V icia Teologia CRISTÃ EM QUADROS Conheça melhor a teologia cristã por meio de tabelas e diagramas cronológicos e explicativos H. Wayne House 1 "m as aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam bem alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam". INDICAÇÃO" PRESBÍTERO ATENÇÃO ESTA É SOMENTE UMA INDICAÇÃO, QUANDO PUDERES ADQUIRA A OBRA EM UMA LIVRARIA DE SUA PREFERÊNCIA Teologia Cristã em Quadros H. WAYNE HOUSE ■ V ida / e d it o ra Prazer, emoção e conhecimento ISBN 85-7367-311-7 Categoria: Teologia/Referência Este livro foi publicado em inglês com o título Charts o f Christian Teology and Doctrme por Zondervan Publishing House ® -1986 por The Zondervan Corporation ® 1999 por Editora Vida Traduzido por Alderi S. de Matos, Th. D. Ia impressão, 1999 2a impressão, 2000 Todos os direitos reservados na língua portuguesa por Editora Vida, rua Júlio de Castilho, 280 03059-000 São Paulo, SP — Telefax: (Oxxll) 6096-6833 Gerência editorial: Reginaldo de Souza Preparação de textos: Jair A. Rechia Revisão de provas: Fabiani Medeiros Capa: Nouveau Comunicação Diagramação: Imprensa da Fé Filiado a: Impresso no Brasil, na Imprensa da Fé A W. Robert Cook, com quem aprendi minha teologia básica, e a Earl D. Radmacher, mestre, amigo e pai adotivo espiritual, com quem aprendi a viver a minha teologia Sumário Prolegômenos 1. Traços Distintivos dos Sistemas Teológicos 2. Modelos Teológicos Feministas Contemporâneos 3. Guia para a Interpretação de Textos Bíblicos 4- Comparação entre Teologia do Pacto e Dispensacionalismo 5. Esquemas Dispensacionais Representativos 11 21 22 23 25 Bibliologia 6. Modelos de Revelação 7. Concepções Acerca da Revelação Geral 8. Modalidades da Revelação Especial 9. Teorias de Inspiração 10. Teorias Evangélicas de Inerrância 11. Maneiras de Harmonizar as Discrepâncias da Escritura 12. Respostas a Supostas Discrepâncias da Escritura 26 29 30 31 32 33 34 Teologia Propriamente Dita 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. Concepções Rivais Acerca de Deus Sete Grandes Cosmovisões Argumentos Clássicos a Favor da Existência de Deus Avaliação dos Argumentos Clássicos a Favor da Existência de Deus O Conhecimento de Deus Esquemas de Classificação dos Atributos Divinos Representação Gráfica dos Atributos de Deus Definições dos Atributos de Deus O Desenvolvimento Histórico da Doutrina da Trindade Antigo Diagrama da Trindade Santa Principais Noções Acerca da Trindade Uma Apresentação Bíblica da Trindade Concepções Falsas Acerca da Trindade Os Nomes de Deus 38 41 42 44 46 47 48 49 51 53 54 56 58 59 Cristologia 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. Heresias Cristológicas Históricas Falsas Concepções Acerca da Pessoa de Cristo A União da Divindade e da Humanidade na Pessoa do Filho Teorias Acerca da Kenosis A Pessoa de Cristo Profecias Messiânicas Cumpridas em Cristo A Pecabilidade versus Impecabilidade de Cristo Teorias Acerca da Ressurreição de Jesus Cristo 61 63 64 65 65 68 70 71 Pneumatologia 35. 36. 37. 38. 39. 40. O Ensino Bíblico Acerca do Espírito Santo Títulos do Espírito Santo A Obra do Espírito Santo na Salvação Quatro Conjuntos de Dons Espirituais Síntese dos Dons Espirituais Pontos de Vista Acerca das “Línguas” 74 76 77 78 79 82 Angelologia 41. Comparação entre os Anjos, os Seres Humanos eos Animais 42. Os Filhos de Deus em Gênesis 6 43. O Ensino Bíblico Acerca dos Anjos 83 84 85 44- A Doutrina de Satanás e dos Demônios 45. Nomes de Satanás 86 88 Antropologia 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. Teorias Acerca da Constituição do Homem As Dimensões da Imago Dei Concepções sobre a Natureza da Imago Dei Teorias da Justiça Original Teorias do Pecado Original A Imputação do Pecado de Adão Teorias sobre a Natureza do Pecado Soteriologia 53. Definição dos Termos Básicos da Salvação 54. Concepções Acerca da Salvação 55. Comparação de Termos Soteriológicos 56. A Aplicação da Salvação no Tempo 57. Argumentos Tradicio'nais sobre a Eleição 58. Principais Concepções Evangélicas sobre a Eleição 59. A Ordem dos Decretos 60. Os Cinco Pontos do Calvinismo e do Arminianismo 61. Diferentes Concepções Acerca dos Meios de Graça 62. Vocação Geral versus Vocação Eficaz 63. Os Sete Sacramentos Católico-Romanos 64. Concepções Acerca da Expiação 65. A Extensão da Expiação 66. A Teoria Penal Substitutiva da Expiação 67. Os Resultados da Morte de Cristo 68. Variedades do Universalismo 69. Concepções Acerca da Santificação 70. Cinco Concepções Acerca da Santificação 89 91 92 93 94 95 98 99 100 101 102 103 105 106 107 109 110 111 112 114 115 116 117 119 120 Eclesiologia 71. 72. 73. 74. 75. 76. 77. 78. 79. 80. 81. 82. O Fundamento da Igreja Uma Comparação Dispensacional entre Israel e aIgreja A Igreja Local Contrastada com a Igreja Universal Analogias entre Cristo e a Igreja Os Ofícios de Presbítero e Diácono - Qualificações e Deveres Qualificações Funcionais dos Presbíteros e Diáconos O Ofício de Presbítero O Ofício de Diácono __ Quatro Concepções sobre o Batismo com Água Quatro Concepções sobre a Ceia do Senhor Disciplina Eclesiástica Fluxograma de Disciplina Eclesiástica 122 123 124 125 126 127 128 129 130 132 134 135 Escatologia 83. 84. 85. 86. 87. 88. 89. Termos Básicos sobre a Segunda Vinda de Cristo Concepções Acerca do Arrebatamento Concepções Acerca do Milênio Quadro Cronológico Dispensacional das ÚltimasCoisas Concepções Acerca das Últimas Coisas Perspectivas sobre o Extincionismo Castigo Eterno Bibliografia 136 137 141 145 146 147 148 149 Prefácio A preparação deste livro de esboços de teologia e doutrina foi uma tarefa prolongada, porém frutífera. Desde que comecei a ensinar teologia na Universidade LeTourneau e depois no Seminário Teológico de Dallas, senti que havia a necessidade de um livro de esboços básicos semelhante ao meu O Novo Testamento em Quadros (Ed. Vida, 1999). Este volume não é uma tentativa de oferecer uma análise ou panorama exaustivo da teologia. Antes, minha intenção foi expor de maneira tão equitativa quanto possível as diferentes perspectivas acerca de uma grande variedade de temas teológicos que com freqüência interessam aos estudantes de teologia ou pelo menos são encontrados por eles. Essencialmente, segui uma abordagem clássica da teologia, o que poderá desapontar alguns estudiosos. Todavia, creio que, de maneira geral, isto será mais benéfico aos professores, estudantes e leigos que serão os principais usuários desta obra. A teologia tem experimentado tempos difíceis em alguns círculos, porém, para aqueles que verdadeiramente valorizam a Palavra de Deus e desejam saber o que Deus está procurando revelar ao seu povo, ela é uma tarefa necessária e gloriosa. Espero que todos aqueles que utilizarem este livro obtenham os benefícios que recebi ao escrevê-lo. E inevitável que ocorram diferentes tipos de erros na preparação de um livro desta natureza, com sua infinidade de detalhes. Terei prazer em corrigi-los em futuras edições, à medida que os leitores me informarem a respeito deles. H. Wayne House Soli Deo Gloria! Agradecimentos Muitas pessoas influenciaram na produção deste livro. Desejo agradecer aos alunos de minhas diferentes turmas de teologia no Seminário Teológico de Dallas, especialmente aos que me ofereceram uma assistência especial na elaboração destes esboços: Mark Allen, Rod Chaney, Kathie Church, Larry Gilcrease, Alan K. Ginn, Casey Jones, Mike Justice, Johann Lai, Randy Knowles, Toni Martin, Doreen Mellott, Steve Pogue, Greg Powell, Brian Rosner, David Seider, Brian Smith, Gayle Sumner, Larry Trotter. Agradeço de maneira especial a Richard Greene, Greg Trull e Steve Rost, assistentes de pesquisa e amigos que trabalharam comigo neste e em outros projetos, prestando um serviço de amor a um irmão em Cristo. Se houver outros, peço perdão por meu esquecimento. Alguns auxiliares de ensino do Western Baptist College também me foram úteis quando eu era deão e professor de teologia naquela escola: Rob Baddeley, Marie Thompson, Toni Powell e Colleen Schneider Frazier. Meu muito obrigado também ao Professor Tim Anderson. Também desejo expressar minha gratidão aos colegas do Seminário de Dallas (Craig Blaising, Lanier Burns, Norman Geisler, Fred Howe, Robert Ligthner e Ken Sarles) que examinaram os diferentes esboços relacionados com as suas especialidades teológicas. Gregg Harris deu-me grande incentivo na decisão de empreender a produção deste livro utilizando meu computador Macintosh e Aldus PageMaker. Obrigado Gregg. Stan Gundry e Len Goss, da Zondervan, foram mais que pacientes em aguardar a conclusão desta obra. Eles demonstraram simpatia e compreensão cristã para comigo durante os últimos anos, muito além do que eu poderia ter esperado deles. Agradeço sinceramente ao Senhor por eles. Finalmente, quero agradecer a minha esposa, Leta, e aos meus filhos, Carrie e Nathan, que têm sido uma bênção de Deus para mim ao longo dos anos. O seu apoio realmente tem sido uma das maravilhosas dádivas de Deus a mim. L Traços Distintivos dos Sistemas Teológicos Teologia Católica Romana Tradicional Natureza da Teologia A teologia está evoluindo constantemente no seu entendimento da fé cristã. O princípio inaciano da acomodação e o princípio do desenvolvimento, proposto por J. H. Newman, refletem a natureza mutável da teologia católica romana. O elemento de mudança do catolicismo deve-se primordialmente à posição de autoridade conferida ao ensino da igreja. Revelação A Bíblia, incluindo os apócrifos, é reconhecida como a fonte autorizada de revelação, juntamente com a tradição e o ensino da igreja. O papa também faz pronunciamentos investidos de autoridade ex cathedra (da cadeira) sobre questões de doutrina e moral. Esses pronunciamentos são isentos de erro. A igreja é a mãe, guardiã e intérprete do cânon. Muitos estudiosos católicos romanos posteriores ao Concílio Vaticano II afastaram-se do ensino tradicional da igreja nessa área, abraçaram as perspectivas da alta crítica acerca das Escrituras e rejeitaram a infalibilidade papal. Salvação A graça salvadora é comunicada mediante os sete sacramentos, que são meios de graça. O Batismo, a Confirmação (ou Crisma) e a Eucaristia referem-se à iniciação na igreja. A Penitência (ou Confissão) e a Unção estão relacionadas com a cura. O Matrimônio e as Ordens são sacramentos de compromisso e vocação. A igreja ministra os sacramentos por meio do sacerdócio ordenado e hierarquicamente organizado. Segundo a concepção tradicional, não havia salvação fora da igreja, mas o ensino recente tem reconhecido que a graça pode ser recebida fora da igreja. No sacramento da Eucaristia, o pão e o vinho tornam-se literalmente o corpo e o sangue de Cristo (transubstanciação). Igreja Os quatro atributos essenciais da igreja são unidade, santidade, catolicidade e apostolicidade. Fundamentalmente, a igreja é a hierarquia ordenada, atingindo o seu ápice no papa. A organização está constituída em torno de uma autoridade sacerdotal centralizada, que teve o seu início com Pedro. A autoridade do sacerdócio é transmitida por meio da sucessão apostólica na igreja. Os bispos de Roma têm autoridade para avaliar as conclusões acadêmicas e fazer pronunciamentos e definições conciliares. A igreja é a mediadora da presença de Cristo no mundo. Deus usa a igreja como sua agente para levar o mundo em direção ao seu reino. Maria No Concílio de Efeso (431 d.C.), Maria foi declarada a mãe de Deus assim como a mãe de Jesus Cristo, no sentido de que o Filho que ela deu à luz era ao mesmo tempo Deus e homem. São observadas quatro festas marianas (anunciação, purificação, assunção e o nascimento de Maria). Maria ficou isenta do pecado original ou de pecado pessoal em virtude da intervenção de Deus (a imaculada concepção). Maria é a misericordiosa mediadora entre o ser humano e Cristo, o Juiz. Algumas partes deste gráfico baseiam-se em materiais extraídos de Tensions in Contemporary Theology [Tensões na Teologia Contem porânea], eds. Stanley N. Gundry e Alan F. Johnson (Chicago: Moody Press, 1976). Usado mediante permissão. 1. Traços Distintivos (continuação) Teologia Natural Definição A teologia natural é a tentativa de obter o entendimento de Deus e do seu relacionamento com o universo por meio da reflexão racional, sem apelar à revelação especial tal como a auto-revelação de Deus em Cristo e nas Escrituras. Base Epistemológica Deus é o Ser eterno, imutável, soberano, santo, pessoal, criador do universo. Ele tem tudo sob seu controle e desde a eternidade planejou o futuro por meio de seus eternos decretos. Isso é feito de tal maneira que ele não é moralmente responsável pelo mal. Relação com a Teologia Revelada A teologia natural trata da existência e dos atributos de Deus a partir de fontes comuns a todos os seres humanos (criação, raciocínio lógico, etc.), ao passo que a teologia revelada trata de verdades específicas discernidas nas Escrituras. A teologia natural requer somente a razão, enquanto que a teologia revelada também requer fé e a iluminação do Espírito. Propósito da Teologia Natural A teologia natural pode ser usada apologeticamente para provar a existência de Deus. Ela também fornece apoio à teologia revelada. Se as conclusões da teologia natural são aceitas, então também é “razoável” aceitar a verdade teológica revelada. Assim, a teologia natural tem um propósito evangelístico. Possíveis Objeções A teologia natural carece de base bíblica. A teologia natural tenta isentar a razão dos efeitos da queda e da depravação. Teologia Luterana Teologia A teologia estrutura-se em torno das três doutrinas fundamentais da sola scriptura (somente a Escritura), sola gratia (somente a graça) e sola fide (somente a fé). Cristo Cristo é o centro da Escritura. A sua pessoa e obra, especialmente a sua morte vicária, são o fundamento da fé cristã e da mensagem da salvação. Revelação Somente a Escritura é a fonte autorizada da teologia e da vida e ensino da igreja. A Escritura é a própria Palavra de Deus, sendo tão verdadeira e dotada de autoridade quanto o próprio Deus. No centro da Escritura estão a pessoa e a obra de Cristo. Assim sendo, o principal propósito da Escritura é soteriológico - proclamar a mensagem de salvação em Jesus Cristo. A Palavra, por meio da obra de Cristo, é o modo como Deus efetua a salvação. 1. Traços Distintivos (continuação) Salvação A salvação é somente pela graça mediante a fé. A fonte da salvação é a graça de Deus manifestada pela obra de Cristo, o fundamento da salvação. O meio de receber a salvação é somente a fé. As pessoas em nada contribuem para a sua salvação. Elas estão inteiramente destituídas de livre-arbítrio com respeito à salvação, e assim Deus é a causa eficiente da salvação. O Espírito Santo atua por intermédio da palavra do Evangelho (inclusive o batismo e a Ceia do Senhor) para trazer salvação. O Espírito usa o batismo das crianças para produzir nelas a fé e levá-las à salvação. A Eucaristia (ou Ceia do Senhor) envolve a presença real de Cristo com o pão e o vinho, embora tais elementos permaneçam pão e vinho (consubstanciação). A teologia da cruz deve ser a marca da verdadeira teologia. Em vez de se concentrarem nas coisas referentes à natureza invisível e às obras de Deus, conforme discutidas na teologia natural, que Lutero chama de teologia da glória, os cristãos devem concentrar-se na humildade de Deus revelada na morte de Cristo na cruz. Em uma teologia da cruz, os crentes passam a ter o conhecimento de Deus e também um verdadeiro conhecimento de si mesmos e do seu relacionamento com Deus. Teologia Anabatista Teologia Os anabatistas não deram ênfase aos estudos teológicos sistemáticos. Antes, as doutrinas eram forjadas à medida que se aplicavam à vida. Os anabatistas caracterizaram-se por seu zelo missionário, vida separada e ênfase na eclesiologia. Revelação A Bíblia deve ser plenamente obedecida na vida do cristão. Ela é a única autoridade e guia. O Espírito revela a mensagem da Palavra à comunidade da fé. A interpretação das Escrituras é discernida principalmente nas reuniões da igreja. Os anabatistas tendem a concentrar-se mais nos ensinos de Cristo e do Novo Testamento do que no Antigo Testamento. Salvação O pecado não é tanto uma servidão do livre-arbítrio humano e sim a capacidade perdida de responder a Deus. O livre-arbítrio do ser humano lhe permite arrepender-se e obedecer ao evangelho. Quando alguém se arrepende e crê, Deus o regenera para andar em novidade de vida. A ênfase maior está na obediência e não no pecado, na regeneração e não na justificação. Igreja A igreja é o corpo visível dos crentes obedientes a Cristo. A igreja existe como uma comunidade visível, e não como um corpo invisível ou uma igreja estatal. Somente adultos crentes podem participar do batismo. O batismo testifica a separação do crente em relação ao mundo e o seu compromisso de obediência a Cristo. Os sacramentos —batismo e Ceia do Senhor —são apenas símbolos da obra de Cristo; eles não conferem graça ao participante. As características da vida do membro da igreja devem ser conversão pessoal, vida santificada, sofrimento por Cristo, separação, amor pelos irmãos, não-resistência e obediência à Grande Comissão. A igreja é o reino de Deus que está em constante conflito com o reino ímpio do sistema mundial. A igreja deve evangelizar no mundo, mas não deve participar do seu sistema. Isto afasta a participação em qualquer ofício governamental ou serviço militar. 1. Traços Distintivos (continuação) Teologia Reformada Teologia A teologia reformada fundamenta-se no tema central da soberania de Deus. Toda a realidade está sob o domínio supremo de Deus. Deus Deus é soberano. Ele é perfeito em todos os aspectos e possui toda justiça e poder. Ele criou todas as coisas e as sustém. Como o Criador, ele em nenhum sentido é limitado pela criação. Revelação A teologia reformada baseia-se somente na Escritura (sola scriptura). A Bíblia é a Palavra de Deus e como tal permanece isenta de erros em todos os aspectos. A Escritura dirige toda a vida e ensino da igreja. A Bíblia possui autoridade em todas as áreas que aborda. Salvação Na eternidade passada, Deus escolheu um certo número de criaturas caídas para serem reconciliadas com ele mesmo. No tempo oportuno, Cristo veio para salvar os escolhidos. O Espírito Santo ilumina os eleitos para que possam crer no Evangelho e receber a salvação. A salvação pode ser resumida nos Cinco Pontos do Calvinismo: Depravação Total, Eleição Incondicional, Expiação Limitada, Graça Irresistível e Perseverança dos Santos (as iniciais em inglês formam a palavra TULIP). Igreja A igreja é composta dos eleitos de Deus que recebem a salvação. Por meio do pacto com Deus, eles estão comprometidos a servi-lo no mundo. 0 batismo simboliza a entrada na comunidade do pacto tanto para as crianças quanto para os adultos, embora ambos possam renunciar ao seu batismo. Quando os crentes participam com fé da Ceia do Senhor, o Espírito Santo atua neles para torná-los participantes espirituais. Em geral, os presbíteros eleitos pela igreja ensinam e governam a comunidade local. A unidade da igreja deve basear-se no consenso doutrinário. 1. Traços Distintivos (continuação) Teologia Arminiana Teologia A teologia arminiana preocupa-se em preservar a justiça (equanimidade) de Deus. Como pode um Deus justo considerar as pessoas responsáveis pela obediência a mandamentos que são incapazes de obedecer? Esta teologia dá ênfase à presciência divina, à responsabilidade e livre-arbítrio humanos, e à graça capacitadora universal (graça comum). Deus Deus é soberano, mas resolveu conceder livre-arbítrio aos seres humanos. Salvação Deus predestinou para a salvação aqueles que ele viu de antemão que iriam arrepender-se e crer (eleição condicional). Cristo sofreu pelos pecados de toda a humanidade; assim sendo, a expiação é ilimitada. A salvação pode ser perdida pelo crente, e por isso a pessoa deve esforçar-se para não cair e se perder. Cristo não pagou a penalidade dos nossos pecados, pois se o tivesse feito todos seriam salvos. Antes, Cristo sofreu pelos nossos pecados para que o Pai pudesse perdoar aqueles que se arrependem e crêem. A morte de Cristo foi um exemplo da penalidade do pecado e do preço do perdão. Teologia Wesleyana Teologia A teologia wesleyana é essencialmente arminiana, mas tem um senso mais forte da realidade do pecado e da dependência da graça divina. Revelação A Bíblia é a revelação divina, o padrão supremo para a fé e a prática. Todavia, existem quatro meios pelos quais a verdade é mediada - a Escritura, a razão, a tradição e a experiência (o quadrilátero wesleyano). A Escritura possui autoridade suprema. Depois da Escritura, a experiência continua a ser a melhor evidência do cristianismo. Salvação A salvação é um processo de graça com três passos: graça preveniente, graça justificadora e graça santificadora. A graça preveniente é a obra universal do Espírito entre o nascimento e a salvação de uma pessoa. A graça preveniente impede que alguém se afaste muito de Deus e capacita a pessoa a responder ao evangelho, positiva ou negativamente. Para aqueles que recebem o evangelho, a graça justificadora produz salvação e inicia o processo de santificação. O crente tem como alvo a obtenção da inteira santificação, que é produzida pelo Espírito Santo em uma segunda obra da graça. A inteira santificação significa que a pessoa foi aperfeiçoada em amor. A perfeição não -é absoluta, porém relativa e dinâmica. Quando alguém pode amar sem interesse próprio ou motivos impuros, então ele ou ela alcançou a perfeição. !♦ Traços Distintivos (continuação) Teologia Liberal Teologia Os teólogos liberais procuram articular o cristianismo em termos da cultura e do pensamento contemporâneos. Eles buscam preservar a essência do cristianismo em termos e conceitos modernos. Deus Deus é imanente. Ele habita no mundo e não está acima ou separado dele. Assim, não existe distinção entre o natural e o sobrenatural. Trindade O Pai não atua sobrenaturalmente, mas por meio da cultura, filosofia, educação e sociedade. A teologia liberal geralmente é unitária e não trinitária, reconhecendo somente a divindade cio Pai. Jesus estava “repleto de Deus”, mas não era Deus encarnado. O Espírito não é uma pessoa da Divindade, mas simplesmente a atividade de Deus no mundo. Cristo Cristo deu à humanidade um exemplo moral. Ele também expressou Deus a nós. Cristo não morreu para pagar a penalidade dos nossos pecados ou para imputar a sua justiça aos seres humanos. Ele não era Deus nem salvador, mas simplesmente o representante de Deus. Espírito Santo O Espírito é a atividade de Deus no mundo, e não uma terceira pessoa da Divindade igual em essência ao Pai e ao Filho. Revelação A Bíblia é um registro humano falível de experiências e pensamentos religiosos. A validade histórica do registro bíblico é posta em dúvida. As avaliações científicas provam que os elementos miraculosos da Bíblia são apenas expressões religiosas. Salvação O ser humano não é pecador por natureza, mas possui um sentimento religioso universal. O alvo da salvação não é a conversão pessoal, mas o aperfeiçoamento da sociedade. Cristo deu o exemplo supremo daquilo que a humanidade se esforça por alcançar e irá tornar-se um dia. De maneira característica, a teologia liberal tem negado uniformemente a queda, o pecado original e a natureza substitutiva da Expiação. Futuro Cristo não irá voltar em pessoa. O reino virá à terra como conseqüência do progresso moral universal. 1. Traços Distintivos (continuação) Teologia Existencial Teologia Os teólogos existenciais afirmam que precisamos desmitificar ou “desmitologizar” a Escritura. “Desmitologizar a Escritura significa rejeitar não a Escritura ou a mensagem cristã, mas a cosmovisão de uma época antiga.” Isso implica em explicar tudo o que é sobrenatural como sendo um mito. Por conseqüência, a parte importante da fé cristã passa a ser a experiência subjetiva, e não a verdade objetiva (ver Salvação). A Bíblia, quando desmitologizada, não fala acerca de Deus, mas acerca do homem. Deus É impossível um conhecimento objetivo da existência de Deus. O conceito de Deus foi um auxílio para os primeiros cristãos entenderem a si próprios, mas em nosso tempo, tendo uma cosmovisão diferente, podemos ver o que está por trás do mito. Assim, Deus é a nossa declaração acerca da vida humana. “Portanto, está claro que, se um homem vai falar acerca de Deus, ele evidentemente precisa falar a respeito de si mesmo” (Bultmann). Se Deus existe, ele atua no mundo como se não existisse, e nós não podemos conhecê-lo de nenhum modo objetivo. Trindade A Trindade é um mito relacionado com o conteúdo sobrenatural da Bíblia (ver Deus). Cristo Jesus é simplesmente um homem comum. Como o Novo Testamento é considerado um mito, nós não temos muito conhecimento do “Jesus histórico”, se é que temos algum conhecimento. Isso nos deixa um quadro de Jesus desprovido de qualquer intervenção “divina.” A Cruz nada significa no que se refere a levar os pecados de modo vicário, e a Ressurreição é totalmente inconcebível como evento histórico. Isso também se aplica ao Nascimento Virginal e a outros milagres. Espírito Santo Tudo o que sabemos sobre o Espírito Santo provém de trechos sobrenaturais e não fidedignos da Bíblia, que na realidade são apenas míticos. Revelação A Bíblia não é uma fonte de informações objetivas a respeito de Deus. Para melhor compreenderem a si mesmas, as pessoas dos primeiros séculos criaram um mito em torno de Jesus. Ele não operou milagres nem ressurgiu dentre os mortos. Se pudermos “eliminar os mitos” do Evangelho, descobriremos o propósito original por trás do mito e poderemos encontrar orientação para as nossas vidas na atualidade. Isto é chamado de “desmitologização.” A Bíblia torna-se um livro que tem como objetivo transformar as pessoas por meio do encontro. Salvação “Salvação” é encontrar o nosso “verdadeiro eu.” Isso é feito por meio da decisão de colocar a nossa fé em Deus, e essa decisão irá mudar o nosso entendimento de nós mesmos. Assim sendo, a salvação é uma mudança de toda a nossa perspectiva e conduta de vida, fundamentada em uma experiência de “Deus”; não é uma mudança da natureza humana. Como nada conhecemos objetivamente acerca de Deus, é uma questão de “ter fé na fé.” Mito Bultmann entendia um mito como um modo de falar do Transcendente em termos deste mundo: “Mitologia é uma forma de simbolismo na qual aquilo que não é deste mundo, aquilo que é divino, é representado como se fosse deste mundo e humano; o ‘além’ é representado como ‘o aqui e agora.’” 1. Traços Distintivos (continuação) Teologia Neo-Ortodoxa Teologia A neo-ortodoxia é mais uma hermenêutica do que uma teologia sistemática completa. Ela foi uma reação contra o liberalismo do final do século dezenove e esforçou-se por preservar a essência da teologia da Reforma ao mesmo tempo que se adaptava a questões contemporâneas. É uma teologia do encontro entre Deus e o ser humano. Deus Deus é totalmente transcendente, exceto quando decide revelar-se ao ser humano. Deus é inteiramente soberano sobre a sua criação e independente dela. Deus não pode ser conhecido por meio de provas (Kierkegaard). Deus não pode ser conhecido por doutrinas objetivas, mas por meio de uma experiência de revelação. Cristo Cristo, conforme manifesto na Escritura, é o Cristo da fé, e não necessariamente o Jesus histórico. Cristo é a revelação de Deus. O Cristo importante é aquele experimentado pelo indivíduo. Cristo não teve um nascimento virginal (Brunner). Ele é o símbolo do novo ser no qual tudo o que separa as pessoas de Deus é eliminado (Tillich). Revelação Há uma tríplice revelação de Deus ao homem por meio da sua Palavra. Jesus é o Verbo feito carne. A Escritura aponta para a Palavra. A pregação proclama o Verbo feito carne. A Bíblia contém a Palavra de Deus. A Palavra é revelada pelo Espírito à medida que a Bíblia e Cristo são proclamados. A Bíblia é humana e falível, sendo confiável somente na medida em que Deus se revela por meio de encontros com a Escritura. A historicidade da Escritura não é importante. O relato da criação é um mito (Niebuhr) ou uma saga (Barth). Salvação O homem é totalmente pecaminoso e somente pode ser salvo pela graça de Deus. A Palavra produz uma crise de decisão entre a rebeldia do pecado e a graça de Deus. Somente pela fé a pessoa pode escolher a graça de Deus nessa crise e receber a salvação. Toda a humanidade está eleita em Cristo (Barth). Não existe nenhum pecado herdado de Adão (Brunner). O homem peca por opção, e não por causa da sua natureza (Brunner). Pecado é o egocentrismo (Brunner). Pecado é a injustiça social e o medo (Niebuhr). A salvação é o compromisso com Deus por intermédio de um “salto de fé” às cegas quando se está em desespero (Kiekegaard). Escatologia O inferno e o castigo eterno não são realidades (Brunner). L Traços Distintivos (continuação) Teologia da Libertação Teologia A teologia não é vista como um sistema de dogmas e sim como um meio de dar início a mudanças sociais. Essa noção tem sido chamada “a libertação da teologia” (H. Segundo). Essa teologia surgiu a partir do Vaticano II e das tentativas de teólogos liberais no sentido de enfrentarem as desigualdades sociais, políticas e econômicas em face de um cristianismo não mais guiado por uma cosmovisão bíblica. Boa parte do contexto da teologia da libertação tem sido a América Latina e essa teologia tornou-se uma resposta à opressão política dos pobres. Os seus proponentes com freqüência têm concepções distintas; na realidade, não existe uma teologia da libertação “unificada.” Antes, trata-se de diversas “alternativas” estreitamente relacionadas que derivam de raízes comuns. Em vez de uma teologia clássica interessada em questões teológicas como a natureza de Deus, o ser humano ou o futuro, a teologia da libertação está interessada neste mundo e em como podem ocorrer mudanças por meio da ação política. Na América Latina em especial, teólogos católicos romanos procuraram combinar o cristianismo e o marxismo. Deus Deus é ativo, colocando-se sempre ao lado dos pobres e oprimidos e contra os opressores, de modo que não atua de maneira igual para com todos. Os teólogos da libertação acentuam a sua imanência em detrimento da sua transcendência. Deus é mutável. Cristo Jesus é visto como um messias do envolvimento político. Ele é Deus entrando na luta pela justiça ao lado dos pobres e dos oprimidos. Todavia, ele não foi um salvador no sentido tradicional da palavra. Em vez disso, os teólogos da libertação defendem uma idéia de “influência moral” no que diz respeito à expiação. Nada se diz acerca de uma satisfação da ira de Deus contra o ser humano. Espírito Santo A pneumatologia está virtualmente ausente da teologia da libertação. Parece difícil encontrar um papel para a obra do Espírito Santo nos sistemas políticos centrados no ser humano. Revelação A Bíblia não é um livro de verdades e normas eternas, mas de registros históricos específicos (muitas vezes pouco fidedignos). No entanto, muitas passagens são utilizadas em apoio dessa teologia, especialmente o relato do Exodo. Os teólogos da libertação utilizam a “nova” hermenêutica a fim de defenderem as suas posições. Como a sua teologia se apóia em uma análise marxista e é vista como um modo útil de criar ações “apropriadas” (ver Salvação), eles dão ênfase primariamente a normas éticas que alcancem os fins do movimento. Salvação A salvação é vista como uma transformação social em que se estabelece justiça para os pobres e oprimidos. “O católico que não é um revolucionário está vivendo em pecado mortal” (C. Torres). Qualquer método para alcançar esse fim é aceitável, até mesmo a violência e a revolução. Essa concepção tende para o universalismo, e o evangelismo torna-se simplesmente o esforço de gerar consciência e preparar as pessoas para a ação política. Igreja A igreja é vista como um instrumento para transformar a sociedade: “A atividade pastoral da igreja não é uma conclusão que resulta de premissas teológicas... [ela] tenta ser parte do processo pelo qual o mundo é transformado” (G. Gutiérrez). A neutralidade política não é uma opção para a igreja. 1. Traços Distintivos (continuação) Teologia Negra Teologia A teologia negra é uma forma de teologia da libertação que tem no seu centro o tema da opressão dos negros pelos brancos. Ela resultou da “necessidade de as pessoas negras definirem o propósito e sentido da existência negra em uma sociedade racista branca” (Cone). Essa teologia emergiu nas últimas duas décadas na onda dos movimentos de libertação como uma expressão da consciência negra e procura abordar as questões que os negros precisam enfrentar no seu dia-a-dia. Deus Conceitos complexos ou essencialmente filosóficos acerca de Deus são em grande parte ignorados por causa da preferência pelas necessidades dos oprimidos. Assim sendo, os conceitos cristãos brancos ensinados ao homem negro devem ser rejeitados ou ignorados. Afirma-se que a pessoa de Deus, a Trindade, o seu supremo poder e autoridade, bem como “indícios sutis do caráter masculino e branco de Deus” não se relacionam com a experiência negra (e em alguns casos são antagônicos à mesma). A perspectiva dominante sobre Deus é de um Deus em ação, que liberta os oprimidos por causa da sua justiça. A sua imanência é mais enfatizada que a sua transcendência e por isso ele é visto como um ser instável ou que está sempre em mudança. Trindade A Trindade não é acentuada. Todavia, Jesus é Deus, mas no sentido da expressão visível de interesse e salvação da parte de Deus. Cristo Cristo é aquele que liberta quase que exclusivamente num sentido social. Ele é um libertador ou “Messias Negro” cuja obra de emancipação dos pobres e oprimidos da sociedade assemelha-se à busca de libertação por parte dos negros. A mensagem de Cristo é “poder negro” (Henry). A sua natureza intrínseca e atividade espiritual recebem pouca ou nenhuma atenção. Alguns até mesmo negam o seu papel de sacrifício expiatório pelos pecados do mundo e de doador da vida eterna (Shrine). Revelação A teologia negra não está presa ao literalismo bíblico, mas é de natureza mais pragmática. Somente a experiência da opressão negra é o padrão investido de autoridade. Salvação A salvação é a liberdade da opressão e pertence aos negros nesta vida. Os proponentes da teologia negra estão interessados mais especificamente nos aspectos políticos e teológicos da salvação do que nos aspectos espirituais. Em outras palavras, a salvação é a libertação física da opressão branca em vez da liberdade no tocante à natureza e atos pecaminosos de cada indivíduo. A apresentação do céu como uma recompensa por seguir a Cristo é vista como uma tentativa de dissuadir os negros do alvo da verdadeira libertação de sua pessoa integral. Igreja A igreja é o centro da expressão social da comunidade negra, onde os negros podem expressar liberdade e igualdade (Cone). Assim sendo, a igreja e a política constituem um todo coeso em que se realiza a expressão teológica do desejo de liberdade social. 2. Modelos Teológicos Feministas Contemporâneos Raízes da Teologia Feminista O surgimento do Movimento de Libertação da Mulher a partir de meados do século XX ajudou a criar uma consciência crítica feminista. Essa consciência, ao interagir com a Bíblia e as tradições teológicas cristãs, tem buscado uma nova investigação de paradigmas antigos e uma nova agenda de estudo. Essa “nova” investigação e agenda resultou nos seguintes modelos. M od elo P rop o n en tes P onto de V ista Entende que a Bíblia promove uma estrutura patriarcal opressora e rejeita a sua autoridade. R e je ccio n ista (p ó s-cristão ) Ala da Rejeição B. Friedan, K. Millett, G. Steinem Rejeita totalmente as tradições judaico-cristãs como irremediavelmente voltadas para o masculino. Ala da Restauração M. Daly, N. Goldenberg Restaura a religião da magia ou aceita um misticismo da natureza baseado exclusivamente na consciência das mulheres. Não vê qualquer sexismo radicalmente opressor no relato bíblico. C o n se rv ad o r (evan gélico) Ala Tradicional J. Hurley, S. Foh, S. Clark, G. Knight, E. Elliot, Concílio pela Masculinidade e Feminilidade Bíblica Busca ordem por meio de papéis complementares. O papel da mulher na ordem criada por Deus deve expressar-se pela submissão e dependência voluntária na igreja e na família (e para alguns na sociedade). O padrão divino para os homens é a liderança amorosa. Isso não diminui a verdadeira liberdade e dignidade das mulheres. Ala Igualitária C. Kroeger, A. Spencer, G. Bilizikian, Cristãos pela Igualdade Bíblica A Bíblia requer mútua submissão, nem o homem nem a mulher sendo relegados a um papel particular na família, igreja ou sociedade com base exclusiva no seu gênero. Como os rejeccionistas, vê um chauvinismo (valorização exagerada) patriarcal na Bíblia e na história cristã, tendo o desejo de superá-lo. Seu compromisso com a libertação como a mensagem central da Bíblia impede que rejeite a tradição cristã. R efo rm ista (libertação) Ala Moderada L. Scanzoni, V. Mollenkott, M. S. van Leeuwen Por meio da exegese, tenta trazer à luz o papel positivo das mulheres na Bíblia. Algumas reformistas moderadas buscam na tradição profética uma hermenêutica “utilizável” de libertação. Em textos que não tratam especificamente de mulheres, elas encontram um apelo à criação de uma sociedade justa, livre de todo tipo de opressão social, econômica ou sexista. Ala Radical E. Schiissler, E. Stanton Apela a uma “hermenêutica de suspeita” feminista mais abrangente. Parte do reconhecimento de que a Bíblia foi escrita, traduzida, canonizada e interpretada por homens. O cânon da fé ficou centralizado no homem. Por meio da reconstrução teológica e exegética, as mulheres novamente devem assumir o lugar de destaque que ocuparam na história cristã primitiva. 3* Guia para a Interpretação de Textos Bíblicos Term os E stru tu ra Descritiva Racional Conclusiva O que significa? Por que isso foi dito aqui? Q u al é a im portância? O que se quer dizer com o termo? Por que este termo é usado? (de modo geral) Com o ele funciona nesta sentença? Por que este termo é usado? (de modo específico) Que palavras-chave carecem de um estudo aprofundado? Por que este é um termo-chave na passagem? Que tipo de frase é esta? Por que foi usado este estilo de frase? Que leis estruturais são utilizadas? Quais são as causas, efeitos ou propósitos refletidos nas cláusulas? contraste comparação repetição proporção clímax causa/efeito síntese/explicação pergunta/resposta geral/específica permuta/inversão Por que é usada esta ordem de palavras, expressões ou cláusulas? Por que os relacionamentos declarados são como são? Quais são as verdades dominantes ensinadas na passagem? 0 que essas verdades indicam sobre como Deus age ou quer que os crentes ajam? Quais são as verdades permanentes ensinadas nas principais afirmações? Que grandes motivações ou promessas revelam as cláusulas subordinadas? Que idéias centrais são enfatizadas por meio da ordem das palavras ou das expressões? Que limitações são encontradas? Quais são as principais palavras de ligação? Form a Literária Q ue forma literária é utilizada? Por que é empregada esta forma literária? Q uais são as suas características? Por que as figuras são usadas como são? Qual é a importância desta forma de literatura em relação à verdade transmitida? Que luz é lançada sobre a verdade pelas figuras de linguagem utilizadas? Com o esta forma literária transmite o sentido do autor? A linguagem é literal ou figurada? A tm o sfera Que aspectos da passagem revelam a atmosfera? Por que esse tipo de atmosfera domina esta passagem específica? Q ual é a importância da atmosfera para a argumentação da passagem? Que palavras que transmitem emoção são usadas? Por que essa atmosfera é essencial para a apresentação eficaz desta passagem? O teor dominante da passagem é de encorajamento ou repreensão? Com o se desenvolve no texto a atitude do autor? e a dos leitores? © 1987 Mark Bailey. Adaptado e usado mediante permissão. 4. Comparação entre Teologia do Pacto e Dispensacionalismo Ponto de Vista D e sc riç ã o Teologia do Pacto A teo logia d o p a c to co n cen tra-se em u m grande p a c to geral co n h ecid o co m o o p acto d a graça. A lg u n s o tem den o m in ad o p acto d a red en ção. Ele é definido por m uitos co m o um pacto eterno en tre os m em bros d a T rindade, incluin do os segu intes elem entos: (1) o Pai escolheu um p o v o p ara ser seu; (2) o Filho foi d esign ado, co m seu co n sen tim en to, para p ag ar o castigo do p ec ad o d esse povo; e (3) o E spírito S a n to foi d esign ad o, co m seu con sen tim en to, para aplicar a obra d o Filho ao seu p o v o escolh ido. Dispensacionalismo A teo lo gia d isp e n sa c io n a lista vê o m u n d o e a h istória da h u m an id ad e c o m o u m a esfera d o m é stica sobre a qu al D e u s su p erv isio n a a realiz ação d o seu p ro p ó sito e v o n tad e . E ssa realiz ação d o seu p ro p ó sito e v o n tad e p o d e ser v ista ao se o b serv are m os d iversos p eríod os ou e stág io s d a s d iferen tes e c o n o m ias p elas q u ais D eus lida co m a su a o b ra e co m a h u m an id ad e em particular. E sse s d iv erso s e stág io s o u ec o n o m ias são c h a m a d o s d isp e n saçõ e s. O se u n ú m ero p o d e ch egar a sete: in o c ê n c ia, c o n sciê n cia, g o v ern o h u m an o, p ro m essa, lei, g ra ç a e reino. E sse p a c to d a g raç a é realizado n a terra, h isto ricam en te, por m eio de p acto s su b o rd in ad o s, in ician d o co m o p a c to d a s ob ras e cu lm in an d o co m a n o v a alian ça, qu e cu m pre e co m p le ta a o b ra g racio sa de D e u s em relação ao s seres h u m an o s, n a terra. E sses p acto s in c lu e m o p a c to ad âm ico , o p acto n o aic o , o p a c to ab raâm ico , o p a c to m o saico , o p a c to d av íd ic o e a n o v a alian ça. O p a c to d a g ra ç a tam b ém é u sad o p ara ex p licar a u n id ad e d a re d e n ç ã o a o lon go de to d as as eras, c o m e ç a n d o co m a Q u e d a , q u an d o term in ou o p a c to d a s ob ras. A teo lo gia d o p a c to n ã o co n sid era c a d a p acto se p arad o e d istin to . A o co n trário , c a d a p a c to ap ó ia-se n o s an teriores, in clu in do asp e cto s d o s m esm o s e cu lm in an d o n a n o v a alian ça. O P ovo d e D e u s D e u s tem u m p o v o , rep resen tad o p elo s san to s d a era d o A n tig o T e stam en to e o s sa n to s d a era do N o v o T e stam en to. D e u s tem d o is p o v o s - Israel e a igreja. Israel é um povo terren o e a ig reja é o seu p o v o celestial. O P lan o d e D e u s p a ra o seu Povo D e u s tem u m p o v o , a igreja, p a ra o q u al ele tem u m p lan o e m to d as as eras d esd e A d ã o : reunir esse p o v o em u m só co rpo, ta n to n a era do A n tig o q u a n to d o N o v o T e stam en to . D e u s tem d o is p o v o s se p arad o s, Israel e a igreja, e tem tam b ém d o is p lan o s se p a ra d o s p ara esses d ois p ovos d istin to s. E le p la n e ja ü m rein o terren o p ara Israel. E sse rein o foi ad ia d o até a v in d a d e C risto co m poder, u m a vez q u e Israel o rejeito u n a su a prim eira vinda. D u ra n te a era d a ig reja D e u s e stá reu n in d o u m povo ce lestial. O s d isp e n sa c io n a lista s d isco rd am se os dois p o v o s p e rm an e c e rão d istin to s n o e sta d o etern o. O P lan o D iv in o d e S a lv a ç ã o D e u s tem u m p lan o de sa lv a ç ã o p a ra o se u po v o d esd e a é p o c a d e A d ã o . E u m p lan o de g raça, se n d o a realiz ação d o p a c to e te rn o d a g raç a, e v em por in te rm éd io d a fé em Je su s C risto. D e u s tem so m e n te u m p lan o de sa lv a ç ã o , em b ora isso m u itas vezes se ja m al-co m p ree n d id o p o r c a u sa de in e x a tid õ e s em alg u n s escrito s d isp en sacion ais. A lg u n s têm en sin ad o ou en ten d id o erro n eam en te q u e os c ren tes d o A n tig o T e stam en to fo ram salv o s p o r o b ras e sacrifício s. T o d av ia, a m aior p arte crê q u e a sa lv a ç ã o sem p re foi p ela g ra ç a m e d ia n te a fé, m as q u e o co n te ú d o d a fé p o d e v ariar a té a p len a rev elaç ão de D e u s em C risto. Este gráfico representa concepções tradicionais e está baseado principalmente no estudo de Richard P Belcher, A Comparison of Dispensationalism and Covenant Theology [Com paração entre o Dispensacionalismo e a Teologia do Facto] (Columbia, S.C .: Richbarry Press, 1986). 4. Teologia do Pacto/Dispensacionalismo (continuação) Ponto de Vista Teologia do Pacto Dispensacionalismo O L u g ar d o D e stin o E tern o d o Povo de D eu s D e u s tem so m e n te u m lu gar p ara o seu povo, u m a vez q u e ele tem so m e n te um p o v o , um p lan o p a ra esse p o v o e u m p lan o de salv aç ão . O seu p o v o e sta rá n a su a p resen ça p o r to d a a ete rn id ad e . E x iste m d iv ergê n cias e n tre os d isp en sacio n alista s q u a n to a o fu tu ro e sta d o de Israel e d a igreja. M u ito s crêe m q u e a ig reja irá se n tar-se co m C risto n o seu tron o n a N o v a Je ru sa lé m d u ran te o m ilên io q u an d o ele g o v ern ar as n aç õ e s, ao p a sso qu e Israel se rá a c a b e ç a d a s n a ç õ e s d a terra. O N a sc im e n to d a Igreja A ig reja ex istiu a n te s d a e ra d o N o v o T e stam en to , in clu in do to d o s o s rem id os d esd e A d ã o . O P en te co ste n ã o foi o início d a igreja, m as a c a p a c ita ç ã o d o p o v o d e D e u s m an ifesto n a n o v a d isp e n sação . A igreja n a sc e u n o d ia d e P en te co ste e n ã o ex istiu n a h istória até aq u ele tem po . A igreja, o co rp o d e C risto , n ã o é e n c o n tra d a n o V elho T e stam en to , e o s san to s do V elho T e stam e n to n ã o são p arte d o co rp o de C risto . O P ro pósito d a Prim eira V in d a de C risto C risto v eio p a ra m orrer p elo s n o sso s p e c a d o s e p a ra esta b e le c e r o N o v o Israel, a m an ife staç ão d a igreja d o N o v o T e stam en to . E ssa c o n tin u a ç ã o d o p lan o d e D e u s c o lo co u a ig reja so b u m p a c to n o v o e m elhor, q u e foi u m a n o v a m a n ife sta ç ã o d o m esm o P acto d a G ra ç a . O rein o q u e Je su s o fere ceu foi o rein o p resen te, espiritu al e invisível. C risto v eio p ara estab e le ce r o reino m essiân ico . A lg u n s d isp en sacio n alistas crêem q u e ele d ev e ria ser u m reino terren o e m cu m p rim en to à s p ro m essas d o V elho T e stam en to feitas a Israel. S e os ju d e u s tiv essem ace ito a o ferta de Je su s, esse rein o terren o teria sid o estab e le cid o d e im ed iato . O u tro s d isp en sacio n a listas crêe m qu e C risto estab e le ce u o rein o m essiân ico em alg u m a form a d a q u al a ig reja particip a, m as q u e o rein o terren o a g u ard a a se g u n d a v in d a de C risto à terra. C risto sem p re tev e em m en te a cruz a n te s d a co ro a. A lg u n s p a c tu a lista s (esp e cialm en te pósm ilen istas) tam b ém v êe m u m asp e c to físico no rein o. O C u m p rim en to d a N o v a A lia n ç a A s p ro m e ssas d a N o v a A lia n ç a m e n c io n ad as e m Je re m ia s 3 1 .3 ls s sã o cu m p rid as n o N o v o T e sta m e n to . O s d isp en sacio n alistas n ã o co n co rd am se so m e n te Israel irá p articip ar d a N o v a A lia n ç a , n u m a é p o c a posterior, o u se ta n to a igreja co m o Israel p articip am c o n ju n tam en te. A lg u n s d isp e n sacio n alistas a cred itam qu e ex iste só u m a n o v a alia n ç a co m d u a s ap lica ç õ es: u m a p ara Israel e o u tra p ara a igreja. O u tro s a cred itam q u e ex istem d u as n o v a s alia n ç a s: u m a p a ra Israel e o u tra p ara a igreja. 0 P roblem a d o A m ile n ism o e d o P ó s-M ilen ism o versu s o PréM ilen ism o A te o lo g ia d o p a c to tem sid o h isto ricam en te am ilen ista, cre n d o q u e o rein o é p resen te e esp iritu al, o u p ó s-m ile n ista, cren d o qu e o rein o e s tá se n d o e sta b e le c id o n a terra e terá a su a c u lm in aç ão n a v in d a d e C risto. E m an o s rece n tes alg u n s teó lo go s d o p a c to têm sid o p ré-m ilen istas, cre n d o qu e h av erá u m a fu tu ra m a n ife sta ç ã o d o rein o de D e u s n a terra. N o e n ta n to , a re la ç ã o de D e u s co m Israel e sta rá em c o n e x ã o c o m a igreja. O s pós-m ile n istas crêe m q u e a igreja e stá in stau ran d o o rein o a g o ra e qu e Israel fin alm en te se to rn ará u m a p arte d a igreja. T o do s os d isp en sacio n alistas sã o pré-m ilen istas, em b ora n ã o n ec essariam en te p ré-trib u lacio n istas. E sse tipo de pré-m ilen ista crê q u e D e u s irá v oltar-se n o v am e n te p a ra a n a ç ã o de Israel, à p arte d e su a ob ra co m a igreja, e q u e h av e rá u m períod o d e mil an o s em q u e C risto rein ará n o tro n o d e D av i, de aco rd o co m as p ro fe cias d o V elh o T e stam en to e em cu m p rim en to d a s m esm as. A S e g u n d a V in d a de C risto A v in d a d e C risto irá trazer o juízo fin al e o esta d o ete rn o . O s p ré-m ilen istas afirm am qu e u m p erío d o m ile n ar irá p receder o juízo e o e sta d o etern o . O s p ó s-m ile n istas crêem qu e o rein o e stá se n d o e stab elecid o pelo trab alh o d o p o v o d e D e u s n a terra, até o m o m en to em q u e C risto irá co n su m á-lo, n a su a vin d a. D e aco rd o co m a m aioria, p rim eiro irá ocorrer o A rre b a ta m e n to , e e n tão u m p eríod o de trib u lação , segu id o d o rein o d e C risto d u ran te m il an o s, ap ó s o q u al h av erá o juízo e o e sta d o etern o. 5. Esquemas Dispensacionais Representativos J. N. Darby 18004882 E sta d o p arad isíaco (até o D ilúvio) J. H. Brookes 18304897 James M. Gray 18514935 C. L Scofield 18434921 É d en E d ên ico In o cên cia A n te -d ilu v ia n o A n te -d ilu v ian o C o n sc iê n cia N oé G o v e rn o h u m an o Patriarcal P atriarcal A b ra ã o P rom essa Israel sob a lei sob o sacerd ó cio so b os reis M o saico M o saico Lei G en tio s M e ssiân ic o Igreja G raça E spírito E spírito S a n to M ilênio M ilen ar M ilen ar R ein o P lenitude do tem po E tern o Adaptado de Charles C. Ryrie, Dispensationalism Today [Dispensacionalismo Hoje] (Chicago: Moody Press, 1965), p. 84. Usado mediante permissão. 6. Modelos de Revelação Modelo Partidários Definição de Revelação Propósito da Revelação Revelação como D outrina* Pais d a igreja Igreja m edieval R eform ad ores B. B. W arfield F rancis Sch aeffer C on cílio In tern acion al sobre In errân cia Bíblica A rev elação é d o ta d a de au torid ad e divina, sen d o tran sm itida de m an eira o b jetiva e proposicio n al pelo m eio (palavras) exclu sivo d a B íb lia .* * A s su as proposições em geral assu m em o caráter de doutrin a. D e sp ertar a fé salv ad o ra por m eio d a a c e ita ç ã o da verd ad e revelada de m an eira su prem a em Je su s C risto . Revelação como Evento Histórico W illiam Tem ple G . E rn est W right O sc a r C u llm an W olfhart P annen berg R e v e lação é a d em o n straç ão da d isp osição e cap ac id a d e red en to ra de D eu s conform e testificad a por seus gran d es feitos n a h istória h u m an a. In stilar esp eran ça e co n fian ç a n o D eu s d a história. Revelação como Experiência Interior F riedrich Sch leierm ach er D. W. R. Inge C . H . D od d K arl R ah n er R e v e lação é a au to -m an ifestaç ão de D e u s por m eio de su a p resen ça ín tim a n as profu ndezas d o espírito e da psiqu ê hu m anos. P ropiciar u m a ex p eriên cia de união co m D eu s qu e equ ivale à im ortalid ad e. Revelação como Presença Dialética K arl B arth E m il Bru n n er Jo h n Baillie R e v e lação é a m en sagem de D eu s àqu eles que ele co n fron ta co m a su a P alavra n a B íblia e c o m C risto n a p ro clam aç ão cristã. G erar a fé co m o a a d e q u ad a co n su m ação m etarevelató ria de si própria. Revelação como Nova Consciência Teilhard de C h ard in M . B lon del G regory B au m L eslie D ew art Ray L. H art Paul T illich R e v e lação é o atin gim en to de um nível superior de co n sciê n cia à m ed id a que se é atraíd o para u m a p articip ação m ais frutífera n a criativid ad e d ivin a. O b ter a reestru tu ração d a percep ção e da ex p eriên cia e u m a co n co m itan te au totran sform ação. * 0 modelo doutrinário reconhece a “revelação natural" (aquilo que pode ser discernido acerca de Deus pela razão ou pela criação) como algo distinto da revelação bíblica especial. Todavia, ela é considerada de pequena importância em virtude de não ser salvífica (ela simplesmente “fere” a consciência). Este modelo considera os milagres e os sinais apostólicos como confirmações da revelação. * * 0 s teólogos católicos romanos que abraçam esse modelo acrescentam a essa definição as palavras “ou pelo ensino oficial da Igreja.” Este gráfico baseia-se em Avery Dulles, Models ofRevelation [Modelos de Revelação] (Maryknoll, N.Y.: Orbis Books, 1992). Usado mediante permissão. 6. Modelos de Revelação (continuação) M odelo V isão G eral da Bíblia R elação com a H istó ria M eio de A p reen são H um an a R evelação com o D outrin a A B íblia é a P alavra de D e u s (tan to n a form a co m o n o c o n te ú d o ). A revelação é trans-histórica (ela é d iscreta e d eterm in ativ a q u an to à sua co n tigü id ad e co m a h istó ria). Ilu m in ação (pelo E spírito S a n to ) R evelação com o Evento H istórico A B íblia é um evento. E stá ligad a à au torev elação de D eu s m an ifesta in d iretam en te n a to talid ad e de sua ativ id ad e n a história. Ela n u n c a é ex trín se ca seja à co n tin u id ad e ou à p articu larid ad e d essa história. A revelação é intra-histórica (a Bíblia revela a h istória dentro d a h istó ria). R azão R evelação com o Experiên cia Interior A B íblia contém a p alav ra de D eus (m istu rad a co m os elem en tos h u m anos d e erro e m ito: a B íblia é u m a “ c a sc a ” qu e en v olve o “ ce rn e” d a v e rd a d e ). E ssa verd ad e som en te pode ser ap reen d id a (exp erim en tad a) por m eio d a ilu m in ação pessoal. A revelação é psico'histórica (ela relacion ase com a h istória co m o u m a im agem m en tal d a co n tin u id ad e h u m an a). In tu ição R evelação com o P resen ça D ialética A B íblia tom a-se a p alavra de D eus a nós (a rev elação n ão é estática, m as d in âm ica, e tem que ver co m a co n tin g ên cia d a resp o sta h u m an a) n a m ed id a em que é din am izad a pelo E spírito San to . A rev elação é supra-histórica (a Bíblia revela a “ h istória além d a h istória”). R azão “ tran sac io n al” (in teração com a fé in trín seca à revelação) R evelação com o N ova C on sciên cia A B íblia é um parad igm a - um m ed iad or pelo qu al se pode ob ter au totran sfo rm ação e tran scen d ên cia (m as ela é som en te um esforço h u m an o que utiliza u m a linguagem h u m an a “ cla u d ic a n te ” co m vistas a esse o b jetivo). A revelação é a-histónca (a história tornase virtu alm en te irrelevante ao ser su bm etida a co n tín u as rein terpretações de tran scen d ên cia pessoal). M e d itação racion al/m ística 6. Modelos de Revelação (continuação) M o d e lo H e r m e n ê u tic a B á s ic a P o n to s F o rte s A le g a d o s P o n to s F r a c o s A le g a d o s R e v e la ç ã o c o m o D o u tr in a In d u ção (objetiva) D eriva do próprio testem u n h o d a Bíblia sobre si m esm a. E a c o n ce p ç ão tradicional, d esd e os pais d a igreja até o presen te. E distin tivo em virtude d a su a co erên cia interna. Provê o fu n d am e n to p ara u m a teologia co n sisten te. A B íblia n ão reivindica a su a própria infalibilidade proposicio n al. O s exegetas antigos e medievais eram abertos a interpretações alegóricas/espirituais. A diversidade de termos .e convenções literárias milita contra esse modelo. A ciên cia m od ern a refu ta o literalism o bíblico e ou tras n o ç õ es ligadas a esse m odelo. S u a h erm en êu tica ignora o p o d er su gestivo do co n te x to bíblico. R e v e la ç ã o c o m o E v e n to H istó r ic o D e d u ç ão (objetiva/ su bjetiva) Tem v alor religioso pragm ático por cau sa de seu caráter co n creto . Identifica certos temas bíblicos subestimados ou ignorados _ pelo m odelo proposicional (Revelação com o Doutrina). E m ais orgân ico em sua ab o rd ag em e ap o n ta p ara um _ m od elo de história. E n ão -au to ritário , sen do assim m ais plau sível p ara a m en talid ad e co n tem p o rân ea. R elega a B íblia a um a p o sição de “ fen ôm en o” . É v irtu alm en te d esprovid o de su ste n ta ç ã o teológica. A p e sa r de su a aleg ad a plau sibilidade, n ão prom ove o d iálogo ecum ênico. R e v e la ç ã o com o E x p e r iê n c ia In te r io r E cletism o (su bjetiva) O ferece d efesa co n tra u m a crítica racio n alista d a Bíblia. P rom ove a v id a devocion al. A su a flexibilidade in cen tiva o d iálogo inter-religioso. Faz u m a se leção arbitrária de d ad o s bíblicos. S u b stitu i o co n ceito bíblico d a eleição p elo elitism o natu ral. Por su a ên fase n a experiên cia, faz um d ivórcio en tre revelação e doutrin a. S u a orientação experim ental tam bém apresenta o risco de um a excessiva introspecção n a prática devocional. R e v e la ç ã o c o m o P re se n ç a D ia lé tic a In d u ç ão (su bjetiva) P rocura apoiar-se sobre u m fu n d am e n to bíblico. E vid en cia um claro en foqu e cristológico, porém n ão o rtod oxo. A su a ên fase ao p arad o x o afasta m u itas o b jeçõ es q u an to à im plau sibilid ad e d a m en sagem cristã. O fe rece a o p o rtu n id ad e de en con tro co m um D e u s tran scen d en te. E m bora fu n d am e n tad o n a Bíblia, carece de co erê n cia interna. S u a lin gu agem parad oxal é co nfu sa. S u a o b scu rid ad e ao relacion ar o C risto d a fé co m o Je su s h istórico en fraqu ece a su a valid ad e. R e v e la ç ã o com o N ova C o n sc iê n c ia U ltra-e cletism o (extrem am en te su bjetiva) Evita a inflexibilidade e o autoritarismo. Respeita o papel ativo d a pessoa no processo revelatório. Harmoniza-se com o pensam ento evolucionista ou transformacionista. S u a filosofia satisfaz a n ec essid ad e de um viver frutífero n o m undo. Faz v iolên cia à E scritu ra por m eio de suas in terp retações n ão -o rto d o x as. E um n eo -gn osticism o in ad eq u ad o para um a e x p eriên cia cristã significativa. Em sua totalidade, nega o valor cognitivo/objetivo da Bíblia. 7. Concepções Acerca da Revelação Geral Definição Revelação geral é a comunicação de Deus acerca de si mesmo a todas as pessoas, em todos os tempos e lugares. Ela refere-se à auto-manifestação de Deus por meio da natureza, da história e do ser interior (consciência) da pessoa humana. Tomás de Aquino Aquino é um defensor da teologia natural, que afirma ser possível obter um conhecimento verdadeiro de Deus a partir da natureza, da história e da personalidade humana, à parte da Bíblia. Toda verdade pertence aos dois reinos. O reino inferior é o reino da natureza e é conhecido por meio da razão; o reino superior é o reino da graça e é aceito com base na autoridade, pela fé. Aquino insistiu que podia demonstrar pela razão a existência de Deus e a imortalidade da alma. Teologia Católica Romana A revelação geral fornece o fundamento para a formulação da teologia natural. A teologia católica romana tem dois níveis: Primeiro Nível: A teologia natural é construída com blocos de revelação geral cimentados pela razão. Inclui as evidências da existência de Deus e da imortalidade da alma. E insuficiente para um conhecimento salvador de Deus. A maior parte das pessoas não atinge este primeiro nível pela razão, mas pela fé. Segundo Nível: Uma teologia revelada é construída com blocos de revelação especial cimentados pela fé. Inclui a expiação vicária, a trindade etc. Neste nível a pessoa chega à salvação. João Calvino Deus oferece uma revelação objetiva, válida e racional acerca de si mesmo na natureza, na história e na personalidade humana. Ela pode ser observada por qualquer pessoa. Calvinp tira essa conclusão de Salmos 19.1-2 e de Romanos 1.19-20. O pecado deturpou as evidências da revelação geral e o testemunho de Deus ficou obscurecido. A revelação geral não capacita o descrente a obter um conhecimento verdadeiro de Deus. Existe a necessidade dos óculos da fé. Quando alguém é exposto e regenerado por meio da revelação especial, ele é capacitado a ver claramente o que está na revelação geral. Mas o que se vê sempre esteve lá de maneira genuína e objetiva. Seria possível encontrar uma teologia natural em Romanos 1.20, mas Paulo passa a demonstrar que o ser humano caído empenha-se na supressão e substituição da verdade. A menção da natureza no Salmo 19 foi feita por um homem piedoso que via essa natureza da perspectiva da revelação especial. Karl Barth Barth rejeita a teologia natural e a revelação geral. A revelação é redentora por natureza. Conhecer a Deus e ter informações correntes sobre ele é estar relacionado com ele na experiência salvífica. Os seres humanos são incapazes de conhecer a Deus à parte da revelação em Cristo. Se as pessoas pudessem obter algum conhecimento de Deus fora da sua revelação em Jesus Cristo, elas teriam contribuído de algum modo para a sua salvação. Não existe revelação fora da Encarnação. Romanos 1.18-32 indica que as pessoas de fato encontram a Deus no cosmos, mas somente porque já o conhecem por meio da revelação especial comunicada pelo Espírito Santo quando se lê a Palavra de Deus. A Bíblia é apenas um registro da revelação, um indicador da revelação, dotado de autoridade. Passagens Bíblicas O Salmo 19 pode ser interpretado no sentido de que não há linguagem ou palavras cuja voz não seja ouvida. Os versículos 7 a 14 mostram como a lei vai além da revelação do cosmos. Romanos 1.18-32 enfatiza a revelação de Deus na natureza. Romanos 2.14-16 enfatiza a revelação geral na personalidade humana. Paulo argumenta em 1.18 que as pessoas têm a verdade mas a suprimem por causa da sua injustiça. Os ímpios ficam sem desculpa porque Deus mostrou por meio da criação o que pode ser conhecido sobre ele. Romanos 2 observa que o judeu deixa de fazer o que a lei requer e que o gentio também sabe o suficiente para ficar responsabilizado diante de Deus. Atos 14.15-17 observa que as pessoas devem voltar-se para o Deus vivo, que fez os céus e a terra. Embora Deus tenha permitido que as nações andem nos seus próprios caminhos, ele deixou um testemunho na história e na natureza. Atos 17.22-31 registra a proclamação de Paulo aos atenienses sobre o Deus desconhecido como sendo o mesmo Deus que ele conhecia pela revelação especial. Eles haviam discernido esse Deus desconhecido sem nenhuma revelação especial. O versículo 28 admite que até mesmo um poeta pagão, sem revelação especial, pôde alcançar a verdade espiritual, ainda que não a salvação. 8. Modalidades da Revelação Especial Eventos Miraculosos: Deus atuando no mundo de maneiras históricas concretas, afetando o que ocorre Exemplos: Chamado de Abraão (Gn 12) Nascimento de Isaque (Gn 21) Páscoa (Êx 12) /V Travessia do Mar Vermelho (Ex 14) Comunicações Divinas: A revelação de Deus por meio da linguagem humana Exemplos: Linguagem audível (Deus falando a Adão no jardim, Gn 2.16, e a Samuel no templo, 1 Sm 3.4) O ofício profético (Dt 18.15-18) Sonhos (Daniel, José) Visões (Ezequiel, Zacarias, João no Apocalipse) A Escritura (2 Tm 3.16) Manifestações Visíveis: Deus manifestando-se em forma visível Exemplos: Teofanias do Velho Testamento antes da encarnação de Jesus Cristo (geralmente descrito como o Anjo do Senhor, Gn 16.7-14, ou como um homem, como no caso de Jacó, Gn 32) A glória do shekinah (Êx 3.2-4; 24.15-18; 40.34-35) Jesus Cristo (a inigualável manifestação de Deus como um verdadeiro ser humano, com todos os processos e experiências humanas tais como o nascimento, a dor e a morte, Jo 1.14; 14.9; Hb 1.1-2) 9. Teorias da Inspiração Teorias da Inspiração Mecânica ou do Ditado Parcial G raus de Inspiração Formulação do Conceito O autor bíblico é um instrumento passivo na transmissão da revelação de Deus. A personalidade do autor é posta de lado para preservar o texto de aspectos humanos falíveis. Se Deus houvesse ditado a Escritura, o estilo, o vocabulário e a redação seriam uniformes. Mas a Bíblia indica diferentes personalidades e modos de expressão nos seus escritores. A inspiração diz respeito apenas às doutrinas da Escritura que não podiam ser conhecidas pelos autores humanos. Não é possível inspirar idéias gerais de modo infalível sem inspirar as palavras da Escritura. Deus proporcionou as idéias e tendências gerais da revelação, mas deu ao autor humano liberdade na maneira de expressá-la. A maneira como as palavras de revelação foram dadas aos profetas e o grau de conformidade às próprias palavras da Escritura por parte de Jesus e dos escritores apostólicos indicam a inspiração de todo o texto bíblico, até mesmo das palavras. Certas partes da Bíblia são mais inspiradas que outras ou inspiradas de modo diferente. Não se encontra no texto nenhuma sugestão de graus de inspiração (2 Tm 3.16). Essa concepção admite erros de diferentes tipos na Escritura. Intuição ou Natural Iluminação ou M ística Objeções ao Conceito Toda a Escritura é incorruptível e não pode falhar (Jo 10.35; 1 Pe 1.23). Indivíduos talentosos dotados de excepcional percepção foram escolhidos por Deus para escreverem a Bíblia. Esta concepção torna a Bíblia não muito diferente de outras obras literárias religiosas ou filosóficas inspiradoras. A inspiração é semelhante a uma habilidade artística ou ao talento natural. 0 texto bíblico afirma que a Escritura vem de Deus por meio de homens (2 Pe 1.20-21). Os autores humanos foram capacitados por Deus a redigirem a Escritura. O ensino bíblico indica que a revelação veio por meio de comunicações divinas especiais, e não por meio de capacidades humanas intensificadas. O Espírito Santo intensificou as suas capacidades normais. Os autores humanos expressam as próprias palavras de Deus, e não simplesmente as suas próprias palavras. Verbal, Plenária Elementos tanto divinos quanto humanos estão presentes na produção da Escritura. Todo o texto da Escritura, inclusive as próprias palavras, é um produto da mente de Deus expresso em termos e condições humanos. Se toda palavra da Escritura fosse uma palavra de Deus, então não existiria o elemento humano que se observa na Bíblia. 10. Teorias Evangélicas de Inerrância Posição Inerrância Plena Proponente Harold Lindseil Roger Nicole Millard Erickson Inerrância Limitada Daniel Fuller Stephen Davis William LaSor Inerrância de Propósito Jack Rogers Irrelevância da Inerrância David Hubbard James Orr Formulação do Conceito A Bíblia é plenamente veraz em tudo o que ensina e afirma. Isso se estende tanto à área da história quanto da ciência. Não significa que a Bíblia tem o propósito primário de apresentar informações exatas acerca de história e ciência. Portanto, o uso de expressões populares, aproximações e linguagem fenomênica é reconhecido e entendido no sentido de cumprir com o requisito da veracidade. Assim sendo, as aparentes discrepâncias podem e devem ser harmonizadas. A Bíblia é inerrante somente em seus ensinos doutrinários salvíficos. A Bíblia não foi concebida para ensinar ciência ou história, nem Deus revelou questões de história ou ciência aos escritores. Nessas áreas, a Bíblia reflete a compreensão da sua cultura e, portanto, pode conter erros. A Bíblia é isenta de erros no sentido de concretizar o seu propósito primário de levar as pessoas a uma comunhão pessoal com Cristo. Portanto, a Escritura é verdadeira (inerrante) somente na medida em que realiza o seu propósito fundamental, e não por ser factual ou precisa naquilo que assevera. (Esta concepção é semelhante àquela da Irrelevância da Inerrância.) A inerrância é substancialmente irrelevante por várias razões: (1) A inerrância é um conceito negativo. A nossa concepção da Escritura deve ser positiva. (2) A inerrância não é um conceito bíblico. (3) Na Escritura, erro é uma questão espiritual ou moral, e não intelectual. (4) A inerrância concentra a nossa atenção nos detalhes, e não nas questões essenciais da Escritura. (5) A inerrância impede uma avaliação honesta das Escrituras. (6) A inerrância produz desunião na igreja. (Este conceito é semelhante ao da Inerrância de Propósito.) 11. Maneiras de Harmonizar as Discrepâncias da Escritura Abordagem Abstrata B. B. Warfield Abordagem Harmonística Edward J. Young Louis Gaussen Abordagem Harmonística Moderada Everett Harrison Abordagem da Fonte Errante* Edward J. Carnell Abordagem da Errância Bíblica* Dewey Beegle Explanação A q u e les qu e segu em esta ab o rd agem e stão cie n tes de que ex istem dificuld ad es n a E scritu ra, m as eles ten d em a sentir qu e essas dificuldades n ão precisam ser to d as elas ex p licad as p orque o peso da evid ên cia a favor d a in spiração e d a co n seq ü en te inerrân cia d a Bíblia é tã o grande que n en h u m a qu an tid ad e de d ificuldad es pod eria derrubá-la. E les ten dem a usar co m o argu m en to final prin cipalm en te a co n sid eração dou trin ária d a in sp iração d a Bíblia. O s partid ários d esta ab o rd agem su ste n tam qu e a cren ça n a in errân cia b aseia-se n o en sin o d ou trin ário d a in spiração. E les afirm am que as dificuldad es ap resen tad as p odem ser resolvidas, e p rocu ram fazê-lo - às vezes u san d o de co n jectu ras. E sta ab o rd ag em até certo p o n to segue o estilo d a ab o rdagem h arm o n ística. O s problem as são en c arad o s co m seriedade, h av en d o um esforço em resolvê-los ou aten u ar as dificuld ad es até on d e isso é razoavelm en te possível co m os d ad o s atu alm en te disponíveis. A s ten tativ as n ão são feitas prem atu ram en te. A in sp iração som en te assegu ra a reprodu ção precisa das fontes utilizadas pelo escritor bíblico, e n ão a retificação das m esm as. A ssim , se a fon te co n tin h a u m a referên cia errônea, o escritor bíblico registrou aqu ele erro e x atam en te co m o e stav a n a fonte. Por exem plo, o C ro n ista po d ia estar ap elan d o a u m a fon te falível e errô n ea ao elab orar a su a relação d os n ú m eros de carros e cav aleiros. A Bíblia co n tém erros - problem as reais e insolúveis. E les d evem ser aceito s e n ão racion alizad os. A n atu reza d a in spiração d eve ser inferida d aq u ilo qu e a Bíblia produziu. Q u alq u e r qu e seja a in spiração, ela n ão é verbal. N ã o se pode co n sid erar qu e a in spiração esten d e-se à própria esco lh a das p alav ras d o tex to. P ortan to, n ão é possível ou n ecessário recon ciliar to d as as discrepân cias. *Estes nomes foram escolhidos somente para distinguir as concepções. Nem Camell nem Beegle identificam as suas posições com os nomes aqui mencionados. A tabela foi adaptada de Gleason L. Archer, “Alleged Errors and Discrepancies in the Original Manuscripts of the Bible” [Supostos Erros e Discrepâncias nos Manuscritos Originais da Bíblia], em Norman L. Geisler, ed., Inerrancy [Inerrância] (Grand Rapids: Zondervan, 1979), pp. 57-82; e Millard J. Erickson, Christian Theology [Teologia Cristã] (Grand Rapids: Baker, 1983, 1984, 1985), pp. 230-32. Estas obras foram usadas mediante permissão. > < H H d O W d Estratégia/Defensor 12. Respostas a Supostas Discrepâncias da Escritura A tab ela abaix o reflete u m resum o d a resp o sta d ad a por G le aso n L. A rch e r ao s su postos erros e d iscrepân cias d a E scritu ra ap o n tad o s por W illiam L a S o r e D ew ey B e e g le .* E sta s são co n sid erad as as m ais difíceis den tre as m u itas d iscrepân cias m en cio n ad as pelos críticos co n tra os m an u scrito s originais d a Bíblia. L a S o r ap o n to u dez ob jeções, m as som en te seis d as qu ais foram in cluídas aqui, porqu e d u as foram refu tad as co m u m a só resp osta, um a foi retirad a e d u as d as su as o b jeçõ e s foram dirigidas co n tra a argu m en tação de ou tra p esso a, e n ão co n tra a própria E scritu ra. B eegle ap o n to u onze o b jeções. A rch e r abo rd ou som en te dez delas, u m a vez qu e a d écim a prim eira era a rep etição de um a área tam b ém m en cio n ad a por LaSor. C o m relação às alegações, a in te n ção ób via d e sta tab ela é sim plesm en te identificar as áreas de p reo cu p ação , e n ão forn ecer u m a síntese co m p leta d as aleg ações. Isto p od e ser o b tid o m ed ian te co n su lta das fon tes utilizadas p ara a tab ela. Erro ou Discrepância Alegada Discrepâncias Num éricas nos Livros Históricos 2 2 1 1 S m 10.18 X 1 C r C r 3 6 .9 X 2 R eis R eis 4 .2 6 X 2 C r C r 11.11 X 2 S m 19.18 24.8 9.25 2 3.8 Explicação N ã o existe p rova de qu e essa d iscrep ân cia existia n os m an u scrito s originais. P rovavelm en te era difícil en ten d er os n u m erais q u an d o se co p iav am m an u scritos velh os e g asto s. O s sistem as an tigos de n o ta ç ã o n u m érica eram suscetíveis de erros com o, por exem plo, om itir ou acrescen tar zeros. L aSor Genealogias de Cristo M t 1 X L u cas 3 O s pais d a igreja en ten d eram que M ate u s fornece a lin h agem de Jo sé, o p ai legal de Jesu s, e n q u an to qu e L u cas forn ece a lin h agem d e M aria, a su a m ãe. E sta in te rp retaç ão retroced e ao q u in to sécu lo cristão , se n ão an tes. L aS o r A Localização do Túm ulo de José A to s 7 .16 X J s 24 .3 2 L aS o r e Beegle C a so paralelo àqu ele em que Isaqu e confirm ou co m A b im eleq u e os seus direitos à terra em qu e foi e sc a v a d o o p o ç o de B erseba (G n 2 6 .2 6 -3 3 ). A terra h av ia sido adqu irid a an teriorm en te por A b ra ã o (2 1 .2 2 -3 1 ). Por cau sa dos h ábitos n ôm ad es de A b raão , Isaqu e ju lg ou n ecessário restab elecer os seu s direitos ao poço. P rovavelm en te ocorreu um a situ aç ão sem elh an te q u an d o Ja c ó com prou o cam p o de se p u ltam en to perto de S iq u ém (3 3 .1 8 -2 0 ). E m bora n ão se m en cion e em G ên esis que A b ra ã o co m prara a terra, E stêv ão p rovavelm en te sab ia d isso por m eio d a trad ição oral, e é sign ificativo que Siq u ém foi a região onde A b ra ã o edificou o seu prim eiro altar após m igrar para a Terra S an ta. * Tabela adaptada de Gleason L. Archer, “Alleged Errors and Discrepancies in the Original Manuscripts of the Bible,” em Norman L. Geisler, ed., Inerrancy (Grand Rapids: Zondervan, 1979), pp. 57-82; e Millard J. Erickson, Christian Theology (Grand Rapids: Baker, 1983, 1984, 1985), pp. 230-32. Estas obras são usadas mediante permissão. 12. Respostas a Supostas Discrepâncias (continuação) O N ú m ero dos A n jos no T ú m u lo de Je su s M t 2 8 .5 ; M c 16.5 X Lc 24-4; Jo 20.12 LaSor A Fonte da R eferência ao C am p o do O leiro M t 2 7.9 LaSor A D ata do Ê xodo Ê x 1.11 X 1 R s 6.1 LaSor A R eferên cia de Ju d as a E noque Ju d a s 14 B eegle A R eferên cia de Ju d as a M iguel e Satan ás Ju d a s 9 B eegle U m a c o m p araç ão c u id ad o sa d os relatos m o stra qu e dois an jo s estav am en volvid os, em b ora o an jo qu e realizou o m ilagre d o terrem oto, rem oveu a pedra, aterrorizou os g u ard as e falou às três m u lh eres em su a prim eira visita p rovavelm en te fosse o m ais d e stacad o dos dois, d essa m an eira lev an d o M ateu s e M arco s a referirem -se a ele esp ecificam en te. E xiste m exem plo s paralelos n os ev an gelh o s co m respeito a dem ôn ios (M t 8 .2 8 X M c 5 .2; L c 8 .27) e cegos (M t 2 0 .3 0 X M c 10.46; L c 18.35), nos q u ais a p roem in ên cia de um in divídu o em c a d a exem plo levou alguns au to res a registrarem som en te a p resen ça d aq u ele indivíduo, q u an d o de fato h av ia dois. “U m ” é d iferen te de “ um e somente u m .” E m bora M ateu s cite em parte Z acarias 11.13, o p o n to principal d a p assagem de M a teu s (27.6-9) refere-se ao campo d o oleiro, que n ão é m en c io n ad o em Z acarias e sim em Je rem ias (1 9 .2 ,1 1 ; 3 2 .9 ). Q u a n d o co m b in avam citaçõ es d o V elho T estam en to co m o M ateu s faz aqui, era p rática geral d os escritores do N o v o T estam en to referirem -se som en te à qu e era m ais fam o sa. A ssim , M ate u s atribuiu a cita ç ã o a Jerem ias. Isto p od e ser co m p arad o co m M c 1.2-3, on d e u m a cita çã o m ista d e M alaq u ias 3.1 e Isaías 40 .3 é atribu íd a som en te a Isaías. Juizes 11.26 e A to s 13.19-20 ap óiam a afirm ação de 1 R eis 6.1 d e qu e o Ê xod o ocorreu por v o lta de 1446 a .C . A s evid ên cias bíblicas e arq u eo ló g icas m ostram qu e E xo d o 1.11 n ão se co n stitu i em p rova co n clu siva p ara localizar o E xo d o em 1290 a.C . Ver a ex p licação de A rch e r sobre essas d u as afirm ações n as págin as 64-65 d o seu ensaio. A rch e r ob serva que n ão h á n en h u m a razão por qu e obras pseu d ep igráficas escritas n o períod o in tertestam en tário, co m o o Livro de Enoque citad o em Ju d a s 14, n ão pu d essem co n ter alguns fato s e relatos h istoricam en te corretos. A rch e r argu m en ta qu e a profecia de E n oqu e foi preservad a d o m esm o m o d o que o diálogo de A d ã o e E va foi preservad o p ara qu e M oisés o registrasse m ilhares de an os m ais tarde. A su p o siç ão im plícita de B eegle de que Ju d a s n ão possu ía ou tra fon te válida de in form ação a n ão ser o tex to h ebraico d o V elho T estam en to, qu e n ão registra este in cid en te, é errô n ea porque o registro de Ju d a s foi in spirad o pelo E spírito S an to . O s ev e n to s ou afirm ações m en cio n ad o s n a E scritu ra S ag rad a n ão precisam aparecer m ais de um a vez n a B íblia a fim de serem aceito s co m o verd ad eiros. O próprio B eegle su sten ta qu e Jo ã o 3.1 6 é au tên tico e fidedigno, m u ito em bora ocorra som en te u m a vez n a Bíblia. 12. Respostas a Supostas Discrepâncias (continuação) A D u ração do R einado de Peca 2 R s 15.27 B eegle A D ata das In vasões de Senaqueribe 2 Rs 18.1 X 2 R s 18.13 B eegle O N ú m ero de Vezes que o G alo C an to u N a N egação de Pedro M t 2 6.34, 74-75; Lc 2 2 .3 4 , 60-61 X M c 1 4 .3 0 ,7 2 E m bora Peca estivesse lim itado a G ilead e nos doze prim eiros anos do seu reinado, ele foi o único rei legítim o de Israel de 752 a 732 a.C . O s reinados de M an assés e de seu filho Pecaías entre 752 e 740 a.C . foram usurpações. M esm o q u an d o confinado a G ileade, Peca reivindicou o trono de Israel e considerou Sam aria com o a su a legítim a capital. E xiste um paralelo em D avi, que, segundo 1 Reis 2.11, reinou sobre Israel por 40 anos, em bora a su a au toridade ten h a sido lim itada nos prim eiros sete anos. 0 rei Tutm és III, da 18- d inastia do E gito, teve um reinado oficial de 48 ou 49 anos, porém , co m o subiu ao trono q u an d o ainda criança, a sua m ad rasta assum iu a au toridade por vários an os e o governo efçtivo de Tutm és foi de apen as 35 anos. N ã o h á n en h u m a ev id ên cia co n vin cen te de erro n o m an u scrito original, pois ev id en tem en te h ou ve o eq u ív o co de algum escrib a n a tran scrição de 2 R eis 18.13. Q u e r ten h am sido utilizados nu m erais ou os n ú m eros ten h am sido escritos por exten so , 24 facilm en te pod eria ser tran scrito co m o 14. Todas as o u tras d atas de 2 R eis (15.30; 16.1-2; 17.1) ap ó iam a d a ta de 18.1. U m a sim ples co rreção tex tu al em 18.13 h arm onizaria tod os os relatos. M ateu s e L u cas q u an d o m u ito som en te implicam um can to do galo, ao p asso que M arco s m en cion a especificam en te dois can to s. A exegese con firm a que M ateu s e L u cas n ão esp ecificam q u a n ta s vezes o galo iria cantar, e p o rtan to n ão h á n en h u m a co n trad ição. B eegle A C itação de Elifaz feita por Paulo 1 C o 3 .19 B eegle Q u em L evou D avi a Fazer o C en so 2 S m 24.1 X 1 C r 21.1 B eegle P rovavelm en te n u n ca foi aleg ad o por q u alqu er estu d ioso evan gélico que a B íblia som en te cite com o válid as as afirm ações de san to s in spirados ou que tod as as afirm ações desses san to s sejam válid as. A lg u m as das cen su ras qu e Jó dirigiu co n tra D e u s foram m en os qu e in spirad as e p elas m esm as ele foi ju stam en te repreend ido (Jó 34 .1 -9 ; 3 8 .1-2; 4 0 .2 ). Por ou tro lad o, m uitos dos sen tim en to s exp ressos por seus três co n selh eiros eram d ou trin ariam en te corretos. A c ita ç ã o d e Elifaz feita por P aulo n ão rep resen ta n en h u m a am eaça. S e g u n d o a Bíblia, D e u s p od e perm itir que um cren te que está sem co m u n h ão co m ele pratiq u e u m a a çã o in se n sata ou ofen siva co n tra D eu s a fim de qu e, d epois que a p esso a colher o fruto am argo do seu erro, experim en te o juízo disciplin ar apropriado e assim , h u m ilhad a pelo E spírito, seja lev ad a a um a co m u n h ão m ais ín tim a co m o Senhor. Foi esse o ca so de Jo n as. N a parte fin al do reinad o de D avi, este e a n a ç ã o co m e çaram a con fiar em seu crescim en to n ú m erico e m aterial a tal p on to qu e p recisaram de u m juízo d isciplin ar que os restau rasse à d evida d ep en d ên cia de D eu s. P ortan to, o S e n h o r perm itiu que S a ta n á s induzisse D a v i a fazer o cen so , o que resu ltou em um a rigorosa disciplin a d a parte de D eus. A ssim , am bos os relato s são verd ad eiros, pois tan to D e u s co m o S a ta n á s influen ciaram D avi. 12. Respostas a Supostas Discrepâncias (continuação) A D u ra çã o das G en ealogias de G ên esis 5 e 10 B eegle A Idade de Terá Q u an do A b raão D eixou H arã G n 12.4 X A t 7.4 à luz d e G n 11.26,32 B eegle O L ocal do Sepultam en to de Ja có G n 2 3 .1 9 ; 50 .1 3 X A t 7 .16 N ã o h á n en h u m a razão porqu e n ão p ossa h av er saltos n esta gen ealo gia, pois L u ca s 3 .3 6 indica pelo m en os u m salto n a g en ealo gia en co n trad a em G ên esis 10.24. A lé m disso, o estu d o cu id ad o so do uso co n creto dos term os h eb raicos e gregos p ara “p ai” e “gerou ” revela que freqü en tem en te n ão sign ificavam n ad a m ais específico do qu e u m a lin h a direta de ascen d ên cia. Por exem plo, Je su s foi m u itas vezes ch am ad o de “ Filho de D a v i.” A lé m disso, n em G ên esis 5 n em G ên esis 10 m en cion am d u raç ão específica que totalize to d o o p eríod o de tem po d esd e A d ã o até N o é , ou de N o é até A b ra ã o . N o en tan to , sã o forn ecid os os an o s de c a d a g eração, de m odo qu e o p eríod o total desde A d ã o até A b ra ã o pod e ser calc u lad o co m facilid ad e. 0 problem a está em harm onizar a cron olo gia b íblica co m a cron olo gia h istórica secular. A in ferên cia de B eegle de qu e Terá tinh a 70 an o s q u an d o A b ra ã o n asceu é altam en te d iscutível. A E scritu ra som en te diz qu e Terá tinha 70 an os q u an d o n asc eu o seu prim eiro filho. E la n ão diz esp ecificam en te q u em n asc eu prim eiro. A b ra ã o é m en cio n ad o em prim eiro lugar p rovavelm en te por ca u sa d a su a im portân cia. O u tras p assagen s, co m o G ên esis 11.28, ind icam que H a rã pode ter sido o m ais velh o, d esde qu e foi o prim eiro a m orrer. A ssim sen d o, n ão há n en h u m a dificuldade em su por que A b raão n asc eu q u an d o T erá tin h a 130 anos. E ssa idade a v an ç ad a p ara a p atern id ad e n ão era in com um n aqu ele tem po. Q u a n d o A to s 7.16 é ad eq u ad am en te in terpretado, d esco b re-se qu e se refere ao lo cal do se p u ltam en to dos filhos de Ja c ó , ao p asso qu e G ên esis 23 .1 9 e 50.13 referem -se ao local do se p u ltam en to de Jac ó . B eegle D u ração da Peregrinação de Israel no Egito Ê x 12.40 X G 1 3 .1 7 B eegle A ên fase d a o b serv ação de P aulo n ão está em revelar o período en tre G ên esis 12, q u a n d o a prom essa foi feita pela prim eira vez a A b raão , e E xod o 20, q u an d o a lei foi d ad a a M oisés. O p o n to principal da su a afirm ação é que a lei, que foi d ad a 4 3 0 an os após a ép o c a dos três patriarcas a qu em foram feitas as prom essas, n u n c a teve a in te n ção de an u lar ou substituir aq u elas prom essas. Paulo sim plesm ente m en cion a o co n h ecid o in tervalo d a peregrin ação egípcia co m o algo que fez se p aração en tre o período d a prom essa do p acto e o períod o da leg islação m osaica. C o m o tal, o co m en tário de Paulo foi perfeitam en te h istórico e correto. 13. Concepções Rivais Acerca de Deus Politeísmo Concepção Partidários Idealismo A n t ig a s R e lig iõ e s d a N a t u r e z a Jo sia h R o y ce H in d u ís m o W illia m H o c k in g Z e n - B u d is m o C iê n c ia c r istã M o r m o n is m o P la tã o H egel E m erso n Síntese da Doutrina C r e n ç a d e q u e e x is te u m a p lu r a lid a d e d e d e u se s . A lg u n s E s s a filo so fia é u m r e d u c io n is m o in te le c t u a l q u e d iz e m q u e su r g iu c o m o r e je iç ã o d o m o n o t e ís m o . M u ita s v e z e s in tim a m e n te lig a d o a o c u lto d a n a tu r e z a . É a e x p lic a o d u a lis m o o b s e r v a d o e n t r e m e n t e e m a té r ia e m te r m o s d e u m a m e n t e in fin ita q u e in c lu i tu d o . c o n tr a p a r te p o p u la r d o p a n t e ís m o . T o d o s o s c o m p o n e n t e s d o u n iv e r so , in c lu s iv e o b e m e o m a l, to r n a m - s e n a d a m a is q u e e q u iv a le n te fin ito s d o In fin ito . T o d o s o s e le m e n to s fu n d e m - se c o m o b e m ú ltim o . O b e m , p o r s u a v ez , r e p r e s e n ta a r e a lid a d e id e a l. Idéia de Deus D e u s é r e le g a d o a u m e n tr e m u ito s e m u m p a n t e ã o d e d e u se s . D ife r e d o h e n o t e ís m o , o q u a l, e m b o r a a d m ita m u ito s d e u s e s , v ê u m d e u s a c im a d e to d o s o s d e m a is. Contraste com a Bíblia H á so m e n te u m D e u s v e r d a d e ir o ( D t 6 .4 ; Is 4 3 .1 0 - 1 1 ; 1 C o 8 .4 - 6 ; G1 4 .8 ) . D e u s é u m a p e r s o n if ic a ç ã o n e b u lo s a d o A b s o lu to . E m b o r a p e r fe ito , im u tá v e l e tr a n s c e n d e n te , e le é im p e ss o a l. D e u s é p e s s o a l b e m c o m o tr a n s c e n d e n te (S I 1 0 3 .1 3 ; 1 1 3 .5 - 6 ; Is 5 5 .8 - 9 ) . O se r h u m a n o e s t á n a tu r a lm e n te alien ad o d e D e u s ( E f 4 .1 8 ) . 13. Concepções Rivais Acerca de Deus (continuação) Partidários Panteísmo Realismo Concepção T h o m a s R e id N e o - r e a lis t a s S p in o z a R a d h a k r is h n a n H in d u s T r a n s c e n d e n t a lis t a s Síntese da Doutrina O s u n iv e r sa is tê m u m a e x is tê n c ia e m c e r to s e n tid o in d e p e n d e n te d a s p e r c e p ç õ e s p a r tic u la r e s d a m e n t e . E m s u a fo r m a p u r a , é d ia m e tr a lm e n te o p o s to a o r e d u c io n ism o . P r o c u r a e s t a b e le c e r o e q u ilíb r io e n tre a o b je tiv id a d e e a su b je tiv id a d e . S u a e s tr u tu r a sis t e m a tiz a d a d á ê n fa se à im p o r tâ n c ia d a in tu iç ã o . F o r n e c e u m a b a s e p a r a a d is t in ç ã o su je ito /o b je to . Idéia de Deus E s s a c o n c e p ç ã o é e s s e c ia lm e n te o m e sm o q u e o Id e a lism o . D e u s é d istin t o d a s u a c r ia ç ã o e, p o r ta n to , E s t a c o n c e p ç ã o d á ê n fa s e à id e n t if ic a ç ã o d e D e u s c o m t o d a s a s c o is a s . A r e a lid a d e é r e p r e s e n t a d a c o m o u m a f u s ã o a m o r fa d e t o d a m a té r ia e e s p ír ito . O se r p e s s o a l é a b s o r v id o n a A lm a S u p e r io r p r e d o m in a n te . C o m o ta l, e s s a c o n c e p ç ã o é d ia m e tr a lm e n te o p o s t a a o d e ísm o . D e u s e q u iv a le a tu d o e tu d o e q u iv a le a D e u s (D e u s é im p e s s o a l e im a n e n te , m a s n ã o t r a n s c e n d e n t e ) . a tr a n s c e n d e . Contraste com a Bíblia V er o Id e a lis m o c o m r e la ç ã o a o s tr ê s p r im e iro s p o n t o s. O se r h u m a n o e m n e n h u m s e n tid o é in d e p e n d e n te d e D e u s , n e m p o d e a lc a n ç a r a v e r d a d e e s p ir itu a l d e m o d o a u t ô n o m o ( A t 1 7 .2 8 ; 1 C o 2 .1 0 - 1 4 ) . D e u s é p e s s o a l e tr a n s c e n d e n te (S I 1 0 3 .1 3 ; 1 1 3 .5 -6 ; Is 5 5 .8 - 9 ) . O se r h u m a n o é u m a e n t id a d e r e a l ( G n 2 .7 ; 1 T s 5 .2 3 ) e u m a g e n te m o r a l liv re lim ita d o (R m 7 .1 8 e J o 6 .4 4 ) . 13* Concepções Rivais Acerca de Deus (continuação) Concepção Panenteísmo Deísmo P artidários Diógenes Henri Bergson Charles Hartshorne Alfred N. Whitehead Schubert Ogden John Cobb Voltaire Thomas Hobbes Charles Blount John Toland Evolucionistas teístas Thomas Jefferson Sín tese da D o u trin a Uma concepção processiva da realidade e de Deus (em contraste com uma concepção estática) na qual um Deus finito que compreende todas as possibilidades do mundo é gradualmente concretizado no mundo em parceria com o ser humano. Deus tem um pólo potencial e um pólo factual, e por isso às vezes usa-se o termo bipolarteísmo. A natureza e a razão apontam para certas verdades básicas. Por um processo racional, o indivíduo pode chegar ao conhecimento dessas verdades auto-evidentes sem a necessidade de iluminação divina. Esta concepção reconhece Deus, mas nega qualquer intervenção sobrenatural no universo. Id éia de D eu s Deus é finito, distinto do mundo, mas inseparável e interdependente do mundo. Deus é pessoal e transcendente, mas não imanente. Ele é uma espécie de Deus “controle remoto.” (Ele “apertou um botão” para criar todas as coisas e agora observa passivamente o que acontece.) C o n tra ste com a B íblia Deus é infinito (SI 139.7-12; Jr 23.23; Ap 1.8). Deus é transcendente (SI 113.5-6). Deus é onipotente (Gn 18.14; Mt 28.18). O ser humano necessita de Deus (At 17.28). Deus não necessita do ser humano (aseidade: “Eu sou o que sou,” Ex 3.14. Ver também Dn 4.35). Deus é imanente (2 Cr 16.9; At 17.28; Ag 2.5; Mt 6.25-30). O ser humano é inerentemente depravado (Jr 17.9; Ef 2.1-2) e necessita da graça para salvar-se (Ef 2.8-9). O ser humano não é “autônomo”. 14* Sete Grandes Cosmo visões Realidade Última Nenhum Deus (es) Ateísmo Muitos Deuses Politeísmo I Um Deus Infinitos (nenhuma concepção) Finito Deus está dentro do mundo e identifica-se com ele. Panenteísmo Finitos Infinito Um Deus finito está além do universo, mas age no mesmo de modo limitado. Teísmo finito Deus identifica-se com o mundo. Panteísmo Deus não se identifica com o mundo Deus não intervém no mundo, mas é exclusivamente transcendente. Deísmo © 1990 Norman Geisler. Adaptado e usado mediante permissão. Um Deus infinito e pessoal está além do universo, mas age no mesmo. Teísmo 15. Argumentos Clássicos a favor da Existência de Deus Tipo de Argumento a p o ste rio r i* Título do Argumento O A rg u m e n to d o M o v im e n to , o u d o M o to r Conteúdo do Argumento Proponente do Argumento T o m á s d e A q u in o E x i s t e m o v i m e n t o ( l o c o m o ç ã o ) n o u n iv e r s o . U m a c o is a n ã o p o d e m o v e r - s e a si p r ó p r ia ; é n e c e s s á r i o u m a fo rç a o u a g e n te e x te rn o . U m a re g re ssã o in f in ita d e f o r ç a s é s e m s e n t id o . P o r t a n t o , d e v e h a v e r u m s e r q u e é a f o n t e ú lt im a d e t o d o m o v im e n t o , m a s q u e n ã o é m o v i d a e la m e s m a . E s s e se r é D e u s , o p r im e ir o m o t o r im ó v e l. a p o s t e r io r i O A rg u m e n te ' C o sm o ló g ic o (A rg u m e n to T o m á s d e A q u in o T o d o e f e it o t e m u m a c a u s a . N ã o p o d e h a v e r u m a r e g r e s s ã o in f in ita d e c a u s a s f in i t a s . P o r t a n t o , d e v e e x is t ir u m a c a u s a n ã o c a u s a d a o u u m s e r n e c e s s á r io . E sse se r é D e u s. T o m á s d e A q u in o A s c o is a s e x is t e m e m u m a r e d e d e r e l a c i o n a m e n t o s c o m o u t r a s c o is a s . E la s s ó p o d e m e x is t i r d e n t r o d e s s a r e d e . P o r t a n t o , c a d a c o is a é d e p e n d e n t e . T o d a v ia , u m a r e g r e s s ã o in f in it a d e d e p e n d ê n c i a s é c o n t r a d i t ó r i a . A s s i m , d e v e e x is t ir u m s e r q u e é a b s o lu t a m e n t e i n d e p e n d e n t e e n ã o c o n t i n g e n t e p e la C a u s a ) a p o s t e r io r i O A rg u m e n to d a P o s s ib ilid a d e e d a N e c e ssid a d e a q u a lq u e r o u t r a c o is a . E s s e s e r é D e u s . a p o s t e r io r i O A rg u m e n to d a P e r f e iç ã o T o m á s d e A q u in o O b s e r v a - s e n o u n iv e r s o a e x is t ê n c i a d e u m a p ir â m id e d e s e r e s ( p o r e x e m p lo , d e s d e o s i n s e t o s a t é o se r h u m a n o ) em u m g rau se m p re c re sc e n te d e p e r fe iç ã o . D e v e e x is t ir u m s e r f in a l q u e é a b s o lu t a m e n t e p e r fe it o , a f o n t e d e t o d a p e r f e iç ã o . E s s e se r é D e u s . a p o s t e r io r i O A rg u m e n to T e le o ló g ic o (A rg u m e n to T o m á s d e A q u in o E x is t e n o m u n d o u m a o r d e m o u d e s í g n io o b s e r v á v e l q u e n ã o p o d e s e r a t r i b u íd a a o p r ó p r io o b je t o ( p o r e x e m p lo , o b je t o s i n a n i m a d o s ) . E s s a o r d e m o b s e r v á v e l a r g u m e n t a e m f a v o r d e u m se r in t e lig e n t e q u e e s t a b e l e c e u e s s a o r d e m . E s s e s e r d o D e s íg n i o ) é D eu s. a p o s t e r io r i O A rg u m e n to M o r a l (o u A n t r o p o ló g i c o ) Im m a n u e l K a n t T o d a s a s p e s s o a s p o s s u e m u m i m p u ls o m o r a l o u im p e r a t iv o c a t e g ó r i c o . C o m o e s s a m o r a li d a d e n e m se m p re é r e c o m p e n sa d a n e s ta v id a , d e v e h a v e r a lg u m a b a s e o u r a z ã o p a r a o c o m p o r t a m e n t o m o r a l q u e e s t á a lé m d e s t a v i d a . I s s o i m p lic a n a e x is t ê n c i a d a im o r t a lid a d e , d o ju íz o f in a l e d e u m D e u s q u e e sta b e le c e e su ste n ta a m o ra lid a d e re c o m p e n sa n d o o b e m e p u n in d o o m a l. a p r io rif O A rg u m e n to de que D eus é u m a I d é ia In a ta A g o stin h o Jo ã o C a lv in o C h a r le s H o d g e T o d a p e s s o a n o r m a l n a s c e c o m a i d é ia d e D e u s i m p la n t a d a e m s u a m e n t e , e m b o r a e la e s t e ja s u p r im id a p e la i n ju s t i ç a ( R m 1 .1 8 ) . A m e d i d a q u e a c r ia n ç a c r e s c e e m d i r e ç ã o à i d a d e a d u lt a , e s s a id é ia t o r n a - s e m a is c la r a . E x p e r i ê n c ia s c r ít i c a s n o t r a n s c u r s o d a v id a p o d e m d e s p e r t a r e s s a id é ia . * a posteriori: afirmações ou argumentos logicamente posteriores à experiência sensorial, ou dela dependentes, ta priori: afirmações ou argumentos logicamente anteriores à experiência sensorial, ou independentes da mesma. 15. Argumentos Clássicos (continuação) Tipo de Argumento Título do Argumento Proponente do Argumento Conteúdo do Argumento a priori O Argumento do Misticismo Evelyn Underhill O ser humano é capaz de ter uma experiência mística direta com Deus que resulta em uma experiência de êxtase. Essa união com Deus é tão peculiarmente poderosa que ela produz uma auto-validação da existência de Deus. a priori O Argumento da Verdade Agostinho Todas as pessoas crêem que algo é verdadeiro. Se Deus é o Deus da verdade e o verdadeiro Deus, então Deus é a Verdade. Essa Verdade (com V maiúsculo) é o contexto de qualquer outra verdade. Portanto, a existência da verdade implica na existência da Verdade, que implica na existência de Deus. A. H. Strong a priori O Argumento Ontológico Anselmo de Cantuária Premissa maior: O ser humano tem uma idéia de um ser infinito e perfeito. Premissa menor: A existência é uma parte necessária da perfeição. Conclusão: Existe um ser infinito e perfeito, pois o próprio conceito de perfeição requer a existência. a priori O Argumento da Finitude do Ser Humano Aristóteles O ser humano é consciente da sua própria finitude. O que torna o ser humano consciente disto? Deus está continuamente impressionando o ser humano com a infinitude divina. Portanto, o próprio senso de finitude é uma prova de que existe um ser infinito, Deus. a priori O Argumento da BemAventurança Agostinho Tomás de Aquino O ser humano é inquieto. Ele tem um vago desejo de bem-aventurança. Esse desejo foi dado por Deus, pois o homem está inquieto até que descanse em Deus. A presença desse desejo é uma prova indireta da existência de Deus. a priori O Argumento da Percepção Bispo Berkeley O ser humano é capaz de perceber (sentir) as coisas ao seu redor. Isso não pode ser causado seja por eventos físicos (percepção como ato mental) ou pelo próprio homem. Portanto, a existência da percepção implica na existência de Deus como a única explicação racional das percepções humanas. a priori O Argumento Existencial Auguste Sabatier Deus prova a si mesmo por meio do Kerygma, que é a sua declaração de amor, perdão e justificação do ser humano. Quando alguém se decide pelo Kerygma, ele então sabe que Deus existe. Nenhuma outra evidência é necessária. Deus não é tanto provado como é conhecido, e isso ocorre existencialmente. 16. Avaliação dos Argumentos Clássicos a favor da Existência de Deus Argumento Cosmológico Todo efeito tem uma causa; não pode haver uma regressão infinita de causas finitas; portanto, deve existir uma causa não causada ou um ser necessário; este ser é Deus. Proponente Tomás de Aquino Argumentos a Favor Argumentos Contra A ausência de um ser essencial ou causa não causada conduz em última análise à auto-criação ou à criação pelo acaso, ambas as quais são logicamente impossíveis. Não existe nenhuma conexão necessária (logicamente) entre causa e efeito. Quando muito, temos somente uma disposição psicológica para esperar que o efeito ocorra. Um círculo ou cadeia de causas exigiria que um elo da cadeia estivesse simultaneamente causando existência e tendo sua existência causada, potencialidade produzindo factualidade, e isto não é possível. O nada não pode causar alguma coisa. Um círculo de causas pode ser uma alternativa para uma regressão infinita de causas. Um ser necessário deve ser infinito. Somente aquilo que tem potencialidade pode ser limitado, e um ser necessário deve ser pura factualidade (ou então poderia ser possível que ele não existisse). A existência de um Criador infinito não pode ser demonstrada a partir da existência de um universo finito. A lei da causalidade aplica-se somente a seres finitos. Deus, que é infinito e eternamente auto-existente, não requer uma causa. Se tudo necessita de uma causa, assim também Deus, ou então Deus deve ser auto-causado, o que é impossível. Argumento Teleológico Existe no mundo uma ordem ou desígnio observável que não pode ser atribuída ao próprio objeto (por exemplo, objetos inanimados); essa ordem observável argumenta em favor- de um ser inteligente que estabeleceu essa ordem; esse ser é Deus. Proponente Tomás de Aquino Argumentos a Favor Argumentos Contra A criação pelo acaso é equivalente à auto-criação, pois o acaso é uma abstração matemática sem qualquer existência real em e de si mesma. Além disso, o acaso e a eternidade não reforçam o argumento, já que em uma arena puramente aleatória as coisas tornam-se mais desorganizadas com o tempo, e não menos. A ordem do mundo pode ser atribuída a agentes outros que não um ser inteligente, tais como o acaso ou a seleção natural. Mesmo no que parecem ser ocorrências naturais aleatórias e em enfermidades, a ordem ainda assim está presente. A força desse argumento é a favor da existência de um criador inteligente. Ele não procura argumentar acerca do caráter do criador. Este argumento deixa de explicar ocorrências como catástrofes naturais e doenças, que argumentam contra a existência de um Deus bom. Este argumento é a posteriori - a partir de algo externo, isto é, baseado na observação. Diante do fato de que a única base alternativa para postular uma criação inteligente é um a priori - a partir de algo interno -, temos pouca escolha, a não ser basear nossos argumentos a favor da existência de Deus naquilo que observamos no mundo ao nosso redor. Este argumento é inválido porque aplica o que é observável àquilo que vai além da experiência. 16. Avaliação dos Argumentos Clássicos (continuação) A r g u m e n to A n tr o p o ló g ic o (M o r a l) T o d a s a s p e s s o a s p o s s u e m u m im p u ls o m o r a l o u im p e r a t iv o c a t e g ó r i c o . C o m o e s s a m o r a li d a d e n e m s e m p r e é r e c o m p e n s a d a n e s t a v id a , d e v e h a v e r a lg u m a b a s e o u r a z ã o p a r a o c o m p o r t a m e n t o m o r a l q u e e s t á a lé m d e s t a v id a . Is s o i m p l i c a n a e x is t ê n c i a d a i m o r t a lid a d e , d o ju íz o fin a l e d e u m D e u s q u e e s t a b e l e c e e s u s t e n t a a m o r a lid a d e r e c o m p e n s a n d o o b e m e p u n in d o o m a l. P ro p o n e n te Im m a n u e l K a n t A rg u m e n to s a F av o r A rg u m e n to s C o n tra C o m o a c o n s c i ê n c i a o u im p u ls o m o r a l d o se r h u m a n o m u it a s v e z e s n ã o a t e n d e a o s s e u s m e lh o r e s in t e r e s s e s e m t e r m o s d e s o b r e v iv ê n c ia , é im p r o v á v e l q u e e la se d e s e n v o l v e r i a c o m o u m a p a r t e n e c e s s á r i a d a s e le ç ã o n a tu r a l. O im p u ls o m o r a l d o s e r h u m a n o p o d e s e r a t r ib u íd o a fo n te s o u t r a s q u e n ã o D e u s , t a l c o m o a id é ia d e c o n s c iê n c ia q u e s e d e s e n v o lv e c o m o u m a p a r t e n e c e s s á r i a d o p r o c e s s o e v o l u t i v o o u d e s e l e ç ã o n a t u r a l. E m b o r a a e x i s t ê n c i a d e u m D e u s b o m (e t o d o - p o d e r o s o ) p o s s a e x ig ir a d e s t r u i ç ã o d o m a l, e la n ã o e x ig e e s s a d e stru iç ã o n e c e ss a ria m e n te ag o ra . S e D e u s e x is t e c o m o r e c o m p e n s a d o r d o b e m , p o r q u e e x is te o m a l ( e s p e c ia lm e n t e se , c o m o p r o fe s s a m o s te ísta s , D e u s é to ta lm e n te b o m e to d o -p o d e ro so ) ? E sse im p u lso m o r a l e s tá b a s e a d o n a n a tu r e z a d e D e u s, e n ã o e m s u a v o n t a d e a r b it r á r ia . N a v e r d a d e , D e u s n ã o p o d e s e r c o n s i d e r a d o a r b it r á r io , p o r q u e e le n ã o p o d e q u e r e r a l g o c o n t r á r io à s u a n a t u r e z a . S e e s s e im p u ls o m o r a l v e m s o m e n t e d o a t o c r ia d o r d e D e u s , t a l im p u ls o é a r b it r á r io e D e u s n ã o é e s s e n c ia lm e n t e b o m (is to m ilit a c o n t r a o D e u s b o m d o te ísm o , e m f a v o r d o q u a l e ste a rg u m e n to é u sa d o c o m o p ro v a ). A r g u m e n to O n to ló g ic o E s t e a r g u m e n t o a s s u m e a s e g u in t e fo r m a (e m u it a s o u t r a s ) : p r e m i s s a m a io r : O s e r h u m a n o t e m u m a id é i a d e u m s e r in fin ito e p e r fe ito , p r e m is s a m e n o r : A e x i s t ê n c i a é u m a p a r t e n e c e s s á r ia d a p e r fe iç ã o . c o n c l u s ã o : E x i s t e u m s e r in f in ito e p e r fe ito , p o is o p r ó p r io c o n c e i t o d e p e r fe iç ã o r e q u e r a e x is t ê n c i a . P ro p o n e n te A n s e lm o d e C a n t u á r i a A rg u m e n to a F av o r A rg u m e n to s C o n tra S e a a f ir m a ç ã o “ n e n h u m a a f ir m a ç ã o s o b r e a e x is t ê n c i a é n e c e s s á r i a ” f o r v e r d a d e i r a , e la t a m b é m d e v e a p lic a r - s e à p r ó p r i a a f ir m a ç ã o , o q u e s e r ia a u t o - a n u la t ó r i o . A s s i m s e n d o , é p o ssív e l q u e se p o s s a m fa z e r a lg u m a s a f ir m a ç õ e s n e c e s s á r i a s s o b r e a e x is t ê n c ia . A s a f ir m a ç õ e s s o b r e a e x i s t ê n c i a n ã o p o d e m s e r n e c e s s á r i a s p o r q u e a n e c e s s i d a d e é s i m p le s m e n t e u m a c a r a c t e r í s t i c a ló g i c a d a s p r o p o s i ç õ e s . N ã o e x is t e n e n h u m a c o n e x ã o e n t r e a e x is t ê n c i a d e u m se r p e r f e it o n a m e n t e d e u m a p e s s o a e a e f e t i v a e x is t ê n c i a d e ste se r n o m u n d o . O a r g u m e n t o r e q u e r a a d o ç ã o d e u m a e s t r u t u r a p la t ô n ic a , n a q u a l o id e a l é m a is r e a l q u e o fís ic o . 17* O Conhecimento de Deus 1. 2. 3. 4. Revelação Natural Revelação Especial Dada a todos Destinada a Todos Dada a Poucos Destinada a Todos Suficiente para a Condenação Suficiente para a Salvação Declara a Grandeza de Deus Declara a Graça de Deus Manifestações Manifestações Natureza Salmos 19.1 História Israel Consciência Moral Humana Natureza Religiosa do Ser Humano 1. Moisés e os Profetas 2. A Encarnação 3. Os Apóstolos Apologética 1. 2. 3. 4. Argumento Argumento Argumento Argumento Cosmológico Teleológico Antropológico Ontológico Hb 1.1 Hb 1.2 Hb 2.3-4 Natureza 1. Pessoal 2. Antrópica 3. Analógica Fp 3.10 Linguagem humana Rm 5.7'8 18. Esquemas de Classificação dos Atributos Divinos S tro n g C h a fe r E r ic k so n M u e lle r T h ie s s e n A trib u to s A b so lu to s P e rso n a lid a d e A trib u to s de G ran d eza A trib u to s N e g a tiv o s E ssê n c ia de D e u s Espiritualidade, envolvendo V ida P erson alid ad e Infinidade, envolvendo A u to -e x istê n c ia Im u tab ilid ade Perfeição, envolvendo V erdade A m or S a n tid a d e A trib u to s R e la tiv o s Tempo e Espaço, em relação a E tern id ad e Im en sid ad e C riação O n ip resen ça O n isc iên cia O n ip o tê n cia Seres M orais V eracidade, Fidelidade M isericórdia, Bondade Ju stiç a , R etid ão Onisciência Sensibilidade Sa n tid a d e Ju stiç a A m or B o n d ad e V erdade Espiritualidade Personalidade Vida Infinidade C onstân cia Unidade Simplicidade Imutabilidade Infinidade Eternidade O nipresença Auto'existência Imensidade Eternidade Vontade Lib erdad e O n ip o tê n cia A trib u to s C o n stitu c io n a is Simplicidade Unidade Infinidade Eternidade Imutabilidade Onipresença ou imensidade Soberania Espiritualidade Im aterial, in corpóreo Invisível V ivo Pessoal A trib u to s de B on dade Pureza M oral S a n tid a d e R e tid ão Ju stiç a Integridade G en u in id ad e V eracidade F idelid ad e A m or B e n ev o lê n cia G ra ç a M isericórdia P ersistên cia A trib u to s P o sitiv o s Vida Conhecimento Sabedoria Vontade Santidade Justiça Veracidade Poder Bondade O s A trib u to s de D e u s Atributos N ão-m orais O n ip resen ça O n isc iê n cia O n ip o tê n cia Im u tab ilidade Atributos M orais S an tid ad e Ju stiç a e R etid ão B on d ade V erdade 19. Representação Gráfica dos Atributos de Deus 20. Definições dos Atributos de Deus Atributos Definição Referências Bíblicas Simplicidade/ Espiritualidade Deus não é composto de partes, nem é complexo; é indivisível, único e espiritual em seu ser essencial. Jo 1.18; 4.24; 1 Tm 1.17; 6.15-16 Unidade Deus é um. Dt 6.4; 1 Co 8.6 Infinidade Deus não possui término ou limitação. 1 Rs 8.27; SI 145.3; At 17.24 Eternidade Deus é imune à passagem do tempo. Gn 21.33; SI 90.2 Imutabilidade/ Constância Deus não muda nem pode mudar em seu ser. SI 102.27; Ml 3.6; Tg 1.17 Onipresença Deus está presente em toda parte. SI 139.7-12; Jr 23.23-24 Soberania Deus é o chefe supremo, independente de qualquer autoridade fora de si mesmo. Ef 1, espec. v. 21 Onisciência Deus conhece todas as coisas existentes e possíveis. SI 139.1-4; 147.4-5; Mt 11.21 Onipotência Deus é todo-poderoso. Mt 19.26; Ap 19.6 Justiça Deus possui eqüidade moral; ele não mostra favoritismo. At 10.34-35; Rm 2.11 Amor Deus busca o bem supremo dos seres humanos, pagando um preço infinito. SI 103.17; Ef 2.4-5; 1 Jo 4.8,10 Benevolência Deus tem um interesse altruísta pelo bem-estar daqueles que ama. Dt 7.7-8; Jo 3.16 Graça Deus concede favores imerecidos àqueles que ama, segundo as suas necessidades. Êx 34.6; Ef 1.5-8; Tt 2.11 20. Definições dos Atributos de Deus (continuação) Atributos Definição Referências Bíblicas Bondade Aquilo que constitui o caráter de Deus, sendo demonstrada pela benevolência, graça e misericórdia. Êx 33.19; SI 145.9 Liberdade Deus é independente das suas criaturas. SI 115.3 Santidade Deus é justo, perfeito e separado de todo pecado ou mal. 1 Pe 1.16 Retidão A santidade aplicada aos relacionamentos; a lei de Deus e as suas ações são perfeitamente retas. SI 19.7-9; Jr 9.24a Verdade Acordo e consistência com tudo o que é representado pelo próprio Deus. Jo 14.6; 17.3 Genuinidade Deus é real e verdadeiro. Jr 10.5-10; Jo 17.3 Veracidade Deus fala a verdade e é digno de confiança. 1 Sm 15.29; Jo 17.17,19; Hb 6.18; Tt 1.2 Fidelidade Deus prova ser fiel; ele mantém as suas promessas. Nm 23.19; SI 89.2; 1 Ts 5.24 Personalidade Deus é pessoal. Ele tem auto-conhecimento, vontade, intelecto e auto-determinação. Êx 3.14; Gn 3 Vida Deus é vida e a fonte última de toda a vida. Êx 3.14; Jr 10.10; Jo 5.26 Misericórdia A terna compaixão de Deus para com as pessoas miseráveis e necessitadas que ele ama, e também o fato de não dar aos pecadores aquilo que merecem. Êx 3.7,17; SI 103.13; Mt 9.36 Persistência A natureza longânima de Deus e sua paciência para com o seu povo. SI 86.15; Rm 2.4; 9.22 2 1 .0 Desenvolvimento Histórico da Doutrina da Trindade Introdução A doutrina da Trindade é essencial ao cristianismo bíblico; ela descreve os relacionamentos existentes entre os três membros da Divindade de um modo consistente com a Escritura. É fundamental nessa doutrina a questão de como Deus pode ser ao mesmo tempo um e três. Os primeiros cristãos não queriam perder o seu monoteísmo judaico enquanto exaltavam o seu Salvador. Surgiram heresias quando as pessoas procuraram explicar o Deus cristão sem se tornarem triteístas (como os judeus rapidamente os acusaram de ser). Os cristãos argumentaram que o monoteísmo judaico do Antigo Testamento não excluía a Trindade. O clímax da formulação trinitária ocorreu no Concílio de Constantinopla, em 381 d.C. Devemos a esse concílio a expressão do conceito ortodoxo da trindade. Todavia, para apreciarmos o que disse o concílio é útil acompanharmos o desenvolvimento histórico da doutrina. Isso não significa que a igreja ou qualquer concílio tenha inventado a doutrina. Antes, foi para responder às heresias que a igreja explicou o que a Escritura já pressupunha. A Igreja Pré-Nicena: 33-325 d.C. Os Apóstolos, 33-100 d.C. O ensino apostólico claramente aceitou a plena e real divindade de Jesus, e aceitou e adotou a fórmula batismal trinitária. Os Pais Apostólicos, 100-150 d.C. Os escritos dos Pais Apostólicos eram caracterizados por uma paixão acerca de Cristo (Cristo provém de Deus; ele é pré-existente) e por ambigüidade teológica acerca da Trindade. Os Apologistas e os Polemistas, 150-325 d.C. As crescentes perseguições e heresias forçaram os escritores cristãos a declararem de maneira mais precisa e defenderem o ensino bíblico acerca do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Justino Mártir: Cristo é distinto do Pai em sua função. Atenágoras: Cristo não teve princípio. Teófilo: O Espírito Santo é distinto do Logos. Orígenes: O Espírito Santo é co-eterno com o Pai e o Filho. Tertuliano: Falou em “Trindade” e “pessoas” - três em número, mas um em substância. 21. A Doutrina da Trindade (continuação) Concílio de Nicéia: 325 d.C. Por causa da difusão da heresia ariana, que negava a divindade de Cristo, a unidade e até mesmo o futuro do Império Romano pareciam incertos. Constantino, recentemente convertido, reuniu um concílio ecumênico em Nicéia para resolver a questão. A Questão: Cristo era plenamente Deus, ou era um ser criado e subordinado? Ário Somente Deus Pai é eterno. O Filho teve um princípio como o primeiro e mais importante ser criado. O Filho não é um em essência com o Pai. Cristo é subordinado ao Pai. Ele é chamado Deus como um título honorífico. Atanásio Cristo é C O - eterno com o Pai. Cristo não teve princípio. O Filho e o Pai têm a mesma essência. Cristo não é subordinado ao Pai. Declarações Fundamentais do Credo do Concílio [Nós cremos] “em um Senhor Jesus Cristo... verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, não feito, de uma só substância com o Pai.” “Mas aqueles que dizem que houve um tempo em que Ele não existia, e que antes de ser gerado Ele não era... a estes a Igreja Católica anatematiza.” “E cremos no Espírito Santo.” Resultados do Concílio O arianismo foi formalmente condenado. A declaração homoousia (mesma substância) criou conflitos. Os arianos reinterpretaram homoousia e acusaram o concílio de monarquianismo modalista. A doutrina do Espírito Santo ficou sem ser elaborada. Concílio de Constantinopla: 381 d.C. O arianismo não foi extinto em Nicéia; na realidade, ele cresceu em importância. Além disso, surgiu o macedonianismo, que subordinava o Espírito Santo essencialmente da mesma maneira que o arianismo havia subordinado Cristo. A Questão: O Espírito Santo é plenamente Deus? Declaração Fundamental do Credo do Concílio “... e no Espírito Santo, o Senhor e doador da vida, que procede do Pai, que é adorado e glorificado juntamente com o Pai e o Filho.” Resultados do Concílio O arianismo foi rejeitado e o Credo Niceno reafirmado. O macedonianismo foi condenado e a divindade do Espírito Santo afirmada. Foram resolvidos grandes conflitos acerca do trinitarianismo (embora os debates cristológicos tenham continuado até Calcedônia, em 451 d.C.). 22. Antigo Diagrama da Trindade Santa 23. Principais Noções Acerca da Trindade N oção F o n te P a rtid á rio s P e rc e p ç ã o d a E ssê n c ia de D e u s (U n o -U n id a d e ) P e rc e p ç ã o d a S u b sistê n c ia de D e u s (T rin o -D iv e rsid a d e ) A noção de um Deus subsistente é uma impossibilidade palpável, uma vez que a sua perfeita unidade é perfeitamente indivisível. A • “diversidade” de Deus é aparente, e não real, já que o evento de Cristo e a obra do Espírito Santo somente atestam uma operação dinâmica dentro de Deus, e não uma união hipostática. M onarquianism o D inâm ico Teodoto Paulo de Samósata Artemon Socino Modernos Unitários A unidade de Deus denota tanto singularidade de natureza quanto singularidade de pessoa. Portanto, o Filho e o Espírito Santo são consubstanciais com a essência divina do Pai somente como atributos impessoais. A dynamis divina veio sobre o homem Jesus, mas ele não era Deus no sentido estrito da palavra. M onarquianism o M odalista Práxeas N oeto Sabélio Swedenborg Schleiermacher Pentecostais Unidos (Jesus Somente) A unidade de Deus é ultra-simples. Ele é qualitativamente caracterizado em sua essência por uma natureza e uma pessoa. Essa essência pode ser designada seja como Pai, Filho ou Espírito Santo. Estes são diferentes nomes do Deus unificado e simples, porém idênticos com ele. Os três nomes são os três modos pelos quais Deus se revela. O conceito de um Deus subsistente é errôneo e confunde a verdadeira questão do fenômeno da auto-manifestação modalista de Deus. O paradoxo de um “três em unidade” subsistente é refutado pelo reconhecimento de que Deus não é três pessoas, mas uma pessoa com três nomes diferentes e papéis correspondentes que se seguem um ao outro como as partes de um drama. Subordinacionism o Ário Modernas Testemunhas de Jeová e várias outras seitas menos conhecidas A unidade inerente da natureza de Deus somente se identifica de maneira apropriada com o Pai. O Filho e o Espírito Santo são entidades discretas que não partilham da essência divina. A essência unipessoal de Deus exclui o conceito de subsistência divina com uma Divindade. A “trindade na unidade” é auto-contraditória e viola os princípios bíblicos de um Deus monoteísta. Trinitarianism o “ E conôm ico” Hipólito Tertuliano Diferentes trinitarianos “neo -econômicos” A Divindade caracteriza-se pela triunidade: Pai, Filho e Espírito Santo são três manifestações da única substância idêntica e indivisível. A perfeita unidade e consubstancialidade estão envolvidas de maneira especial em ações triádicas manifestas como a criação e a redenção. A subsistência dentro da Divindade é articulada por meio de termos como “distinção” e “distribuição,” afastando de modo eficaz a noção de separação ou divisão. Trinitarianism o O rtodoxo Atanásio Basílio Gregório de Nisa Gregório de Nazianzo Agostinho Tomás de Aquino Lutero Calvino Cristianismo ortodoxo contemporâneo O ser de Deus é perfeitamente unificado e simples: de uma só essência (homoousia). Essa essência de divindade é possuída em comum pelo Pai, Filho e Espírito Santo. As três pessoas são consubstanciais, co-inerentes (perichoresis) , co-iguais e co-eternas. Diz-se que a subsistência divina ocorre simultaneamente em três modos de ser ou hipóstases. Como tal, a Divindade existe “indivisa em pessoas divididas.” Essa concepção contempla uma identidade de natureza e cooperação de funções sem a negação das distinções das pessoas da Divindade. 23. Principais Noções Acerca da Trindade (continuação) A trib u iç ã o de D iv in d a d e /E te rn a lid a d e C oncepção P ai ! F ilh o E sp írito S a n to R e fe r e n te (s) A n a ló g ic o (s) C r ític a (s) M onarquianism o D inâm ico Originador único 1 Um homem virtuoso (mas finito) em cuja vida Deus do universo. Ele ; é eterno, auto- 1 estava dinamicamente existente, sem presente de maneira princípio ou fim. singular. Cristo certamente não era divino, embora a sua humanidade tenha sido deificada. Um atributo impessoal da Divindade. N ão atribui nenhuma divindade ou eternalidade ao Espírito Santo. M onarquianism o M odalista Plenamente Deus e plenamente eterno como o modo ou manifestação primordial do Deus único, singular e unitário. ' Plena divindade/eternidade atribuídas somente no sentido de ser outro modo do Deus único, e idêntico com a sua essência. Ele é • o mesmo Deus manifesto i em seqüência temporal i específica a uma função (encarnação). Deus eterno somente na medida em que o título designa' a fase na qual o Deus uno, em seqüência temporal, manifestou-se em termos da função de regeneração e santificação. Uma pessoa representando três papéis diferentes no mesmo drama. Água-gelo-vapor. Despersonaliza a Divindade. Para compensar as suas deficiências trinitárias, essa concepção propõe idéias claramente heréticas (por exemplo, o patripassianismo). O seu conceito de manifestações sucessivas da Divindade não pode explicar os aparecimentos simultâneos das três pessoas, como no batismo de Cristo. Subordinacionism o 0 Deus único e ingênito que é eterno e sem princípio. 1 Um ser criado e, portanto, não eterno. Embora deva ser venerado, ele não possui a essência divina. 1 Uma emanação do Pai não pessoal e não eterna. E visto como uma influência ou uma expressão de Deus. Não se lhe atribui divindade. M ente-idéia--ação Conflita com o farto testemunho bíblico acerca da divindade tanto de Cristo como do Espírito Santo. Sua concepção hierárquica também afirma três pessoas essencialmente separadas com relação ao Pai, Cristo e o Espírito Santo. Isso resulta em uma soteriologia inteiramente confusa. Eleva a razão acima do testemunho da revelação bíblica no que concerne à Trindade. Nega categoricamente a divindade de Cristo e do Espírito Santo, solapando assim a sustentação teológica da doutrina bíblica da salvação. 1 1 Trinitarianism o “ Econôm ico” A igual divindade do Pai, Filho e Espírito Santo é claramente elucidada na observação das características relacionais/operacionais simultâneas da Divindade. Por vezes a co-eternidade não se manifesta inteligivelmente nessa concepção ambígua, mas parece ser uma implicação lógica. Uma fonte e o seu rio. A unidade entre a raiz e o seu ramo. O sol e a sua luz. E mais hesitante e ambígua no seu tratamento do aspecto relacional da Trindade. Trinitarianism o O rtodoxo Em sua destilação final, esta concepção apresenta resolutamente o Pai, o Filho e o Espírito Santo como co-iguais e co-eternos na Divindade com relação tanto à essência quanto à função divinas. Todas as analogias deixam de expressar adequadamente o trinitarianismo ortodoxo. A única deficiência tem que ver com as limitações inerentes à própria linguagem e pensamento humanos: a impossibilidade de descrever plenamente o mistério inefável de “três em unidade.” 24* Uma Apresentação Bíblica da Trindade Introdução A palavra “Trindade” nunca é usada, nem a doutrina do trinitarianismo jamais é ensinada explicitamente nas Escrituras, mas o trinitarianismo é a melhor explicação da evidência bíblica. A exposição teológica da doutrina resultou de ensinos bíblicos claros, porém não abrangentes. E uma doutrina essencial para o cristianismo porque se concentra em quem Deus é, e especialmente na divindade de Jesus Cristo. Como o trinitarianismo não é ensinado explicitamente nas Escrituras, o estudo da doutrina é um esforço de reunir temas e dados bíblicos por meio de um estudo teológico sistemático e pela observação do desenvolvimento histórico da atual concepção ortodoxa acerca de qual é a apresentação bíblica da Trindade. Elementos Essenciais da Trindade 1. 2. 3. 4. 5. Ensino Bíblico Deus é Um Deus é um. Cada uma das pessoas da Deidade é divina. A unidade de Deus e a trindade de Deus não são contraditórias. A Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) é eterna. Cada uma das pessoas de Deus tem a mesma essência e não é inferior ou superior às outras em essência. 6. A Trindade é um mistério que nunca poderemos entender plenamente. Velho Testamento Novo Testamento Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor (Dt 6.4; cf. 20.2-3; 3.13-15). Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém (1 Tm 1.17; cf. 1 Co 8.4-6; 1 Tm 2.5-6; Tg2.19). O Pai: Ele me disse: “Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (SI 2.7). ... eleitos segundo a presciência de Deus Pai... (1 Pe 1.2; cf. Jo 1.17; 1 Co 8.6; FP 2.11). O Filho: Ele me disse: “Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (SI 2.7; cf. Hb 1.1-13; SI 68.18; Is 6.1-3; 9.6). Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.16-17). O Espírito Santo: No princípio criou Deus os céus e a terra... e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas (Gn 1.1-2; cf. Êx31.3; Jz 15.14; Is 11.2). Então disse Pedro: “Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo...? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (Atos 5.3-4; cf. 2 Co 3.17). Três Pessoas Distintas descritas como Divinas 24. Uma Apresentação Bíblica da Trindade (continuação) Pluralidade de Pessoas na Divindade No Velho Testamento, o uso de pronomes no plural aponta para, ou pelo menos sugere, a pluralidade de pessoas na Divindade. “Também disse Deus: ‘Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...’” (Gn 1.26). Atributo Pessoas com a Mesma Essência: Atributos Aplicados a Cada Pessoa Igualdade com Diferentes Funções: Atividades que Envolvem Todas as Três Pessoas O uso da palavra singular “nome” em referência a Deus Pai, Filho e Espírito Santo indica uma unidade dentro da trindade de Deus. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Pai Filho Espírito Santo Eternidade SI 90.2 Jo 1.2; Ap 1.8,17 Hb 9.14 Poder 1 Pe 1.5 2 Co 12.9 Rm 15.19 Onisciência Jr 17.10 Ap 2.23 1 Co 2.11 Onipresença Jr 23.24 Mt 18.20 SI 139.7 Santidade Ap 15.4 Atos 3.14 Atos 1.8 Verdade João 7.28 Ap 3.7 1 João 5.6 Benevolência Rm 2.4 Ef 5.25 Ne 9.20 Criação do Mundo SI 102.25 Cl 1.16 Gn 1.2; Jó 26.13 Criação do Homem Gn 2.7 Cl 1.16 Jó 33.4 Batismo de Cristo Mt 3.17 Mt 3.16 Mt 3.16 Morte de Cristo Hb 9.14 Hb 9.14 Hb 9.14 25. Concepções Falsas Acerca da Trindade Unitarianismo /l \ A A Criador Sabelianismo Pai (V.T.) Filho (N.T.) Espírito (Hoje) Criatura Impessoal © 1990 David Miller. Usado mediante permissão. Trindade Modalística 26. Os Nomes de Deus N om es S e n tid o /S ig n ific a d o R e fe r ê n c ia s B íb lic a s Iav é/Je o v â O a u to -e x iste n te . A lg u n s a ch am qu e ele d e sta c a a n atu reza o n to ló gica de D eu s: “ E U S O U O Q U E S O U ” ; ou tro s crêem qu e ap resen ta a fid elidade de D eu s: “Eu sou [ou serei] qu em eu ten h o sid o ,” ou “ Eu serei qu em eu serei.” E sse n o m e é o n om e próprio e p esso al de D eus. Ê x 3 .1 4 -1 5 ; cf. G n 12.8; 13.4; 2 6 .2 5 ; Ê x 6 .3; 7; 20.2 ; 33 .19 ; 3 4 .5 -7 ; SI 6 8 .4 ; 76.1; Jr 3 1 .3 1 -3 4 lavé Jireh O S e n h o r proverá G n 22 .8 -1 4 lavé N issi O S e n h o r é m in h a b an deira Ê x 17.15 lavé S h a lo m O S e n h o r é paz Jz 6 .2 4 lavé S a b a o th O S e n h o r dos E xército s 1 S m 1.3; 17.45; SI 2 4 .1 0 ; 4 6 .7 ,11 lavé M ac a d e sh é m O S e n h o r é v o sso san tificad o r Ê x 31.1 3 lavé R aah O S e n h o r é m eu p astor S a lm o 23.1 lavé T sidkênu O S e n h o r é n o ssa ju stiç a jr 2 3 .6 ; 3 3 .1 6 lavé El G em o lah O S e n h o r é o D eu s d a retribu ição Jr 51 .56 lavé N a k e h O S e n h o r qu e fere Ez 7.9 lavé S h a m â O S e n h o r qu e está p resen te Ez 4 8 .3 5 lavé R afâ O S e n h o r qu e sara Ê x 15.26 lavé Eloim Senhor, o p od eroso Jz 5.3; Is 17.6 26. Os Nomes de Deus (continuação) Nomes Sentido/Significado Referências Bíblicas Adonai Senhor, Mestre; o nome de Deus usado em lugar de Iavé quando o nome próprio de Deus passou a ser considerado muito sagrado para ser pronunciado. Êx 4.10-12; Js 7.8-11 Elohim Poderoso; termo plural aplicado a Deus, que geralmente se refere à sua majestade ou à sua plenitude. Gn 1.1,26-27; 3.5; 31.13; Dt 5.9; 6.4; SI 5.7; 86.15; 100.3 El Elion Altíssimo (literalmente, o Poderoso mais forte) Gn 14.18; Nm 24.16; Is 14.13-14 El Roi O Poderoso que vê Gn 16.13 El Shadai Deus Todo-Poderoso ou Deus TodoSuficiente Gn 17.1-20 El Olam Deus Eterno ou Deus da Eternidade Gn 21.33; Is 40.28 El Elohe Israel Deus, o Deus de Israel Gn 33.20 Ieshua Jesus, o Senhor é Salvador ou Salvação Mt 16.13-16; Jo 6.42; Atos 2.36; Tt 2.13; 2 Pe 1.11 Christós Cristo, Messias, o Ungido Mt 16.13-16; João 1.41; 20.31; At 2.36; Rm 6.23; Tt 2.13; 2 Pe 1.11 Kirios Senhor, Mestre Lc 1.46; At 2.36; Jd 4 Sotêr Salvador; aquele que livra do perigo ou da morte Lc 1.47; 2.11 Deus, um substantivo genérico que pode referir-se a qualquer deus ou ao Deus verdadeiro; aplicado ao Senhor Jesus como verdadeiro Deus Lc 1.47; Jo 20.28; Tt 2.13; 2 Pe 1.11 Theós 27. Heresias cristológicas históricas Pontos de vista dos Ebionitas Docetistas Arianos Proponentes Judaizantes Basílides Valentino Patripassianos Sabelianos Ário, presbítero de Alexandria Orígenes (?) Época Segundo século Final do primeiro século Quarto século Negação Genuína divindade Genuína humanidade Genuína divindade Explicação Cristo recebeu o Espírito após o seu batismo; ele não foi pré-existente. Jesus parecia humano, mas de fato era divino. Cristo foi o primeiro e o mais elevado ser criado; homoiousia, e não homoousia. Condenados Sem condenação oficial Sem condenação oficial Concílio de Nicéia, 325 d.C. Associados com Legalismo A maldade do mundo material e a divindade essencial do ser humano, conforme o ensino de Márcion e dos gnósticos Geração = criação Argumento a favor São monoteístas. Afirmam a divindade de Cristo. Ensinam que Cristo é subordinado ao Pai. Argumento contra Somente um Cristo divino é digno de adoração (Jo 1.1; 20.28; Hb 13.8). Se Cristo não fosse humano, ele não poderia redimir a humanidade (Hb 2.14; 1 Jo 4.1-3). Somente um Cristo divino é digno de adoração. Essa posição tende ao politeísmo. Somente um Cristo divino pode salvar (Fp 2.6; Ap 1.8). Principais Opositores Irineu Hipólito Orígenes Eusébio Irineu Hipólito Atanásio Osio 27. Heresias Cristológicas Históricas (continuação) Pontos de vista dos Apolinarianos Nestorianos Eutiquianos Proponentes Apolinário, bispo de Laodicéia Justino Mártir Representados por Nestório, bispo de Constantinopla (52 século) Representados por Eutiques Teodósio II Época Quarto século Quinto século Quinto século Negação Plenitude da humanidade Unidade da pessoa Distinção das naturezas Explicação O Logos divino tomou o lugar da mente humana. A união era moral e não orgânica - assim, eram duas pessoas. O humano era completamente controlado pelo divino. Monofisismo; a natureza humana foi absorvida pela divina para criar uma terceira nova natureza um tertium cjuid. Condenados Concílio de Antioquia, 378-379 d.C. Concílio de Constantinopla, 381 d.C Sínodo de Éfeso, 431 d.C Defendido pelo “Sínodo de Ladrões” em Éfeso, 449 d.C.; condenado pelo Concílio de Calcedônia, 451 d.C. Associados com Logos = razão que há em todos Cristologia do “verbohomem” (antioquiana), e não do “verbo-carne” (alexandrina); contra a aplicação do termo theotokos a Maria. Preocupação com a unidade e a divindade de Cristo; alexandrinos (minimizavam a humanidade) Argumento a favor Afirmavam a divindade e a verdadeira humanidade de Cristo. Distinguiam o Jesus humano, que morreu, do Filho Divino, que não pode morrer. Mantinham a unidade da pessoa de Cristo. Argumento contra Se Cristo não tivesse uma mente humana, ele não seria verdadeiramente humano (Hb 2.14; 1 Jo 4.1-3). Se a morte de Jesus fosse o ato de uma pessoa humana, e não um ato de Deus, ela não poderia ser eficaz (Ap 1.12-18). Se Cristo não fosse homem nem Deus, ele não poderia redimir como homem ou como Deus (Fp 2.6). Principais Opositores Vitalis Papa Dâmaso Basílio, Teodósio Gregório de Nazianzo Gregório de Nisa Cirilo de Alexandria Flaviano de Constantinopla Papa Leão Teodoreto Eusébio de Doriléia 28. Falsas Concepções Acerca da Pessoa de Cristo Ebioiíismo ( H x ) Doce tismo ( x D / Negou a Na tureza Divina Negou a Natu reza Humana Ariaiíismo Nestori anismo ( H x ) V Negou a Na tureza Divina Negou a Uniãc das Naturezas Eutiquianismo Apolinairianismo Lc^gios (^ h T d ) I A lm a \ Negou a Distinção das Naturezas j © David Miller. Adaptado e usado mediante permissão. ^ Corpo D ) Negou o Espí rito Humano 29. A União da Divindade e da Humanidade na Pessoa do Filho 30. Teorias Acerca da Kenosis Teorias Quenóticas Tradicionais Cristo Esvaziou-se da Consciência Divina O Filho de Deus pôs de lado a sua participação na Deidade quando tornou-se homem. Todos os atributos da sua divindade literalmente cessaram quando ocorreu a encarnação. O Logos tornouse uma alma que residiu no Jesus humano. Cristo Esvaziou-se da Forma Eterna de Ser O Logos trocou a sua forma eterna por uma forma temporal condicionada pela natureza humana. Nessa forma temporal, Cristo não mais possuía todos os atributos pertinentes à Deidade, embora pudesse exercer poderes sobrenaturais. Cristo Esvaziou-se dos Atributos Relativos da Deidade Esta noção faz uma distinção entre atributos essenciais, tais como verdade e amor, e aqueles relacionados com o universo criado, tais como onipotência e onipresença. Cristo Esvaziou-se da Integridade da Existência Divina Infinita Na encarnação de Cristo, o Logos assumiu uma vida dupla. Um “centro vital” continuou a funcionar conscientemente na Trindade, ao passo que o outro encarnou-se com a natureza humana, inconsciente das funções cósmicas da Deidade. Cristo Esvaziou-se da Atividade Divina O Logos entregou ao Pai todas as suas funções e responsabilidades divinas. O Logos encarnado estava inconsciente dos acontecimentos internos da Trindade. Adaptado de Robert E. Picirilli, “He Emptied Himself” [Ele se Esvaziou a Si Mesmo], Biblical Viewpoint, Vol. 3, N s 1 (Abril 1969): 23-30. Usado mediante permissão. 30* Teorias Acerca da Kenosis (continuação) Cristo Esvaziou-se do Exercício Efetivo das Prerrogativas Divinas O Logos removeu a atuação dos atributos divinos do campo do real para o potencial. Ele reteve sua consciência divina mas renunciou às condições da infinidade e à sua forma. Teorias Sub-Quenóticas Cristo Esvaziou-se do Uso dos Atributos Divinos Cristo Esvaziou-se do Exercício Independente dos Atributos Divinos Cristo Esvaziou-se das Insígnias da Majestade, as Prerrogativas da Divindade O Logos possuía os atributos divinos, mas escolheu não usá-los. O Logos sempre possuiu e pôde utilizar as prerrogativas da Deidade, mas sempre em submissão ao poder do Pai e pelo poder do Pai (e do Espírito Santo). O Cristo encarnado nunca fez nada independentemente por meio da sua própria divindade. O Logos esvaziou-se da forma exterior da divindade. (Esta noção é vaga quanto ao seu significado preciso.) 31. A Pessoa de Cristo P ré - E n c a rn a d o N a tu re z a D iv in a N a tu re z a H u m a n a E xistiu E tern am en te A n tes da C riaçã o Desde o “princípio” (Jo 1.1; 1 Jo 1.1) “C om D eu s” (Jo 1.1-2) “A n tes que houvesse m undo” 0 ° 17.5) O Verbo “ se fez carne” (im plica em uma existência p ré-encarnada, Jo 1.14). P ossu i A tribu tos D iv in o s Ele é eterno (João 1.1; 8.58; 17.5) Elé é onipresente (M t 28.20; E f 1.23) Ele é onisciente (Jo 16.30; 21.17) Ele é onipotente (Jo 5.19) Ele é im utável (Hb 1.12; 13.8) Teve um N asc im e n to H u m an o N asceu de um a virgem (Mt 1.182.11; Lc 1.30-38). P articip o u da C riação “Façam os o hom em ” (G n 1.26) O “ arquiteto” (Pv 8.30) O “prim ogênito de toda a criação ” (Cl 1.15) Todas as coisas foram criadas “por meio dele” (Jo 1.3; Cl 1.16) O m undo foi criado “por interm édio dele” (Jo 1.10; 1 C o 8.6) Todas as coisas foram criadas “para ele” (Cl 1.16) Tudo subsiste “nele” (Cl 1.17) M an ifestou -se A p ó s a C riaçã o (A n tigo Testam ento) C om o “ lav é” A A braão (G n 18) Em julgam ento (Gn 19) Em prom essa (O s 1.7) C o m o o “A n jo de la v é ” A H agar (G n 16) A A braão (G n 22) A Jacó (Gn 31) A M oisés (Êx 3.2) A Israel (Êx 14-19) A Balaão (N m 22.22) A G id eão (Jz 6) P ossu i O fícios D ivin os Ele é criador (Jo 1.3; C l 1.16) Ele é sustentador (C l 1.17) P ossu i P rerrogativas D ivin as Perdoa pecados (M t 9.2; Lc 7.47) Ressuscita os m ortos (Jo 5.25; 11.25) Executa julgam ento (Jo 5.22) E le é Id en tificado co m lav é do A n tigo T estam en to “EU S O U ” Go 8.58) Visto por Isaías (Jo 12.41; 8.24,50-58) P o ssu i N o m es D ivin os “A lfa e Ô m ega” (A p 22.13) “EU S O U ” Go 8.58) “Em anuel” (M t 1.22) “ Filho do H om em ” (M t 9.6; 12.8) “Sen hor” (M t 7.21; Lc 1.43) “ Filho de D eu s” (Jo 10.36) “ D eus” Go 1.1; 2 Pe 1.1) P o ssu i R elaçõ es D ivin as E a imagem expressa de D eus (C l 1.15; Hb 1.3). Ele é um com o Pai Go 10.31). A c eita A d o ra ção D iv in a (M t 14.33; 28.9; Jo 20.28-29) R eivin dica ser D eu s Go 8.58; 10.30; 17.5) Teve u m D esen v o lv im en to H u m an o C ontinuou a crescer e a fortalecerse (Lc 2.50,52). Teve os E lem en tos E sse n c iais da N atu reza H u m an a C orpo hum ano (M t 26.12; Jo 2.21) Razão e vontade (M t 26.38; M c 2.8) Teve Jesus Filho Filho N o m e s H u m an o s (M t 1.21) do H om em (M t 8.20; ,11.18) de A braão (M t 1.1) Teve as Lim itaçõ es da N atu reza H u m an a, S e m P ecado Ficou cansado G ° 4.6). Sentiu fome (M t 4.2; 21.18). Sentiu sede 0 ° 19.28). Foi tentado (Mt 4; Hb 2.18). Foi M u itas Vezes C h am ad o de H om em Go 1.30; 4.9; 10.38) U n iã o d as N a tu re z a s T ean tró p ica A pessoa de C risto é teantrópica; ele tem duas naturezas (divina e hum ana em uma só pessoa) P esso al U n ião hipostática, constituindo um a só substância pessoal; duas naturezas, um a pessoa In clu i Q u alid ad es e A to s H u m an o s e D ivin os Tanto as qualidades e os atos divinos quan to hum anos podem ser atribuídos a Jesus C risto sob qualquer um a de suas naturezas. P resen ça C o n stan te T an to da H u m an id ad e Q u an to da D iv in d ad e A s suas naturezas não podem ser separadas. C a r á te r A b so lu tam en te S an to A sua natureza hum ana foi criada santa (Lc 1.35). Ele não com eteu pecado (1 Pe 2.22). Ele sempre agradou o Pai Go 8.29). P o ssu i A m o r G en u ín o Ele entregou a sua vida Go 15.13). O seu am or ultrapassa todo o conhecim ento. V erdadeiram en te H u m ild e Ele tomou a forma de servo (Fp 2.5-8). In teiram en te M an so (M t 11.29) Perfeitam ente E qu ilib rado Ele foi sério sem ser m elancólico. Ele foi alegre sem ser frívolo. Teve u m a V id a de O ração (Mt 14.23; Lc 6.12) Trab alh ad o r In can sáv el Realizou as obras do seu Pai Go 5.17; 9.4). 32. Profecias Messiânicas Cumpridas em Cristo (Apresentadas na Ordem do seu Cumprimento) Passagem que Contém a Profecia Assunto da Profecia Passagem que Declara o Cumprimento Gênesis 3.15 Nascido da semente de uma mulher Gálatas 4.4 Gênesis 12.2-3 Nascido da semente de Abraão Mateus 1.1 Gênesis 17.19 Nascido da semente de Isaque Mateus 1.2 Números 24-17 Nascido da semente de Jacó Mateus 1.2 Gênesis 49.10 Descendente da tribo de Judá Lucas 3.33 Isaías 9.7 Herdeiro do trono de Davi Lucas 1.32-33 Daniel 9.25 Ocasião do nascimento de Jesus Lucas 2.1-2 Isaías 7.14 Nascido de uma virgem Lucas 1.26-27,30-31 Miquéias 5.2 Nascido em Belém Lucas 2.4-7 Jeremias 31.15 Matança dos inocentes Mateus 2.16-18 Oséias 11.1 Fuga para o Egito Mateus 2.14-15 Isaías 40.3-5; Malaquias 3.1 Precedido por um precursor Lueas 7.24,27 Salmos 2.7 Declarado Filho de Deus Mateus 3.16-17 Isaías 9.1-2 Ministério na Galiléia Mateus 4-13-17 Deuteronômio 18.15 O profeta por vir Atos 3.20,22 Isaías 61.1-2 Veio para curar os quebrantados Lucas 4.18-19 Isaías 53.3 Rejeitado pelos seus (os judeus) João 1.11 Salmo 110.4 Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque Hebreus 5.5-6 Zacarias 9.9 Entrada triunfal Marcos 11.7,9,11 32. Profecias Messiânicas Cumpridas em Cristo (continuação) Passagem que Contém a Profecia Assunto da Profecia Passagem que Declara o Cumprimento Salmos 41.9 Traído por um amigo Lucas 22.47-48 Zacarias 11.12-13 Vendido por trinta peças de prata Mateus 26.15; 27.5-7 Salmos 35.11 Acusado por falsa testemunha Marcos 14-57-58 Isaías 53.7 Mudo diante das acusações Marcos 15.4-5 Isaías 50.6 Cuspido e ferido Mateus 26.67 Salmos 35.19 Odiado sem motivo João 15.24-25 Isaías 53.5 Sacrifício vicário Romanos 5.6,8 Isaías 53.12 Crucificado com transgressores Marcos 15.27-28 Zacarias 12.10 Mãos traspassadas João 20.27 Salmos 22.7-8 Escarnecido e zombado Lucas 23.35 Salmos 69.21 Recebeu vinagre e mirra Mateus 27.34 Salmos 109.4 Oração por seus inimigos Lucas 23.34 Salmos 22.18 Soldados lançam sortes sobre a sua túnica Mateus 27.35 Salmos 34.20 Nenhum de seus ossos foi quebrado João 19.32-33,36 Zacarias 12.10 Seu lado é perfurado João 19.34 Isaías 53.9 Sepultado com os ricos Mateus 27.57-60 Salmos 16.10; 49.15 Ressuscitaria dentre os mortos Marcos 16.6-7 Salmos 68.18 Subiria à destra de Deus Marcos 16.19 33. A Pecabilidade versus Impecabilidade de Cristo Pecabilidade Impecabilidade Definição Cristo podia pecar. Cristo não podia pecar. Expressãochave Capaz de não pecar (Potuit non peccare) Incapaz de pecar (Non potuit peccare) Hebreus 4.15 Cristo foi tentado em todas as coisas como nós, mas não cometeu pecado (o pecado é visto no seu resultado). A verdadeira tentação admite a possibilidade de sucumbir à tentação. Cristo foi tentado em todas as coisas como nós, mas não possuía uma natureza pecaminosa (o pecado é visto como natureza ou estado de existência). Questão da Verdadeira Humanidade ou Verdadeira Divindade Se Jesus não podia pecar, como poderia ser verdadeiramente humano? Se Jesus podia pecar, como poderia ser verdadeiramente divino? Pontos de Convergência As tentações de Cristo foram reais (Hb 4-15). Cristo experimentou lutas (Mt 26.36-46). Cristo não pecou (2 Co 5.21; Hb 7.26; Tg 5.6; 1 Pe 2.22; 3.18; 1 Jo 3.5). Pró Pecabilidade Argumentação Lógica Pró e Contra a Pecabilidade Contra a Pecabilidade Se Cristo podia ser tentado, então ele poderia ter pecado. A pecabilidade é uma dedução necessária da tentabilidade. A tentação implica na possibilidade do pecado. Tentabilidade não implica em suscetibilidade. Só porque um exército pode ser atacado não significa que ele pode ser vencido. Isso também resulta da falsa pressuposição de que aquilo que se aplica a nós também se aplica necessariamente a Cristo. Se Cristo não podia pecar, então a tentação não foi real e ele não pode identificar-se com o seu povo. Embora as tentações de Cristo nem sempre sejam exatamente como as nossas, ele foi provado por meio de sua natureza humana como nós somos. No entanto, ele não tinha uma natureza pecaminosa e era também uma pessoa divina. Se Cristo é impecável, então suas tentações foram leves. As tentações de Cristo foram, em todos os sentidos, iguais às nossas, exceto no fato de que não se originavam em desejos maus e proibidos. Ele foi tentado a partir de fora, e não de dentro. Se Cristo não podia pecar, então ele não possuía livre-arbítrio. Cristo manifestou o seu livre-arbítrio não pecando. Cristo era livre para fazer a vontade do Pai. Tendo a mesma vontade que o Pai, ele não era livre para ir contra aquela vontade. 34* Teorias Acerca da Ressurreição de Jesus Cristo I. Teorias do Túmulo Ocupado T e o ria T ú m u lo D escon h ecido C h a rles A . G u ign ebert R e fu ta ç ã o E x p lic a ç ã o O corpo de Je su s foi sep u ltado em um a vala com u m d esco n h ecid a dos seus discípulos. P ortan to, o relato d a ressu rreição resultou d a ign orân cia q u an to ao parad eiro do corpo. N em todos os crim in osos eram sep u ltad o s em u m a v ala com um . O N o v o T estam en to ap resen ta Jo sé de A rim atéia co m o testem u n h a do sep u ltam en to em um túm ulo fam iliar específico. A s m ulh eres viram o corpo sen d o p rep arad o p ara o se p u ltam en to e co n h eciam a lo calização do túm ulo. O s rom anos sabiam on d e estava o túm ulo, pois colocaram guardas n o m esm o. T ú m u lo Errado K irsopp Lake L en d a A n tig o s C ríticos d a Form a R essu rreição Espiritual G n ó stico s A s m ulheres foram ao tú m u lo errado, pois h avia m u itos tú m u los se m e lh an tes em Jeru salém . E las en co n traram um túm ulo aberto e um jo v e m qu e n egou qu e aquele era o tú m u lo de Jesu s. A s m ulheres assu stad as eq u iv o cad am e n te iden tificaram o hom em co m o um an jo e fugiram . A s m ulheres n ão foram à procu ra de u m túm ulo aberto, m as de um túm ulo selado . E las ce rtam e n te d eixariam de lad o o túm ulo aberto c a so estivessem em d ú vid a q u an to à ex a ta localização do túm ulo correto. A ressu rreição foi um a in v en ção que evoluiu d u ran te um longo períod o a fim de vin d icar um líder que esta v a m orto h avia m u ito tem po. A recen te crítica h istórica tem d em o n strad o que as n arrativas da ressu rreição origin aram -se em m ead o s d o prim eiro sécu lo. O espírito de Je su s foi ressu scitad o, em bora o seu corpo estivesse m orto. O h om em que esta v a n o túm ulo n ão disse ap en as “ Ele n ã o e stá a q u i” , m as tam b ém “Ele ressu scitou ” . A s mulheres haviam observado a localização do túmulo setenta e duas horas antes. O s ju d eu s, os rom an os e Jo sé de A rim atéia co n h eciam a lo calização do tú m u lo e facilm en te poderiam tê-lo id en tificado co m o p rova co n tra q u alqu er ressu rreição. Paulo, em 1 C o rín tio s (55 d .C .), fala d a ressu rreição co m o um fato e ap o n ta q u in h en tas testem u n h as, m u itas d as qu ais ain d a e stav am vivas para serem in terrogadas pelos seus leitores. Isso n eg a o en ten d im en to ju d aico d a ressu rreição (física e n ão esp iritu al). C risto co m eu e foi to c ad o e ap alp ad o. O s ju d eu s poderiam m ostrar o túm ulo o c u p ad o aos seus patrícios para provar a falsid ad e d a ressu rreição. Adaptado de Josh McDowell, Resurrection Factor [O Fator da Ressurreição] (San Bernardino: Here’s Life, 1981). Usado mediante permissão. 34. Teorias Acerca da Ressurreição (continuação) T e o ria A lu cin ação A g n ó stico s E x p lic a ç ã o O s d iscípu los e segu idores de Je su s estav am tão en v olvidos em ocion alm en te co m a ex p ectativ a m essiân ica qu e as su as m en tes projetaram alu cin ações do S e n h o r ressurreto. R e fu ta ç ã o 1. M ais de q u in h en tas pessoas, em diferen tes situ ações, co m d iversos grau s de co m prom isso co m Je su s e co m diferen tes en ten d im en tos dos seus en sin os tiveram to d as elas alu cin ações? 2. M u itos ap arecim en to s aco n tec eram a m ais de u m a pessoa. E ssas ilusões sim u ltân eas são im prováveis. 3. O s d iscípu los n ão estav am esp eran d o a ressu rreição de C risto. E les viram a su a m orte co m o algo definitivo. 4- O s ju d eu s p od eriam ter ap o n tad o p ara o tú m u lo o c u p a d o p ara provar a falsidade dos discípulos. II. Teorias do Túmulo Vazio C om plô da P áscoa H u g h Sch õn field Je su s p lan ejou cum prir as profecias vetero testam e n tárias tan to de servo sofred or q u an to de rei por m eio de um a m orte e ressu rreição fictícias. Jo sé de A rim atéia e um m isterioso “jo v em ” foram os ou tros con spirado res. O co m p lô fracasso u q u an d o o sold ad o perfu rou Je su s e este veio a morrer. O “ S e n h o r ressu rreto” era o jovem . 1. A esco lta c o lo cad a ju n to ao tú m u lo é ign orad a n a teoria de Sch õ n field . 2. O fu n d am en to d a teoria é falho. O s m itos de ressu rreição sobre os qu ais Je su s su p o stam en te baseo u a su a tram a n ão foram evid en tes até o qu arto sécu lo d .C . 3. Tal “ ressu rreição ” n ão poderia explicar a d ram ática tran sform ação dos d iscípu los. 4. T odas as testem u n h as bíblicas, ex ceto qu atro, são identificadas, especialm en te as q u in h en tas testem u n h as ocu lares qu e, de aco rd o co m Paulo, ain d a viviam . 5. Toda a tram a n o sen tido de su portar a cru cificação (e, em assim fazendo, afastar os partidários n acio n alistas) parece im provável. R e ssu scitaç ão (D esm aio) R ac io n alistas do S é c u lo 18 Je su s n ão m orreu n a cruz; ele apen as d esm aiou por cau sa d a ex au stão . A b aix a tem p eratu ra e os arom as d en tro do túm ulo o reanim aram . 1. A ciên cia m éd ica já dem on stro u qu e Je su s n ão p od eria ter sobrevivido aos aço ites e à cru cificação. 2. Poderia esse Je su s q u ase m orto produzir um a im pressão co m o o S e n h o r ressurreto? 34. Teorias Acerca da Ressurreição (continuação) T e o ria R ou b o do C orpo pelos D iscíp ulos E x p lic a ç ã o O s d iscípu los roub aram o co rp o en q u an to os guard as dorm iam . Ju d e u s R e fu ta ç ã o 1. Se os g u ard as estav am d orm in do, co m o eles sou b eram qu e os discípulos roub aram o corpo? 2. A co n seq ü ên cia de dorm ir em serviço seriam p u n ições rigorosas, até m esm o a m orte. A ssim , a e sco lta altam en te d isciplin ad a n ão teria d orm ido. 3. O s d iscípu los de m od o algum pod eriam ter su p lan tado os guard as. 4. E absurdo acred itar qu e os d iscípu los m orreram por ca u sa de um a m entira que eles criaram . R essu rreição E xisten cial R u d o lf B u ltm an n R e ssu rre ição H istó rica C ristian ism o O rto d o x o U m a ressu rreição h istórica jam ais será provada, e n ão é n ecessária. O C risto d a fé n ão precisa estar preso ao Je su s histórico. A n te s, C risto ressu scita em nossos co rações. O s prim eiros d iscípu los foram co n v en cid o s por ev en tos h istóricos. Eles afirm aram que fu n d am e n tav am su a fé no que viram , e n ão em um a n ecessidad e ex isten cial ou em u m a fé a priori (Lc 24 .3 3 -3 5 ; 1 C o 15.3-8). Je su s foi ressu scitad o pelo p o d er de D eus. Ele m an ifestou -se aos seus d iscípu los e depois subiu aos céus. 1. E sta co n cep ç ão requ er m u d an ças pressu posicion ais, cren ça em D e u s e su pern atu ralism o. 2. E sta co n cep ç ão virtu alm en te exige fé em Jesu s. 35. O Ensino Bíblico Acerca do Espírito Santo Categoria Nomes Personalidade Atributos Obras Descrição/Definição Referências Bíblicas Espírito Santo Lc 11.13; Jo 20.22; At 1.5; cf. SI 51.11 Espírito da Graça Hb 10.29 Espírito da Verdade Jo 14.17; 15.26; 16.13; cf. 1 Jo 5.6 Espírito de Sabedoria e Conhecimento Is 11.2; cf. 61.1-2; 1 Tm 1.17 Espírito da Glória 1 Pe 4-14; cf. Êx 15.11; SI 145.5 Conselheiro Jo 14.16; 16.7 Ele é a terceira pessoa da Divindade, a Trindade Mt 3.16-17; Jo 14.16; At 10.38. Tem conhecimento Is 11.2; Rm 8.27; 1 Co 2; 10-11 Tem sentimento Is 63.10; Ef 4.30; cf. At 7.51; Rm 15.30 Tem vontade 1 Co 12.11 Ele é divino At 5.3-4; 2 Co 3.18 É eterno Hb 9.14 É onipresente SI 139.7 E onisciente Jo 14.26; 16.13; 1 Co 2.10 Ele atuou na criação Gn 1.2; Jó 33.4; SI 104.30 Inspirou os escritores bíblicos 2 Pe 1.21 Efetuou a concepção de Cristo Lc 1.35 35. O Ensino Bíblico Acerca do Espírito Santo (continuação) Categoria Obras (cont.) Dons Descrição/Definição Referências Bíblicas Ele convence do pecado Jo 16.8; cf. Gn 6.3 Regenera Jo 3.5-6 Aconselha Jo 14.16-17; 16.7,12-14 Dá certeza da salvação Rm 8.15 Ensina ou ilumina Jo 16.12-14; 1 Co 2.13 Auxilia as orações por meio da intercessão Rm 8.26-27 Ressuscitou a Cristo Rm 8.11; 1 Pe 3.18 Chama para o serviço At 13.4 Sela a salvação dos eleitos Rm 8.23; 2 Co 1.21-22; Ef 1.13-14; 4.30 Habita no crente Rm 8.9; 1 Co 3.16-17; 6.9 Atua na igreja 1 Co 12.7-11 Fonte de todos os dons da igreja 1 Co 12.7-11 Profecia 1 Co 14.1-40 Milagres e curas 1 Co 12.4,28-30 Línguas 1 Co 12.4,10 Ensino 1 Co 12.4,28 Fé 1 Co 12.8-9 Serviço 1 Co 12.4,28; Ef 4-12 Exortação Rm 12.8; cf. 1 Co 12.4,7 36. Títulos do Espírito Santo /\ Citação Enfase Título Um Espírito Sua unidade Efésios 4.4 Sete Espíritos Sua perfeição, onipresença e plenitude Apocalipse 1.4; 3.1 O Senhor, o Espírito Sua soberania 2 Coríntios 3.18 Espírito Eterno Sua eternidade Hebreus 9.14 Espírito da Glória Sua glória 1 Pedro 4.14 Espírito da Vida Sua vitalidade Romanos 8.2 Espírito de Santidade Espírito Santo 0 Santo Sua santidade Romanos 1.4 Mateus 1.20 1 João 2.20 Espírito Espírito Espírito Espírito Sua onisciência, sabedoria e conselho Isaías 11.2 cf. 1 Coríntios 2.10-13 Espírito de Poder Sua onipotência Isaías 11.2 Espírito de Temor do Senhor Sua reverência Isaías 11.2 Espírito da Verdade Sua veracidade João 14.17 Espírito da Graça Sua graça Hebreus 10.29 Espírito de Graça e Súplica Sua graça e intercessão Zacarias 12.10 de de de de Sabedoria Entendimento Conselho Conhecimento Adaptado de Paul Enns, The Moody Handbook ofTheobgy [Manual de Teologia Moody] (Chicado: Moody Press, 1989), p. 250. Usado mediante permissão. 37. A Obra do Espírito Santo na Salvação Atividade Descrição da Atividade Referências Bíblicas Regeneração Por meio do ministério do Espírito a pessoa nasce de novo, recebe vida eterna e é transformada. Jo 3.3-8; 6.63; Tt 3.5 Habitação O Espírito habita no crente. Sem a habitação do Espírito, a pessoa não pertence a Cristo. Jo 14.17; Rm 8.9,11; 1 Co 3.16; 6.19 Batism o Os crentes são batizados no Espírito Santo por Cristo, unindo-os todos em um só corpo. Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; 1 Co 12.13 Selo Deus sela os crentes com o Espírito Santo, fornecendo uma declaração de proprie dade e uma garantia de redenção final. 2 Co 1.22; Ef 1.13; 4.30; cf. Rm 8.16 Enchimento Os crentes são instruídos a serem “cheios do Espírito.” O ministério de preenchimento do Espírito pode ser classificado em um preenchimento geral com vistas ao crescimento e amadurecimento espiritual e em habilidades especiais concedidas pelo Espírito para tarefas especiais para Deus. Ef 5.18; cf. At 4.8; 4.31; 6.3; 9.17; 11.24; 13.9 Direção Os crentes são instruídos a andarem no Espírito e serem conduzidos pelo Espírito. O Espírito preserva o crente da servidão ao legalismo e também proporciona disciplina e orientação para a vida cristã. G1 5.16,25; cf. At 8.29; 13.2; 15.7-9; 16.6; Rm 8.14. Capacitação O Espírito que habita no crente concede vitória na vida cristã, a produção de frutos cristãos e a capacidade de vencer as obras de Satanás. Rm 8.13; G1 5.17-18,22-23 Ensino Jesus prometeu que quando o Espírito viesse, ele conduziria os crentes à verdade. O Espírito ilumina a mente do crente para receber a revelação da vontade de Deus através de sua Palavra. Jo 14.26; 16.13; 1 Jo 2.20,27 38. Quatro Conjuntos de Dons Espirituais 1 Coríntios 12.8-10 1 Coríntios 12.28-30 Romanos 12.6-8 Efésios 4.11 Palavra da sabedoria Palavra do conhecimento Dons de curar Dons de curar Milagres Milagres Profecia Profecia Discernimento de espíritos Discernimento de espíritos Línguas Línguas Profecia Profecia Interpretação de línguas Apóstolos Apóstolos Mestres Ensino Governos Ensino [ou Pastores Mestres] Ministério Socorros Exortação Contribuição Liderança Misericórdia Evangelistas Pastores 39. Síntese dos Dons Espirituais Dom Profecia TTpcxfirjTcia Descrição Exemplo Resultado F a la r v e r d a d e s d ir e ta m e n te r e v e la d a s por D eus E n te n d e r m isté rio s 1 C o 1 3 .2 T im ó t e o - 1 T m 4 .1 4 F ilh a s d e F ilip e - A t 2 1 .8 - 9 A ju d a r o u tr o s a fa z e r a o b r a d e D e u s D a r a s s is tê n c ia p r á t ic a a o s m e m b r o s d a ig re ja S e r v ir a ig r e ja e o s n e c e s s ita d o s A t 6.1 O n e s íf o r o 2 T m 1 .1 6 C o m u n ic a r a s v e r d a d e s e a p lic a ç õ e s d a s E sc r itu r a s E n te n d e r a P a la v r a d e D e u s A t 1 8 .2 6 In sta r a lg u é m a te r u m a c o n d u t a E n c o r a ja m e n t o A t 9 .2 7 A t 4 .3 6 S a t is fa z e r n e c e s s id a d e s físic a s A t 9 .3 6 A t 9 .3 6 O rd e m T t 1.5 T it o T t 1.5 R m 1 2 .6 1 C o 1 4 .2 9 -3 2 Serviço, Socorro ÔLGLKOVia R m 1 2 .7 Ensino Ô L Ô a a m À La R m 1 2 .7 1 C o 1 2 .2 8 P risc ila e Á q u i la - A t 1 8 .2 6 A p o io - A t 1 8 .2 7 -2 8 P a u lo - A t 18.11 E f4 .ll Exortação (e n c o r a ja m e n t o ) a p r o p r ia d a o u c o n s o la r B arn ab é Tra p a K \r\a iç R m 1 2 .8 Contribuição fieraS iSoj/JL D a r d o s b e n s e p o sse s à o b ra d e D e u s c o m a le g r ia e lib e r a lid a d e D orcas R m 1 2 .8 Liderança TTpOL<7TTI/J.L R m 1 2 .8 O r g a n iz a r e a d m in istr a r a o b ra d o m in isté rio 39. Síntese dos Dons Espirituais (continuação) Descrição Dom Exercer Misericórdia P r e s ta r a u x ílio im e r e c id o a o u tr o s eXeeco Exemplo Resultado S im p a t ia , c o m p a ix ã o a o s q u e n ã o m erecem B arn ab é A p r e s e n t a o s p r e c e ito s d e D e u s p a r a a ig re ja P a u lo - C l 1.1 A t o s 9 .2 7 R m 1 2 .8 Apostolado aTTCXJTOÀOÇ 1 C o 1 2 .2 8 E f4 .ll Evangelismo e u a y y e Á L a r r iç E f4 .ll Pastor/Mestre S e r te s te m u n h a o c u la r d o C r is t o r e ssu r r e to e fa la r c o m a u to r id a d e s o b re fé e p r á tic a A p r e s e n t a r o e v a n g e lh o c o m c la r e z a , se n tin d o r e s p o n s a b ilid a d e p e lo s P e d ro - 1 Pe 1.1 1 C o 1 4 .3 7 E n te n d im e n to d o E v a n g e lh o F ilip e A t 2 1 .8 C u i d a d o e in s t r u ç ã o n a p ie d a d e A t 2 0 .2 8 -3 1 P a u lo 1 T s 2 .7 -1 2 C a p a c id a d e d e ap re e n d e r e a p lic a r a r e v e la ç ã o d a d a Jo ã o 1 J o 1.1-3 n ã o - s a lv o s P a sto r e a r e e n s in a r a ig re ja 7TOLfirjUÇ R m 1 2 .7 ; E f 4 . l l Palavra da Sabedoria A o y o ç a o (f)L aç 1 C o 1 2 .8 D is c e r n ir e a p r e s e n ta r a v e r d a d e de D eus A p lic a r a P a la v r a o u s a b e d o r ia d e D e u s a s itu a ç õ e s e s p e c ífic a s Palavra do Conhecimento À o y o ç yiA úO füjç 1 C o 12 .8 E n te n d e r e e x p o r s a b e d o r ia d a p a r te de D eus R e v e la ç ã o d e D e u s so b re p e s so a s, c ir c u n s t â n c ia s o u v e r d a d e s b íb lic a s A v e r d a d e e n t e n d id a e m se u se n tid o e s p iritu a l 1 C o 2 .6 -1 2 P a u lo C l 2 .2 -3 39. Síntese dos Dons Espirituais (continuação) Dom Fé TTLOTLÇ Descrição C o n fia r e m D e u s im p lic ita m e n te Resultado Exemplo R e a liz a ç ã o d e g r a n d e s ta r e fa s E stê v ã o A t o s 6 .5 C u r a s c o m p le ta s A t 3 .6 -7 P e d ro e J o ã o - A t 3 .6 -7 P a u lo - A t 2 0 .9 - 1 2 A s p e s s o a s te m e m a D e u s A t 5 .9 -1 1 A t 1 3 .8 -1 1 Id e n tific a r o p o d e r p e lo q u a l u m m e str e o u p r o fe ta fa la D e s m a s c a r a r o s fa lso s p r o fe ta s C r e n t e s d e C o r in t o l j o 4 .1 1 C o 1 4 .2 9 F a la r e m u m a lín g u a n ã o e n t e n d id a L o u v o r a D e u s e n t e n d id o p e la s O s d isc íp u lo s p a r a re a liz a r fe ito s in c o m u n s 1 C o 1 2 .9 Cura S e r c a p a z d e c u r a r e n fe r m id a d e s la / u a 1 C o 1 2 .9 Milagres S e r c a p a z d e r e a liz a r o b r a s d e p o d e r ô u u a jiL Ç P a u lo 1 C o 1 2 .1 0 Discernimento ÔLÜKpLm Ç 1 C o 1 2 .1 0 Línguas y X ú ja o a p o r a q u e le q u e fa la 1 C o 1 2 .1 0 p esso as q u e co n h e ce m a lín g u a f a la d a ( A t 2 .1 - 1 2 ) A ç ã o de g raç as a D e u s qu e p o d e se r e n t e n d id a se a lg u é m in te r p r e ta r a lín g u a fa la d a (1 C o 1 4 .5 ,1 6 ,2 7 - 2 8 ) Interpretação ep\lT)V£LCL 1 C o 1 2 .1 0 T o rn a r a s “ lín g u a s ” in te lig ív e is C o n fir m a ç ã o d a lín g u a e s tr a n g e ir a 1 C o 1 4 .2 7 -2 8 40. Pontos de Vista Acerca das “Línguas” Pentecostal Carismático A s lí n g u a s d e A t o s s ã o lín g u a s h u m an as, a o p asso q u e as lí n g u a s d e 1 C o r í n t i o s s ã o lín g u a s h u m a n a s , lín g u a s c e le s t ia i s o u a n g é li c a s , o u e x p re ssõ e s d e ê x ta se . A s lí n g u a s d e A t o s s ã o lín g u a s h u m a n a s, ao p asso q u e as lín g u a s d e 1 C o r í n t io s s ã o lín g u a s c e le s t i a i s o u a n g é lic a s . A s lín g u a s d e A t o s s ã o lí n g u a s h u m an as, ao p asso q u e as lí n g u a s d e 1 C o r í n t i o s s ã o lí n g u a s c e le s t i a i s o u C o n te ú d o d as L ín g u a s G lo s so lá lia é o ra r a D e u s e m u m a lí n g u a q u e n ã o s e e s t u d o u . A l g u n s a c r e d i t a m q u e o s r e la t o s d o N o v o T e sta m e n to a c e rc a de “ lín g u a s” re fe re n v se a u m a l í n g u a c o n h e c i d a q u e é d ir ig id a a D e u s e m lo u v o r e a ç ã o de g ra ç a s. N u n c a se p re te n d e q u e a s lín g u a s s e ja m e q u iv a le n t e s à p r o f e c ia n o s e n t i d o d e s e r e m d ir ig id a s a p e s s o a s . A s lín g u a s p o d e m s e r o r a ç õ e s a D e u s o u p o d e m se r a m a n e i r a p e la q u a l D e u s f a la a o s e u p o v o , s e n d o e q u i v a le n t e à p r o fe c ia , c a s o s e ja in t e r p r e t a d a . A s l í n g u a s p o d e m se r o r a ç õ e s a D e u s o u p o d e m se r u m m e i o p e lo q u a l D e u s f a la a o se u p o v o , se n d o e q u i v a l e n t e à p r o fe c ia , c a s o h a ja i n t e r p r e t a ç ã o . N e c e s sid a d e d as L ín g u a s O s d i s p e n s a c i o n a lis t a s c r ê e m q u e a s lí n g u a s t iv e r a m u m v a lo r lim it a d o n a ig r e ja p r im itiv a , p a r a d e m o n s t r a r c o m o D e u s fe z a t r a n s i ç ã o d e I s r a e l p a r a a ig r e ja . A m a io r p a r t e d e le s c o n c o r d a q u e e la s t a m b é m e r a m u s a d a s p a r a e d i f i c a r a ig r e ja q u a n d o a c o m p a n h a d a s p e lo d o m d e i n t e r p r e t a ç ã o d e lín g u a s . H o je e la s n ã o s ã o n e c e s s á r i a s . A s lín g u a s n ã o s o m e n t e s ig n ific a m a p r e s e n ç a e o p o d e r d o E s p ír ito , m a s ta m b é m d ã o a c a p a c id a d e d e fa la r a D e u s p o r m e io d o E s p ír ito s o b r e q u e s t õ e s q u e a m e n te n ã o é c a p a z d e e x p r e s sa r . O d o m d e lín g u a s ta m b é m é c o n c e d id o a a lg u n s c r istã o s p a r a tr a n sm itir a v o n ta d e de D e u s. N e m t o d o s o s c r i s t ã o s fa la m e m lín g u a s , e o E s p ír it o e s t á p r e s e n t e e m t o d o c r is t ã o , m a s o c r istã o re c e b e u m p o d e r e s p e c i a l p e l a l ib e r a ç ã o d o p o d e r d o E s p ír it o a t r a v é s d a s lí n g u a s , q u e s ã o c o n c e d i d a s a a lg u n s c r i s t ã o s p a r a t r a n s m it ir a v o n t a d e d e D e u s à i g r e ja , p a r a a s u a e d i f ic a ç ã o . P ro p ó sito d as L ín g u a s O p r o p ó s i t o p r im o r d ia l d a s lín g u a s fo i d e m o n s tra r a tr a n siç ã o d a n a ç ã o d e Israe l p a ra as n a ç õ e s d e t o d o o m u n d o . E la s n ã o s ã o u m in d í c io n o r m a t i v o d e q u e a lg u é m r e c e b e u o E s p í r it o d e D e u s o u u m s e g u n d o b a t is m o A s lí n g u a s s ã o a e v id ê n c ia in ic ia l e n e c e s s á r i a d e q u e a lg u é m r e c e b e u o E s p ír ito o u a c a p a c i t a ç ã o d o E s p ír ito p o r m e i o d o b a t i s m o d o E s p ír ito S a n t o . A l é m d is s o , e la s s ã o u s a d a s p e lo c r e n t e c h e io d o A s lí n g u a s s ã o u m in d íc io (m a s n ã o o ú n i c o ) d e q u e a lg u é m p o s s u i a p le n it u d e d o E sp ír ito d e D e u s . T o d o s o s c r is t ã o s t ê m o E s p í r i t o a p a r tir d a c o n v e r s ã o , m a s a p le n it u d e o c o rr e q u a n d o se d e ix a q u e D e u s a s s u m a o c o n t r o le d a Categoria N a tu re z a d as L ín g u as Tradicional d o ( o u n o ) E s p ír it o . D u ra ç ã o d as L ín gu as A s lín g u a s c e s s a r a m a p ó s a c o n c lu sã o d o N o v o T e s t a m e n t o . H o je n ã o e x is t e n e n h u m a e v i d ê n c i a f id e d ig n a d o d o m m i r a c u lo s o d e fa la r lín g u a s e s t r a n h a s . E s p ír it o p a r a o r a r c o m m a is e f i c á c ia . O s p e n t e c o s t a i s d iv e r g e m q u a n t o a se a p e s s o a r e c e b e o E s p ír ito d e D e u s n o m o m e n to d a c o n v e r sa i.) o u s o m e n t e c o m o b a t i s m o d o E sp ír ito . A s lín g u a s t ê m p e r s is t id o a o lo n g o d o s s é c u lo s , r e a p a r e c e n d o e m v á r io s p e r ío d o s d a h is t ó r ia d a ig r e ja e m q u e t e m o c o r r id o u m d e s e jo m a is fo r te d e e s p ir i t u a li d a d e . a n g é lic a s . v id a . E s s a n ã o é u m a s e g u n d a bên ção, m as o re c o n h e c im e n to d o p o d e r d e D e u s . A s lín g u a s a ju d a m a p e s s o a a o r a r n o E s p ír ito . A s lín g u a s t ê m p e r s is t id o a o lo n g o d o s s é c u lo s , r e a p a r e c e n d o e m v á r io s p e r ío d o s d a h is t ó r ia d a ig r e ja e m q u e t e m o c o r r id o u m d e s e jo m a is f o r te d e e s p ir it u a lid a d e . 41. Comparação entre os Anjos, os Seres Humanos e os Animais Categoria Anjos Seres Humanos Animais Não Sim Não Imaterial/espírito Imaterial/físico Material/físico Influência por meio de seres humanos Influenciado por espíritos Sem casamento, mas com propagação Sem casamento ou propagação Casamento/propagação Personalidade Plena personalidade Ênfase na vontade/obediência Plena personalidade Enfase na vontade/obediência Personalidade parcial Enfase na subordinação Pecado Rebeldia arrogante: desejo de ser “como Deus” Rebeldia arrogante: desejo de ser “como Deus” Não-moral, derivado do homem ou de Satanás (Gn 3) R e la çã o co m D eu s Direta Celestial/terrena Direta Terrena/celestial Indireta Terrena sob o homem F u n ção /P ro p ó sito Influência na terra sob Deus Domínio na terra sob Deus Serviço na terra sob o homem Im agem de D eu s N atu reza/E x istên cia Corpo Adaptada de uma tabela de Lanier Burns. Usada mediante permissão. 42. Os Filhos de Deus em Gênesis 6 Posição Criaturas Angélicas Setitas Apóstatas Déspotas Ambiciosos Pessoas A n jo s c a í d o s c o a b i t a m c o m b e la s m u lh e r e s S e t i t a s ím p io s c a s a m - s e c o m c a i n it a s d e p r a v a d a s C h e fe s d e sp ó tic o s c a sa m -se c o m m u it a s e s p o s a s Perversão P e r v e r s ã o d a r a ç a h u m a n a p e la in t r o m i s s ã o d e a n jo s C o r r u p ç ã o d a lin h a g e m s a n t a p o r m e io d e c a s a m e n to s m isto s P o lig a m ia d o s p r ín c ip e s c a i n it a s p a r a e x p a n d i r o s e u d o m ín io Progénie G ig a n te s m o n stru o so s T i r a n o s ím p io s L í d e r e s d in á s t ic o s Provas A r e f e r ê n c i a a a n jo s c o m o “ f ilh o s d e D e u s ” A ê n fa se a h o m e n s n o c o n te x to A a n tig ü id a d e d e sta in te r p r e ta ç ã o A s r e f e r ê n c ia s n e o te sta m e n tá r ia s a o p e c a d o a n g é li c o d e G ê n e s i s 6 e m 2 P e d r o 2 .4 - 5 e j u d a s 6 -7 A b ase do p ecad o h u m an o c o m o r a z ã o p a r a o D ilú v io O u s o b í b l ic o d e “d e u s ” e m re fe rê n c ia a g o v e r n a n te s e ju iz e s A a n tig ü id a d e d o c o n c e ito O d e s e n v o lv im e n t o t e m á t ic o d e G ê n e sis 4 e 5 A re fe rê n c ia n o c o n t e x t o a o s u r g im e n t o d e d i n a s t ia s ím p ia s A e x p lic a ç ã o s a tis fa tó r ia d e q u e a lg u n s a n jo s e s t ã o p re so s e o u tro s n ã o A a v e r s ã o a c a s a m e n t o s e n tre ju s t o s e ím p io s e m G ê n e s is A p r á t i c a d e c h a m a r o s r e is d e “ filh o s d e D e u s ” n o o r ie n t e p r ó x im o e o u t r o s lu g a r e s A r e fe r ê n c ia n o s a n tig o s r e la to s à o r i g e m d a r e a le z a p o u c o a n t e s d o D i lú v i o Problemas A s im p o s s ib ilid a d e s p s ic o ló g ic a s e f is io ló g ic a s d e c a s a m e n t o s a n g é li c o s A d if ic u ld a d e t e x t u a l d e to rn a r o te rm o “ h o m e n s” d e G ê n e s i s 6 .1 d ife r e n te d e “ h o m e n s ” n o v e r s íc u lo 2 A f a l t a d e e v i d ê n c i a d e q u e ta l s iste m a fo i e s ta b e le c id o n a lin h a g e m d e C a im A p r o b a b ili d a d e d e q u e “ a n jo s d e D e u s ” r e fir a - s e a h o m e n s , j á q u e e m o u t r o s lu g a r e s A a u sê n c ia d a e x p re ssã o e x a t a “ f ilh o s d e D e u s ” a p li c a d a a o s c r e n t e s n o V e lh o T e s t a m e n t o A fa lta d e e v id ê n c ia d e q u e o te r m o “ f ilh o s d e D e u s ” fo i t o m a d o d a lit e r a t u r a co n te m p o râ n e a A i m p o s s ib ilid a d e d e e x p lic a r a o r ig e m d o s g ig a n t e s e v a l e n t e s s im p le s m e n t e p o r in t e r m é d io d e c a s a m e n t o s m is t o s O fa to d e q u e n e n h u m a u to r d a E s c r i t u r a ja m a i s c o n s id e r o u o s r e is c o m o d e u s e s H e n g s t e n b e r g , K e il, L a n g e , Ja m ie s o n , F a u sse t, B row n , H e n r y , S c o f i e ld , L in c o ln , M u r ra y , B a x te r , S c r o g g ie , L e u p o ld K a is e r , B irn e y , K lin e , C o r n f ie ld , K ober a p lic a - se a h o m e n s Proponentes A lb r ig h t , G a e b e l e i n , K elly, U n g e r , W a ltk e , D e lit z s c h , B u llin g e r , L a r k in , P e m b e r, W u e st , G r a y , T o rre y , M e y e r, M a y o r , P lu m m e r , A lf o r d , R y rie , S m i t h 43. O Ensino Bíblico Acerca dos Anjos O rigem Os anjos foram criados por Deus (Cl 1.16) como seres santos (Mc 8.38), antes da criação da terra (Jó 38.7), por um fiat divino (SI 148.2,5). N atureza Os anjos foram criados com a capacidade de comunicar-se e com uma personalidade expressa por intelecto (1 Pe 1.12), emoção (Jó 38.7) e vontade (Is 14.12-15), mas nunca se diz que possuem a imagem de Deus, como o ser humano. Eles são seres com localização definida (Dn 9.21-23), imortais (Lc 20.36) e têm um conhecimento limitado (Mt 24-36). São normalmente invisíveis (Cl 1.16), mas têm aparecido a pessoas na forma de seres masculinos (Gn 18.1-8), às vezes como homens muitos incomuns (Dn 10.5-6) e por vezes com algum tipo de fulgor sobrenatural (Mt 28.3) ou como seres viventes extraordinários no céu (Ap 4.6-8). Geralmente a sua aparência leva o ser humano envolvido a responder com temor e agitação (Lc 1.29). C ondição Espiritual Embora todos os anjos tenham sido criados bons, existem agora duas categorias morais: santos e eleitos (Mc 8.38; 1 Tm 5.21) e ímpios e imundos (Lc 8.2; 11.24-26). Eles estão aliados a Deus 0oão 1.51) ou a Satanás (Mt 25.41). Sem elhanças com o H om em Criados por Deus, com localização definida, responsáveis diante de Deus (Jo 16.11), limitados no conhecimento (Mt 24.36) Diferenças em R elação ao H om em Diferente ordem de ser (Hb 2.5-7), invisíveis, não procriam (Mt 22.28-30), maiores em inteligência, força e rapidez (2 Pe 2.11), não sujeitos à morte física. C lassificação Principados, potestades, dominadores do mundo (Ef 6.12), domínios (Ef 1.21), soberanias (Cl 1.16). C a íd o s P ropósito N ã o C a íd o s Promover o programa de Satanás de oposição a Deus (Ap 12.7) incitando a rebelião (Gn 3), a idolatria (Lv 17.7), falsas religiões (1 Jo 4.1-4) e a opressão da humanidade. Servir a Deus no culto (Ap 4.6-11), no ministério (Hb 1.7), como mensageiros de Deus (SI 103.20), agir no governo de Deus (Dn 10.13,21), protegendo o povo de Deus (SI 34.7), executando o juízo de Deus (Gn 19.1). R elação com os C rentes Promover a guerra (Ef 6.10-18), acusar (Ap 12.10), semear a dúvida (Gn 3.1-3), induzir ao pecado (Ef 2.1-3), perseguir (Ap 12.13), impedir o serviço (1 Ts 2.18), perturbar a igreja (2 Co 2.10-11). Revelar a verdade (G1 3.19), guiar (Mt 1.20-21), suprir necessidades físicas (1 Rs 19.6), proteger (Dn 3.24-28), libertar (At 5.17-20), encorajar (Atos 5.19-20), agir em resposta à oração (Dn 9.20-24), acompanhar os mortos (Lc 16.22). R elação com Cristo na Terra Satanás tentou a Cristo (Mc 1.13), levou as pessoas a traí-lo e matálo (Lc 22.3-4); Cristo expulsou os demônios e finalmente os derrotou na cruz (Cl 2.15). Anunciaram o nascimento de Cristo (Lc 1.26-38), guiaram José a um lugar seguro (Mt 2.14), ministraram a Cristo (Mt 4.11; Lc 22.43), anunciaram a sua ressurreição (Mt 28.2-4), ascensão e retomo (At 1.11). Lugar de H abitação Regiões celestes ou espirituais (Ef 6.12), abismo (Ap 9.1-11), pessoas (Mc 9.14-29), trevas (Judas 6). N a presença de Deus (Is 6.1-6), lugares celestiais (Ef 3.10) D estino Derrotados por Cristo (Cl 2.15), lançados no abismo durante o Milênio (Ap 20.1-2), lançados no lago do fogo como punição final (Ap 20.10). Estar na presença de Deus e na presença de Cristo no seu reino (Ap 21-22) A n jos Específicos Satanás Miguel, Gabriel 44. A Doutrina de Satanás e dos Demônios Satanás Hebraico sàtün, grego satanas = adversário, opositor (1 Cr 21.1; Jó 1.6; Jo 13.27; At 5.3; 26.18; Rm 16.20) Nomes e Títulos Textos Bíblicos Escritura A badom A p 9 .1 1 A c u sad o r de n o s s o s ir m ã o s A p 1 2 .1 0 A d v e rsá rio 1 P e 5 .8 A n jo d o a b is m o A p 9 .1 1 A n tig a se rp e n te A P 1 2 .9 ; 2 0 .2 A p o li o m A P 9 .1 1 A s sa ssin o J o 8 .4 4 B e lz e b u M t 1 2 .2 4 ; M c 3 .2 2 ; L c 1 1 .1 5 B e lia l 2 C o 6 .1 5 D e u s d este m undo 2 C o 4 .4 D ia b o M t 4 .1 ; L c 4 .2 ; A p 2 0 .2 D o m in a d o r d e ste E f 6 .1 2 m u n d o te n e b r o so A Doutrina de Satanás Categorizada S u t i l ( G n 3 .1 ) , p r o v o c a d o r (1 C r 2 1 .1 ) , s e n h o r d o s r e in o s e d a g ló r ia d o m u n d o ( M t 4 .8 ) , a s s a s s i n o e m e n t ir o s o ( Jo 8 .4 4 ) , c h e io d e t o d o o e n g a n o e d e t o d a a m a líc ia , in im ig o d e t o d a a ju s t i ç a , a q u e l e q u e p e r v e r t e o s r e t o s c a m i n h o s d o S e n h o r ( A t 1 3 .1 0 ) . T e m p o d e r , s i n a i s e p r o d íg io s d a m e n t ir a (2 T s 2 .9 ) . P e c a d o r d e s d e o p r in c í p i o (1 J o 3 .8 ) , s e d u t o r d e t o d o o m u n d o ( A p 1 2 .9 ) . P o d e a p a r e c e r c o m o u m a n jo d e luz (2 C o 1 1 .1 4 ) . C o n d u z o s s e u s s e g u id o r e s (1 T m 5 .1 5 ) . S e u s filh o s s ã o c h a m a d o s d e jo i o ( M t 1 3 .3 8 ) . Descrição Descrição Geral. I n c it a (1 C r 2 1 .1 ) , p a s s e i a p e la t e r r a ( Jó 1 .7 ) , p o d e c a u s a r e n f e r m i d a d e s fís ic a s ( Jó 2 .7 ) , p o d e c e g a r p e s s o a s ( L c 1 3 .1 6 ) , c e g a e s p ir it u a lm e n t e o s in c r é d u lo s (2 C o 4 - 4 ) , l a n ç a d a r d o s in f l a m a d o s ( E f 6 .1 6 ) , im p e d e (1 T s 2 .1 8 ) , c o n d e n a e p r e n d e (1 T m 3 .6 - 7 ) , p r o c u r a d e v o r a r (1 P e 5 .8 ) , a r r e b a t a a P a la v r a d e D e u s s e m e a d a ( M t 1 3 .1 9 ) , q u e r a l c a n ç a r v a n t a g e m (2 C o 2 .1 1 ) , t r a n s f o r m a - s e e m a n jo d e lu z (2 C o 1 1 .1 4 ) . Exemplos específicos: f e r iu o c a l c a n h a r d e C r is t o ( G n 3 .1 5 ) , t e n t o u a J e s u s ( M t 4 .1 ) , q u is p e n e i r a r S i m ã o P e d r o c o m o tr ig o ( L c 2 2 .3 1 ) , e n t r o u e m J u d a s e o p e r s u a d i u a tr a ir a J e s u s ( Jo 1 3 .2 ,2 7 ) , e n c h e u o c o r a ç ã o d e A n a n i a s p a r a q u e m e n t is s e ( A t 5 .3 ) , l a n ç a r á a lg u n s n a p r i s ã o ( A p 2 .1 0 ) . Atividades/ Obras E s p ír ito i m u n d o M t 1 2 .4 3 E s p ír it o m a lig n o 1 S m 1 6 .1 4 E s p ír ito m e n t ir o s o 1 R s 2 2 .2 2 E s p ír ito q u e a t u a n o s filh o s d a d e so b e d iê n c ia E f 2 .2 G ran d e d rag ão v e r m e lh o A P 1 2 .3 Im p é r io d a s t r e v a s C l 1 .1 3 In im ig o M t 1 3 .3 9 M a io r a l d o s d e m ô n io s M t 1 2 .2 4 M a lig n o M t 1 3 .1 9 ,3 8 M e n t ir o s o J o 8 .4 4 P a i d a m e n t ir a J o 8 .4 4 S u a c a b e ç a fo i e s m a g a d a p o r C r i s t o ( G n 3 .1 5 ) , s e r á e s m a g a d o p e lo D e u s d a p a z ( R m 1 6 .2 0 ) , s e u p o d e r d a m o r t e fo i d e s t r u íd o p o r J e s u s ( H b 2 .1 4 ) , s u a s o b r a s s ã o d e s t r u íd a s p e lo F ilh o d e D e u s (1 J o ã o 3 .8 ) , p r e s o p o r m il a n o s ( A p 2 0 .2 ) , la n ç a d o n o a b is m o ( A p 2 0 .3 ) , s o lt o a p ó s m il a n o s p a r a s e d u z ir a s n a ç õ e s ( A p 2 0 .7 - 8 ) , l a n ç a d o n o la g o d o f o g o ( A p 2 0 .1 0 ) , r e p r e e n d id o p e lo S e n h o r (Z c 3 .2 ) , c o n d e n a d o a o f o g o e t e r n o (M t P r ín c ip e d a p o t e s t a d e d o ar E f 2 .2 2 5 .4 1 ) , e x p u ls o d o c é u ( L c 1 0 .1 8 ) , ju l g a d o p o r D e u s ( Jo 1 6 .1 1 ) . P r ín c ip e d e s t e m undo G n 3 .4 ,1 4 ; 2 C o 1.3 S e rp e n te J o 1 2 .3 1 T e n ta d o r M t 4 . 3 ; l T s 3 .5 D e v e r e c e b e r p e r m is s ã o d e D e u s ( Jó 1 .1 2 ) , s u a c a b e ç a fo i e s m a g a d a p o r C r i s t o , c u jo c a l c a n h a r fe riu ( G n 3 .1 5 ) , p o d e s e r r e s is t id o ( T g 4 .7 ) , p o d e se r v e n c i d o (1 J o 2 .1 3 ) , v e n c i d o p e lo s a n g u e d o C o r d e i r o ( A p 1 2 .1 1 ) , n a o p o d e t o c a r o s q u e s ã o n a s c i d o s d e D e u s (1 J o 5 .1 8 ) . Limitações Destino 44. A Doutrina de Satanás e dos Demônios (continuação) Demônios Grego daimon, daimonion, espíritos caídos Ocorrências na Escritura Textos Bíblicos P r o ib iç ã o d o c u l t o a o s d e m ô n io s L v 1 7 .7 ; D t 3 2 .1 7 ; 2 C r 1 1 .1 5 ; S I 1 0 6 .3 7 ; Z c 1 3 .2 ; M t 4 . 9 ; L c 4 .7 ; A p 9 .2 0 ; 1 3 .4 E x e m p lo s d e p o ss e ssã o d e m o n ía c a 1 S m 1 6 .1 4 - 2 3 ; 1 8 .1 0 - 1 1 ; 1 9 .9 ,1 0 O s d o is g a d a r e n o s M t 8 .2 8 - 3 4 ; M c 5 .2 - 2 0 O hom em m udo M t 9 .3 2 - 3 3 O h om em cego e m udo M t 1 2 .2 2 ; L c 1 1 .1 4 A t ilh a d a m u lh e r sir o f e n íc ia M t 1 5 .2 2 - 2 9 ; M c 7 .2 5 - 3 0 ; L c 9 .3 7 - 4 2 O jo v e m l u n á t i c o M t 1 7 .1 4 - 1 8 ; M c 9 .1 7 - 2 7 O h o m e m n a sin a g o g a M c 1 .2 3 - 2 6 ; L c 4 .3 3 - 3 5 M u i t a s p e s s o a s s ã o lib e r t a s p or Je su s M t 4 .2 4 ; 8 .1 6 ,3 0 - 3 2 ; M c 3 .2 2 ; L c 4 .4 1 A u to r id a d e so b re os d e m ô n io s c o n c e d id a a o s d is c í p u lo s M t 1 0 .1 ; M c 6 .7 ; 1 6 .1 7 E x p u ls o s p e l o s d is c í p u lo s M c 9 .3 8 ; A t 5 .1 6 ; A t 8 .7 ; 1 6 .1 6 - 1 8 ; 1 9 .1 2 O s d i s c í p u lo s in c a p a z e s d e e x p u l s a r d e m ô n io s M c 9 .1 8 , 2 8 - 2 9 O s filh o s d e C e v a e x o r c iz a m d e m ô n i o s A t 1 9 .1 3 - 1 6 A p a r á b o la d o h o m e m re p o ssu íd o M t 1 2 .4 3 - 4 5 Je s u s fa lsa m e n te a c u sa d o d e t e r d e m ô n io M t 3 .2 2 - 3 0 ; J o 7 .2 0 ; 8 .4 8 ; 1 0 .2 0 T e s t if ic a m s o b r e a M t 8 .2 9 ; M c 1 .2 3 - 2 4 ; 3 .1 1 ; 5 .7 ; L c 8 .2 8 ; A t 1 9 .1 5 d iv in d a d e d e Je s u s A Doutrina dos Demônios Categorizada A n jo s q u e c a í r a m c o m S a t a n á s ( M t 1 2 .2 4 ) , d iv id id o s e m d o is g r u p o s . U m g r u p o a t u a e m o p o s iç ã o a o p o v o d e D e u s ( A p 9 .1 4 ; 1 6 .1 4 ) e o u t r o e s t á c o n f i n a d o n a p r i s ã o (2 P e 2 .4 ; J d 6 ) ; s ã o in t e li g e n t e s ( M c 1 .2 4 ) , c o n h e c e m o s e u d e s t i n o ( M t 8 .2 9 ) , c o n h e c e m o p la n o d e s a l v a ç ã o ( T g 2 .1 9 ) , t ê m s u a p r ó p r ia d o u t r in a (1 T m 4 .1 - 3 ) . D e s c r iç ã o P r o c u r a m f r u s t r a r o p la n o d e D e u s ( D n 1 0 .1 0 - 1 4 ; A p 1 6 .1 3 - 1 6 ) , c a u s a m e n f e r m id a d e s ( M t 9 .3 3 ; L c 1 3 .1 1 - 1 6 ) , p o s s u e m a n im a is ( M c 5 .1 3 ) , p r o m o v e m f a ls a s d o u t r in a s (1 T m 4 .1 ) , in f lu e n c ia m n a ç õ e s (Is 1 4 ; E z 2 8 ; D n 1 0 .1 3 ; A p 1 6 .1 3 - 1 4 ) , p o s s u e m i n c r é d u lo s ( M t 9 .3 2 - 3 3 ; 1 0 .1 8 ; M c 6 .1 3 ) . A tiv id a d e s/ O b ra s L i m i t a d o s n o e s p a ç o c o m o o s a n jo s n ã o c a í d o s ( M t 1 7 .1 8 ; M c 9 .2 5 ) , s ã o u s a d o s p o r D e u s p a r a s e u s p r o p ó s i t o s q u a n d o e le L im ita ç õ e s d e s e ja (1 S m 1 6 .1 4 ; 2 C o 1 2 .7 ) , p o d e m s e r e x p u ls o s e r e t o r n a r à p e s s o a d a q u a l f o r a m e x p u ls o s ( L c 11. 2 4 -2 6 ). A l g u n s q u e e r a m liv r e s n a é p o c a d e C r i s t o f o r a m la n ç a d o s n o a b is m o ( L c 8 .3 1 ) , a lg u n s a g o r a c o n f i n a d o s s e r ã o s o lt o s d u r a n t e a t r i b u la ç ã o ( A p 9 .1 - 1 1 ; 1 6 .1 3 - 1 4 ) , s e r ã o p a r a s e m p r e l a n ç a d o s c o m S a t a n á s n o la g o d e f o g o ( M t 2 5 .4 1 ) . D e s tin o A d v e rsá r io s d a s p e sso a s M t 1 2 .4 5 E n v ia d o s p a r a c a u sa r d isc ó r d ia e n tre A b im e le q u e e o s s iq u e m i t a s Jz 9 .2 3 D eram m en sagen s aos f a ls o s p r o f e t a s 1 R s 2 2 .2 1 - 2 3 C rê e m e tre m e m T g 2 .1 9 S e r ã o ju lg a d o s M t 8 .2 9 ; 2 P e 2 .4 ; J d 6 A su a p u n iç ã o M t 8 .2 9 ; 2 5 .4 1 ; L c 8 .2 8 ; 2 Pe 2 .4 ; J d 6 ; A p 1 2 .7 - 9 P o s s e s s ã o ( M a r ia M a d a le n a ) M c 1 6 .9 ; L c 8 .2 ,3 45. Nomes de Satanás /\ Título Enfase Passagem Satanás Adversário Mateus 4-10 Diabo Acusador Mateus 4.1 Maligno Intrinsecamente mau João 17.15 Grande dragão vermelho Criatura destruidora Apocalipse 12.3,7,9 Antiga Serpente Enganador do Éden Apocalipse 12.9 Abadom Destruição Apocalipse 9.11 Apoliom Destruidor Apocalipse 9.11 Adversário Opositor 1 Pedro 5.8 Belzebu Senhor das moscas (Baalzebu) Mateus 12.24 Belial Imprestável 2 Coríntios 6.15 Deus deste mundo Controla a filosofia deste mundo 2 Coríntios 4.4 Príncipe deste mundo Governa no sistema do mundo João 12.31 Príncipe da potestade do ar Controle dos crentes Efésios 2.2 Inimigo Opositor Mateus 13.28; 1 Pedro 5.8 Tentador Incita as pessoas a pecar Mateus 4.3 Homicida Leva as pessoas à morte eterna João 8.44 Mentiroso Perverte a verdade João 8.44 Acusador Opõe-se aos crentes diante de Deus Apocalipse 12.10 Adaptado de Paul Enns, The Moody Handbook ofTheobgy [Manual de Teologia Moody) (Chicago: Moody Press, 1989), p. 293. Usado mediante permissão. 46. Teorias Acerca da Constituição do Homem Dicotomia O Homem como um Ser Duplo Argumentos a Favor Argumentos Contra Deus assoprou no homem apenas um princípio uma alma vivente (Gn 2.7). O texto hebraico está no plural: “Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida (vidas), e o homem passou a ser alma vivente.” A parte imaterial do ser humano (a alma) é vista como uma vida individual e consciente, capaz de possuir e animar um organismo físico (corpo). Paulo declara que o homem tem tanto um espírito como uma alma, que estão alojados em um corpo físico (1 Ts 5.23). Os termos “alma” e “espírito” parecem ser usados indiferentemente em algumas passagens (Gn 41.8 e SI 42.6; Mt 20.28 e 27.50; Jo 12.27 e 13.21; Hb 12.23 e A p 6.9). Hebreus 4.12 fala da separação entre a alma e o espírito. Se eles fossem o mesmo, não poderiam ser divididos. “Espírito” (bem como “alma”) é atribuído à criação irracional (Ec 3.21; Ap 16.3). O termo “espírito” ou “alma” pode ser aplicado à “vida” animal ou “animação,” mas nunca no sentido especial em que espírito ou alma humanos são utilizados. Ao contrário dos animais, os espíritos humanos continuam além da existência física e relacionam-se com o espírito divino de Deus (Mt 17.3; At 7.59; G1 6.8; 1 Ts 5.23; Ap 16.3). Corpo e alma são mencionados como se constituíssem a pessoa inteira (Mt 10.28; 1 Co 5.3; 3 Jo 2). Espírito, alma e corpo são. referidos como se constituíssem a pessoa integral (Mc 12.30; 1 Co 2.14; 3.4; 1 Ts 5.23). A consciência testifica que existem dois elementos no ser do homem. Nós podemos distinguir uma parte material e uma parte imaterial, mas a consciência de ninguém pode distinguir entre alma e espírito. É o espírito do homem que se relaciona com o reino espiritual. A alma é a dimensão do homem que se relaciona com o reino mental - o intelecto, as sensibilidades e a vontade do ser humano - a parte que raciocina e pensa. O corpo é a parte do ser humano que tem contato ou relação com o reino físico. Hebreus 4.12 fala literalmente da separação entre alma e espírito (1 Ts 5.23; ver Jo 3.7; Rm 2.28-29; 1 Co 2.14; 14.14). 46. Teorias Acerca da Constituição do Homem (continuação) Tricotomia O Homem como um Ser Tríplice Argumentos a Favor Argumentos Contra Gênesis 2.7 não declara de maneira absoluta que Deus fez um ser duplo. O texto hebraico está no plural: “Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida [vidas], e o homem passou a ser alma vivente.” . Não se diz que o homem se tornou espírito e alma. Além disso, “alma vivente” é a mesma expressão aplicada a animais e traduzida como “ser vivente” (Gn 1.21-24). Paulo parece pensar em corpo, alma e espírito como três partes distintas da natureza do ser humano (1 Ts 5.23). O mesmo parece ser indicado em Hebreus 4.12, texto que diz que a Palavra “penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas.” Paulo está dando ênfase a toda a pessoa, e não tentando distinguir as suas partes. Hebreus 4.12 não fala de separação entre alma e espírito, mas da própria separação que se estende até aquele ponto. A Palavra penetra até a divisão da própria alma e do próprio espírito. A alma e o espírito são expostos. Uma tríplice organização da natureza humana pode estar implícita na classificação do ser humano como “natural”, “carnal” e “espiritual” em 1 Coríntios 2.14; 3.1-4. Indica-se que corpo e alma constituem a pessoa inteira (Mt 10.28; 1 Co 5.3; 3 Jo 2). Em Lucas 8.55, lemos a respeito da menina que Jesus ressuscitou que “voltou-lhe o espírito [pneuma].” Quando Cristo morreu, diz-se que ele “entregou o espírito” (Mt 27.50). “O corpo sem espírito é morto” (Tg 2.27). Pneuma refere-se a um princípio vital distinto da alma. Pneuma (espírito) e psyche (alma) são usados um pelo outro em todo o Novo Testamento. Ambos representam um só princípio vital. 47. As Dimensões da Imago Dei A imagem de Deus no ser humano foi distorcida, mas não eliminada (Gn 9.6; 1 Co 11.7; Tg 3.9) Dimensão Racional O ser humano recebeu a responsabilidade de exercer domínio sobre a terra (Gn 1.26-28; SI 8.4-9). Adão foi instruído a cuidar do jardim. Adão deu nome aos animais (Gn 2.19-20) Adão reconheceu que a mulher lhe era uma ajudadora idônea (Gn 2.22-24; ver 2.20). Dimensão Espiritual Adão e Eva tinham comunhão com Deus (Gn 3.8). Adão e Eva temeram a Deus após o seu pecado (Gn 3.10). Dimensão Moral Deus deu a Adão e Eva uma ordem moral (Gn 2.17). Adão e Eva possuíam um sentido de retidão moral (Gn 2.25). Adão e Eva reconheceram-se culpados logo após a sua transgressão (Gn 3.7) Isto parece indicar que a imagem incluía a justiça original (Gn 1.31; Ec 7.29). Dimensão Social Adão e Eva [presumivelmente] falavam um ao outro (Gn 2.18,23; 3.6-8; 4.1). 48. Concepções sobre a Natureza da Imago Dei Concepção C on cep ção Substan tiva A im agem d e D e u s con siste em um a característica esp ecífica física, psicológica e/ou espiritu al ex isten te n a n atu reza h u m an a. C on cep ção Funcional A im agem de D eu s con siste n o que o ser h u m an o faz. C on cep ção R elacion al S o m e n te q u a n d o tem os fé (isto é, “ in teragim os”) em Je su s C risto n ós possuím os p len am en te a im agem de D eus. C o n cep ção R efo rm ada A imagem de Deus no hom em são as tendências conscientes do ser hum ano e o conhecim ento verdadeiro do ser hum ano. Parte d a im agem de D e u s no h om em (isto é, a su a “ im agem n atu ral” ) foi o b scu recid a m as n ã o d estru íd a pelo pecad o, e parte d a “im agem m o ral” de D e u s foi p erd id a pelo ser h u m an o em co n seq ü ên cia do p ecad o , m as é resta u rad a por C risto. Apoio Problemas Im agem ( tselem ) em G ên esis 1.26 pod e ser traduzida por “e stá tu a ” ; assim , a p assagem pode dizer: “ F açam o s o h om em parecid o co n o sc o .” E m Jo ã o 1.14-18 (e ou tros lugares) fica claro que Je su s era D eu s e que ele tinha um corpo hu m an o. Este co n ceito define D eu s ao definir o ser hum ano. D eu s é espírito (ver Jo 4 .2 4 ). Em que sen tid o, en tão, o n osso co rp o físico represen ta a D eus? A lé m disso, os p ássaro s e ou tros anim ais têm corpos físicos m as n ão se diz q u e foram feitos à im agem de D eu s (ver G n 1.20-23). Gênesis 1.26-28 diz claram ente que o ser hum ano deve governar ou ter domínio sobre o restante da criação. D e u s claram en te govern a. G ên esis 1.27 indica qu e D eu s criou o ser h u m an o à su a im agem an te s de lhe d ar o dom ín io. P ortan to, a Imago Dei pode ser algo diferen te d a cap ac id ad e de dom inar. D e u s criou o “ h om em ” m ach o e fêm ea (G n 1.262 7 ), in d ican d o o asp e cto relacion al de D eu s n a h u m an id ad e. Ê xo d o 20; M arco s 12.28-31 e L u cas 10.26-27 tam b ém sugerem as d im en sões relacion ais de D e u s e d a h u m an idade. T o da a P alavra de D e u s registra a natu reza relacion al de D eus. G ên esis 9.6 e T iag o 3.9 torn am claro qu e o ser h u m an o n ão regen erad o tam b ém foi criad o à im agem de D eus. P arte d a im agem de D eu s n o ser h u m an o está no ser espiritual, m oral e im ortal do h om em , que foi “m u tilad o m as n ão ap a g a d o .” (Ver G n 8 .1 5 — 9 .7; SI 8.4-9; 1 C o 11.7; 15.49; T ia g o 3.9; H b 2.5-8). 0 co n h ecim en to d a ju stiç a e d a san tid ad e por p arte do ser h u m an o foi perd id o por cau sa do p e c ad o e é restau rad o por C risto. (Ver E f 4.2225; C l 3 .9-10). D e u s é co n scien te e p ossu i verdadeiro co n h ecim en to . G ên esis 1.26-28 n ão se refere a divisões d a im agem de D eu s; an tes fala de um a ú n ica im agem de D eus. 49. Teorias da Justiça Original C on ceito P e la g ia n o A rgum ento E xiste livre-arbítrio; n ão existe a ch am ad a ju stiç a original. “O ser h u m an o foi d o tad o de razão para qu e pu d esse co n h ecer a D e u s; de livre-arbítrio p ara que pu d esse escolh er e praticar o bem ; e d a n ec essária cap ac id ad e de g overn ar a criação inferior.” “T odo b em e m al, pelo qu al som os aplau d id os ou acu sad o s, n ão se origina em nós, m as é p raticad o por nós. N a sce m o s capazes de am bos, m as n ão ch eios de um deles. E assim som os produzidos sem virtude, m as tam b ém sem vício; e an tes d a ação d a su a própria v o n tad e, existe n o ser h u m an o som en te o que D e u s fez.” T o m á s de A q u in o A ju stiç a é u m dom acrescen tad o após a criação do. ser hu m an o. A san tid ade prim itiva era ex clu sivam en te u m a d o taç ão ou dom sob ren atu ral. C o m o tal, ela deve ter sido estran h a à n atu reza de A d ã o e foi co n ced id a após o térm ino d a su a criação. “ D eu s form ou o ser h u m an o d o pó... M as q u an to à su a alm a, ele o form ou segu n do a su a im agem e sem elh an ça... A seguir, ele acrescen to u o d om adm irável d a ju stiç a o rigin al...” A g o stin ia n o A ju stiç a é parte d a natu reza h u m an a original. E la era u m a q u alid ad e in trín seca d a n atu reza d o ser hu m an o. Pelo ato criad or divino, o ser h u m an o foi co n stitu ído san to, e n ão som en te n ão h ou ve n en h um ato su bseq ü en te, m as tam b ém n ão h ou ve n en h u m ato sep arad o pelo qu al ele ten h a sido assim con stitu ído . E ssa n atu reza foi co n stitu íd a de tal m an eira a ser sen sível aos reclam os de um a vid a pru d en te e bo a, n ão n o sen tid o de um cu m prim en to n ecessário de tais reclam os, m as n o sen tid o de um a in clin ação ou disp osição e sp o n tâ n e a p ara tal cu m prim en to. 50. Teorias do Pecado Original C on ceito A rgum ento P e la g ia n ism o alm a h u m an a é criad a por D eu s (em c a d a indivíduo, n o seu n ascim en to ou próxim o d e le ). alm a h u m an a é criad a sem corrup ção. in fluên cia d o p ec ad o de A d ã o é a de um exem plo. ser h u m an o tem um a vo n tad e livre. graça de D eu s é universal, u m a vez que todos os seres h u m an os têm livre-arbítrio; os ad u lto s pod em ob ter p erd ão por m eio do batism o. A ssim , o p ec ad o de A d ã o n ão afeta d iretam en te a ou tros, n ão existe n en h u m p ecad o original e o ser h u m an o n ão é d ep rav ad o . C o m o o ser h u m an o n ão n asce em p ecad o , é-lhe possível ser preservad o e n u n c a n ecessitar de salv ação . A r m in ia n ism o O ser h u m an o recebe de A d ã o u m a n atu reza corrom pida, m as n ão recebe a cu lp a de A d ão . E ssa n atu reza é co rrom pid a física e in telectu alm en te, m as n ão volitivam en te. A g raç a p reven ien te c a p a c ita o ser h u m an o a crer. A ssim , o ser h u m an o n ão é in teiram en te d epravad o, m as ain d a retém a v o lição para b u scar a D eus. C a lv in ism o C a d a indivídu o está relacio n ad o co m A d ã o . E xistem dois co n ceito s básicos: A A A O A C hefia Federal (co n ceito criacion ista d a origem d a alm a) O indivídu o recebe d os pais a n atu reza física. D eu s cria c a d a alm a. A d ã o foi n o sso represen tan te, con form e ord en ad o por D eus. E ssa rep resen tação é p aralela de estar em C risto p ara a ju stiça. C hefia N atu ral (co n ceito trad u cian ista d a origem d a alm a— A gostin h o) O in divídu o recebe dos pais a n atu reza física e a alm a. A ssim , to d as as p essoas estav am p resen tes em A d ã o de m od o germ in al ou sem inal. C a d a indivídu o participa d o p ec ad o de A d ão. A ssim , c a d a in divídu o h erd a o p ec ad o de A d ão . 51. A Imputação do Pecado de Adão Passagem-Chave: Romanos 5.12-21 /Expressão-Chave: è (f) cb n a v T e ç fjfiap T O V (v. 12d) Distinção dos Conceitos C on ceito da Solidariedade C on ceito do Exem plo O p ecad o de A d ã o foi um p eq u en o ato de d eso b ed iên cia que afetou som en te a ele m esm o. R o m an o s 1 5 .12d refere-se aos pecad o s ex clu sivam en te p essoais de in d ivídu os que segu iram o exem plo de A d ã o , co m e teram p ecad o s e, portan to , são cu lp ad o s d ian te de D eus. E xiste u m a solid ariedade en tre A d ã o e a su a raça, de m od o qu e Paulo pode dizer que um pecou (ver 5.13-19) e ao m esm o tem po dizer que tod os p ecaram (ver 5 .1 2 ). A m b as as d eclaraçõ es referem -se à qu eda. Sem in alism o A u n ião en tre A d ã o e a su a posterid ad e é bio lógica e gen ética, de m od o que A d ã o in corp orava todos os seres h u m an os em um a ú n ica en tid ad e co letiva, é assim to d as as p esso as são c o -p ecad oras co m A d ão . Federalism o A u n ião en tre A d ã o e a su a p osterid ad e é d evid a ao fato de qu e D eu s o n o m eo u co m o o cab eç a represen tativo d a raça h u m an a. O qu e A d ã o fez é d eb itado à su a p osterid ad e. Im pu tação M ediata (Indireta) Im pu tação Im ediata (D ireta) A s pesso as têm u m a natu reza corrom pida im p u tad a a elas - o efeito do p ecad o de A d ão . A ssim , a d ep rav ação h ereditária é im pu tad a. T odos p ecaram porqu e todos h erdaram a co rru p ção n atu ral de A d ão . O prim eiro p ec ad o de A d ã o foi im p u tad o a todas as pessoas. T odas as p essoas foram ju lg a d a s em A d ão , o n o sso rep resen tan te, e d eclarad as cu lp ad as. 51. A Imputação do Pecado de Adão (continuação) Compreendendo os Conceitos Ponto de V ista A o nascer, qual é a condição da p esso a em relação a D eus? Q u ais são os efeitos do pecado de A d ão sobre a su a posteridade? C o m o todos pecaram ? O que é im putado (debitado na con ta de alguém )? P elagian ism o* E in ocen te e capaz de ob ed ecer a D eus. N ã o teve n en h u m efeito. O p ec ad o de A d ã o afetou som en te a ele m esm o. Todos escolh eram p ecar segu in d o o exem plo de A d ão . S o m e n te os p ecad o s p essoais do indivídu o. A rm in ian ism o * Tem um a n atureza pecam in o sa, m as ain d a é capaz de co op erar co m o Espírito pela graça p reven ien te. C orrom p eu -a física e in telectu alm en te, m as a cu lp a do p ecad o de A d ã o n ão lhe foi im pu tad a. Todos co n scien tem en te ratificam o ato de A d ã o por m eio de p ecad o s pessoais. C a u sa m ed iata: tod os pecam porqu e p ossu em um a natu reza corrom pida herd ad a de A d ão . S o m e n te os p ec ad o s pessoais do indivídu o. R ealism o T o d a a su a n atu reza está c o n tam in ad a pelo pecad o; e stá sob co n d e n a ç ã o e é in capaz de m erecer o favor salvífico de D eus. T rouxe cu lp a pessoal, co rru p ção e m orte para todos. T odos p articip am do p ecad o de A d ão , que é o cab eç a n atu ral d a raça hu m an a. O p ec ad o de A d ã o , a cu lpa, um a n atu reza co rru p ta e os próprios p ecad o s d a p essoa. (O R ealism o e o F ederalism o diferem som en te q u an to ao m od o d a im p u tação .) F ederalism o To da a su a n atu reza está c o n tam in ad a pelo pecad o; está sob co n d e n a ç ã o e é in capaz de m erecer o favor salvífico de D eus. T rouxe co n d en aç ão e co n tam in ação pelo p ecad o à n atu reza in teira de todos. C a u sa m ediata; Todos p ecam porque possuem um a n atu reza corrupta h erd ad a de A d ão . C a u sa im ed iata: Todos pecam porqu e tod os são co n stitu íd o s p ecad o res por cau sa do p ecad o de A d ão . Im p u tação m ed iata: U m a natu reza co rru p ta e os próprios p ec a d o s da p esso a. Im p u tação im ed iata: A cu lp a do p ec ad o de A d ã o , um a n atu reza co rrom pid a e os próprios p ecad o s d a pessoa. * 0 Pelagianismo e o Arminianismo subscrevem em diferentes proporções o conceito de que as pessoas pecam por seguirem o exemplo de Adão. 51. A Imputação do Pecado de Adão (continuação) Avaliando os Conceitos Ponto de V ista Tradução de €(f) ü) em R om an os 5.12 C rítica C on ceito do Exem plo “ é por isso q u e ” O tem po aoristo de ^fiaprou sugere que todos p ecaram em ou co m A d ão , e n ão d epois de A d ão . E m 5 .1 5 -1 9 afirm a-se cin co vezes qu e som en te um p ec ad o cau so u a m orte de tod os. O c o n ceito d o exem plo ignora a an alogia en tre A d ã o e C risto. Sem in alism o “ em quem ” (isto é, em A d ão ) H ebreu s 7.9-10 fornece o exem plo de um h om em (A b raão ) qu e inclui ou tro (L evi). O sem in alism o en fraqu ece a an alogia en tre A d ã o e C risto, propõe um sen tid o n ã o co m p rovad o p ara è<j> (!) nos escritos pau lin os e lev an ta certas q u estõ es absu rd as (por exem p lo: A lg u ém pode agir an te s de “ ex istir” ? Por que n ão som os respon sáveis pelos p ec ad o s posteriores de A d ã o ?). C on ceito da Im pu tação M ediata “p o rq u e” è<t>' d> significa “ po rq u e” em 2 C orín tios 5 .4 (ver Fp 3 .1 2 ; 4-10). A im p u tação m ed ia ta enfrenta ce rtas dificuld ad es co n tex tu ais em R om an os 5: (1) àixapravo) n ão significa “ ter u m a natu reza co rrom pid a” ; (2) tan to A d ã o co m o a su a posterid ad e m orrem por cau sa d a ú n ica tran sgressão de A d ã o (vv. 12, 18-19) e n ão é citad a n en h u m a co n d ição in term ediária; (3) yáp (5.13-14) introduz um a ex p licação qu e n ão é co n siste n te co m o argu m en to de 5.12 se este co n ceito for ad o tad o . Federalism o Im ediato “ p o rq u e” O fed eralism o im ediato en fren ta o problem a d e explicar co m o o p ecad o de um h om em , A d ão, p ode ser c o n tad o co n tra tod a a raça h u m an a. D eu tero n ôm io 24-16 diz que “ cad a q u al será m orto pelo seu p e c a d o ,” o qu e parece con tradizer o co n ceito federalista. A lém disso, um a cu lp a alh eia (ser acu sad o pela cu lp a de ou tro) parece ser injusta. 52. Teorias sobre a Natureza do Pecado Fonte Teoria Ensino D u a lism o Filosofia G reg a e G n o sticism o O ser h u m an o tem um espírito derivado do reino d a luz e um corpo com su a vida anim al d erivado do reino das trevas. A ssim , o pecad o é um m al físico, a co n tam in ação do espírito por m eio d a sua união co m um corpo m aterial. O p ec ad o é v en cid o ao se destruir a influência do corp o sobre a alm a. E g o ísm o Stro n g P ecad o é egoísm o. É preferir as próprias idéias ao invés d a v erd ad e de D eu s. È preferir a sa tisfa ç ã o da própria v o n tad e ao invés de fazer a v o n tad e de D eus. E am ar-se a si próprio m ais do que a D eus. Pode m an ifestar-se na form a de sen su alidade, in cred u lid ad e ou inim izade co n tra D eus. P e la g ia n a Pelágio O p ecad o de A d ã o preju d icou som en te a ele próprio. T o das as p essoas n ascem n o m u n d o n o m esm o e stad o em que A d ã o foi criado. E las têm o co n h ecim en to do que é m au e a cap ac id ad e de fazer tu d o o que D e u s requer. O pecad o, p ortan to , co n siste ap en as n a esco lh a d elib erad a do m al. A g o stin ia n a A g o stin h o T o das as p essoas p ossu em um a d ep rav ação inerente e hered itária que inclui tan to cu lpa q u an to co rru p ção. N ó s ofen d em os a san tid ad e de D eu s por c a u sa de ato s d elib erad os de tran sgressão e da a u sên cia de sen tim en to s corretos. Porém , p ecad o é n eg aç ão ; ele n ão é necessário. C a tó lic a R om an a E n sin o d a igreja e trad ição O p ec ad o original é tran sm itid o a to d as as pessoas. N ó s n ascem o s em p ec ad o e som os oprim idos pela co rru p ção d a n o ssa natureza. E ssa p riv ação da ju stiç a perm ite que as c ap ac id ad es inferiores da n atu reza h u m an a g an h em asc en d ên cia sobre as superiores, e a p esso a cresce em p ecad o. A n atu reza do p ec ad o é definida co m o a m orte da alm a. Portanto, o p ec ad o co n siste n a perd a d a ju stiç a original e n a d esordem de to d a a natureza. D e fin iç ã o B íb lic a E scritu ras A Bíblia u sa m u itos term os para d escrever a n atureza do p ecad o : ign orân cia (E f 4-18), erro (M c 12.24-2 7), im pureza, idolatria (G1 5 .1 9 -2 0 ), tran sgressão (R m 5.15) etc. A essên cia do p ec ad o e stá em co lo car algo m ais n o lugar de D eu s. È q u alq u er co isa que fica aq u ém d a sua glória e perfeição. P ecado é desob ediên cia. 53* Definição dos Termos Básicos da Salvação Termo Textos Bíblicos Definição Eleição Mt 22.14; At 13.48; Ef 1.4; 2 Ts 2.13 Aquele aspecto do propósito eterno de Deus pelo qual ele determina de maneira certa e eterna, por meio de uma escolha amorosa e incondicional, quem irá crer. Não é simplesmente a intenção de Deus de salvar todos os que possam crer; antes, ela determina quem irá crer. Onisciência SI 139.1-4; Is 40.28; Rm 11.33; Hb 4.13 Refere-se ao conhecimento de Deus de tudo o que é ou poderia ser. Ele tem pleno conhecimento de si mesmo e de toda a sua criação. Ele conhece desde a eternidade tudo o que efetivamente ocorrerá e também tudo o que poderia ocorrer. Presciência At 2.23; Rm 8.29; 11.2; Ef 1.5 O conhecimento seletivo de Deus que torna alguém objeto do amor de Deus; é mais do que um mero conhecimento ou cognição antecipada. O termo concentra-se na motivação de Deus para agir, relacionandose com as pessoas e não com o que as pessoas irão ou não irão fazer. Pré-ordenação Ef 1.5 A predeterminação por parte de Deus de todas as coisas que ocorrem na sua criação, tanto os eventos quanto as ações de uma pessoa. Todas as coisas que acontecem fora de Deus são determinadas por ele e são certas. Predestinação Rm 8.29-30 Difere da pré-ordenação em que esta se refere à determinação de todas as coisas, ao passo que a predestinação se refere especificamente à determinação dos eleitos e sua conformidade com a imagem de Cristo. A predestinação nunca ocorre no sentido de alguém ser predestinado para a condenação. Vocação Geral: Mt 22.14; João 3.16-18 Geral: O chamado do Evangelho por meio da proclamação, no qual todas as pessoas são convidadas a receberem a Cristo. Eficaz: Jo 6.44; Rm 8.28-30; 1 Co 1.23-24 Eficaz: A aplicação da palavra do Evangelho aos eleitos. O Espírito Santo faz essa obra somente nos eleitos e ela resulta em salvação. Salvação Jo 3.16-17; 6.37; At 4.12 A consumação da eleição: o somatório de toda a obra de Deus em favor do ser humano, libertando-o de sua condição de perdição no pecado e apresentando-o em glória. É recebida por mew da fé, mas a fé não é uma causa ou razão pela qual Deus justifica a pessoa. A causa da salvação de Deus está inteiramente nele mesmo, e não no ser humano (Rm 9.12,16). Reprovação Is 6.9-10; Rm 9.27; A atitude passiva de Deus no sentido de omitir algumas pessoas na concessão da salvação. E uma expressão da justiça de Deus ao condená-las à punição eterna dos seus pecados. 11.7 54. Concepções Acerca da Salvação S is te m a T e o ló g ico P ro p o n e n te s S ig n ific a d o d a S a lv a ç ã o O b s tá c u lo à S a lv a ç ã o M e io d e S a lv a ç ã o Teologia da Libertação Gustavo Gutiérrez; muitos sacerdotes católicos romanos latino-americanos; representada pela Teologia Negra, Teologia Feminista e Teologias do Terceiro Mundo. Libertação da opressão A opressão e exploração das classes inferiores pelos poderosos Política e revolução Teologia Existencial Rudolph Bultmann Uma alteração fundamental da nossa existência, da nossa perspectiva da vida e da nossa maneira de viver. Alcançar uma “existência autêntica” ou ser chamados por Deus (ou pelo evangelho) para a nossa verdadeira identidade e verdadeiro destino. O ser humano está aprisionado pela racionalidade do seu ego e por experiências passadas formadoras de identidade. Ele está vivendo uma existência inautêntica. O ser humano precisa fazer morrer o seu esforço por auto-gratificação e segurança à parte de Deus, colocar a sua fé em Deus e ser aberto ao futuro. Fé significa abandonar a busca de realidades tangíveis e objetos transitórios. Salvação é afastar-se da religião e aprender a ser independente de Deus, atingir a maioridade, afirmar-se e envolver-se no mundo. A dependência de Deus e da religião torna o ser humano imaturo e presta-se para a desonestidade intelectual e a irresponsabilidade moral. Abandonar a religião e a necessidade de Deus e tornar-se auto-suficiente e plenamente humano. Isso é alcançado por meio da introspecção, afirmação e prática da investigação científica (isto é, anti-sobrenatural). Receber a graça de Deus por meio da igreja. Pecados mortais não confessados. Receber a graça por meio da participação nos sacramentos da Igreja. Martin Heidegger Teologia Secular Dietrich Bonhoeffer John A. T. Robinson Thom as J. Altizer Teologia Católica Rom ana Concílio Vaticano II Karl Rahner Yves Congar Hans Küng Teologia Evangélica Martinho Lutero Jonathan Edwards João Calvino Receber a graça quer por meio da natureza ou por meio da igreja. Receber a graça quer por meio da natureza ou por meio dos sacramentos da Igreja. Os católicos estão incorporados na Igreja; os cristãos não-católicos estão ligados à Igreja; os nãocristãos estão relacionados com a Igreja. Salvação é mudança de posição diante de Deus, de culpado para inocente. O pecado rompe o relacionamento com Deus. A natureza humana está arruinada e se inclina para o mal. Ser justificado pela fé na obra consumada de Cristo e receber o Espírito Santo de Deus, sendo regenerado, habitado e selado para o dia da redenção. 55. Comparação de Termos Soteriológicos Conceito Lei Ensino do Velho Testamento Ensino do Novo Testamento D e u s e m su a g ra ç a e s ta b e le c e u u m a a lia n ç a co m O p a p e l d a le i n ã o é ju s tif ic a r , m a s m o s tr a r - n o s o q u e é o p e c a d o . E la f o i a m e s t r a p a r a c o n d u z ir - n o s a C r i s t o (G1 2 .1 6 ; 3 .2 4 ) . o s e u p o v o . A le i e r a s im p le s m e n t e o p a d r ã o p r o p o s t o p a r a a q u e le s q u e ir ia m a d e r ir a e s s a a l i a n ç a ( G n 1 7 .7 ) . Salvação In te ir a m e n te b a s e a d a n a o b ra d e C risto . A g ra ç a e r a r e c e b i d a i n d ir e t a m e n t e . O s c r e n t e s n ã o s a b i a m c o m o e s s a g r a ç a h a v ia s id o e f e t i v a d a . F o i o b tid a p e la m o rte fu tu r a d e C risto . A g ra ç a e r a m e d i a d a p o r s a c e r d o t e s e r ito s s a c r if ic ia is ; n ã o se m a n i f e s t a v a p o r m e io d e u m a r e la ç ã o d i r e t a e p e s s o a l c o m C r i s t o . O E s p ír it o S a n t o a i n d a n ã o h a v i a v in d o e m s u a p le n it u d e . I n t e i r a m e n t e b a s e a d a n a o b r a d e C r i s t o . E le t o r n o u - s e m a l d i ç ã o p o r n ó s . E le é a p r o p i c i a ç ã o p e lo s n o s s o s p e c a d o s . A g r a ç a é r e c e b id a d i r e t a m e n t e p e la fé , q u e é u m d o m d e D e u s . O E sp írito S a n t o h a b ita p e r m a n e n t e m e n t e n o c r e n t e ( R m 3 .2 5 ; G1 3 .1 3 ; E f 2 .8 - 9 ) . Justificação D e u s e s t a b e l e c e u u m a a lia n ç a c o m o s e u p o v o . E m b o r a a a li a n ç a t e n h a s id o c e r t i f ic a d a p o r u m r i t u a l e x t e r n o , a c i r c u n c is ã o , is s o n ã o e r a s u f ic ie n t e p a r a sa lv a r . T a m b é m e r a n e c e s s á r i a N ó s s o m o s ju s t i f ic a d o s p e la fé e m C r i s t o . O se u s a c r if íc io s a tis fe z a s ju s t a s e x ig ê n c ia s d e D e u s e e le a g o r a c o n s i d e r a c o m o ju s t o s t o d o s o s q u e n e le c o n f ia m ( R m 4 .5 ; 5 .1 ) . u m a c ir c u n c i s ã o d o c o r a ç ã o ( D t 1 0 .1 6 ; J r 4 .4 ) . T a m b é m n ã o e r a o c u m p r im e n t o d a le i q u e s a l v a v a ; a s a l v a ç ã o v in h a p o r m e io d a fé . A b r a ã o c r e u e m D e u s e a s u a fé lh e fo i a t r ib u íd a c o m o ju s t i ç a (G1 3 .6 ) . S e o c u m p r im e n t o p e s s o a l d a le i t iv e s s e s id o e x ig id o , n in g u é m te r ia s id o s a lv o . Regeneração N ã o e x is t e e v i d ê n c i a d e q u e o s s a n t o s d o V e lh o T e s t a m e n t o n ã o e r a m r e g e n e r a d o s . M o is é s id e n t if i c o u u m c e r t o n ú m e r o d e ju d e u s q u e t i n h a m c o r a ç õ e s c ir c u n c i d a d o s ( D t 3 0 .6 ) . E le s e r a m “ v e r d a d e i r o s ju d e u s ” q u e fo r a m p u r if i c a d o s a p a r tir d o s e u in te rio r , t e n d o s u a s v id a s tr a n sfo rm a d a s p a r a c o n fo rm a r-se à v o n t a d e d e D e u s ( R m 2 .2 8 - 2 9 ) . I s a ía s t a m b é m d e s c r e v e u c e r t a s m u d a n ç a s q u e s e a s s e m e lh a m à d e s c r i ç ã o f e i t a p e lo N o v o T e s t a m e n t o a c e r c a d o n o v o n a s c i m e n t o (Is 5 7 .1 5 ) . T a is d e s c r i ç õ e s p a r e c e m s e r m a is d o q u e m e r a s f ig u r a s . A tr a n sfo rm a ç ã o e s p iritu a l o p e r a d a e m u m a p e s s o a p e lo E s p í r it o S a n t o , p e l a q u a l e la p a ss a a p o ss u ir u m a n o v a v id a . A m u d a n ç a d o e s t a d o d e m o r t e e s p i r i t u a l p a r a o d e v id a e s p ir it u a l. U m a t r a n s f o r m a ç ã o d a n o s s a n a t u r e z a (2 C o 5 .1 7 ; E f 2 .1 ; 1 J o 4 - 7 ) . Santificação N o A n tig o T e sta m e n to e n c o n tra m o s c a so s d a q u i lo q u e o N o v o T e s t a m e n t o c h a m a d e “ fru to d o E sp írito ” . N o é e J ó e r a m a m b o s h o m e n s ju s t o s e i n c u lp á v e is n a s u a c o n d u t a . R e c e b e a t e n ç ã o e s p e c i a l a fé d e A b r a ã o , a b o n d a d e d e J o s é , a m a n s id ã o d e M o is é s , a s a b e d o r ia d e S a l o m ã o e o a u t o - c o n t r o l e d e D a n i e l. E s s e s c r e n t e s n ã o t in h a m a p le n i t u d e d o E s p ír it o S a n t o , m a s d e s f r u t a v a m d a s u a p r e s e n ç a (S I 5 1 .1 0 - 1 2 ) e d o s s e u s d o n s A o b r a d e D e u s v i s a n d o d e s e n v o lv e r a n o v a v i d a e l e v á - l a à p e r f e iç ã o . O a f a s t a m e n t o d o q u e é p e c a m in o so e a s e p a r a ç ã o p a ra u m p r o p ó s i t o s a g r a d o . E m b o r a s a n t if ic a d o s p le n a m e n t e e m C r i s t o , g r a d u a lm e n t e e s ta m o s n o s to r n a n d o n a e x p e riê n c ia a q u ilo q u e s o m o s e m t e r m o s d e c o n d i ç ã o ( R m 6 .1 1 ; 1 2 .1 ; 1 C o 1 .2 ). ( Ê x 3 6 .1 ; N m 1 1 .2 6 - 3 0 ) . 56. A Aplicação da Salvação no Tempo Aspecto Descrição Passagens A vocação eficaz de Deus O ato especial de Deus chamando os eleitos para a comunhão com Jesus Cristo Rm 8.30; 1 Co 1.9 Regeneração pelo Espírito Santo A obra purificadora e renovadora do Espírito Santo, concedendo nova vida ao ser humano e capacitando-o a crer Jo 3.5-8; 2 Co 5.17; Tt 3.5 Conversão pela fé em Cristo e arrependimento do pecado O ato dos incrédulos de afastar-se do pecado e voltar-se para Cristo Lc 24.46-47; Jo 3.16; At 2.38 Justificação pela fé O ato de declarar os pecadores justos Rm 3.21; 4.5; 8.33-34 Adoção como filhos do Pai celestial A transferência do crente da alienação de Deus para a filiação Jo 1.12; G1 4.4-5; Ef 1.5 Santificação para praticar boas obras A obra contínua de Deus na vida do crente tornando-o santo Tt 2.14; Hb 13.21; 1 Pe 5.10 Perseverança na Palavra de Cristo A impossibilidade de que o crente verdadeiro decaia da graça de modo pleno e final e a sua continuação na fé até a morte Jo 6.39; 10.27-30; Hb 4.14; 1 Pe 1.3-5 Glorificação com Cristo na sua volta A redenção completa e final da pessoa inteira conformada à imagem de Cristo Jo 14.16-17; Rm 8.29-30; Fp 3.21; 1 Jo 1.3 57* Argumentos Tradicionais sobre a Eleição Arminianismo Argumentos a Favor Argumentos Contra Deus deseja que todas as pessoas sejam salvas e não deseja a morte do ímpio (Ez 33.11; 1 Tm 2.3 4 ; 2 Pe 3.9). Deus escolheu alguns para serem salvos, não todos; ele até mesmo escolheu não revelar algumas verdades a algumas pessoas (Mt 13.1016; Jo 10.24-30). O caráter universal das ordens e exortações de Deus revelam o seu desejo de salvar todas as pessoas (Jo 3.3,5-7; 1 Pe 1.16). Deus também faz um convite universal para todos virem a Cristo (Is 55.1; Mt 11.28; Jo 9.37-39). O padrão de Deus não muda por causa da incapacidade humana de obedecer; a pessoa somente pode ir a Deus se Deus a atrair (Jo 6.35-40, 44-47, 65). Todas as pessoas são capazes de crer e ser salvas, porque Deus publicou um convite universal à salvação e porque Deus deu a todas as pessoas a graça preveniente que neutraliza o pecado e possibilita que todos respondam ao evangelho. Não há necessidade de uma graça especial de Deus para a salvação. A expressão “graça preveniente” não é encontrada na Bíblia. Paulo expressa o fato de que o ser humano é incapaz de voltar-se para Deus e nem mesmo busca a Deus, mas rejeita a revelação que recebeu (Rm 1.18-32; 3.10-19). Seria injusto que Deus responsabilizasse as pessoas por algo que elas são incapazes de fazer. “Presciência”, conforme usada na Escritura, não é simplesmente o conhecimento de eventos futuros, mas é um termo relacional para mostrar que Deus amou e relacionou-se com os eleitos antes de eles existirem, e os escolheu para serem salvos porque decidiu amá-los, independentemente das suas ações (Rm 9.2629). Deus escolhe alguns para a salvação e omite outros porque previu quem irá aceitar a oferta de salvação em Cristo. A presciência significa que Deus conhece de antemão quem irá receber a salvação e está intimamente ligada com a eleição (Rm 8.29; 1 Pe 1.1-2). 57. Argumentos Tradicionais sobre a Eleição (continuação) Calvinismo Argumentos a Favor Argumentos Contra A raça humana inteira está perdida no pecado e cada indivíduo está totalmente corrompido no intelecto, vontade e emoções pelo pecado. O ser humano é incapaz de responder à oferta divina de salvação porque está espiritualmente morto (Jr 17.9; Jo 6.44; Rm 3.1-23; 2 Co 4.3-4; Hf 2.1-3). Se o ser humano é incapaz de responder e não pode obedecer a Deus, então como pode Deus verdadeiramente oferecer salvação a todos por meio do Evangelho e esperar obediência da parte do ser humano (Mt 11.28-30; Jo 3.16; 6.35)? Deus é soberano em tudo o que faz e faz todas as coisas de acordo com a sua boa vontade e prazer. Ele não tem de prestar contas ao ser humano, porque ele é o Criador e pode escolher a quem quer salvar (Rm 9.20-21; Ef 1.5; Fp 2.13; Ap 4.11). Deus deseja que todos sejam salvos 2 Pe 3.9). Deus escolheu certas pessoas para a sua graça especial, independentemente de sua ascendência física, caráter ou boas obras. Especificamente no que tange à salvação, ele escolheu salvar determinadas pessoas por meio da fé em Cristo (Jo 6.37,44,65; 15.16; At 13.48; Rm 9.6-24; Ef 1.4-5). Deus não seria justo ao escolher somente alguns para a vida eterna e omitir outros, porque isso violaria o livre-arbítrio do ser humano para escolher e porque a oferta do Evangelho a todos não seria de boa fé. A eleição é uma expressão da vontade soberana de Deus e é a causa da fé (Ef 2.8-10). Deus não pode exigir que a pessoa creia se a fé vem dele. A eleição é certamente eficaz para a salvação de todos os eleitos. Aqueles que Deus escolhe certamente chegarão à fé em Cristo (Rm 8.29-30). Existe a possibilidade de que aqueles que vieram a crer decaiam da graça e percam a sua salvação. A eleição é de toda a eternidade e é imutável (Ef 1.4,9-11). Deus previu aqueles que iriam crer e os elegeu na eternidade (Rm 8.29). (1 Tm 2.3-4; 58* Principais Concepções Evangélicas sobre a Eleição Arminianismo Calvinismo Calvinismo Moderado Definição A e s c o lh a c o n d ic io n a l d e D e u s p ela q u a l e le d e te rm in o u q u e m iria c r e r c o m b a s e n a s u a p re sc iê n c ia d e q u e m irá e x e rc e r a fé. E o resultado d a fé d o se r h u m a n o . A e s c o lh a i n c o n d ic i o n a l e a m o r o s a d e D e u s p e l a q u a l e le d e t e r m i n a q u e m deve crer. E a causa d a fé d o se r h u m a n o . A e s c o lh a in c o n d i c i o n a l e a m o r o s a d e D e u s p e la q u a l e le d e t e r m in a q u e m irá crer. É a causa d a fé d o se r hum ano. Principais Expoentes J a c ó A r m ín i o , J o ã o W e sle y Jo ã o C a lv in o , C a r lo s S p u r g e o n M illa r d J. E r ic k s o n Raízes Históricas N o in íc io d o s é c u lo d e z e s s e te , o p a s t o r h o l a n d ê s A r m ín io , e n q u a n to p r o c u r a v a d e fe n d e r a s id é ia s d e B e z a , c o n v e n c e u - s e d e q u e B e z a e C a lv in o e s ta v a m e r r a d o s . M a i s ta r d e , W e sle y fo i a lé m d e A r m ín io a o e n fa tiz a r a g r a ç a p r e v e n ie n t e . D u r a n te a R e fo rm a , C a lv in o a s s im ilo u a ê n f a s e d e A g o s t i n h o n a g r a ç a ir re s istív e l d e D e u s , n a n a t u r e z a p e c a m i n o s a d o se r h u m a n o e n a p r e d e s t in a ç ã o . C a l v i n o fo i s u c e d id o p o r B e z a , q u e fo i u m p a s s o a lé m . E s s e n c i a lm e n t e u m a i n t e r p r e t a ç ã o r e c e n te . Prós Acentua a responsabilidade do ser humano de fazer uma escolha. Acentua a santidade e soberania de Deus e , p o r t a n t o , o s e u d ir e it o Acentua a santidade e soberania de Deus, ao mesmo tempo que preserva a idéia da responsabilidade humana. A T am b ém reco n h e ce a d e p r a v a ç ã o e d e sam p aro h u m a n o s se m a in te rv e n ç ã o d e D e u s . S e u a s p e c t o m a is a t r a e n t e é a c e i t a ç ã o d o liv r e a r b ítr io h u m a n o . O se r h u m a n o p o d e r e s is tir à g r a ç a d e D eu s. d e fa z e r d e c r e t o s c o m o o d a e l e iç ã o p a r a a s a l v a ç ã o . A c e n tu a c o rre ta m e n te a to ta l d e p r a v a ç ã o d o se r h u m a n o e s u a i n c a p a c i d a d e d e e s c o lh e r p o r si m e s m o o q u e é c e r t o . A d o u t r in a p r e d o m i n a n t e é a a b s o lu t a s o b e r a n i a d e D e u s , q u e n ã o d e p e n d e d o s c a p r ic h o s o u d a v o n ta d e d o se r h u m a n o . O s e r h u m a n o n ã o p o d e r e s is tir à g ra ç a de D eu s. E sse c o n c e ito é s u s te n ta d o p o r u m a im e n sa q u a n tid a d e d e e v i d ê n c i a s b íb lic a s . Contras Base Bíblica Deixa de acentuar a soberania de Deus. A o c o lo c a r D e u s e m u m a Deixa de acentuar a responsabilidade humana. P a r e c e o b s c u r e c e r o p o s i ç ã o d e d e p e n d ê n c ia d a s d e c is õ e s d e u m se r c r ia d o , e s s a c o n c e p ç ã o d á a im p r e s s ã o d e q u e D e u s n ã o te m o c o n t r o le d o s e u u n iv e r so . A lé m d is s o , o r e c o n h e c im e n t o d a d o u t r in a d a d e p r a v a ç ã o t o t a l e x ig iu q u e W e sle y in tr o d u z isse a id é ia d a g r a ç a p r e v e n ie n t e , q u e n ã o t e m b a s e b íb lic a . liv r e - a r b ít r io d o s e r h u m a n o e, p o r t a n t o , a s u a r e s p o n s a b ilid a d e p e lo s e u p e c a d o . O s c r ít ic o s a c u s a m q u e e s s a p o s iç ã o é fa ta lista e d e stró i a m o tiv a ç ã o p a r a o e v a n g e l is m o . P r o b le m a p r in c ip a l: a p a r e n t e c o n t r a d i ç ã o ló g ic a c o m a lib e r d a d e h u m a n a . T e x t o c e n t r a l: n ã o e x is t e m t r a t a d o s ló g ic o s q u e a p ó ia m a p o s i ç ã o a r m in ia n a . A s s im , a p e la m p a r a o c a r á t e r u n iv e r sa l d o c o n v i t e d e D e u s à s a lv a ç ã o . 1 T i m ó t e o 2 .3 - 4 é a p r e s e n t a d o c o m o e v id ê n c i a d e q u e D e u s d e s e ja q u e t o d o s s e ja m s a lv o s ( v e r t a m b é m Is 5 5 .1 ; E z 3 3 .1 1 ; A t 1 7 .3 0 - 3 1 ; 2 P e 3 .9 ) . T e x t o c e n t r a l: R o m a n o s 9 .6 - 2 4 . E sse te x to d e m o n stra q u e a e le iç ã o e s t á b a s e a d a n o c a r á t e r ju s t o d e D e u s e n a s u a s o b e r a n ia . P o r t a n t o , e le n ã o irá t o m a r u m a d e c is ã o i n ju s t a e n ã o p r e c is a e x p li c a r a o se r h u m a n o p o r q u e e le a i n d a c u lp a a q u e le s q u e n ã o e s c o lh e u . g r a ç a d e D e u s é ir re s istív e l, m as so m e n te p o rq u e D e u s e s c o lh e u t o r n á - la t ã o a t r a e n t e p a r a o s e le it o s q u e e le s ir ã o a c e i t á - la . E m o u t r a s p a la v r a s , D e u s c a p a c i t a o s e le it o s a q u e re re m a su a graça. A s s im , D e u s a c i o n a a s u a v o n t a d e s o b e r a n a p o r m e io d a v o n t a d e d o s e le it o s . E u m a p o s i ç ã o intermediária e n t r e o c a lv in is m o t r a d i c io n a l e o a r m in ia n is m o . Carece de um precedente claro n a h is t ó r ia d a ig r e ja . A p r o x i m a - s e d e u m s o f is m a s e m â n t i c o q u a n d o d is tin g u e e n t r e D e u s t o r n a r a lg o c e r to e a lg o n e c e s s á r i o ( D e u s d e c id i r q u e a lg o ir á a c o n t e c e r e m c o n t r a s t e c o m d e c id ir q u e te m d e a c o n te c e r). N e n h u m te x to ce n tra l é a p r e s e n t a d o e s p e c ific a m e n t e . E r ic k s o n f u n d a m e n t a a su a p o s i ç ã o n o s p o n t o s fo r te s d a p o s iç ã o c a lv in ista e n a fraq u e z a d a p o s i ç ã o a r m in ia n a , s e n d o m o t iv a d o p e la a p a r e n te c o n t r a d iç ã o e n tr e a s o b e r a n ia d e D e u s e o liv r e -a r b ítrio h u m a n o . E le in c lin a - s e p a r a a p o s iç ã o c a lv in is ta n a m a io r p a rte d a s p a ssa g e n s. 59* A Ordem dos Decretos S u p ra la p sa ria n a In fralap sarian a A m irald ian a ( E x p ia ç ã o L im ita d a ) ( E x p ia ç ã o L im ita d a ) ( E x p ia ç ã o Ilim ita d a ) C r ia ç ã o d o se r h u m a n o v is a n d o e le g e r a lg u n s p a r a A p e r m issã o d a q u e d a A p e r m issã o d a q u e d a d o se r h u m a n o a v id a e te r n a e c o n d e n a r o u tr o s d o se r h u m a n o r e s u lta e m c u lp a , r e s u lta e m c u lp a , co rru p ção e co rru p ção e in c a p a c id a d e to ta l in c a p a c id a d e to ta l L u teran a W esleyana C ató lica R o m an a A p e rm issão d a q u e d a d o se r h u m a n o r e su lta e m c u lp a , A p e r m issã o d a q u e d a A p e r m issã o d a q u e d a d o se r h u m a n o re á u lta e m c u lp a , r e su lta n a p e r d a d a co rru p ção e i n c a p a c id a d e to t a l co rru p ção e i n c a p a c id a d e to t a l ju s t iç a so b r e n a tu r a l d o se r h u m a n o à p e r d iç ã o e te r n a A p e r m issã o d a q u e d a d o se r h u m a n o re su lta e m E le iç ã o d e a lg u n s p a r a a v id a e m C r is t o c u lp a , c o r r u p ç ã o e D á d iv a d e C r is t o p a r a to r n a r a s a lv a ç ã o p o ss ív e l a to d o s D á d iv a d e C risto p a r a p r e s ta r s a tis fa ç ã o p e lo s p e c a d o s d o m undo D á d iv a d e C r is t o p a r a D á d iv a d o s m e io s d e R e m is s ã o d o p e c a d o In s titu iç ã o d a ig r e ja e g raça p ara c o m u n ic a r a g r a ç a o r ig in a l p a r a to d o s s a lv a d o r a su fic ien te p a r a to d o s D á d iv a d e C r is t o p a r a p r e s ta r s a tis fa ç ã o p e lo s pecados do m undo p r e s ta r s a t is fa ç ã o p o r to d o s o s pecados hum anos in c a p a c id a d e to ta l D á d iv a d e C r is t o p a r a re d im ir o s e le ito s D á d i v a d o E sp írito S a n t o p a r a s a lv a r o s r e d im id o s S a n t if ic a ç ã o d e t o d o s o s r e d im id o s e regen erad os D á d iv a d e C r is t o p a r a r e d im ir o s e le ito s D á d iv a d o E sp írito S a n t o p a r a s a lv a r o s r e d im id o s S a n t if ic a ç ã o d e to d o s o s r e d im id o s e E le iç ã o d e a lg u n s para o dom da c a p a c id a d e m o r a l d o s s a c r a m e n to s p a r a a p lic a r a s a tis fa ç ã o d e C r is t o A p lic a ç ã o d a satisfação d e C risto a trav é s d os sac ram en to s, so b a m e io s d a g r a ç a P r e d e s tin a ç ã o p a r a a v id a d a q u e le s q u e a p e r fe iç o a m a g r a ç a su fic ie n te S a n t if ic a ç ã o p e lo s S a n t if ic a ç ã o d e to d o s E d ific a ç ã o e m D á d i v a d o E sp írito S a n to p ara op erar a c a p a c id a d e m o r a l n o s e le ito s P r e d e s tin a ç ã o p a r a a v id a d a q u e le s q u e n ã o r e siste m a o s S a n t if ic a ç ã o p e lo E sp ír ito e d o m d a g raça m e io s d a g r a ç a regen erad os os que co op eram o p e ra ç ã o d e ca u sa s se cu n d á ria s sa n tid a d e d e v id a d e co m a g raça to d o s aq u eles a q u e m su fic ie n te o s sa c ra m e n to s sã o c o m u n ic a d o s Adaptado de Benjamin B. Warfield, The Plan of Salvation [O Plano de Salvação] (Reimpressão. Grand Rapids: Eerdmans, 1977), p. 31. 60» Os Cinco Pontos do Calvinismo e do Arminianismo Categoria Depravação Total Arminianismo Calvinismo 1. Livre-Arbítrio ou Capacidade Humana 1. Incapacidade Total ou Depravação Total E m b o r a a n a t u r e z a h u m a n a te n h a sid o s e r i a m e n t e a f e t a d a p e la q u e d a , o h o m e m n ã o to i d e i x a d o e m u m e s t a d o d e to t a l P o r c a u s a d a q u e d a , o se r h u m a n o é in c a p a z d e , p o r si m e s m o , c r e r s a lv if i c a m e n t e n o e v a n g e l h o . O p e c a d o r e s t á m o r t o , c e g o e s u r d o à s c o is a s d e D e u s ; o se u c o r a ç ã o é p e c a m in o so e d e se sp e ra d a m e n te c o rru p to . A su a v o n ta d e n ão é liv r e , m a s e s t á p r e s a à s u a n a t u r e z a m a lig n a . P o r t a n t o , e le n ã o ir á e s c o lh e r - d e f a t o n ã o p o d e e s c o lh e r - o b e m e m lu g a r d o m a l n a e s fe r a e s p ir it u a l. C o n s e q ü e n t e m e n t e , é n e c e s s á r i o m u it o m a is q u e a a s s i s t ê n c ia d o E s p ír it o p a r a le v a r o p e c a d o r a C risto - é n e c e ss á ria a r e g e n e r a ç ã o , p e la q u a l o E s p ír it o v iv if ic a o p e c a d o r e lh e d á u m a n o v a n a t u r e z a , m a s é e la m e s m a p a r t e d a d á d i v a d iv i n a d a s a lv a ç ã o . A s a lv a ç ã o é u m a d á d iv a d e D e u s a o p ec ad o r, e n ã o u m a d á d iv a d o p e c a d o r a D e u s. im p o t ê n c i a e s p ir itu a l. D e u s g r a c i o s a m e n t e c a p a c ita c a d a p e c a d o r a arre p e n d e r-se e crer, m a s n ã o in te rfe re n a lib e rd a d e h u m a n a . C a d a p e c a d o r p o s s u i o liv r e - a r b ítr io e o s e u d e s t in o e t e r n o d e p e n d e d e c o m o o u tiliz a . A lib e r d a d e d o s e r h u m a n o c o n s is t e n a s u a c a p a c i d a d e d e e s c o lh e r o b e m e m lu g a r d o m a l e m q u e s t õ e s e s p ir itu a is ; a s u a v o n t a d e n ã o e s t á e s c r a v iz a d a p o r s u a n a t u r e z a p e c a m in o sa . O p e c a d o r te m a c a p a c id a d e s e ja d e c o o p e r a r c o m o E s p ír it o d e D e u s e s e r r e g e n e r a d o , o u d e r e s is tir à g r a ç a d e D e u s e p e r e c e r . O p e c a d o r p e r d id o n e c e s s it a d a a s s i s t ê n c i a d o E s p ír ito , m a s n ã o p r e c is a se r r e g e n e r a d o p e lo E s p ír ito a n t e s q u e p o s s a crer, p o is a fé é u m a t o h u m a n o e p r e c e d e o n o v o n a s c im e n t o . A fé é a d á d i v a d o p e c a d o r a D e u s ; é a c o n t r ib u iç ã o d o se r h u m a n o p a r a a s a lv a ç ã o . Eleição Incondicional 2. Eleição Condicional 2. Eleição Incondicional A e s c o lh a d e c e r to s in d iv íd u o s p a r a a s a lv a ç ã o , f e ita p o r D e u s a n t e s d a f u n d a ç ã o d o m u n d o , b a s e o u - s e n a s u a p r e s c iê n c ia d e q u e e le s r e s p o n d e r i a m a o s e u c h a m a d o . E le e le g e u s o m e n t e a q u e le s q u e e le s a b ia q u e ir ia m c r e r n o e v a n g e l h o liv r e m e n te , d e si m e s m o s . P o r t a n t o , a e le iç ã o fo i d e t e r m i n a d a o u c o n d i c i o n a d a p e lo q u e a p e s s o a h a v e r i a d e fazer. A fé q u e D e u s p r e v iu e s o b r e a q u a l e le f u n d a m e n t o u a s u a e s c o lh a n ã o fo i d a d a a o p e c a d o r p o r D e u s (e la n ã o fo i c r ia d a p e lo p o d e r r e g e n e r a d o r d o E s p ír it o S a n t o ) , m a s r e s u lt o u d o liv r e - a r b ítr io h u m a n o q u e c o o p e r a c o m a a t u a ç ã o d o E s p ír ito . D e u s e s c o lh e u a q u e l e s q u e s a b ia q u e ir ia m , p o r s e u p r ó p r io liv r e - a r b ítr io , e s c o lh e r a C r is t o . N e s s e s e n t id o , a e le iç ã o d e D e u s é c o n d i c i o n a l. A e s c o l h a d e c e r t o s in d iv íd u o s p a r a a s a lv a ç ã o , fe ita p o r D e u s a n te s d a fu n d a ç ã o d o m u n d o , b a s e o u - s e u n ic a m e n t e e m s u a p r ó p r ia v o n t a d e s o b e r a n a . A s u a e s c o lh a d e p e c a d o r e s in d iv id u a is n ã o se b a s e o u e m r e s p o s t a o u o b e d i ê n c ia p r e v is t a d a p a r t e d o s m e s m o s , ta l c o m o fé, a r r e p e n d im e n t o e t c . A o c o n t r á r io , D e u s c o n c e d e fé e a r r e p e n d i m e n t o a c a d a i n d iv íd u o q u e e le g e u . E s s e s a t o s s ã o o r e s u lt a d o e n ã o a c a u s a d a e s c o lh a d e D e u s . P o rta n to , a e le iç ã o n ã o f o i d e t e r m i n a d a o u c o n d i c i o n a d a p o r u m a q u a l i d a d e o u u m a t o v ir t u o s o p r e v is to n o s e r h u m a n o . A q u e l e s a q u e m D e u s e le g e u s o b e r a n a m e n t e e le c o n d u z a u m a a c e i t a ç ã o v o l u n t á r i a d e C r i s t o , p e lo p o d e r d o E s p ír ito . A s s im , a c a u s a ú lt i m a d a s a l v a ç ã o é a e s c o lh a d o p e c a d o r p o r D e u s , e n ã o a e s c o l h a d e C r is t o p e lo p e c a d o r . 60. Os Cinco Pontos (continuação) Categoria Expiação Limitada Arminianismo Calvinismo 3. Redenção Universal ou Expiação Geral 3. Redenção Particular ou Expiação Limitada A o b ra r e d e n to r a d e C r isto p o ssib ilito u a sa lv a ç ã o d e to d o s , m a s n ã o a s s e g u r o u e f e tiv a m e n te a s a lv a ç ã o d e n in g u é m . E m b o r a C r is t o te n h a m o r r id o p o r t o d a s a s p e s s o a s e p o r c a d a p e s so a , so m e n te a q u e le s q u e c r ê e m n e le s ã o sa lv o s. A s u a m o r te p e r m itiu q u e D e u s p e r d o a sse o s p e c a d o r e s so b a c o n d iç ã o d e q u e c r e ia m , m a s n ã o a f a s t o u e fe tiv a m e n te o s p e c a d o s d e n in g u é m . A r e d e n ç ã o d e C r is t o s o m e n te se to r tia e fic a z se a p e s s o a d e c id ir a c e itá -la . Graça Irresistível Perseverança dos Santos A o b r a r e d e n t o r a d e C r i s t o v i s o u s a lv a r s o m e n t e o s e le it o s e d e f a t o a s s e g u r o u a s a l v a ç ã o d o s m e s m o s . A lé m d e tir a r o s p e c a d o s d o s e u p o v o , a re d e n ç ã o d e C risto a sse g u r o u tu d o o q u e era n e c e s s á r io p a r a a s u a s a l v a ç ã o , i n c lu s iv e a té, q u e o s u n e a e le s. O d o m d a fé é a p l i c a d o in fa liv e lm e n t e p e lo E s p í r i t o a t o d o s a q u e le s p o r q u e m C r is t o m o r r e u , d e s s a m a n e ir a g a r a n t in d o a s u a s a l v a ç ã o . 4. Pode-se Efetivamente Resistir ao Espírito Santo 4. A Vocação Eficaz do Espírito ou a Graça Irresistível O E s p ír it o c h a m a i n t e r n a m e n t e t o d o s o s q u e s ã o c h a m a d o s e x t e r n a m e n t e p e lo c o n v i t e d o E v a n g e lh o ; e le faz tu d o o q u e p o d e p a r a le v a r c a d a p e c a d o r à s a l v a ç ã o . P o r é m , n a m e d id a e m q u e o se r h u m a n o é liv re , e le p o d e r e sistir c o m ê x it o à c h a m a d a d o E s p ír ito . O E s p ír it o n ã o p o d e r e g e n e ra r o p e c a d o r a té q u e e ste c r e ia ; a fé ( q u e é u m a c o n t r ib u i ç ã o h u m a n a ) p r e c e d e e t o m a p o s s ív e l o n o v o n a s c i m e n t o . A s s im , o liv r e - a r b ít r io h u m a n o lim ita o E s p ír it o n a a p l i c a ç ã o d a o b r a r e d e n t o r a d e C r i s t o . O E s p ír it o S a n t o s o m e n t e p o d e le v a r a C r is t o a q u e le s q u e lh e p e r m it e m fa z ê -lo . A t é q u e o p e c a d o r r e s p o n d a , o E s p ír it o n ã o p o d e d a r v id a . P o r ta n to , a g r a ç a d e D e u s n ã o é ir r e s is t ív e l; e la p o d e s e r e f r e q ü e n t e m e n t e é r e s is t i d a e f r u s t r a d a p e lo s s e r e s h u m a n o s . A lé m d o c h a m a d o g e r a l e x t e r n o p a r a a s a lv a ç ã o , fe ito a to d o s o s q u e o u v e m o E v a n g e lh o , o E sp ír ito S a n t o d irig e a o s e le ito s u m c h a m a d o in t e r n o e s p e c ia l q u e o s le v a i n e v it a v e lm e n t e à s a lv a ç ã o . O c h a m a d o e x te r n o (fe ito a t o d o s s e m d is t in ç ã o ) p o d e se r e m u ita s v e z e s é r e je it a d o , a o p a s s o q u e o c h a m a d o in te rn o (fe ito s o m e n t e a o s e le it o s ) n ã o p o d e se r r e je ita d o , m a s s e m p r e r e s u lt a e m c o n v e r s ã o . P or m e io d e s s e c h a m a d o e s p e c i a l o E sp ír ito le v a ir r e s istiv e lm e n te o s p e c a d o r e s a C r is t o . E le n ã o e s t á lim it a d o e m s u a o b r a d e a p lic a r a s a lv a ç ã o à v o n t a d e d o s e r h u m a n o , n e m d e p e n d e d a c o o p e r a ç ã o h u m a n a p a r a t e r ê x it o . O E sp írito g r a c io s a m e n t e fa z c o m q u e o p e c a d o r e le it o c o o p e r e , c r e ia , a r r e p e n d a - s e e v á liv re e e s p o n ta n e a m e n te a C r is t o . P o r t a n t o , a g r a ç a d e D e u s é ir re sistív e l; e la n u n c a d e i x a d e r e s u lta r n a s a lv a ç ã o d a q u e le s a q u e m é e s t e n d id a . 5. Decair da Graça 5. Perseverança dos Santos A q u e le s q u e c r ê e m e sã o v e r d a d e ir a m e n te s a lv o s p o d e m p e r d e r a s u a s a l v a ç ã o se d e i x a r e m d e g u a r d a r a s u a fé. N e m t o d o s o s a r m in i a n o s c o n c o r d a m n e s s e p o n t o ; a lg u n s s u s t e n t a m q u e o s c r e n t e s e s tã o e te rn a m e n te se g u ro s e m C risto - q u e u m a v e z o p e c a d o r e s t a n d o r e g e n e r a d o , e le ja m a i s p o d e r á p e r d e r - s e . Rejeitado pelo Sínodo de Dort E s te fo i o s i s t e m a d e p e n s a m e n t o c o n t id o n a “ R e m o n s t r â n c i a ” ( e m b o r a o r ig in a lm e n t e o s “ c in c o p o n t o s ” n ã o e s tiv e sse m d is p o sto s n e s s a o r d e m ) . E s s e s i s t e m a fo i a p r e s e n t a d o p e lo s a r m in ia n o s à Ig r e ja d a H o la n d a e m 1 6 1 0 , m a s fo i r e je it a d o p e lo S í n o d o d e D o r t e m 1 6 1 9 s o b a ju s t i f i c a t i v a d e q u e e r a a n ti- b íb lic o . T o d o s o s q u e s ã o e s c o lh id o s p o r D e u s , r e d im id o s p o r C r i s t o e r e c e b e m fé p o r m e i o d o E s p ír ito e s t ã o e t e r n a m e n t e s a lv o s . E le s s ã o m a n t i d o s n a fé p e lo p o d e r d o D e u s T o d o - p o d e r o s o e a s s im p e r s e v e r a m a té o fim . Reafirmado pelo Sínodo de Dort E ste siste m a d e te o lo g ia fo i r e a fir m a d o p e lo S ín o d o d e D o r t e m 1 6 1 9 c o m o s e n d o a d o u tr in a d a s a lv a ç ã o c o n tid a n a s E s c r itu r a s S a g r a d a s . N a q u e la o c a siã o , o sist e m a foi fo r m u la d o e m “ c in c o p o n t o s ” (e m r e sp o s ta a o s c in c o p o n t o s a p r e s e n ta d o s p e lo s a r m in ia n o s) e d e s d e e n t ã o te m sid o c o n h e c id o c o m o “ o s c in c o p o n t o s d o c a lv in is m o ” . 61. Diferentes Concepções Acerca dos Meios de Graça Reformada Arminiana Luterana Católica Romana Fé Salvadora pela Graça Eficaz Fé Salvadora pela Graça Comum Batismo e Eucaristia Batismo, Eucaristia e Outros Sacramentos fé por meio da fé meios sem fé fé sem meios (ex opere operato) operação pelo contato físico 62* Vocação Geral versus Vocação Eficaz Vocação Geral Vocação Eficaz D efin ição R efere-se à ap resen tação do E van gelh o, n a qu al se oferece ao in divídu o a p rom essa d e salv aç ão em C risto e o convite p ara ace itar a C risto p ela fé a fim de receber o p erd ão dos p ec ad o s e a vida etern a. R efere-se ao ch am ad o geral de D eu s n o E van gelh o to rn ad o eficaz em um a p esso a q u an d o ela crê no E van gelh o e ace ita a C risto co m o S alv ad o r e Senhor. A gen te D irigida pelo Pai a todos os qu e ou v em o E van gelh o; tran sm itida prin cipalm en te por m eio de cren tes cap acitad o s pelo E spírito S a n to de D eu s qu e co m u n icam o E van gelh o co m o é rev elad o n a P alavra de D eus. D irigida pelo Pai e to rn ad a eficaz p ela ob ra do E spírito S a n to q u an d o ele ilum ina e c ap ac ita o ind ivídu o a co m p reen d er e respon der p ositiv am en te ao E van gelh o do Sen h o r Je su s co n tid o n a P alavra de D eus. D estin atário s e E xem p los È para to d as as pessoas, m as é recebid a som en te por aqu eles que o u vem o E vangelh o. É dirigida som en te a tod os os eleitos. S a u lo (A t 9 .1 -1 9 ); Lídia (A t 16.14); R m 8.30. “M u itos são ch am ad o s, m as pou cos, esco lh id o s” (M t 2 2 .14). P ro p ó sito R evela o gran d e am or de D e u s p ara co m os p ecad o re s em geral. Por cau sa d a d ep rav ação total d o ser h u m an o, é ab solu tam en te n ecessária para levar os eleitos à fé e à co n versão. R e v ela a san tid ad e e a ju stiç a de D eus. R e su lta d o s N ã o resu lta n ecessariam en te em salv ação . Pode ser rejeitad a, resu ltan d o n a c o n d e n aç ão d o pecador. Por ser eficaz e irrevogável, resu lta n ecessariam en te na salv aç ão . E im possível que seja rejeitada. O c a siã o É an terior à co n v ersão e pod e ou n ão conduzir a ela. E logicam ente anterior à conversão e necessariam ente conduz a ela. 63. Os Sete Sacramentos Católicos Romanos S a c ra m e n to P r o c e d im e n to S ig n ific a d o Ê n f a s e d o V a t ic a n o I I B a tism o O s a c e r d o t e a p li c a o r ito a c r ia n ç a s. P ro d u z r e g e n e r a ç ã o , “ u m n o v o c r istã o ” . E n e c e ssá rio p a ra a sa lv a ç ã o . L ib e r t a d o p e c a d o e d a c u lp a o r ig in a l. U n e a p e s s o a a C r i s t o e à ig r e ja . O b atism o d ev e receber m aior ênfase. O s c o n v e r tid o s d e v e m re c e b e r i n s t r u ç ã o p r é v ia . I lu s t r a o c o m p r o m is s o c o m C r is t o . A c e n t u a a u n i d a d e d e to d o s o s m e m b r o s e m C r is t o . C o n firm a ç ã o O b is p o im p õ e a s m ã o s so b r e a p e sso a e e sta rece b e o E sp írito S a n to . E a lg o n e c e s s á r io a p ó s o b a t is m o . J u n t a m e n t e c o m o b a t is m o , é p a rte d o “ sa c r a m e n to d e in ic ia ç ã o ” . A p e s s o a r e c e b e o E s p ír it o S a n t o , r e s u lt a n d o e m m a tu rid a d e e d e d ic a ç ã o . E s f o r ç o n o s e n t id o d e u n ir o b a t is m o e a c o n f i r m a ç ã o c o m o u m s ó a t o d e in ic ia ç ã o . A s e p a r a ç ã o d o s d o is s a c r a m e n t o s s u g e r e q u e e x is t e m g r a u s d e m e m b r e s i a n a ig r e ja . E u c a r istia O s a c e r d o t e c e le b r a a m issa . A o d e c la r a r “ I s t o é o m e u c o r p o ” , o p ã o e o v in h o to r n a m - s e o c o r p o e o s a n g u e d e C r is t o . A m is s a é a c o n t i n u a ç ã o d o s a c r if íc io d e C r is t o . E ig u a l a o C a lv á r i o , e x c e t o q u e a m is s a n ã o é s a n g r e n t a . N a m is s a , C r i s t o o f e r e c e e x p i a ç ã o p e lo p e c a d o . O p a r tic ip a n te r e c e b e o p e r d ã o d o s p e c a d o s v e n ia is . C o m e r o p ã o é c o m e r a C risto . I n c e n t i v o à p a r t i c ip a ç ã o fre q ü e n te p a ra a u m e n ta r a “ u n iã o c o m C r i s t o ” . A g o r a a c e r i m ô n i a in c lu i le ig o s. C e r i m ô n i a m a is b r e v e e s im p le s ; m a i o r u s o d a s E s c r it u r a s . C o n f is s ã o (P e n itê n cia ) T rês p a sso s: 1. T r is te z a p e lo p e c a d o 2. C o n fis sã o o ral ao sa c e rd o te 3 . A b s o l v i ç ã o d o s p e c a d o s p e lo sa c e rd o te T e n d o c o n fe ssa d o a o sa c e rd o te t o d o s o s p e c a d o s c o n h e c id o s e t e n d o d e c l a r a d o a in t e n ç ã o d e n ã o p e c a r n o f u tu r o , o fiel r e c e b e a b s o lv i ç ã o d o s p e c a d o s p e lo s a c e r d o t e . N o v a co n cep ção de pecado: r e la c i o n a m e n t o s e m o t iv a ç õ e s p e s s o a is d is t o r c id o s . P e r m ite c o n f is s ã o e a b s o lv iç ã o g e r a l. A c o n f is s ã o g e r a l é f e it a e m c u lt o c o m p o s t o d e c â n t i c o s , le itu r a b íb lic a , o r a ç ã o , s e r m ã o , a u t o e x a m e , c o n f is s ã o e a b s o l v i ç ã o . S a n ta s O rd e n s O r d e n a ç ã o a o s o f íc io s d e b is p o , s a c e r d o t e e d iá c o n o . C o m o s u c e s s o r d o s a p ó s t o lo s , o b is p o o r d e n a o s a c e r d o t e . C o n fe r e a o r e c ip ie n te o p o d e r s a c e r d o ta l d e m e d ia r a g r a ç a p o r m e io d o s s a c r a m e n to s , ta l c o m o o fe re c e r o c o r p o e o s a n g u e d e C r is t o p a r a r e m ir o s p e c a d o s . O sa c e r d o te é m e d ia d o r e n tre D e u s e o s se res h u m a n o s, c o m o C r i s t o fo i m e d i a d o r e n t r e D e u s e o s se r e s h u m an o s. M a i o r e n v o lv im e n t o d e le ig o s n o m in is t é r io . O s le ig o s d e v e m d e s e n v o l v e r e u tiliz a r o s d o n s n a ig r e ja . R e d u z iu a d i s t i n ç ã o e n t r e sa c e rd o te e p o v o . O s a c e r d o te é c o n sid e r a d o u m “ irm ã o e n tre ir m ã o s” . M a trim ô n io F az -se a tr o c a d e v o to s n a p re se n ç a d e u m sa c e rd o te . S in a l d a u n iã o e n tre C r isto e a ig r e ja . E in d i s s o lú v e l p o r q u e o c a s a m e n to e n tre C risto e a ig r e ja é in d is s o lú v e l. O m a t r im ô n i o n ã o é s o m e n t e p a r a a p r o c r ia ç ã o . M a io r ê n f a s e a o a m o r n o c a sa m e n to . A m i s s a é p e r m it id a e m c a s a m e n t o s c o m n ã o - c a t ó li c o s b a t iz a d o s . U n ção dos E n ferm o s O b is p o c o n s a g r a o ó le o . O sa c e rd o te u n g e a p e sso a q u e e s t á p r ó x i m a d a m o r te . R e m o v e a s fr a q u e z a s e o b s t á c u l o s d e i x a d o s p e lo p e c a d o , q u e im p e d e m q u e a a lm a e n t r e n a g ló r ia . P re p a ra a s p e s so a s p a r a a m o rte a o f o r t a le c e r a g r a ç a n a a lm a . U s o a m p lia d o : m u d a n ç a d e “e x tre m a u n ç ã o ” p ara “ u n ção d o s e n fe rm o s” . U t i liz a d a p a r a f o r t a le c e r /c u r a r o c o r p o e a a lm a . A p e s s o a e n f e r m a p a r t i c ip a d a s l e it u r a s e o r a ç õ e s . 64. Concepções Acerca da Expiação T e o ria d o R e sg a te a S a ta n á s T e o ria d a R e c a p itu la ç ã o T e o ria D r a m á tic a T e o ria M ístic a T e o ria d o E x e m p lo D efin ição A m orte de C risto foi um resgate p ago a S a ta n á s p a ra libertar o ser h u m an o cativ o das reivin d icações de S a ta n á s. Em su a vida, C risto recapitu lou tod os os e stágios d a vid a hu m an a, e assim fazendo reverteu o cam in h o qu e A d ã o h avia iniciado. C risto é o V enced or de um co nflito divino entre o bem e o m al e co n q u ista a libertação d o ser h u m an o do cativeiro. C risto assu m iu um a natu reza h u m an a e pecam in osa, m as por m eio d o p od er do Espírito S a n to triunfou sobre a m esm a. O co n h ecim en to desse fato in fluen cia o ser h u m an o m isticam ente. A m orte de C risto ofereceu um exem plo de fé e o b ed iên cia para inspirar o ser h u m an o a ser ob ed iente. Proponentes O ríg en es Irineu A u len Sc h leierm ach er Pelágio, Socin o, A b elard o B a se B íblica M a te u s 2 0 .28; M arcos 10.45; 1 C orín tios 6 .2 0 R om an os 5.15-21; H ebreu s 2.10 M ateu s 2 0 .2 8 ; M arcos 10.45; 1 C orín tios 15.51-57 H ebreu s 2 .10,14-18; 4 .1 4 -1 6 1 Pedro 2.2 1 ; 1 Jo ã o 2.6 O b jeto S a ta n á s S a ta n á s S a ta n á s O ser h u m an o O ser h u m an o C on dição E spiritual do Homem S e rv id ã o a S a ta n á s Se rv id ão a S a ta n á s Se rv id ão a S a ta n á s F alta de co n sciê n cia de D eu s E spiritualm en te vivo (Pelágio) Sen tido da M orte de C risto A vitória de D e u s sobre S a ta n á s A recap itu laç ão feita por C risto de todos os estágios d a vida hum ana. A vitória de D e u s sobre S a ta n á s O triunfo de C risto sobre a su a própria natureza p ec am in o sa U m exem plo de verd ad eira fé e ob ed iên cia V alor para o Ser H u m an o L ib erta ção d a servidão a S a ta n á s R eversão d o cam in h o da h u m an id ad e, da d eso b ed iên cia para a o b ed iên cia. A recon ciliação d o m u ndo efetu ad a por D eus, livran d o-o da su a servidão ao m al. U m a influência m ística su b co n scien te In spiração p ara u m a vida fiel e ob ed ien te 64. Concepções Acerca da Expiação (continuação) T e o ria d a In flu ê n c ia M o ra l T e o ria C o m e rc ia l T e o ria G o v e rn a m e n ta l T e o ria d a S u b stitu iç ã o P en al D efin ição A m orte de C risto dem onstrou o am or de D eus, o que am olece o c o ra ç ão do ser h u m an o e o leva a arrepender-se. A m orte de C risto trouxe hon ra infinita a D eus. A ssim , D eu s co n ced e u a C risto um a recom p en sa d a qu al ele n ão n ecessitav a, e C risto transferiu-a ao ser h u m an o. A morte de Cristo demonstra a alta consideração de D eus para com a sua lei. Ela mostra a atitude de Deus em relação ao pecado. Por meio da morte de Cristo, D eus tem um a justificativa para perdoar os pecados daqueles que se arrependem e aceitam a morte substitutiva de Cristo. A m orte de C risto foi um sacrifício vicário (substitutivo) que satisfez as exigên cias d a ju stiça de D e u s em relação ao pecad o, p a g a n d o a pen alidad e do p ecad o h u m an o , trazendo perd ão, im p u tan d o ju stiça e recon cilian d o o ser h u m an o com D eus. P ropon en tes A b elard o , Bush nell, R ash dall A n selm o G rócio C alv in o B a se B íblica R o m an o s 5.8; 2 C orín tios 5 .1 7 ' 19; Filipenses 2.5-11; C o lo sse n ses 3.2 4 Jo ã o 10.18 S alm o s 2, 5; Isaías 42.21 Jo ã o 11.50-52; R om an o s 5.8-9; T ito 2.14; 1 Pedro 3 .18 O b jeto O ser h u m an o D eus/ser h u m an o D eus/ser h u m an o D eu s C o n d ição E sp iritual do H om em O ser h u m an o está enferm o e n ec essita de auxílio. O ser h u m an o deson ra a D eus. O ser h u m an o é um violador d a lei m oral de D eus. O ser h u m an o é to talm en te d ep ravad o. Sen tido da M orte de C risto D e m o n stro u o am or de D eu s p ara co m o ser h u m ano. Trouxe h on ra infinita a D eus. Foi um su bstitu to para a p en alidad e do p ecad o e m ostrou a atitu d e de D eus para co m o pecado. C risto su portou a p en alidad e do p ecad o em lu gar d o ser hu m an o. V alor para o Ser H u m an o A o ver o am or de D eus pelo ser h u m an o, este é m ovido a a ce itar o p erd ão de D eus. E ssa h on ra, d a qual C risto n ão n ecessita, é aplicad a aos p ecad o re s p ara a salv ação . Torna legal o d esejo de D eu s de perd oar aqu eles que ace itam a C risto co m o seu su bstitu to. Por m eio do arrep en d im en to o ser h u m an o pod e aceitar a su b stitu ição de C risto com o p ag am en to pelo pecad o. 65. A Extensão da Expiação Expiação Ilimitada D e c la r a ç ã o d o C o n c e it o A m orte d e C risto foi su ficien te p ara tod as as p esso as, m as eficaz p ara u m n ú m ero lim itad o. Apoio Objeções N u m e ro sa s p a ssa g en s p arece m in d icar q u e a m orte d e C risto foi por to d a a h u m an id ad e. O s dois v ersícu lo s p rin cip ais sã o 1 T im ó te o 4-10 e 1 Jo ã o 2.2, q u e d e c laram q u e C risto é a p ro p iciação e o S a lv a d o r d o m u n d o . O u tro s v ersícu lo s são Isaías 5 3 .6 ; Jo ã o 1.29; 1 T im ó te o 2.6 ; T it o 2 .1 1 ; H eb reu s 2.9. A s palavras “tod os” e “inteiro” n em sem pre se referem à totalidade de seus conteú dos. U m exem plo é a trib u tação de to d o o m u ndo p or C ésar; isso n ão incluiu os jap o n e ses. O m u n d o inteiro nesses versícu los significa pessoas de to d a s a s áre as g eo g ráficas. A p ro cla m a ç ã o u n iv ersal d o ev a n g e lh o e stá b a s e a d a n a ex p ia çã o ilim itad a de C risto . P ara q u e o E v an g elh o seja oferecid o sin c eram en te a to d a a h u m an id ad e , C risto precisa ter m orrid o por to d a a h u m a n id a d e (M t 24-14; 2 8 .1 9 ; A to s 1.8; 1 7 .3 0 ). A p ro clam aç ão d o E van gelh o e stá b a s e a d a n a o b ra c o n su m a d a de C risto. O s eleitos estão em todo o m u n d o e n e c e ssita m ou vir o E v an g elh o p ara serem salvos. A p re g a ç ã o d o E v an g e lh o a tod os é u m a q u estão de ob ediên cia e n ã o d e e x p ia ç ã o ilim itad a. O am or de D e u s é dirigido a to d o o m u n d o e to d o aq u ele que crê é salv o . P ortan to , a e x te n sã o d a m orte de C risto inclui to d a s as p esso a s. O am o r de D e u s é dirigido a um gru p o esp ecial, co m o se p o d e ver n o seu am o r para co m Israel (A m 3 .2 ). O seu am o r é dirigido aos eleitos de to d as as áreas geográficas d o m u n d o . A q u e le s que crêe m são os que D eus deu ao Filh o (Jo 6 .3 7 -4 0 ). A ob ra de C risto é su ficien te p ara assegu rar a sa lv a ç ã o dos eleitos, m as é oh tida p or m eio d a fé (R m 10.17). S e a m orte de C risto foi suficiente para tod os, a fé to rn a-se d esn ece ssária e sem sentido. O s ben efícios n atu rais do m u n d o tam b ém são d esfru tad o s pelos n ão -e leito s. E sses benefícios in clu em o sol, a ch u v a, bo a saú d e etc. O s ben efícios n atu rais são resu ltado d a g ra ç a co m u m d e D e u s. E ssas co isas são d ad as por D eus por c a u sa d o c a r á te r d e D e u s. E le p o d e ser b o n d o so a quem ele quer. Expiação Definida e Limitada D e c la r a ç ã o do C o n c e ito C risto n ão v eio p ara p ro p o rcio n ar sa lv a ç ã o a to d a a h u m an id ad e, m as para to rn ar c e rta a sa lv a ç ã o d os eleitos. Apoio Objeções A q u eles q u e d efen d em u m a ex p ia ç ã o lim itad a dizem q u e D e u s provid en cio u sa lv a ç ã o so m e n te p ara o seu po v o (M t 1.21), su as o v elh as (Jo 1 0 .1 5 ,2 6 ), seu s am igo s (Jo 15.13), a igreja (A t 2 0 .2 8 ) e a e sp o sa (E f 5 .2 5 ). A ex p ia ç ã o n ão salva todas as p esso as, m a s é d isp o n ív el para to d as. E sses versículos referem -se àq u e le s q u e D e u s escolh eu . S ã o e ste s qu e torn am a e x p iação eficaz. A q u e les p or q u em C risto m orreu são aq u e le s que o Pai lhe deu (Jo 6 .3 7 -4 0 ). C risto n ã o m orreu p o r aq u e le s q u e o Pai n ã o lhe deu. P ortan to, foi por um ce rto n ú m ero q u e ele m orreu. E sse s versícu los n ão m en cion am u m a e x p ia ç ã o lim itad a. E evid en te q u e som en te um d ete rm in ad o n ú m ero é escolh id o, pois n em tod os se salvam . C risto m orreu pelo s eleitos d e to d a s as áreas do m u n do. E isso que a E scritu ra q u er dizer q u a n d o afirm a q u e C risto m orreu pelo m u n d o in teiro (1 T m 4 .1 0 ; 1 J o 2 .2 ). Q u e a m orte de C risto foi por to d a a h u m a n id a d e faz m ais se n tid o d o qu e en ten d er qu e ele m orreu p o r p e sso as de to d as as áreas geográficas. Q u e lig ação a m orte de C risto tem co m o s n ã o -e le ito s? S e ele m orreu por tod os, por qu e alg u m as p e sso a s n ã o são salvas? A m orte de C risto to m a potencial a salv aç ão de todos, m as ela tom ase real som ente para um d eterm inado núm ero. E ssa é a única conexão. A queles que rejeitam isso d evem sofrer as conseqüências. A obra in te rcessó ria d e C risto foi a fav o r d o s seus. C o m o ele orou so m e n te por um d ete rm in ad o g ru p o, ele preten d ia oferecer sa lv a ç ã o p ara um n ú m ero lim itado. So m e n te um ce rto nú m ero e fetiv am en te se rá salvo. C risto sab ia qu em seriam essas p esso as e foi p o r elas q u e ele orou. Paulo diz q u e a ob ra de C risto foi em fav o r de gru pos específicos: Israel, a igreja. Isso m o stra q u e a su a obra n ã o tem um e sco p o ilim itad o. A su a sa lv a ç ã o é to m a d a real p ara ce rto s gru pos, m as ele m orreu p or todos. O s gru pos q u e receb em a sa lv a ç ã o são ap e n a s u m a p arcela d aq u eles pelos q u ais ele m orreu . 66. A Teoria Penal Substitutiva da Expiação Necessidade Substituição Propiciação Imputação E xp lan ação D eus n ão pode sim plesm ente ignorar o p e c a d o d o ser h u m an o , n em pode m e ram e n te perdoar o ser h u m an o sem exigir u m pagam ento ou u m a punição pelo p e c a d o . N e sse sentido, a e x p ia ç ã o é n e c e ssá ria para que o ser h u m an o seja reco n ciliad o com o seu C riador. O sen tid o n orm al da p alav ra d eve ser ace ito n este c o n tex to . Ela sim plesm en te significa que a e x p iação é um sacrifício o ferecid o em lu gar d o pecador. A ssim , o sacrifício lev a a cu lp a d o pecador. P ara recu p erar o favor ou ap la c a r a ira de D eu s. P ara satisfazer as su as ex ig ên cias e assim afastar a su a ira. O p e c a d o h u m an o n ão ap e n as en tristece a D e u s, m as o d eix a irado. A su a ira so m e n te p o d e ser satisfeita p ela e x e c u ç ã o d a su a ju stiç a. O seu sistem a ju d icial n ão p o d e ser n egligen ciad o . E n q u an to a su b stitu ição e a p rop iciação estão relacion ado s com os asp e cto s n egativos da e x p ia ç ã o (o que D eus tirou de n ó s), a im p u tação está relacio n ad a co m os asp e cto s p ositivos da e x p iação (o q u e D eus n os d eu ). D eu s tirou a cu lp a d o s cren tes, m as tam b ém lhes im putou a ju stiç a de C risto. R e fe rê n cia B íb lica H eb reu s 9.22 Jo ã o 1.29; 2 C o rín tio s 5.21; G á la ta s 3.13 L e v ític o 4-35; R o m an o s 3 .2 5 -2 6 ; 5.9 R o m a n o s 6.3-4 O b je ç ão Por q u e D eus sim plesm ente n ão nos p erd o a com o um ato de b o a v on tad e em vez de requerer um p ag am en to? N ã o é im próprio e in ju sto pen alizar u m a parte in o cen te ? O a p la c a m e n to d a ira d o Pai pelo F ilh o n ã o rev ela co n flito d en tro d a D iv in d ad e? N ã o é im próprio e inju sto reco m p e n sar u m a parte cu lp ad a? R e sp o sta à O b je ç ã o M e sm o que D eus p u d esse ignorar o p e c a d o contra si m esm o com o um ato de b o a vontad e, ele ain d a assim é c o n stran g ido por sua n atu reza a preservar a ju stiç a no universo. Ign orar o pecado d estru iria o significado d o c o n c e ito de justiça. A lé m d isso, os seres h u m an o s podem sim p lesm en te perdoar o u tro s seres hum anos c o m o u m ato de boa v o n ta d e porqu e som os im p erfeitos e tem os n ó s m esm o s um a d e se sp e ra d a n ecessidad e de perdão. Porém, D eu s é perfeito e n ã o n e c e ssita de p e rd ão . A ssim sendo, o p aralelo en tre o p e rd ão h u m an o e o perd ão de D e u s n ão se m an té m . A resp o sta a e ssa pergu n ta é sim , a m en os q u e a parte in o c en te rece b a a p u n ição v o lu n tariam en te e o juiz se ja in sep aráv el d a p arte in ocen te. Je su s satisfaz am b o s os requ isitos. E le deu a sua vid a v o lu n tariam en te (Jo 10.17-18) e ele era in sep arável do Pai. A ssim , co m efeito o Juiz p u n iu a si m esm o. A resp o sta a e ssa p erg u n ta p o d e ser c o lo c a d a n a form a de o u tra p erg u n ta: u m a p e sso a p o d e estar irada e ser am o ro sa ao m esm o tem po? Todo pai e m ãe sab e q u e a resp osta é sim . O Pai ficou irad o co m o p ec ad o d o m u n d o , m as ele am o u o m u n d o de tal m od o q u e en v io u o seu F ilh o p ara ex p iar o p e c a d o do ser h u m an o. A ssim , o Pai n ão m u d o u de u m D eu s irado para u m D e u s am o ro so q u an d o C risto m orreu n a cruz. O am o r de D e u s esta v a presen te o tem p o to d o e de tato foi a m o tiv a ç ã o d a e x p iação . A su a sa n tid a d e ex igia u m p ag am e n to pelo p ec ad o . O seu am or o fere ceu o p ag am en to . E ssa pergu n ta é o outro lad o d a o b jeção co n tra a su b stitu ição . N ã o p arece ju sto qu e um a p arte in o c en te seja p u n id a e, do m esm o m o d o , n ão p arece ju sto qu e u m a parte cu lp ad a se ja reco m p e n sad a. T o d av ia, é isso o que ac o n te c e n a ex p iação . M as a razão por qu e D e u s vê essa tran sação co m o ab solu tam en te ju sta é qu e q u an d o d e p o sitam o s a n o ssa fé nele, so m o s unidos com C risto . E m certo sen tid o, nós ficam os casad o s, in sep aráveis, de m od o que n ã o é tan to u m a tran sferên cia de ju stiça q u a n to possuí-la em co m u m . Ela é c o m p artilh ad a. Im p licaçõ es A c e rc a do C aráte r de D eu s E n fase n a so b eran ia e na po sição de D e u s co m o ad m in istrad or oficial d o sistem a ju d icial d o u niverso. Ê nfase n o am o r de D eu s pela su a criação . Ele define o am or p ela sua n atu reza. O am or verd ad eiro sem pre requer sacrifício pessoal. E n fase n a ab so lu ta san tid ad e e n a ira ju stificad a de D eu s q u a n to ao p e c a d o . Ele m erece resp eito e ab so lu ta o b ed iên c ia e m an ifesta a su a ira co n tra a im pied ad e. E n fase n o d esejo de D eu s de ter co m u n h ão íntim a co m a su a criação . Por c a u sa da e x p iação som os h erdeiros d o Pai e coh erdeiro s co m o Filho. 67. Os Resultados da Morte de Cristo Su b stitu ição dos Pecadores Je su s tom ou o nosso lugar; ele sofreu a p u n ição dos nossos p ecad o s (Lc 2 2 .1 9 -20 ; Jo 3 .3 6 ; 6 .5 1 ; 15.13; E f 1.3; H b 2.9; 1 Pe 3.1 8 ; 1 Jo 5.1 1 -1 2 ). A fastam en to dos Juízos D ivinos D eus vê o pecad o com o julgado n a m orte do seu Filho. O crente está protegido pelo sangue redentor de C risto (Rm 2.4-5; 4-17; 9.22; 1 Pe 3.20; 2 Pe 3.9,15). C um p rim en to d a Lei R em oção dos Pecados C ob ertos por Sacrifícios A n tes da Cruz A ju stiça im p u tad a de Je su s torn a-se a ju stiç a do cren te d ian te de D eu s co m o o perfeito cu m p rim en to d a lei (A t 15.10; R m 1.16-17; 3 .2 1 -2 2 ,3 1 ; 4 .5 ,1 1 ,1 3 -1 6 ,2 3 -2 4 ; 5 .1 9 ; 10.4; 2 C o 5 .2 1 ; G1 3 .8; 4 .1 9 -3 1 ; 5.1). O s p ec ad o s co m etid o s entre a é p o c a de A d ã o e a m orte de C risto n a cruz foram co b ertos pelos sacrifícios. Em C risto eles sã o rem ovidos (A t 17.30; Rm 3 .2 5 ; H b 9 .1 5 ; 10.2-26). R eden ção do Pecado O próprio D e u s p ag o u o resgate do p ec ad o h u m an o por m eio d a m orte do seu Filho (A t 2 0 .2 8 ; Rm 3 .2 3 -2 4 ). R econ ciliação do Ser H u m an o com D eu s A atitu d e de D eu s p ara co m o m u n d o m u dou co m p letam en te (Rm 5.1011; 2 C o 5 .1 8 -2 0 ; E f 2.16; C l 1.20-22). P ropiciação em R elação a D eu s A ju stiç a e a lei de D e u s foram vin d icad as (satisfeitas) (R m 3 .2 5 ; H b 4-16; 1 Jo 2.2; 4 .1 0 ). Ju lgam en to da N atu reza P ecam inosa A n atu reza p ec a m in o sa foi ju lg ad a n a cruz e agora pod e ser co n tro lad a pelo E spírito n a v id a d o crente. E m term os de su a po sição , o crente participa d a cru cificação , m orte, sep u ltam en te e ressu rreição de C risto. Perdão e Purificação O cren te em Je su s tem p erd ão e p u rificação tan to n a ju stificação qu an to n a san tificação por m eio do san gu e e d a co n tín u a in te rcessão de C risto nos céus (1 Jo 1 .1 -2 .2 ). Salv ação N acion al de Israel O futuro Israel cren te terá seus p ec ad o s rem ovid os (R m 9 -1 1 , esp ecialm en te 11.25-29). B ên ção s M ilenais e Eternas sobre os G en tios A s b ê n ção s terren as m ilenais, qu e e stão assegu rad as a Israel, serão partilh ad as pelos gentios (M t 2 5 .3 1 -4 6 ; A t 15.17; A p 2 1 .2 4 ). O D esp ojam en to dos P rin cipados e Potestades N a cruz C risto ob teve u m a vitória legal direta sobre S a ta n á s e su as h ostes 0 o 12.31; 16.11; E f 1.21; C l 2.1 4 -1 5 ). O Fundam en to da Paz A cruz produziu a paz entre D e u s e os seres h u m an os (Rm 5.1; E f 2 .1 3 - 14a; C l 1.20), en tre ju d eu s e gen tios (E f 2.14-18; C l 3 .11) e paz universal (1 C o 15.27-28; E f 2.14-15; C l 1.20). Purificação das C o isas no C é u A s “co isas” celestiais foram pu rificadas por cau sa d o sangu e de C risto (H b 9 .2 3 -2 4 ). 68. Variedades do Universalismo Reconciliação Universal ( s e g u n d o a lg u n s b a r t i a n o s ) S u s t e n t a q u e a m o r te d e C r is t o a lc a n ç o u o s e u p r o p ó sito d e re c o n c ilia r t o d a a h u m a n id a d e c o m D e u s. Q u a lq u e r se p a r a ç ã o q u e e x ista e n tre o se r h u m a n o e o s b e n e fíc io s d a g ra ç a d e D e u s é d e n a tu r e z a s u b je tiv a , e x is tin d o s o m e n te n a m e n te d o ser h u m a n o . A r e c o n c ilia ç ã o é u m fa to c o n s u m a d o . Perdão Universal (se g u n d o C . H . D o d d ) S u s t e n t a q u e D e u s , s e n d o a m o r o s o , n ã o ir á a te r - s e r e s o lu t a m e n t e à s c o n d i ç õ e s q u e e s t a b e l e c e u . E m b o r a t e n h a a m e a ç a d o c o m a p u n i ç ã o e t e r n a , n o fim e le irá c e d e r e p e r d o a r a t o d o s . D e u s ir á t r a t a r t o d a s a s p e s s o a s c o m o se t iv e s s e m c r id o . Restauração Universal ( s e g u n d o O r íg e n e s ) E m a lg u m p o n t o d o ' f u t u r o t o d a s a s c o is a s s e r ã o r e s t a u r a d a s a o s e u e s t a d o o r ig in a l e p r e t e n d id o . A s a l v a ç ã o p le n a p o d e r á s e r p r e c e d i d a d e c i c lo s d e r e e n c a r n a ç ã o o u d e a lg u m p e r ío d o d e p u r if i c a ç ã o n o in íc io d a v id a f u tu r a . A Doutrina da Segunda Oportunidade A o b r a d e C r i s t o é s u f ic i e n t e p a r a a s s e g u r a r a s a l v a ç ã o d o s e le it o s , m a s a s a l v a ç ã o é a s s e g u r a d a e f e t i v a m e n t e p o r m e io d a fé ( R m 1 0 .1 0 - 1 3 ) . T o d a s a s p e s s o a s , m e s m o a q u e l a s q u e o u v i r a m e r e je it a r a m , s e r ã o c o n f r o n t a d a s c o m a s r e i v in d i c a ç õ e s d e C r i s t o n a v i d a f u t u r a . E v i d e n t e m e n t e , t o d o s o s q u e t i v e r e m t a l o p o r t u n i d a d e ir ã o a c e it á - la . Bênçãos Temporais Universais O s b e n e f íc io s n a t u r a is d o m u n d o t a m b é m s ã o d e s f r u t a d o s p o r t o d o s . E s s e s b e n e f íc io s in c lu e m o so l, a c h u v a , b o a s a ú d e e t c ., e s ã o r e s u lt a d o d a g r a ç a c o m u m d e D e u s . E s s a s c o is a s s ã o d a d a s p o r D e u s p o r c a u s a d o c a r á t e r d e D eu s. Argumentos a Favor E r id íc u lo i m a g i n a r q u e u m D e u s v iv o , t o d o - p o d e r o s o Argumentos Contra D e u s n ã o f a r á n a d a q u e c o n t r a d i g a q u a lq u e r u m d e se u s e s o b e r a n o p o d e r i a c r ia r u m s is t e m a p e lo q u a l u m a a t r ib u t o s . A s s i m , a fim d e h a r m o n iz a r o s e u p e r fe it o a m o r p a r t e d a h u m a n i d a d e (o a u g e d a s u a c r ia ç ã o ) se r ia e a s u a p e r f e it a ju s t i ç a e le c o n c e b e u o s i s t e m a d e r e d e n ç ã o c o n d e n a d a à p u n iç ã o e te rn a . e x p o s t o n a s E s c r i t u r a s . D e v e m o s a c e i t a r o r e g is tr o b íb lic o e n ã o n o s s o s p r ó p r io s r a c i o c í n i o s fin ito s . E in ju s t o c o n d e n a r o s n ã o - s a l v o s à p u n i ç ã o e t e r n a c o m o D e u s é o p a d r ã o f in a l d e ju s t i ç a , e n ã o o s e r h u m a n o . r e s u l t a d o d e s u a v i d a r e l a t i v a m e n t e b r e v e n a te r r a . S e u m D e u s t o d o - p o d e r o s o e s o b e r a n o d e s e ja q u e t o d a s E m b o r a D e u s d e s e je a s a l v a ç ã o d e t o d a a h u m a n i d a d e , a s a s p e s s o a s s e ja m s a lv a s (1 T m 2 .3 - 4 ; 2 P e 3 .9 ) , e n t ã o p e s s o a s d e v e m r e s p o n d e r à o f e r t a d i v i n a d e s a lv a ç ã o , e s e g u r a m e n t e t o d o s s e r ã o s a lv o s . m u it o s n ã o o f a z e m ( Jo 5 .4 0 ) . A m o r t e d e C r i s t o a b s o lv e u t o d a a h u m a n i d a d e d e s u a O c o n t e x t o d o s d o is v e r s í c u lo s m o s t r a c la r a m e n t e q u e o s c o n d e n a ç ã o d i a n t e d e D e u s , a s s im c o m o A d ã o le v o u b e n e f íc i o s d a m o r t e d e C r i s t o s ã o p a r a o s q u e e s t ã o e m t o d a a r a ç a h u m a n a a o p e c a d o ( R m 5 .1 8 ; 1 C o 1 5 .2 2 ) . C r is t o , a s s im c o m o a s p e n a l i d a d e s d o p e c a d o d e A d ã o s ã o p a r a a q u e le s q u e e s t ã o e m A d ã o . 68* Variedades do Universalismo (continuação) Argumentos a Favor O te m a d o N o v o T e sta m e n to é o a m o r so b e r a n o d e Argumentos Contra C o n c o r d a m o s , D e u s t e m a m o r in f in it o , m a s e le ta m b é m D e u s . S e o s e u a m o r é s o b e r a n o , e le d e v e se r te m ju s t iç a e s a n t id a d e . E le j á c o n c e b e u u m p la n o in t e ir a m e n t e v it o r io s o . D iz e r q u e o a m o r d e D e u s c o n s i s t e n t e c o m t o d o s o s s e u s a t r i b u t o s in fin ito s . n ã o é c a p a z d e a s s e g u r a r a s a l v a ç ã o f in a l d e t o d a a D e p e n d e d o se r h u m a n o a c e i t a r o p l a n o d e D e u s a o h u m a n i d a d e p r e s s u p õ e u m D e u s fin ito . in v é s d e c o n c e b e r o s e u p r ó p r io p l a n o e c h a m a r D e u s d e in ju s t o se e le n ã o o a c e ita r . C r is t o p a g o u a p e n a l i d a d e d o p e c a d o e m f a v o r d e t o d a A m o r t e s u b s t it u t iv a d e C r i s t o fo i s u f ic i e n t e p a r a a s a l v a ç ã o a h u m a n i d a d e ( H b 2 .9 ) e , le g a lm e n t e , s e u m a d e t o d o s (2 C o 5 .1 9 ) ; t o d a v i a , c a d a p e s s o a d e v e c r e r a s u b s t i t u i ç ã o t ã o a d e q u a d a é r e a liz a d a e a c e i t a , é fim d e q u e e la s e ja e fic a z a s e u f a v o r (v. 2 0 ) . in ju s t o q u e o c r e d o r t a m b é m e x ija o p a g a m e n t o o r ig in a l. O a t r ib u t o m a is a b r a n g e n t e d e D e u s é o a m o r. O s e u A E s c r i t u r a n u n c a se r e fe re à h a b i t a ç ã o d o s i n c r é d u l o s a p ó s ju íz o é a p e n a s u m in s t r u m e n t o t e m p o r á r io p a r a a m o r t e c o m o u m lu g a r d e r e fo r m a . E la é s e m p r e d e s c r i t a r e fo r m a r a s p e s s o a s im p e n it e n t e s , s e n d o a s s im e le c o m o u m lu g a r d e d e s t r u iç ã o e p u n i ç ã o ( M t 2 5 .4 6 ; L c p r ó p r io m o t i v a d o p e lo a m o r. P o r fim , t o d a s a s p e s s o a s 1 6 .1 9 - 3 1 ) . A ú n ic a r e fe r ê n c ia a u m e n c o n t r o d e C r i s t o s e r ã o r e fo r m a d a s , q u e r n e s t a v id a , q u e r n a v i d a f u t u r a , c o m o s d e s c r e n t e s a p ó s a m o r te d o s m e s m o s e s t á e m 1 e d e s s e m o d o a o f in a l t o d o s s e r ã o s a lv o s . P e d r o 3 .1 9 , e e s s a p a s s a g e m a p li c a - s e q u a n d o m u i t o s o m e n t e a o s d e s c r e n t e s d o s d ia s d e N o é . P o r fim , t o d a a h u m a n i d a d e ir á crer, s e ja n e s t a v i d a o u n o p o r v ir (F p 2 .1 0 - 1 1 ; 1 P e 3 .1 9 - 2 0 ) . A m o r t e d e C r is t o to r n o u t o d a s a s p e s s o a s p a s s í v e i s d e s e r e m s a lv a s (2 C o 5 .1 9 ) . T o d a v ia , o s e r h u m a n o p r e c i s a c r e r a fim d e se r s a lv o (v. 2 0 ) . M u it o s n ã o h a v e r ã o d e c r e r n e s t a v id a , m a s o p o r v ir o fe re c e rá u m a se g u n d a o p o r tu n id a d e . A s c o n s t a n t e s r e fe r ê n c ia s b íb lic a s à “ fé s a l v a d o r a ” in d ic a m c la r a m e n t e q u e a lg u n s n ã o ir ã o c r e r Q o 1 .1 1 - 1 2 ; 3 .1 8 ; 2 0 .3 1 ) . A s p a la v r a s d e J e s u s in d ic a m c l a r a m e n t e q u e a lg u n s v ã o p a r a a v id a e t e r n a e o u t r o s p a r a a p u n i ç ã o e t e r n a . A l é m d is s o , e m M a t e u s 2 5 .4 6 a p a la v r a t r a d u z i d a c o m o e t e r n o é a io n o s, q u e s ig n ific a “ r e fe r e n te à o r d e m f in a l d a s c o is a s q u e n ã o ir á a c a b a r ” . A s a d v e r tê n c ia s q u a n to à “ p e r d iç ã o ” s ã o m e r a m e n te h ip o t é t ic a s e c o n s t i t u e m u m a d a s m a n e ir a s p e la s O u tra s p a ssa g e n s do N o v o T e sta m e n to a p o n ta m p ara a d e s t r u i ç ã o d o s n ã o - e le i t o s ( R m 9 .2 2 ; 2 T s 1 .9 ; A p 2 1 .8 ) . q u a is D e u s a s s e g u r a a s a l v a ç ã o u n iv e r s a l d e t o d a a h u m a n id a d e . C r i s t o e o s a p ó s t o lo s c o n s t a n t e m e n t e a d v e r t i a m a s p e s s o a s a c e r c a d a ir a e d o ju íz o d e D e u s c o n t r a o p e c a d o , c h a m a n d o - a s c o m u r g ê n c ia a o a r r e p e n d i m e n t o . P o r t a n t o , s e o u n iv e r s a lis m o f o r v e r d a d e i r o , C r i s t o e o s a p ó s t o lo s e r a m i g n o r a n t e s o u i n t e ir a m e n t e e n g a n o s o s . 69. Concepções Acerca da Santificação Randy Gleason. Adaptado e usado mediante permissão. 70. Cinco Concepções Acerca da Santificação P onto de P artida A O b ra de D eu s A R esp o n sab ilidad e H u m an a Efeitos da S an tificação A E x ten são da S an tifica ção W esleyana A santificação com eça na conversão (novo nascim ento), quando a pessoa responde à graça preveniente de D eus para a salvação (19, 2 5 ).* A santificação é uma obra da graça de Deus. O Espírito San to opera a regeneração do coração do crente, levando-o da rebelião ao am or total. A pós a salvação (a resposta hum ana à graça preveniente de D eus), Deus concede ao ser hum ano a graça santificadora para capacitá-lo a evitar o pecado deliberado (25). O ser hum ano está obrigado a fazer a vontade de D eus (27). Ele deve ser san to (1 Pe 1.15-16) e revestir-se do “novo homem” (Ef 4 .22,24). Pela contínua desobediência a D eus pode-se perder a salvaçao. O cristão deve “cumprir a lei com base na fé” (27). A santificação produz amor em ação (27). O ser hum ano é libertado do poder da lei (27). O Espírito San to com unica aos crentes a natureza de D eus e lhes concede um a vida de amor; dá-lhes um novo coração, fazendo-os am ar em vez de desobedecer (28). O cristão deve atingir um ponto em que ele não peca deliberadamente contra Deus (Mt 5.48; 6.13; Jo 3.8) (15). N esse momento cessa a luta entre o bem e o mal (17). Esse é um estado de “inteira santificação” (17-19). Somente na segunda vinda de Cristo o crente será aperfeiçoado em termos de suas deficiências desconhecidas. R e fo rm ad a A santificação com eça na conversão por meio da fé salvadora (61-62). D eus nos renova à sua sem elhança, conform andonos com C risto (Rm 8.29). É um processo contínuo, no qual o Espírito Santo atua em nós (2 C o 3.18). O ser hum ano deve seguir o exem plo de Cristo (67). Ele deve servir aos membros do corpo de Cristo (Jo 13.1415). Ele tam bém deve revestir-se do sentim ento de C risto (Fp 2.5-11). O ser hum ano precisa cooperar com a obra de D eus nele, expressando gratidão pela salvação (85). O cristão já não tem o seu velho eu, que foi crucificado (Rm 6.6). Por meio da santificação, o cristão é genuinamente novo, em bora não seja uma pessoa totalmente nova (74) • A santificação continua por toda a vida, e por ela a pessoa é renovada. Por exemplo, a pessoa é capaz de resistir ao pecado (82). Além disso, D eus conforma o crente à sua imagem (Rm 8.29). Pela santificação, o crente torna-se mais sem elhante a Cristo. N o entanto, a perfeição não é alcan çada nesta vida (84). O crente deve continuar a lutar contra o pecado enquanto viver (G1 5.16-17). P en tecostal O s pentecostais holiness crêem que um a segunda obra do Espírito San to santifica o crente em uma experiência de crise na qual o pecado original é inteiram ente rem ovido (108-9, 134). O utros pentecostais (com o as Assem bléias de Deus) afirm am que os crentes que já receberam nova vida por m eio do Espírito (salvação) mais tarde recebem um batism o capacitador do Espírito San to que inicia neles uma vida de crescim ento espiritual (193). Essa obra posterior do Espírito é contínua, e não um a única experiência de crise (109-10). D eus produz um batism o no Espírito (a obra inicial da santificação) para produzir crescim ento (118). O sangue de C risto também nos purifica do pecado continuam ente (1 Jo 1.7) (117). A Palavra de Deus tam bém produz santificação no crente (120). O ser hum ano deve cooperar com o Espírito San to, apresentando-se a D eus (Rm 12.1-2) (120). D evem os obedecer a D eus constantem ente (126). Isso inclui mortificar as coisas pecam inosas que pertencem à nossa natureza terrena (1 Ts 4.3-4) (117). A santificação é ao mesmo tem po progressiva e uma questão de posição (113-14). A santificação é instantânea no sentido de que im ediatam ente separa o crente do pecado para Deus (Cl 2.11-12) (115-16). A santificação é também progressiva, pois por meio dela D eus continua a purificar-nos do pecado d Jo 1.7) (117). O alvo da santificação é a “inteira santificação”, pela qual o crente alcan ça o “pleno desejo e determ inação de fazer a vontade de D eu s” (124). O crente ainda é tentado e ainda conserva a sua velha natureza durante toda a sua vida terrena (124). *O s números entre parênteses indicam as páginas de Melvin E. Dieter e outros, Five Views on Sanctification [Cinco Concepções Acerca da Santificação] (Grand Rapids: Zondervan, 1987). Usado mediante permissão. 70. Cinco Concepções Acerca da Santificação (continuação) P on to de Partida A O bra de D eu s A R esp o n sab ilid ad e H u m an a K esw ick A santificação com eça no m om ento em que se crê (com a salvação). D eus (Pai, Filho e Espírito San to) vem habitar com o crente e o renova segundo a sem elhança de D eus (174). O ser hum ano deve viver no Espírito para receber toda a plenitude de D eus (Ef 3.19). O alvo primordial da vida do cristão deve ser o de ter um íntimo relacionam ento com D eus (166). O cristão “norm al” (que está sendo santificado) deve ter uma vitória contínua sobre pecados conhecidos (15 3). A velha natureza n ão está erradicada, m as é contrabalançada pela obra do Espírito San to no crente (157). A santificação é tanto em termos de posição (perdão, justificação, regeneração [a n ova vida recebida]) quanto de experiência (nosso cham ado à santidade, 2 C o 7.1). O ser hum ano ainda é influenciado pelo pecado, mas n ão está necessariam ente sob seu controle (174). A pessoa tem um novo potencial - a capacidade de escolher corretam ente e de fazê-lo consistentem ente (178). O crente não irá alcançar a perfeição nesta vida, mas deve experim entar êxito consistente em vencer o pecado (155). A vida do cristão deve ser controlada pelo Espírito San to (155). A santificação total não irá ocorrer até a segunda vinda de C risto (1 Jo 3.2) (160). A go stin ian a D isp e n sac io n alista A santificação com eça por ocasião da conversão (fé salvadora) (205). N a regeneração (no m om ento da salvação), D eus prepara o indivíduo para a santificação experiencial (209). O batism o do Espírito San to coloca o crente no corpo de C risto, capacitan do-o a ter com unhão, receber poder espiritual, dar fruto etc. (213). O Espírito habita todos os crentes e tam bém enche aqueles que se rendem a ele voluntariam ente (218). Por causa da habitação do Espírito, o cristão pode crescer em santificação. O ser hum ano tem a responsabilidade de andar no Espírito (dependendo continuam ente do poder do Espírito) (220). Utilizando o poder de Deus, os cristãos devem evitar o pecado, que entristece o Espírito que neles habita (219). D evem os estar prontos a seguir a vontade e a direção de D eus para as nossas vidas (219). Os crentes de hoje devem refletir a santidade de D eus com o um exemplo da graça de D eus (226). O cristão tem duas naturezas, a carne e o espírito, que são opostas entre si (Rm 7) (203). A s duas naturezas do ser hum ano são paralelas às duas naturezas de C risto (hum ana e divina) (203-4). O crente recebe um “novo eu” , uma nova vida que brota da sua nova natureza (Cl 3.9-10) (208). O s cristãos não irão receber perfeição com pleta até que estejam no céu (Ef 5.25-27; 1 Jo 3.2). E feitos da S an tifica ção A E x ten são da San tificação 71. O Fundamento da Igreja Posição 1 Posição 2 Posição 3 “A Pedra” = Pedro “A Pedra” = C risto “A Pedra” = a co n fissão de Pedro S u ste n ta d a por T ertuliano, C ip rian o, V atican o I e II S u ste n ta d a por A g o stin h o , C alvin o, Zuínglio S u ste n ta d a por C risó sto m o , Zahn A rgum en tos a favor: C risto estav a se dirigindo a Pedro q u an d o falou da pedra. Petros (Pedro) significa u m a p eq u en a rocha. D e aco rd o com o cato licism o rom ano, Pedro foi o prim eiro p ap a. A rgum en tos contra: A rgum entos a favor: P assagen s com o 1 C o rín tio s 3.1 1 ; 1 Pedro 2.4-8. Petra é ap licad a m etaforicam en te a C risto no N o v o T estam en to. C risto faz u m a d istin ção en tre petros e petra. A rgum entos contra: A rgum entos a favor: C risto agradou -se d a co n fissão de Pedro (M t 16.1618). O ofício d a preg ação foi estab elecid o sobre a co n fissão de Pedro. A rgum en tos contra: H á u m a diferen ça en tre petros (um a p eq u en a pedra) e petra (u m a grande p e d r a ). C risto pod e n ão ter falad o e x atam en te essas p alavras, já qu e ele falav a aram aico. Pedro n egou a m orte im in en te de C risto (M t 16.2223). Pedro ch am a a C risto de fu n d am en to (1 Pe 2 .4 -8 ). C risto n u n c a afirm a ser a roch a. O ofício d a preg ação foi estab elecid o m u ito an tes d a co n fissão de Pedro. Pedro n u n ca afirm ou ser papa. 1 C o rín tio s 3.11 torn a im possível que Pedro seja o fu n d am en to d a igreja. 72. Uma Comparação Dispensacional entre Israel e a Igreja Israel Igreja Nenhum deles representa a totalidade do programa de Deus. Semelhanças Ambos participam do programa mais amplo do reino de Deus. Ambos visam glorificar a Deus, embora de maneiras diferentes. Existe uma continuidade entre as duas entidades. D R elação Relacionamento baseado no nascimento físico Relacionamento baseado no nascimento espiritual Chefia Abraão Cristo Nacionalidade Uma nação De todas as nações Interação Divina Nacional e individual Salvação individual, mas relacionamento no corpo de Cristo Dispensações A partir de Abraão Restrita somente à presente era Princípio Regente Incorporado na aliança mosaica (no futuro, a nova aliança) Um sistema de graça que inclui a lei T I s T T JL N ç o E s 73. A Igreja Local Contrastada com a Igreja Universal Visível Invisível Membros: salvos e perdidos Membros: somente os salvos Somente pessoas presentemente vivas Tanto os mortos quanto os vivos em Cristo Muitas igrejas locais Somente uma igreja universal Diferentes denominações Nenhuma denominação específica Parte do corpo de Cristo Todo o corpo de Cristo Diíerentes tipos de governo Cristo é o único cabeça Ministra as ordenanças (ou sacramentos) Ordenanças cumpridas (por ex., 1 Co 11.23-26; Ap 19.9) 74. Analogias entre Cristo e a Igreja Igreja Cristo Passagem Terminologia Cabeça Corpo Colossenses 1.18a “Ele é a cabeça do corpo, da igreja”. Pedra Angular Templo Efésios 2.20-21 “... sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular”. Amado Virgem 2 Coríntios 11.2 “... vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo”. Noivo Noiva Apocalipse 21.9 “Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro”. Governante (implícito) Cidade Apocalipse 21.9-10 “... e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus”. Possuidor Povo Tito 2.14 "... e purificar para si mesmo um povo exclusivamente seu”. Pastor Rebanho 1 Pedro 5.2-4 “Pastoreai o rebanho de Deus... Logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória”. Primogênito Família Efésios 2.19 “... sois da família de Deus”. Colossenses 1.18b “Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos”. Criador Novo Homem Efésios 2.15 “... para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem”. Fundador (implícito) Povo Eleito 1 Pedro 2.9 “Vós, porém, sois raça eleita, ... nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus”. Sumo Sacerdote Sacerdócio Real Hebreus 4.14 “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote.” “... sacerdócio real...” 1 Pedro 2.9 Herdeiro Herança Efésios 1.18 “... a riqueza da glória da sua herança nos santos”. 75. Os Ofícios de Presbítero e Diácono - Qualificações e Deveres Qualificações Hospitaleiros Aptos para ensinar 1 Timóteo 3.2; Tito 1.8 1 Timóteo 3.2; 5.17; Tito 1.9 Sóbrios Tenham bom testemunho dos de fora N ão arrogantes 1 Timóteo 3.2; Tito 1.8 1 Timóteo 3.7 D iácon os e Presbíteros Presbíteros Que tenham filhos obedientes N ão avarentos Inimigos de contendas N ão sejam neófitos 1 Timóteo 3.3 1 Timóteo 3.3 1 Timóteo 3.6 Não irascíveis Amigos do bem Justos e piedosos Que tenham domínio de si Tito 1.7 Tito 1.7 Tito 1.8 Tito 1.8 Tito 1.8 Irrepreensíveis Esposos de uma só mulher Temperantes Respeitáveis N ão dados ao vinho Que governem bem a própria casa 1 Timóteo 3.2,9; Tito 1.6 1 Timóteo 3.2,12; Tito 1.6 1 Tim óteo 3.2,8; Tito 1.7 1 Timóteo 3.2,8 1 Timóteo 3.3,8; Tito 1.7 1 Timóteo 3.4,12; Tito 1.6 N ão cobiçosos de sórdida ganância Apegados à palavra fiel De uma só palavra Experimentados 1 Timóteo 3.8 1 Timóteo 3.10 Não violentos, porém cordatos 1 Timóteo 3.3; Tito 1.7 D iácon os 1 Timóteo 3.4-5, 12; Tito 1.6 1 Timóteo 3.8; Tito 1.7 1 Timóteo 3.9; Tito 1.9 Deveres Presbíteros D iácon os Administrativos presidir a igreja Pastorais - pastorear a igreja Educacionais ensinar a igreja Oficiativos - dirigir os ofícios da igreja Representativos representar a igreja 1 Timóteo 5.17; Tito 1.7 1 Pedro 5.2; Judas 12 Efésios 4.12-13; 1 Timóteo 3.2 Tiago 5.14 Atos 20.17; 1 Timóteo 5.17 Socorrer os pobres Liberar os presbíteros Atos 6.1 -6 Atos 6.1-4 76. Qualificações Funcionais dos Presbíteros e Diáconos Em Relação a Deus J 1 Timóteo 3.9; Tito 1.9 Irrepreensíveis 1 Timóteo 3.2,9; Tito 1.6 justos e piedosos Não sejam neófitos Tito 1.8 1 Timóteo 3.6 Aptos para ensinar 1 Timóteo 3.2; 5.17; Tito 1.9 Amigos do bem Apegados à palavra fiel Tito 1.8 Experimentados 1 Timóteo 3.10 Em Relação aos Outros^) De um a só palavra N ão violentos, porém cordatos 1 Timóteo 3.8 1 Timóteo 3.3; Tito 1.7 Respeitáveis 1 Timóteo 3.2,8 Tenham bom testemunho dos de fora Hospitaleiros 1 Timóteo 3.2; Tito 1.8 N ão arrogantes Inimigos de contendas N ão cobiçosos de sórdida ganância 1 Timóteo 3.3 1 Timóteo 3.8; Tito 1.7 1 Timóteo 3.7 Tito 1.7 Em Relação a Si Mesmos^) Sóbrios 1 Timóteo 3.2; Tito 1.8 Que tenham domínio de si Tito 1.8 Temperantes 1 Timóteo 3.2,8; Tito 1.7 N ão irascíveis N ão avarentos Não dados ao vinho 1 Timóteo 3.3,8; Tito 1.7 Tito 1.7 1 Timóteo 3.3 Em Relação à Família ^ Esposos de uma só mulher Que governem bem a própria casa 1 Timóteo 3.2,12; Tito 1.6 1 Timóteo 3.4,12; Tito 1.6 Que tenham filhos obedientes 1 Timóteo 3.4-5,12; Tito 1.6 77. O Ofício de Presbítero A ssunto Palavra grega: presbyteros; literalmente, “pessoa mais velha” Q ualificações do Presbítero Vida irrepreensível (comportamento íntegro: Tt 1.6-8; 1 Tm 3.2,9) Cordato (não agressivo, paciente: 1 Tm 3.3; Tt 1.7-8) Amigo do bem (não dado ao vinho, nem avarento, injusto, egoísta: 1 Tm 3.3; Tt 1.8) Homem de família que tem uma esposa e filhos fiéis (1 Tm 3.2,4; Tt 1.6) 1 Timóteo 3.1-7 Tito 1.5-9 Apegado à palavra (fiel à doutrina: Tt 1.9) Apto para ensinar (possui conhecimento: 1 Tm 3.2) Mente sóbria e sadia (reflete sobre os problemas: 1 Tm 3.2; Tito 1.7) Cristão maduro (somente os maduros podem exercer a autoridade da liderança: 1 Tm 3.6) Deveres do Presbítero Administrativos (presidir a igreja como mordomo de Deus: Tt 1.7; 1 Pe 5.2-3) Pastorais (pastorear a igreja; apascentar o rebanho: At 20. 28; 1 Pe 5.2) A A utoridade A autoridade do presbítero é espiritual; sua autoridade não é eclesiástica - isto é, não é fundamental para a existência ou continuidade da igreja. do Presbítero N úm ero dos Presbíteros Nos tempos antigos, os idosos eram governantes. O termo tomou-se um título dado a qualquer governante, de qualquer idade. A pluralidade de presbíteros era comum nas antigas igrejas do Novo Testamento (At 14.23; 20.17; Fp 1.1; Tt 1.5). Uso no N.T.: ofícios de liderança em geral: os anciãos da nação judaica (Atos 4.8), os presbíteros da igreja cristã (At 14-23). Educacionais (ensinar a igreja, corrigir, exortar: 1 Tm 3.2; Tt 1.9) Oficiativos (liderar a igreja, presidir sobre a igreja: Tg5.14) Não se dispõe que a igreja deva eleger um número definido. Aquele que aspira a esse oficio, almeja uma “excelente obra” (1 Tm 3.1). A igreja deve realizar um exame cuidadoso para verificar se a vida do candidato confere com as qualificações (1 Tm 3.1-13; Tt 1.5-9). O rdenação do “Ordenação”: deve referir-se ao ato de “nomear”, e não a uma cerimônia formal de investidura no oficio. A cerimônia de ordenação é como segue: imposição de mãos, oração, jejum, leitura das qualificações, votos. A D ignidade do Presbítero A Responsabilidade Os presbíteros da igreja devem dirigir a cerimônia, assim como devem fazer em todas as reuniões oficiais. R ecom pensas Presbiterato colegiado aparentemente com a mesma autoridade (Tg 5.14) A duração da liderança não é especificada. A ordenação é o reconhecimento da igreja da aptidão espiritual de seus oficiais eleitos (At 6.3-6). Jesus foi chamado de “bispo” (1 Pe 2.25). Pedro foi chamado de “co-presbítero” (1 Pe 5.1). João era um presbítero (2 Jo 1). A igreja foi exortada a respeitar a dignidade desse oficio (1 Ts 5.12-13; Hb 13.7,17,24). 0 presbítero deve ser considerado e deve considerar-se a si mesmo como vim mordomo de Deus (1 Co 4.1-2; Tt 1.7). do Presbítero do Presbítero Deve ser um homem (as mulheres não têm permissão para presidir na igreja: 1 Tm 2.11-12) A autoridade do presbítero está limitada à igreja local que o elegeu. Eleição do Presbítero Presbítero Boa reputação junto aos de fora da igreja; piedoso dentro e fora (1 Tm 3.7) Representativos (representar a igreja quando necessário: At 20.17-31) A autoridade do presbítero é delegada pela igreja. O presbítero não tem outra autoridade na igreja a não ser aquela que lhe é dada pela igreja. Ela é concedida pela igreja e pode ser retirada dele pela igreja. 1 Timóteo 3.2 é um exemplo de presbiterato singular: “bispo”. Porém, isso provavelmente refere-se a um líder, um presidente dos presbíteros/diáconos. O presbiterato da igreja não provém do presbiterato judaico. Crescerá em sua autoridade (Lc 12.43-44). Também terá uma eterna coroa de glória que não é para todos os cristãos, mas para o presbítero fiel (1 Pe 5.1-4). 78. O Ofício de Diácono Assunto 0 O fíc io d o D iá c o n o Componentes/Apoio/Passagens Diakonos significa aquele que serve. U so neotestam entário de diakonos (diakonoV ): “m inistro” , 20 vezes (por ex., E f 3.7 ); “servo”, 7 vezes (M t 23.11; Jo 2.5); “diácon o”, 3 vezes (Fp 1.1; 1 T m 3 .8 ,1 2 ).* Caráter: 1 Tim óteo 3.8 Respeitável, de uma só palav ra, não inclinado a m uito vinho, não cobiço >0, apto para gerir os recursos para os pobres, D eve adm inistrar bem as questões financeiras da igreja em geral. Q u a lific a ç õ e s d os D iá c o n o s 1 T im ó t e o 3 R eputação: A tos 6.3 C onhecido com o alguém cheio do Espírito San to e de sabedoria. Fé: 1 Tim óteo .9 D eve conservar o mistério da fé com a consciência 1 m pa. N ão precisa ter o dom ou a capacidade natural para o ensino, mas deve entender e si stentar a doutrina. Discernimento: Tim óteo 3.2-4 Pessoa de bom d scernimento. Sen sato, sóbrk 3, disciplinado. Espiritualidade: A tos 6.3 C heio do Espírito. C uidar dos recursos para os pobres e ser vir as mesas requer m ais que tir o em presarial e sabedoria dest mundo. D e v e r e s d o D iá c o n o Socorrer os pobres. A responsabilidade da igreja local é ajudar os seus próprios pobres. A tos 6.1-6 e 1 Tim óteo 3.8 sugerem que os diáconos devem gerir os fundos da igreja. E le iç ã o d o s D iá c o n o s É necessário um período de experiência (1 T m 3.10). O M a n d a to d o s D iá c o n o s A duração do m andato n ão é especificada. A D ig n id a d e d o s D iá c o n o s O próprio título em plica em grande honra. A s R e c o m p e n sa s d o s D iá c o n o s B oa reputação, respeito (1 T m 3.7-8), sabedoria e ousadia (A t 6.8-10). * 0 uso pode variar, de acordo com a tradução da Bíblia utilizada. O termo refere-se a um ofício especial de serviço na igreja. Possível origem: os sete servos de A tos 6.1-6. Relaç ões familiares: 1 T im óteo 3.12 A s m esmas expectativas que o presbítero deve sat isfazer. D eve ser esposo de um a só mulher e go\ 'em ar bem os filhos. Isso gera confiança na igreja, um a vez que o diácono cuida das coisas da igreja. Sexo: 1 Tim óteo 3.11 A s mulheres são elegíveis para esse ofício. Elas devem ter qualificações especiais. N ão devem ser m aledicentes porque boa parte do seu serviço inclui visitação. Ver Rom anos 16.1 - Febe. O utra concepção é a de que esta passagem se refere às esposas dos diáconos em vez de diaconisas. Liberar os presbíteros. O diacon ato está entre os diversos ministérios que perm item aos presbíteros se concentrarem na esfera espiritual da igreja. A eleição formal é feita pela igreja (At 6.1-6). N a igreja primitiva sempre havia pluralidade de diáconos (At 6.1-6; Fp 1.1). Serviço angélico (M t 4-11), com o aquele do próprio Senhor (M t 20.28). 79. Quatro Concepções sobre o Batismo com Agua C a tó lic a R o m a n a In stru m en to d a graça salvad ora Posição L u te r a n a C o n ce d e a graça salv ad o ra àqu ele qu e exerce um a fé v erd ad eira D eclaração da Posição/ Sign ificado do Batism o “Q u er despertando ou fortalecen do a fé, o batism o efetu a a lavagem da regen eração” . Para os católicos, isso ocorre no batism o ex opere operato, ou seja, pela atu ação do próprio e le m ento. A fé n ão precisa estar presente. A obra é som en te obra de D eus n a pessoa. O batism o erradica tan to o p ecado original q u an to os pecad os veniais e infunde graça santificadora. P ara qu e o batism o seja eficaz, a fé salv ad o ra deve ser ex ercid a an te s do batism o. S e m a graça salv ad o ra o batism o é ineficaz. O b jetos C rian ç as e ad u ltos A d u lto s e crian ças M odo A sp ersão A sp e rsão ou im ersão Fun dam en tação A tos 22.16 e T ito 3.5 fazem um a co n exão entre salvação e batismo. A to s 2.41; 8.36-38; 10.47-48; 16.15,31-34; 18.8; R om an os 6.1-11 A to s 2.38 relacion a o arrependim ento e o batism o co m a salvação. O u tra s bases bíblicas: Jo ã o 3 .5; R o m an o s 6.3; 1 C o rín tio s 6 .1 1 ; 1 Jo ã o 3.9; 5.8. A p o io dos pais d a igreja: E pístola de B arn ab é, o P astor de H erm as, Ju stin o, Tertuliano, C ip rian o. O C on cílio de Tren to ap oiou essa p osição. O b jeções E fésios 2.8-9 diz qu e a salv aç ão é p ela graça m ed ian te a fé. A ên fase do N o v o T estam en to é sobre a fé, à parte d as obras. N o N o v o T e stam en to o b atism o está in tim am en te ligad o à co n v ersão , m as n u n c a é um requ isito d a co n versão. O s cren tes do N o v o T estam en to eram tod os adu ltos. N ã o há nen h um exem plo claro de batism o infantil no N o v o T estam en to. E sta p o sição difere d a cató lica som en te co m respeito à fé. A p o sição cató lica n ão requer fé salv ad o ra d a parte de q u em está sen d o batizado. O b atism o é eficaz em e de si m esm o. M arco s 16.16 n ão reflete a n ecessid ad e do batism o. Em M arcos 16.16 som en te a incred u lidade co n d en a. O u so do batism o co m o m eio de ob ter a graça n ão foi claram en te en sin ad o por C risto ou por Paulo. Isso sugere que ele n ão é essen cial. A s m u itas p essoas com qu em Je su s se relacion ou n ão foram co n fro n tad as co m a n ecessidad e do batism o, m as som en te co m a n ecessid ad e de fé. A sso ciar o batism o e a fé co m vistas à salv aç ão transgride Efésios 2.8-9. E xiste o problem a das obras. / 79. Quatro Concepções sobre o Batismo com Agua (continuação) R e fo r m a d a S in al e selo da alian ça B a tis ta Sím b o lo d a salv ação D eclaração da P osição/ Sign ificado do B atism o O s sa c ram en to s são sinais e selos exteriores d e u m a realidade interior. “O batism o é o ato de fé pelo qu al som os in cluídos na alia n ç a e assim ex p erim en tam os os seus b e n efício s” . O batism o é a in iciaç ão na alian ça e um sinal d a salv ação . É sim plesm en te um testem u n h o - a prim eira profissão de fé que o cren te faz. O rito m ostra à co m u n id ad e qu e o indivídu o agora está id en tificad o co m C risto . E um sím bolo de u m a realidade interior, e n ão um sacram en to . N ã o ocorre nen h um efeito ob jetivo sobre a pessoa. O b jetos C ria n ç as e adu ltos A d u lto s cren tes e crian ças cren tes M odo A sp e rsão ou efu são Im ersão Fun dam en tação O b atism o d á co n tin u id ad e à alian ça feita co m A b raão e su a d escen d ên cia (G n 17.7). O batism o su bstitu i a circu n cisão (A t 2.39; R m 4.1 3 -1 8 ; H b 6.13-18; C l 2.1 1 -1 2 ). N o N o v o T estam en to, a fé salv ad o ra é sem pre um pré-requisito d a salv ação . P osição Fam ílias inteiras foram in cluíd as n o b atism o, assim com o no V elho T estam en to as fam ílias foram in cluídas n a alian ça (A t 16.15,33; 18.19). E xem plos do N o v o T estam en to m ostram cren tes ad u ltos send o batizados. O batismo por imersão ilustra melhor a morte e a ressurreição de Cristo. M u itas p assagen s do N o v o T e stam en to d iscu te m a salv ação pela fé à parte d o batism o (Lc 2 3 .4 3 ; A t 16.30-31; E f 2 .8-9). O b jeções A igreja e Israel n ão são a m esm a en tid ade. A circu n cisão m arcav a a en trad a n a teo cracia, que incluía tan to cren tes co m o descren tes. A circu n cisão era som en te p ara os h om en s; o batism o é para tod os os crentes. O s cren tes do N o v o T e stam en to eram todos adu ltos. N ã o há n en h u m exem plo claro de batism o infantil n o N o v o T e stam en to. O N o v o T estam en to tem exem plos de batism os de fam ílias, que p rovavelm en te incluíam crian ças (A t 16.29-3 4 ). A igreja prim itiva ap aren te m en te batizava crian ças n ão crentes de pais cren tes. M u itas p assagen s do N o v o T estam en to relacio n am estreitam en te o b atism o co m a salv ação . 80. Quatro Posições Acerca da Ceia do Senhor (continuação) T r a n su b sta n c ia ç ã o P rincipais D ocu m en tos D e creto s do C o n cílio de Trento M inis trante A p rop riado S a c e rd o te Participan tes P ão (óstia) p ara os m em bros da igreja; o cálice n ão é d ad o aos leigos In terpretação de “ Isto é o m eu corp o” In terp re tação literal Pontos de C on vergên cia R e fo r m a d a C o n s u b s ta n c ia ç ã o M e m o ria l C o n fissão de A u gsb urgo C o n fissão de W estm inster C o n fissão de Sch leith eim C ate cism o M enor S e g u n d a C on fissão H elvética C o n fissão de D ord rech t M in istro O rd e n ad o P astor P astor Líderes d a igreja Líderes d a igreja S o m e n te os crentes So m e n te os cren tes S o m e n te os cren tes (alguns gru pos praticam a co m u n h ão restrita, em que os p articip an tes d ev em ser m em bros d a d en om in ação. O u tro s praticam a co m u n h ão ex clu siva, em qu e se deve ser m em bro d a igreja local). In terp re tação literal In terp retação n ão literal In terp retação n ão literal 1. A C e ia d o S e n h o r foi instituída pelo próprio Je su s (M t 2 6.26-28; M c 14-22-24; Lc 2 2 .1 9 -2 0 ). 2. Je su s orden ou a rep etição d a C e ia d o S e n h o r (M t 2 6 .2 9 ). 3. A C e ia do S e n h o r p roclam a a m orte de Je su s C risto (1 C o 11.26). 4- A C e ia do S e n h o r co n ced e algum tipo de benefício espiritu al ao p articipan te. 80. Quatro Posições Acerca da Ceia do Senhor T r a n su b sta n c ia ç ã o C o n s u b s ta n c ia ç ã o R e fo r m a d a M e m o ria l G ru p os (T radições) C a tó lic a R o m an a L u teran a P resbiteriana, o u tras Igrejas R efo rm ad as B atista, M e n o n ita “ F u n d a d o r” da P osição Tom ás d e A q u in o M artin h o Lutero Jo ã o C alv in o U lrico Zuínglio P resen ça de C risto Pela co n sag raç ão do p ão e do vinh o, o pão transform a-se n o co rp o de C risto e o vinho tran sfo rm a-se n o san gu e de C risto. C risto está v erd ad eiram en te e su b stan cialm en te presen te n os próprios elem entos. O s elem en tos n ão se tran sform am n a p resen ça de C risto, m as ele está realm en te presen te em , co m e sob os elem en tos. C risto n ão está literalm en te presen te n os elem entos. Ele e stá presen te esp iritu al m ente n a particip ação dos elem en tos. C risto n ão está presen te nos elem en to s, seja literalm en te ou espiritu alm en te. Sign ificado d a C e ia do Sen h o r A lim e n to espiritual para a ’ alm a; fortalece o p articipan te e livra dos p ecad os ven iais. C risto é sacrificad o em cad a m issa p ara fazer ex p iação pelos p ecad o s do co m u n g an te . O recipien te tem o perd ão dos seus p ec ad o s e a co n firm ação d a su a fé. A particip ação deve incluir a fé, caso co n trário o sac ram en to n ão traz n en h um ben efício. U m a co m e m o ração da m orte de C risto qu e co n ced e g raç a para selar os p articip an tes n o am or de C risto . A ce ia proporcion a alim en to espiritu al e lev a a p esso a p ara m ais perto d a p resen ça de C risto. U m a co m e m o ração da m orte de C risto. O particip an te é lem b rad o dos benefícios d a red en ção e salv ação produzida p ela m orte de C risto. 81. Disciplina Eclesiástica “Muitas pessoas deixam de fazer uma clara distinção entre punição e disciplina, e existe uma diferença muito significativa entre esses dois conceitos. A punição visa aplicar uma retribuição por um erro cometido. A disciplina, por outro lado, visa incentivar a restauração da pessoa envolvida no erro. A punição é concebida primariamente para vingar um erro e afirmar a justiça. A disciplina é concebida primariamente como uma correção daquele que deixou de viver segundo os pad“' í3s da igreja e/ou da sociedade”*. Passagem M a t e u s 1 8 .1 5 - 1 8 Problema Procedimento O p e c a d o d e u m “ ir m ã o ” 1. R e p r e e n s ã o e m p a r tic u la r ( n ã o d e f in id o ) 2 . R e u n i ã o e m p a r tic u la r Propósito R e sta u ra ç ã o (g an h ar “ a te u ir m ã o ”) 3. A n ú n c i o p ú b lic o 4 . E x c l u s ã o p ú b lic a 1 C o rín tio s 5 I m o r a lid a d e 1. L a m e n t a r c o le t iv a m e n t e . R e s t a u r a ç ã o ( 5 .5 ) A vareza 2 . R e m o v e r d o g ru p o . P u r i f ic a ç ã o ( 5 .7 ) I d o la t r ia 3 . N ã o se a s so c ia r . E m b r ia g u e z Fraud e 2 C o r ín t io s 2 .5 -1 1 N ã o c it a d o A p ó s o a r r e p e n d im e n t o s in c e r o : R e s t a u r a ç ã o ( 2 .1 1 ) P r o t e ç ã o ( 2 .1 1 ) 1. P e r d o a r 2. C o n fo rta r 3. A m ar G á l a t a s 6 .1 “A l g u m a f a l t a ” R e sta u ra r: R e sta u ra ç ã o 1. C o m o p e s s o a s e s p ir itu a is 2. C o m bran d u ra 3 .C o m r e fle x ã o 2 T e s s a l o n ic e n s e s 3 .6 - 1 5 P r e g u iç a , m a le d i c ê n c i a ( “ s e in t r o m e t e m ” ) 1. O b s e r v á - lo . 2. N ã o se a sso c ia r c o m ele. R e s t a u r a ç ã o (“ p a r a q u e f iq u e e n v e r g o n h a d o ” ) 3 . A d v e r ti- lo (c o m o irm ão , n ã o c o m o i n im ig o ) . 1 T i m ó t e o 5 .1 9 - 2 0 D e n ú n c i a c o n t r a p r e s b ít e r o se m te ste m u n h a s 1. N e c e s s i d a d e d e 2-3 te ste m u n h a s. 2 . S e o p e c a d o c o n tin u a r , P u r i f ic a ç ã o (“ p a r a q u e t a m b é m o s d e m a is te m a m ” ) r e p r e e n d e r d ia n te d e to d o s . T i t o 3 .9 - 1 1 C o m p o r t a m e n to fa c c io s o 1. A d m o e s t á - lo d u a s v e z e s. 2 . E v it á - lo (c o m o p e r v e r t id o , p e c a m i n o s o , a u to -c o n d e n a d o ). * Carl Laney, A Guide to Church Discipline [Guia sobre Disciplina Eclesiástica] (Minneapolis: Bethany, 1985), p. 79. P r o t e ç ã o ( c o n t r a d iv is õ e s ) 82. Fluxograma de Disciplina Eclesiástica 1. Imoralidade sexual aberta (1 Coríntios 5.1-13) 2. Conflitos pessoais não resolvidos (Mateus 18.15-20) 3. Espírito faccioso (Romanos 16.17-18; Tito 3.10) 4. Falsos ensinos (Gálatas 1.8-9; 1 Timóteo 1.20; 6.3-5; 2 João 9—11; Apocalipse 2.14-16) 83. Termos Básicos sobre a Segunda Vinda de Cristo Term os “ P a r o u s ia ” “A p o c a li p s e ” R eferên cias B íb licas 1 T e s s a lo n ic e n s e s 3 .1 3 1 C o r ín tio s 1.7 1 T im ó t e o 6 .1 4 1 T e s s a lo n ic e n s e s 4 .1 5 2 T e s s a lo n ic e n s e s 1 .6 -7 2 T im ó t e o 4 .8 1 P e d ro 4 .1 3 T it o 2 .1 3 - 1 4 “ E p ifa n ia ” Sen tid o Literal “ e s ta r ju n t o ” “p resen ça” “ r e v e la ç ã o ” “ a p a r e c im e n t o ” Sen tid o Traduzido “p resen ça” “ r e v e la r ” “ap arecer” “ v in d a ” “ch egad a” 84. Concepções Acerca do Arrebatamento Pré-Tribulação Declaração da Posição C risto virá para os seus san to s; d ep o is ele virá co m os seu s san to s. O p rim eiro e stág io d a vin d a de C risto é c h a m a d o de arreb atam en to ; o se gu n d o é c h am ad o de re v e laç ão . A esco la m ais an tig a a ce n tu av a a q u estão d a “ im in ên cia”. T o d av ia, atu alm en te o p o n to cru cial d e sta p o siç ão c o n c e n tra -se m ais n o asp e cto d a ira de D e u s e se a igreja se rá c h a m a d a a ex p erim e n tar p arte d e la o u to d a ela d u ran te a tribu lação . Proponentes Jo h n F. W alvoord, J. D w igh t P en tecost, Jo h n Feinberg, P aul Feinberg, H e rm a n C oy t, C h arles Ryrie, R en e Pache, H en ry C . T h iessen , L e o n W ood, H a l Lindsay, A lv a M c C la in , Jo h n A . S p ro u l, R ich ard M ayh u e. Argumentos a Favor Argumentos Contra A B íblia diz q u e o s cristão s (a igreja) e stã o isen to s d a ira divina (1 T s 1 .1 0 ). E ssa isen ção não significa qu e a igreja n ão e x p e rim e n ta p ro v açõ e s, persegu ição ou sofrim ento. O s cristão s e stã o isen to s d a ira d e D e u s {ò p y q ) , m as a m aior parte d o s te x to s q u e tratam d a trib u lação ( 8 \ ttpLç) referem -se à trib u lação q u e os cren tes sofrem . Ise n ç ã o d a ira n ã o significa ise n ção de trib u lação . A lé m d isso, se os cristão s e stã o isen tos d a ira d a trib u lação , a q u eles q u e cressem d u ran te a tribu lação teriam de ser arreb atad o s n o m o m e n to d a co n v ersão . O s c r e n te s ta m b ém estão isentos d o tem po d a ira registrad o e m A p o c a lip se 3 .10 . Isto é ap o iad o p ela m an eira co m qu e a p r e p o siç ã o grega ek (éic) é u sad a n e sta p assagem . O se n tid o n o rm ativ o d e ek ( èk ) é “ tirad o d o m eio d e ” e não im plica em ser a fa sta d o d a p r o v ação . P ode sign ificar preservad o d a trib u lação se m ser tirad o d a p ro v ação . A prep o sição norm al co m o se n tid o d e “ m an te r afa sta d o d e ” é apó á n o ). T o d a s a s p o siç õ es d e arreb atam en to trib u lacio n ista prevêem u m rein o m ilenal. A posição p ré-trib u lação requ er que c re n te s v iv o s e n ão glorificados en tre m n o reino, p ara assim o re p o v o a re m (Zc 1 2 .1 0 -1 3 .1 ; R m 1 1 .2 6 ). O s 144 m il d o A p o calip se p o d em p o v o ar a terra d u ran te a é p o c a d o m ilênio. E sta p o siç ã o faz u m a clara d istin ção en tre o arreb atam en to e a re v e la ç ã o , u m intervalo de tem po. Isso é co n siste n te com d ife ren tes p assagen s que tratam d esses d ois ev e n to s. Q u a n to a o arreb atam en to: Jo 14.1-4; 1 C o 1 5.51-58 ; 1 Ts 4 -1 3 -1 8 ; q u a n to à revelação ou à se g u n d a v in d a de C risto: Z c 14; M t 2 4 .2 9 -3 1 ; M c 13.24-27; L c 2 1 .2 5 -2 7 ; A P 19. A “ b e n d ita esp e ra n ç a ” e o “g lorioso a p a re c im e n to ” sã o o m esm o e v e n to (arre b atam e n to e r e v e la ç ã o ). O N o v o T e stam en to fala de u m a se g u n d a v in d a, e n ã o de d u as vin d as o u de u m a vinda em d ois e stág io s. A d istin ç ã o p o d e e star n a n atu reza dos ev e n to s e n ã o em d ife ren ças d e tem po. E sta p o siç ã o d á ên fase à im inência. C risto p o d e v o ltar a q u a lq u e r m o m en to ; portanto, os cren tes têm u m a atitu d e de e x p e c ta tiv a (T t 2.3). N ã o e x istem ad v ertên cias p rep a rató ria s de u m a tribu lação p ró x im a p ara os cren tes d a e ra d a ig reja (A t 20.29-30; 2 Pe 2.1 ; 1 Jo 4 .1 -3 ). P ara os ap ó sto lo s e p ara a igreja prim itiva d u ran te e ssa é p o ca, a im in ên cia e sta v a re la c io n a d a co m a se g u n d a v in d a de C risto. A ssim , os d o is e v e n to s sã o co in cid e n te s e n ã o se p arad o s (M t 2 4 .3 ,2 7 ,3 7 ,3 9 ; 2 Ts 2.8; T g 5 .7 -8 ; 1 J o 2 .2 8 ). A d em ais, 2 T e ssalo n ic en ses 2 .1 -1 0 p o d e en u m erar e v e n to s qu e d ev e m ser esp erad o s an te s d o arreb atam en to . E sta p o siç ã o c o n te m p la um a trib u lação literal co n form e m o stra d a e m A p o calip se 6 -1 9 . N ã o h á n en h u m a m en ç ão à ig reja e m A p o c a lip se 4 - 1 8 (arg u m en to do silên cio). B o a p arte d a lin g u agem de A p o c a lip se 6 - 1 9 é figu rad a; a trib u lação tam b ém o p o d e ser. O argu m en to d o silên cio é um racio cín io in eren tem en te fraco. A q u e le q u e d eté m , m en cio n ad o em 2 T e ssalo n icen ses 2.1-12, é o E sp írito S a n to qu e habita n a igreja. E le p recisa rem ovê-la (a igreja) a n te s d o início da tribu lação . O m in istério d e h a b ita ç ã o d o E spírito S a n to n ão é eq u iv alen te à su a ob ra de re te n ção . A lé m d isso, o te x to n ão eq u ip ara claram e n te o qu e d eté m co m o E spírito S an to , ou a rem o ção d a r e te n ç ã o co m o a rreb atam en to d a igreja. ( Várias partes desta tabela foram adaptadas de Millard J. Erickson, Christian Theobgy, Vol. 3 (Grand Rapids: Baker Book House, 1985), pp. 1149-1224Usado mediante permissão. Também Gleason L. Archer, Jr., Paul D. Feinberg, Douglas J. Moo e Richard R. Reiter, The Rapture: Pré-, Mid-, PostTribulational? [O Arrebatamento: Pré, Meso ou Pós-Tribulacionista?] (Grand Rapids: Zondervan, 1984). Usado mediante permissão. 84. Concepções Acerca do Arrebatamento (continuação) Arrebatamento Parcial Declaração da Posição E sta p o siç ão d e c lara q u e so m e n te os cren tes qu e estiv erem vigian d o e e sp eran d o p elo S e n h o r se rão arreb atad o s em d ife ren tes o c a siõ e s an te s e d u ran te a trib u lação d e se te an os. O s qu e forem a rre b a ta d o s se rão o s san to s esp iritu alm en te m ad u ro s, ta n to m o rtos q u a n to viv o s (1 Ts 4-13-18). Proponentes Jo se p h S e iss, G . H . L an g, R o b ert G o v e tt, W itn ess L ee, G . H . Pember, Ira E. D av id , D . H . P an to n Argumentos a Favor Argumentos Contra O N o v o T e stam e n to fre q ü e n te m e n te v ê a ressu rre ição co m o u m a reco m p e n sa p ela q u al se d e v e lu tar (M t 19.28-29; Lc 9 .6 2 ; 2 0 .3 5 ; F p 3 .1 0 -1 4 ; A p 2; 11; 3 .5 ). P ortan to, nem tod os os cren tes se rã o a lc a n ç a d o s p ela prim eira ressu rreição, so m en te aq u eles q u e forem d ign os. O a rreb atam en to é parte d a c o n su m ação d a sa lv a ç ã o . D e u s inicia a sa lv a ç ã o pela graça e irá c o m p letá-la p o r su a g raç a , n ã o por n o ssas obras (E f 2.8-9). O u tra s p assagen s in d icam o arreb atam en to p arcial dos cren tes o u algo se m e lh an te a isso (M t 2 4 .4 0 -5 1 ). E xiste c o n fu são en tre versículos qu e se ap lic a m a Israel e versícu los qu e se aplicam à igreja e m p a ssa g e n s d o s E v an g elh o s. Isso n ão é o arreb atam en to , m as u m en v io ao ju ízo, c o m o no ex em p lo d o dilúvio em M ateu s 2 4 .39. E m 1 C o rín tio s 15.5 1-52 e stá escrito q u e tod os os cren tes se rão a rre b atad o s. H á um a ên fase em vigiar, aguardar, trab alh ar e esperar recom pensas (M t 2 4 .4 1 -4 2 ; 2 5 .1 -1 3 ; 1 Ts 5 .6 ; H b 9 .2 « ), A ên fase e stá em trabalh ar por reco m p e n sas (co ro as, 2 T m 4 .8 ) e n ão em p articip ação n o arreb atam en to . H á versículos q u e en fatizam a n e c e ssid ad e de sofrer a fim de reinar (R m 8 .1 6 -1 7 ; Lc 2 2 .2 8 -3 0 ; A t 14.22; C l 3.24; 2 Ts 1.4-5). P ortan to, os cren tes d ev e m sofrer ag o ra ou d u ran te a trib u lação an te s qu e p o ssam rein ar co m C risto. O s cren tes sofrem em tod as as ép o cas e to d o s o s cren tes irão rein ar co m C risto. O sofrim ento e o rein ad o d o s c ristão s n u n c a é ligad o a qu alqu er su p o sta o rd em d o a rreb atam en to . Por c a u sa d o p ec ad o , u m cren te p o d e p erd er o d ireito a desfru tar d a prim eira ressu rreição e do rein o (1 C o 6 .1 9 -2 0 ; G1 5 .1 9 -2 1 ; H b 12 .14 ). E ssas p assag en s falam que os n ão salv o s n ã o e n tram no reino. E las n ão se ap licam aos crentes. O s cren tes d ign os e v ig ilan tes te rão a re co m p e n sa d e serem arreb atad o s an te s d a trib u lação (A p 3 .1 0 ). A í e stá a d ivisão n a igreja, n o co rp o de C risto . P arece que aq u eles qu e são dign os de serem le v a d o s se rão arreb atad o s, ao p asso qu e os n ão d ign os se rão d e ix a d o s p ara trás. P assagen s co m o Jo ã o 14.1 e 1 C o rín tio s 15.51-52 ev id en tem en te incluem to d o s os cren tes. C o m o o b a tism o do E spírito c a p a c ita p ara testem u n h ar (A t 1.8) e n em to d o s os cren tes testem u n h am , n em to d o s os cren tes e stã o n o co rp o d e C risto (1 C o 12.13) e n em tod os serão arreb atad o s. O batism o d o E spírito co lo ca to d o s os cren tes n o co rp o de C risto (1 C o 12.13). 84. Concepções Acerca do Arrebatamento (continuação) Meso-Tribulação Declaração da Posição E sta p o sição en ten d e q u e a igreja, os cren tes em C risto , se rão arreb atad o s n o m eio d o p erío d o d a tribulação, a n te s d a G ran d e T ribu lação. E ste co n ceito reú n e o m elh or d as p o siçõ es d a p ré-trib u lação e d a pós-trib ulação. E le tam bém tem o arreb atam en to n o m eio d a se p tu ag ésim a se m an a. Proponentes G leaso n L. A rcher, N o rm a n H arrison , J. O liv er B usw ell, M errill C . Tenney, G . H . L an g Argumentos a Favor Argumentos Contra E sta p o siç ã o a p re se n ta m enos problem as d o q u e os co n ceito s pré o u p ó s-trib u lacio n istas. E la ev ita os problem as d o s dois ex tre m o s. E xiste u m a p erd a de im in ên cia n e sta p o siç ão (assim co m o n a póstrib u lação ). N ó s já n ã o so m o s ch a m a d o s a vigiar e esperar, m as a ag u ard ar sin ais p rep arató rio s, co n fo rm e in d icad o s no livro do A p o calip se e em M a te u s 24.1 -1 4 . A s E sc ritu ra s d ã o grande ênfase ao s 3 an o s e m eio (42 m eses, 1 2 6 0 d ias) q u e dividem os 7 an o s d a trib u lação (D n 7; 9 .2 7 ; 1 2.7 ; A P 1 1.23; 12.3,6,14). A ên fase n o m eio d a trib u lação é d e v id a ao rom p im en to d a alian ç a co m Israel (D n 9 .2 7 ), e n ã o ao arreb atam en to . O d isc u rso d o M on te das O liveiras (M t 2 4 -2 5 ) fala d a vin d a, a p a re c im e n to e retorno de C risto . E le co in cid e co m a p a ssa g e m d o arrebatam en to em 1 T e ssalo n icen ses 4.15. O ú n ico elo c o n cre to é o u so do term o parousia em am bas as p assagen s. E sse elo to rn a-se d éb il por c a u sa de m u itas outras d iferen ças n os co n te x to s. 2 T e ssalo n ic en ses 2.14 claram en te esp ecifica sinais que p rece d e m o arrebatam ento. 2 T e ssalo n ic en ses 2 . ls s refere-se ao s dois e v e n to s q u e p recedem o D ia d o Senhor, e n ão ao arreb atam en to d a igreja. A p o c a lip se 11 .15-19 m enciona a sétim a trom beta, qu e é id ê n tic a à trom beta de D eu s em 1 T e ssalo n icen ses 4.16. O arreb atam en to realm en te ocorre em A p o calip se 11 só porqu e ex iste u m to q u e d a trom beta? O argu m en to é fraco e n ão tem b ase bíblica. E sta p o siç ã o m an té m a d istin ção en tre o arreb atam en to e a re v e la ç ã o , qu e são assim dois estágio s d a v in d a d e C risto. A p ré-trib u lação tam b ém m a n té m a d istin ç ão tem po ral. A póstrib u lação ig u alm en te m a n té m u m a d istin ção , em bora seja u m a d ife ren ça e m e ssên c ia e n ão n o tem po. A igreja é lib e rtad a d a ira de D eu s, m as n ão de p ro v açõ e s e testes, u m a vez qu e o arreb atam en to ocorre n o m eio d a trib u la çã o , lo g o an tes d a gran d e m an ife staç ão d a ira de D e u s. A q u e les q u e su ste n tam e ssa p o siç ã o d ev e m ver u m n o v o con ceito de ira n o livro d o A p o c a lip se . H á u m a esp iritu alização forçad a d o s c ap ítu lo s 1-11 co m p ro p ó sito s co n te m p o rân e o s e n ão para cu m p rim en to futu ro. A igreja p o d e ser lib ertad a d a ira seja pelo arreb atam en to pré-tribu lação ou p ela p roteção co n tra a ira. A ssim co m o n o livro de A to s h á u m a so b re p o sição em term os d o pro gram a d e D e u s para a igreja e p a ra Israel, assim h á um a so b re p o siç ã o n o program a de D e u s n o livro do A p o c a lip se . A igreja tem em si ta n to ju d eu s q u a n to gen tios. T o dav ia, isso n ã o torn a n ec essária u m a so b re p o sição d o program a de D eu s para a igreja e p ara Israel co m o n ação . E sta p o siç ão perm ite q u e os san tos n ão glorificad os d o final d a trib u lação e n tre m n o reino m ilen al p ara rep o v o ar o m undo. A p ré-trib u lação tam b ém perm ite o rep o v o am en to . A lé m disso, é p ossível q u e algun s d esc re n tes en tre m n o M ilênio, u m a vez qu e a c o n v e rsão de Israel n ã o ocorrerá até a S e g u n d a V inda. 84. Concepções Acerca do Arrebatamento (continuação) Pós ^Tribulação Declaração da Posição E s t a p o s i ç ã o a f ir m a q u e o s c r e n t e s v iv o s s e r ã o a r r e b a t a d o s n a s e g u n d a v in d a d e C r i s t o , q u e ir á o c o r r e r n o f in a l d a t r i b u la ç ã o . D e n t r o d e s t e g r u p o , e x is t e m q u a t r o p o s iç õ e s c o n f o r m e c a t e g o r i z a d a s p o r W a lv o o r d : (a ) c lá s s i c a , (b ) s e m i - c lá s s i c a , (c ) f u t u r is t a , (d ) d is p e n s a c io n a l. O e s p e c t r o é a m p lo , a b r a n g e n d o u m p e r ío d o d e s d e o s p a is d a ig r e ja a n t ig a a t é o p r e s e n t e s é c u lo . Proponentes C lá ssic a : S e m i- c l á s s i c a : F u t u r is t a : D is p e n sa c io n a l: O u tro s: J. B a r t o n P a y n e A le x a n d e r R e e se , N o rm a n M a c P h e rso n , G eo rg e L . R o se , G e o rg e H . F ro m o w G e o rg e L a d d , D a v e M ac P h e rso n R o b e r t H . G u n d r y , D o u g la s J. M o o H a r o l d O c k e n g a , J. S id lo w B a x t e r Argumentos a Favor O a r r e b a t a m e n t o é p r e c e d i d o p o r s in a is i n c o n fu n d ív e is ( M t 2 4 - 3 - 3 1 ) . E s s e s s in a is s ã o p a r t e d o p e r ío d o d e t r ib u la ç ã o p e l o q u a l o s s a n t o s t ê m d e p a s s a r . S u a c u lm i n â n c i a s e r á o r e t o r n o d e C r i s t o , q u e in c lu ir á o Argumentos Contra E s t a p o s iç ã o l e v a n t a p r o b le m a s q u a n t o a o r e p o v o a m e n t o d o r e in o m ile n a l p o r c r e n t e s d e c a r n e e s a n g u e s e t o d o s e le s s ã o a r r e b a t a d o s e g lo r ific a d o s . a r r e b a t a m e n t o d o s c r e n t e s ( M t 2 4 .2 9 - 3 1 ,4 0 - 4 1 ) . N o d i s c u r s o d o M o n t e d a s O liv e ir a s , C r i s t o f a la d o a r r e b a t a m e n t o e m c o n e x ã o c o m a r e v e la ç ã o . A p a r á b o l a d o jo i o e d o tr ig o ( M t 1 3 .2 4 ) m o s t r a q u e a s e p a r a ç ã o ir á o c o r r e r n o fin a l d o s te m p o s . N a q u e l a o c a siã o , o s b o n s (c re n te s) se rã o se p a ra d o s d o s m a u s (in c r é d u lo s ) e is s o ir á o c o r r e r n o fin a l d a t r ib u la ç ã o . A n o ç ã o d e q u e o s 1 4 4 m il d o A p o c a l i p s e s ã o a q u e l e s q u e ir ã o r e p o v o a r a te r r a d e i x a d e le v a r e m c o n s i d e r a ç ã o o c o n te x to d e sta p assagem . A s e q ü ê n c ia d a r e s s u r r e iç ã o e x ig e q u e t o d o s o s c r e n t e s d e t o d a s a s e r a s s e ja m r e s s u s c i t a d o s e m s e u s c o r p o s g lo r ific a d o s n o fin a l d a t r ib u la ç ã o ( A p 2 0 .4 - 6 ) . S e u a rg u m e n to ex egé tico d e A p o c a lip se 3 .1 0 c o m ele (“d e ” ) é . trace >. In terp re tar “p r o v ação ” c o m o q u a lq u e r o u tr a c o isa e x c e to a ira d e D e u s n ã o faz ju stiça a e s ta p a la v r a o u à p a ssa g e m . O s e n s in o s d o N o v o T e s t a m e n t o a c e r c a d o r e t o r n o d e C r is t o n ã o f a z e m d i s t i n ç ã o d e e s t á g i o s : e p if a n ia , m a n if e s t a ç ã o , r e v e la ç ã o , p a r u s i a , o d i a , o d i a d e J e s u s C r is t o , o d ia d o S e n h o r J e s u s e o d i a d o S e n h o r . A s e q ü ê n c i a d o s e v e n t o s , r e l a c i o n a n d o - s e 1 T e s s a lo n ic e n s e s 4 c o m o a r r e b a t a m e n t o e 1 T e s s a l o n ic e n s e s c o m o D i a d o S e n h o r , é d e s p r e z a d a a o se d e t e r m i n a r a o r d e m c r o n o ló g ic a d o s e v e n to s . A e x p r e s s ã o “ te g u a r d a r e i d a h o r a d a p r o v a ç ã o ” , e m A p o c a li p s e 3 .1 0 , t a m b é m p o d e r e fe r ir - s e à l i b e r t a ç ã o d a ir a d e S a t a n á s q u e e s t a r á a t u a n d o n o p e r ío d o d a t r ib u la ç ã o . A s s i m c o m o a E s c r it u r a p o d e s e r u m t a n t o r e t i c e n t e q u a n t o a u m a r r e b a t a m e n t o p r é - t r i b u la ç ã o , e x is t e u m s ilê n c io a i n d a m a io r q u a n t o a u m a r r e b a t a m e n t o p ó s t r ib u la ç ã o . I s s o é e s p e c ia lm e n t e v e r d a d e i r o n a e p í s t o l a p r o f é t i c a jo a n i n a d o A p o c a lip s e , q u e d á m a i s ê n f a s e a o r e t o r n o d e C r is t o . U m e x e m p lo d i s s o s ã o a s v a g a s r e f e r ê n c ia s à ig r e ja e m A p o c a l i p s e 4 —1 8. O s u r g im e n t o d e a p o s t a s i a é u m s i n a l q u e ir á p r e c e d e r o r e t o r n o d e C r i s t o (2 T s 2 .8 ) . O a rg u m e n to d e q u e o a rre b a ta m e n to p ó s- trib u la ç ã o e ra a c r e n ç a d a ig r e ja c r is t ã h i s t ó r i c a c a i p o r t e r r a q u a n d o v e r if ic a m o s q u e a q u ilo q u e se a c r e d i t a v a n a ig r e ja p r im it iv a é b a s t a n t e d ife r e n te d o q u e s e a c r e d i t a h o je . N ã o o b s t a n t e , o f u n d a m e n t o d e u m a v e r d a d e d o u t r in á r ia n ã o é a ig r e ja p r im itiv a , m a s a P a l a v r a d e D e u s . B o a p a r t e d o e n s in o b íb lic o d a d o à ig r e ja a c e r c a d o t e m p o d o fim t o r n a - s e s e m s e n t id o s e a ig r e ja n ã o ir á p a s s a r p e la t r i b u la ç ã o ( M t 2 4 .1 5 - 2 0 ) . E s t a p o s iç ã o c o n flit a c o m o e n s i n o d o r e t o r n o im in e n t e d e C r i s t o . A E s c r it u r a n o s e n s i n a a v ig ia r e e sp e r a r , n ã o o s s in a is p r e p a r a t ó r io s d a v i n d a d e C r i s t o , m a s a b e n d i t a e s p e r a n ç a d a s u a v o lt a ( T t 2 .1 3 ) . 85. Concepções Acerca do Milênio Premilenismo Histórico (Também denominado Premilenismo Clássico e NãoTKspensacional) Declaração do Conceito O s p r e m ile n is t a s s u s t e n t a m q u e o r e t o r n o d e C r i s t o s e r á p r e c e d id o d e c e r t o s s in a is , d e p o is s e g u id o s d e u m p e r ío d o d e p a z e ju s t i ç a n o q u a l C r i s t o ir á r e in a r s o b r e a t e r r a e m p e s s o a c o m o R e i. O s Proponentes G e o r g e E . L a d d , J. B a r t o n P a y n e , A l e x a n d e r R e e s e , M illa r d E r ic k s o n p r e m ile n is t a s h is t ó r ic o s e n t e n d e m a v o l t a d e C r i s t o e o a r r e b a t a m e n t o c o m o u m s ó e o m e s m o e v e n to . E le s v ê e m u n id a d e . P o r t a n t o , e le s s ã o d is t i n t o s d o s p r e m ile n i s t a s d is p e n s a c io n a is , q u e o s c o n s id e r a m c o m o d o is e v e n t o s s e p a r a d o s p e la t r i b u la ç ã o d e s e t e a n o s . O p r e m ile n is m o fo i a in t e r p r e t a ç ã o e s c a t o ló g i c a p r e d o m i n a n t e n o s t r ê s p r im e ir o s s é c u lo s d a ig r e ja c r is t ã . O s a n t ig o s p a is P a p ia s, I r in e u , J u s t i n o M á r tir , T e r t u lia n o e o u t r o s s u s t e n t a r a m e s s a c o n c e p ç ã o . Argumentos a Favor Argumentos Contra A c r o n o l o g i a d e A p o c a lip s e 1 0 - 2 0 m o s t r a q u e i m e d i a t a m e n t e a p ó s a s e g u n d a v i n d a d e C r is t o ir á a c o n t e c e r o s e g u in te : a p r is ã o d e S a t a n á s ( 2 0 .1 - 3 ) , a p r i m e i r a r e s s u r r e iç ã o ( 2 0 .4 - 6 ) e o in íc io d o r e in o d e C r i s t o ( 2 0 .4 - 7 ) p o r “ m il a n o s ." ( 1 7 - 1 8 ) * O r e in o d e C r i s t o n ã o c o m e ç a a p ó s a p r im e ir a r e s s u r r e iç ã o , p o is e le j á r e in a à d e s t r a d o P a i ( H b 1 .3 ). ( 1 7 8 - 7 9 ) N o t e m p o p r e s e n t e , a ig re ja é o I s r a e l e s p ir itu a l. D e u s irá r e s t a u r a r a n a ç ã o d e Is r a e l a o s e u le g ít im o lu g a r a fim d e c u m p r i r a s p r o m e s s a s d o r e in o (R m 11 ) n o r e in o m ile n a l. E s ta p a ssa g e m a p ó ia o e n s in o d e R m 11. 24: “ ... q u a n t o m a is n ã o s e r ã o e n x e r t a d o s n a s u a p r ó p r ia o l i v e i r a a q u e le s q u e s ã o r a m o s n a t u r a i s ! ” ( 1 8 - 2 9 ) A i n d a q u e a ig r e ja s e b e n e f i c i e e s p i r it u a lm e n t e d a s O V e lh o T e s t a m e n t o e C r is t o p r e d i s s e r a m u m r e in o n o q u a l o U n g i d o h a v e r ia d e g o v e r n a r (S I 2 ; M t 2 5 .2 4 ) . O r e in o é u m e n s i n a m e n t o g e r a l d a B íb lia . E le a g o r a e s t á n a ig r e ja ( M t 1 2 .2 8 ; L c 1 7 .2 0 - 2 1 ) . C r i s t o r e in a a g o r a n o s c é u s ( H b 1 .3 ; 2 .7 - 8 ) . ( 1 7 8 - 7 9 ) C o m o a s p r o fe c ia s d o V e lh o T e s t a m e n t o fo r a m c u m p r id a s n o p a s s a d o , a s s im a q u e la s r e f e r e n t e s a o f u tu r o t a m b é m o s e r ã o . E s t e é u m a r g u m e n t o a f a v o r d a c o n s is t ê n c i a A i n t e r p r e t a ç ã o d e A p o c a l i p s e 2 0 .1 - 7 n ã o e x ig e lite r a lis m o . E s s e s v e r s í c u lo s p o d e m s e r e n t e n d i d o s s im b o lic a m e n t e , u m a v e z q u e o liv r o d o A p o c a l i p s e u tiliz a m u ito s s ím b o lo s . ( 1 6 1 ) n a h e r m e n ê u t ic a . ( 2 7 - 2 9 ) . p r o m e s s a s f e i t a s a I s r a e l, I s r a e l e a ig r e ja n u n c a s ã o e q u ip a r a d o s e s p e c i f ic a m e n t e . ( 4 2 - 4 4 ) U m r e in o c o m p o s t o t a n t o d e s a n t o s g lo r if ic a d o s q u a n t o d e p e s s o a s a i n d a n a c a r n e p a r e c e e x c e s s i v a m e n t e ir re a l p a r a s e r p o s s ív e l. ( 4 9 ) A ig r e j a s e r v e p a r a c u m p r ir a lg u m a s d a s p r o m e s s a s fe ita s a I s r a e l. C r i s t o d e ix o u is t o c la r o d e p o is q u e o s ju d e u s o r e je i t a r a m (M t 1 2 .2 8 ; L c 1 7 .2 0 - 2 1 ) . (2 0 - 2 6 ) E s t a c o n c e p ç ã o in s is te q u e o N o v o T e s t a m e n t o in te r p r e ta p r o fe c ia s d o A n t i g o T e s t a m e n t o e m c a s o s n o s q u a is o N o v o T e s t a m e n t o n a r e a lid a d e e s t á a p lic a n d o u m p r in c íp io e n c o n t r a d o e m u m a p r o fe c ia d o V e lh o T e s t a m e n t o ( O s 11.1 e m M t 2 .1 5 ; O s 1 .1 0 e 2 .2 3 e m R m 9 .2 4 - 2 6 ) . (4 2 -4 3 ) O s e n t id o d e “ v i v e r a m ” ( A p 2 0 .4 ) p o d e s e r e n t e n d i d o c o m o “ v i v o s ” , e n ã o c o m o r e f e r ê n c i a à r e s s u r r e iç ã o . M u i t o s d o s p a i s d a ig r e ja a n t i g a a b r a ç a r a m e s t a v i s ã o d a e s c a t o l o g i a . (9 ) N ã o é f á c il e n c a i x a r o s p a is d a ig r e ja d e f i n i t i v a m e n t e e m u m a c o n c e p ç ã o d a e s c a t o l o g i a . A l é m d is s o , a s d o u t r in a s n ã o s ã o d e f in id a s p e l a a n á lis e d o s p a i s d a ig r e ja , m a s p e lo e s t u d o d a E s c r it u r a . ( 4 1 ) U m r e in o te r r e n o lite ra l d e m il a n o s é m e n c io n a d o so m e n te e m u m a p a s s a g e m ( A p 2 0 .1 - 6 ) e ta m b é m o c o r r e n a lite r a tu r a a p o c a líp tic a . O V e lh o T e s ta m e n to n ã o p o d e se r u s a d o p a r a su p r ir in f o r m a ç õ e s a c e r c a d o M ilê n io . (3 2 ) A s p r o fe c ia s d o V e lh o T e s t a m e n t o c o n s t it u e m o f u n d a m e n to d a s p r o f e c ia s d o N o v o T e s t a m e n t o . O N o v o T e s t a m e n t o e s t a b e l e c e o lo c a l e a d u r a ç ã o d o m ilê n io ( A p 2 0 .1 - 6 ) e o V e lh o T e s t a m e n t o f o r n e c e m u it a i n f o r m a ç ã o so b r e a n a t u r e z a d o m ilê n io . ( 4 3 - 4 6 ) R o m a n o s 1 1 .2 6 d iz q u e a n a ç ã o d e I s r a e l s e r á c o n v e r t i d a . (2 7 -2 8 ) M u ita s p a s s a g e n s d o N o v o T e s ta m e n to d isso lv e m a s d istin ç õ e s e n tr e Isra e l e a ig re ja (G1 2 .2 8 - 2 9 ; 3 .7 ; E f 2 .1 4 - 1 6 ) . (1 0 9 ) D e u s r e s e r v o u u m lu g a r e s p e c ia l p a r a a n a ç ã o d e Is r a e l n o se u p la n o . (2 7 -2 8 ) I s r a e l fo i e s c o lh i d o c o m o a n a ç ã o p o r i n t e r m é d io d a q u a l v ir ia o M e s s ia s . C o m o J e s u s c o n s u m o u s u a o b r a , o p r o p ó s i t o e s p e c i a l d e I s r a e l j á fo i c u m p r id o . (5 3 ) * 0 s números que seguem as afirmações referem-se às páginas de Robert G. Clouse, The Meaning of the Millennium: Four Views [O Significado do Milênio: Quatro Posições] (Downers Grove: InterVarsity Press, 1977). Usado mediante permissão. Outras afirmações procedem de diferentes autores. 85. Concepções Acerca do Milênio (continuação) Premilenismo Dispensacional Declaração do Conceito O s a d e p t o s d e s t a e s c o l a s ã o a q u e le s q u e g e r a lm e n t e s u s t e n t a m o c o n c e i t o d e d o is e s t á g io s n a v in d a d e C r i s t o . E le v ir á p a r a a s u a ig r e ja ( a r r e b a t a m e n t o ) e d e p o is co m a s u a ig r e ja ( r e v e l a ç ã o ) . O s d o is e v e n t o s s ã o s e p a r a d o s p o r u m a t r i b u la ç ã o d e s e t e a n o s . E x is t e u m a d i s t i n ç ã o c o n s i s t e n t e e n t r e I s r a e l e a ig r e ja a o lo n g o d a h is tó r ia . Proponentes J. N . D a r b y , C . I. S c o f i e ld , L e w is S p e r r y C h a f e r , J o h n W a lv o o r d , C h a r le s F e in b e r g , H e r m a n H o y t , H a r r y I r o n s id e , A l v a M c C l a i n , E r ic S a u e r , C h a r l e s R y rie Argumentos a Favor Argumentos Contra E ste c o n c e ito m a n té m u m a h e r m e n ê u tic a c o n siste n te q u e p e r m it e a I s r a e l c u m p r ir a s p r o m e s s a s q u e lh e f o r a m fe ita s e à ig r e ja c u m p r ir a s s u a s p r o m e s s a s . ( 6 6 - 6 8 ) I s r a e l j á c u m p r iu a s p r o m e s s a s d e u m a t e r r a c o m a c o n q u i s t a d e C a n a ã 0 s 2 1 .4 3 ,4 5 ) . S e u p r o p ó s i t o d e tr a z e r o M e s s i a s ta m b é m j á fo i c u m p r id o . ( 1 0 1 ) A e x p r e s s ã o “ e v iv e r a m ” ( A p 2 0 .4 - 5 ) , e n t e n d i d a c o m o a p r im e ir a r e s s u r r e iç ã o , s u s t e n t a e s t a c o n c e p ç ã o . E s s a r e s s u r r e iç ã o p r e c e d e o r e in o m ile n a l. ( 3 7 - 3 8 ) E s s a r e s s u r r e iç ã o n ã o é físic a p o r q u e s o m e n t e p o d e o c o r r e r u m a r e s s u r r e iç ã o físic a (Jo 5 .2 8 - 2 9 ) ; A t 2 4 - 1 5 ) . E s s a é u m a r e s s u r r e iç ã o e s p ir itu a l. ( 5 6 - 5 8 ; 1 6 8 ) A E s c r it u r a r e v e la t a n t o u m r e in o u n iv e r s a l q u a n t o u m O g o v e r n o d e D e u s so b r e a c r i a ç ã o s e m p r e t e m s id o p o r u m m e d ia d o r . A s s im , o se u g o v e r n o m e d i a t o r i a l n ã o p o d e s e r r e s tr in g id o a o M ilê n io . ( 9 3 ) r e in o m e d ia to r ia l, q u e s ã o d o is a s p e c t o s d o g o v e r n o d e D e u s . 0 r e in o m e d ia t o r ia l é o M ilê n io , n o q u a l C r i s t o irá r e in a r n a te r r a . ( 7 2 - 7 3 s s ; 9 1 ) U m a le itu r a lite r a l d e A p o c a l i p s e 1 9 - 2 0 c o n d u z a u m a c o n c e p ç ã o p r e m ile n is t a d i s p e n s a c io n a l. O u t r a s G r a n d e p a r t e d o A p o c a li p s e d e v e s e r e n t e n d i d a s i m b o li c a m e n t e e m r a z ã o d e s u a n a t u r e z a a p o c a l í p t i c a . c o n c e p ç õ e s p r e c i s a m e s p ir it u a liz a r o s e v e n t o s . O p a c t o a b r a â m i c o s e r á p le n a m e n t e c u m p r i d o e m Is r a e l ( G n 1 2 .1 - 3 ) . S u a r e a liz a ç ã o é v i s t a n o s p a c t o s p a le s t in o e d a v íd i c o e n a n o v a a li a n ç a . A ig r e ja p a r t i c i p a d a s b ê n ç ã o s d a n o v a a li a n ç a , m a s n ã o c u m p r e a s s u a s p r o m e s s a s (G1 3 .1 6 ) . A s p r o m e s s a s f e it a s a o Is r a e l d o A n t i g o T e s t a m e n t o f o r a m s e m p r e c o n d ic io n a is e b a s e a d a s n a o b e d i ê n c ia e f id e lid a d e d e Is ra e l. A n o v a a l i a n ç a é p a r a a ig r e ja , O c o n c e i t o d e u m r e in o t e r r e n o lite r a l é u m a c o n s e q ü ê n c i a d o s e n s i n a m e n t o s g e r a is a c e r c a d o r e in o ta n to n o A n tig o c o m o n o N o v o T e sta m e n to . (4 2 -4 3 ) O N o v o T e sta m e n to , q u e é a ú n ic a a u to r id a d e p a ra a ig r e ja , s u b s t it u iu o V e lh o T e s t a m e n t o e s u a s p r o m e s s a s . (9 7 ) O M ilê n io é p o s s ív e l e n e c e s s á r i o p o r q u e n e m t o d a s a s p r o m e s s a s f e ita s a I s r a e l f o r a m c u m p r id a s . ( E n n s , 3 9 0 ) A d e s o b e d i ê n c ia d e Is r a e l a n u lo u a s s u a s p r o m e s s a s , q u e e s t a v a m b a s e a d a s n a s u a f id e li d a d e (Jr 1 8 .9 - 1 0 ) . (9 8 ) O V e lh o T e s t a m e n t o d e s c r e v e o r e in o c o m o u m r e in o lite r a l d o M e s s i a s s o b r e t o d o o m u n d o , n a te r r a . ( 7 9 - 8 4 ) O N o v o T e sta m e n to m o stra q u e C risto e sta b e le c e u u m r e in o e m s u a p r im e ir a v in d a e e s t á r e in a n d o a g o r a so b r e to d o o m u n d o . (1 0 2 ) e n ã o p a r a Is r a e l. ( 1 0 0 ) 85. Concepções Acerca do Milênio (continuação) Pós'Milenismo Declaração do Conceito O s p ó s - m ile n is t a s c r ê e m q u e o r e in o d e D e u s e s t á s e n d o e s t a b e l e c i d o a g o r a p o r m e io d o e n s in o , d a p r e g a ç ã o , d a e v a n g e l iz a ç ã o e d a s a t iv i d a d e s m i s s i o n á r i a s . O m u n d o s e r á c r is t ia n iz a d o e a c o n s e q ü ê n c i a s e r á u m lo n g o p e r ío d o d e p a z e p r o s p e r i d a d e c h a m a d o d e M ilê n io . I s s o s e r á s e g u id o p e la v o lt a d e C r is t o . E s t a p o s i ç ã o a p a r e n t e m e n t e e s t á a l c a n ç a n d o m a is a d e p t o s e m c ír c u lo s c o n t e m p o r â n e o s , c o m o o I n s t i t u t o d e E s t u d o s C r i s t ã o s p a r a a R e c o n s t r u ç ã o C r is t ã . A p r in c ip a l p r o p o n e n t e d o p ó s - m ile n is m o t r a d i c i o n a l fo i L o r r a in e B o e ttn e r . V e r s e u liv r o T h e M ille n n iu m ( F ila d é lfia : P r e s b y te r ia n a n d R e fo r m e d P u b lis h in g C o ., 1 9 5 7 ) . Proponentes A g o s t in h o , L o r a i n e B o e ttn e r , A . H o d g e , C h a r l e s H o d g e , W .G .T . S h e d d , A . H . S t r o n g , B . B . W a rfie ld , J o a q u i m d e F io r e , D a n i e l W h itb y , J a m e s S n o w d e n , o s r e c o n s t r u c i o n is t a s c r is t ã o s Argumentos a Favor Argumentos Contra E m c e r t o s e n t i d o , o g o v e r n o d o E s p ír it o d e D e u s n o c o r a ç ã o d o c r e n t e é u m m ilê n io ( Jo 1 4 - 1 6 ). ( 1 2 1 ) E sta c o n c e p ç ã o d e ix a d e e n c a ra r a d e q u a d a m e n te A p o c a l i p s e 2 0 a o f o r m u la r e d e f in ir a s u a n o ç ã o d o M ilê n io . ( E r ic k s o n , 1 2 0 8 ) A d i f u s ã o u n iv e r s a l d o e v a n g e l h o é p r o m e t i d a p o r C r i s t o ( M t 2 8 .1 8 - 2 0 ) . A G r a n d e C o m i s s ã o n ã o o r d e n a a p r o c l a m a ç ã o u n iv e r s a l d o e v a n g e l h o ; o m u n d o é c a r a c t e r i z a d o p o r d e c lín io e n ã o p o r c r e s c i m e n t o e s p ir it u a l. O t r o n o d e C r is t o e s t á n o c é u , o n d e e le a g o r a r e in a e g o v e r n a (S I 4 7 .2 ; 9 7 .5 ) . A ig r e ja t e m a t a r e f a d e p r o c la m a r e s s a v e r d a d e e a ju d a r a s p e s s o a s a c r e r e m n e le . (1 1 8 -1 1 9 ) N e n h u m a d e s s a s a f ir m a ç õ e s e x ig e o p ó s - m ile n is m o o u a f a s t a u m f u t u r o r e in o te r r e s tr e . A s a l v a ç ã o v ir á a t o d a s a s n a ç õ e s , tr ib o s , p o v o s e lí n g u a s A i n d a q u e a s a l v a ç ã o v e n h a a t o d a s a s n a ç õ e s , is s o n ã o s ig n ific a q u e t o d o s , o u q u a s e t o d o s , s e r ã o s a lv o s , n e m o ( A P 7 .9 - 1 0 ) . N o v o T e s t a m e n t o diz q u e o e v a n g e l h o v is a m e lh o r a r a s c o n d i ç õ e s s o c ia is d o m u n d o . A p a r á b o l a d e C r is t o so b re o g r ã o d e m o s t a r d a m o s t r a c o m o o e v a n g e l h o se e s t e n d e e se e x p a n d e le n t a m e n t e , U m a m a io r ia d e p e s s o a s s a l v a s n a t e r r a n ã o g a r a n t e a e r a d o u r a d a q u e o p ó s - m ile n is m o e s p e r a q u e v e n h a . m a s c o m s e g u r a n ç a , a té q u e v e n h a a c o b r ir t o d o o m u n d o ( M t 1 3 .3 1 - 3 2 ) . O s s a l v o s s e r ã o m u it o m a is n u m e r o s o s q u e o s p e r d id o s n o m u n d o . (1 5 0 -5 1 ) E x iste m m u ita s e v id ê n c ia s a d e m o n s tr a r q u e o n d e o e v a n g e l h o é p r e g a d o a s c o n d i ç õ e s s o c i a is e m o r a is e s tã o m e lh o r a n d o a c e n tu a d a m e n te . P o r m e i o d a p r e g a ç ã o d o e v a n g e l h o e d a o b r a s a lv ífic a d o E s p ír ito , o m u n d o s e r á c r is t ia n iz a d o e C r i s t o v o l t a r á a o fin a l d e u m lo n g o p e r ío d o d e p a z c o m u m e n t e c h a m a d o d e M ilê n io . ( 1 1 8 ) A a t i t u d e d e id e a li s m o o t i m i s t a ig n o r a a s p a s s a g e n s q u e m o s t r a m a c o n f u s ã o e a p o s t a s i a d o fin a l d o s te m p o s ( M t 2 4 .3 - 1 4 ; 1 T m 4 - 1 - 5 ; 2 T m 3 .1 - 7 ). A l é m d is s o , p o d e - s e r e u n ir a m e s m a q u a n t id a d e d e e v id ê n c ia s p a r a p r o v a r q u e as c o n d iç õ e s d o m u n d o e s t ã o p i o r a n d o . (1 5 ) O u s o d e u m a a b o r d a g e m a le g ó r i c a n a i n t e r p r e t a ç ã o b íb lic a d e A p o c a l i p s e 2 0 a le g o r iz a i n t e ir a m e n t e o r e in o d e m il a n o s . E x is t e u m a q u a n t i d a d e li m i t a d a d e a p o io b íb lic o p a r a e s sa p o siç ã o . 85. Concepções Acerca do Milênio (continuação) Amilenismo Declaração do Conceito A B íb lia p r e d iz u m c o n t í n u o c r e s c i m e n t o p a r a le lo d o b e m e d o m a l n o m u n d o e n t r e a p r im e ir a e a s e g u n d a v i n d a s d e C r i s t o . O r e in o d e D e u s e s t á p r e s e n t e a g o r a n o m u n d o p o r m e io d a s u a P a la v r a , d o s e u E s p ír it o e d a s u a ig r e ja . E s t a p o s i ç ã o t a m b é m t e m s id o c h a m a d a d e “ m ile n i s m o r e a li z a d o ” . Proponentes O s w a ld A ll is , L o u is B e r k h o f , G . B e r k o u w e r , W illia m H e n d r ic k s e n , A b r a h a m K u y p e r , L e o n M o r r is , A n t h o n y H o e k e m a , o u t r o s t e ó lo g o s r e fo r m a d o s , e a I g r e ja C a t ó l i c a R o m a n a . Argumentos a Favor Argumentos Contra A n a tu r e z a c o n d ic io n a l d o p a c t o a b r a â m ic o (b e m c o m o d o s o u t r o s p a c t o s ) i n d i c a q u e o s e u c u m p r im e n t o , o u f a lt a d e c u m p r i m e n t o , é t r a n s f e r i d o p a r a a ig r e ja p o r m e io d e J e s u s C r i s t o ( G n 1 2 .1 - 3 ; R m 1 0 ; G1 3 .1 6 ) . M u it a s p a s s a g e n s m o s t r a m q u e o p a c t o a b r a â m i c o fo i i n c o n d ic i o n a l e d e v e r ia se r l i t e r a lm e n t e c u m p r id o p o r Is r a e l. A s p r o m e s s a s d e u m a t e r r a f e it a s n o p a c t o a b r a â m i c o fo r a m e x p a n d i d a s a p a r tir d o s ju d e u s p a r a t o d o s o s c r e n t e s e d a t e r r a d e C a n a ã p a r a a n o v a te r r a . E s t a p o s i ç ã o t e m p r o b le m a s p a r a s e r h e r m e n e u t i c a m e n t e c o n s i s t e n t e n a in t e r p r e t a ç ã o d a E s c r i t u r a . E la e s p ir itu a liz a p a s s a g e n s q u e c la r a m e n t e p o d e m se r e n t e n d i d a s lite r a lm e n te . A p r o fe c ia e x ig e u m a a b o r d a g e m s im b ó lic a n a i n t e r p r e t a ç ã o d a B íb lia . P o r t a n t o , a s p a s s a g e n s p r o fé t ic a s p o d e m se r e n t e n d i d a s n o c o n t e x t o g e r a l d a c o n c r e t i z a ç ã o d o p a c t o p o r D e u s ( p o r e x ., A p 2 0 ) . (1 6 1 ) A c r o n o lo g i a d e A p o c a li p s e 1 9 - 2 0 é c o n t í n u a e d e s c r e v e e v e n t o s q u e ir ã o o c o r r e r n o fin a l d a t r i b u l a ç ã o e a n t e s d o r e in o m ile n a r d e C r is t o . O V e lh o e o N o v o T e s t a m e n t o so b o p a c to d a g ra ç a . A g o r a , d o is p r o g r a m a s d i s t i n t o s m a s p r o p ó s it o s e p l a n o s d e D e u s . A E s c r i t u r a n ã o r e v e la c la r a m e n t e u m p a c t o d a g r a ç a . E s s e é u m t e r m o te o ló g ic o q u e fo i c u n h a d o p a r a e n c a i x a r n o e s q u e m a a m ile n is t a d e e s c a t o l o g i a . e s t ã o i n t i m a m e n t e u n id o s I s r a e l e a ig r e ja n ã o s ã o u m só c u m p r im e n to d o s (1 8 6 ) O r e in o d e D e u s é c e n t r a l n a h i s t ó r i a b íb lic a . F o i c e n t r a l n o V e lh o T e s t a m e n t o , n o m in is t é r io d e J e s u s e n a ig r e ja , e ir á c o n s u m a r - s e c o m o r e t o r n o d e C r i s t o . N ã o h á n e c e s s i d a d e d e e s p e r a r u m r e in o e m u m a é p o c a f u tu r a , p o is o r e in o s e m p r e e x is t i u . ( 1 7 7 - 7 9 ) A p o s i ç ã o o b v i a m e n t e c o n s id e r a q u e D e u s n ã o t e m u m lu g a r p a r a I s r a e l n o fu tu r o . O s a m i le n i s t a s t ê m d if i c u ld a d e d e e x p lic a r R o m a n o s 1 1. A h is t ó r ia e s t á se m o v e n d o p a r a o a lv o d a r e d e n ç ã o t o t a l d o u n iv e r s o (E f 1 .1 0 ; C l 1 .1 8 ) . ( 1 8 7 ) A r e d e n ç ã o t o t a l d o u n iv e r s o é o a lv o d e t o d a s a s c o n c e p ç õ e s m ile n is ta s . I s s o n ã o a p ó i a e s p e c i f ic a m e n t e u m c o n c e i t o a m ile n is ta . A p o c a lip s e 2 0 .4 - 6 r e f e r e - s e a o r e in o d a s a lm a s c o m C r is t o n o c é u , e n q u a n t o e le r e in a p e l a s u a P a la v r a e p e lo s e u E s p ír ito . ( 1 6 4 - 6 6 ) A p o c a l i p s e 2 0 .4 - 5 c la r a m e n t e r e f e r e - s e a u m a r e s s u r r e iç ã o , m a s o s a m ile n is t a s e v i t a m o a s s u n t o . A l g u m a s f o r m a s d o O N o v o T e sta m e n to fre q ü e n te m e n te e q u ip a r a Isra e l A n a ç ã o d e Is r a e l e a ig r e ja s ã o t r a t a d a s c o m o d i s t i n t a s n o N o v o T e s t a m e n t o ( A t 3 .1 2 ; 4 - 8 - 1 0 ; 2 1 .2 8 ; R m 9 .3 - 4 ; 1 0 .1 ; 1 1 ; E f 2 .1 2 ) . e a ig r e ja c o m o u m a u n id a d e ( A t 1 3 .3 2 - 3 9 ; G1 6 .1 5 ; 1 P e 2 .9 ) . ( H o e k e m a , 1 9 7 - 9 8 ) v e r b o g r e g o zao (Cáui ) , “ v i v e r ” , s ã o u s a d a s n o s e n t i d o d e r e s s u r r e iç ã o e m J o ã o 5 .2 5 e A p o c a l i p s e 2 .8 . 86. Quadro Cronológico Dispensacional das Últimas Coisas O ápTrayrjcrofieda (“arrebatam ento”) E ncarnação I 1 W Era da Igreja - I I Mt 1.18-23 Cl 4.4 Fp 2.6-8 Ef 2.3-6 1 Ts 4.17 O ánoKaÁvipiç ( revelação ) O Dia do Senhor I I „ tervalo - Estado Eterno I 1 W O Tempo da Angústia de Ja c ó (In b ulaçao Intermediaria) I X M ilênio i Ml 4.5 1 Ts 5.4 2 Ts 2.2 2 Pe 3.10 Dn 9.27 Mt 24.30-31 1 Pe 1.7,13 Ap 1.1 Ap 20.1-6 Ap 7.26-27 i J 1 Co 15.24-28 Ap 21-22 87. Concepções Acerca das Últimas Coisas Categorias Amilenismo Pós-Milenismo Pré'Milenismo Histórico Pré'Milenismo Dispensacional Segunda Vinda de Cristo Um único evento; nenhuma distinção entre arrebatamento e segunda vinda; introduz o estado eterno. Um único evento; nenhuma distinção entre arrebatamento e segunda vinda; Cristo retorna após o milênio. Arrebatamento e segunda vinda simultâneos; Cristo volta para reinar na terra. A segunda vinda será em duas fases; arrebatamento da igreja; segunda vinda à terra sete anos depois. Ressurreição Ressurreição geral dos crentes e incrédulos na segunda vinda de Cristo. Ressurreição geral dos crentes e incrédulos na segunda vinda de Cristo. Ressurreição dos crentes no início do Milênio. Ressurreição dos incrédulos no final do Milênio. Distinção entre duas ressurreições: 1. Igreja no arrebatamento; 2. Santos do Velho Testamento e da tribulação na segunda vinda; 3. Incrédulos no final do Milênio. Julgamentos Julgamento geral de todas as pessoas. Julgamento geral de todas as pessoas. Julgamento na segunda vinda. Julgamento no final da tribulação. Distinção no julgamento: 1. Obras dos crentes no arrebatamento; 2. Judeus/gentios no final da tribulação; 3. Incrédulos no final do Milênio. Tribulação A tribulação é experimentada nesta era presente. A tribulação é experimentada nesta era presente. Conceito pós-tribulação; a igreja passará pela futura tribulação. Conceito pré-tribulação: a igreja é arrebatada antes da tribulação. Milênio Nenhum milênio literal na terra após a segunda vinda. O reino está presente na era da igreja. A era presente tranforma-se no Milênio por causa do progresso do evangelho. O Milênio é tanto presente quanto futuro. Cristo está reinando no céu. O Milênio não tem necessariamente mil anos. N a segunda vinda, Cristo inaugura um milênio literal de mil anos na terra. Israel e a Igreja A igreja é o novo Israel. N ão há distinção entre Israel e a igreja. A igreja é o novo Israel. N ão há distinção entre Israel e a igreja. Alguma distinção entre Israel e a igreja. Há um futuro para Israel, mas a igreja é o Israel espiritual. Completa distinção entre Israel e a igreja. Programa distinto para cada um. Defensores L. Berkhof; O. T. Allis; G. C. Berkhouwer Charles Hodge; B. B. Warfield; W. G. T. Shedd; A. H. Strong G. E. Ladd; A. Reese; M. J. Erickson L. S. Chafer; J. D. Pentecost; C. C. Ryrie; J. E Walvoord Adaptado de Paul Enns, Moody Handbook of Theology (Chicago: Moody Press, 1989), p. 383. Usado mediante permissão. 88. Perspectivas sobre o Extincionismo Declaração do Conceito Todas as pessoas são criadas imortais, mas aquelas que persistirem no pecado serão completamente aniquiladas, ou seja, reduzidas à não-existência. Proponentes Arnóbio, Edward Fudge, Clark H. Pinnock, socinianos, John R. W. Stott, B. B. Warfield, John Wenham Princípios Existe um inferno literal. Nem todos serão salvos. Existe apenas um tipo de existência futura. Aqueles que não forem salvos serão eliminados ou aniquilados. Eles simplesmente deixarão de existir. Ninguém merece um sofrimento eterno e consciente. Argumentos a Favor Argumentos Contra É inconsistente com o amor de Deus que ele permita o tormento eterno de suas criaturas. Essa noção dá ênfase excessiva ao aspecto material do ser humano. A cessação da existência está implícita em certos termos aplicados ao destino dos ímpios, tais como destruição (Mt 7.13; 10.28; 2 Ts 1.9) e perecer (Jo 3.16). Não há nenhuma evidência lexicográfica ou exegética que sustente a afirmação de que tais termos significam aniquilação. A maneira como esses termos são usados na Escritura revela que não podem significar aniquilação. A punição eterna mencionada em Mateus 25.46 não significa algo infindável. Em Mateus 25.46, é feito um paralelo entre a existência dos crentes e a dos incrédulos. Afirma-se que ambas as formas de existência são eternas. A mesma palavra é usada em ambos os casos. Se a passagem fala de vida eterna para o crente, também deve estar falando de punição eterna para o incrédulo. De outro modo, a palavra “eterno” tem dois sentidos contrastantes no mesmo versículo. Somente Deus possui imortalidade (1 Tm 1.17; 6.16). Deus também confere imortalidade aos santos anjos e à humanidade redimida. Somente Deus tem vida e imortalidade em si mesmo (Jo 5.26), mas isso não significa que ele não tenha conferido existência infindável como uma dádiva natural às suas criaturas racionais. A Escritura apresenta a morte como uma punição pelo pecado (Gn 2.17; Rm 5.12) em vez da imortalidade como uma recompensa pela obediência. A imortalidade é um dom especial relacionado com a redenção em Jesus Cristo (Rm 2.7; 1 Co 15.5254; 2 Tm 1.10). A vida eterna é uma qualidade de vida que os ímpios jamais experimentarão. A expressão “vida eterna" não indica uma existência sem fim, mas refere-se à felicidade da verdadeira comunhão com Deus Qo 17.3). 89* Castigo Eterno Descrição Trevas (Mt 8.12) Choro e ranger de dentes (Mt 8.12; 13.50; 22.13; 24-51) Fornalha de fogo (Mt 13.50) Fogo eterno (Mt 25.41) Fogo inextinguível (Lc 3.17) Abismo (Ap 9.1-11) Tormento eterno, sem descanso de dia ou de noite (Ap 14.10-11) Lago do fogo (Ap 19.20; 21.8) Negridão das trevas (Judas 13) Participantes Satanás (Ap 20.10) A besta e o falso profeta (Ap 20.10) Anjos pecaminosos (2 Pe 2.4) Seres humanos (corpo e alma) serão lançados na punição eterna (Mt 5.30; 10:28; 18.9; Ap 20.15). Efeitos Separação de Deus e da sua glória (2 Ts 1.9) Diferentes graus de punição (Mt 11.21-24; Lc 12.47-48) Estado eterno final; sem segunda oportunidade (Is 66.24; Mc 9.44-48; Mt 25.46; 2 Ts 1.9) Bibliografia Jay E. The Time Is at Hand. Philadelphia: Presbyterian and Reformed, 1970. A d a m s, A l l is , A rch er, Oswald T. 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Te< 3I0: CR IS'IA EM QUADROS Teologia Cristã em Quadros apresenta de uma maneira sucin ta, equilibrada e sistemática as diferentes perspectivas acerca de uma grande variedade de temas teológicos de enorme im portância, tais como: • Teorias evangélicas da inerrância • Argumentos clássicos a favor da existência de Deus • Profecias messiânicas cumpridas em Cristo • O ensino bíblico acerca do Espírito Santo • Os filhos de Deus em Gênesis 6 • Os cinco pontos do calvinismo e do arminianismo • Quatro concepções sobre o batismo em água • Concepções acerca das últimas coisas Estes e muitos outros assuntos abordados tomam essa obra de consulta imprescindível para todo estudioso que verdadei ramente valoriza a Palavra de Deus e deseja saber o que Ele revelou sobre si mesmo, sua natureza e atributos, bem como sobre outros temas relacionados à Teologia Cristã. H. Wayne House nasceu em 1948. Doutorou-se em Teologia no Categoria: Teologia/Referência Dallas Theological Seminary e em Direito na Cobum School o f Law. ISHM 85-7367-311-7 Com mais de 25 anos de experiência em instituições acadêmicas, atualmente é professor de Direito e de Teologia e Cultura na Trinity International University, além de professor visitante de Teologia no Michigan Theological Seminary. Ele é autor de vários livros sobre Teologia e colaborador freqüente de periódicos especializados. H. Wayne House é casado com Leta e têm dois filhos. 9788573 673111 Vida