PAP017522 - INVESTIGAÇÃO SOBRE USOS
PREPONDERANTES E QUALIDADE DA ÁGUA
EM POÇOS PARTICULARES - ESTUDO DE
CASO EM CRUZ DAS ALMAS (BA)
Discentes: Claudia Leal / Mariana Lopes Bastos Orientadora: Profª Drª Rosa Alencar S. de Almeida CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL INTRODUÇÃO Cenários que contribuem para escolha de soluções
alternativas Intermitência no fornecimento de água na rede, valor das tarifas cobradas pelos serviços, percepção dos usuários sobre a qualidade da água da rede, e até mesmo o desconhecimento dos riscos associados ao consumo de água de má qualidade.
SOLUÇÕES ALTERNATIVAS Fonte: Manual De Orientação Para Cadastramento Das Diversas Formas De Abastecimento De Água
Águas subterrâneas Senso comum: águas subterrâneas estão protegidas e têm melhor qualidade. Fato: Processos de contaminação comprometem a qualidade da água. •  áreas urbanas: processos pontuais de contaminação pela existência de fossas, oficinas mecânicas, postos de abastecimento e cemitérios, além da disposição inadequada de resíduos urbanos e efluentes de sistemas de esgoto sanitário. •  áreas rurais: os processos difusos, aUngindo áreas maiores e, portanto mais diVceis de serem idenUficados. Pressupostos para manutenção
da
qualidade
da
água
q
•  Afastar fontes de poluição; •  Adotar cuidados na hora da captação; •  UUlizar boas práUcas no ição u
l
o
P
de
Fontes
armazenamento. Fonte: h^p://e-­‐porteflio.blogspot.com.br/2009/05/recursos-­‐geologicos-­‐aguas-­‐subterraneas.html Relatos da Região Estudada Abertura de poços privados para os mais diversos usos da água; perfurados de forma manual com equipamentos improvisados, como também de forma mecanizada.
Imagens ©2014 DigitalGlobe, Dados do mapa ©2014 Google Objetivo Geral Caracterizar a qualidade da água captada em poços parUculares na zona urbana de Cruz das Almas (BA) e idenUficar os usos preponderantes do recurso; bem como avaliar a noção dos consumidores sobre os riscos inerentes ao consumo de água de má qualidade.
Cruz das Almas Recôncavo Sul da Bahia 150 Km de Salvador
População esUmada em 63.761 (IBGE,2014) SNIS – Sistema Nacional de Informações do Saneamento Índices de Atendimento com Rede de Água da População Urbana – 100% Índices de Atendimento com Rede de Água da População Total -­‐ 86,9% (2011) / 92,69 (2012) Imagens ©2014 DigitalGlobe, Dados do mapa ©2014 Google A água subterrânea no município
de Cruz das Almas q
33 poços cadastrados Uso para abastecimento domésUco e/ou dessedentação animal (SIAGAS,2013)
Informações sobre qualidade da água estão incompletas ou são inexistentes. Seleção Poços Aplicação QuesUonários METODOLOGIA Seleção Parâmetros Realização Análises Levantamento e seleção dosqpoços para estudo
Quantidade de residências
Nº de questionários
Nº de Poços
Avaliação
Levantamento e seleção dosqpoços para estudo
505 residências
123 questionários
15 Poços
30 analises
Elaboração e aplicação
q dos questionários
(INOCOOP, 2013 e Ana Lúcia, 2014), •  Situação sócio-­‐demográfica do entrevistado; •  Caracterização do Upo de abastecimento de água usado no domicílio; •  Percepção do usuário sobre a qualidade da água; •  Usos da água captada nos poços privados.
Seleção dos parâmetros e metodologia
de análise
q
QuesUonário Renda Escolaridade Tipo de Abastecimento RESULTADOS Percepção Hábitos Da aplicação dos
q questionários
Da aplicação dos
q questionários
Da aplicação dos
q questionários
Da aplicação dos
q questionários
q
Tem algum conhecimento de doença de transmissão hídrica?
Bairro INOCOOP Bairro Ana Lúcia 31% 57% Sim 69% Não 43% Sim Não q
Tem algum conhecimento de como pode evitá-­‐las?
Bairro Ana Lúcia 36% Bairro INOCOOP Sim 64% Não 31% Sim 69% Não q
Com qual frequência limpa os reservatórios domiciliares?
Bairro Ana Lúcia Bairro INOCOOP 43% 45% 32% 21% Semestral 18% Anual 16% 15% Nunca limpou Não estabelecido 9% Semestral Anual Nunca limpou Não estabelecido Usos preponderantes da água dos poços privados
q
Bairro Ana Lúcia Bairro INOCOOP Simples ingestão 13% 7% Preparação de alimentos Higiene pessoal 40% 20% 20% Lavagem de utensílios de cozinha Lavagem geral 11% 22% 22% Preparação de alimentos Higiene pessoal Lavagem geral 45% Rega de jardins Das analises de laboratório
q
Amostra
Procedência da Amostra
C.TO.
Turbidez
UFC/100mL
UT
Limite
Resolução
CONAMA
Nº396/2008
Ausente
Portaria
MS
5
VALOR DE
REFERÊNCIA
(OMS)
Ausente
4
pH
6
Cor
Amônia
mg/L
15 uH
Portaria
MS
1,5
1,5
Primeira Campanha - Bairro INOCOOP
P1:Rua B Nº 244 01/2013
Presente 0,21 P2:Rua C Nº166 01/2013
Presente 23,00 P3:Rua J Nº 207 01/2013
Presente 1,00 P4:Rua B Nº 32 01/2013
Presente 28,20 P5:Rua D Nº 30 01/2013
Presente P6:Rua J Nº 340 01/2013
P7:Rua C Nº105 P8:Rua Álvaro Nº 45 4,06
<3
0,50
3,83 3,00
1,00
4,09
1,00
<3
3,90 3,00
1,00
0,53 3,70
<3
3,00
Ausente 0,13 3,98
<3
2,00
01/2013
Presente 0,10 3,94
<3
0,25
01/2013
Presente 0,52 3,85 3,00
2,00
Das analises de laboratório
q
Procedência da Amostra
Amostra
C.TO.
UFC/100mL
Turbidez
UT
pH
Cor
Amônia
mg/L
Limite Resolução
CONAMA
Nº396/2008
Ausente
Portaria MS
5
6
15 uH
Portaria MS
1,5
VALOR DE
REFERÊNCIA
(OMS)
Ausente
4
1,5
Segunda Campanha - Bairro AnaLúcia
P1: Rua Sismil Vaz Lordelo, condomínio Mais Viver; P2: Rua José Albib Cury, número 109; P4: Rua José Albib Cury, número 329; 01/2014
01/2014
01/2014
0,52 0,59 0,34 4,32 6,40 4,58 < 3 < 3 < 3 0,10 0,10 0,10 P5: Rua Manoel Pedro da Silveira, número 517; 01/2014
0,65 3,88 < 3 0,10 P6: Rua Manoel Pedro da Silveira, número 135; P7: Rua Hermiro Costa e Silva, número 30; 01/2014
01/2014
0,41 0,89 4,18 4,01 < 3 < 3 0,10 1,00 P8: Rua Manoel Pedro da Silveira, número 28; P9: Rua Sismil Vaz Lordelo, número 298; P10: Rua Sismil Vaz Lordelo, número 212; P11: Rua Sismil Vaz Lordelo, número 214; 01/2014
01/2014
01/2014
01/2014
0,93 0,49 0,28 0,06 4,05 4,28 4,10 4,22 < 3 < 3 < 3 < 3 2,00 3,00 0,1 0,1 P12: Rua Manoel Pedro da Silveira, número 338; P13: Rua Hermiro Costa e Silva, número 211; P14: Rua Hermiro Costa e Silva, número 15; P15: Rua Hermiro Costa e Silva, número 254; 01/2014
01/2014
01/2014
01/2014
0,23 4,12 0,43 0,06 3,90 4,04 5,09 4,25 < 3 < 3 < 3 < 3 2,00 2,00 2,00 0,5 Resultados não disponíveis Das condições operacionais dos poços q
Figura 5.9: Poços fora de conformidade de conservação P1 eP5, respectivamente
Fonte: Autoria própria Conclusões e Recomendações
q
A água explotada nos poços estudados está inadequada para fins potáveis, e, portanto, o seu uso deve se restringir simplesmente a regar jardins, lavagem em geral, bacia sanitária e outros usos não potáveis. Recomendar arUculação de ações conjuntas, entre os órgãos que atuam no campo da saúde e os entes municipais, para promover o controle e a vigilância da água para consumo humano. Conclusões e Recomendações
q
A água explotada nos poços estudados está inadequada para fins potáveis, e, portanto, o seu uso deve se restringir simplesmente a regar jardins, lavagem em geral, bacia sanitária e outros usos não potáveis. Capacitar a população para compreender a qualidade da água requerida para os diversos usos, as responsabilidades do prestador de serviços no que se refere a regularidade e conUnuidade do abastecimento por rede de distribuição, como também conhecer os princípios de universalização e equidade que norteiam a políUca de saneamento no Brasil. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
q
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ABAS (2013) -­‐ Associação Brasileira de Águas Subterrâneas. Disponível em< www.abas.gov.br> Acessado em agosto de 2013. ABDALLA, Kênia Victória. et al. Avaliação da dureza e das concentrações de cálcio e magnésio em águas subterrâneas da zona urbana e rural do município de rosário-­‐ma. XVII Encontro Nacional de Perfuradores de Poços. 2013. ABNT -­‐ Associação Brasileira de Normas Técnicas. Construção de poço para captação de água subterrânea: NBR 12244. Rio de Janeiro, 1992. Disponível em: <
h^p://www.ebah.com.br/content/ABAAAAKTsAD/nbr-­‐12244-­‐construcao-­‐poco-­‐
captacao-­‐agua-­‐subterranea> Acesso em 09 de outubro de 2013 ALMEIDA, Rosa Santana de. Índice de Qualidade de Uso da Água Subterrânea (E-­‐IQUAS): uma metodologia de modelagem numérica flexível. Tese (Doutorado em Energia e Ambiente) – Centro Interdisciplinar em Energia e Ambiente, Universidade Federal da Bahia (UFBA, BA), Salvador, 2012. BAHIA. LEI Nº 11.612 de 08 de Outubro de 2009 BRASIL. ConsUtuição (1988). ConsUtuição da República FederaUva do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1998. BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual PráUco de Análise de Água. Brasília: Funasa, 2009. • 
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BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução Nº 335/2003, que dispõe sobre o licenciamento ambiental de cemitérios. Diário Oficial da União 2003. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução Nº 357/2005 -­‐ Dispõe sobre a classificação dos corpos de água superficial e diretrizes ambientais para enquadramento, bem como estabelece as condições padrões de lançamento de efluentes. Diário Oficial da União 2005 BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução Nº 396, DE 03 DE ABRIL DE 2008 -­‐ Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências. Diário Oficial da União 2008; 03 de abril. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH). Resolução n.°107. Estabelece as diretrizes e critérios a serem adotados para o planejamento, a implantação e a operação de Rede Nacional de Monitoramento Integrado QualitaUvo e QuanUtaUvo de Águas Subterrâneas Brasília: Conselho Nacional de Recursos Hídricos. 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Boas PráUcas no Abastecimento de Água: procedimento para a minimização de ricos a saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Orientação para Cadastramento das Diversas Formas de Abastecimento de Água. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2914 de 12 de dezembro de 2011. Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. 
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