
desempenho explica-se pelo aumento da receita
instalada está relativamente estabilizada.
petrolífera associada a preços internacionais superiores à
Relatório | Enquadramento da actividade
25
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:47 Page 26
estimativa consignada no Orçamento de Estado de 2010
libertados cerca de 0.89 mil milhões. Contudo, as
e maior prudência na execução do programa de
reservas permanecem num patamar inferior ao registado
investimentos públicos. Para 2011, o governo espera um
antes da crise e ainda não asseguram uma almofada
excedente orçamental de 4.5% do PIB, considerando
confortável a choques externos, sobretudo com origem no
projecções conservadoras para o preço do petróleo
mercado petrolífero. Assim, as autoridades deverão
(68 USD / brl). O programa de investimentos públicos
manter a orientação da política orçamental, cambial e
tenderá a avançar mais lentamente que no passado,
monetária no sentido de fortalecer o nível de reservas.
permanecendo inferior ao nível observado em 2009
(22.3% do PIB que compara com projecções do FMI de
A evolução das reservas condicionou a política cambial, na
16.8% do PIB em 2011) favorecendo o controlo da
medida em que as autoridades continuaram a recorrer à
procura interna, de modo a evitar pressão adicional sobre
desvalorização como variável de correcção da procura
a balança corrente.
interna, evitando a intensificação de desequilíbrios
externos. Assim, em 2010, o kwanza desvalorizou face ao
Para o reforço da actividade económica no sector privado
dólar norte-americano entre Janeiro e Abril, período em
em Angola, o Fundo preconiza a aceleração da reforma
que as reservas cambiais cresceram apenas
tributária, possibilitando o alargamento da base
marginalmente, e, posteriormente, depois de Setembro.
colectável e, sobretudo, reduzir a dependência das
Em Outubro, as reservas caíram, recuperando somente em
receitas petrolíferas e da sensibilidade dos seus ciclos de
Dezembro. Para 2011, não se antecipa alteração da
preço. Em linha com as recomendações do FMI, as
orientação da política cambial. Contudo, a subida do preço
autoridades já submeteram propostas legislativas de
internacional do petróleo deverá facilitar a recomposição
alteração tributária à Assembleia Nacional.
das reservas cambiais, em linha com as projecções de
Adicionalmente, têm intensificado o combate à evasão
excedente corrente de 1.9% do PIB (fonte: FMI).
fiscal, sobretudo em Luanda, mas antevêem os primeiros
resultados apenas depois de 2011.
SECTOR EXTERNO
Evolução do Kuanza em relação
ao Dólar
AKZ por US$
Evolução da taxa de inflação
média em Angola
%
100
A produção petrolífera em 2010 atingiu níveis
ligeiramente inferiores à previsão inicial das autoridades,
fixando-se abaixo de 1.9 milhões de barris / dia. A menor
15.3
90
12.2
produção foi largamente compensada pela subida do
preço internacional do petróleo, a qual possibilitou a
redução do défice corrente e a acumulação de reservas.
13.2
14.0
11.8
80
Segundo estimativas oficiais, o saldo da balança corrente
terá melhorado significativamente, passando de -7.5 mil
70
milhões de USD em 2009 para -0.6 mil milhões de USD
em 2010. Entretanto, as reservas cambiais, ao longo do
último ano, terão subido de 12 mil milhões de USD em
60
06
07
08
Janeiro para 17.5 mil milhões de USD em Dezembro.
Este progresso beneficiou não só da correcção do défice
comercial, mas igualmente da entrada de fundos
associados ao acordo celebrado com o FMI. De um total
de 1.4 mil milhões de USD, ao longo de 2010 foram
26
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
09
10
Gráfico 11
Fonte: Bloomberg.
06
07
08
09
10
Gráfico 12
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:47 Page 27
INFLAÇÃO
A inflação fixou-se em 15.3% em Dezembro, superando a
Para 2011, a elevação do preço do petróleo, a
meta oficial estabelecida em 13%. Os preços
regularização de dívidas pelo Estado a fornecedores e
continuaram a revelar forte resistência à queda por via da
retoma de projectos púbicos deverá reanimar a actividade
existência de importantes constrangimentos estruturais
económica do sector privado. Segundo o FMI, o
na satisfação da procura, sobretudo no que respeita à
crescimento do crédito à economia em Angola situar-se-á
logística e à mobilidade de bens. A alteração na política
em cerca de 30%.
de subsídios aos combustíveis foi responsável pela
aceleração da inflação na segunda metade do ano.
DEPÓSITOS
Efectivamente, sob sugestão do FMI, as autoridades
Nos doze meses até Setembro, os depósitos em Angola
angolanas iniciaram o processo de eliminação da
cresceram 23%. A evolução dos depósitos encontra-se
subsidiação aos combustíveis, a qual chegou a
intimamente relacionada com a regularização de dívidas
corresponder a 50% do preço no consumidor.
do Estado. Com efeito, no primeiro semestre do ano, o
acréscimo dos depósitos foi praticamente nulo. Porém, o
Muito embora as autoridades tenham definido a meta de
início dos pagamentos por parte das autoridades implicou
inflação para 2011 em 12%, consideramos que o
um considerável incremento deste agregado. Para os
previsível abrandamento do ritmo de subida dos preços
próximos meses, na medida em que as autoridades
não será suficiente para o objectivo oficial ser cumprido,
anunciaram intenção de liquidar as dívidas até final do
tanto mais que não se assiste a progressos notáveis ao
primeiro trimestre de 2011, dever-se-á continuar a
nível da remoção dos obstáculos estruturais à inflação.
assistir a um incremento dos depósitos. Para 2011, o
FMI considera um crescimento médio em doze meses de
CRÉDITO
cerca de 23%.
Desde início do ano até Setembro (últimos dados
disponíveis), o crédito ao sector privado cresceu, em
termos médios, a um ritmo relativamente estável de
50%. Todavia, por virtude do abrandamento do crédito ao
Evolução do crédito
Evolução dos depósitos
m.M.AKZ
m.M.AKZ
3 000
3 000
2 250
2 250
1 500
1 500
750
750
sector público, em termos globais, a expansão creditícia
perdeu fulgor na segunda metade do ano. Sectorialmente,
os empréstimos a particulares, sobretudo para aquisição
de habitação, bem como para actividades imobiliárias,
comércio e construção continuam a destacar-se.
Assistiu-se, igualmente, a uma deterioração da carteira
creditícia, tendo o rácio de incumprimento subido de
2.6% em 2009 para 7.1% em Setembro de 2011 (fonte:
FMI), reflectindo, pelo menos em parte, as dificuldades
de liquidez das empresas e os atrasos nos pagamentos
pelo Estado.
0
06
07
08
09
0
101
Gráfico 13
06
07
08
09
101
Gráfico 14
Crédito interno total
Crédito ao sector privado
Depósitos em moeda nacional
Depósitos em moeda estrangeira
Fonte: Banco Nacional de Angola (BNA).
Relatório | Enquadramento da actividade
27
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:47 Page 28
CRONOGRAMA DE PRINCIPAIS EVENTOS EM 2010
Data
Janeiro
Evento
Aprovação da nova Constituição da República de Angola (Política Interna)
Aprovada, para entrada em vigor a 5 de Fevereiro de 2010 a nova Constituição da República de Angola, revogando a
anterior Constituição de 1991.
Suspensão da Emissão de BT (Política Monetária)
O BNA passou a efectuar leilões semanais de TBC, tendo a taxa de colocação atingido os 25% nos diferentes prazos.
Fevereiro
Novo Governo Angolano (Política Interna)
Tomada de posse do Governo que define como prioridades a boa governação e maior eficácia na gestão pública.
Março
Aumento do limite máximo de isenção para o licenciamento das operações de Invisíveis Correntes
(Política Cambial)
Aumento para USD 300 000 (dos anteriores USD 100 000) do limite a partir do qual as transferências relativas a
invisíveis correntes, de carácter comercial, ficam sujeitas a autorização prévia do BNA.
Abril
Redução da taxa de remuneração dos TBC (Política Monetária)
Aprovada a Lei da Probidade Administrativa que estabelece o comportamento exigido ao servidor público e estabelece o
que é legalmente entendido como enriquecimento ilícito.
Maio
1.ª Revisão do Acordo Stand By com o FMI (Política Externa)
Publicado o relatório da 1.ª revisão do SBA com avaliação global positiva.
Junho
Atribuição de notação de risco soberano à Republica de Angola (Política Externa)
Republica de Angola recebeu uma notação média de “rating” de longo prazo – “B+” – das três principais agências de
“rating”, Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch. De salientar ainda o “positive outlook” reconhecido à economia angolana tanto
pela Moody’s como pela Fitch, enquanto que a Standard & Poor’s refere um “stable outlook”.
Alterados os mecanismos de acesso aos leiloes de divisas do BNA (Política Cambial)
O Instrutivo n.º 04 / 2010 e a Directiva n.º 10 / 2010 vêm limitar a capacidade de aquisição de divisas às reservas livres
dos Bancos, em moeda nacional, na data anterior à realização do leilão, para além da anulação da regra de licitação de
apenas 1/3 do montante oferecido no leilão de divisas. Estas medidas surgem com o intuito de aliviar a forte pressão que
se fazia sentir no mercado cambial.
Publicação de Comunicado de Reservas Obrigatórias (Política Monetária)
O BNA fez sair um comunicado alterando provisoriamente (até 2 de Agosto 2010) a taxa de incidência em Moeda
Estrangeira para o Cálculo das Reservas Obrigatórias de 15% para 12.5%.
Julho
Pagamento dos Atrasados de 2008 e 2009 (Finanças Públicas)
O Governo deu início ao pagamento das dívidas dos anos de 2008 e 2009 com as empresas que executaram obras de
projectos de investimento público, avaliada no equivalente a cerca de USD 6.8 mil milhões dos nove mil milhões
reclamados.
Publicada a Lei de Branqueamento de Capitais e Combate do Financiamento ao Terrorismo (Política Interna)
Publicação da Lei n.º 12 / 10 que estabelece as regras a adoptar pelas entidades públicas e pelas instituições financeiras
na prevenção do branqueamento de capitais e no combate ao financiamento do terrorismo.
Publicação da Directiva n.º 12 / 2010 (Política Cambial)
O BNA publicou a Directiva n.º 12 / 2010, que reintroduz a regra de 1/3 de licitação do leilão que havia sido eliminada
pela Directiva n.º 10 / 2010, determinando que cada Banco apenas poderia apresentar um valor global de procura por
divisas de até 1/3 (um terço) do montante oferecido pelo BNA no respectivo leilão.
28
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:47 Page 29
Data
Evento
Agosto
Revisão OGE (Política orçamental)
Aprovada a proposta de revisão do OGE 2010. O OGE revisto apresenta um montante superior ao inicial em cerca de um
bilhão, cento e quarenta e sete milhões e quinhentos mil de kwanzas, correspondendo a um aumento de 37.1%.
Setembro
Subida do preço dos Combustíveis (Política Orçamental)
Aumento em 50% do preço da gasolina e em 38% do preço do gasóleo na sequência da aprovação pela Assembleia da
Republica da redução dos subsídios dos combustíveis, no âmbito da revisão do OGE de 2010.
2.ª e 3.ª Revisão do Acordo Stand By com o FMI (Política Externa)
No seu relatório de apreciação sobre o desempenho da economia e da política económica em Angola ao abrigo do SBA,
o FMI reconhece a evolução da economia de acordo com as expectativas, notando-se sinais de uma recuperação sólida
da actividade, como reflexo da subida dos preços e da produção de petróleo os quais beneficiaram as receitas
orçamentais e as reservas de divisas internacionais.
Outubro
Nomeado novo Governador do BNA (Política Interna)
Nomeação do Dr. José Lima Massano para o cargo de Governador do Banco Nacional de Angola.
Novembro
Alterados os limites de Exposição Cambial dos Bancos (Política Cambial)
Pelo Aviso n.º 05 / 2010 Instrutivo n.º 5 / 2010 o BNA fixa um cronograma de redução do limite de exposição ao risco de
câmbio até 20% em 2012, tanto para as posições curtas como para as posições longas. Estas regras que visam limitar a
capacidade dos bancos para deter posições em moeda estrangeira, com consequências naturais sobre a realização de
operações em ME pelos Bancos.
Retoma na emissão de BT (Política Monetária)
O BNA suspendeu as emissões de TBC e o MINFIN emitiu BT para os prazos de 91, 182 e 364 dias com remunerações
consideravelmente abaixo dos últimos máximos registados nestes instrumentos.
Redução da Taxa de Redesconto (Política Monetária)
Com a publicação da Directiva n.º 13 / DSP / 2010, o BNA altera a taxa de redesconto de 30% para 25%, em resultado
da redução da taxa de juro dos BT e com o intuito de facilitar o investimento.
Lei-quadro do OGE 2011 (Política Orçamental)
Entre as opções estratégicas para assegurar o equilíbrio fiscal e a estabilidade monetária e cambial, o Executivo angolano
apontou o combate à inflação como o objectivo fundamental na construção do Orçamento Geral de Estado para 2011.
Regulamentação das Casas de Câmbio (Política Cambial)
Publicado o Instrutivo n.º 7 / 2010, que regula as condições em que as Casas de Câmbio podem realizar a compra e
venda de notas e moedas estrangeiras e cheques de viagens.
Criado o mecanismo da Facilidade permanente de Cedência de Liquidez (Política Monetária)
A Directiva n.º 14 / DSP / 2010 regula a facilidade permanente de cedência de liquidez, permite aos Bancos Comerciais
ter acesso a liquidez pontual (no máximo durante 2 dias consecutivos) a uma taxa mais atractiva (18% em vez de 25%
do redesconto), e evita a penalização automática de suspensão na participação do leilão cambial. Este mecanismo
constitui assim um incentivo ao sistema financeiro para utilização da moeda nacional, tornando menos oneroso e mais
acessível o apoio do Banco Central.
Dezembro
Emissão de Obrigações do Tesouro para financiamento de investimentos públicos (Finanças Públicas)
Foi publicado no Diário da República n.º 241 de 21 de Dezembro o Decreto Executivo que estabelece a emissão de
Obrigações do Tesouro para financiamento de investimentos públicos previsto no Orçamento Geral do Estado de 2010 –
Revisto, no montante em Kwanzas equivalente a 1 300 M.US$.
Publicação do Aviso n.º 07 / 2010 (Política Cambial)
Introdução de regulamentação das condições para a realização de operações cambiais pelas unidades hoteleiras.
Relatório | Enquadramento da actividade
29
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1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:47 Page 31
Actividade Comercial
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Actividade Comercial
MERCADO BANCÁRIO EM ANGOLA E O BFA
MERCADO BANCÁRIO EM ANGOLA
Evolução da quota de mercado
O processo de formalização da economia e da
bancarização da população angolana tem registado um
crescimento acelerado nos últimos anos, conforme pode
ser constatado através do extenso estudo de
%
30.8
33.1
29.4
28.9
25.8
caracterização da população bancarizada residente na
22.0
24.6
19.3
18.7
província de Luanda denominado Angola All Media &
Products Study – Luanda 2010 (AAMPS), realizado
anualmente pela Marktest Angola.
Segundo este estudo, entre 2008 e 2010 registou-se um
aumento de 63% do índice de bancarização da população
com 15 e mais anos, residente na província de Luanda.
Nesse período, o BFA mais do que duplicou a sua taxa de
2008
2009
2010
BFA
2.º Banco
3.º Banco
Gráfico 17
penetração (cerca de 1.65 vezes mais que o crescimento
do índice de Bancarização no mesmo período) o que
O estudo avaliou também a vertente da satisfação dos
correspondeu, no final de 2010, a uma taxa de
inquiridos no que respeita aos serviços bancários.
penetração de 13.5%.
Concluiu-se que, em 2010, a percentagem de inquiridos
que se declararam satisfeitos com os serviços bancários
De realçar, que esta posição da liderança do BFA em
no mercado diminuiu, por força do aumento de cerca de
quota de Clientes, ficou reforçada com aumento da
7.4% de inquiridos que se manifestaram insatisfeitos.
diferença do BFA para os seus principais concorrentes.
Neste cenário, o BFA, melhorou em 0.8% a percentagem
Evolução do indice de
Bancarização
de inquiridos que revelaram muita satisfação mantendo
Taxas de Penetração
em 2010
%
os níveis de satisfação (inquiridos satisfeitos e muito
%
satisfeitos) nos 86.5% já registados no ano anterior.
29.0%
De realçar, que o BFA foi o banco com maior
26.7%
13.5%
percentagem de inquiridos a demonstrarem estar Muito
Satisfeitos com os serviços prestados pelo banco, com
10.0%
17.8%
cerca de 7%.
7.9%
2008
2009
2010
BFA
2.º Banco 3.º Banco
Gráfico 15
Gráfico 16
Com base no mesmo estudo, o BFA é líder de mercado
com a maior quota de mercado com 33.1%.
32
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:48 Page 33
BANCO DE FOMENTO ANGOLA
Em 2010 o BFA prosseguiu a estratégia de reforço da sua
presença no mercado angolano, através da expansão da
sua rede comercial para um total de 143 balcões, com a
abertura de mais 14 unidades e do aumento do número
de Colaboradores para 2 038.
Banco de Fomento Angola
Indicadores seleccionados
Activo líquido total
2010
D%
5 896.9
6 450.3
9.40%
Crédito a Clientes
1 743.5
1 575.0
(9.7%)
Recursos de Clientes
5 093.9
5 566.4
9.3%
1 838
2 038
11%
129
143
11%
Colaboradores (n.º)
O Banco captou 105 mil novos Clientes, elevando o total
Valores em milhões de USD
2009
Balcões (n.º)
para 781 mil e consolidou a sua posição de liderança na
ATM (n.º)
241
262
9%
Banca electrónica com mais de 135 mil aderentes,
POS (n.º)
1 123
2 018
80%
prosseguindo o objectivo de proporcionar uma oferta
Clientes (x mil)
676
781
15%
Quadro 7
segmentada de produtos e serviços bancários inovadores
para Clientes particulares e empresas a um número cada
vez mais vasto de Angolanos.
Crédito
A carteira de crédito e garantias, registou um decréscimo
Recursos
de 9.7%, atingindo os 1 575 M.US$, sendo o crédito em
Os recursos de Clientes registaram, em 2010, um
dólares americanos a componente mais expressiva desta
crescimento de 9.3%, atingindo os 5 566 M.US$.
rubrica.
O BFA detinha, em Dezembro, uma quota de 19.2% de
depósitos, o que equivalia à segunda posição do
mercado.
Recursos de Clientes
2006-2010
Em 31 de Dezembro de 2010
Milhares
Crédito a Clientes
2006-2010
Em 31 de Dezembro de 2010
Milhares
5 495
Moeda nacional
A prazo
5 566
À vista
5 094
20%
1 813
1 744
1 478
14%
Moeda nacional
1 575
21%
2 930
27%
1 936
39%
866
79%
Moeda estrangeira
A prazo
À vista
Moeda estrangeira
06
07
08
09
10
Gráfico 18
06
Gráfico 19
07
08
09
10
Gráfico 20
Gráfico 21
Relatório | Actividade Comercial
33
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Em termos do crédito concedido a Clientes, e de acordo
Segundo dados do BNA, o BFA obteve um crescimento
com as estatísticas do Banco Central, a quota de
na quota de mercado de depósitos tendo finalizado o ano
mercado do BFA era, em Dezembro de 2010, de 12.7%
com 19.2% de quota de mercado, mais 1.6% do que o
(para este efeito, considera-se que o crédito inclui
registado no final de 2009.
empréstimos, Bilhetes do Tesouro e Obrigações do
Tesouro, bem como participações financeiras),
Neste âmbito, destaca-se ainda, o crescimento do BFA
percentagem que corresponde à quarta posição no
nos recursos captados em moeda nacional tendo
mercado.
aumentado 2.9% a quota de mercado e terminando o ano
com 14.4%.
Em 31 de Dezembro de 2010, 72% da carteira de
crédito e garantias correspondia ao segmento das
Cartões
empresas e os restantes 28%, ao segmento dos
O BFA detém uma posição destacada em cartões de
particulares.
débito e crédito em Angola, contando, no final de 2010,
com 627 mil cartões de débito válidos, o que
A dinâmica de evolução do BFA fica também evidenciada
correspondia a uma quota de mercado de 30%, e com
no crescimento da quota de mercado de recursos.
8 488 cartões de crédito activos.
Quota de mercado crédito
Quota de mercado depósitos
%
Moeda nacional
29.3%
#1
13.8%
#3
8.7%
#4
0
20
30
%
40
40.8%
#1
14.3%
12.7%
4.5%
0
20
24.6%
23.2%
18.7%
11.9%
4.7%
#5
20
30
40
50
Gráfico 22
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
40
Moeda estrangeira
#4
1.6%
30
%
#3
11.1%
10
10
#2
11.9%
0
BFA
BFA
16.9%
#2
#5
14.6%
50
Moeda estrangeira
BFA
#2
#5
10
#3
30.5%
#4
8.6%
#5
Moeda nacional
#1
14.5%
BFA
34
%
0
10
20
30
40
Gráfico 23
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:48 Page 35
BANCA DE PARTICULARES E NEGÓCIOS
A Direcção de Particulares e Negócios (DPN) tem como
A DPN adoptou e implementou um programa de visitas a
responsabilidade a gestão da rede de Balcões
Clientes e potenciais Clientes que resultou em mais de
direccionados para o atendimento de Clientes particulares
9 600 visitas que juntamente com o alargamento da
e negócios, nomeadamente Agências e Postos de
Rede e a assinatura de diversos protocolos, permitiu ao
Atendimento.
Banco captar 102 139 novos Clientes particulares.
Em 2010 verificou-se a consolidação da estrutura
Destaca-se o envolvimento da DPN no processo de
organizativa da DPN, com destaque para o alargamento
descentralização dos pagamentos de salários de
das áreas comerciais, com a abertura de 11 novas
funcionários da função pública garantindo uma presença
Agências e Postos de Atendimento. Em resultado do
sólida do BFA no referido processo.
alargamento da rede comercial, houve também um
aumento do número de Directores de Área, medida que
CENTROS DE INVESTIMENTO
visou a redução do número de Balcões por responsável,
Integrado na Banca de Particulares e Negócios, em
criando melhores condições para um acompanhamento
resultado do processo de segmentação, o BFA
mais próximo da Direcção junto dos Balcões.
disponibiliza uma rede especifica para servir Clientes de
elevado património ou com potencial de acumulação
RECURSOS
financeira – rede de Centros de Investimento cuja gestão
O valor total da carteira de recursos em final de 2010 era
é assegurada pela Direcção de Centros de Investimento.
de 2 352.9 M.US$, o que representa um crescimento de
Esta rede contava com 6 unidades no final do ano de
1.6% em relação ao mesmo período no ano transacto.
2010, mais um centro do que no ano anterior – em
resultado da abertura do Centro de Investimento
Recursos de Clientes
Banca de Particulares e Negócios
Benguela Cassange.
Valores em milhões de USD
2009
2010
D%
Depósitos a ordem
1 508.8
1 403.6
(7.0%)
Moeda nacional
570.8
567.6
(0.6%)
Moeda estrangeira
938.0
836.0
(10.9%)
Depósitos a prazo
Centros de investimento
Principais indicadores
Valores em milhões de USD
2009
2010
D%
Recursos
922.9
1 049.5
13.7%
Crédito
173.1
152.2
(12.0%)
842.8
986.3
17.0%
Moeda nacional
214.2
336.5
57.1%
Moeda estrangeira
612.1
642.2
4.9%
16.4
7.7
(53.4%)
1.3
1.5
13.8%
total de recursos da Banca de Particulares e Pequenos
2 352.9
2 391.4
1.63%
Negócios.
Depósitos a prazo moeda Indexada
Outros recursos
Recursos de Clientes
Quadro 9
Esta rede era responsável, no final de 2010, por 31% do
Quadro 8
Cartazes expostos em centros de investimento.
Relatório | Actividade Comercial
35
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:48 Page 36
Em 2010 os Centros de Investimento registaram um
Houve uma redução significativa no volume da carteira
crescimento de 13.7% dos recursos totais de Clientes
de crédito em relação ao ano anterior, resultado de uma
para 1 049 M.US$. Durante o ano de 2010 os centros
política mais criteriosa por parte do Banco na concessão
de investimento serviram 1 835 Clientes.
de crédito reflexo directo do clima macroeconómico do
país.
De salientar que os Clientes dos Centros de Investimento
puderam, ao longo do ano de 2010, ter acesso a
campanhas exclusivas de produtos de prestígio
especialmente seleccionados para a satisfação das
necessidades mais exclusivas e para potenciar a relação
com o BFA – Jóias Golden Times, Anel L’ments e Linha
Exclusive.
Crédito a Clientes
Banca de Particulares e Negócios
A Direcção de Particulares e Negócios era responsável, no
final de 2010, por uma carteira de crédito no valor de
393.0 M.US$, o que representava 21% do total da
carteira de crédito do Banco.
36
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
D%
2010
Cartões de crédito
7.1
7.2
0.7%
Crédito comercial
9.9
6.4
(35.9%)
462.9
376.8
(18.6%)
3.9
2.6
(31.7%)
483.9
393.0
(18.8%)
Crédito geral
Crédito por assinatura
Crédito a Clientes
CRÉDITO
Valores em milhões de USD
2009
Quadro 10
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:48 Page 37
BANCA DE EMPRESAS
A Banca de Empresas é composta pela Direcção de
Tendo em consideração os desafios colocados pelo
Empresas, Direcção de Riscos de Crédito a Empresas,
incumprimento de crédito, a Direcção de Riscos de
Direcção de Financiamentos Estruturados e a Direcção de
Crédito a Empresas viu reforçada significativamente a sua
Operações Imobiliárias.
Área de Acompanhamento e Recuperação de Crédito,
nomeadamente com a integração de um apoio jurídico
Em 2010 a Banca de Empresas reforçou o processo de
próprio. Esta medida visa estabelecer melhores condições
reestruturação que vinha a ser feito desde o ano
de sucesso no acompanhamento e negociação das
transacto, com o objectivo de melhorar a qualidade de
situações de incumprimento bem como das acções de
serviço e o acompanhamento das Empresas Clientes do
recuperação judicial. O Gabinete de Gestão de Crédito foi
Banco, permitindo ainda, reforçar a capacidade de
também reforçado com atribuições de tarefas específicas
intervenção no mercado potencial.
para melhorar ou mitigar algum do risco operacional ao
nível do processo de acompanhamento e execução das
Neste âmbito, destaca-se o reforço da equipa da Direcção
operações.
de Empresas, tendo para isso sido criada mais uma
Direcção Regional, passando assim para um total de
As equipas da Direcção de Financiamentos Estruturados
4 Direcções Regionais.
(que resultou da integração da Direcção de Project
Finance e passou a integrar a equipa de Análise e
Em 2010 foram abertos mais 4 novos Centros de
Acompanhamento dos Projectos Agrícolas) e da Direcção
Empresas, aumentando a rede para um total de
de Operações Imobiliárias foram também reforçadas e
13 Balcões:
contam com uma estrutura, não só ajustada à dimensão
da actual da carteira de operações em curso ou em
䊏
Centro de Grandes Empresas Luanda
análise, mas também com capacidade para novos
䊏
Centro de Empresas Viana Pólo Industrial
desafios que poderão ser colocados no futuro próximo,
䊏
Centro de Empresas de Benguela
logo que a actividade económica do País comece a
䊏
Centro de Empresas Santa Bárbara que resultou da
conhecer melhores desempenhos.
deslocalização do Centro de Empresas de Coqueiros
Em 2010, as carteiras de Recursos e Crédito conheceram
No final do ano foi implementado um processo de
diferentes comportamentos: nos Recursos um
rotação das equipas e dos principais responsáveis,
crescimento de 17.4% e no Crédito uma queda de
processo que terá continuidade em 2011.
11.2%, que se traduzem respectivamente em 38% e
71% do total da carteira do Banco.
Cartazes expostos em centros de empresas.
Relatório | Actividade Comercial
37
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:48 Page 38
RECURSOS
CRÉDITO
Nos Recursos foi alcançado um crescimento de 17.4%
O Crédito sobre Clientes conheceu um retrocesso de
para o que contribuiu decisivamente a evolução favorável
11.2% para o qual muito contribuiu:
dos recursos em moeda nacional, seja nos Depósitos à
ordem (+24.6%) seja nos Depósitos a prazo (+193.4%).
O ano de 2010 foi particularmente exigente na
concessão e acompanhamento do crédito às empresas.
Os outros recursos conheceram um retrocesso por força
da liquidação de operações indexadas.
A redução drástica no volume de obras lançadas pelo
Estado Angolano, bem como os atrasos nos pagamentos
Recursos de Clientes
Banca de Empresas
dos diversos organismos do Estado às empresas
Valores em milhões de USD
2009
2010
D%
Depósitos à ordem
1 045. 5
1 173. 0
12.2%
Moeda nacional
428. 9
534.5
24.6%
Moeda estrangeira
616. 6
638.6
3.6%
737. 8
919.8
24.7%
Moeda nacional
108. 9
319.6
193.4%
Moeda estrangeira
530. 8
534.1
0,6%
98. 0
66
(32.6%)
1 783.3
2 092.9
17.4%
Depósitos a prazo
Outros recursos
Recursos de Clientes
fornecedoras e prestadoras de serviço, conduziu a
dificuldades quer económicas quer financeiras ao tecido
empresarial.
Crédito a Clientes
Banca de Empresas
Valores em milhões de USD
1
Crédito sobre Clientes
2009
2010
D%
(7.1%)
1 136.0
1 055.8
Moeda nacional
164. 7
281. 8
71.1%
Moeda estrangeira
971. 3
773. 9
(20.3%)
Quadro 11
Crédito por assinatura
Crédito a Clientes
A evolução dos depósitos encontra-se intimamente
333. 8
249. 5
(25.3%)
1 469. 9
1 305.2
(11.2%)
1) Carteira de crédito total.
Quadro 12
relacionada com a regularização de dívidas do Estado,
tendo o BFA sido o principal Banco para onde os
Face a este cenário macroeconómico, foi adoptada uma
depósitos foram canalizados pelas empresas (ainda que
política de grande exigência com implementação de
indirectamente) depois de recebidos os pagamentos. Para
critérios rigorosos na avaliação de risco com
os próximos meses, na medida em que as autoridades
consequências na concessão de crédito.
anunciaram intenção de liquidar as dívidas até final do
primeiro trimestre de 2011, dever-se-á continuar a
O crédito sobre Clientes e o crédito por assinatura
assistir a um novo incremento dos depósitos.
tiveram respectivamente uma queda de 7.1% e de
25.3%.
38
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:48 Page 39
UNIDADE DE BUSINESS DEVELOPMENT
MISSÃO
A Unidade de Business Development (UBD) foi criada, no
䊏
empresas estrangeiras (com particular enfoque nas
empresas oriundas de Portugal, Espanha, Brasil e África
primeiro trimestre de 2010, tendo como missão:
do Sul) que estejam ou não presentes em Angola, e
䊏
apoiar e incentivar as empresas a expandir os seus
desde que possuam um mínimo de dimensão;
negócios para Angola, através da oferta, de modo
proactivo, de uma gama alargada de serviços às
䊏
empresas multinacionais;
䊏
entidades e agências governamentais angolanas.
empresas que queiram operar e crescer em Angola pela
via do investimento directo (Business Development
Services);
Durante o ano de 2010, as Unidades de Business
䊏
prestar serviços de consultoria de alto nível a entidades
Development do BPI e BFA promoveram, no seu
Angolanas, sejam entidades governamentais, sejam
conjunto, mais de 200 contactos directos ou reuniões
entidades empresariais, públicas ou privadas, com vista
com potenciais investidores, tendo obtido um total de 12
ao desenvolvimento económico de Angola e do seu
mandatos de prestação de serviços.
mercado financeiro (Serviços Especializados);
䊏
apoiar o BFA na montagem de operações de maior
dimensão e complexidade (Apoio Interno ao BFA).
Propostas apresentadas em 2010
Por tipo de serviço
Por país
Assessoria
financeira
M&A
Angola
Tendo a sua actuação articulada com a Unidade de
Business Development do Banco BPI, a criação da UBD
44%
30%
32%
visa potenciar o posicionamento do BFA como o parceiro
financeiro de referência das empresas que operam em
Angola.
ACTIVIDADE
A actuação da UBD assenta num esforço contínuo de
identificação de oportunidades de investimento em
Angola, em particular nos sectores com maior potencial
de desenvolvimento.
5%
15%
5%
18%
Procura
parceiros
BD – Market
Intelligence
43%
8%
África
do Sul
Espanha
BD – Greenfield
Investments
Gráfico 24
Portugal
Gráfico 25
Este esforço de captação é efectuado, em paralelo,
Face às perspectivas de crescimento da economia
dentro e fora do território angolano, de forma a identificar
angolana, ao interesse crescente do investimento
os players que reúnam as melhores condições para
estrangeiro neste país e ao esforço que tem vindo a ser
promover as oportunidades identificadas, entre os
empreendido, por parte dos grupos e empresas presentes
seguintes grupos de entidades:
em Angola traduzidos numa maior profissionalização da
sua gestão na reorganização e optimização das
䊏
empresas angolanas (públicas e privadas, com ou sem
respectivas carteiras de negócios e activos, espera-se que
capital estrangeiro);
a actividade da UBD venha a registar uma evolução
positiva durante 2011.
Relatório | Actividade Comercial
39
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:48 Page 40
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Gestão de riscos
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:48 Page 42
Gestão de riscos
RISCO DE CRÉDITO
O ano de 2010 foi particularmente exigente na
䊏
Limites de exposição: avaliação da capacidade de
concessão e acompanhamento do crédito às empresas e
cumprir o serviço da dívida e análise do limite de
particulares.
exposição global, tendo em atenção a capacidade de
envolvimento do Banco;
A redução drástica no volume de obras lançadas pelo
Estado Angolano, motor da economia, bem como os
atrasos nos pagamentos dos diversos organismos do
䊏
Consideração de eventuais garantias pessoais, reais ou
financeiras para mitigação do risco inerente à operação.
Estado às empresas fornecedoras e prestadoras de serviço
conduziu a dificuldades quer económicas quer
As operações de crédito de médio / longo prazo têm, por
financeiras ao tecido empresarial, em especial no sector
regra, cobertura integral por garantias reais.
da construção.
No caso de empresas ou grupos de empresas, as
As consequências nos rendimentos dos particulares foram
operações são analisadas na óptica de grupo, fazendo-se a
significativas, tendo o BFA optado por uma maior
agregação de todas as responsabilidades perante o Banco.
exigência nos parâmetros de decisão.
Níveis de incumprimento, provisionamento e recuperação
O BFA procurou ser parceiro sólido quer das empresas
Em 2010 manteve-se a pressão de agravamento dos
quer do Estado, sugerindo produtos de apoio à tesouraria
níveis de incumprimento de crédito, resultado da
e financiamento, com maior atenção ao sector da
contracção da economia angolana e consequentes
construção e obras públicas, sector que se revela como
dificuldades das empresas.
base para o crescimento nesta fase da economia
angolana.
O total do crédito vencido da carteira atingiu 66 293
m.US$ (4.1% da carteira total).
Processo e política de concessão de crédito
Foi dado um particular enfoque à política de concessão
Valores em milhões de USD
de crédito, procurando ser mais exigente nas informações
2009
Em % da
carteira de
crédito
45.8
2.2%
66. 3
4.1%
110. 8
5.3%
111.4
7.0%
prestadas pelas empresas e particulares, bem como às
garantias exigidas.
Crédito vencido
Provisões sobre o crédito
2010
Em % da
carteira de
crédito
Quadro 13
A análise específica de créditos a empresas, segue os
princípios estabelecidos no Regulamento Geral de Crédito
em vigor no BFA, e que resulta da recolha, verificação e
As provisões para crédito vencido têm sido mantidas a
análise crítica de informação relevante, relativamente ao
níveis confortáveis, tendo atingido um rácio de cobertura
proponente e à sua situação económica e financeira, à
de 168% sobre o vencido em 2010.
operação de financiamento e às garantias propostas e
que se podem resumir da seguinte forma:
Write-Offs
Cumprindo como que está legalmente regulamentado pelo
䊏
Filtros básicos: existência de incidentes ou
BNA, através do Aviso n.º 4 / 2009 de 20 de Maio, o BFA
incumprimentos para com o Banco, seja da empresa ou
procedeu ao Write-Off contabilístico de um conjunto de
do grupo de empresas;
operações classificadas na Classe G há mais de 180 dias.
42
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:48 Page 43
No caso do segmento de Particulares e Pequenos e
O BFA terminou o ano 2010 com um volume total de
Negócios significou um total de 731 operações no valor
vendas de divisas a Clientes no valor de 3 006 M.US$.
global de 3.7 M.US$, enquanto o segmento de Empresas
Deste montante, 1 621 M.US$ foram adquiridos nos
efectuou o mesmo movimento contabilístico para 68
leilões do BNA, o que representou uma quota de mercado
operações no valor total de 23.5 M.US$.
anual de 14%, sendo de salientar o valor das compras a
Clientes que atingiu 1 245 M.US$, tendo o restante valor
RISCO CAMBIAL
sido originado pelo consumo da posição longa que existia
O conceito de risco cambial reflecte a variação potencial
no início do ano.
que pode ser registada nos resultados ou no capital do
Banco em resultado de alterações da taxa de câmbio
Funding e liquidez
tendo em conta a manutenção de posições longas ou
O risco de liquidez traduz a possibilidade de se incorrer
curtas nos mercados à vista ou de futuros.
em perdas decorrentes da incapacidade de suprir as
necessidades do passivo e necessidades de tesouraria,
A gestão do risco de taxa de câmbio de posições
tendo em conta as captações efectuadas no mercado e
estruturais ou resultantes do negócio com os Clientes do
perdas com a venda de activos por valores inferiores aos
Banco encontra-se delegada à Direcção Financeira e
do Balanço.
Internacional, tendo em conta os limites de posição por
moeda aprovados em Conselho de Administração e
A gestão da liquidez no BFA é pautada por critérios de
definidos no Manual de Limites e Procedimentos da DFI.
prudência e de flexibilidade de actuação, de modo a
garantir a estabilidade dos recursos de Clientes e a
Neste âmbito, o Banco procura de forma activa minimizar
diversificação das fontes e das maturidades de
o risco cambial, mantendo para cada moeda as suas
financiamento.
posições activas e passivas niveladas. No que respeita a
moeda externa, o BFA opera principalmente com dólares
A gestão da liquidez é assegurada diariamente pela
norte-americanos e a exposição a outras moedas possui
Direcção Financeira e Internacional, de acordo com as
carácter residual.
directrizes emanadas do Comité Financeiro, que reúne
semanalmente, e tendo em conta os limites de liquidez
O acompanhamento e monitorização da posição cambial
aprovados pelo Conselho de Administração.
é feito através da análise de um relatório diário sobre a
posição cambial, e do relatório mensal apresentado no
O BFA goza de uma situação privilegiada quanto ao seu
Dossier de Gestão de Riscos. Para efeitos de informação
funding, na medida em que os recursos de Clientes
ao Banco Central é produzido ainda um relatório de
representam 86.4% do activo total do Banco. Os recursos
Exposição Cambial que engloba a exposição cambial das
de Outras Instituições de Crédito têm um peso marginal,
rubricas extra-patrimoniais para além das posições
de apenas 1.5%.
activas e passivas nas diversas moedas.
Dado que o grau de transformação de depósitos em
O Banco iniciou o ano de 2010, com uma posição
crédito ser ainda muito prudente, com um valor
cambial avaliada em 171.7 M.US$, que foi sendo
aproximado de 28.2%, a posição de liquidez é
gradualmente reduzida, tendo terminado o ano com uma
extraordinária, pelo que assume particular relevância uma
posição cambial residual (11.8 M.US$).
adequada gestão de tesouraria.
Relatório | Gestão de riscos
43
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:48 Page 44
No ano de 2010, destaca-se a alteração havida em
internos e ao desenvolvimento informático de transacções
Junho, com a publicação do Instrutivo n.º 03 / 2010, que
bancárias contemplando o reforço da segregação de
alterou o regime de cálculo das Reservas Obrigatórias, no
funções na execução das mesmas.
qual a taxa sobre os depósitos em Moeda Nacional
passou a ser de 25% e a dos depósitos em Moeda
A nível de segurança da Rede Comercial o Banco
Estrangeira de 15%. Face ao regime anterior, registou-se
concluiu os trabalhos relativos a equipar todos os pontos
uma melhoria de liquidez em termos de liquidez
de venda com modernos sistemas de vídeo vigilância
disponível em Moeda Nacional e uma diminuição da
permitindo uma mais correcta monitorização da
liquidez em Moeda Estrangeira.
actividade da rede.
Em termos das operações efectuadas no mercado
No decorrer de 2010 foi inaugurado o novo armazém
interbancário angolano, ao longo de 2010, o BFA cedeu a
onde irá funcionar o Economato e o Arquivo Central,
outras contrapartes um total de 2.885 M.US$, tendo
numa estrutura equipada com modernas soluções e
apenas recorrido pontualmente a tomadas, que
dimensionado para o futuro. Neste âmbito, foi reforçada a
totalizaram 187.5 M.US$.
equipa nessa área e foram desenvolvidos novos
procedimentos suportados numa solução informática
RISCO OPERACIONAL
própria para a gestão e controlo deste processo de
O Banco prosseguiu a sua estratégia de gestão do risco
negócio. Depois de efectuados testes com resultados
operacional assente num conjunto de acções com o
positivos, este novo processo entrará em pleno
objectivo de mitigar os riscos desta natureza, focando a
funcionamento no início de 2011.
sua actividade em duas grandes frentes de trabalho,
tendo em conta a dimensão e tipo de negócio:
A nível de continuidade de negócio, foi contratado um
novo espaço, com excelentes condições técnicas e de
䊏
Risco de fraude interna e externa;
segurança, para o alojamento dos sistemas de distaster
䊏
Risco de continuidade de negócio.
recovery, estando a sua migração prevista para o decurso
do ano de 2011.
Relativamente à fraude interna e externa, a Direcção de
Auditoria e Inspecção intensificou a sua actividade na
Finalmente o Banco prosseguiu o processo regular de
realização de auditorias aos pontos de venda e serviços
sistematização e reporte das diferentes acções correctivas
centrais, com a realização de trabalhos de campo mais
identificadas, com a elaboração de relatórios de
frequentes de curta duração e de âmbito mais limitado.
acompanhamento da evolução do estado da sua
Foram igualmente realizadas acções de auditoria a cargo
implementação, bem como de produção de relatórios
de auditores externos centradas em áreas específicas,
periódicos relativos à perdas no âmbito do risco
permitindo identificar deficiências e estabelecer planos
operacional e de informação de deficiências a nível dos
com vista à sua correcção.
sistemas informáticos, de comunicações e energia.
Visando ainda a diminuição do risco operacional, o Banco
desenvolveu um trabalho de revisão e sistematização da
gestão dos acessos informáticos atribuídos aos seus
Colaboradores estabelecendo um novo modelo de gestão
e de controlo dos mesmos. Foi igualmente dada
continuidade ao processo de revisão de alguns normativos
44
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
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Análise financeira
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Análise financeira
INTRODUÇÃO
Principais indicadores
Valores em milhões de USD
2009
2010
D%
Activo total
5 896.9
6 450.3
9.4%
Crédito a Clientes
1 743.5
1 575.0
(9.7%)
Recursos de Clientes
5 093.9
5 566.4
9.3%
554.7
655.6
18.2%
463.5
424.0
(8.5%)
Custos de estrutura
136.1
141.3
3.8%
Resultado de exploração
354.7
303.4
(14.4%)
Lucro líquido
Situação líquida
Produto bancário
1
250.2
261.8
4.6%
2
Cash flow líquido
325.5
313.5
(3.7%)
Rendibilidade do activo total [ROA]
4.1%
4.2%
0.1%
Rendibilidade dos fundos próprios [ROE]
44.8%
43.3%
(1.5%)
Custos de estrutura / produto bancário
28.4%
33.1%
4.7%
Rácio de solvabilidade
23.5%
30.9%
7.4%
Crédito a Clientes vencido em % do crédito a Clientes
2.5%
4.0%
1.5%
Cobertura do crédito vencido por provisões de crédito
219.0%
156.9%
(62.2%)
5.5%
6.5%
1.0%
129
143
14
1 838
2 038
Cobertura do crédito por provisões de crédito
3
Número de balcões
Número de Colaboradores
1) Inclui custos com pessoal, fornecimento e serviços de terceiros, outros custos de exploração e depreciações e amortizações.
2) Calcula-se somando ao resultado líquido do exercício as provisões e as depreciações e amortizações.
3) Inclui agências, centros de empresa, centros de investimento e postos de atendimento bancário.
46
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
200
Quadro 14
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Depois do abrandamento económico registado em 2009,
O activo total líquido do BFA cresceu 9.4% em 2010,
decorrente dos efeitos sobre a economia angolana da
para 6 450.3 M.US$. Esta evolução foi determinada pela
crise financeira e económica internacional desencadeada
expansão em 9.3% da carteira de depósitos de Clientes e
a partir de 2008, o ano de 2010 trouxe alguma
a aplicação desses recursos maioritariamente em títulos
recuperação da actividade económica. A subida do preço
de dívida pública Angolana. Deste modo, a carteira de
do petróleo nos mercados internacionais foi o principal
títulos aumentou 23.9%, totalizando 2 800.9 M.US$ no
factor impulsionador do crescimento da economia
final de 2010.
Angolana, tendo conduzido a uma recuperação do nível
das reservas internacionais de Angola, o que permitiu
Por sua vez, o crédito a Clientes regista uma diminuição
uma regularização, ainda que só parcial, das dívidas em
de 9.7%, tendo o BFA mantido critérios exigentes de
atraso do Estado.
avaliação do risco e reforçado a selectividade na
concessão de crédito. O constrangimento de liquidez no
Neste enquadramento o BFA obteve um lucro líquido de
sector privado, traduzido em atrasos no ciclo de
261.8 M.US$ em 2010, o que correspondeu a um
recebimentos e pagamentos na tesouraria das empresas,
crescimento de 4.6% relativamente ao lucro de 250.2
originou maiores dificuldades às empresas na
M.US$ reportado em 2009.
regularização do serviço da dívida. O aumento das
situações com prestações em atraso, a par com a redução
A evolução do resultado foi positivamente influenciada
da carteira de crédito do BFA, reflectiu-se num aumento
pelo crescimento da Margem Financeira de 19.7%, pela
do rácio de crédito vencido (há mais de 30 dias) de
redução nas rubricas de provisões e amortizações de
2.5% no final de 2009 para 4.0% em 2010. No final de
31.3% e também pela componente fiscal.
2010 o crédito vencido encontrava-se coberto por
provisões (específicas e genéricas) em 167.7%.
A diminuição dos lucros em operações financeiras foi
determinada pela redução dos ganhos na posição
O BFA mantém um balanço com elevada liquidez e
estrutural longa em moeda estrangeira do balanço do
solidez. Cerca de 86% do activo total é financiado por
Banco em resultado da maior estabilidade cambial
depósitos de Clientes e total de recursos de Clientes e
verificada no exercício, comparativamente com o ano
capitais próprios representava 96% do activo. O rácio
anterior (em 2010 o Kwanza desvalorizou 3,8% face ao
crédito / recursos de Clientes situava-se em 28% no final
Dólar quando em 2009 se verificou uma desvalorização
de 2010. O rácio de solvabilidade, de acordo com a
de 18.9% do Kwanza face ao Dólar).
metodologia standard, ascendia a 30.9% em Dezembro
de 2010, aumentando 7.4 p.p. em relação ao ano
A rentabilidade dos capitais próprios médios consolidados
anterior (23.5%).
(ROE) ascendeu a 43.3% em 2010 (44.8% em 2009).
Relatório | Análise financeira
47
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BALANÇO
Balanço em 31 de Dezembro de 2009 e 2010
Valores em milhões
D%
2010
2009
AKZ
USD
AKZ
USD
Disponibilidades
115 291.6
1 289.6
116 661.4
1 259.3
(2.4%)
Aplicações totais
394 507.6
4 412.9
463 180.4
4 999.6
13.3%
Activo líquido
Aplicações em instituições de crédito
36 586.0
409.2
57 780.2
623.7
52.4%
Crédito sobre Clientes
155 868.3
1 743.5
145 913.2
1 575.0
(9.7%)
Aplicações em títulos
202 053.4
2 260.2
259 487.0
2 800.9
23.9%
12 979.9
145.2
14 389.6
155.3
7.0%
Imobilizado líquido
Outros activos
Total do activo
4 389.4
49.1
3 343.8
36.1
(26.5%)
527 168.5
5 896.9
597 575.2
6 450.3
9.4%
4 259.8
47.6
8 767.2
94.6
98.6%
455 385.0
5 093.9
515 686.0
5 566.4
9.3%
13 152.8
147.1
6 547.3
70.7
(52.0%)
Passivo
Recursos de instituições de crédito
Depósitos de Clientes
Outros passivos
Provisões para riscos e encargos
4 779.5
53.5
5 841.4
63.1
17.9%
Capitais próprios e equiparados
49 591.4
554.7
60 733.2
655.6
18.2%
527 168.5
5 896.9
597 575.2
6 450.3
Total do passivo e capital
9.4%
Quadro 15
O activo líquido do BFA totalizava 6 450.3 M.US$ em 31
Os Depósitos de Clientes cresceram 9.3% (+472.5
de Dezembro de 2010, o que corresponde a um aumento
M.US$), o que reflecte principalmente a expansão em
de 553.4 M.US$ (+9.4%) relativamente ao final do ano
19.5% dos depósitos a prazo. O rácio de transformação
anterior.
dos recursos de Clientes em crédito situava-se em 28.2%
em Dezembro de 2010.
A expansão do activo total reflecte essencialmente o
aumento da carteira de aplicações em Títulos do Estado,
Composição do Balanço do BFA em 2010
em 23.9%, a qual é principalmente utilizada para
10.2%
2.0%
aplicação da liquidez excedentária do BFA e gestão do
balanço. Por sua vez, a carteira de crédito registou uma
Aplicações em títulos
43.4%
Crédito sobre Clientes
24.4%
Capitais próprios
e equiparados
Outros passivos
diminuição de 9.7% (-168.5 M.US$) e as aplicações em
instituições de crédito, com menor relevância no balanço
(cerca de 10% do activo total), cresceram 52% (+214.5
86.4%
Depósitos
de Clientes
M.US$). No final de 2010, as carteiras de aplicações em
títulos e de crédito representavam 43.4% e 24.4% do
activo total, respectivamente.
Aplicações em
instituições de crédito
Disponibilidades
9.7%
19.5%
Activo
1.5%
Recursos de
instituições
de crédito
Passivo
Os recursos captados de Clientes em conjunto com os
Gráfico 26
recursos próprios asseguram o financiamento
praticamente integral do activo, sendo que os recursos de
Os Capitais Próprios e Equiparados aumentaram 18.2%
outras instituições de crédito têm uma expressão
face ao valor no final de 2009, assente na geração
residual, representando 1.5% do total do activo.
interna de resultados.
48
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:48 Page 49
Carteira de títulos
A carteira de títulos do BFA é constituída exclusivamente
Relativamente a 2009, a carteira aumentou em 540.8
por emissões de Dívida Pública Angolana, e ascendia em
M.US$, o que resultou essencialmente do aumento das
31 de Dezembro de 2010, a 2 800.9 M.US$, o que
aplicações em títulos do banco central, com maturidades
representava 43.4% do activo total do Banco.
até um ano, contabilizadas na carteira de títulos detidos
até ao vencimento.
Carteira de títulos
Valores em milhões
USD
AKZ
USD
27.2
0.3
8 944.0
96.5
0.0
0.0
8 921.4
96.3
96.3
27.2
0.3
22.7
0.2
(0.1)
202 026.2
2 259.9
250 543.0
2 704.4
444.5
37 519.6
419.7
16 409.0
177.1
(242.6)
Carteira de negociação
Bilhetes do Tesouro
Outros
Carteira de detidos até ao vencimento
Bilhetes do Tesouro
D USD
2010
2009
AKZ
96.2
Títulos do Banco Central
14 129.4
158.1
89 387.7
964.9
806.8
Obrigações do Tesouro (Usd)
38 224.1
427.6
38 409.3
414.6
(13.0)
Obrigações do Tesouro (IPC)
23 810.5
266.3
19 302.9
208.4
(58.0)
Obrigações do Tesouro (Indexadas ao USD)
88 342.6
988.2
87 034.1
939.5
(48.7)
Outros
Total
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
202 053.4
2 260.2
259 487.0
2 800.9
540.8
Quadro 16
Em 2010 iniciou-se a actividade da carteira de
Em termos de moeda de referência, os títulos emitidos
negociação com o intuito de contribuir para a
em moeda nacional (BTs, TBCs e OTs indexadas ao IPC),
dinamização quer do mercado secundário interbancário,
representavam 51.7% da carteira, enquanto que os
quer do negócio directo com Clientes do BFA. Esta
títulos denominados em USD, representavam os restantes
carteira tinha um peso de apenas 3.4% da carteira total,
48.3%.
totalizando 96.5 M.US$, face aos 2 704.4 M.US$
registados na carteira de títulos detidos até ao
O Banco classificou títulos na categoria de detidos até ao
vencimento
vencimento pois tem a intenção e a capacidade
financeira de os manter até ao respectivo vencimento.
Os títulos de curto prazo (Bilhetes do Tesouro e Títulos
do Banco Central) representavam 44.2% do total da
carteira, sendo o restante constituído por títulos de médio
prazo (Obrigações do Tesouro).
Relatório | Análise financeira
49
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:48 Page 50
Crédito a Clientes
A carteira de crédito produtivo ascendia a 1 612.8
Repartição do Crédito sobre Clientes em 2010
M.US$ em 31 de Dezembro de 2010, o que representa
Moeda nacinal
uma redução de 9.6% face a 2009, tendo o BFA mantido
critérios exigentes de avaliação do risco. Aquela variação
21%
resultou da diminuição da carteira de crédito expressa
em moeda estrangeira, em 301.4 M.US$ (-19.2%),
enquanto a carteira expressa em moeda nacional cresceu
em 125.0 M.US$ (+57.4%). Deste modo, o Crédito em
79%
Moeda Nacional aumentou consideravelmente o seu peso
na carteira de crédito total, de 12% em 2009 para 21%
Moeda estrangeira
em 2010.
Gráfico 27
Crédito a Clientes
Valores em milhões
1. Crédito Total
1.1. Crédito sobre Clientes
Crédito Moeda Nacional
Crédito Moeda Estrangeira
1.2. Créditos e Juros Vencidos
D%
2010
2009
AKZ
USD
AKZ
USD
192 008.1
2 147.8
179 262.5
1 935.0
(9.9%)
160 741.5
1 798.0
149 411.6
1 612.8
(10.3%)
19 469.0
217.8
31 759.3
342.8
57.4%
141 272.5
1 580.3
117 652.3
1 270.0
(19.6%)
4 093.5
45.8
6 153.0
66.4
45.0%
1.3. Créditos por Assinatura
27 965.8
312.8
23 697.9
255.8
(18.2%)
2. Provisões Totais de Crédito
9 907.9
110.8
10 320.1
111.4
0.5%
8 966.6
100.3
9 651.4
104.2
3.9%
Para Crédito e Juros Vencidos
1 856.0
20.8
2 782.9
30.0
44.7%
2.2. Para Riscos Gerais de Crédito
941.3
10.5
668.6
7.2
(31.5%)
155 868.3
1 743.5
145 913.2
1 575.0
(9.7%)
2 237.5
25.0
3 370.2
36.4
2.1. Provisões Específicas
3. Crédito Líquido de Provisões
Do qual: Crédito e Juros Vencidos
45.3%
Quadro 17
O crédito vencido há mais de 30 dias ascendia a 66.4
A cobertura do crédito vencido por Provisões Específicas
M.US$ em Dezembro de 2010, o que correspondia a
e por Provisões Totais de Crédito (específicas e genéricas)
4.0% da carteira de crédito bruto (era de 2.5% no final
situava-se em 45.2% e 167.7%, respectivamente
de 2009).
(45.3% e 242.0% em 2009).
Aplicações em instituições de crédito
Valores em milhões
Aplicações em IC
No país
No estrangeiro
Total
D%
2010
2009
AKZ
USD
AKZ
USD
36 586.0
409.2
57 780.2
623.7
0.0
0.0
0.0
0.0
-
36 586.0
409.2
57 780.2
623.7
52.4%
36 586.0
409.2
57 780.2
623.7
52.4%
52.4%
Quadro 18
50
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:48 Page 51
Recursos de Clientes
As aplicações em instituições de crédito, que
A carteira de recursos totais de Clientes aumentou
representam cerca de 10% do activo total, aumentaram
9.3% (+USD 472.5 M.US$), totalizando 5 566.4 M.US$
em 214.4 M.US$ (+52.4%), o que reflecte a aplicação
em Dezembro de 2010.
da totalidade da liquidez excedentária em moeda
estrangeira em instituições financeiras fora do país.
Esta evolução reflecte a expansão dos depósitos a prazo
A liquidez excedentária do BFA em moeda nacional é
em 19.5%, com crescimentos de 58% (+USD 276.9
canalizada para aplicações em títulos de dívida pública,
M.US$) nos depósitos expressos em moeda nacional e de
pelo que o banco não detém quaisquer aplicações
10.1% (+USD 197.9 M.US$) nos depósitos expressos
efectuadas no mercado bancário doméstico, que funciona
em moeda estrangeira.
sobretudo em moeda nacional.
Recursos de Clientes
Valores em milhões
D USD
2010
2009
AKZ
USD
AKZ
USD
238 182.1
2 664.3
246 619.2
2 662.0
(0.1%)
87 915.4
983.4
104 488.9
1 127.9
14.7%
Moeda estrangeira
150 266.8
1 680.9
142 130.3
1 534.2
(8.7%)
Depósitos a prazo
217 202.9
2 429.6
269 066.9
2 904.3
19.5%
42 842.7
479.2
70 047.7
756.1
57.8%
174 360.2
1 950.4
199 019.1
2 148.2
10.1%
Depósitos à ordem
Moeda nacional
Moeda nacional
Moeda estrangeira
Outros recursos
Total
0.0
0.0
0.0
0.0
-
455 385.0
5 093.9
515 686.0
5 566.4
9.3%
Quadro 19
Os depósitos à ordem, que representam 48% do total de
depósitos, mantiveram-se praticamente inalterados, uma
vez que o aumento registado nos depósitos em moeda
Rácio de transformação
Milhões USD
6 000
34.7%
28.2%
nacional (+14.7%) foi contrabalançado por uma redução
nos depósitos expressos em moeda estrangeira (-8.7%).
Os recursos de Clientes em moeda estrangeira que
4 500
3 000
totalizavam em Dezembro de 2010 3 682.4 M.US$
apresentam um peso de 66% sobre a carteira de recursos
1 500
totais.
0
2009
No final de 2010, o rácio de transformação dos recursos
de Clientes em crédito situava-se em 28.2%.
Crédito a Clientes
Recursos de Clientes
2010
Gráfico 28
Relatório | Análise financeira
51
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:48 Page 52
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Conta de exploração
Valores em milhões
Margem financeira [MF] = [P - C]
D%
2010
2009
AKZ
USD
AKZ
USD
18 029.1
228.2
25 123.1
273.2
19.7%
Margem Complementar [MC]
19 218.7
235.3
13 879.1
150.9
(35.9%)
Produto Bancário [PB] = [MF + MC]
37 247.7
463.5
39 002.2
424.0
(8.5%)
8 606.5
105.5
10 986.3
119.4
13.1%
28 641.2
357.9
28 015.9
304.6
(14.9%)
Encargos Administrativos [EA]
Cash Flow Exploração [PB - EA]
Resultados Extraordinários [RX] = [G - P]
Resultado de Exploração [RE] = [PB - EA + RX]
Provisões e Amortizações [PA]
Resultados antes de Impostos [RA] = [RE - PA]
Impostos s/ Lucros [IL]
(283.7)
(3.3)
(110.5)
(1.2)
(64.5%)
28 357.5
354.7
27 905.4
303.4
(14.4%)
6 062.1
75.3
4 767.2
51.7
(31.3%)
22 295.4
279.4
23 138.2
251.8
(9.9%)
(134.3%)
2 409.3
29.2
(929.6)
(10.0)
Resultado do Exercício [RE] = [RA - IL]
19 886.1
250.2
24 067.8
261.8
4.6%
Cash Flow do Exercício [CF] = [RE + PA]
25 948.3
325.5
28 835.0
313.5
(3.7%)
Quadro 20
O BFA obteve em 2010 um lucro líquido de 261.8
De referir ainda o impacto positivo na constituição de
M.US$, o que corresponde a um aumento de 4.6%
amortizações e provisões abaixo dos níveis de 2009.
relativamente ao obtido em 2009 (250.2 M.US$). A
Foram constituídos em 2010 menos 23.6 M.US$ que no
rentabilidade do capital próprio médio ascendeu a 43.3%
exercício de 2009, destacando-se o término de
em 2010.
contribuições para o Fundo Social, que em 2009
representaram 12.5 M.US$ de provisões constituídas.
A margem financeira aumentou 19.7% em 2010, todavia
aquela progressão não foi suficiente para compensar a
A nível fiscal importa referir que foi registado um ganho
queda registada na margem complementar (-35.9%),
de 10 M.US$ por via de uma revisão da estimativa de
pelo que o produto bancário regista uma diminuição de
impostos industrial a pagar, relativo ao exercício de
8.5%.
2009, na qual se apuraram prejuízos fiscais. Estes
prejuízos fiscais que são reportáveis durante 3 anos e
Por outro lado, os encargos administrativos aumentaram
cujo montante é superior à carga fiscal apurada para o
13.1%. Apesar do impacto sobre os custos da contínua
exercício de 2010 levam a que não se considere
expansão da rede comercial, aqueles representam apenas
qualquer custo adicional com Imposto Industrial a 31 de
1/3 dos proveitos. O cash flow de exploração diminuiu
Dezembro de 2010.
14.9%.
52
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:48 Page 53
Margem financeira
A margem financeira totalizou 273.2 M.US$ em 2010
do custo com juros dos passivos remunerados,
contra 228.2 M.US$ contabilizados em 2009. Esta
designadamente depósitos de Clientes (inclui a rubrica
evolução resulta do aumento dos proveitos em 79.7
de outros custos) que cresceu 24.1% face ao resultado
M.US$ (cerca de 21.4%), que compensou o aumento
de 2009.
Margem financeira
Valores em milhões
Proveitos
D USD
2010
2009
AKZ
USD
AKZ
USD
29 335.7
371.2
41 476.1
450.9
79.7
(0.0)
Disponibilidades
6.2
0.1
4.5
0.0
66.0
0.8
275.8
3.0
2.2
467.1
5.9
139.3
1.5
(4.4)
11 224.9
142.0
16 393.0
178.2
36.1
Títulos (OT)
8 250.0
104.4
11 318.5
123.1
18.7
Títulos (BT)
8 838.6
111.9
1 081.7
11.9
(100.0)
Aplicações em IC no País
Aplicações em IC no estrangeiro
Crédito
480.5
6.1
12 232.1
132.9
126.8
Outros
Títulos (TBC)
2.5
0.0
31.2
0.3
0.3
Custos
11 306.6
143.1
16 353.0
177.7
34.6
Recursos de IC's no País
685.4
8.7
23.8
0.3
(8.4)
Recursos de IC's no estrangeiro
166.4
2.1
298.9
3.2
1.1
10 421.0
131.9
16 030.4
174.2
42.3
Depósitos de Clientes
Outros
Margem financeira
33.8
0.4
0.0
0.0
(0.4)
18 029.1
228.2
25 123.1
273.2
45.1
Quadro 21
A margem financeira evidencia os seguintes padrões de
evolução a nível dos proveitos:
䊏
o aumento de juros dos TBCs em 126.8 M.US$, a
beneficiar do aumento muito significativo da carteira ao
longo do ano.
䊏
o aumento da margem do crédito em 36.1 M.US$, que
reflecte a subida das taxas de juro do mercado e o
Em 2010, a carteira de títulos foi responsável por 59.4%
aumento da carteira de crédito em moeda nacional;
dos proveitos com juros obtidos e o crédito concedido a
Clientes foi responsável por 40% dos proveitos com juros.
䊏
o aumento dos juros das OTs em 18.7 M.US$, que
reflecte a subida do montante médio investido em
Quanto à evolução dos custos com juros, o aumento do
relação ao ano transacto;
custo dos depósitos de Clientes, em 42.3 M.US$,
explica-se quer pelo efeito de ajustamento das taxas de
䊏
a redução dos juros dos BTs em 100 M.US$, com a
juro do mercado, quer pelo aumento dos montantes
diminuição significativa da carteira por força da
captados.
ausência de emissão deste tipo de títulos;
Relatório | Análise financeira
53
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:48 Page 54
Análise do activo remunerado
O gráfico seguinte evidencia o peso relativo das
A margem complementar que agrega os proveitos de
principais rubricas do activo no balanço e o seu
comissões (líquidas), resultados em operações financeiras
contributo para os proveitos com juros em 2010:
e outros proveitos de exploração (líquidos), diminuiu
35.9% em 2010, reflectindo, principalmente, a queda
dos lucros em operações financeiras em 75.6 M.US$
Peso por activo no Balanço e da sua remuneração na Margem
Financeira
(-45.5%), e, com menor expressão, a redução das
%
comissões em 6.3 M.US$ (-15.1%).
39.5
24.4
24.2
Composição da margem complementar
2010
2009
29.5
27.3
Outros
proveitos
líquidos
19.5
15.0
Comissões
Outros
proveitos
líquidos
Comissões
9.7
0.0
4.2
1.0
Disponi- Aplicações Crédito
bilidades em IC’s
Títulos
(OT’s)
3.0
2.6
Títulos
(BT’s)
Títulos
(TBC’s)
0.1
12%
17%
18%
23%
Outros
Gráfico 29
Peso no Activo (fim de ano)
Peso na Margem (proveitos)
60%
70%
Lucros cambiais
líquidos
Lucros cambiais
líquidos
Gráfico 31
Gráfico 30
Margem complementar
Valores em milhões
Lucros em operações financeiras
AKZ
USD
AKZ
13 824.1
165.9
8 308.2
90.3
(45.5%)
2 223.2
41.7
2 310.7
35.4
(15.1%)
Comissões
Outros proveitos líquidos
Margem complementar
D%
2010
2009
USD
3 171.3
27.7
3 260.1
25.1
(9.4%)
19 218.7
235.3
13 879.1
150.9
(35.9%)
Quadro 22
A redução do resultado da rubrica de lucros em
Kwanza face ao Dólar Americano foi em 2010 de 3.8%,
operações financeiras, reflecte para além dos resultados
contra 18.9% de 2009.
com a actividade cambial, condicionado pelo
racionamento de divisas, a redução dos ganhos na
O peso relativo dos lucros em operações financeiras no
posição em moeda estrangeira no balanço do banco, em
total do produto bancário diminuiu de 36% em 2009
resultado da maior estabilidade da cotação da moeda
para 21% em 2010.
nacional face às principais divisas. A desvalorização do
54
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
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Custos de estrutura
Os custos de estrutura do Banco, que agregam os custos
em 9.1% e os fornecimentos e serviços de terceiros
com o pessoal, fornecimentos e serviços de terceiros e
aumentaram em 7.7%, enquanto as amortizações do
amortizações aumentaram 3.8%, de 136.1 M.US$ em
exercício registaram uma redução de 19.5%.
2009 para 141.3 M.US$ em 2010. A evolução dos
custos explica-se, em grande parte, pelo alargamento da
O rácio cost-to-income situou-se em 33.3% em 2010
Rede Comercial, e o aumento do quadro de pessoal que
(28.8% em 2009).
lhe está associado. Os custos com pessoal aumentaram
Custos de estrutura
Valores em milhões
D%
2010
2009
AKZ
USD
AKZ
USD
Custos com Pessoal (I)
4 739.2
60.5
6 078.7
66.1
9.1%
Fornecimento e Serviços de Terceiros (II)
4 394.2
55.3
5 485.3
59.6
7.7%
149.6
1.8
71.9
0.8
-
9 283.0
117.7
11 635.9
126.5
7.4%
(19.5%)
Outros Custos Gerais (III)
Custos de Funcionamento (IV = I + II + III)
Amortizações (V)
Custos de Estrutura ( V = IV + V)
1 457.0
18.4
1 360.8
14.8
10 740.1
136.1
12 996.8
141.3
3.8%
676.5
8.3
649.6
7.1
(14.9%)
8 606.5
105.5
10 986.3
119.4
13.1%
191.9
2.2
- 110.5
- 1.2
(152.5%)
28.8%
28.8%
33.3%
33.3%
Recuperação de Custos (VII)
Encargos Administrativos (VI - V - VII)
Resultados Extraordinários
Cost-to-income
4.5%
Quadro 23
Provisões
Impostos sobre lucros
As provisões totais do exercício diminuíram 35.1%, para
A rubrica impostos sobre lucros registou um valor
36.9 M.US$.
negativo de 10 M.US$ em 2010. Aquele valor explica-se
principalmente por uma correcção (diminuição) à
Para crédito, foram efectuadas no exercício dotações de
estimativa de imposto industrial a pagar pelo BFA com
27.9 M.US$, menos 16.2 M.US$ (36.7%) que em
respeito ao exercício de 2009, que resultou no
2009.
apuramento de prejuízos fiscais, e por conseguinte, à
anulação do montante de imposto industrial estimado
As provisões para outros fins diminuíram 3.7 M.US$ em
para pagamento.
relação a 2009, sendo que em 2009 incluíam uma
dotação de 12.5 M.US$ relativas ao Fundo Social1.
O BFA constituiu anualmente, entre o exercício de 2005
e o exercício de 2009, inclusive, uma dotação anual de
provisões associada aquele Fundo correspondente a 5%
do resultado líquido do exercício anterior, apurado em
Dólares dos Estados Unidos.
1) Fundo criado com o objectivo de apoiar financeiramente iniciativas nos domínios da educação, saúde e solidariedade social.
Relatório | Análise financeira
55
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GESTÃO DO CAPITAL
Capitais próprios e equiparados
Em 31 de Dezembro de 2010, o agregado “Capitais
distribuição de dividendos relativos a 2009
Próprios e Equiparados” ascendia a 655.6 M.US$, o que
correspondentes a 65% do resultado líquido. Em 2010
representa um crescimento de 100.8 M.US$ face ao ano
não houve qualquer alteração ao nível do capital social,
anterior, reflectindo o resultado gerado no exercício e a
avaliado em 38 M.US$.
Capitais próprios e equiparados
Valores em milhões
2010
2009
AKZ
USD
AKZ
USD
Capital
3 522.0
39.4
3 522.0
38.0
Fundos
0.0
0.0
0.0
0.0
355.8
21 971.4
218.0
33 143.4
Resultados Transitados
Reservas
4 211.8
47.1
0.0
0.0
Resultados do Exercício
19 886.1
250.2
24 067.8
261.8
49 591.4
554.7
60 733.2
Total
655.6
Quadro 24
Fundos próprios regulamentares
Os fundos próprios totais, calculados nos termos do Aviso
deste último resultou essencialmente do reforço da
n.º 5 / 2007 do Banco Nacional de Angola, ascendiam a
carteira de títulos emitidos pelo Estado aos quais são
674.4 M.US$, em Dezembro de 2010.
aplicados ponderadores de risco nulos para efeitos de
cálculo de risco.
Os activos ponderados pelo risco diminuíram em 183.4
M.US$, para 2 185.7 M.US$ em Dezembro de 2010,
De acordo com a metodologia standard, o rácio de
explicado principalmente pela redução da carteira de
solvabilidade situou-se em 30.9% em Dezembro de
crédito a Clientes, enquanto o activo líquido total registou
2010, aumentando 7.4 p.p. em relação ao ano anterior
uma expansão de 9.4%, uma vez que o crescimento
(23.5%).
Rácio de solvabilidade
Activos ponderados
Fundos próprios de base
Fundos próprios complementares
Total fundos próprios
Rácio de solvabilidade1
1) Não se considerou o Coeficiente de Risco Cambial.
56
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
Valores em milhões de USD
2006
2007
2008
2009
2010
1 237.4
2 039.7
2 447.0
2 369.1
2 185.7
243.3
363.1
544.4
539.5
640.3
61.8
80.8
38.9
17.5
34.1
304.1
441.9
583.3
557.0
674.4
24.6%
21.7%
23.8%
23.5%
30.9%
Quadro 25
1440-001-058_Relatorio_1440-001-000_Relatorio.qxd 11/08/12 15:48 Page 57
Proposta de aplicação dos resultados
O resultado obtido no exercício de 2010, no valor de 24 067 808 830.53 kwanzas, terá a
seguinte aplicação:
䊏
Para reservas livres: um valor correspondente a 35% do resultado obtido, ou seja,
8 423 733 090.69 kwanzas;
䊏
Para dividendos: um valor correspondente a 65% do resultado obtido, ou seja,
15 644 075 739.84 kwanzas.
O Conselho de Administração
Relatório | Proposta de aplicação dos resultados
57
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1440-059-064_Balancos_1440-059-064_Balancos.qxd 11/08/12 15:39 Page 59
Demonstrações financeiras
e notas
1440-059-064_Balancos_1440-059-064_Balancos.qxd 11/08/12 15:39 Page 60
1440-059-064_Balancos_1440-059-064_Balancos.qxd 11/08/12 15:39 Page 61
Demonstrações financeiras
1440-059-064_Balancos_1440-059-064_Balancos.qxd 11/08/12 15:39 Page 62
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (PRO FORMA)
(Montantes expressos em milhares de Kwanzas)
Notas
2010
2009
(pro forma)
3
116 661 416
115 291 602
4
57 780 190
36 585 962
5
5
8 944 017
250 542 960
259 486 977
1 435 543
27 162
202 026 196
202 053 358
2 526
3 059 445
155 564 615
(9 651 421)
145 913 194
1 908 252
164 834 945
(8 966 622)
155 868 323
1 327 415
10
10
10
81 115
14 232 196
76 286
14 389 597
597 575 169
57 239
12 850 508
72 107
12 979 854
527 168 485
PASSIVO E FUNDOS PRÓPRIOS
Depósitos
Depósitos à ordem
Depósitos a prazo
11
11
246 619 167
269 066 863
515 686 030
238 182 125
217 202 850
455 384 975
Captações para liquidez
Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro
Operações de venda de títulos de terceiros com acordo de recompra
12
12
8 767 155
8 767 155
1 694 379
1 443 395
3 409 575
5 841 407
536 841 941
3 521 996
450 717
31 438 878
1 253 828
24 067 809
60 733 228
597 575 169
4 254 598
5 183
4 259 781
33 766
5 595 935
3 094 810
4 428 319
4 779 496
477 577 082
3 521 996
450 717
24 478 733
1 253 828
19 886 129
49 591 403
527 168 485
ACTIVO
Disponibilidades
Aplicações de liquidez:
Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro
Títulos e valores mobiliários
Mantidos para negociação
Mantidos até o vencimento
Instrumentos financeiros derivados
Operações cambiais
Créditos
Créditos
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Outros valores
Imobilizações
Imobilizações financeiras
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
6
7
8
8
9
Total do activo
Instrumentos financeiros derivados
Obrigações no sistema de pagamentos
Operações cambiais
Outras obrigações
Provisões para responsabilidades prováveis
Total do passivo
Capital social
Reserva de actualização monetária do capital social
Reservas e fundos
Resultados potenciais
Resultado líquido do exercício
Total dos fundos próprios
Total do passivo e dos fundos próprios
6
13
7
14
15
16
16
16
16
O anexo faz parte integrante destes balanços.
62
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
1440-059-064_Balancos_1440-059-064_Balancos.qxd 11/08/12 15:39 Page 63
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (PRO FORMA)
(Montantes expressos em milhares de Kwanzas)
Proveitos de aplicações de liquidez
Proveitos de títulos e valores mobiliários
Proveitos de instrumentos financeiros derivados
Proveitos de créditos
Proveitos de instrumentos financeiros activos
Custos de depósitos
Custos de captações para liquidez
Custos de instrumentos financeiros derivados
Custos de instrumentos financeiros passivos
Margem financeira
Resultados de negociações e ajustes ao valor justo
Resultados de operações cambiais
Resultados de prestação de serviços financeiros
Provisões para crédito de liquidação duvidosa e prestação de garantias
Resultado de intermediação financeira
Pessoal
Fornecimentos de terceiros
Impostos e taxas não incidentes sobre o resultado
Penalidades aplicadas por autoridades reguladoras
Depreciações e amortizações
Recuperação de custos
Custos administrativos e de comercialização
Provisões sobre outros valores e responsabilidades prováveis
Outros proveitos e custos operacionais
Outros proveitos e custos operacionais
Resultado operacional
Resultado não operacional
Resultado antes dos impostos e outros encargos
Encargos sobre o resultado corrente
Resultado corrente líquido
Resultado líquido do exercício
Notas
2010
2009
(pro forma)
21
21
21
21
419 546
24 632 354
31 240
16 393 003
41 476 143
(16 030 427)
(322 617)
(16 353 044)
25 123 099
(4 275)
8 312 517
2 310 748
(2 584 425)
33 157 664
(6 078 737)
(5 485 286)
(70 445)
(1 465)
(1 360 831)
649 601
(12 347 163)
(821 936)
3 260 110
(9 908 989)
23 248 675
(110 477)
23 138 198
929 611
24 067 809
24 067 809
539 229
17 569 071
2 526
11 224 892
29 335 718
(6 039 229)
(5 233 657)
(33 765)
(11 306 651)
18 029 067
26 870
13 797 274
2 223 249
(3 596 296)
30 480 164
(4 739 196)
(4 394 244)
(107 314)
(42 274)
(1 457 036)
676 538
(10 063 526)
(1 008 800)
3 171 272
(7 901 054)
22 579 110
(283 717)
22 295 393
(2 409 264)
19 886 129
19 886 129
21
21
21
5
22
23
15
24
25
26
10
27
15
28
29
18
O anexo faz parte integrante destas demonstrações.
DEMONSTRAÇÕES DE MUTAÇÕES
NOS FUNDOS PRÓPRIOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (PRO FORMA)
(Montantes expressos em milhares de Kwanzas)
Notas
Saldo em 31 de Dezembro de 2008 (PCIF)
Primeira adopção do novo referencial contabilístico
Saldo em 1 de Janeiro de 2009 (pro forma)
Aplicação do resultado do exercício de 2008
Constituição de reservas e fundos
Distribuição de dividendos
Resultado líquido do exercício
Saldo em 31 de Dezembro de 2009 (pro forma)
Aplicação do resultado do exercício de 2009
Constituição de reservas e fundos
Distribuição de dividendos
Resultado líquido do exercício
Saldo em 31 de Dezembro de 2010
Reservas e
fundos
Resultados
potenciais
Resultado
do exercício
Total
3 521 996
3 521 996
450 717 20 266 902
450 717 20 266 902
1 253 828
1 253 828
16 847 324
16 847 324
42 340 767
42 340 767
16
16
16
3 521 996
4 211 831
450 717 24 478 733
1 253 828
(4 211 831)
(12 635 493)
19 886 129
19 886 129
(12 635 493)
19 886 129
49 591 403
16
16
16
3 521 996
6 960 145
450 717 31 438 878
1 253 828
(6 960 145)
(12 925 984)
24 067 809
24 067 809
(12 925 984)
24 067 809
60 733 228
2.2
Capital
Social
Reserva de actualização
monetária do capital
social
O anexo faz parte integrante destas demonstrações.
Demonstrações financeiras
63
1440-059-064_Balancos_1440-059-064_Balancos.qxd 11/08/12 15:39 Page 64
DEMONSTRAÇÕES DE FLUXOS DE CAIXA
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (PRO FORMA)
(Montantes expressos em milhares de Kwanzas)
2010
Recebimentos de proveitos de aplicações de liquidez
Recebimentos de proveitos de títulos e valores mobiliários
Recebimentos de proveitos de instrumentos financeiros derivados
Recebimentos de proveitos de créditos
Recebimentos de proveitos de instrumentos financeiros activos
Pagamentos de custos de depósitos
Pagamentos de custos de captações para liquidez
Pagamentos de custos de captações com títulos e valores mobiliários
Pagamentos de custos de instrumentos financeiros derivados
Pagamentos de custos de outras captações
2009
(pro forma)
414 647
604 791
18 999 517
18 595 442
7 742
-
15 870 120
10 993 792
35 292 026
30 194 025
(14 773 628)
(4 370 703)
(316 796)
(6 806 992)
-
-
(39 189)
(20 965)
-
-
Pagamentos de custos de instrumentos financeiros passivos
(15 129 613)
(11 198 660)
Fluxo de caixa da margem financeira
20 162 413
18 995 365
Fluxo de caixa dos resultados de negociações e ajustes ao valor justo
(4 275)
26 870
Fluxo de caixa dos resultados de operações cambiais
8 940 522
15 790 328
Fluxo de caixa dos resultados de prestação de serviços financeiros
2 310 748
2 223 249
Fluxo de caixa dos resultados de planos de seguros, capitalização e saúde complementar
Fluxo de caixa operacional da intermediação financeira
Fluxo de caixa dos resultados com mercadorias, produtos e outros serviços
-
-
31 409 408
37 035 812
-
-
Pagamentos de custos administrativos e de comercialização
(9 954 414)
(7 583 200)
Pagamentos de outros encargos sobre o resultado
(1 479 653)
(1 972 871)
Fluxo de caixa da liquidação de operações no sistema de pagamentos
(3 901 556)
3 086 287
47 550
(713 833)
Fluxo de caixa dos outros valores e outras obrigações
Recebimentos de proveitos de imobilizações financeiras
-
-
Fluxo de caixa de outros custos e proveitos operacionais
3 260 110
3 171 272
Recebimentos e pagamentos de outros proveitos e custos operacionais
(12 027 963)
(4 012 345)
Fluxo de caixa das operações
19 381 445
33 023 467
Fluxo de caixa dos investimentos em aplicações de liquidez
(21 189 329)
22 702 821
Fluxo de caixa dos investimentos em títulos e valores mobiliários activos
(51 800 782)
9 482 706
Fluxo de caixa dos investimentos em instrumentos financeiros derivados
-
-
1 623 902
3 321 588
7 267 332
(29 413 819)
(64 098 877)
6 093 296
Fluxo de caixa dos investimentos em operações cambiais
Fluxo de caixa dos investimentos em créditos
Fluxo de caixa dos investimentos de intermediação financeira
Fluxo de caixa dos investimentos em outros valores
Fluxo de caixa dos investimentos em imobilizações
-
-
(2 770 687)
(4 205 394)
Fluxo de caixa dos resultados na alienação de imobilizações
(1 425)
(1 261)
Fluxo de caixa dos outros ganhos e perdas não-operacionais
(109 052)
(282 456)
Fluxo de caixa das imobilizações
(2 881 164)
(4 489 111)
Fluxo de caixa dos investimentos
(66 980 041)
1 604 185
59 044 256
228 175 577
Fluxo de caixa dos financiamentos com depósitos
Fluxo de caixa dos financiamentos com captações para liquidez
4 501 553
(183 650 414)
Fluxo de caixa dos financiamentos com captações com títulos e valores mobiliários
-
-
Fluxo de caixa dos financiamentos com instrumentos financeiros derivados
-
-
(1 651 415)
(3 287 437)
Fluxo de caixa dos financiamentos com operações cambiais
Fluxo de caixa dos financiamentos com outras captações
-
-
61 894 394
41 237 726
Fluxo de caixa dos financiamentos com minoritários
-
-
Recebimentos por aumentos de capital
-
-
Pagamentos por reduções de capital
-
-
(12 925 984)
(12 635 493)
Recebimentos por alienação de acções ou quotas próprias em tesouraria
-
-
Pagamentos por aquisição de acções ou quotas de próprias em tesouraria
-
-
(12 925 984)
(12 635 493)
Fluxo de caixa dos financiamentos de intermediação financeira
Pagamentos de dividendos
Fluxo de caixa dos financiamentos com fundos próprios
Fluxo de caixa dos financiamentos com outras obrigações
Fluxo de caixa dos financiamentos
-
-
48 968 410
28 602 233
Saldo em disponibilidades no início do período
115 291 602
52 061 717
Saldo em disponibilidades ao final do período
116 661 416
115 291 602
1 369 814
63 229 885
Variações em disponibilidades
O anexo faz parte integrante destas demonstrações.
64
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
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Notas às demonstrações
financeiras
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Notas às demonstrações financeiras
em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
(Montantes expressos em milhares de Kwanzas – m. AKZ, excepto quando expressamente indicado)
1. NOTA INTRODUTÓRIA
O Banco de Fomento Angola, S.A. (adiante igualmente
no Banco Nacional de Angola, aplicações em instituições de
designado por “Banco” ou “BFA”), foi constituído por Escritura
crédito, aquisição de títulos ou em outros activos, para os quais
Pública de 26 de Agosto de 2002, tendo resultado da
se encontra devidamente autorizado. Presta ainda outros serviços
transformação da Sucursal de Angola do Banco BPI, S.A.
bancários e realiza diversos tipos de operações em moeda
(“Sucursal”) em banco de direito local.
estrangeira dispondo para o efeito, em 31 de Dezembro de 2010,
de uma rede nacional de 124 agências e de 19 centros de
Conforme indicado na nota 16, o BFA é detido maioritariamente
empresas / investimentos (113 agências e 14 centros de
pelo Banco BPI, S.A. (Grupo BPI). Os principais saldos e
empresas / investimentos em 31 de Dezembro de 2009).
transacções com empresas do Grupo BPI encontram-se
detalhados na nota 19.
As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2010 anexas
encontram-se pendentes de aprovação pela Assembleia Geral de
O Banco dedica-se à obtenção de recursos de terceiros sob a
Accionistas. No entanto, o Conselho de Administração admite que
forma de depósitos ou outros, os quais aplica, juntamente com os
as mesmas venham a ser aprovadas sem alterações significativas.
seus recursos próprios, na concessão de empréstimos, depósitos
Demonstrações financeiras | Notas
67
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2. BASES DE APRESENTAÇÃO E RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
2.1. BASES DE APRESENTAÇÃO
apenas à apresentação do balanço patrimonial e da
As demonstrações financeiras do Banco foram preparadas no
demonstração dos resultados, nomeadamente:
pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros
e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios
Reclassificações ao nível do balanço patrimonial:
contabilísticos consagrados no Plano Contabilístico das
i) Títulos e Valores Mobiliários
Instituições Financeiras (CONTIF), nos termos do Instrutivo n.º
O CONTIF prevê a classificação dos títulos em três categorias
9 / 2007, de 19 de Setembro, emitido pelo Banco Nacional de
distintas: disponíveis para venda, mantidos para negociação e
Angola. O CONTIF tem como objectivo a uniformização dos
mantidos até o vencimento.
registos contabilísticos e das divulgações financeiras numa
aproximação às práticas internacionais, através da convergência
Os títulos de dívida detidos pelo Banco e adquiridos a valor
dos princípios contabilísticos às Normas Internacionais de
descontado eram registados contabilisticamente de acordo com o
Relato Financeiro (IFRS – International Financial Reporting
PCIF pelo valor de reembolso (valor nominal). A diferença entre o
Standards).
custo de aquisição e o valor nominal destes títulos, que corresponde
ao desconto verificado no momento da compra, era reflectida
As demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de
contabilisticamente no passivo, sendo reconhecida como proveito
2010 e 2009 encontram-se expressas em Kwanzas, tendo os
entre a data de aquisição e a data de vencimento dos títulos.
activos e passivos denominados em outras divisas sido
convertidos para moeda nacional, com base no câmbio médio
Com a adopção do CONTIF, estes títulos foram classificados pelo
indicativo publicado pelo Banco Nacional de Angola naquelas
Banco na categoria de mantidos até o vencimento, passando a
datas. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os câmbios do
ser registados pelo custo de aquisição. A diferença entre este e o
Kwanza (AKZ) face ao Dólar dos Estados Unidos (USD) e ao
valor nominal é reconhecida contabilisticamente como proveito ao
Euro (EUR) eram os seguintes:
longo do período compreendido entre a data de compra e a data
2010
2009
1 USD =
92.643
89.398
1 EUR =
122.696
128.202
de vencimento dos títulos, na própria conta com a especificação
“Proveitos a receber”. Neste contexto, a classificação nesta
categoria não implicou o registo de ajustamentos de transição,
apenas reclassificações entre Activo e Passivo.
2.2. ADOPÇÃO PELA PRIMEIRA VEZ DO PLANO
Com a adopção do CONTIF, os instrumentos de capital detidos
CONTABILÍSTICO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS (CONTIF)
pelo Banco foram classificados na categoria de mantidos para
As demonstrações financeiras relativas ao exercício de 2010 são
negociação. Não existem diferenças no registo inicial e
as primeiras apresentadas pelo Banco de acordo com o Plano
reavaliação posterior entre os dois referenciais contabilísticos.
Contabilístico das Instituições Financeiras (CONTIF).
ii) Juros a receber e a pagar de instrumentos financeiros
O Banco re-expressou as demonstrações financeiras do exercício
Os proveitos a receber e os custos a pagar referentes aos activos
de 2009, preparadas e aprovadas de acordo com o anterior
e passivos financeiros foram reclassificados das contas de
referencial contabilístico (o Plano de Contas das Instituições
regularização do activo e passivo para as respectivas rubricas de
Financeiras, conforme definido no Instrutivo n.º 13 / 1999, de
capital.
1 de Setembro, do Banco Nacional de Angola), de modo a que
estas sejam comparáveis com as referentes ao exercício de 2010
iii) Operações cambiais
(demonstrações financeiras pro forma).
Os montantes referentes a compra de divisas anteriormente
registados em contas de regularização do activo e passivo foram
Desta forma, o Plano Contabilístico das Instituições Financeiras
reclassificados para rubricas especificas do activo e passivo
(CONTIF) foi aplicado retrospectivamente para todos os períodos
denominadas
OPERAÇÕES CAMBIAIS.
apresentados nas demonstrações financeiras. A data de transição
é 1 de Janeiro de 2009, e o Banco preparou o seu balanço de
iv) Plano Complementar de Pensões
abertura a essa data, com base nas normas em vigor em 31 de
O montante referente ao Plano Complementar de Pensões
Dezembro de 2010.
anteriormente registado na rubrica de
reclassificado para a rubrica
OUTROS PASSIVOS
foi
PROVISÕES PARA RESPONSABILIDADES
Não existiram impactos decorrentes da adopção do CONTIF nos
PROVÁVEIS COM FUNDOS DE PENSÕES DE REFORMA E DE SOBREVIVÊNCIA
fundos próprios do Banco. As alterações verificadas respeitam
PATROCINADOS.
68
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
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c) Pensões de reforma
v) Reservas
As reservas de reavaliação de imobilizado foram reclassificadas
O Banco concedeu aos seus empregados contratados localmente
entre rubricas dos fundos próprios, de
ou às suas famílias o direito a prestações pecuniárias a título de
RESERVAS
para a rubrica
reforma por velhice, invalidez e sobrevivência. Desta forma, por
RESULTADOS POTENCIAIS.
deliberação do Conselho de Administração do Banco e com
Reclassificações ao nível da demonstração dos resultados
efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2005, foi criado o “Plano
i) Resultados extraordinários
Complementar de Pensões”, o qual se consubstancia num plano
Os custos e proveitos do exercício não usuais passaram a ser
de contribuições definidas. Este plano foi constituído
registados em função das correspondentes naturezas.
inicialmente com parte do saldo da “Provisão para
Adicionalmente, verificaram-se as seguintes alterações específicas:
Responsabilidades Prováveis com Fundos de Pensões de
Reforma”, consistindo as contribuições do BFA numa
a. as recuperações de capital de crédito abatido ao activo em
percentagem fixa correspondente a 10% do salário passível de
anos anteriores e as recuperações de juros de crédito anulados
descontos para a Segurança Social de Angola, aplicada sobre
no exercício ou em exercícios anteriores foram reclassificadas
catorze salários. Ao montante das contribuições é acrescida a
para a rubrica
rentabilidade das aplicações efectuadas, líquida de eventuais
OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS;
e
impostos (nota 15). A gestão deste Plano, suas contribuições e
b. as multas e outras penalidades legais foram reclassificadas
para a rubrica
aplicações está a cargo do próprio BFA.
PENALIDADES APLICADAS POR AUTORIDADES
Por outro lado, a Lei n.º 18 / 90, de 27 de Outubro, que
REGULADORAS.
regulamenta o sistema de Segurança Social de Angola, prevê a
2.3. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
atribuição de pensões de reforma a todos os trabalhadores
a) Especialização dos exercícios
Angolanos inscritos na Segurança Social. O valor destas pensões
Os proveitos e custos são reconhecidos em função do período de
é calculado com base numa tabela proporcional ao número de
vigência das operações de acordo com o princípio da
anos de trabalho, aplicada sobre a média dos salários ilíquidos
especialização de exercícios, sendo registados à medida que são
mensais recebidos nos períodos imediatamente anteriores à data
gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou
em que o trabalhador cessar a sua actividade. De acordo com o
recebimento.
Decreto n.º 7 / 99, de 28 de Maio, as taxas de contribuição para
este sistema são de 8% para a entidade empregadora e de 3%
para os trabalhadores.
b) Transacções em moeda estrangeira
As operações em moeda estrangeira são registadas de acordo
com os princípios do sistema "multi-currency", sendo cada
d) Créditos
operação registada em função das respectivas moedas de
Os créditos são activos financeiros e são registados pelos valores
denominação. Os activos e passivos expressos em moeda
contratados, quando originados pelo Banco, ou pelos valores
estrangeira são convertidos para Kwanzas à taxa de câmbio
pagos, quando adquiridos a outras entidades.
média publicada pelo Banco Nacional de Angola à data do
balanço. Os custos e proveitos relativos a diferenças cambiais,
Os juros, comissões e outros custos e proveitos associados a
realizadas ou potenciais, são registadas na demonstração dos
operações de crédito são periodificados ao longo da vida das
resultados do exercício em que ocorrem.
operações por contrapartida de rubricas de resultados,
independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.
Posição cambial a prazo
A posição cambial a prazo corresponde ao saldo líquido das
As responsabilidades por garantias e avales são registadas em
operações a prazo a aguardar liquidação. Todos os contratos
rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos
relativos a estas operações são reavaliados às taxas de câmbio a
de juros, comissões ou outros proveitos registados em rubricas
prazo do mercado.
de resultados ao longo da vida das operações.
A diferença entre os contravalores em Kwanzas às taxas de
As operações de crédito concedido a clientes, incluindo as garantias
e avales, são submetidas à constituição de provisões de acordo com
reavaliação a prazo aplicadas, e os contravalores às taxas
contratadas, é registada nas rubricas de
OPERAÇÕES CAMBIAIS
do
o Aviso n.º 4 / 2009 de 20 de Maio, do Banco Nacional de Angola,
activo ou do passivo, por contrapartida de proveitos ou custos,
sobre a metodologia de classificação do crédito concedido a
respectivamente.
clientes e a determinação das respectivas provisões.
Demonstrações financeiras | Notas
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Provisões para crédito de liquidação duvidosa e prestação de
Nível F: Risco muito elevado
garantias
Nível G: Risco de perda
Nos termos do Aviso n.º 4 / 2009, o Banco classifica as
operações de crédito por ordem crescente de risco, de acordo
A classificação das operações de crédito a um mesmo cliente,
com as seguintes classes:
para efeitos de constituição de provisões, é efectuada na classe
que apresentar maior risco.
Nível A: Risco nulo
Nível B: Risco muito reduzido
O crédito vencido é classificado nos níveis de risco em função
Nível C: Risco reduzido
do tempo decorrido desde a data de entrada das operações em
Nível D: Risco moderado
incumprimento, sendo os níveis mínimos de provisionamento
Nível E: Risco elevado
calculados de acordo com a tabela seguinte:
Níveis de Risco
A
% de provisão
0%
1%
3%
10%
20%
50%
100%
até
15 dias
de 15
a 30 dias
de 1 a
2 meses
de 2 a
3 meses
de 3 a
5 meses
de 5 a
6 meses
mais de
6 meses
Tempo decorrido desde a
entrada em incumprimento
B
C
D
E
F
G
Para os créditos concedidos a clientes por prazo superior a dois
As operações que sejam objecto de renegociação são mantidas,
anos, o tempo decorrido desde a entrada em incumprimento é
pelo menos, no mesmo nível de risco em que estavam
considerado em dobro face ao período acima indicado.
classificadas no mês imediatamente anterior à renegociação. A
reclassificação para uma classe de risco inferior ocorre apenas
As operações de crédito sem incumprimento, que não foram
se houver uma amortização regular e significativa da operação.
registadas como crédito vencido, são classificadas com base nos
Os ganhos ou proveitos resultantes da renegociação só são
seguintes critérios definidos pelo Banco:
registados quando do seu efectivo recebimento.
䊏
Classe A: créditos com garantia de contas bancárias cativas
O Banco procede à anulação de juros vencidos superiores a 60
junto do BFA e / ou títulos do Estado (Obrigações e Bilhetes do
dias, bem como não reconhece juros a partir dessa data até ao
Tesouro, e Títulos do Banco Central), cujo total das garantias
momento em que o cliente regularize a situação.
recebidas seja igual ou superior ao valor das responsabilidades;
e) Reserva de actualização monetária dos fundos próprios
䊏
Classe B: créditos com garantia de contas bancárias cativas
Nos termos do Aviso n.º 2 / 2009, de 8 de Maio, do Banco
junto do BFA e / ou títulos do Estado (Obrigações e Bilhetes do
Nacional de Angola sobre actualização monetária, as instituições
Tesouro, e Títulos do Banco Central), cujo total das garantias
financeiras devem, em caso de existência de inflação, considerar
recebidas seja superior a 75% e inferior a 100% do valor das
mensalmente os efeitos da modificação no poder de compra da
responsabilidades; e
moeda nacional, com base na aplicação do Índice de Preços ao
Consumidor aos saldos de capital, reservas e resultados
䊏
Classe C: restantes créditos incluindo operações com outro tipo
transitados. As demonstrações financeiras de uma entidade cuja
de garantias reais e operações apenas com garantia pessoal.
moeda funcional seja a moeda de uma economia
hiper-inflacionária devem ser expressas em termos da unidade
Seis meses após a classificação de uma operação na Classe G, o
de mensuração corrente à data do balanço. A hiperinflação é
Banco abate esse crédito ao activo pela utilização da respectiva
indicada pelas características do ambiente económico de um
provisão (transferência do crédito para prejuízo). Adicionalmente,
país que inclui, mas sem limitar, as seguintes situações:
estes créditos permanecem registados numa rubrica
extrapatrimonial por um prazo mínimo de dez anos.
i. A população em geral prefere guardar a sua riqueza em activos
não monetários ou em moeda estrangeira relativamente
As provisões para crédito concedido são classificadas no activo a
estável. As quantias da moeda local detidas são
crédito, na rubrica
imediatamente investidas para manter o poder de compra;
PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA
(nota 8) e as provisões para garantias e avales prestados e
créditos documentários de importação não garantidos à data do
balanço são apresentadas no passivo, na rubrica
PROVISÕES PARA
RESPONSABILIDADES PROVÁVEIS NA PRESTAÇÃO DE GARANTIAS
70
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
(nota 15).
ii. A população em geral vê as quantias monetárias em termos
de moeda estrangeira estável. Os preços podem ser cotados
nessa moeda;
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iii. As vendas e compras a crédito têm lugar a preços que
A depreciação é calculada pelo método das quotas constantes às
compensem a perda esperada do poder de compra durante o
taxas máximas fiscalmente aceites como custo, de acordo com o
período do crédito, mesmo que o período seja curto;
Código do Imposto Industrial, que correspondem aos seguintes
anos de vida útil estimada:
iv. As taxas de juro, salários e preços estão ligados a um índice
Anos de vida útil
de preços; e
v. A taxa acumulada de inflação durante 3 anos aproxima-se, ou
Imóveis de serviço próprio (Edifícios)
50
Obras em edifícios arrendados
10
Equipamento
excede 100%.
Mobiliário e material
10
Equipamento informático
O valor resultante da actualização monetária deve ser reflectido
mensalmente, a débito na conta de “Resultado da Actualização
Monetária” da demonstração de resultados, por contrapartida do
6
Instalações interiores
10
Material de transporte
3
Máquinas e ferramentas
6e7
aumento dos saldos de fundos próprios, com excepção da
rubrica
CAPITAL
SOCIAL, que deve ser classificada numa rubrica
específica (RESERVA
DE ACTUALIZAÇÃO MONETÁRIA DO CAPITAL SOCIAL)
que só pode ser utilizada para posterior aumento de capital.
g) Imobilizações financeiras
Participações em Coligadas e Equiparadas
Esta rubrica inclui as participações em empresas em que o
Banco detém, directa ou indirectamente, uma percentagem igual
Nos exercícios de 2010 e 2009, o Banco não procedeu à
ou superior a 10% do respectivo capital votante (empresa
actualização do capital, reservas e resultados transitados, em
coligada ou equiparada).
virtude de Angola ter deixado de ser considerada uma economia
hiper-inflacionária.
Estes activos são registados pelo método da equivalência
patrimonial. De acordo com este método, as participações são
f) Imobilizações incorpóreas e corpóreas
As imobilizações incorpóreas, que correspondem principalmente
a trespasses, despesas de constituição e software informático,
são registadas ao custo de aquisição e amortizadas linearmente
inicialmente valorizadas pelo custo de aquisição, o qual é
posteriormente ajustado com base na percentagem efectiva do
Banco nas variações do capital próprio (incluindo resultados) das
coligadas ou equiparadas.
ao longo de um período de três anos.
As imobilizações corpóreas são registadas ao custo de aquisição,
sendo permitida a sua reavaliação ao abrigo das disposições
legais aplicáveis.
Nos termos do Aviso n.º 2 / 2009, de 8 de Maio, do Banco
Nacional de Angola sobre actualização monetária, o qual revogou o
Aviso n.º 10 / 2007, de 26 de Setembro, as instituições financeiras
devem, em caso de existência de inflação, actualizar mensalmente
o imobilizado com base no Índice de Preços ao Consumidor.
Participações em Outras Sociedades
Esta rubrica inclui as participações em empresas em que o
Banco detém, directa ou indirectamente, uma percentagem
inferior a 10% do respectivo capital votante.
Estes activos são registados pelo custo de aquisição, deduzido
da provisão para perdas.
h) Carteira de títulos
Atendendo às características dos títulos e à intenção quando da
O valor resultante da actualização monetária deve ser reflectido
mensalmente a crédito numa conta de resultados, por
contrapartida das rubricas de valor bruto e amortizações
sua aquisição, estes são classificados numa das seguintes
categorias: mantidos até o vencimento, mantidos para
negociação e disponíveis para venda.
acumuladas do imobilizado.
Títulos mantidos até o vencimento
Em 2010 e 2009 o Banco não procedeu à actualização do
Esta classificação compreende os títulos para os quais o Banco
imobilizado, em virtude de Angola ter deixado de ser
tem a intenção e capacidade financeira para a sua manutenção
considerada uma economia hiper-inflacionária.
até à respectiva data de vencimento.
Uma percentagem equivalente a 30% do aumento das
Os títulos classificados nesta rubrica encontram-se valorizados
amortizações que resulta das reavaliações efectuadas não é
pelo seu custo de aquisição, acrescido dos rendimentos
aceite como custo para efeitos fiscais.
auferidos pela fluência dos seus prazos (incluindo periodificação
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do juro e do prémio / desconto por contrapartida de resultados),
Os títulos mantidos para negociação são reconhecidos inicialmente
reconhecendo o Banco eventuais lucros ou prejuízos apurados na
ao custo de aquisição, incluindo custos directamente atribuíveis à
data do vencimento pela diferença entre o valor recebido nessa
aquisição do activo. Posteriormente, são valorizados ao justo valor,
data e o respectivo valor contabilístico.
sendo o respectivo proveito ou custo proveniente da valorização
reconhecido em resultados do exercício.
Os Títulos do Banco Central e os Bilhetes do Tesouro são
emitidos a valor descontado e registados pelo custo de
Títulos disponíveis para venda
aquisição. A diferença entre este e o valor nominal, que constitui
São considerados títulos disponíveis para venda os títulos
a remuneração do Banco, é reconhecida contabilisticamente
passíveis de serem eventualmente negociados e que não se
como proveito ao longo do período compreendido entre a data de
enquadrem nas demais categorias.
compra e a data de vencimento dos títulos, na própria conta
São registados, no momento inicial, ao custo de aquisição,
com a especificação “Proveitos a receber”.
sendo posteriormente valorizados ao justo valor. As variações do
As Obrigações do Tesouro adquiridas a valor descontado são
justo valor são registadas por contrapartida de fundos próprios,
registadas pelo custo de aquisição. A diferença entre o custo de
na rubrica
aquisição e o valor nominal destes títulos, que corresponde ao
ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA,
desconto verificado no momento da compra, é acrescida
reconhecidas em resultados do exercício quando da venda
durante o período de vida do título com a especificação
definitiva do activo.
RESULTADOS POTENCIAIS
–
AJUSTES AO VALOR JUSTO EM
sendo as valias
“Proveitos a receber”. Os juros decorridos relativos a estes
títulos são igualmente contabilizados com a especificação
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o
proveitos a receber.
Banco não classificou títulos nesta categoria.
As Obrigações do Tesouro emitidas em moeda nacional
Valor de mercado
indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos estão
A metodologia de apuramento do valor de mercado (justo valor)
sujeitas a actualização cambial. O resultado da actualização
dos títulos utilizada pelo Banco é conforme segue:
cambial é reflectido na demonstração dos resultados do
exercício em que ocorre. O resultado da actualização cambial
do valor nominal do título é reflectido na rubrica rESULTADOS
OPERAÇÕES CAMBIAIS
DE
e o resultado da actualização cambial do
desconto e do juro corrido é reflectido na rubrica
i) Preço médio de negociação no dia do apuramento ou, quando
não disponível, o preço médio de negociação no dia útil
anterior;
PROVEITOS DE
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS.
ii) Valor líquido provável de realização obtido mediante adopção
de técnica ou modelo interno de valorização;
As Obrigações do Tesouro emitidas em moeda nacional
indexadas ao índice de Preços do Consumidor estão sujeitas a
iii) Preço de instrumento financeiro semelhante, levando em
actualização do valor nominal do título de acordo com a
consideração, no mínimo, os prazos de pagamento e
variação do referido índice. Deste modo, o resultado da
vencimento, o risco de crédito e a moeda ou indexador; e
referida actualização do valor nominal do título e do juro
corrido é reflectido na demonstração dos resultados do
exercício em que ocorre, na rubrica
iv) Preço definido pelo Banco Nacional de Angola.
PROVEITOS DE TÍTULOS E
VALORES MOBILIÁRIOS.
No caso de títulos para os quais não existe cotação em mercado
activo com transacções regulares e que têm maturidades
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a totalidade da carteira
reduzidas, os mesmos são valorizados com base no custo de
de títulos mantidos até o vencimento do Banco é relativa a
aquisição por se entender que reflecte a melhor aproximação ao
dívida emitida pelo Estado Angolano e pelo Banco Nacional de
seu valor de mercado.
Angola.
Classificação em classes de risco
Títulos mantidos para negociação
O Banco classifica os títulos e valores mobiliários, em ordem
São considerados títulos mantidos para negociação os títulos
crescente de riscos, nos seguintes níveis, sendo observados os
adquiridos com o objectivo de serem activa e frequentemente
mesmos critérios de provisionamento definidos pelo CONTIF
negociados.
para a carteira de crédito:
72
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
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Nível A: Risco nulo
dedutíveis ou de reporte de prejuízos fiscais. Adicionalmente,
Nível B: Risco muito reduzido
não são registados activos fiscais diferidos nos casos em que a
Nível C: Risco reduzido
sua recuperabilidade possa ser questionável devido a outras
Nível D: Risco moderado
situações, incluindo questões de interpretação da legislação
Nível E: Risco elevado
fiscal em vigor.
Nível F: Risco muito elevado
Nível G: Risco de perda
Apesar disto, não são registados activos ou passivos fiscais
diferidos relativos a diferenças temporárias originadas no
O Banco classifica os títulos de dívida do Estado Angolano e do
reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que
Banco Nacional de Angola no Nível A.
não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável.
Operações de venda de títulos com acordo de recompra
j) Provisões e contingências
Os títulos cedidos a clientes com acordo de recompra permanecem
Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação
registados na carteira de títulos do Banco, sendo registados no
presente (legal ou não formalizada) resultante de eventos
passivo na rubrica OPERAÇÕES DE VENDA DE TÍTULOS DE TERCEIROS COM
passados relativamente à qual seja provável o futuro dispêndio
ACORDO DE RECOMPRA
(nota 12). Quando estes títulos são
de recursos, e este possa ser determinado com fiabilidade. O
comercializados com juros antecipados, a diferença entre o valor de
montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a
recompra contratado e o respectivo valor de venda é registada na
desembolsar para liquidar a responsabilidade na data do
mesma rubrica, com a especificação “Custos a pagar”.
balanço.
i) Imposto sobre lucros
Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se
O Banco encontra-se sujeito a tributação em sede de Imposto
de uma contingência passiva. As contingências passivas são
Industrial, sendo considerado fiscalmente um contribuinte do
apenas objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da
Grupo A. A tributação dos seus rendimentos é efectuada nos
sua concretização seja remota.
termos dos números 1 e 2 do Artigo 72º, da Lei n.º 18 / 92, de
3 de Julho, sendo a taxa de imposto aplicável de 35%, na
k) Instrumentos financeiros derivados
sequência da Lei n.º 5 / 99, de 6 de Agosto (notas 14 e 18).
O Banco realiza operações de instrumentos financeiros derivados
no âmbito da sua actividade, gerindo posições próprias com base
Imposto corrente
em expectativas de evolução dos mercados ou satisfazendo as
O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável do
necessidades dos seus clientes.
exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a
ajustamentos à matéria colectável resultantes de custos ou
Todos os instrumentos derivados são registados ao valor de
proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas
mercado e as variações de valor reconhecidas em resultados.
serão considerados noutros períodos contabilísticos.
As transacções de derivados financeiros são efectuadas em
Imposto diferido
mercados de balcão (OTC – Over-the-counter) e em mercados
O total dos impostos sobre lucros registados em resultados
organizados (especialmente bolsas de valores). A maioria dos
engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.
derivados de mercado de balcão é transaccionada em mercados
activos, sendo a respectiva valorização calculada com base em
Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a
métodos geralmente aceites (actualização de fluxos de caixa,
recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças
modelo Black-Scholes, etc) e preços de mercado para activos
temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço
similares. O valor obtido é ajustado em função da liquidez e do
dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na
risco de crédito.
determinação do lucro tributável.
Os derivados são também registados em contas extrapatrimoniais
Os passivos fiscais diferidos são normalmente registados para
pelo seu valor de referência (valor nocional).
todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os
activos fiscais diferidos só são reconhecidos até ao montante em
Os instrumentos financeiros derivados são classificados como de
que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que
cobertura (hedge) ou de especulação e arbitragem, conforme a
permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias
sua finalidade.
Demonstrações financeiras | Notas
73
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 74
3. DISPONIBILIDADES
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição:
2010
2009
(pro forma)
7 651 480
6 928 424
2 985 308
6 550 001
Caixa
Notas e moedas nacionais
Notas e moedas estrangeiras
Em Dólares dos Estados Unidos
Em outras divisas
463 128
793 444
11 099 916
14 271 869
Disponibilidades no Banco Central
Depósitos à ordem no Banco Nacional de Angola (BNA)
Em moeda nacional
45 367 174
57 942 130
Em Dólares dos Estados Unidos
48 073 379
35 759 200
93 440 553
93 701 330
Sede
875 723
1 018 511
Sucursal de Madrid
785 758
896 714
Cartão de crédito – VISA
774 266
1 004 348
BPI Aquiring
142 653
-
1 429
46
Disponibilidades em Instituições Financeiras no estrangeiro
Depósitos à ordem
Banco BPI, S.A. (nota 19)
Serviço Western Union
Outras instituições de crédito
Cheques a cobrar – no país
7 773 264
4 253 891
10 353 093
7 173 510
1 767 854
144 893
116 661 416
115 291 602
Os depósitos à ordem no BNA em moeda nacional e moeda
Em 31 de Dezembro de 2009, as reservas obrigatórias eram
estrangeira visam cumprir as disposições em vigor de
apuradas nos termos do disposto do Instrutivo n.º 8 / 2009, de
manutenção de reservas obrigatórias e não são remunerados.
21 Maio. De acordo com este instrutivo, quando esgotadas as
disponibilidades em moeda nacional, incluindo os respectivos
As reservas obrigatórias são apuradas actualmente nos termos do
títulos eram, complementarmente, elegíveis para o cumprimento
disposto do Instrutivo n.º 03 / 2010, de 4 de Junho, e são
da reserva obrigatória, o saldo de fecho diário dos depósitos em
constituídas em moeda nacional e em moeda estrangeira, em
moeda estrangeira efectuados pelo Banco na sua conta junto do
função da respectiva denominação dos passivos que constituem
BNA, podendo igualmente uma componente de até um terço
a sua base de incidência.
desse complemento ser realizável através da carteira própria de
Títulos do Banco Central ou de Títulos da Dívida Pública em
Em 31 de Dezembro de 2010, a exigibilidade de manutenção de
reservas obrigatórias é apurada através da aplicação de um
coeficiente de 25% sobre os passivos elegíveis em moeda
nacional, e de um coeficiente de 15% sobre os passivos
elegíveis em moeda estrangeira.
74
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
moeda estrangeira.
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 75
4. APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição:
Moeda estrangeira
Moeda nacional
2010
2009 (pro forma)
2010
2009 (pro forma)
Em Dólares dos Estados Unidos
456 683 963
254 428 174
42 308 573
22 745 354
Em Euros
117 000 000
98 000 000
14 355 432
12 563 796
7 700 000
4 500 000
1 107 121
639 626
-
15 000 000
-
186 030
57 771 126
36 134 806
Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro
Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro
Banco BPI, S.A. (nota 19)
Em Libras Esterlinas
Em Coroas Suecas
Outras instituições de crédito
Em Dólares dos Estados Unidos
Proveitos a receber
-
5 000 000
-
446 990
57 771 126
36 581 796
9 064
4 166
57 780 190
36 585 962
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as operações no Mercado Monetário Interfinanceiro apresentavam a seguinte estrutura, por
prazos residuais de vencimento:
Até três meses
De três meses a um ano
2010
2009
57 780 190
36 381 568
-
204 394
57 780 190
36 585 962
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as operações no Mercado Monetário Interfinanceiro venciam juros às seguintes taxas médias anuais:
2010
2009
Em Dólares dos Estados Unidos
0.46%
0.29%
Em Euros
0.55%
0.40%
Em Libras Esterlinas
0.53%
0.50%
n.a.
0.05%
Em Coroas Suecas
Demonstrações financeiras | Notas
75
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 76
5. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
TÍTULOS MANTIDOS ATÉ O VENCIMENTO
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2010
Nível de
risco
País
Moeda
Valor
nominal
Custo de
Prémio /
Aquisição desconto corrido
Juros
corridos
Valor de ImpariTaxa de
balanço
dade juro média
Títulos de dívida
Bilhetes do Tesouro
A
Angola
AKZ
18 505 142
16 274 115
134 933
-
16 409 048
-
12.09%
Títulos do Banco Central
A
Angola
AKZ
96 100 638
82 718 726
6 668 928
-
89 387 654
-
16.50%
Indexadas à taxa de câmbio
do Dólar dos Estados Unidos
A
Angola
AKZ
87 875 074
83 458 995
2 623 304
951 755
87 034 054
-
6.43%
Indexadas ao Índice de
Preços do Consumidor
A
Angola
AKZ
19 136 300
19 136 300
-
166 632
19 302 932
-
3.24%
A
Angola
USD
38 246 736
37 940 012
191 033
278 227
38 409 272
-
3.88%
259 863 890 239 528 148
9 618 198
1 396 614 250 542 960
-
Obrigações do Tesouro em
moeda nacional
Obrigações do Tesouro
em moeda estrangeira
2009 (pro forma)
Nível de
risco
País
Moeda
Valor
nominal
Custo de
Prémio /
Aquisição desconto corrido
Juros
corridos
Valor de ImpariTaxa de
balanço
dade juro média
Títulos de dívida
Bilhetes do Tesouro
A
Angola
AKZ
38 466 391
36 372 832
1 146 783
-
37 519 615
-
13.32%
Títulos do Banco Central
A
Angola
AKZ
14 500 000
13 767 292
362 093
-
14 129 385
-
17.89%
Indexadas à taxa de câmbio
do Dólar dos Estados Unidos
A
Angola
AKZ
90 478 046
85 079 494
2 224 313
1 038 796
88 342 603
-
6.72%
Indexadas ao Índice de
Preços do Consumidor
A
Angola
AKZ
23 632 568
23 632 568
-
177 940
23 810 508
-
2.87%
A
Angola
USD
38 122 883
37 792 024
144 453
287 608
38 224 085
-
4.27%
205 199 888 196 644 210
3 877 642
1 504 344 202 026 196
-
Obrigações do Tesouro em
moeda nacional
Obrigações do Tesouro
em moeda estrangeira
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a distribuição dos títulos de dívida por indexante é a seguinte:
Valor de balanço
2010
2009 (pro forma)
Taxa fixa
Libor 6 meses
Total
Taxa fixa
Libor 6 meses
Total
Bilhetes do Tesouro
16 409 048
-
16 409 048
37 519 615
-
37 519 615
Títulos do Banco Central
89 387 654
-
89 387 654
14 129 385
-
14 129 385
Indexadas à taxa de câmbio do
Dólar dos Estados Unidos
29 121 354
57 912 700
87 034 054
31 828 386
56 514 217
88 342 603
Indexadas ao índice de Preços do Consumidor
19 302 932
-
19 302 932
23 810 508
-
23 810 508
Títulos de dívida
Obrigações do Tesouro em moeda nacional
Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira
76
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
-
38 409 272
38 409 272
-
38 224 085
38 224 085
154 220 988
96 321 972
250 542 960
107 287 894
94 738 302
202 026 196
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Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os títulos mantidos até o vencimento apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os
prazos residuais de vencimento:
2010
2009
Até três meses
34 468 437
43 425 796
De três a seis meses
43 231 403
11 752 180
De seis meses a um ano
58 155 091
16 159 134
De um a três anos
84 733 259
104 673 377
De três a cinco anos
11 318 475
8 024 567
Superior a cinco anos
18 636 295
17 991 142
250 542 960
202 026 196
Activo corrente
Activo não corrente
TÍTULOS MANTIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a composição dos títulos mantidos para negociação é apresentada como segue:
2010
2009 (pro forma)
8 921 366
-
Títulos de dívida
Bilhetes do Tesouro
Títulos de capital
Acções - Visa Incl. – Class C (Série I)
22 651
27 162
8 944 017
27 162
Em 31 de Dezembro de 2010, o Banco detém Bilhetes do
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a carteira de títulos de
Tesouro emitidos pelo Estado Angolano (nível de risco A –
capital mantidos para negociação respeita a 3 474 acções Class
Nulo), para transaccionar em mercado secundário com outros
C (Série I) da Visa Inc. Estes títulos são valorizados de acordo
bancos ou com os seus clientes. Os Bilhetes do Tesouro estão
com a respectiva cotação em mercado activo.
registados pelo respectivo valor de aquisição, por se entender
que reflecte a melhor aproximação ao seu valor de mercado,
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 as
uma vez que não existe uma cotação em mercado activo com
variações de valor destes títulos encontram-se registadas na
transacções regulares e as maturidades destes títulos são curtas
rubrica de
(seis meses ou um ano).
demonstração de resultados.
RESULTADOS DE NEGOCIAÇÕES E AJUSTES AO VALOR JUSTO
Demonstrações financeiras | Notas
da
77
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 78
6. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
Em 31 de Dezembro de 2009, os instrumentos financeiros derivados têm a seguinte composição:
Valor nocional1
Euros
Valor de balanço
m. AKZ
Activo
Passivo
Mercado de balcão
Instituições financeiras
Especulação e arbitragem
Forwards cambiais
Banco BPI, S.A. (nota 19)
Outras instituições financeiras
4 500 000
576 909
-
(2 808)
14 000 000
1 794 828
2 526
(30 958)
18 500 000
2 371 737
2 526
(33 766)
1) Considerando apenas valores activos.
Em 31 de Dezembro de 2010 o Banco não mantém operações
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 as
de instrumentos financeiros derivados.
variações de valor destes instrumentos financeiros derivados
encontram-se registadas nas rubricas de
Durante o exercício de 2009, o Banco realizou forwards
INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
cambiais com clientes e com outras instituições financeiras. As
FINANCEIROS DERIVADOS
e
PROVEITOS DE
CUSTOS DE INSTRUMENTOS
da demonstração de resultados.
operações registadas em balanço em 31 de Dezembro de 2009
tiveram vencimento durante o mês de Janeiro de 2010, e foram
realizadas com outras instituições financeiras.
7. OPERAÇÕES CAMBIAIS
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição:
2010
2009 (pro forma)
Operações cambiais
Proveitos por compra e venda de moedas estrangeiras a receber
Custos por compra e venda de moedas estrangeiras a pagar
78
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
1 435 543
3 059 445
(1 443 395)
(3 094 810)
(7 852)
(35 365)
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8. CRÉDITOS
Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2010
2009 (pro forma)
Em moeda nacional
1 694 925
2 723 793
Em moeda estrangeira
1 778 149
66 894
Crédito interno
Descobertos em depósitos à ordem
Outros créditos
Em moeda nacional
15 297 068
5 104 902
Em moeda estrangeira
67 120 581
61 563 770
Empréstimos
Em moeda nacional
14 297 530
11 640 295
Em moeda estrangeira
44 275 415
78 844 443
144 463 668
159 944 097
Crédito ao exterior
Total de crédito vincendo
3 632 486
4 798
148 096 154
159 948 895
Crédito e juros vencidos
Capital e juros
Total de crédito concedido
Proveitos a receber de crédito concedido
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
6 153 025
4 093 497
154 249 179
164 042 392
1 315 436
792 553
155 564 615
164 834 945
(9 651 421)
(8 966 622)
145 913 194
155 868 323
Em 31 de Dezembro de 2010, o crédito concedido a clientes vencia juros à taxa média anual de 22.43% para o crédito concedido em
moeda nacional e de 8.35% para o crédito concedido em moeda estrangeira, respectivamente (16.58% em moeda nacional e 7.46%
em moeda estrangeira em 31 de Dezembro de 2009).
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o prazo residual do crédito vincendo, incluindo proveitos a receber, apresentava a seguinte estrutura:
2010
2009
Até um ano
54 936 254
50 910 579
De um a três anos
33 793 660
47 636 926
De três a cinco anos
25 971 908
28 494 759
Mais de cinco anos
34 709 768
33 699 184
149 411 590
160 741 448
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o detalhe do crédito, incluindo proveitos a receber, por moeda apresentava a seguinte estrutura:
Dólares dos Estados Unidos
Kwanzas
Euros
Outras moedas
2010
2009
119 372 242
144 060 843
34 802 043
18 338 208
1 371 411
2 404 234
18 919
31 660
155 564 615
164 834 945
Demonstrações financeiras | Notas
79
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 80
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a carteira de crédito, excluindo proveitos a receber, apresentava a seguinte estrutura, por tipo de
tomador e modalidade operacional:
2010
Vivo
Vencido
2009
Total
Vivo
Vencido
Total
35 323 074
Empresas
Empréstimos
32 329 811
1 414 100
33 743 911
34 439 570
883 504
Financiamentos
67 995 621
3 739 479
71 735 100
70 670 962
2 475 597
73 146 559
100 325 432
5 153 579
105 479 011
105 110 532
3 359 101
108 469 633
Particulares
Empréstimos
25 115 357
887 604
26 002 961
30 485 972
623 961
31 109 933
Financiamentos
22 655 365
111 842
22 767 207
24 352 391
110 435
24 462 826
Total
47 770 722
999 446
48 770 168
54 838 363
734 396
55 572 759
148 096 154
6 153 025
154 249 179
159 948 895
4 093 497
164 042 392
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a carteira de crédito, excluindo proveitos a receber, apresentava a seguinte distribuição por indexante:
Taxa variável – Indexantes
Ano
Taxa fixa
Total
Euribor 6M
Libor 3M
Libor 6M
Subtotal
2010
126 571 810
12 854
1 876 021
25 788 494
27 677 369
154 249 179
2009
124 840 535
183 352
2 302 557
36 715 948
39 201 857
164 042 392
80
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
56 352 653
Particulares
148 096 154
10 927 190
Total
10 731 523
Outros sectores
603 494
8 566 819
933
Outras empresas de serviços
Bancos e Seguros
Transportes, armazenagem e comunicações
Alojamento e restauração
28 229 665
404 526
Produção e distribuição de
elecricidade, gás e água
Comércio por grosso e retalho
7 638 782
Industrias transformadoras
17 060 176
1 784 372
Industrias extractivas
Construção
5 796 021
Agricultura, Silvicultura e Pesca
Crédito vivo
23 697 926
9 025
1 201 387
711 582
2 068 029
4 295 531
-
2 671 113
8 524 747
123 412
4 052 737
35 047
5 316
Garantias e Créd.
Document. (nota 17)
2010
171 794 080
56 361 678
12 128 577
11 443 105
2 671 523
12 862 350
933
30 900 778
25 584 923
527 938
11 691 519
1 819 419
5 801 337
Total
100.00%
32.81%
7.06%
6.66%
1.56%
7.49%
0.00%
17.99%
14.89%
0.31%
6.81%
1.06%
3.38%
%
159 948 895
49 944 787
8 447 795
16 313 399
455 045
12 766 289
-
33 700 207
24 758 031
445 015
8 049 046
2 536 540
2 532 741
Crédito vivo
27 965 756
7 695
693 579
1 443 903
115 252
4 086 558
-
3 825 137
11 360 198
144 480
6 191 457
69 432
28 065
Garantias e Créd.
Document. (nota 17)
2009
187 914 651
49 952 482
9 141 374
17 757 302
570 297
16 852 847
-
37 525 344
36 118 229
589 495
14 240 503
2 605 972
2 560 806
Total
100.00%
26.58%
4.86%
9.45%
0.30%
8.97%
0.00%
19.97%
19.22%
0.31%
7.58%
1.39%
1.36%
%
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a composição da carteira de crédito (excluindo crédito vencido), garantias e créditos documentários por sectores de actividade económica é a seguinte:
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 81
Demonstrações financeiras | Notas
81
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 82
Apresenta-se de seguida a metodologia de apuramento da provisão para créditos de liquidação duvidosa em 31 de Dezembro de 2010 e
2009, nos termos do normativo aplicável na respectiva data de referência (nota 2.3 d)):
2010
Crédito
vincendo
Crédito
vencido
Total
Taxa de
provisão
Provisão
Classe A
9 789 614
1 443
9 791 057
0%
-
Classe B
426 372
1 356
427 728
1%
4 277
Classe C
129 708 034
448 259
130 156 293
3%
3 904 498
Classe D
1 368 474
231 827
1 600 301
10%
160 030
Classe E
2 889 501
1 569 295
4 458 796
20%
891 759
Classe F
3 313 923
2 934 371
6 248 294
50%
3 124 147
100%
Classe G
600 236
966 474
1 566 710
148 096 154
6 153 025
154 249 179
1 566 710
9 651 421
2009
Crédito
vincendo
Crédito
vencido
Total
Taxa de
provisão
Provisão
Classe A
3 565 996
2 370
3 568 366
0%
-
Classe B
208 443
1 324
209 767
1%
2 098
4 547 590
Classe C
150 773 620
823 273
151 596 893
3%
Classe D
727 987
180 337
908 324
10%
90 832
Classe E
988 639
492 740
1 481 379
20%
296 276
Classe F
2 732 983
1 762 691
4 495 674
50%
2 247 837
Classe G
951 227
830 762
1 781 989
100%
1 781 989
159 948 895
4 093 497
164 042 392
8 966 622
O movimento nas provisões para créditos de liquidação duvidosa nos exercícios de 2010 e 2009 é apresentado na nota 15.
O movimento na matriz de migração do risco dos tomadores de crédito entre 31 de Dezembro de 2009 e 2010 é apresentado como segue:
Dez. 10
Nível de Risco
A
Dez. 09
B
C
D
E
F
G
Abatidos
ao activo
Total
Distribuição da
carteira em
31-12-2009
3 568 366
Liquidações /
amortizações
A
33.02%
5.46%
12.47%
0.00%
0.00%
0.00%
0.01%
0.00%
49.04%
2.18%
B
51.75%
0.00%
0.00%
0.00%
0.00%
0.00%
1.07%
0.00%
47.18%
0.13%
209 767
C
0.23%
0.00%
67.88%
0.94%
2.07%
1.13%
0.32%
0.34%
27.09%
92.40%
151 596 893
D
0.00%
0.00%
14.65%
2.99%
3.09%
22.25%
23.16%
9.36%
24.50%
0.55%
908 324
E
0.00%
0.00%
9.89%
0.77%
2.83%
9.90%
19.22%
23.07%
34.32%
0.90%
1 481 379
F
0.00%
0.00%
0.08%
0.32%
11.18%
67.78%
3.06%
15.25%
2.33%
2.74%
4 495 674
G
0.00%
0.00%
0.60%
0.01%
4.60%
31.39%
18.09%
37.32%
7.99%
1.09%
1 781 989
Total
0.99%
0.12%
63.18%
0.90%
2.31%
3.46%
0.88%
1.40%
Distribuição da carteira
de 31-12-09
1 626 672
em 31-12-10
194 474 103 646 098 1 472 274 3 794 859 5 668 324 1 436 091 2 289 004
26.77% 100.00%
43 914 594
164 042 392
A análise da matriz de migração mostra que do total dos créditos em 31 de Dezembro de 2009, no montante de 164 042 392 m. AKZ,
65.54% não sofreram mudança de nível. As movimentações entre os níveis de risco indicam também que 1.17% dos créditos diminuíram
de nível de risco, 5.12% migraram para níveis mais arriscados e 1.40% foram abatidos ao activo (transferências para prejuízo).
Mantidos no nível
82
Transitaram para outros níveis
Em dívida
Liquidações / amortizações
Mais gravosos
65.54%
26.77%
5.12%
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
Menos gravosos Abatidos ao activo
1.17%
1.40%
Total
100.00%
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 83
Os créditos classificados nos níveis E, F e G, que representam
essencialmente nos níveis E, F e G (23.07%, 15.25% e
4.73% do total dos créditos em 31 de Dezembro de 2009, foram
37.32%, respectivamente, dos saldos iniciais destas classes em
os que mais se deterioraram no período em termos relativos, com
31 de Dezembro de 2009).
migração dos seus montantes iniciais para níveis de maior risco,
incluindo abates ao activo, de 52.19%, 18.31% e 37.32%,
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a distribuição dos créditos
respectivamente. Os abates de créditos ao activo ocorreram
por antiguidade de atraso apresenta o seguinte detalhe:
2010
Classe de risco
2009
Sem atraso
Atraso igual ou
inferior a 60 dias
Atraso superior
a 60 dias
Total
Sem atraso
Atraso igual ou
inferior a 60 dias
Atraso superior
a 60 dias
Total
A
9 679 603
B
414 768
111 392
62
9 791 057
2 958 190
327 730
282 446
3 568 366
6 355
6 605
427 728
147 582
28 750
33 435
C
118 880 807
209 767
8 503 974
2 771 512
130 156 293
109 854 797
26 484 610
15 257 486
151 596 893
D
1 028 297
59 976
512 028
1 600 301
137 243
83 195
687 886
908 324
E
558 328
180 517
3 719 951
4 458 796
195 336
62 519
1 223 524
1 481 379
F
990 804
3 581
5 253 909
6 248 294
973 377
139 032
3 383 265
4 495 674
G
66 603
53 194
1 446 913
1 566 710
12 283
458 526
1 311 180
1 781 989
131 619 210
8 918 989
13 710 980
154 249 179
114 278 808
27 584 362
22 179 222
164 042 392
Foram consideradas como operações de crédito renegociado as
No contínuo desenvolvimento dos sistemas de informação e da
operações cujas condições e garantias foram renegociadas em
análise de risco de crédito têm vindo a ser identificadas as
virtude da degradação do risco de crédito ou de incumprimento.
operações de crédito renegociadas. Até ao momento, foram
identificados os seguintes clientes com operações renegociadas,
com referência a 31 de Dezembro de 2010 e 2009:
2010
Crédito
Empresas
Particulares
Provisões
Saldo líquido
13 803 847
(1 343 715)
12 460 132
360 578
(47 263)
313 315
14 164 425
(1 390 978)
12 773 447
Provisões
Saldo líquido
14 279 153
Vivo
Vencido
Total
12 686 054
1 117 793
313 775
46 803
12 999 829
1 164 596
2009
Crédito
Empresas
Particulares
Vivo
Vencido
Total
14 640 097
355 234
14 995 331
(716 178)
151 446
38 192
189 638
(51 587)
138 051
14 791 543
393 426
15 184 969
(767 765)
14 417 204
Nota:
– Os montantes apresentados em 2009 são referentes apenas a clientes com operações reestruturadas no exercício de 2009.
– Os montantes apresentados em 2010 são referentes a clientes com operações de crédito reestruturadas nos exercícios de 2010 e / ou 2009.
Nos exercícios de 2010 e 2009 o Banco procedeu ao abate de
créditos ao activo (write-offs) no montante de 2 525 881 m. AKZ
e 1 289 782 m. AKZ, respectivamente (nota 15).
Nestes exercícios, verificaram-se as seguintes recuperações de
crédito e juros anteriormente anulados ou abatidos ao activo:
Recuperações (nota 28)
2010
2009
Capital
334 985
329 690
Juro
281 181
188 173
616 166
517 863
Demonstrações financeiras | Notas
83
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 84
9. OUTROS VALORES
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição:
2010
2009 (pro forma)
415 803
369 145
Outros Valores de Natureza Cível
Devedores diversos
Sector público administrativo
Sector privado – empresas
40 079
33 220
Sector privado – particulares
23 820
42 512
Sector privado – trabalhadores
Outros
6 984
6 142
22 434
21 840
509 120
472 859
176 210
101 772
5 007
27 730
Outros Valores de Natureza Administrativa e de Comercialização
Despesas antecipadas
Rendas e alugueres
Seguros
Outras
Material de expediente
651
-
181 868
129 502
70 330
33 007
Outros adiantamentos
Falhas de caixa
Operações activas a regularizar
Outras
Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo da rubrica
ADIANTAMENTOS
-
OPERAÇÕES ACTIVAS A REGULARIZAR
OUTROS
inclui um
46 968
38 997
1 074 516
620 340
25 450
32 710
1 146 934
692 047
1 908 252
1 327 415
Em 31 de Dezembro de 2009, o saldo da rubrica
ADIANTAMENTOS
–
OPERAÇÕES ACTIVAS A REGULARIZAR
OUTROS
incluía um
montante de 938 206 m. AKZ relacionado com um processo de
montante de 454 849 m. AKZ relacionado com movimentos
fraude em créditos documentários à importação ocorrido em
efectuados por clientes com os cartões Mwangolé Classic e
2010 e para o qual o Banco tem constituídas provisões para
Mwangolé Gold em Kwanzas, que foram reflectidos na conta de
fazer face aos custos que pode vir a ter de suportar no futuro
depósitos à ordem do correspondente em Janeiro de 2010.
relacionados com este processo.
84
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 85
10. IMOBILIZAÇÕES
IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição:
2010
País
Ano de
aquisição
Número de
acções
% de
participação
Custo
aquisição
Angola
2008
n.a
50%
375
Angola
2001
3 360
2.88%
Participações em coligadas e equiparadas
SOFHA – Sociedade de Fomento Habitacional
Participações em outras sociedades
EMIS – Empresa Interbancária de Serviços
Participação no capital
16 491
Prestações acessórias
34 106
Suprimentos
10 376
Juros suprimentos e prestações acessórias
1 231
62 204
Bolsa de Valores e Derivativos de Angola
Angola
2006
3 000
2%
IMC – Instituto do Mercado de Capitais
Angola
2004
400
2%
27 793
337
Provisões (nota 15)
(9 594)
Subtotal participações em outras sociedades
80 740
Total imobilizações financeiras
81 115
2009 (pro forma)
País
Ano de
aquisição
Número de
acções
% de
participação
Custo
aquisição
Angola
2008
n.a
50%
375
Angola
2001
3 360
3.06%
Participações em coligadas e equiparadas
SOFHA – Sociedade de Fomento Habitacional
Participações em outras sociedades
EMIS – Empresa Interbancária de Serviços
Participação no capital
6 258
Prestações acessórias
22 960
Suprimentos
10 012
39 230
Bolsa de Valores e Derivativos de Angola
Angola
2006
3 000
2%
IMC – Instituto do Mercado de Capitais
Angola
2004
400
2%
26 820
337
Provisões (nota 15)
(9 523)
Subtotal participações em outras sociedades
56 864
Total imobilizações financeiras
57 239
A participação na SOFHA – Sociedade de Fomento Habitacional
A participação do Banco na EMIS (incluindo prestações
encontra-se valorizada pelo respectivo ao custo de aquisição,
acessórias e suprimentos) encontra-se valorizada pelo custo de
pelo facto de ainda não ter iniciado a sua actividade, não
aquisição deduzido da provisão para perdas por imparidade. Em
existindo por isso informação financeira sobre a mesma.
31 de Dezembro de 2010 e 2009, o Banco tem constituída uma
provisão para a participação na EMIS no valor de 9 594 m. AKZ
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o BFA detém uma
e 9 523 m. AKZ, respectivamente.
participação de 2.88% e 3.06%, respectivamente, no capital da
EMIS – Empresa Interbancária de Serviços, S.A.R.L. (EMIS),
Durante o exercício de 2007, o Banco realizou prestações
tendo igualmente prestado suprimentos a esta entidade durante
acessórias de USD 250 500, conforme decisão da Assembleia
os exercícios de 2004 e 2003, os quais não vencem juros nem
Geral da EMIS de 16 de Novembro de 2007, as quais a partir
têm prazo de reembolso definido. A EMIS foi constituída em
de 1 de Janeiro de 2008 vencem juros semestralmente à taxa
Angola com a função de gestão dos meios electrónicos de
Libor em vigor acrescida de um spread de 3%, não tendo prazo
pagamentos e serviços complementares.
de reembolso definido.
Demonstrações financeiras | Notas
85
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 86
Por deliberação da Assembleia Geral Extraordinária da EMIS
As participações na Bolsa de Valores e Derivativos de Angola e
realizada em 16 de Janeiro de 2009, foi aprovado um aumento
Instituto do Mercado de Capitais encontram-se valorizadas ao
de capital no valor de USD 3 526 500 a realizar pelos
custo de aquisição, reflectindo a inexistência de valores de
accionistas, em proporção da participação detida, até 16 de
mercado e o facto de ainda não terem iniciado a sua actividade.
Dezembro de 2010. Durante o exercício de 2010, o Banco
efectuou o pagamento no valor total de USD 108 000.
Durante os exercícios de 2010 e 2009, estas sociedades não
distribuíram dividendos.
No exercício de 2010, conforme decisão na Assembleia Geral da
EMIS de 16 de Julho de 2010 foi deliberado o reforço de
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS E INCORPÓREAS
prestações acessórias no montante de USD 2 000 000, cabendo
Estas rubricas apresentam o seguinte movimento durante os
ao BFA o montante de USD 117 467. De acordo com a mesma
exercícios de 2010 e 2009:
decisão, estas prestações acessórias não são remuneradas.
2010
Aumentos
Saldos em 31.12.2009
Activo
bruto
Amortizações
acumuladas
Amortizações
do exercício
Activo
líquido
Imobilizações corpóreas
12 606 446
(3 220 962)
9 385 484
382 416
(585 670)
Móveis, utensílios, instalações e equipamentos
Imóveis de uso
4 617 342
(2 351 380)
2 265 962
1 061 897
(727 792)
Imobilizações em curso
1 199 062
-
1 199 062
1 256 393
-
18 422 850
(5 572 342)
12 850 508
2 700 706
(1 313 462)
Sistemas de tratamento automático de dados (Software)
173 529
(128 013)
45 516
51 139
(30 046)
Gastos de organização de expansão
101 163
(79 329)
21 834
408
(12 565)
(4 758)
Outras imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Trespasses
93 923
(89 166)
4 757
-
Benfeitorias em imóveis de terceiros
-
-
-
-
-
Gastos com desenvolvimento
-
-
-
-
-
Outras imobilizações incorpóreas
29
(29)
-
-
-
368 644
(296 537)
72 107
51 547
(47 369)
18 791 494
(5 868 879)
12 922 615
2 752 253
(1 360 831)
2009 (pro forma)
Aumentos
Saldos em 31.12.2008
Amortizações
do exercício
Activo
bruto
Amortizações
acumuladas
Activo
líquido
Imóveis de uso
9 531 243
(2 446 689)
7 084 554
2 568 597
(774 274)
Móveis, utensílios, instalações e equipamentos
3 524 249
(1 759 048)
1 765 201
828 921
(625 356)
Imobilizações corpóreas
Imobilizações em curso
1 194 741
-
1 194 741
808 754
-
14 250 233
(4 205 737)
10 044 496
4 206 272
(1 399 630)
Imobilizações incorpóreas
196 022
(96 982)
99 040
46 945
(32 777)
Gastos de organização de expansão
Sistemas de tratamento automático de dados (Software)
89 895
(60 637)
29 258
11 268
(18 692)
Trespasses
93 923
(83 229)
10 694
-
(5 937)
29
(29)
-
-
-
379 869
(240 877)
138 992
58 213
(57 406)
14 630 102
(4 446 614)
10 183 488
4 264 485
(1 457 036)
Outras imobilizações incorpóreas
Em 31 de Dezembro de 2010, a rubrica de imobilizações em curso corresponde, essencialmente, à aquisição do espaço e a pagamentos
a fornecedores pelas obras que estavam a ser realizadas em 29 novas agências, e cuja inauguração se prevê para 2011 (24 novas
agências em 31 de Dezembro de 2009).
86
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 87
2010
Transferências
Abates e
regularizações
Saldos em 31.12.2010
Activo
bruto
Amortizações
acumuladas
Activo
líquido
10 231 166
1 048 936
-
14 037 798
(3 806 632)
59 116
(5 556)
5 714 388
(3 060 761)
2 653 627
(1 108 052)
-
1 347 403
-
1 347 403
-
(5 556)
21 099 589
-
(1)
224 668
(158 060)
66 608
-
1
101 571
(91 893)
9 678
-
1
93 923
(93 923)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
29
(29)
-
(343 905)
76 286
-
1
420 191
-
(5 555)
21 519 780
Transferências
Abates e
regularizações
(6 867 393) 14 232 196
(7 211 298) 14 308 482
2009 (pro forma)
Saldos em 31.12.2009
Activo
bruto
Amortizações
acumuladas
Activo
líquido
9 385 484
506 606
1
12 606 446
(3 220 962)
297 827
(631)
4 617 342
(2 351 380)
2 265 962
1 199 062
-
1 199 062
(804 433)
-
(630)
18 422 850
(5 572 342) 12 850 508
-
(67 692)
173 529
(128 013)
45 516
-
-
101 163
(79 329)
21 834
4 757
-
-
93 923
(89 166)
-
-
29
(29)
-
-
(67 692)
368 644
(296 537)
72 107
-
(68 322)
18 791 494
(5 868 879) 12 922 615
Demonstrações financeiras | Notas
87
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 88
11. DEPÓSITOS
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2010
2009 (pro forma)
247 190
1 345 180
Recursos de Instituições de crédito no estrangeiro
Depósitos à ordem
Depósitos à ordem de residentes
Em moeda nacional
103 790 900
87 610 873
Em moeda estrangeira
140 514 885
147 453 651
244 305 785
235 064 524
Depósitos à ordem de não residentes
Em moeda nacional
Em moeda estrangeira
695 942
304 477
1 367 376
1 467 944
2 063 318
1 772 421
Juro de depósitos à ordem
Total de depósitos à ordem
2 874
-
246 619 167
238 182 125
Depósitos a prazo de residentes
Em moeda nacional
Em moeda estrangeira
68 836 503
42 842 699
197 196 356
172 535 101
266 032 859
215 377 800
Depósitos a prazo de não residentes
5 922
50 893
Juros de depósitos a prazo
3 028 082
1 774 157
Total de depósitos a prazo
269 066 863
217 202 850
Total de depósitos
515 686 030
455 384 975
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o saldo da rubrica
RECURSOS DE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO ESTRANGEIRO
ORDEM
–
DEPÓSITOS À
corresponde a descobertos contabilísticos nas contas de
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os depósitos a prazo de
clientes apresentam a seguinte estrutura, de acordo com o prazo
residual de vencimento das operações:
depósitos à ordem do Banco domiciliadas em instituições de
crédito, os quais são reclassificados para o passivo para efeitos
de apresentação do balanço patrimonial.
2010
2009
Até três meses
186 812 588
164 814 951
De 3 a 6 meses
46 318 104
24 293 034
De 6 meses a 1 ano
35 895 876
26 742 823
Mais um ano
40 295
1 352 042
269 066 863
217 202 850
Em 31 de Dezembro de 2010, os depósitos a prazo em moeda
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os depósitos à ordem não
nacional e estrangeira venciam juros às taxas médias anuais de
são remunerados, com excepção de situações específicas de
12.85% e 4.63%, respectivamente (11.27% e 3.99%,
depósitos à ordem denominados em moeda estrangeira, definidas de
respectivamente, em 31 de Dezembro de 2009).
acordo com as orientações do Conselho de Administração do Banco.
88
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 89
Em 31 de Dezembro de 2010, os depósitos à ordem e a prazo de residentes apresentavam a seguinte estrutura por tipologia de cliente:
Depósitos à ordem
Sector público administrativo
7 159 383
Sector público empresarial
3 238 145
Empresas
140 780 915
Particulares
93 127 342
244 305 785
Depósitos a prazo
Sector público administrativo
290 154
Sector público empresarial
1 789 072
Empresas
117 723 932
Particulares
146 229 701
266 032 859
12. CAPTAÇÕES PARA LIQUIDEZ
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2010
2009 (pro forma)
8 708 442
4 201 706
Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro
Depósitos a prazo de instituições de crédito no estrangeiro (USD)
Juros
Operações de venda de títulos a terceiros com acordo de recompra
58 713
52 892
8 767 155
4 254 598
-
5 183
8 767 155
4 259 781
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os depósitos a prazo venciam juros à taxa média de 3.2% e 5.4%, respectivamente.
De três meses a um ano
2010
2009
8 708 442
4 201 706
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os depósitos a prazo venciam juros à taxa média de 3.2% e 5.4%, respectivamente.
Demonstrações financeiras | Notas
89
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 90
13. OBRIGAÇÕES NO SISTEMA DE PAGAMENTOS
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2010
2009 (pro forma)
Recursos de outras entidades
Cheques visados
Recursos vinculados a cartas de crédito
Compensação de cheques e outros papéis
Outros
A rubrica
RECURSOS VINCULADOS A CARTAS DE CRÉDITO
1 398 998
3 432 638
267 061
2 156 053
7 020
1 364
21 300
5 880
1 694 379
5 595 935
refere-se aos montantes depositados por clientes que se encontram cativos para
liquidação de operações de importação, para efeitos de abertura dos respectivos créditos documentários.
14. OUTRAS OBRIGAÇÕES
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição:
2010
2009 (pro forma)
-
2 409 264
Obrigações de natureza fiscal
Encargos fiscais a pagar – próprios
Imposto sobre o rendimento a liquidar (nota 2.3 i))
Sobre rendimentos de trabalho dependente
36 065
22 491
Tributação relativa a remunerações
46 193
35 158
82 258
2 466 913
Encargos fiscais a pagar – retidos de terceiros
Sobre o rendimento
Outros
Obrigações de natureza cível
647 632
-
50 814
13 359
698 446
13 359
780 704
2 480 272
5 224
1 176
628 436
548 197
-
211 924
Obrigações de natureza administrativa e de comercialização
Pessoal – salários e outras remunerações
Férias e subsídio de férias
Prémio de desempenho (nota 24)
Outros custos com o pessoal
130 367
71 480
758 803
831 601
Operações passivas a regularizar
837 015
172 762
Mensualizações
452 654
466 167
Movimentos efectuados em ATM’s - a regularizar
298 071
294 021
Movimentos Western Union
221 715
181 574
Outros custos administrativos e de comercialização a pagar
Outros
O movimento na rubrica de
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO A LIQUIDAR
55 389
746
1 864 844
1 115 270
2 623 647
1 946 871
3 409 575
4 428 319
durante os exercícios de 2009 e 2010 pode ser descrito como segue:
Saldo em 31 de Dezembro de 2008
1 972 871
Entregas por conta e pagamento final do Imposto Industrial do exercício de 2008, efectuadas em 2009
(1 972 871)
Imposto Industrial do exercício de 2009 (nota 18)
2 409 264
Saldo em 31 de Dezembro de 2009
2 409 264
Entregas por conta e pagamento final do Imposto Industrial do exercício de 2009, efectuadas em 2010
(1 479 653)
Excesso de estimativa de imposto (nota 18)
Saldo em 31 de Dezembro de 2010
90 Banco de Fomento Angola
| Relatório e Contas 2010
(929 611)
-
-
Crédito de liquidação duvidosa (nota 8)
Imobilizações financeiras (nota 10)
Plano complementar de pensões
Compensação por reforma
Com fundos de pensões de reforma
e de sobrevivência patrocinados
-
964 719
44 740
790 614
455 959
743 808
-
-
-
-
109 609
893 398
3 730
5 793
3 980 844
- 5 355 482
- 8 359 052 4 989 644
5 355 482
- 3 003 570 1 008 800
-
- 2 999 840 1 003 007
-
-
-
455 959
743 808
Dotações
8 359 052
3 003 570
3 730
2 999 840
964 719
44 740
790 614
De natureza administrativa
e de comercialização
Prestação de garantias
-
1 199 767 (1 199 767)
(1 009 733)
(1 009 733)
-
-
-
-
-
-
-
-
2010
(2 642 579)
(2 525 881)
(116 698)
302 318
-
302 318
-
302 318
288 067
14 251
-
-
-
-
(384 548)
(384 548)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(116 698)
-
-
-
(31 341)
(85 357)
Utilizações
(99 537)
-
(99 537)
-
-
-
(51 747)
(47 790)
-
Utilizações
(114 559) (1 389 319)
-
1 993 053
1 320 323
672 730
-
672 730
227 297
9 843
134 969
57 106
243 515
-
(15 697)
15 697
-
15 697
-
-
15 697
-
-
-
Transferências
-
332 285
(332 285)
-
(332 285)
-
-
(332 285)
-
-
Transferências
Diferenças
de câmbio
e outros
596 516
293 970
302 546
-
302 546
150 694
2 677
59 640
22 955
66 580
Diferenças
de câmbio
e outros
- (1 289 782)
(114 559)
-
(114 559)
(114 559)
-
-
-
-
-
Custos com pessoal Reposições Custos com pessoal
(nota 24) e anulações
(nota 24)
Diminuições
2009
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Custos com pessoal
(nota 24)
Diminuições
Reposições
e anulações
Aumentos
386 483
-
386 483
-
386 483
370 635
15 848
-
-
-
Custos com pessoal
(nota 24)
Saldos em
Adopção Saldo em
31-12-2008 do CONTIF 1-1-2009
3 594 158
4 416 094
8 966 622
821 936
4 789 019
13 755 641
71
821 865
9 523
4 779 496
-
68 834
-
821 865
-
Dotações
Aumentos
1 365 524
De natureza social ou estatutária
Riscos diversos
Crédito de liquidação duvidosa (nota 8)
Imobilizações financeiras (nota 10)
Plano complementar de pensões
Compensação por reforma
Com fundos de pensões de reforma
e de sobrevivência patrocinados
570 927
941 280
Prestação de garantias
1 832 931
De natureza administrativa
e de comercialização
De natureza social ou estatutária
Saldos em
31-12-2009
O movimento nas provisões durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 foi o seguinte:
15. PROVISÕES PARA RESPONSABILIDADES PROVÁVEIS
13 755 641
8 966 622
4 789 019
9 523
4 779 496
1 365 524
68 834
941 280
570 927
1 832 931
-
Saldos em
31-12-2009
15 502 422
9 651 421
5 851 001
9 594
5 841 407
1 886 853
87 359
668 635
1 384 406
1 814 154
Saldos em
31-12-2010
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 91
Demonstrações financeiras | Notas
91
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 92
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a
apurado em Dólares dos Estados Unidos, tendo sido decidido
rubrica
que teria um período de cinco anos. Esta provisão foi
PROVISÕES DE NATUREZA SOCIAL OU ESTATUTÁRIA
refere-se ao
Fundo Social, que tem por objectivo apoiar financeiramente
constituída entre o exercício de 2005 e o exercício de 2009,
iniciativas nos domínios da educação, saúde e solidariedade
inclusive. O movimento ocorrido no Fundo Social ao longo de
social. Este Fundo foi constituído mensalmente através da
2010 e 2009 foi o seguinte (montantes expressos em Dólares
dotação de 5% do resultado líquido do exercício anterior
dos Estados Unidos):
2010
Saldo no início do período
20 503 046
9 895 139
-
11 225 129
Contribuições
Utilizações
Saldo no final do período
Contravalor em milhares de Kuanzas
2009
(920 844)
(617 222)
19 582 202
20 503 046
1 814 154
1 832 931
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a
praticado na data em que o trabalhador atinge a idade legal de
rubrica
reforma, pelo número de anos de antiguidade na mesma data. O
PROVISÕES DE NATUREZA ADMINISTRATIVA E DE COMERCIALIZAÇÃO
refere-se essencialmente a provisões para fazer face a fraudes,
valor total das responsabilidades é determinado numa base
processos judiciais em curso e outras responsabilidades,
anual por peritos, utilizando o método “Projected Unit Credit”
correspondendo à melhor estimativa dos custos que o Banco irá
para as responsabilidades com serviços passados.
suportar no futuro com estas responsabilidades.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o saldo da rubrica
COMPENSAÇÃO POR REFORMA
destina-se a cobrir as
responsabilidades do Banco em matéria de “Compensação por
COMPLEMENTAR DE PENSÕES
PLANO
(Plano) refere-se às responsabilidades
do Banco em matéria de Pensões de Reforma nos termos do
plano de contribuições definidas implementado (nota 2.3 c)).
reforma”, na sequência do disposto no Artigo n.º 262 da Lei
Geral do Trabalho. Nos termos da legislação em vigor, as
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o
responsabilidades em matéria de “Compensação por reforma”
movimento do Plano pode ser resumido como segue:
são determinadas multiplicando 25% do salário mensal de base
Saldo em 31 de Dezembro de 2008
964 719
Contribuição mensal
288 067
Ajustamento às responsabilidades por saídas de colaboradores
(114 559)
Rentabilidade das aplicações
79 279
Reavaliação cambial
144 512
Outras correcções
3 506
227 297
Saldo em 31 de Dezembro de 2009
1 365 524
Contribuição mensal
370 635
Rentabilidade das aplicações
119 039
Reavaliação cambial
31 655
150 694
Saldo em 31 de Dezembro de 2010
1 886 853
Em 31 de Dezembro de 2010 a rentabilidade das aplicações
encontravam-se reflectidos na rubrica de
resulta essencialmente de depósitos a prazo em dólares dos
DEPÓSITOS A PRAZO,
DEPÓSITOS
–
JUROS DE
ascendendo a 24 439 m. AKZ.
Estados Unidos e em Kwanzas. Nesta data, os juros corridos
destas aplicações ascendiam a 60 043 m. AKZ incluídos na
rubrica
RENTABILIDADE DAS APLICAÇÕES
do movimento do Plano
Complementar de Pensões no ano de 2010. Em 31 de Dezembro
de 2009, os juros corridos das aplicações a prazo do Fundo
92
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a reavaliação cambial
resulta da conversão para Kwanzas das aplicações que são
realizadas em Dólares dos Estados Unidos.
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16. FUNDOS PRÓPRIOS
CAPITAL SOCIAL
O Banco foi constituído com um capital social de 1 305 561
a manter o contravalor em Kwanzas da dotação inicial de capital
m. AKZ (contravalor de 30 188 657 Euros à taxa de câmbio em
em moeda estrangeira.
vigor em 30 de Junho de 2002), representado por 1 305 561
acções nominativas de mil Kwanzas cada, tendo sido subscrito e
A partir do exercício de 2005 o Banco não procedeu à
realizado por incorporação da totalidade dos activos e passivos,
actualização do seu capital, em virtude de Angola ter deixado de
incluindo os bens ou direitos imobiliários de qualquer natureza,
ser considerada uma economia hiperinflacionária.
assim como todos os direitos e obrigações da anterior Sucursal.
Consequentemente, em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o
No final dos exercícios de 2004, 2003 e 2002, o Banco
capital social do Banco ascende a 3 521 996 m. AKZ.
aumentou o seu capital em 537 672 m. AKZ, 1 224 333 m. AKZ
e 454 430 m. AKZ, respectivamente, através da incorporação da
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a estrutura accionista do
reserva especial para manutenção dos fundos próprios, por forma
Banco é a seguinte:
2010
Número de acções
2009
%
Número de acções
%
Banco BPI, S.A.
653 822
50.08%
653 822
50.08%
Unitel. S.A.
651 475
49.90%
651 475
49.90%
Outras entidades do Grupo BPI
264
0.02%
264
0.02%
1 305 561
100.00%
1 305 561
100.00%
2010
2009 (pro forma)
450 717
450 717
RESERVAS
Estas rubricas têm a seguinte composição:
Reserva de actualização monetária do capital social (nota 2.3 e))
Reservas e fundos
Reserva legal
Outras reservas
5 161 890
5 161 890
26 276 988
19 316 843
31 438 878
24 478 733
31 889 595
24 929 450
Demonstrações financeiras | Notas
93
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 94
Por Deliberação Unânime da Assembleia Geral de 28 de Abril de
eventos e circunstâncias que não transitam imediatamente pelo
2009 foi decidido distribuir aos accionistas dividendos no valor
resultado do exercício quando reconhecidos pelo Banco.
correspondente a 75% do resultado líquido obtido no ano
anterior (12 635 493 m. AKZ), tendo sido aplicado o valor
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os resultados potenciais
remanescente na rubrica de
correspondem à reserva de reavaliação de imobilizado.
OUTRAS RESERVAS.
Por Deliberação Unânime da Assembleia Geral de 30 de Abril de
Até 31 de Dezembro de 2007, inclusive, nos termos da
2010 foi decidido distribuir aos accionistas dividendos no valor
legislação em vigor, o Banco procedeu à reavaliação do seu
correspondente a 65% do resultado líquido obtido no ano
imobilizado corpóreo através da aplicação de coeficientes, que
anterior (12 925 984 m. AKZ), tendo sido aplicado o valor o
reflectiam a evolução mensal do câmbio oficial do Euro, aos
remanescente na rubrica de
saldos brutos do activo imobilizado corpóreo e respectivas
OUTRAS RESERVAS.
amortizações acumuladas, expressos em Kwanzas nos registos
Nos termos da legislação vigente, o Banco deverá constituir um
contabilísticos do Banco no final do mês anterior. A partir do
fundo de reserva legal até à concorrência do seu capital. Para
exercício de 2008, o Banco deixou de reavaliar o seu
tal, é anualmente transferido para esta reserva um mínimo de
imobilizado (nota 2.3 f)).
20% do resultado líquido do exercício anterior. Esta reserva só
pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulado,
As reservas de reavaliação só podem ser utilizadas para a
quando esgotadas as demais reservas constituídas.
cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.
RESULTADOS POTENCIAIS
LUCRO E DIVIDENDO POR ACÇÃO
Os resultados potenciais correspondem aos resultados
Nos exercícios de 2010 e 2009 o lucro por acção e o dividendo
pendentes, mas de realização provável, líquidos dos encargos
atribuído em cada exercício, relativo ao lucro do ano anterior,
fiscais correspondentes, decorrentes de transações e de outros
foram os seguintes:
Lucro por acção
Dividendo por acção distribuído no exercício
2009
2008
18.43
15.23
9.90
9.6
2010
2009 (pro forma)
17 247 147
15 957 625
17. RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, estas rubricas têm a seguinte composição:
Responsabilidades perante terceiros (nota 8)
Garantias prestadas
Compromissos perante terceiros
Créditos documentários abertos
6 450 779
12 008 131
23 697 926
27 965 756
Responsabilidades por prestação de serviços
Serviços prestados pela instituição
Guarda de valores
Cobrança
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica
Banco.
94
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
GUARDA DE VALORES
2 763 507
6 586 420
155 832
2 438 912
2 919 339
9 025 332
refere-se, essencialmente, a títulos de clientes sob custódia do
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18. IMPOSTOS
O Banco encontra-se sujeito a tributação em sede de Imposto
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o custo com impostos
Industrial, sendo considerado fiscalmente um contribuinte do
sobre lucros reconhecidos em resultados, bem como a carga
Grupo A. A tributação dos seus rendimentos é efectuada nos
fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos e o
termos dos números 1 e 2 do Artigo 72.º, da Lei n.º 18 / 92, de
lucro do exercício antes daquela dotação, podem ser resumidos
3 de Julho, sendo a taxa de imposto aplicável de 35%, na
como se segue:
sequência da Lei n.º 5 / 99, de 6 de Agosto (notas 2.3 i)) e 14).
2010
2009 (pro forma)
-
2 409 264
Impostos correntes sobre os lucros
Do exercício
Correcção de exercícios anteriores
(929 611)
-
(929 611)
2 409 264
23 138 198
22 295 393
-4.02%
10.81%
Total do imposto registado em resultados
Resultado antes de impostos
Carga fiscal
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, não foram registados activos ou passivos fiscais diferidos.
A reconciliação entre a taxa nominal de imposto e a carga fiscal verificada nos exercícios de 2010 e 2009, bem como a reconciliação
entre o custo / proveito de imposto e o produto do lucro contabilístico pela taxa nominal de imposto, pode ser analisada como se segue:
2010
Taxa de imposto
Resultados antes de impostos
Imposto apurado com base na taxa nominal de imposto
Benefícios fiscais em rendimentos de títulos da dívida pública
Utilização prejuízo fiscal reportável do exercício de 2009
2009
Valor
Taxa de imposto
23 138 198
Valor
22 295 393
35.0%
8 098 369
35.0%
7 803 388
(25.7%)
(5 942 206)
(24.2%)
(5 394 124)
(9.3%)
(2 156 163)
-
-
(929 611)
-
-
(929 611)
10.81%
2 409 264
Excesso de estimativa de imposto
(4.02%)
Os proveitos dos títulos da dívida pública, obtidos em Obrigações
referente ao exercício de 2009, no montante total de
do Tesouro e em Bilhetes do Tesouro emitidos pelo Estado
13 985 712 m. AKZ. Neste sentido, relativamente ao valor de
Angolano e enquadrados nos Decretos Regulamentares números
Imposto Industrial apurado no exercício de 2009, o Banco
51 / 03 e 52 / 03, de 8 de Julho, gozam da isenção de todos os
efectuou pagamentos a título de liquidação provisória no
impostos. Tal facto é complementado pelo disposto na alínea c)
montante de 1 479 653 m. AKZ (nos meses de Janeiro,
do número 1 do Artigo 23.º do Código do Imposto Industrial,
Fevereiro e Março de 2010), não tendo liquidado o montante
onde é referido expressamente que não se consideram como
remanescente de 929 611 m. AKZ. Este montante foi registado
proveitos os rendimentos de quaisquer títulos da dívida pública,
como proveito no exercício de 2010.
para efeitos do apuramento do Imposto Industrial a pagar.
Na determinação do lucro tributável do exercício findo em 31 de
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, o Banco
Dezembro de 2010, todos os proveitos gerados pelos títulos da
apurou inicialmente Imposto Industrial no valor de 2 409 264
dívida pública, obtidos em Obrigações do Tesouro e em Bilhetes
m. AKZ, considerando como isentos de Imposto Industrial
do Tesouro, no montante total de 16 977 733 m. AKZ, foram
apenas parte dos rendimentos dos referidos títulos.
deduzidos ao resultado do exercício, para efeitos de apuramento
do lucro tributável. Adicionalmente, foram utilizados 6 160 465
Decorrente do entendimento referido acima, o Banco apurou um
m. AKZ relativos ao reporte do prejuízo fiscal do exercício de
prejuízo fiscal na Declaração de Rendimentos Modelo 1
2009, pelo que, com referência a 31 de Dezembro de 2010, o
Demonstrações financeiras | Notas
95
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prejuízo fiscal de 2009 ainda não utilizado ascende a
Declarações de Rendimentos Modelo 1 de Substituição, sejam
7 825 248 m. AKZ. Este prejuízo fiscal pode ser utilizado até ao
reembolsados ou considerados como créditos de imposto, a
exercício de 2012. O Banco não reconheceu nas demonstrações
utilizar em futuras entregas de imposto devidas pelo Banco.
financeiras os activos fiscais diferidos associados, dada a
incerteza quanto à evolução futura do seu lucro tributável.
As autoridades fiscais têm a possibilidade de rever a situação
fiscal do Banco durante um período de cinco anos, podendo
De referir que em Dezembro de 2010 o Banco solicitou ao
resultar devido a diferentes interpretações da legislação fiscal,
Ministério das Finanças que o Imposto Industrial de 2009
eventuais correcções ao lucro tributável dos exercícios de 2006
liquidado no primeiro trimestre de 2010 (1 479 653 m. AKZ),
a 2010. O Conselho de Administração do Banco entende que
bem como os impostos liquidados em excesso em anos
eventuais liquidações adicionais que possam resultar destas
anteriores (2005, 2006, 2007 e 2008, no montante total de
revisões não serão significativas para as demonstrações
813 093 m. AKZ), e para os quais foram apresentadas
financeiras anexas.
19. PARTES RELACIONADAS
De acordo com a Norma Internacional de Contabilidade IAS
significativa sobre a gestão do Banco – Accionistas e Membros
24, são consideradas entidades relacionadas aquelas em que o
do Conselho de Administração do BFA.
BFA exerce, directa ou indirectamente, uma influência
significativa sobre a sua gestão e a sua política financeira –
Em 31 de Dezembro de 2010, os principais saldos e
Empresas associadas e de controlo conjunto e Fundos de
transacções mantidos pelo Banco com entidades relacionadas
Pensões – e as entidades que exercem uma influência
são os seguintes:
Grupo Unitel
Membros do Conselho
de Administração
do BFA
Total
Grupo BPI
2 579 829
-
-
2 579 829
(244 903)
-
-
(244 903)
57 771 126
-
-
57 771 126
-
-
91 968
91 968
Accionistas do BFA
Disponibilidades
Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito
Depósitos
Descobertos em depósitos à ordem
Aplicações de liquidez
Outros créditos sobre instituições de crédito
Crédito concedido
Depósitos de clientes
Depósitos à ordem
-
(1 994 333)
(74 001)
(2 068 334)
Depósitos a prazo
-
(24 757 480)
(195 228)
(24 952 708)
Outros recursos
-
-
(271)
(271)
137 233
n.d.
n.d.
137 233
Juros e custos equiparados
(208 068)
n.d.
n.d.
(208 068)
Comissões - custos
(153 370)
n.d.
n.d.
(153 370)
-
433 817
-
433 817
35 846
-
-
35 846
Juros e proveitos equiparados
Créditos documentários
Garantias bancárias
n.d.: informação não disponível
96
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
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Em 31 de Dezembro de 2009, os principais saldos e transacções mantidos pelo Banco com entidades relacionadas são os seguintes:
Grupo Unitel
Membros do Conselho
de Administração
do BFA
Total
Grupo BPI
2 919 619
-
-
2 919 619
(1 274 391)
-
-
(1 274 391)
36 134 822
-
-
36 134 822
(2 808)
-
-
(2 808)
-
16
91 543
4 055
-
Accionistas do BFA
Disponibilidades
Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito
Depósitos
Descobertos em depósitos à ordem
Aplicações de liquidez
Outros créditos sobre instituições de crédito
Instrumentos financeiros derivados
Crédito concedido
Outros valores
Contas de regularização do activo
Depósitos de clientes
Depósitos à ordem
-
(129 652)
(68 796)
(198 448)
Depósitos a prazo
-
(18 102 878)
(73 521)
(18 176 399)
Juros e proveitos equiparados
Comissões - custos
Créditos documentários
Garantias bancárias
447 348
n.d.
n.d.
447 348
(160 253)
n.d.
n.d.
(160 253)
-
418 622
-
418 622
34 591
-
-
34 591
n.d.: informação não disponível
A informação apresentada com referência a 31 de Dezembro de
A informação apresentada com referência a 31 de Dezembro de
2010 e 2009 não inclui os saldos e transacções com as
2010 e 2009 não inclui ainda os custos e proveitos com o
Sociedades onde os membros do Conselho de Administração do
Grupo Uniel e com os Membros do Conselho de Administração
BFA têm influência significativa.
do BFA.
Demonstrações financeiras | Notas
97
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20. BALANÇO POR MOEDA
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 os balanços por moeda apresentam a seguinte estrutura:
2010
Disponibilidades
Moeda nacional
Moeda estrangeira
Total
54 794 214
61 867 202
116 661 416
-
57 780 190
57 780 190
Aplicações de liquidez
Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro
Títulos e valores mobiliários
Mantidos para negociação
Mantidos até o vencimento
8 921 366
22 651
8 944 017
125 099 634
125 443 326
250 542 960
259 486 977
134 021 000
125 465 977
Instrumentos financeiros derivados
-
-
-
Operações cambiais
-
1 435 543
1 435 543
Créditos
34 802 043
120 762 572
155 564 615
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
(1 249 170)
(8 402 251)
(9 651 421)
33 552 873
112 360 321
145 913 194
2 082 546
(174 294)
1 908 252
712
80 403
81 115
14 232 196
-
14 232 196
Créditos
Outros valores
Imobilizações
Imobilizações financeiras
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Total do activo
76 286
-
76 286
14 309 194
80 403
14 389 597
238 759 827
358 815 342
597 575 169
Depósitos
Depósitos à ordem
104 278 083
142 341 084
246 619 167
Depósitos a prazo
70 078 877
198 987 986
269 066 863
174 356 960
341 329 070
515 686 030
Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro
-
8 767 155
8 767 155
Operações de venda de títulos de terceiros com acordo de recompra
-
-
-
-
8 767 155
8 767 155
Captações para liquidez
Instrumentos financeiros derivados
Obrigações no sistema de pagamentos
Operações cambiais
-
-
-
2 343 633
(649 254)
1 694 379
-
1 443 395
1 443 395
Outras obrigações
1 846 968
1 562 607
3 409 575
Provisões para responsabilidades prováveis
1 178 245
4 663 162
5 841 407
179 725 806
357 116 135
536 841 941
Activo líquido
59 034 021
1 699 207
60 733 228
Fundos próprios
60 733 228
-
60 733 228
Total do passivo
98
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
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2009
Disponibilidades
Moeda nacional
Moeda estrangeira
Total
65 015 446
50 276 156
115 291 602
-
36 585 962
36 585 962
Aplicações de liquidez
Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro
Títulos e valores mobiliários
Mantidos para negociação
Mantidos até o vencimento
-
27 162
27 162
75 459 508
126 566 688
202 026 196
202 053 358
75 459 508
126 593 850
Instrumentos financeiros derivados
-
2 526
2 526
Operações cambiais
-
3 059 445
3 059 445
18 338 208
146 496 737
164 834 945
(703 595)
(8 263 027)
(8 966 622)
17 634 613
138 233 710
155 868 323
1 351 182
(23 767)
1 327 415
712
56 527
57 239
12 850 508
-
12 850 508
Créditos
Créditos
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Outros valores
Imobilizações
Imobilizações financeiras
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Total do activo
72 107
-
72 107
12 923 327
56 527
12 979 854
172 384 076
354 784 409
527 168 485
Depósitos
Depósitos à ordem
87 915 350
150 266 775
238 182 125
Depósitos a prazo
43 378 515
173 824 335
217 202 850
131 293 865
324 091 110
455 384 975
4 254 598
Captações para liquidez
Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro
Operações de venda de títulos de terceiros com acordo de recompra
Instrumentos financeiros derivados
Obrigações no sistema de pagamentos
Operações cambiais
-
4 254 598
5 183
-
5 183
5 183
4 254 598
4 259 781
-
33 766
33 766
3 435 543
2 160 392
5 595 935
-
3 094 810
3 094 810
3 457 050
971 269
4 428 319
42 873
4 736 623
4 779 496
138 234 514
339 342 568
477 577 082
Activo líquido
34 149 562
15 441 841
49 591 403
Fundos próprios
49 591 403
-
49 591 403
Outras obrigações
Provisões para responsabilidades prováveis
Total do passivo
Demonstrações financeiras | Notas
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21. MARGEM FINANCEIRA
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, estas rubricas apresentam a seguinte composição:
2010
2009 (pro forma)
Depósitos a prazo em instituições de crédito no estrangeiro
139 275
467 065
Depósitos a prazo em instituições de crédito no país
275 788
65 962
Proveitos de instrumentos financeiros activos
De aplicações de liquidez
Proveitos de operações no mercado monetário interfinanceiro
Outros
4 483
6 202
419 546
539 229
Bilhetes do Tesouro
60 999
-
Títulos do Banco Central
62 270
-
Bilhetes do Tesouro
1 081 709
8 838 614
Obrigações do Tesouro em moeda nacional indexadas a moeda estrangeira e em moeda estrangeira
7 170 982
6 816 049
Obrigações do Tesouro indexadas ao Índice de Preços do Consumidor
4 147 530
1 433 903
De títulos e valores mobiliários
De títulos mantidos para negociação
De títulos mantidos até o vencimento
Títulos do Banco Central
12 108 864
480 505
24 632 354
17 569 071
De instrumentos financeiros derivados
Em especulação e arbitragem
De créditos
31 240
2 526
16 393 003
11 224 892
41 476 143
29 335 718
Custos de instrumentos financeiros passivos
De depósitos
De depósitos à ordem
De depósitos a prazo
213 237
109 715
15 817 190
5 929 514
16 030 427
6 039 229
De captações para liquidez
De operações no Mercado Monetário Interfinanceiro
De operações de venda de títulos de terceiros com acordo de recompra
315 453
851 851
7 164
4 381 806
322 617
5 233 657
De instrumentos financeiros derivados
Em especulação e arbitragem
Margem financeira
100
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
-
33 765
16 353 044
11 306 651
25 123 099
18 029 067
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22. RESULTADOS DE OPERAÇÕES CAMBIAIS
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2010
2009 (pro forma)
Variação cambial em activos e passivos denominados em moeda estrangeira
1 274 944
4 162 835
Operações de compra e venda de moeda estrangeira
7 037 573
9 634 439
8 312 517
13 797 274
2010
2009 (pro forma)
23. RESULTADOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS FINANCEIROS
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
Proveitos de prestação de serviços
Comissões sobre ordens de pagamento emitidas
1 272 956
1 233 329
Comissões sobre garantias e avales prestados
287 784
215 965
Comissão por créditos documentários de importação abertos
227 934
424 478
1 110 169
965 893
2 898 843
2 839 665
Outras comissões
Custos de comissões e custódias
Comissões
(588 095)
(616 416)
2 310 748
2 223 249
2010
2009 (pro forma)
Remuneração mensal
120 903
93 783
Remunerações adicionais
101 821
97 891
Encargos sociais obrigatórios
9 161
6 938
Encargos sociais facultativos
599
896
232 484
199 508
Remuneração mensal
3 589 956
2 806 932
Remunerações adicionais
1 351 740
1 128 129
24. PESSOAL
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
Membros dos Órgãos de Gestão e Fiscalização
Empregados
Encargos sociais obrigatórios
314 351
239 945
Encargos sociais facultativos
201 739
176 923
5 457 786
4 351 929
386 483
187 759
Encargos com planos de pensões (nota 15)
Outros
A rubrica de
REMUNERAÇÕES ADICIONAIS
inclui 602 320 m. AKZ e
1 984
-
6 078 737
4 739 196
remunerações variáveis de 2009, em 31 de Dezembro de 2009,
553 653 m. AKZ relativos às remunerações variáveis dos
encontravam-se por liquidar 211 924 m. AKZ (nota 14). Em 31
colaboradores, em resultado do seu desempenho nos exercícios
de Dezembro de 2010, as remunerações variáveis relativas ao
de 2010 e 2009, respectivamente. No que se refere às
próprio exercício encontram-se totalmente liquidadas.
Demonstrações financeiras | Notas
101
1440-065-108_Notas_1440-065-108_Notas.qxd 11/08/12 15:40 Page 102
25. FORNECIMENTOS DE TERCEIROS
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2010
2009 (pro forma)
Comunicações
462 418
361 980
Água e energia
261 243
156 208
Transportes, deslocações e alojamentos
595 908
511 588
Publicações, publicidade e propaganda
958 401
803 895
Segurança, conservação e reparação
Auditorias, consultorias e outros serviços técnicos especializados
567 214
415 087
1 650 727
1 329 638
Seguros
140 169
100 029
Alugueres
496 899
332 544
Materiais diversos
227 601
287 157
Outros fornecimentos de terceiros
124 706
96 118
5 485 286
4 394 244
2010
2009 (pro forma)
60 987
77 512
26. IMPOSTOS E TAXAS NÃO INCIDENTES SOBRE O RESULTADO
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
Impostos aduaneiros
Outros impostos e taxas
9 458
29 802
70 445
107 314
27. RECUPERAÇÃO DE CUSTOS
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica refere-se ao reembolso de despesas de comunicação e expedição
suportadas originalmente pelo Banco, nomeadamente na realização de operações de ordens de pagamento.
28. OUTROS PROVEITOS E CUSTOS OPERACIONAIS
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2010
2009 (pro forma)
2 673 246
2 622 238
616 166
517 863
Outros proveitos
Despesas cobradas
Recuperação de crédito incobrável – capital e juro (nota 8)
Rendimentos de prestação de serviços
Outros proveitos
4 822
-
92 204
139 802
3 386 438
3 279 903
14 439
35 495
Outros custos
Quotizações e donativos
Outros custos
102
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
111 889
73 136
126 328
108 631
3 260 110
3 171 272
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29. RESULTADO NÃO OPERACIONAL
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2010
2009
238
(135)
1 425
1 395
Ganhos e perdas nas imobilizações
Imobilizações corpóreas
Resultado na alienação de imobilizações
Imobilizações corpóreas
Outros ganhos e perdas não operacionais
Ajustes de exercícios anteriores
Excesso na estimativa de gastos gerais administrativos
110 145
6 587
27 073
(167 164)
Juros anulados
(123 080)
(112 395)
Outros
(126 278)
(12 005)
(112 140)
(284 977)
(110 477)
(283 717)
Itens pendentes nas reconciliações bancárias de depósitos à ordem com correspondentes
30. GESTÃO DE RISCOS
CRÉDITO
䊏
Para um grupo de clientes, é considerada a soma das
De acordo com o Regulamento Geral de Crédito do BFA, a
responsabilidades perante o Banco de cada cliente que
concessão de crédito no Banco assenta nos seguintes princípios
constitui o grupo (exposição total do Banco ao grupo); e
basilares:
䊏
A existência de garantias com risco Estado ou de liquidez imediata
não tem impacto no cálculo do valor da Exposição Global.
Formulação de propostas
As operações de crédito ou garantias sujeitas à decisão do BFA:
Classificação de Risco
䊏
䊏
Encontram-se adequadamente caracterizadas em Ficha
De acordo com a legislação em vigor, quando da concessão, as
Técnica, contendo todos os elementos essenciais e acessórios
operações de crédito são classificadas com base nos seguintes
necessários à formalização da operação;
critérios definidos pelo Banco:
Respeitam a ficha do produto respectivo;
䊏
Créditos classificados na classe de Risco A sempre que
garantidos por títulos e / ou aplicações financeiras iguais ou
䊏
Estão acompanhadas de análise de risco de crédito
superiores ao valor da responsabilidade;
devidamente fundamentada; e
䊏
䊏
Contêm as assinaturas dos órgãos proponentes.
Créditos classificados na classe de Risco B sempre que
garantidos por colateral igual ou superior a 75% da
responsabilidade; e
Análise de risco de crédito
Na análise de risco de crédito é considerada a exposição total do
䊏
Os restantes créditos são classificados na classe de Risco C.
Banco ao cliente ou ao grupo em que o cliente se integra, nos
termos da legislação aplicável em cada momento. Actualmente,
O BFA não concede créditos com classificação de risco superior a C.
tendo em consideração o disposto no Aviso n.º 08 / 2007 do
Banco Nacional de Angola:
No crédito a particulares das classes de risco C ou B, o BFA
exige mais do que um interveniente com rendimentos.
䊏
Para um só cliente, são consideradas todas as suas
responsabilidades perante o Banco, em vigor ou potenciais, já
Associação de Garantias
contratadas ou comprometidas, por financiamentos e garantias
Na concessão de crédito a particulares ou pequenas empresas
(exposição total do Banco ao cliente);
com prazo superior a 36 meses, na ausência de aplicações
Demonstrações financeiras | Notas
103
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financeiras, regra geral o BFA obriga à apresentação de garantia
formal de dívidas de particulares, inferiores a 35 000 Dólares
real de bem imóvel.
dos Estados Unidos, caso nos últimos 6 meses tenham ocorrido
depósitos de valor mínimo igual ao montante da prestação
As operações de crédito têm associadas garantias consideradas
prevista para a operação reestruturada.
adequadas ao risco do mutuário, natureza e prazo da operação,
as quais são devidamente fundamentadas em termos de
Acompanhamento de crédito irregular
suficiência e liquidez.
O crédito considerado irregular é acompanhado por uma equipa
especializada, que tem por missão colaborar nas acções de
As garantias reais são avaliadas previamente à decisão de
recuperação de crédito, podendo assumir as negociações e
crédito. Excepções a esta regra (com decisões condicionadas a
propostas de reestruturação, sendo responsável pelo
uma avaliação posterior) implicam que o desembolso só ocorrerá
acompanhamento de processos sob a sua gestão.
depois do Banco obter a avaliação da garantia.
As negociações para reestruturação obedecem aos princípios
Exclusões por Incidentes
anteriormente referidos.
O Banco não concede crédito a clientes que registem incidentes
materiais nos últimos 12 meses que que sejam do conhecimento
Esta equipa é responsável pela gestão e relação com o cliente,
do BFA, nem a outras empresas que façam parte de um grupo
com o objectivo de recuperação do crédito, recorrendo à
com clientes que estejam nessa situação. São considerados
execução por via judicial caso necessário.
incidentes materiais:
Provisões
䊏
䊏
Atraso na realização de pagamentos de capital ou juros devidos
O BFA tem em consideração os seguintes critérios para o cálculo
a uma instituição financeira por período superior a 45 dias;
de provisões para crédito:
Utilização irregular de meios de pagamento da
䊏
Antiguidade da operação;
䊏
Antiguidade do incumprimento;
䊏
Garantias associadas; e
䊏
Aviso 04 / 2009 do Banco Nacional de Angola.
responsabilidade dessa pessoa ou entidade; e
䊏
Pendência de acções judiciais contra essa pessoa ou entidade
que tenham potenciais efeitos adversos na respectiva situação
económica ou financeira.
Excepções a estas regras só podem ser aprovadas ao nível da
Comissão Executiva do Conselho de Administração ou ao nível
As provisões para crédito e a classificação dos clientes nas
do Conselho de Administração do BFA.
classes de risco são objecto de revisão mensal. Na classificação
dos clientes nas classes de risco, Banco tem em consideração a
Reestruturações
existência de operações com risco equiparado a Estado e
Por princípio, o BFA só formaliza operações de reestruturação de
aquelas em que estão a ser ultimadas negociações com vista à
créditos em curso caso se observe um dos seguintes critérios:
regularização do crédito vencido. Neste âmbito, adicionalmente
é efectuada uma análise aos 50 grupos com maior
䊏
䊏
São apresentadas novas garantias (mais líquidas e / ou mais
incumprimento na Banca de Empresas, com atribuição de uma
valiosas) para a nova operação;
provisão económica sobre o risco de cada exposição.
É efectuada a prévia liquidação de Juros Remuneratórios e de
Mora (no caso de operação em incumprimento);
䊏
Ocorre liquidação parcial significativa do capital em dívida
(regular e / ou irregular).
Excepcionalmente e caso não se verifique nenhum dos
pressupostos descritos, o BFA admite formalizar a reestruturação
104
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
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TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
A carteira de títulos do BFA respeita o princípio da elevada
qualidade creditícia dos seus emitentes, sendo integralmente
constituída por títulos emitidos pelo Estado Angolano e pelo
Banco Nacional de Angola, nos exercícios findos em 31 de
Dezembro de 2010 e 2009.
O Banco gere os riscos de liquidez e de taxa de juro do seu
Balanço de acordo com os princípios e limites estabelecidos no
Manual de Limites e Procedimentos da Direcção Financeira e
Internacional (DFI), o que se traduz numa selecção criteriosa
dos títulos em carteira, nomeadamente quanto à maturidade e
tipo de juro a receber (taxa fixa ou indexada).
O risco de taxa de juro é calculado considerando o somatório do
impacto de uma variação paralela nas curvas de taxas de juro na
valorização dos Activos e Passivos do Banco.
A aprovação do Manual de Limites e Procedimentos da Direcção
Financeira e Internacional é da competência do Conselho de
Administração do Banco. É da responsabilidade da DFI submeter
anualmente à apreciação e deliberação do Conselho de
Administração a revisão, se necessária, do Manual.
A carteira de títulos do Banco é repartida entre títulos
denominados em moeda nacional e em moeda estrangeira, tendo
em atenção a estrutura global do seu Balanço, evitando incorrer
por esta via, em risco cambial.
Demonstrações financeiras | Notas
105
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Relatório de Auditoria
PKF
Accountants &
business advisers
RELATÓRIO DE AUDITORIA
Introdução
1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas do Banco de Fomento Angola, S.A., as quais compreendem o Balanço
em 31 de Dezembro de 2010 (que evidencia um total de 597 575 169 milhares de kwanzas angolanos e um total de
capital próprio de 60 733 228 milhares de kwanzas angolanos, incluindo um resultado liquido de 24 067 809 milhares
de kwanzas angolanos), a Demonstração dos resultados e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela
data e o correspondente Anexo.
Responsabilidades
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras
que apresentem de
forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Banco, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa, bem
como a adopção de politicas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno
apropriado.
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada
no nosso exame
daquelas demonstrações financeiras.
Âmbito
4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as normas de auditoria geralmente aceites, as quais exigem que
o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações
financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes.
Para tanto o referido exame incluiu:
I. A verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações
financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração
utilizadas na sua preparação;
II. A apreciação sobre se são adequadas as política contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as
circunstâncias
III. A verificação da aplicabilidade do principio da continuidade;
IV. A apreciação sobre se é adequada, em tenros globais, a apresentação das demonstrações financeiras.
5. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.
106
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
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PKF
Accountants &
business advisers
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Opinião
6. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os
aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do Banco de Fomento Angola, S.A. em 31 de Dezembro de
2010, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os
princípios contabilísticos geralmente aceites em Angola para o sector bancário (nota 2).
Ênfase
7. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, gostaríamos de chamar a atenção para o facto de em 2010 o
Banco ter adoptado pela primeira vez os princípios estabelecidos no Plano de Contas para as Instituições Financeiras
(CONTIF), tendo a data de transição sido reportada a 1 de Janeiro de 2009. Consequentemente, a informação
financeira de 2009, anteriormente apresentada de acordo com o Plano de Contas para as Instituições Financeiras
(PCIF), foi expressa de acordo com o CONTIF para efeitos de comparabilidade (nota 2).
Luanda, 6 de Abril de 2011
PKF ANGOLA – Auditores e Consultores, S.A.
Representada por Henrique Manuel
Camões Serra
Tel. 222 338 957 I Fax 222 338 957 I www.pkf.com
PKF ANGOLA - AUDITORES E CONSULTORES S.A I Rua da Missão, n'147, 6" D I Luanda I Angola
PKF ANGOLA _ AUDITORES E CONSULTORES, SA é membro da PKF Internacional Limites, uma rede de sociedades legalmente i. odbde IJtes, 8 qual não aceite quaisquer
responsabilidades pelos actos ou omiss6es de qualquer sociedade ou sociedades membro.
Relatório de Auditoria
107
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Relatório e parecer do Conselho Fiscal
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
Senhores Accionistas do
Banco de Fomento Angola, S.A.
1. Nos termos da Lei e do mandato que nos foi conferido, em conformidade com o Artigo 22° dos Estatutos, apresentamos
o relatório sobre a actividade fiscalizadora por nós desenvolvida bem como o parecer sobre os documentos de prestação
de contas apresentados pelo Conselho de Administração do Banco de Fomento Angola, S.A. (Banco) relativos ao
exercício findo em 31 de Dezembro de 2010.
2. No decurso do exercício acompanhámos, com a periodicidade e a extensão que considerámos adequada, a evolução
da actividade do Banco, a regularidade dos registos contabilísticos e o cumprimento das normas legais e estatutárias
aplicáveis. Obtivemos também do Conselho de Administração e dos diversos serviços do Banco as informações e os
esclarecimentos solicitados.
3. Analisámos e concordámos com o conteúdo do Relatório dos Auditores emitido pela Sociedade PKF Angola –
Auditores e Consultores, S.A.
4. No âmbito das nossas funções, examinámos o Balanço em 31 de Dezembro de 2010, as Demonstrações de
Resultados e de Origem e Aplicação de Fundos para o exercício findo naquela data, bem como os respectivos anexos,
incluindo as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados.
5. Adicionalmente, procedemos à análise do Relatório de Gestão do exercício de 2010 preparado pelo Conselho de
Administração e da proposta de aplicação de resultados, nele incluída.
6. Face ao exposto, e tendo em consideração o trabalho realizado, somos de parecer que a Assembleia-geral:
A. Aprove o Relatório de Gestão relativo ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010,
B. Aprove as Contas relativas a esse exercício, e
C. Aprove a Proposta de Aplicação de Resultados.
7. Desejamos finalmente expressar o nosso reconhecimento ao Conselho de Administração e aos serviços do Banco,
pela colaboração que nos foi prestada.
Luanda, 6 de Abril de 2011
O Conselho Fiscal
Amílcar Safeca
Presidente
Susana Trigo Cabral
Vogal
Henrique Camões Serra
Vogal
108
Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2010
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Anexos
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Contactos do BFA
EDIFÍCIO SEDE
CENTROS DE INVESTIMENTO
SEDE
Rua Amílcar Cabral, 58
Luanda
Fax: (+244) 222 638 972
BAIXA
Rua Sequeira Lukoki com
Alfredo Trony
Ingombota – Luanda
Telefone(s): (+244) 222 336
285 / 337 030
Fax: (+244) 222 333 234
Rua Amílcar Cabral, 58
Maianga – Luanda
Telefone: (+244) 222 638 900
Website: www.bfa.ao
Homebanking: www.bfanet.ao;
www.bfanetempresas.ao
MAJOR KANHANGULO
Rua Major Kanhangulo 98/103
Ingombota – Luanda
Telefone(s): (+244) 222 394
456 / 251
Fax: (+244) 222 393 145
SERPA PINTO
Largo Serpa Pinto n.º 233, R/C
Ingombota – Luanda
Telefone(s): (+244) 222 392
094 / 393 051
Fax: (+244) 222 393 195
BENGUELA CASSANGE
Rua Comandante Cassange s/n
Benguela
Telefone(s): (+244) 272 230
190 / 193
Fax: (+244) 272 230 196
LOBITO CAPONTE
Gavento da Rua 13 com AV.
Salvador Correia,
Zona Induatrial da Canata R/C
(edifício da Agência Lobito –
Caponte)
Benguela
Telefone(s): (+244) 272 226
242 / 243
Fax: (+244) 272 226 239
CENTROS DE EMPRESAS
SEDE
Rua Amílcar Cabral, 58
Luanda
Telefone: (+244) 222 638 961
Fax: (+244) 222 638 938
CACUACO
Estrada Directa de Cacuaco,
Largo da Igreja, s/n, Edifício
da Agência do Cacuaco
Luanda
Telefone(s): (+244) 222 511
369 / 375 / 447
Fax: (+244) 222 511 413
COQUEIROS
Rua Francisco das
Necessidades Castelo Branco,
25 – Bairro dos Coqueiros
Luanda
Telefone(s): (+244) 222 336
593 / 186 / 335 171
Fax: (+244) 222 372 421
LARGO SERPA PINTO
Largo Serpa Pinto, n.º 233 R/C
Ingombota – Luanda
Telefone(s): (+244) 222 392
952 / 859
Fax: (+244) 222 392 734
MAJOR KANHANGULO
Rua Major Kanhangulo s/n
Ingombotas – Luanda
Telefone(s): (+244) 222 393
433 / 394 022
Fax: (+244) 222 393 839
MORRO BENTO
Rua 21 de Janeiro, Morro Bento
Luanda
Telefone(s): (+244) 222 333
451 / 336 786 / 336 802
Fax: (+244) 222 391 507
SANTA BÁRBARA
Av.ª Marginal 2, s/n
Luanda
Telefone: (+244) 222 696 419
Fax: (+244) 222 696 420
VIANA POLO INDUSTRIAL
Estrada de Catete – Polo
Industrial KM 23, s/n
Luanda
Telefone: (+244) 222 696 487
Fax: (+244) 222 686 488
VIANA ESTALAGEM
Estalagem do Leão Estrada
Principal de Viana
Luanda
Telefone(s): (+244) 222 291
093 / 723
Fax: (+244) 222 291 083
CABINDA – DEOLINDA
RODRIGUES
Bairro Deolinda Rodrigues,
Rua Comendador Henriques
Serrano, s/n
Cabinda
Telefone(s): (+244) 231 220
381 / 309 / 823
Fax: (+244) 231 220 382
BENGUELA CASSANGE
Rua comandante Cassange s/n
Benguela
Telefone(s): (+244) 272 236
604 / 605
Fax: (+244) 272 236 606
LOBITO CAPONTE
Gaveto da Rua 13 com
Avenida Salvador Correia, Zona
Industrial da Canata, 1.º andar
Benguela
Telefone(s): (+244) 271 226
240 / 1
Fax: (+244) 272 226 238
LUBANGO
Rua Pinheiro Chagas, n.º 117
Huíla
Telefone(s): (+244) 261 224
287 / 225 689
Fax: (+244) 261 224 010
Anexos | Contactos do BFA
111
1440-109-112_Anexos_1440-004-000_Anexos.qxd 11/08/12 15:50 Page 112
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