UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO GILNARA YANNE DE SOUZA ARAÚJO ELEMENTOS MOTIVADORES E INIBIDORES NO COMPORTAMENTO DE COMPRA ONLINE POR MEIO DO USO DE APLICATIVOS EM DISPOSITIVOS MÓVEIS NATAL/RN 2014 GILNARA YANNE DE SOUZA ARAÚJO ELEMENTOS MOTIVADORES E INIBIDORES NO COMPORTAMENTO DE COMPRA ONLINE POR MEIO DO USO DE APLICATIVOS EM DISPOSITIVOS MÓVEIS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do curso de graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Carlos David Cequeira Feitor, Ddo. NATAL/RN 2014 Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA Araújo, Gilnara Yanne de Souza. Elementos motivadores e inibidores no comportamento de compra online por meio do uso de aplicativos em dispositivos móveis / Gilnara Yanne de Souza Araújo. – Natal, RN, 2014. 58f. Orientador: Prof. Me. Carlos David Cequeira Feitor. Monografia (Graduação em Administração) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciências Administrativas. 1. Administração – Monografia. 2. Comércio eletrônico – Monografia. 3. Comportamento do consumidor – Monografia. 4. Decisão de compra – Monografia. I. Feitor, Carlos David Cequeira. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título. RN/BS/CCSA CDU 004.738.5:339 GILNARA YANNE DE SOUZA ARAÚJO ELEMENTOS MOTIVADORES E INIBIDORES NO COMPORTAMENTO DE COMPRA ONLINE POR MEIO DO USO DE APLICATIVOS EM DISPOSITIVOS MÓVEIS Monografia apresentada e aprovada em _____ de _____________ de _____, pela banca examinadora composta pelos seguintes membros: __________________________________________________________ (Carlos David Cequeira Feitor, Ddo.) Orientador __________________________________________________________ (André Morais Gurgel, Ddo.) Examinador __________________________________________________________ (Josué Vitor de Medeiros Junior, Dr.) Examinador Dedico esse trabalho aos meus pais, por todo apoio e confiança que em mim foi depositado durante toda a minha vida, em especial durante a jornada acadêmica. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por me proporcionar momentos de alegria e por ter sido meu sustento nos momentos de tristeza. Eu nunca teria conseguido concluir esta jornada sem a Sua capacitação. Agradeço à minha família, em especial ao meu pai e à minha mãe, Gilmar e Socorro, por todo carinho e amor que foi confiado a mim. Por todos os sacrifícios feitos para que meus sonhos fossem concretizados. Agradeço à minha irmã, Gerlany, e ao meu sobrinho, Josué, por todo afeto e companheirismo. Agradeço ao meu namorado, Eliakim, por todas as palavras de conforto, por seu amor e paciência. Agradeço aos meus amigos, por sempre acreditarem no meu potencial e por terem me ajudado de forma direta ou indiretamente para a conclusão deste trabalho. Agradeço a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a todos os docentes do curso de Administração, por terem proporcionado o meu amadurecimento profissional e acadêmico ao longo desses quatro anos. Agradeço ao meu orientador – Prof. Carlos Feitor, por ter acreditado no meu potencial e ter me conduzido com paciência a conclusão deste trabalho. Agradeço a todas as pessoas que se dispuseram a responder ao questionário. A participação de todos foi essencial. Mais uma vez, meus sinceros agradecimentos. RESUMO Este estudo buscou analisar os fatores motivadores e inibidores que influenciam no processo de decisão de compra através de aplicativos de compra, pois o uso dessa ferramenta é cada vez maior e por isso, faz-se necessário um estudo mais aprofundado sobre este meio de compra. Dessa maneira, foi realizada a aplicação de um questionário online com uma amostra de 133 consumidores, entretanto, apenas 57 entrevistados foram estudo de análise, pois fazem uso de aplicativos, seja para a realização da compra ou não. A pesquisa é descritiva e visa relacionar os resultados coletados ao referencial teórico pesquisado. Os resultados do estudo apontam que grande parte dos fatores foram atribuídos como motivadores para a compra por meio de aplicativos; também foi possível identificar a relação positiva entre o nível de satisfação com as compras móveis e a intenção de realização de compras futuras pelo mesmo meio. Assim, conclui-se que os principais fatores que foram apontados como motivadores no momento da decisão da compra pertencem aos critérios: facilidade de acesso e conveniência. Já os principais fatores inibidores estão relacionados aos critérios segurança e socialização e afetividade. Entretanto, apesar desses fatores inibidores, a amostra permanece adepta a esta nova forma de comprar. Palavras-chave: Comércio móvel. Dispositivos móveis. Comportamento. Aplicativos. ABSTRACT This study investigates the motivators and inhibitors factors that influence the purchase decision process through purchase applications because the use of this tool is increasing and therefore, further study is necessary for this procedure. Thus, the application of an online questionnaire with a sample of 133 consumers was conducted, however, only 57 were interviewed study analysis as they make use of applications, either to carry out the purchase or not. The research was descriptive, in order to relate the results collected to the theoretical framework searched. The study results indicate that most of the factors were assigned as motivators for purchase through applications, but most of the young population still feel unsafe to purchase through this medium; it was also possible to identify the positive relationship between the level of satisfaction within the mobile shopping and intend to carry out future purchases by the same means. It is concluded that the main factors that were identified as motivators to the purchase decision belong to the criteria: ease of access and convenience. About the inhibiting factors are related to security criteria and socialization and affection. However, despite these inhibiting factors, the sample remains adept at this new way of shopping. Keywords: Mobile Commerce. Mobile Devices. Behavior. Applications. LISTA DE FIGURAS Figura 01 Figura 02 Figura 03 Modelo dos cinco estágios do processo de compra do consumidor.............. 16 Modelo de comportamento do consumidor................................................... 16 Modelo dos sete estágios do processo de decisão de compra....................... 17 LISTA DE GRÁFICOS Grafico 01 Gráfico 02 Gráfico 03 Gráfico 04 Gráfico 05 Gráfico 06 Gráfico 07 Share do m-commerce no Brasil – Volume transacional.............................. Gênero............................................................................................................. Faixa Etária..................................................................................................... Escolaridade.................................................................................................... Ocupação Principal......................................................................................... Renda individual mensal................................................................................. Estado Civil.................................................................................................... 27 33 33 34 34 35 35 LISTA DE TABELAS Tabela 01 Tabela 02 Tabela 03 Tabela 04 Tabela 05 Tabela 06 Tabela 07 Tabela 08 Tabela 09 Tabela 10 Tabela 11 Tabela 12 Perfil da amostra relacionada aos dispositivos móveis................................... Nível de Satisfação dos que já realizaram uma compra por um aplicativo..... Intenção de Compra dos que já realizaram uma compra por um aplicativo.... Intenção de Compra dos que nunca realizaram uma compra por um aplicativo......................................................................................................... Facilidade de Acesso....................................................................................... Preço................................................................................................................ Informação....................................................................................................... Segurança......................................................................................................... Conveniência................................................................................................... Socialização e Afetividade.............................................................................. Importância dos fatores................................................................................... Dados dos fatores na Loja Física..................................................................... 36 38 38 39 40 41 41 43 43 44 44 52 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................11 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA............................................................11 1.2 OBJETIVOS ...........................................................................................................12 1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................12 1.2.2 Objetivos Específicos..................................................................................12 1.3 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................13 2. REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................14 2.1 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR...........................................................14 2.1.1 Modelo do Comportamento de Compra.........................................................16 2.1.2 Reconhecimento do Problema........................................................................18 2.1.3 Busca de Informações....................................................................................19 2.1.4 Avaliação das Alternativas.............................................................................20 2.1.5 Decisão de Compra........................................................................................20 2.1.6 Comportamento Pós-Compra.........................................................................21 2.2 INTERNET...............................................................................................................22 2.2.1 Principais Conceitos................................................................................22 2.2.2 Comércio Eletrônico................................................................................23 2.2.3 Os consumidores e a Internet...................................................................24 3. METODOLOGIA......................................................................................................29 3.1 Tipo de Pesquisa......................................................................................................29 3.2 Universo e amostra...................................................................................................29 3.3 Técnicas de coleta de dados.....................................................................................30 3.4 Técnicas de análise dos dados...........................................................................31 4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS...................................................33 4.1 Perfil da amostra.......................................................................................................33 4.2 Apresentação dos resultados.....................................................................................37 4.2.1 Nível de Satisfação versus Intenção de Compra....................................................37 4.2.2. Fatores motivadores e inibidores da compra por meio de aplicativos..................38 4.2.2.1. Facilidade de Acesso...................................................................................40 4.2.2.2. Preço...........................................................................................................40 4.2.2.3. Informação..................................................................................................41 4.2.2.4. Segurança....................................................................................................42 4.2.2.5. Conveniência...............................................................................................43 4.2.2.6. Socialização e Afetividade..........................................................................43 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................45 5.1 Proposições..............................................................................................................46 5.2 Limitações do estudo...............................................................................................47 REFERÊNCIAS................................................................................................................48 APÊNDICE.........................................................................................................................52 11 1 INTRODUÇÃO 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA A internet tem gerado diversas alterações na maneira como as pessoas se comunicam, trabalham, trocam informações e até na maneira como elas compram. O volume de compras online tem crescido bastante e poderá modificar diretamente a forma como as empresas se relacionam com os consumidores (CARO, 2010). Com esses avanços tecnológicos, a eficácia dos meios de comunicação utilizados pelo Marketing se encontra mais difícil, pois o crescente acesso à informação tem alterado o comportamento de compra do cliente, tornando complicada a captação da sua atenção (SILVA, 2013). Esse aumento das fontes de informação pode estar ligado à origem do comércio móvel. Segundo Becker (apud MARTIN, 2013) não há dúvidas de que o mundo mudou e que agora ele se tornou móvel. Hoje, o ser humano possui o poder em suas mãos para satisfazer as suas necessidades a qualquer momento. Gabriel (2010) afirma que essa mobilidade possibilita que as pessoas utilizem os seus computadores, literalmente, aonde forem. A facilidade que os dispositivos móveis vêm proporcionando a população é tão grande, que sua parcela de abrangência cresce substancialmente. A firma de consultoria E-bit (2014) afirmou que o mcommerce representou um crescimento de 84% em um único ano. O faturamento de transações efetuadas por um dispositivo móvel no Brasil mais que dobrou em comparação com o ano anterior – 2013 –. Este dado fortalece a ideia de que cada vez mais pessoas vêm utilizando dispositivos móveis como smartphones e tablets para realizar suas necessidades e compromissos. Sendo assim, conforme a propagação das tecnologias juntamente com o crescimento dos dispositivos móveis, um novo paradigma é formado tanto no que se refere ao comportamento do consumidor, quanto ao que se refere às necessidades e possibilidades de mudanças que devem ocorrer no âmbito das estratégias de marketing para poder lidar com essas mudanças sociotecnológicas (GABRIEL, 2010). As organizações precisam entender que a população se encontra cada vez mais móvel. É mediante este avanço do m-commerce que o presente estudo pretende analisar o comportamento dos consumidores do comércio móvel da cidade de Natal/RN, buscando responder a seguinte questão: 12 Quais são os fatores que motivam e os que inibem o processo de compra dos consumidores por meio de um aplicativo de compra? A escolha dos aplicativos como meio de compra decorreu do fato de alguns sites não serem adaptados às plataformas móveis e assim, desfavorecendo o processo de compra, em alguns casos. Por fim, este trabalho está dividido em cinco capítulos principais. Primeiramente, é exposta a parte introdutória do trabalho, explicando de forma breve sobre o tema proposto, a contextualização e o problema da pesquisa, os objetivos geral e específicos e a justificativa do estudo. Logo em seguida, encontra-se o referencial teórico, que apresenta a revisão da literatura. O terceiro capítulo expõe a metodologia utilizada na pesquisa, abordando a caracterização da pesquisa, o plano de coleta de dados e o plano de análise dos dados. No capítulo quatro constam as análises dos dados e o quinto capítulo trata das conclusões feitas pelo trabalho. Ao final, são expostas as referências utilizadas na elaboração da pesquisa. 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral Analisar os fatores motivadores e inibidores que influenciam no processo de decisão de compra através de aplicativos de compra. 1.2.2 Objetivos Específicos Identificar a relação entre a intenção de compra dos consumidores com o nível de satisfação que essa compra fornece; Identificar os principais fatores que motivam o processo de compra por meio de aplicativos de compra; Identificar os principais fatores que inibem o processo de compra por meio de aplicativos de compra. 13 1.3 JUSTIFICATIVA Com o avanço dos números de transações realizadas no âmbito do comércio eletrônico, juntamente com o avanço de uma de suas vertentes, que é o comércio móvel, torna-se fundamental para todas as empresas captar informações sobre o comportamento dos consumidores adeptos a estas novas tecnologias a fim de que adquiram vantagem competitiva e desenvolvam novas estratégias para permanecerem firmes no mercado. Através da mobilidade tecnológica, diversas ferramentas para a realização da compra foram desenvolvidas, dentre elas se encontram os aplicativos. Devido à maior inserção dos consumidores adeptos a esta nova possibilidade de compra torna-se fundamental, crucial e relevante o desenvolvimento desta pesquisa. A escolha do tema também está relacionada ao fato do pesquisador deste estudo nunca ter realizado uma aquisição online devido fatores que inibem o seu processo de compra provocado pela falta de conhecimento sobre este mercado que está em ascensão, provocando seu interesse acerca do tema escolhido. Além disso, levou-se em consideração a disponibilidade do material bibliográfico sobre o comportamento do consumidor, comércio eletrônico e comércio móvel, capaz de embasar todo o estudo. No que diz respeito ao ambiente acadêmico, esta pesquisa objetiva contribuir de alguma forma para o conhecimento de toda comunidade acadêmica que porventura venha a ter acesso ao presente material, e assim possa fundamentar estudos futuros na área do comércio móvel. No ponto de vista empresarial, esta pesquisa pode fornecer informações às empresas pertencentes ao comércio móvel sobre os elementos que motivam e inibem o processo de compra dos consumidores com intuito de que elas possam conhecer seus clientes e direcionar ações estratégicas capazes de sanar os fatores que inibem e aprimorar os fatores motivadores do seu público e assim, tornando os clientes cada vez mais envolvidos com o seu produto. No ponto de vista científico, essa pesquisa reunirá informações que serão balizadoras para o desenvolvimento tecnológico e para empresas e comércios identificarem tendências que os consumidores têm adotado e assim, podendo oferecer suporte à inserção de novas empresas nesta nova maneira de comercializar produtos e/ou serviços. Por fim, é esperado através deste trabalho, contribuir de alguma forma para o crescimento do comércio móvel (mobile commerce). 14 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Giglio (1996, p. 13) considera o marketing como “um conjunto de ações orientadas para o cliente, que tem como retaguarda o marketing integrado, visando gerar a sua satisfação e bem-estar a longo prazo, como chave para atingir metas organizacionais”. Ele afirma que marketing não é um departamento de uma empresa, mas sim, um conjunto de ações voltadas para o consumidor e que devem ser praticadas por todos na organização. Todos os empenhos devem partir do consumidor e retornar com soluções que garantam a sua satisfação. A organização que não compreender que este é o caminho que deve ser seguido, consequentemente correrá o risco de não ter oportunidade no mercado competitivo. Mediante esta definição, torna-se perceptível a essência do real dever de uma empresa, que é garantir a satisfação dos seus consumidores a fim de que obtenha o sucesso. Todavia, certificar a satisfação de um cliente não é uma tarefa tão simples. E como forma de facilitar este objetivo do marketing, administradores fazem uso do estudo do comportamento do consumidor com o propósito de entender os fatores que realmente deixariam os clientes satisfeitos com uma compra. Segundo Minor e Mowen (2003) os estudos que norteiam a área do comportamento do consumidor não é algo moderno. Os primeiros estudos se originaram nos anos 60, porém, sua origem ocorreu bem antes. LAS CASAS (2011) afirma que o marketing começou a ser direcionado mais para o consumidor a partir da década de 50, e devido a este direcionamento o processo de comercialização deveria começar com a percepção dos desejos e necessidades de cada cliente a fim de que as ofertas se ajustassem a essas necessidades. Os autores possuem idéias muito semelhantes ao dissertar sobre a importância do estudo do comportamento do consumidor. Las Casas (2011) expõe sua ideia sobre o que é o comportamento do consumidor da seguinte forma: “O comportamento do consumidor é uma matéria interdisciplinar de marketing que lida com diversas áreas do conhecimento, como economia, psicologia, antropologia, sociologia e comunicação. O objetivo é estudar as influências e as características do comprador, a fim de obter condições de fazer propostas adequadas de ofertas de marketing, aplicando-se o conceito de marketing” (LAS CASAS, 2011, p. 181). 15 Schiffman e Kanuk (apud OLIVEIRA 2007, p. 14) afirmaram que “o termo comportamento do consumidor se refere ao comportamento que os consumidores demonstram ao pesquisar, comprar, usar, avaliar e se dispor de produtos e serviços que eles esperam que satisfaçam suas necessidades.” Mowen e Minor (2003, p. 3) garantem que o comportamento do consumidor é o “estudo das unidades compradoras e dos processos de troca envolvidos na aquisição, no consumo e na disposição de mercadorias, serviços, experiências e idéias”. Sheth et al (2001) refere-se ao comportamento do consumidor assim: O comportamento do cliente é definido como as atividades físicas e mentais realizadas por clientes de bens de consumo e industriais que resultam em decisões e ações, como comprar e utilizar produtos e serviços, bem como pagar por eles. (SHETH et al, 2001, p. 29) Em 2011, Solomon (apud SOUSA, 2012, p. 18) refere-se ao comportamento do consumidor deste modo: O comportamento do consumidor abrange uma ampla área: é o estudo dos processos envolvidos quando indivíduos ou grupos selecionam, compram, usam ou descartam produtos, serviços, ideias ou experiências para satisfazer necessidades e desejos. (SOLOMON, 2011, p. 33). Todos os conceitos expostos oferecem uma base sobre o que se trata o comportamento do consumidor, porém, o processo de entendimento não é uma tarefa simples para os administradores, pois os clientes estão sujeitos a diversas influências e informações que interferem no processo de compra. Enquanto os administradores estão entendendo um lado do comportamento, o outro já esta em estado de mudança. Ainda assim, deve-se admitir que este estudo pode proporcionar conhecimentos básicos para a garantia de decisões de sucesso no meio empresarial. Entretanto, deve-se compreender que o mesmo só se torna essencial a partir do momento em que uma empresa admite que sua existência esteja ligada ao fato de que é necessária a integral satisfação das necessidades e vontades do consumidor (WILLIAN L. WILKIE et al apud MOWEN; MINOR, 2003, p. 3). E nos dias de hoje, o crescimento da concorrência e a facilidade de opções que o consumidor possui deixa a empresa em uma posição em que não há escolha; ou busca compreender os valores, gostos e desejos dos seus clientes, ou os perdem para a concorrência. A partir disto percebe-se a influência que o consumidor exerce dentro dos processos que movem uma empresa. 16 2.1.1 MODELO DE COMPORTAMENTO DE COMPRA Para compreender o processo de compra do consumidor, estudiosos de marketing desenvolveram um “modelo de etapas”. De acordo com esse modelo, o consumidor passa por cinco estágios: reconhecimento do problema, busca de informações, avaliação de alternativas, decisão de compra e comportamento pós-compra (vide figura 01). É importante ressaltar que esse processo começa bem antes do real ato da compra e possui resultados que persistem durante muito tempo. Entretanto, não é sempre que os consumidores passam por todas as etapas do modelo. Pode ocorrer uma inversão das ordens ou até mesmo a ausência de alguma delas (KOTLER; KELLER, 2006). Figura 01 – Modelo dos cinco estágios do processo de compra do consumidor Fonte: Kotler; Keller (2006) Esses mesmos autores apontam que o ponto de partida para o entendimento do comportamento do comprador é o modelo de estímulo e resposta (vide figura 02). Este modelo demonstra a ideia de que os estímulos ambientais e de marketing invadem a consciência do comprador. Neste contexto, um conjunto de fatores psicológicos juntamente com uma série de características do consumidor induzem a decisão de compra. É neste processo que se encontra o papel do profissional de marketing, no qual consiste em entender o que acontence na consciência do comprador entre a chegada desses estímulos externos até a decisão de compra (KOTLER; KELLER, 2006, p. 182). Figura 02 – Modelo de comportamento do consumidor Fonte: Kotler; Keller (2006, p. 183) 17 De maneira similar a Kotler e Keller, Mowen e Minor (2003) também apresentam o processo de decisão do consumidor com cinco estágios: reconhecimento do problema, busca, avaliação das alternativas, escolha e avaliação pós-compra. Eles consideravam que a tomada de decisão era um processo construtivo (MOWEN, MINOR, 2003, p. 191). Através desta afirmação, esses autores queriam dizer que os consumidores possuíam tomadas de decisões consecutivas e o processo que é usado depende do nível de dificuldade do problema, da informação, das características do comprador e da ocasião em que se encontra. Em contrapartida, Blackwell et al (2005) apresenta um modelo do processo de decisão de compra com sete estágios: reconhecimento da necessidade, busca de informações, avaliação de alternativas na pré-compra, compra, consumo, avaliação pós-consumo e descarte. Tendo como finalidade “analisar como os indivíduos ordenam os fatos e as influências para tomar decisões que são lógicas e consistentes para eles” (BLACKWELL et al, 2005; apud OLIVEIRA, 2007, p. 21). Figura 03 - Modelo dos sete estágios do processo de decisão de compra Fonte: Blackwell et al (2005) Por fim, o presente trabalho irá usar como base o modelo dos cinco estágios do processo de compra do consumidor de Kotler e Keller (2006), uma vez que ele absorve todas as considerações que surgem quando o consumidor encara uma nova possibilidade de compra 18 (KOTLER; KELLER, 2006), e também devido ao fato da etapa descarte proposta por Blackwell et al (2005) não ser objeto de estudo para o presente trabalho. 2.1.2 – Reconhecimento do Problema O reconhecimento da necessidade ou do problema é o estágio inicial de qualquer decisão de compra (CARO, 2005). Esse processo tem seu início a partir das necessidades de um comprador, quando essas surgem diante do momento que este percebe algo que almeja, ou aparece um problema ante o mesmo (KOTLER, 1998). Segundo Basta et al (2005) o reconhecimento de um problema é considerado como uma ausência, um estado de falta ou privação; e não como um problema real físico. O comprador atenta uma discrepância entre o real e o desejado, e a partir dessa ocasião, as necessidades podem surgir (KOTLER, 1998). Essa necessidade pode ser impulsionada por estímulos externos ou internos. No caso dos estímulos internos, as necessidades pessoais dos consumidores podem ser enviadas ao seu consciente como uma forma de impulso; como a fome, o sexo ou a sede. Já as necessidades provocadas por estímulos externos podem surgir pelo simples fato do comprador apreciar um objeto novo do seu amigo ou vizinho. Essa admiração pode desencadear um futuro desejo de compra (KOTLER, KELLER, 2006). Sheth et al (2001) afirmam que os termos interno e externo são bastante usados em psicologia e que o termos mais apropriados seriam estímulos de problema e estímulos de solução, respectivamente. De maneira similar a Kotler e Keller, eles afirmam que o estímulo de problema é aquele em que o próprio problema possui a fonte de informação, como um estado de fome. E o estímulo de solução é aquele em que a informação provém da própria solução, acarretando o reconhecimento de um potencial problema, como o comercial de uma mercadoria na TV. Esses fatores que provocam necessidades específicas devem ser percebidos pelos profissionais de marketing. Só assim, estratégias de marketing poderão ser definidas e influenciarão no despertar dos interesses do consumidor (KOTLER; KELLER, 2006). 19 2.1.3 – Busca de Informações Mowen e Minor (2003) afirmam que “o comportamento de busca do consumidor é definido como o conjunto das ações tomadas para identificar e obter informações que resolvam o problema de um consumidor” (2003, p. 196). Basta et al (2005) relata que após o reconhecimento do problema, cada uma dessas informações obtidas irão influenciar a tomada de decisão de forma singular. O grande interesse dos profissionais de marketing é saber a fonte de informação de seu mercado-alvo juntamente com a influência que cada uma exerce na decisão de compra, como foi exposto anteriormente. Essas fontes de informação são divididas em quatro grupos (KOTLER; KELLER, 2006, p. 189): Fontes pessoais: Família, amigos, vizinhos, conhecidos. Fontes comerciais: Propaganda, vendedores, representantes, embalagens, mostruários. Fontes públicas: Meios de comunicação de massa, organizações de classificação de consumo. Fontes experimentais: Manuseio, exame, uso do produto. A divisão dos produtos e as características do comprador irão ditar a quantidade e a influência de cada fonte de informação sobre o processo de compra. Sabe-se que as fontes comerciais são o meio em que mais informações são analisadas pelos consumidores. No entanto, as fontes de informação que mais interferem no poder de compra do consumidor são as de origem pessoal ou pública. As fontes comerciais costumam desempenhar uma função mais informativa, enquanto as fontes pessoais desempenham uma função de avaliação ou aprovação (KOTLER; KELLER, 2006). Blackwell et al (2005) reduz as fontes de informação que o consumidor possui a fonte interna e externa. A busca interna recupera o conhecimento na memória ou nas tendências genéticas. Já a busca externa coleta informações na família, pares ou no próprio mercado (BLACKWELL et al, 2005 apud PELISSARO, 2009). É importante salientar que a busca por outras fontes de informação dependerá muito do tipo de decisão que o comprador irá tomar. Nas decisões de compra do estilo complexa, a busca é mais aprofundada, ao mesmo tempo em que as compras rotineiras não possuem a obrigação de muita busca (LAS CASAS, 2011). Infere-se que todo esse conhecimento acerca da origem das informações que os consumidores utilizam juntamente com o seu poder de influência, ajudaram aos profissionais 20 de marketing no desenvolvimento de canais de comunicação mais eficazes para o seu públicoalvo (KOTLER, 1998). 2.1.4 – Avaliação de Alternativas Na etapa de avaliação de alternativas o consumidor irá dar preferências para as opções que ele julga mais criteriosas (NEVES, 2011), e consequentemente são mais capazes de solucionar o problema que deu início ao processo de compra. Mediante a comparação das diversas opções, os consumidores criam crenças, atitudes e intenções a respeito das alternativas avaliadas (MOWEN; MINOR, 2003, p. 201). Por este motivo que Las Casas (2011) afirma que esta etapa possui um peso maior quando comparada aos outros aspectos do processo de compra. Kotler e Keller (2006) alegam que não existe um processo único de avaliação, e assim, não é possível saber como as informações de cada marca concorrente são processadas pelo consumidor. Já Las Casas (2011) diz que os consumidores comumente selecionam as marcas em consequência das suas experiências passadas e através da percepção que possui das mesmas. 2.1.5 – Decisão de Compra Depois da avaliação das alternativas, acontece a compra. Esta fase parece ser simples, entretanto, o comportamento de compra do consumidor pode se mostrar incerto até mesmo nessa etapa, pois de acordo com Las Casas (2011) o consumidor ainda pode mudar de ideia e desistir da compra. Por isso, há uma subdivisão da etapa da compra a fim de que o entendimento do comportamento do cliente seja eficaz. A primeira fase origina-se quando o consumidor percebe a alternativa preferida. A segunda fase é formada pela intenção de compra e por último, na terceira fase, ocorre a implementação da compra (SHETH et al, 2001). Segundo Kotler e Keller (2006), no estágio da avaliação o consumidor origina prioridade entre as marcas do grupo de escolha e constrói uma intenção de comprar as marcas favoritas. As compras de produtos realizadas no dia-a-dia requerem menos decisões e julgamentos. 21 Porém, dois fatores podem interferir entre a intenção e a decisão de compra. O primeiro fator é a atitude dos que estão ao redor. Essa atitude pode reduzir a prioridade de uma alternativa mediante dois elementos: (1) a intensidade da atitude negativa do próximo em relação à escolha preferida do consumidor e (2) a motivação do consumidor em considerar tal atitude negativa. O segundo fator de interferência são os fatores situacionais inesperados, que podem aparecer e modificar a intenção de compra (FISHBEIN apud KOTLER; KELLER, 2006, p. 195). 2.1.6 – Comportamento Pós-Compra O processo de decisão não finaliza com a compra, uma vez que o uso do produto proporcionará informações para o cliente utilizar em outras decisões futuras. O processo de compra abrange quatro passos: confirmação da decisão, avaliação da experiência, satisfação ou insatisfação e resposta futura (abandono, reclamação ou lealdade) (SHETH et al, 2001). O consumidor necessita confirmar a sua decisão após realizar a compra, entretanto, procura evitar informações contrárias a sua escolha. Essa dúvida pós-compra vivenciada pelo comprador caracteriza-se como dissonância cognitiva. Na etapa da avaliação da experiência, onde o produto ou serviço é realmente consumido, os profissionais de marketing devem estar atentos a forma como os consumidores analisam o produto. Por meio desta avaliação, os consumidores podem se apresentar satisfeitos ou insatisfeitos mediante a disparidade entre o desempenho real e o desempenho esperado do produto ou serviço adquirido. A satisfação ou a insatisfação do comprador em relação ao produto poderá interferir no seu comportamento futuro (KOTLER; KELLER, 2006). Se eles estão insatisfeitos, podem decidir abandonar a marca ou apenas reclamar e decidir se irão dar uma nova chance para a marca. Os clientes satisfeitos, em contrapartida, podem se mostrar leais a marca e assim, adquirir seu produto inúmeras vezes (SHETH et al, 2001). Porém, o processo de compra não acaba neste último ponto de resposta futura. Kotler e Keller (2006) afirmam que os profissionais de marketing também precisam analisar a forma que os compradores utilizam e descartam os produtos, principalmente se o descarte for prejudicial ao meio ambiente. 22 2.2 – INTERNET 2.2.1 Principais conceitos O surgimento da Internet teve seu início nos Estados Unidos ainda na década de 1960, por meio de uma junção de projetos do governo e acadêmicos. O intuito foi criar tecnologias apropriadas para permitir a intercomunicação de computadores distintos e distribuídos pelo mundo, ligados a diversas redes (CATALANI et al, 2004). E para Las Casas (2011, p. 336) “a Internet consiste em um complexo de computadores ligados em rede que permite a troca no âmbito mundial”. Uma rede é uma aliança de computadores conectados capazes de se comunicar por via eletrônica, trocar informações e compartilhar equipamentos. A Internet compreende em milhares de redes conectadas ao redor de todo o mundo. O começo do seu uso para objetivos comerciais foi em 1993 por meio do progresso da World Wide Web (CARO, 2005). A World Wide Web ou web “é um sistema de armazenagem, recuperação, formatação e exibição de informações em ambiente de rede com padrões universalmente aceitos”. Essa informação é registrada e exibida como páginas eletrônicas as quais podem abranger texto, animações, sons e etc. O aglomerado de páginas web sustentado por uma pessoa ou uma organização é denominado web site ou site (CARO, 2005, p. 52). Segundo Barrenechea (2001) a Internet nos beneficia em três aspectos: capacitação pessoal, aumento da eficiência da empresa e aumento da eficiência do mercado. Estes três benefícios interagem entre si de forma integrada assim como um trio de cordas de Beethoven. E segundo Turban et al (2004, p. 123) a Internet pode oferecer apoio a aplicações nos quesitos posteriores: Descobrimento. O descobrimento proporcionará aos clientes acesso ao download de documentos dos diversos tipos. Esse quesito abrange navegação e recuperação de informação. Comunicação. A Internet possibilita canais de comunicação mais rápidos e de baixo custo. Colaboração. A colaboração eletrônica entre pessoas e grupos cresce com a melhoria das comunicações. Esta colaboração consiste em diversos recursos como: compartilhamento de tela, teleconferência, sistema de suporte a grupos e compartilhamento de recursos. 23 Já como canal de marketing, a Internet possui características únicas, como as seguintes: Capacidade de armazenar enormes quantidades de informações em localizações virtuais diferentes de maneira barata; disponibilidade de meios poderosos e econômicos de buscar, organizar e disseminar essas informações [...] e capacidade de funcionar como veículo para transações [...] (PETERSON et al, 1997 apud SHETH et al, 2002, p. 115). Las Casas (2011) afirma que é perceptível a forte influência que a variável tecnologia representa para o novo marketing por meio da telecomunicação, da Internet, velocidade do processamento de dados e outros. Porém, ainda há muito para ser analisado no novo marketing, principalmente no quesito Internet. Essa análise da Internet deve ser feita com bastante empenho já que a ela têm se tornado um canal de compra capaz de gerar inúmeros benefícios aos consumidores, tornandose, talvez, o meio mais significativo ao interesse de compra (LADEIRA, 2000; apud COSTA, 2003, p. 51). Turban, Mclean e Wetherbe (2004, p. 77) acreditam que umas das consequências da Internet e da World Wide Web foi o comércio eletrônico. 2.2.2 Comércio Eletrônico Turban et al (2000, p. 4) definem o comércio eletrônico como “um conceito emergente que descreve o processo de compra e venda ou troca de produtos, serviços e informação através de redes de computadores, incluindo a internet”. Segundo Trepper (2000) o comércio eletrônico abrange qualquer atividade comercial que aconteça diretamente entre uma empresa, seus companheiros ou clientes através da junção da tecnologia com a comunicação. Já Zimmerman, Shullo e Reedy (2001) definem o comércio eletrônico de uma forma mais completa: “Comércio eletrônico (e-commerce) é a realização de comunicações e transações de negócios através de redes e computadores, mais especificamente a compra e a venda de produtos e serviços, e a transferência de fundos através de comunicações digitais. O comércio eletrônico também pode incluir todas as funções entre empresas e intraempresas (tais como marketing, finanças, produção, vendas e negociação) que viabilizam o comércio e que usam o correio eletrônico, EDI (intercâmbio eletrônico de dados), transferência de arquivos, fax, videoconferência, fluxo de trabalho, ou interação com um computador remoto. O comércio eletrônico pode incluir compra e 24 venda através da World Wide Web e da Internet, transferência eletrônica de fundos, cartões inteligentes, dinheiro digital e todas as outras maneiras de fazer negócios usando as redes digitais” (REEDY; SHULLO; ZIMMERMAN, 2001, p. 26 apud LAS CASAS, 2011). Para Turban et al (2004) o comércio eletrônico é composto por diversos modelos, como expostos abaixo. Porém, a modalidade B2B é o autor de quase 85% do volume de transações no comércio eletrônico, deixando os 15% para os demais tipos. Empresa-a-empresa (B2B – business-to-business). São transações em que tanto compradores quanto vendedores são empresas. Empresa-a-consumidores (B2C – business-to-consumers). Nesta modalidade, os vendedores são empresas e os compradores são indivíduos. Consumidor-a-empresa (C2B – consumer-to-business). Os consumidores anunciam a necessidade específica de um produto ou serviço, e as empresas concorrem para fornecê-los. Consumidor-a-consumidor (C2C – consumer-to-consumer). Acontece quando alguém vende produtos ou serviços a outras pessoas. Comércio intra-organizacional (intrabusiness). Uma empresa utiliza o comércio eletrônico internamente para melhorar as operações. Governo-para-cidadãos (G2C) e outros. O governo fornece serviços aos seus cidadãos via tecnologias de comércio eletrônico. Os governos também podem fazer negócios com outros governos e com empresas. Comércio cooperativo (c-commerce). É a modalidade em que os parceiros de negócios colaboram pela via eletrônica. Essa cooperação ocorre em geral entre parceiros de negócios na cadeia de suprimentos. Comércio móvel (m-commerce). Quando o comércio eletrônico ocorre em um ambiente sem fio, como por exemplo: o telefone celular (TURBAN et al, 2004, 162163). Os benefícios que o comércio eletrônico proporciona são inúmeros. No âmbito das organizações, o comércio eletrônico é capaz de expandir o mercado, permitir uma significativa redução dos custos, melhorar a organização em si e seus processos de negócios e oferecer interatividade. Além disso, ele ainda pode promover melhorias no padrão de vida e na oferta de serviços públicos para a sociedade (TURBAN; KING, 2004). 2.2.3 Os Consumidores e a Internet Nos dias de hoje, o mercado é formado por consumidores tradicionais – que não compram on-line –, os consumidores cibernéticos – que quase sempre compram on-line – e os consumidores híbridos – que utilizam ambos meios de compra –. A maioria dos compradores que realizam compras são os híbridos. Isso ocorre porque os compradores ainda gostam de ter 25 contato direto com o produto que vão adquirir e interagir com vendedores (KOTLER; KELLER, 2006). A compra online é considerada como uma grande mudança para os consumidores (TURBAN; MCLEAN; WETHERBE, 2004). Entretanto, alguns fatores como a falta de acesso, a fobia à tecnologia e a inércia têm sido elementos propulsores que impedem os consumidores a efetuarem compras online (SHETH et al, 2002 apud CARO, 2010, p. 17). Os benefícios que o comércio eletrônico proporciona aos consumidores por meio das compras online ou transações diversas são inúmeros. Segundo Turban, McLean e Wetherbe (2004, p. 161) os principais benefícios são: - Produtos e serviços mais baratos devido à facilidade em comparar os preços e qualidades de cada empresa; - Opções de escolha mais variadas por meio do maior número de fornecedores disponíveis ao cliente; - Realização de compras ou transações durante todo o dia, a todo o momento e em qualquer lugar; - Obtenção de informações detalhadas de forma mais ágil; - Aquisição de produtos personalizados; - Participação em leilões virtuais; - Maior interação entre consumidores e vendedores para compartilhar idéias e experiências. Esses benefícios refletem diretamente no sucesso do comércio eletrônico, pois segundo a Webshoppers, o e-commerce brasileiro já faturou R$ 16,06 bilhões no primeiro semestre de 2014 acompanhado do índice de 48,17 milhões pedidos, superando o primeiro semestre de 2013, onde atingiu R$ 12,74 bilhões de faturamento. Totalizando um crescimento nominal de 26%. Estima-se que até o final do ano de 2014, serão esperados 104 milhões de pedidos no comércio eletrônico brasileiro e o seu faturamento poderá chegar a R$ 35 bilhões. O e-commerce possui algumas vertentes, como por exemplo, o comércio móvel (objeto de estudo deste trabalho) que é realizado através de um aparelho sem fio e que vêm crescendo aceleradamente (TURBAN; MCLEAN; WETHERBE, 2004). A internet vem sendo mais acessada por via de um dispositivo móvel do que por meio de computadores. O alcance do telefone móvel é maior que o alcance do carro (800 milhões), da TV (1,5 bilhão) e outros meios [...] tudo isso devido a sua multifuncionalidade (AHONEN apud FLING 2009). 26 Em matéria na VEJA (2014) a União Internacional das Telecomunicações (UIT) afirmou que até o final do ano de 2014 o número de celulares no mundo chegará perto dos sete bilhões, aproximando-se do número de habitantes do mundo. Um estudo desenvolvido por Eric A. Greenleaf e Donald R. Lehmann, pesquisadores do consumidor, identificou que a pressão de tempo é o fator que mais provoca demora na implementação da compra já que os consumidores se encontram muito ocupados para dedicar a parcela de tempo essencial (SHETH et al, 2001, p. 510 e 511). Mediante isto, é possível afirmar que o uso de um dispositivo móvel seria um instrumento facilitador no quesito tempo, possibilitando que o usuário realize sua compra a qualquer momento. O Mobile Commerce (comércio móvel) não é mais considerado apenas uma tendência, já se tornou realidade na vida dos consumidores online (WEBSHOPPERS). O preço mais acessível e a mobilidade dos dispositivos móveis em relação aos notebooks e desktops, associado à redução de custo de internet móvel, tem facilitado a obtenção dessa tecnologia (NONNENMACHER, 2012). O seu crescimento exponencial é um claro sinal da sua importância para o mercado digital (WEBSHOPPERS). Segundo a IDC Brasil, a venda de smartphones (telefones inteligentes) no segundo trimestre de 2014 ultrapassou a marca de 13 milhões, com crescimento de 22% se comparado ao mesmo período do ano anterior, sendo vendidos mais de 100 smartphones por minuto. Já com relação aos tablets, Pedro Hagge (analista de mercado da IDC Brasil) afirmou que a venda dos notebooks foi superada pela venda dos tablets em mais de 800 mil unidades no último trimestre de 2013 (IDC BRASIL). No âmbito mundial, as vendas de smartphones ultrapassaram a marca de um bilhão de unidades em um único ano pela primeira vez em 2013. Já a venda dos tablets subiu 11% no mundo inteiro no segundo trimestre de 2014 quando comparada ao mesmo período do ano anterior, contabilizando 49,3 milhões de tablets vendidos (IDC apud FOLHA DE S. PAULO, 2014). Todos estes dados demonstram o crescimento dos dispositivos móveis presentes no cotidiano do ser humano. De acordo com a Webshoppers, em janeiro de 2012, o share em volume transacional do M-Commerce foi de 0,8%. Em Junho, já atingia 1,3%, em Janeiro de 2013 alcançou 2,5% e em Junho de 2014 atingiu a marca de 7,0% podendo chegar próximo aos 10% em dezembro do mesmo ano. Através de novos aplicativos e tecnologias voltados a este tipo de comércio, o crescimento tende a continuar nos próximos anos. (WEBSHOPPERS). 27 Gráfico 01 – Share do m-commerce no Brasil – Volume Transacional Fonte: e-bit informação (www.ebitempresa.com.br) Esses aplicativos destinados a facilitar o desempenho de atividades do usuário para diversas finalidades e também para divertimento são softwares desenvolvidos para serem instalados em um dispositivo móvel. Estes aplicativos podem ser instalados no dispositivo através de uma “loja de aplicativos”, tais como Google Play, App Store ou Windows Phone Store (WIKIPEDIA; TEC TRIADE BRASIL). Também é essencial saber que o mercado mundial de aplicativos para dispositivos móveis já contabilizou uma receita de US$ 10 bilhões durante o ano de 2009. A estimativa é que alcance US$ 32 bilhões até 2015 (JUPINER RESEARCH, 2010 apud COELHO; SANTOS, 2013). O progresso desta ferramenta têm se tornado bastante interessante para o marketing, tanto como produto (aplicativos próprios da marca) como mídia (banners em aplicativos de terceiros) (GABRIEL, 2010). Os varejistas que ainda não compreenderam esse avanço do m-commerce no comportamento do consumidor deixarão de vender, no ano de 2014, em torno de R$ 2,5 bilhões, número este que representa o total gasto em compras feitas por dispositivos móveis (WEBSHOPPERS). Toda essa mobilidade que o m-commerce tem proporcionado não se trata apenas de usar o telefone para pagar algo, mas sim de revolucionar todo o processo de compra, desde a pesquisa do produto até a efetuação da transação. O comércio móvel pode atender às necessidades do consumidor no momento em que elas surgirem, independente do seu local de 28 origem (MARTIN, 2013). As empresas que investirem nessa nova tecnologia certamente atingirão uma considerável parcela do mercado atual. 29 3. METODOLOGIA A metodologia aplicada nesta pesquisa foi dividida em quatro tópicos, dos quais constam: o tipo geral da pesquisa; definição da população e da amostra em que se realizou a aplicação do questionário; detalhamento do instrumento utilizado para a coleta dos dados da pesquisa, e por fim, os métodos utilizados na análise dos dados obtidos. 3.1 TIPO DE PESQUISA A pesquisa é um “procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento”. (ANDER-EGG, 1978, p. 28 apud LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 155). Sendo assim, a presente pesquisa pretende estudar os principais elementos motivadores e inibidores de compra online por meio de aplicativos de dispositivos móveis e também se propôs a analisar outros fatores ligados. Será o tipo de pesquisa que determinará a forma como as informações serão obtidas (AAKER, 2001 apud CARO, 2005). O método de pesquisa adotado para o desenvolvimento deste trabalho foi a descritiva, pois de acordo com Gil (2010, p. 28) As pesquisas deste tipo têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados. Sendo assim, este trabalho teve a finalidade de avaliar o comportamento dos consumidores junto ao uso do comércio móvel e dos aplicativos de compra, juntamente com os fatores que motivam e inibem o seu processo de compra e as diversas características demográficas da amostra em estudo. 3.2 UNIVERSO E AMOSTRA Para Roesch (2005, p. 138) uma população “é um grupo de pessoas ou empresas que interessa entrevistar para o propósito específico de um estudo”, ou “é um conjunto definido de elementos que possuem determinadas características” (GIL, 2010, p. 89). Desta forma, a 30 população desta pesquisa foi composta pela população natalense que possui algum contato com aplicativos, tendo realizado, ou não, compras através deste meio. A amostra constitui uma parte da população que é convenientemente selecionada, considerada como um subconjunto do universo. Há duas grandes divisões no sistema de amostragem: a não probabilista e a probabilista (LAKATOS; MARCONI, 2001). Para Roesch (2005, p. 139) a amostra probabilística é aquela “que deve ser extraída de maneira que cada membro da população tenha a mesma chance estatística de ser incluído na amostra”. E amostra não-probabilística é selecionada de acordo com os critérios do próprio pesquisador, como a experiências e os objetivos que o estudo possui (SAMARA; BARROS, 2002). A amostragem utilizada foi classificada como não-probabilística por conveniência, pois os elementos da amostra foram selecionados de acordo com a conveniência do pesquisador, ou seja, aqueles que se disponibilizaram a responder ao questionário e que estavam ao alcance do pesquisador (SAMARA; BARROS, 2002). O presente trabalho teve sua amostra composta por 133 consumidores que se dispuseram a responder ao questionário sugerido via online por meio do Google Drive durante o período de 31 de outubro de 2014 a 10 de novembro de 2014, porém, apenas 57 entrevistados foram estudo de análise, pois fazem uso de aplicativos, seja para a realização da compra ou não. É importante ressaltar que tanto a amostra que utiliza aplicativos de compra ou a que faz uso de loja de aplicativos para realizar compras (App Store e Google Play) entraram na amostra da pesquisa. 3.3 TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS Segundo Lakatos e Marconi (2003, p. 165) a coleta dos dados “é a etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos”, ou seja, é a partir da coleta dos dados que o pesquisador obterá as informações necessárias para o desenvolvimento do seu estudo. O método utilizado para a obtenção das informações da pesquisa foi o método survey, que consiste em um questionário que é formulado com a intenção de provocar informações específicas dos entrevistados (MALHOTRA, 2001). Para Roesch (2005, p. 142) o “questionário não é apenas um formulário, ou um conjunto de questões listadas sem muita reflexão. O questionário é um instrumento de coleta de dados que busca mensurar alguma coisa”. 31 Já de acordo com Vergara (2009, p. 39) “o questionário é um método de coletar dados no campo, de interagir com o campo composto por uma série ordenada de questões a respeito de variáveis e situações que o pesquisador deseja investigar”. Eles podem ser apresentados de quatro diferentes maneiras: entrevistas telefônicas, entrevistas pessoais, entrevistas pelo correio e entrevistas eletrônicas (MALHOTRA, 2001). Desta forma, o questionário do presente trabalho foi aplicado por meio de entrevistas eletrônicas disponibilizadas pelo Google Docs (ferramenta do Google Drive). Tendo sua divulgação feita através de e-mails, redes sociais e mensagens por meio do aplicativo WhatsApp. Samara e Barros (2002) afirmam que um questionário é composto por perguntas que podem ser fechadas, abertas, semi-aberta, encadeadas, em escala de Likert, em escala ordinal de preferência, entre outras. O questionário em questão possui 25 questões do tipo fechadas, abertas, encadeadas, em escala de Likert e em escala de intenção de compra. As perguntas fechadas são caracterizadas por fornecerem possíveis respostas, mas só pode ser escolhida uma alternativa. As perguntas abertas são formuladas para que o entrevistado exponha sua opinião de forma livre. As encadeadas são aquelas em que a segunda pergunta dependerá da resposta da primeira. Nas perguntas em escala de Likert, o entrevistado informa o grau de concordância ou discordância de acordo com as variáveis e atitudes imposta pelo pesquisador. E, por fim, as perguntas em escala de intenção de compra analisarão a possibilidade de o entrevistado realizar uma compra (SAMARA; BARROS, 2002). O questionário utilizado para a coleta de dados desta pesquisa foi uma adaptação de um já preexistente pertencente a uma dissertação de mestrado da Universidade de São Paulo, com autoria de Renato Cortopassi Pelissaro, o qual possui questões que abordam o nível de satisfação do entrevistado juntamente com a sua intenção de compra futura, os fatores que podem inibir ou motivar na decisão de compra e as questões que retratam o perfil da amostra. 3.4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DADOS Essa etapa deve ser tratada com cuidado e atenção, pois é através da forma como os dados coletados são analisados que serão extraídas as informações necessárias para o embasamento da pesquisa. Segundo Alves (2007) este processo exige do pesquisador alguns 32 procedimentos, como: a classificação, organização e interpretação destas informações coletadas. Para que esses procedimentos fossem realizados, o pesquisador optou pela técnica de análise qualitativa e quantitativa. Segundo Samara e Barros (2002, p. 30 e 31), A pesquisa quantitativa buscará uma análise quantitativa das relações de consumo (...). Daí a necessidade de esses estudos serem realizados a partir da elaboração de amostras da população, utilizando-se a estatística para este fim, pois o que se pretende é extrapolar os resultados obtidos na amostra em estudo para determinada população. Os resultados da pesquisa serão analisados e interpretados a partir de médias e porcentuais das respostas obtidas. E a pesquisa qualitativa é realizada a partir de entrevistas individuais ou discussões em grupo, e sua análise verticalizada em relação ao objeto em estudo permite identificar pontos comuns e distintivos presentes na amostra escolhida. Desta forma, o presente trabalho realizou uma pesquisa de caráter quantitativa, pois transformou em números os dados coletados através de uma tabulação que possuiu o propósito de calcular a frequência e o percentual dos dados contidos nos questionários respondidos. Entretanto, também houve uma análise subjetiva, pois o pesquisador se propôs a identificar os fatores que inibem e motivam o comportamento de compra por meio de aplicativos, e assim, caracterizando uma pesquisa de natureza qualitativa. Para a tabulação dos dados, o pesquisador utilizou métodos estatísticos presentes no programa Microsoft Office Excel 2007. 33 4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS O presente capítulo apresentará os resultados alcançados na pesquisa. Primeiramente, será exposto o perfil da amostra. Logo em seguida, serão apresentados os dados estatísticos. 4.1 – Perfil da amostra Nesta etapa, pretende-se caracterizar todo o perfil dos respondentes da presente pesquisa. Inicialmente, constatou-se que 50,9% da amostra válida foi composta pelo sexo masculino e 49,1% foi feminino. Isso demonstra uma superioridade da quantidade de homens que responderam ao questionário, conforme o gráfico 02. Gráfico 02 – Gênero Fonte: Dados da pesquisa/2014 Quanto à faixa etária, observa-se que a que apresentou maior frequência é a de 21 a 30 anos (71,9%), e logo em seguida, até os 20 anos (17,5%). Isso demonstra que o perfil dos respondentes, em sua maioria, foi o público da fase jovem e adulta. Gráfico 03 – Faixa Etária Fonte: Dados da pesquisa/2014 Em relação à escolaridade, 57,9% dos respondentes afirmaram que possuem o nível superior incompleto, seguidos pelos que possuem o ensino superior completo (28,1%) e, logo 34 em seguida, os que possuem pós-graduação (12,3%). Isso evidencia que a maioria da amostra possui níveis elevados de instrução e escolaridade, de acordo com o gráfico 04. Gráfico 04 – Escolaridade Fonte: Dados da pesquisa/2014 No que diz condiz à ocupação principal dos respondentes, percebe-se, no gráfico 05, que a maioria da amostra é estudantes e não possui emprego. Logo em seguida, encontram-se os funcionários de empresa privada (22,8%) e a classe dos estagiários (15,8%). O fato dos estudantes serem maioria nesta variável está intimamente ligado a variável escolaridade, onde a maioria dos respondentes está incluso na etapa no ensino superior incompleto. Gráfico 05 – Ocupação Principal Fonte: Dados da pesquisa/2014 Quando questionados a respeito da renda, a maioria da amostra possui renda individual mensal entre R$ 0,00 e R$ 1.200 reais, totalizando 59,7% dos respondentes, de acordo com o gráfico 06. 35 Gráfico 06 – Renda Individual Mensal Fonte: Dados da pesquisa/2014 Concluindo a primeira parte do perfil da amostra, foi levantado informações a respeito do estado civil (gráfico 07). De acordo com os dados levantados, 82,5% dos respondentes afirmaram que são solteiros, seguido pelos que responderam que são casados, com 15,8%. Essa predominância do status de solteiro é referente à maioria da amostra ser da classe jovem. Gráfico 07 – Estado Civil Fonte: Dados da pesquisa/2014 A segunda parte do perfil da amostra consiste nas características dos respondentes que estão ligadas ao uso de seus dispositivos móveis. Conforme mostra a tabela, a maioria dos respondentes se encontra sempre conectados a Internet, totalizando 57,9% do total da amostra. No tocante ao tempo médio de acesso em aplicativos de compra, a maioria da amostra (45,6%) visualiza esse meio de compra de forma esporádica; sendo apenas uma vez por semana. No que concerne ao principal local em que ocorre o acesso aos smartphones e/ou tablets, 63,2% dos respondentes afirmaram que navegam mais quando se encontram em suas casas. Isso corrobora a ideia de que a população está conseguindo administrar mais seu tempo 36 e não está permitindo que o uso de seu dispositivo móvel seja prioridade em seu ambiente profissional ou acadêmico. No item sobre a operadora dos smartphones, 49,1% dos respondentes alegaram que fazem uso dos serviços da Tim, seguido da Vivo, com 21,1%. Com relação ao sistema operacional dos smartphones, o resultado se mostrou bastante equilibrado, pois 56,1% possuem o sistema iOS e 40,4% utilizam o sistema Android. E pra finalizar, quando indagados a respeito do sistema operacional do seu tablet, 47,4% asseguraram que fazem uso do sistema iOS, seguido dos que não possuem um tablet com 31,6%. Tabela 01 - Perfil da amostra relacionada aos dispositivos móveis (quantidade=57) Questões Quantidade Qual o tempo médio que você passa acessando a internet do seu dispositivo móvel? De 1 a 3 horas por dia 11 De 3 a 5 horas por dia 7 De 5 a 7 horas por dia 6 Acesso uma vez na semana 0 Sempre conectado 33 Qual o tempo médio que você passa acessando aplicativos de compra do seu dispositivo móvel? De 1 a 3 horas por dia 7 De 3 a 5 horas por dia 2 De 5 a 7 horas por dia 4 Acesso três vezes na semana 18 Acesso uma vez na semana 26 Qual é o principal local em que você acessa mais seu smartphone/tablet? De casa 36 Do trabalho 4 Da escola/faculdade 16 De casa de amigos/familiares 1 Outro 0 Qual a operadora do smartphone que utiliza? Oi 7 Tim 28 Claro 7 Vivo 12 Outros 3 Qual o sistema operacional do seu smartphone? iOS 32 Android 23 Outros: Windows, Nokia Symbian 2 Qual o sistema operacional do seu tablet? iOS 27 Android 7 Não possuo 18 Outros: Windows 1 Não responderam 4 Fonte: Dados da pesquisa/2014 % 19,3 12,3 10,5 0,0 57,9 12,3 3,5 7,0 31,6 45,6 63,2 7,0 28,1 1,8 0,0 12,3 49,1 12,3 21,1 5,3 56,1 40,4 3,5 47,4 12,3 31,6 1,8 7,0 37 4.2 – Apresentação dos resultados Neste capítulo, serão expostos os dados coletados que deram embasamento ao estudo desta pesquisa. Todo o desenvolvimento desta análise foi construído acerca dos respondentes que utilizam aplicativos em seus dispositivos móveis, todavia, nem toda amostra efetuou uma compra por meio deste instrumento. Apesar disto, este ocorrido não influenciará na veracidade dos resultados da pesquisa, pois esta parcela da amostra que não realizou a compra terá grande influência nas análises dos fatores inibidores deste processo de compra. A intenção deste estudo foi analisar somente aquela amostra que possui familiaridade com os aplicativos móveis. Foi utilizado no instrumento de coleta de dados uma escala do tipo Likert que foi de um (ponto fraco) a cinco (ponto forte). Os números um, dois e três fazem parte do grupo dos pontos fracos e os números quatro e cinco, os pontos fortes. Mediante isto, foram realizadas frequências e percentuais dos dados coletados. Primeiramente, será feita a análise da relação entre o nível de satisfação e a intenção de compra, e posteriormente, será apresentado os fatores inibidores e motivadores desse processo de compra. 4.2.1 Nível de Satisfação versus Intenção de Compra Este tópico tem o propósito de identificar se há relação entre o nível de satisfação com as compras realizadas por aplicativos e a intenção de compra futura pelo mesmo meio detendo-se, primeiramente, a amostra que já realizou uma aquisição pelo instrumento de compra em análise. Ao ponderar os percentuais dos níveis de satisfação, constata-se que a maioria dos respondentes (80,6%) não possui diferenciação no nível de satisfação entre o meio de compra móvel e o físico. Em contrapartida, a margem de insatisfação pelo meio de compra móvel é muito pequena, sendo somente 5,6% da amostra (tabela 08). Ao analisar as preferências dos consumidores, descobrem-se os produtos que lhes proporcionam satisfação. A satisfação para um usuário da tecnologia pode mudar segundo suas características pessoais em relação à facilidade que adquirem ao adotar esta tecnologia (PARASURAMAN; COLBY (2002) apud NONNENMACHER, 2012). Trazendo para o objetivo desta pesquisa, pode-se inferir que quando um cliente se utiliza da tecnologia fornecida pelos aplicativos para realizar uma compra e compreende que aquela atitude acarreta a otimização do seu tempo, a redução do dinheiro gasto, o aumento de opções, a 38 facilidade de obter informações, e isto se encontra diretamente ligado as suas características pessoais em ter a vontade de usufruir dessa facilidade cada vez mais, consequentemente, o seu nível de satisfação será maior. Tabela 02 – Nível de Satisfação dos que já realizaram uma compra por um aplicativo Em relação às compras realizadas em lojas físicas (de rua ou em shopping, por exemplo), como você avalia sua satisfação com os produtos adquiridos por aplicativos de compra Costumo ficar muito menos satisfeito com os produtos comprados por de aplicativos Costumo ficar menos satisfeito com os produtos comprados por aplicativos Mais ou menos o mesmo nível de satisfação Costumo ficar mais satisfeito com os produtos comprados por aplicativos Costumo ficar muito mais satisfeito com os produtos comprados por aplicativos Fonte: Dados da pesquisa/2014 % 0,0% 5,6% 80,6% 11,1% 2,8% Esse nível de satisfação ou insatisfação com o produto e/ou serviço adquirido, também pode interferir na intenção de compra futura do consumidor, pois se eles estão satisfeitos, podem se mostrar leais a marca e assim, obterem seus produtos diversas vezes, mas ao demonstrarem insatisfação, a chance de abandonar a marca e não dar uma nova chance tornase maior (KOTLER; KELLER, 2006; SHETH et al, 2001). E ao analisar a intenção de compra dos respondentes, percebe-se que somente 11,1% da amostra não têm nenhuma intenção de realizar uma compra por meio de um aplicativo (conforme a tabela 09). Tabela 03 – Intenção de Compra dos que já realizaram uma compra por um aplicativo Em uma escala de 1 a 5, em que 1 significa “Muito improvável” e 5 significa “Muito provável”, como você avalia sua intenção de realizar compras através de aplicativos nos próximos 6 meses? 1 - muito improvável 8,3% 2 - improvável 2,8% 3 - talvez compre 36,1% 4 - provável 25,0% 5 - muito provável 27,8% % Fonte: Dados da pesquisa/2014 Isso demonstra que mesmo quando a maioria dos entrevistados se mostraram imparciais com relação à satisfação pós-compra, isso não interferiu de forma negativa na possibilidade de realizar novamente essas compras. Constatando que mesmo que a satisfação 39 após a compra realizada no meio móvel não seja tão elevada quando comparada ao meio físico, as facilidades e motivações que o consumidor encontra no decorrer da decisão da compra são tão essenciais e significativas que se sobrepõem ao nível de satisfação existente. E no momento em que um cliente escolhe aquele meio para suprir suas necessidades diversas vezes, surge uma lealdade. McKenna (1998) entendia que “a escolha dá poder ao consumidor. Um consumidor com poder se torna um cliente fiel por força da oferta de produtos e serviços moldados cuidadosamente para as suas necessidades” (MCKENNA, 1998, p. 36). Entretanto, nota-se que as empresas precisam reavaliar seus serviços oferecidos a fim de que essa margem de satisfação e intenção de compra obtenha um crescimento. Já ao analisar a intenção de compra da amostra que nunca efetuou uma aquisição via móvel por meio de aplicativos, constata-se que 80,9% dos entrevistados pretendem realizar uma compra nos próximos seis meses. Cabe ao mercado criar estratégias capazes de capturar essa parcela da população que se mostra adepta às novas tecnologias. Tabela 04 – Intenção de Compra dos que nunca realizaram uma compra por um aplicativo Em uma escala de 1 a 5, em que 1 significa “Muito improvável” e 5 significa “Muito provável”, como você avalia sua intenção de realizar compras através de aplicativos nos próximos 6 meses? 1 - muito improvável 4,8% 2 - improvável 14,3% 3 - talvez compre 47,6% 4 - provável 14,3% 5 - muito provável 19,0% % Fonte: Dados da pesquisa/2014 4.2.2. Fatores motivadores e inibidores da compra por meio de aplicativos Os dados a seguir apresentam os fatores que motivam e inibem os usuários no seu processo de compra online por meio de aplicativos. Esses fatores foram unificados em seis grupos: facilidade de acesso, preço, informação, segurança, conveniência e, socialização e afetividade. 40 4.2.2.1. Facilidade de Acesso Uma necessidade começa a ser um motivo quando atinge certo nível de intensidade. Um motivo é uma necessidade que é importante o bastante para induzir a pessoa a agir (KOTLER; KELLER, 2006). No quesito facilidade de acesso, os indivíduos da amostra atribuíram, em sua maioria, pontos fortes aos três fatores pertencentes ao grupo, o FA1_1; o FA1_2 e o FA1_3, com os respectivos percentuais: 66,7%, 59,6% e 78,9%, conforme mostra a tabela abaixo. Apesar de todos os fatores serem considerados como pontos fortes na realização de compras por meio de aplicativos, nota-se que o fator “disponibilidade de acesso” se apresentou como o fator de maior motivação para a escolha deste meio. Isto ocorre porque a mobilidade está diretamente ligada ao acesso constante e disponível, vinte e quatro (24) horas por dia durante os 7 (sete) dias da semana (GABRIEL, 2010). E os aplicativos propõem isso: realizar a sua compra em qualquer ocasião. Tabela 05 – Facilidade de Acesso Fatores FA1_1 - Facilidade para encontrar o produto FA1_2 - Facilidade para encontrar produtos relacionados/complementares FA1_3 - Disponibilidade de acesso (local, horário, etc) Fonte: Dados da pesquisa/2014 Pontos Fracos (1, 2 e 3) 33,33% Pontos Fortes (4 e 5) 66,7% 40,4% 59,6% 21,1% 78,9% Essa facilidade de acesso também está relacionada ao fato dos aplicativos oferecem uma interface mais prática ao usuário e assim, tornando mais fácil a visualização dos produtos oferecidos. 4.2.2.2. Preço Com relação aos fatores do grupo preço todos os fatores foram favoráveis aos aplicativos, com exceção do fator P1_4 (capacidade de negociar melhores condições de preço e prazo de entrega), pois 70,2% da população inclusa na amostra consideram este fator como um ponto fraco. Isso pode refletir o fato das empresas que oferecem seus produtos através de aplicativos se encontrarem “distantes” de seu público-alvo. Os consumidores ainda sentem a necessidade de possuir maior flexibilidade no seu processo de compra online. Este fator negativo pode influenciar na decisão de compra dos clientes adeptos a aquisição móvel via 41 aplicativos e também podem inibir substancialmente a parcela da população que nunca efetuou uma aquisição por meio deste instrumento. Tabela 06 – Preço Fatores P1_1 - Capacidade de comprar o produto por preços mais baixos P1_2 - Capacidade para comparar preços entre as opções de um mesmo produto P1_3 - Disponibilidade de opções de pagto e parcelamento adequados às minhas preferências P1_4 - Capacidade de negociar melhores condições de preço e prazo de entrega Fonte: Dados da pesquisa/2014 Pontos Fracos (1, 2 e 3) Pontos Fortes (4 e 5) 22,8% 77,2% 26,3% 73,7% 40,4% 59,6% 70,2% 29,8% 4.2.2.3. Informação Os consumidores móveis estão livres de seus computadores para ter acesso às informações a qualquer momento. Eles conseguem checar os preços dos produtos, comparar as ofertas dos concorrentes e receber opiniões imediatas de seus amigos e colegas. Esses consumidores conseguem acessar a qualquer informação com seu dispositivo móvel e se conectar a outras pessoas por vários meios (MARTIN, 2013). Além de conhecidos próximo, também é possível obter opiniões públicas sobre o produto desejado. Desta forma, fica explicado o fato de todos os fatores deste grupo terem sido atribuídos como pontos fortes para a compra móvel por meio de aplicativos. Com exceção do fator INFO1_4, que foi o único desfavorável, já que 70,2% dos respondentes consideraram este fator como um ponto fraco. Tabela 07 – Informação Fatores INFO1_1 - Possibilidade de encontrar maior variedade de opções para o produto que eu procuro INFO1_2 - Capacidade de comparar características das diferentes opções de produto INFO1_3 - Capacidade de trocar informações sobre o produto com outras pessoas INFO1_4 - Receber suporte do lojista para informações adicionais Fonte: Dados da pesquisa/2014 Pontos Fracos (1, 2 e 3) 24,6% Pontos Fortes (4 e 5) 24,6% 75,4% 38,6% 61,4% 70,2% 29,8% 75,4% 42 No entanto, ao analisarmos este mesmo fator no âmbito da “Loja Física”, inferiu-se que o mesmo não se trata de um elemento motivador em potencial. Isso porque, quase metade da amostra (49,1%) atribuiu este fator como sendo um ponto fraco na escolha do meio físico para a compra (vide apêndice); vale salientar que dentro deste percentual se encontram os respondentes que nunca realizaram uma compra por meio de aplicativos. Isso induz a ideia de que o fato de receber suporte do lojista para eventuais informações está perdendo seu valor gradativamente. 4.2.2.4. Segurança Quando indagados a respeito da “Segurança”, todos os fatores se apresentaram desfavoráveis a realização da compra por intermédio dos aplicativos. Apesar da diferença não ter sido tão elevada, conforme se encontra na tabela 05, merecem uma atenção mais especial. Isto porque, ao observarmos a faixa etária que atribuiu pontos fracos aos fatores SEG1_1 e SEG1_2, percebe-se que mais da metade da amostra jovem (até 30 anos de idade) se mostrou insegura a possibilidade de realizar ou na realização de uma compra pelo dispositivo móvel, sendo respectivamente 54,4% e 52,6%. Este dado é bastante curioso devido ao fato desta geração mais nova ter sido desenvolvida no meio de todo este avanço tecnológico, no entanto, ainda consideram o fator segurança como um elemento inibidor para a realização da compra. Outra situação bastante significativa foi constatar o fato dos respondentes que nunca realizaram compras por meio de aplicativos não possuírem o peso maior na atribuição dos pontos fracos. Apenas 40,6% deste grupo fizeram parte do fator SEG1_1 e 41,2% pertenceu ao fator SEG1_2, ou seja, mais da metade dos respondentes que se mostraram inseguros foram os que já adquiriram algum produto ou serviço através de um aplicativo de compra. Conforme aponta a pesquisa Unisys Security Index, apenas 10% dos brasileiros se sentem seguros ao executar transações pela internet por meio de dispositivos móveis. Todavia, 71% dos entrevistados afirmaram que realizam este tipo de operação (UNISYS SECURITY INDEX, 2014 apud G&A COMUNICAÇÃO CORPORATIVA, 2014). Esta pesquisa embasa os resultados que este estudo constatou. Apesar do presente estudo não possuir a chance de analisar a raiz deste comportamento do consumidor no que se refere à segurança, a investigação deste fenômeno pode constituir trabalhos futuros nesta área. 43 Tabela 08 – Segurança Fatores Pontos Fracos (1, 2 e 3) SEG1_1 - Sentimento de segurança na disponibilização de informação pessoal (RG, CPF, etc) para realização da compra SEG1_2 - Sentimento de segurança na disponibilização de informações de cartão de crédito ou outras formas eletrônicas de pagamento Fonte: Dados da pesquisa/2014 Pontos Fortes (4 e 5) 56,1% 43,9% 59,6% 40,4% 4.2.2.5. Conveniência A Conveniência que o comércio móvel sugere aos consumidores é considerada como uma proposição de valor. A agilidade e acessibilidade permitem a diferenciação do comércio móvel com qualquer outro meio de compra (BALASUBRAMANIAN, 2002 apud NUNES; AKABANE) seja pela loja física ou por um computador. De acordo com McKenna (1998) a nossa busca pela velocidade é insaciável e a nossa preocupação com o tempo é muito intensa. O ser humano dos dias atuais visa realizar seus afazeres da forma mais veloz possível. Tabela 09 – Conveniência Fatores Pontos Fracos (1, 2 e 3) CON1_ 1 - Realização da compra sem se deslocar CON1_ 2 - Realização de compra com rapidez CON1_ 3 - Efetuação de compra de forma prática e conveniente Fonte: Dados da pesquisa/2014 Pontos Fortes (4 e 5) 15,8% 84,2% 19,3% 80,7% 21,1% 78,9% Desta forma, se torna previsível que estes fatores fossem considerados como elementos motivacionais, pois a compra por meio dos aplicativos sugere uma aquisição com rapidez, praticidade e sem a necessidade de se locomover. 4.2.2.6. Socialização e Afetividade O último critério a ser analisado refere-se à “Socialização e Afetividade”. Além do critério “Segurança”, este grupo também demonstrou desempenho inferior se comparado aos demais critérios. Os respondentes sentem a falta do tratamento personalizado e da capacidade de tornar o processo de compra prazeroso, sendo o contato com o produto o quesito mais 44 precário deste fator (84,2% dos indivíduos da amostra atribuíram pontos fracos a este parâmetro), consoante a tabela abaixo. Tabela 10 – Socialização e Afetividade Fatores SA1_1 - Recebimento de tratamento personalizado SA1_2 - Capacidade de tocar ou sentir o produto a ser comprado SA1_3 - Capacidade de tornar o processo de compra prazeroso Pontos Fracos (1, 2 e 3) Pontos Fortes (4 e 5) 68,4% 31,6% 84,2% 15,8% 56,1% 43,9% Fonte: Dados da pesquisa/2014 No entanto, este grupo apresentou o menor peso de importância na decisão sobre o meio de realização de compra, pois 75,4% dos respondentes consideraram que este fator não é importante para a escolha do meio de compra, conforme mostra a tabela 11. A partir disto, infere-se que o contato com o produto ou até mesmo o tratamento personalizado não tem sido prioridade no momento em que uma compra é realizada. Tabela 11 – Importância dos fatores Qual é a importância dos fatores indicados na sua decisão sobre o meio de realização de compra (em lojas físicas ou aplicativos de compra)? Escolha na escala em que 1 significa “Nada importante” e 5 significa “ Muito importante” Facilidade de Acesso Nada Importante (1 a 3) Muito Importante (4 e 5) 19,3 80,7 Preço 19,3 80,7 Informação 29,8 70,2 Segurança 26,3 73,7 Conveniência 28,1 71,9 75,4 24,6 Socialização e afetividade Fonte: Dados da pesquisa/2014 45 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento de todo o trabalho deixou claro a importância em conhecer o processo de decisão de compra do consumidor, juntamente com os fatores que motivam e inibem este procedimento. Além disso, foi notável o crescimento que o comércio móvel vem atingindo. De acordo com Becker (apud MARTIN, 2013) bilhões de pessoas ao redor do mundo se utilizam de soluções móveis para preencher suas vidas. Eles enviam mensagens para receber negociações mais recentes, usam as câmeras para qualquer atividade, os aplicativos móveis para ver suas marcas favoritas e muito mais. O que a mobilidade tem proporcionado vai muito além de uma simples modificação tecnológica, ela está transformando o comportamento do consumidor e isso está alterando as práticas do marketing para sempre. De modo geral, percebeu-se que a maioria dos critérios foram apontados como motivadores para a efetuação da compra móvel via aplicativos. Os usuários de aplicativos reconhecem que a facilidade de acesso, praticidade e conveniência que esse meio apresenta é importante, juntamente com a variedade de informações e preços que o mesmo oferece. Todavia, a amostra mostrou que sente a necessidade de possuir mais opções no que concerne ao prazo de entrega e condições de preço. É fato que o sistema de entrega no Brasil é precário, fazendo com que a demora seja inevitável na maioria das vezes e assim, fortaleça a razão inibidora deste fator. No que tange ao critério “segurança”, verificou-se a insegurança que ainda existe na parcela jovem da população, tornando este dado um dos mais relevantes, pois já que a geração atual deveria se mostrar mais informada sobre os avanços tecnológicos que envolvem a segurança na hora de realizar um compra por meio de um aplicativo, não deveria existir uma parcela insegura tão significativa. Através desta pesquisa também ficou evidente que apesar do critério “socialização e afetividade” ter se mostrado como um elemento inibidor, constatou-se que a maioria dos respondentes não o considera como um fator importante para a realização da compra seja no âmbito móvel ou físico. Isso demonstra que o mercado vigente está perdendo a necessidade de possuir um contato físico na hora de efetuar sua aquisição. Diferentemente desses fatores inibidores, o estudo acerca da relação entre a satisfação de compra e a intenção da mesma mostrou um efeito mais positivo. Apesar do nível de satisfação não ter se mostrado tão elevado, a insatisfação foi mínima; influenciando de 46 forma positiva na intenção de compra futura. A intenção de compra da parcela da amostra que somente visualiza os aplicativos também foi favorável ao comércio móvel. Pode-se concluir então, que apesar de alguns fatores terem se mostrado como inibidores e o nível de satisfação não ter se apresentado tão elevado comparado ao meio de compra físico, os critérios favoráveis ao processo de aquisição móvel se sobressaem, fazendo com que mais pessoas se utilizem deste instrumento para prover suas necessidades. As empresas que não entenderem esse avanço tecnológico juntamente com os pontos positivos que podem ser proporcionados estarão sujeitas a um risco duplo: “primeiro, a empresa perderá a oportunidade de comercializar e se relacionar com esses consumidores sem limites; segundo, ela perderá os clientes que já interagem com um concorrente” (MARTIN, 2013, p. 37). 5.1 Proposições Este estudo recomenda que as empresas imersas na venda de produto e/ou serviços por meio de aplicativos realizem outros estudos desta natureza de forma mais singular e que convenha a cada uma a fim de que os critérios que foram apontados como inibidores sejam reduzidos, atentando-se a alguns pontos que serão explanados a seguir. Primeiramente, deve-se analisar o fato dos clientes se mostrarem inseguros ao realizar uma compra, mas mesmo assim a efetuam com constância. As empresas do comércio móvel devem reavaliar seu sistema operacional juntamente com outros fatores que causam essa insegurança para que seus processos possam ser modificados visando o progresso na segurança oferecida. A presente pesquisa também sugere que estudos futuros sejam realizados acerca do nível de satisfação e a intenção de compra dos usuários de aplicativos com a finalidade de se aprofundar no porque dos consumidores continuarem realizando compras via aplicativos mesmo com o nível de satisfação não tão elevado. Por fim, o trabalho fornece dados suficientes e capazes de afirmar que a venda de produtos e/ou serviços por meio de aplicativos é um acontecimento que só tende a crescer e que se as empresas não reconhecerem esse avanço, terão fortes chances de perder esta parcela do mercado. 47 5.2 Limitações do estudo As avaliações e resultados desse estudo são limitados devido ao tempo reduzido e a forma como esses dados foram obtidos. A escolha da amostra como não probabilística por conveniência também é limitadora, pois não comporta toda a amostra que seria essencial para o desenvolvimento desta pesquisa. Além disso, o fato do tema em questão ser recente fez com que boa parte da população não tenha se encontrado inserida na amostra ideal para a pesquisa, facilitando a redução da amostra e assim, influenciando na veracidade das análises. 48 REFERÊNCIAS AKABANE, G. K.; NUNES, L. C. As Contribuições do Comércio Móvel em Transportes: Uma Pesquisa Exploratória na Cerasi-Empresa Multimodal de Movimentação de Materiais Ltda. VII SemeAD, São Paulo, p. 1-14. ALVES, Magda. Como Escrever Teses e Monografias: um roteiro passo a passo. Rio de Janeiro: Elsevier. 2007. BARRENECHEA, Mark J. E-Business ou Fora do Negócio. São Paulo: MAKRON Books, 2001. BASTA, Darci. et al. Fundamentos de marketing. 5ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005. CASAS, Alexandre Luzzi Las. 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WIKIPEDIA. Aplicativo Móvel. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Aplicativo_m%C3%B3vel>. Acesso em: 22 de novembro de 2014. 52 APÊNDICE Tabela 12 – Dados dos fatores na Loja Física LOJA FÍSICA Fatores Facilidade de Acesso Preço Informação FA1_1 - Facilidade para encontrar o produto FA1_2 - Facilidade para encontrar produtos relacionados/complementares FA1_3 - Disponibilidade de acesso (local, horário, etc) P1_1 - Capacidade de comprar o produto por preços mais baixos P1_2 - Capacidade para comparar preços entre as opções de um mesmo produto P1_3 - Disponibilidade de opções de pagto e parcelamento adequados às minhas preferências P1_4 - Capacidade de negociar melhores condições de preço e prazo de entrega INFO1_1 - Possibilidade de encontrar maior variedade de opções para o produto que eu procuro INFO1_2 - Capacidade de comparar características das diferentes opções de produto INFO1_3 - Capacidade de trocar informações sobre o produto com outras pessoas INFO1_4 - Receber suporte do lojista para informações adicionais SEG1_1 - Sentimento de segurança na disponibilização de informação pessoal (RG, CPF, etc) para realização da compra Segurança SEG1_2 - Sentimento de segurança na disponibilização de informações de cartão de crédito ou outras formas eletrônicas de pagamento CON1_ 1 - Realização da compra sem se deslocar Conveniência CON1_ 2 - Realização de compra com rapidez CON1_ 3 - Efetuação de compra de forma prática e conveniente SA1_1 - Recebimento de tratamento personalizado SA1_2 - Capacidade de tocar ou sentir o Socialização e produto a ser comprado Afetividade SA1_3 - Capacidade de tornar o processo de compra prazeroso Fonte: Dados da pesquisa/2014 70,2% Pontos Fortes (4 e 5) 29,8% 70,2% 29,8% 71,9% 28,1% 75,4% 24,6% 80,7% 19,3% 59,6% 40,4% 50,9% 49,1% 80,7% 19,3% 82,5% 17,5% 73,7% 26,3% 49,1% 50,9% 35,1% 64,9% 42,1% 57,9% 89,5% 10,5% 82,5% 17,5% 84,2% 15,8% 43,9% 56,1% 33,3% 66,7% 43,9% 56,1% Pontos Fracos (1, 2 e 3) 53 QUESTIONÁRIO – Pesquisa de Campo Caro (a) Usuário (a), O presente questionário faz parte do meu trabalho de conclusão do curso (TCC) de graduação em Administração na UFRN, o qual aborda a visão dos usuários de aplicativos de compra quanto aos seus hábitos de navegação. Este trabalho está sendo orientado pelo Professor Doutorando. Carlos David Cequeira Feitor ([email protected]). A presente pesquisa objetiva contribuir com o amadurecimento do debate sobre os fatores que motivam e inibem o comportamento de compra online junto aos usuários de aplicativos de compra. Neste sentido, não existem respostas certas ou erradas para as questões deste instrumento de pesquisa, pretendendo-se captar apenas a sincera visão que os alunos têm sobre o tema. Depois, os dados serão analisados de forma global, e não individualizada, e que todas as informações coletadas serão utilizadas para fins estritamente acadêmicos. Sendo preservado o anonimato dos respondentes. Desde já, agradeço pela colaboração! Estamos à disposição para responder a qualquer dúvida. Qual o tempo médio que você passa acessando a internet do seu dispositivo móvel? ( ( ( ( ( ) De 1 a 3 horas por dia ) De 3 a 5 horas por dia ) De 5 a 7 horas por dia ) Acesso uma vez na semana ) Sempre conectado Qual o tempo médio que você passa acessando aplicativos de compra do seu dispositivo móvel? ( ( ( ( ( ( ) Não utilizo aplicativos de compra ) De 1 a 3 horas por dia ) De 3 a 5 horas por dia ) De 5 a 7 horas por dia ) Acesso três vezes na semana ) Acesso uma vez na semana Qual é o principal local em que você acessa mais seu smartphone/tablet? ( ( ( ( ( ) De casa ) Do trabalho ) Da escola/faculdade ) De casa de amigos/familiares ) Outros: ________________ 54 Qual a operadora do smartphone que utiliza? ( ( ( ( ( ) Oi ) Tim ) Claro ) Vivo ) Outros: _______________ Qual o sistema operacional do seu smartphone? ( ) iOS ( ) Android ( ) Outro: ______________ Qual o sistema operacional do seu tablet? ( ( ( ( ) IOS ) Android ) Não possuo ) Outro: ______________ Você já realizou alguma compra de produtos ou serviços por um smartphone/tablet? ( ( ( ( ( ( ( ) Nunca realizei ) Não comprei nos últimos 12 meses ) Não comprei nos últimos 6 meses ) De 1 a 3 vezes ) De 4 a 5 vezes ) De 5 a 10 vezes ) Mais de 10 vezes Se a resposta a questão anterior foi de que já realizou alguma compra, quais aplicativos de compra você costuma usar? De qual das categorias listadas abaixo você já adquiriu produtos através do seu dispositivo móvel? Marque todos que se aplicam. ( ( ( ( ( ( ( ) Computadores e/ou acessórios para informática ) Livros ) CDs, DVDs e MP3 ) Passagem aérea ou serviços de turismo ) Ingresso para eventos, filmes, teatro, etc ) Aparelhos eletrônicos ) Aparelhos eletrodomésticos 55 ( ( ( ( ( ( ( ( ( ) Roupas e acessórios ) Flores ) Telefonia celulares ) Brinquedos e videogames ) Automóveis ) Cosméticos e perfumaria ) Alimentos ) Serviços de Taxi ) Outros: __________________ Em uma escala de 1 a 5, em que 1 significa “Muito improvável” e 5 significa “Muito provável”, como você avalia sua intenção de realizar compras através de aplicativos de compra nos próximos 6 meses? ( ( ( ( ( ) 1 – Muito improvável ) 2 – Improvável ) 3 – Talvez compre ) 4 – Provável ) 5 – Muito provável Nos próximos 6 meses, você acredita que a sua quantidade de compras (em número de transações) realizadas por aplicativos de compra em relação aos últimos 6 meses será: ( ( ( ( ( ) 1 – Muito menor ) 2 – Menor ) 3 – Igual ) 4 – Maior ) 5 – Muito maior Em relação às compras realizadas em lojas físicas (de rua ou em shopping, por exemplo), como você avalia sua satisfação com os produtos adquiridos por aplicativos de compra? ( ) Costumo ficar muito menos satisfeito com os produtos comprados por de aplicativos ( ) Costumo ficar menos satisfeito com os produtos comprados por aplicativos ( ) Mais ou menos o mesmo nível de satisfação ( ) Costumo ficar mais satisfeito com os produtos comprados por aplicativos ( ) Costumo ficar muito mais satisfeito com os produtos comprados por aplicativos Nos blocos de frases a seguir, indique em uma ESCALA DE 1 A 5 na sua opinião em que medida cada um dos aspectos indicados representa um pronto fraco ou um ponto forte na escolha da realização das compras tanto nas lojas físicas quanto por meio de aplicativos de compra. QUANTO MAIS PRÓXIMO DE 1, MAIS SUA RESPOSTA INDICA QUE O FATOR É UM "PONTO FRACO" PARA A ESCOLHA DAQUELA MEIO, E QUANTO MAIS 56 PRÓXIMO DE 5, MAIS INDICA QUE O FATOR É UM "PONTO FORTE" NA ESCOLHA DAQUELE MEIO DE COMPRA. Grupo 1 – Facilidade de Acesso: Dê notas de 1 a 5 em que 1 significa que é um “ponto fraco” para escolha daquele ambiente, e 5 que é um “ponto forte”. Loja Física Aplicativos de compra Facilidade para encontrar o produto Facilidade para encontrar produtos relacionados/complementares Disponibilidade de acesso (local, horário, etc) Gupo 2 – Preço: Dê notas de 1 a 5 em que 1 significa que é um “ponto fraco” para escolha daquele ambiente, e 5 que é um “ponto forte”. Loja Física Aplicativos de compra Capacidade de comprar o produto por preços mais baixos Capacidade para comparar preços entre as opções de um mesmo produto Disponibilidade de opções de pagto e parcelamento adequados às minhas preferências Capacidade de negociar melhores condições de preço e prazo de entrega Grupo 3 – Informação: Dê notas de 1 a 5 em que 1 significa que é um “ponto fraco” para escolha daquele ambiente, e 5 que é um “ponto forte”. Loja Física Aplicativos de compra Possibilidade de encontrar maior variedade de opções para o produto que eu procuro Capacidade de comparar características das diferentes opções de produto Capacidade de trocar informações sobre o produto com outras pessoas Receber suporte do lojista para informações adicionais Grupo 4 – Segurança: Dê notas de 1 a 5 em que 1 significa que é um “ponto fraco” para escolha daquele ambiente, e 5 que é um “ponto forte”. Loja Física Sentimento de segurança na disponibilização de informação pessoal (RG, CPF, etc) para realização da compra Aplicativos de compra 57 Sentimento de segurança na disponibilização de informações de cartão de crédito ou outras formas eletrônicas de pagamento Grupo 5 – Conveniência: Dê notas de 1 a 5 em que 1 significa que é um “ponto fraco” para escolha daquele ambiente, e 5 que é um “ponto forte”. Loja Física Aplicativos de compra Realização da compra sem se deslocar Realização de compra com rapidez Efetuação de compra de forma prática e conveniente Grupo 6 – Socialização e Afetividade: Dê notas de 1 a 5 em que 1 significa que é um “ponto fraco” para escolha daquele ambiente, e 5 que é um “ponto forte”. Loja Física Aplicativos de compra Recebimento de tratamento personalizado Capacidade de tocar ou sentir o produto a ser comprado Capacidade de tornar o processo de compra prazeroso Qual é a importância dos fatores indicados na sua decisão sobre o meio de realização de compra (em lojas físicas ou aplicativos de compra)? Escolha na escala em que 1 significa “Nada importante” e 5 significa “ Muito importante” ( ( ( ( ( ( ) Facilidade de acesso ) Preço ) Informação ) Segurança ) Conveniência ) Socialização e afetividade Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino Faixa etária ( ( ( ( ( ( ) Até 20 anos ) De 21 a 30 anos ) De 31 a 40 anos ) De 41 a 50 anos ) De 51 a 60 anos ) Mais de 60 anos 58 Escolaridade ( ( ( ( ( ) Ensino fundamental incompleto ) Ensino fundamental completo/ Ensino médio incompleto ) Ensino médio completo/ Ensino superior incompleto ) Ensino superior completo ) Pós-graduação Ocupação principal ( ( ( ( ( ( ( ( ) Funcionário público ) Funcionário de empresa privada ) Aposentado ) Autônomo ) Estudante ) Estagiário ) Desempregado ) Outro: _______________ Em qual das faixas abaixo está sua renda individual mensal? ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ) Nenhuma ) Menos de R$ 800,00 reais ) De R$ 800 a R$ 1.200 ) De R$ 1.201 a R$ 1.500 ) De R$ 1.501 a R$ 2.500 ) De R$ 2.501 a R$ 3.500 ) De R$ 3.501 a R$ 4.500 ) De R$ 4.501 a R$ 5.500 ) De R$ 5.501 a R$ 6.500 ) De R$ 6.501 a R$ 8.000 ) De R$ 8.001 a R$ 10.000 ) Acima de R$ 10.000 Estado civil ( ( ( ( ( ) Solteiro ) Casado ) União estável ) Divorciado ) Viúvo Obrigada pela colaboração!