SILVIA REGINA VALDERRAMAS EFETIVIDADE E SEGURANÇA DA NEBULIZAÇÃO COM SOLUÇÃO SALINA HIPERTÔNICA EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo para obtenção do Título de Doutor em Ciências São Paulo 2008 SILVIA REGINA VALDERRAMAS EFETIVIDADE E SEGURANCA DA NEBULIZAÇÃO COM SOLUÇÃO SALINA HIPERTÔNICA EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo para obtenção do Título de Doutor em Ciências Orientador: Prof. Dr. Álvaro Nagib Atallah São Paulo 2008 Valderramas, Silvia Regina Efetividade e segurança da nebulização com solução salina hipertônica em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: ensaio clínico randomizado/ Silvia Regina Valderramas.São Paulo, 2008. xvii, 69f. Tese (Doutorado) Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. Programa de Pós-graduação em Medicina Interna e Terapêutica. Título em inglês: Efectiveness and safety of inhaling hypertonic saline in patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease: a randomized controlled trial. 1. COPD; 2. Hypertonic saline; 3. Quality of life; 4. Physical exercises; 5. Dyspnea. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE MEDICINA DISCIPLINA DE MEDICINA DE URGÊNCIA E MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA INTERNA E TERAPÊUTICA Chefe do Departamento de Medicina: Prof. Dr. Ângelo Amato Vincenzo De Paola Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna e Terapêutica: Prof. Dr. Álvaro Nagib Atallah iv Silvia Regina Valderramas EFETIVIDADE E SEGURANÇA DA NEBULIZAÇÃO COM SOLUÇÃO SALINA HIPERTÔNICA EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO PRESIDENTE DA BANCA: Prof. Dr. Álvaro Nagib Atallah BANCA EXAMINADORA: Profª. Dra. Maria Lucia Bueno Garcia Profª. Dra. Simone Dal Corso Profª. Dra. Eliane Regina Ferreira Sernache de Freitas Prof. Dr. Clystenes Odyr Soares Silva Suplentes: Prof. Dr. Hernani Pinto de Lemos Junior Prof. Dr. Orsine Valente Aprovada em: 27/08/2008 v A Deus. vi Aos Meus Pais, Nelson Valderramas Neusa Keler Valderramas. vii A minha querida filha Marcela. viii Aos meus irmãos, André Henrique e Junior. ix Ao meu esposo Luiz Augusto. x Agradecimentos Ao Prof. Dr. ÁLVARO NAGIB ATALLAH, Professor Titular da Disciplina de Medicina de Urgência e Medicina Baseada em Evidências do Departamento de Medicina da UNIFESP, Coordenador do Programa de Pós-graduação em Medicina Interna e Terapêutica da UNIFESP e diretor do Centro Cochrane do Brasil, orientador deste trabalho, um homem empreendedor, que com grande profissionalismo incentiva seus colaboradores para o desenvolvimento da ciência, o qual despertou em mim o interesse e a paixão pela pesquisa. Aos Secretários da Disciplina de Medicina de Urgência e Medicina Baseada em Evidências do Departamento de Medicina da UNIFESP, Centro Cochrane do Brasil e Programa de Pós-graduação em Medicina Interna e Terapêutica da UNIFESP, SR. ANDERSON ANACLETO, SR. DAVI LEITE DA SILVA (em especial), SRA. JOANA AMÉLIA PANTOJA e SR. MAURO ISHIOKA (em especial) pela atenção e cordialidade a mim dispensada durante todos esses anos em que estivemos juntos. À Faculdade Evangélica do Paraná, onde comecei minha vida acadêmica, pelo apoio na realização desta pesquisa. À Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina, pela oportunidade de cursar um centro de excelência em ensino e pesquisa deste país. À todos os alunos, pacientes e pessoas que de uma maneira ou de outra estiveram envolvidos na realização deste estudo. xi Abreviaturas DPOC: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica SSH: Solução Salina Hipertônica SSI: Solução Salina Isotônica CFE: Capacidade Funcional ao Exercício VR: Volume Reserva CPT: Capacidade Pulmonar Total CO2: Dióxido de Carbono VEF1: Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo CVF: Capacidade Vital Forçada TC6: Teste da Caminhada em 6 Minutos IMC: Índice de Massa Corporal SpO2: Saturação Periférica de Oxigênio SF-36: Medical Outcomes Study 36 – Item Short-Form Health Survey xii Sumário Resumo.........................................................................................................................................xiv Abstract....................................................................................................................................xvi Introdução....................................................................................................................................01 Métodos........................................................................................................................................03 Tipo de estudo e Locais..............................................................................................03 Participantes........................................................................................................................03 Desfechos e instrumentos de aferição.........................................................................04 Randomização...........................................................................................................05 Intervenção...........................................................................................................................05 Programa de exercícios.......................................................................................................06 Análise estatística................................................................................................................06 Resultados....................................................................................................................................07 Discussão..................................................................................................................................12 Referências...............................................................................................................................15 Anexo 1- Parecer do Comitê de Ética e Pesquisa UNIFESP...............................................................................................................................22 Anexo 1- Parecer do Comitê de Ética e Pesquisa Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba.................................................................................................................................23 Anexo 3 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ................................................24 Anexo 4 - Carta do editor chefe da revista Respiratory Care...........................................27 Anexo 5 - Artigo original enviado para publicação na revista Respiratory Care........................................................................................................................................28 xiii Resumo a ID: NCT00639236b Introdução: O uso de solução salina hipertônica já foi documentado em DPOC como um método de broncoprovocação e indução de escarro, mas estudos que avaliem outros desfechos são necessários. Objetivo: Comparar os efeitos da inalação com solução salina hipertônica (SSH) ou com solução salina isotônica (SSI) associado a treinamento físico em pacientes com DPOC, em relação à capacidade funcional ao exercício (CFE), dispnéia e qualidade de vida. Tipo de estudo e local: O estudo, um ensaio clínico controlado randomizado duplo-cego, foi conduzido em um ambulatório de Reabilitação Pulmonar. Métodos: Sessenta e oito pacientes (67 ± 6.5 anos de idade; VEF1 38.9 ± 16.2 do valor predito) foram randomizados para inalar 3% de SSH (n=34) ou solução salina isotônica (NS) (n=34), associada a um programa de exercícios três vezes/semana, durante 8 semanas. Resultados: Após 8 semanas de tratamento, ambos os grupos mostraram mudanças significativas na CFE, SSH de 204.11±102.54 metros para 251.3±96.8 metros, p<0.001 e SSI de 237±93.4 metros para 441±121 metros p<0,001; dispnéia, SSH de 3.1 ± 0.87 para 2.3 ± 0.76, p< 0.01 e SSI de 3.5 ± 0.23 para 2.3 ± 0.96, p< 0.01 e qualidade de vida, exceto nos domínios capacidade física e aspecto social no grupo SSH, p<0,001. Quando os dois grupos foram comparados, o grupo SSI demonstrou melhora significativa na capacidade funcional ao exercício p<0,001. Houve a ocorrência de efeitos adversos em quatro (12%) pacientes do grupo SSH: três pacientes relataram aumento da tosse e um apresentou broncoespasmo. xiv Conclusão: O presente estudo conclui que a melhora da CFE não foi significante como aquela observada no grupo SSI, e que SSH também está associada ao aparecimento de efeitos adversos, não observados no grupo SSI. Palavras-chave: DPOC, solução salina hipertônica, qualidade de vida, exercícios físicos, dispnéia. a Versão do artigo aceito para publicação na revista Respiratory Care – 2008 (in press) b Ensaio clinico randomizado registrado no clinical trials.gov. xv Abstract c ID: NCT00639236d Background: The use of inhaled hypertonic saline has been documented in COPD as a method of bronchial challenge and sputum induction, but studies that evaluate other endpoints are required. Objective: To compare the effects of either inhaling hypertonic saline (HS) or normal saline (NS) in a group of subjects with COPD undergoing exercise training with regards to functional exercise capacity (FEC), dyspnea and quality of life. Design and Setting: This was a double-blind randomized parallel controlled trial, conducted at the ambulatory care clinic. Methods: Sixty-eight patients (aged 67 ± 6.5 years; predicted FEV1 38.9 ± 16.2) were randomized to inhale 3% HS (n=34) or NS (n=34), combined with an exercise program, three times a week, for 8-weeks. Results: After the 8-weeks treatment period, both groups showed significant changes in FEC, HS from 204.11±92.2 meters to 251.3±96.8 meters, p<0.001 and NS from 237±93.4 meters to 441±121 meters p<0,001; dyspnea, HS from 3.1 ± 0.87 to 2.3 ± 0.76, p< 0.01 and NS from 3.5 ± 0.23 to 2.3 ± 0.96, p< 0.01 and quality of life, with the exception of the domains of physicalfunctioning and social aspect in the HS group. When both groups were compared, the NS group was associated with a significant improvement in the FEC p<0,001. There was an occurrence of adverse effects in four (12%) patients in the HS group: three patients related increase in coughing and one showed bronchospasm. xvi Conclusion: the present study concluded that the improvement of FEC was not as significant as the one observed with the NS, and that HS was also associated with side effects not seen in the NS group. Key words: COPD; hypertonic saline solution, quality of life; physical exercises; dyspnoea. c d Versão do artigo aceito para publicação na revista Respiratory Care – 2008 (in press) Ensaio clinico randomizado registrado no clinical trials.gov. xvii 1 Introduçãoe Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) podem apresentar hipersecreção de muco nas vias aéreas1, 2 e hipertrofia das células caliciformes.3 A hipersecreção de muco causa obstrução e aumento da resistência nas vias aéreas, limitação ao fluxo aéreo, que resulta em aprisionamento aéreo e aumento na relação volume residual/capacidade pulmonar total (VR/CPT). O aprisionamento aéreo pode diminuir a eficiência diafragmática e causar uma redução da capacidade funcional ao exercício. Áreas mal ventiladas levam a um desequilíbrio da relação ventilação/perfusão com conseqüente hipoxemia e hipercapnia4, 5. Além disso, a redução do transporte mucociliar pode promover a colonização de bactérias, levando a repetidas infecções respiratórias e exacerbações, particularmente em DPOC.6 A hipersecreção crônica presente em indivíduos com DPOC está associada à deterioração de um grande número de variáveis clínicas como função pulmonar, risco de hospitalização e risco de morte. 6 Medicações que alteram as propriedades do muco e promovem o aumento do transporte de secreções são denominadas “mucoativas.” Estas medicações incluem drogas expectorantes, mucolíticas, muco regulatórias, mucossípicas e mucocinéticas.7 Uma revisão sistemática da Cochrane analisou os efeitos de drogas mucolíticas em pacientes com bronquite crônica ou DPOC com relação ao número de exacerbações, número de dias afastados do trabalho e/ou das atividades de vida diária, função pulmonar, efeitos adversos, tolerância ao exercício e qualidade de vida. Os resultados concluem que o uso de mucolíticos está associado a uma pequena redução do número de exacerbações e de dias afastados do trabalho e/ou das atividades de vida diária. 8 Solução salina hipertônica (SSH) é um expectorante que atua reduzindo o bloqueio do muco da camada gel nas vias aéreas.9, 10 Ela também permite a saída osmótica de líquido através do epitélio, e, portanto aumenta a hidratação do muco. O muco mais hidratado pode então ser 2 removido mais facilmente pelo transporte mucociliar, ou, pela tosse. 11 Finalmente, SSH é fácil e de pouco custo para produzir.12 O uso de SSH já foi documentado extensivamente em indivíduos saudáveis, asma, bronquiectasia, fibrose cística e DPOC como um método de indução de escarro, 2, 13-15associado à técnicas fisioterapêuticas de higiene brônquica,16-18 melhora do transporte mucociliar19,20 e função pulmonar,15, 20-23 qualidade de vida24 e resposta inflamatória das vias aéreas. 25 Entretanto, Rubin, 26 em um estudo, concluiu que as alterações da capacidade funcional ao exercício (descrita como uma adequada ventilação, troca gasosa, circulação sangüínea, transporte de oxigênio, massa muscular, percepção do esforço e treinamento do paciente) são provavelmente um indicador de transporte mucociliar mais sensível do que a avaliação de função pulmonar, assim como, que estudos que avaliem outros desfechos são necessários. De acordo com o nível mais forte de evidência (nível A), reabilitação pulmonar utilizando a modalidade de treinamento físico melhora a capacidade funcional ao exercício, dispnéia e a qualidade de vida em DPOC27, entretanto, ainda permanece obscuro se a associação de SSH ou solução salina isotônica (SSI) ao treinamento físico resulta em melhores desfechos clínicos. Portanto, o objetivo do presente estudo foi comparar os efeitos da SSH ou SSI em pacientes com DPOC submetidos à treinamento físico, com relação à capacidade funcional ao exercício (CFE), dispnéia e qualidade de vida, assim como analisar o aparecimento de efeitos adversos. e Versão do artigo aceito para publicação na revista Respiratory Care – 2008 (in press) 3 Métodosf Tipo de estudo e Locais O estudo, um ensaio clínico controlado randomizado duplo-cego, foi conduzido no ambulatório de Reabilitação Pulmonar da Faculdade Evangélica do Paraná e Universidade Federal de São Paulo, entre 2004 e 2006, após a aprovação pelos respectivos comitês de ética em pesquisa, sob protocolos nº 017/04 e nº 1021/03. Participantes Indivíduos entre 40 e 75 anos de idade, com encaminhamento médico para o Programa de Reabilitação Pulmonar, com diagnóstico clínico e espirométrico de DPOC de acordo com Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD)28 foram incluídos no estudo. O uso de broncodilatadores e corticóides foram permitidos, mas foi recomendado manter as mesmas dosagens durante o estudo. Eles deveriam estar clinicamente estáveis por no mínimo um mês, ser ex-tabagistas (período > 6 meses), sem doença cardíaca grave ou instável (ICC grau II,III e IV) ou qualquer outra condição patológica que impedissem os mesmos de realizar suas atividades físicas (ex. doenças cerebrovasculares ou reumatológicas). Pacientes com história prévia de intolerância a inalação de SSH, em período de instabilidade da doença (definido como um número maior que duas hospitalizações por DPOC no último ano), 15 com história de asma foram excluídos. Os participantes foram informados sobre os objetivos e procedimentos do estudo e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido antes de sua participação. Todos os pacientes foram submetidos a uma avaliação clínica para obtenção dos dados pessoais e clínicos, incluindo dados antropométricos, teste de função pulmonar, uso de medicação e saturação periférica de oxigênio (Tabela 1). 4 Desfechos e instrumentos de aferição O desfecho primário deste estudo foi a capacidade funcional ao exercício (CFE), avaliada através do teste da caminhada em seis minutos (TC6), 29 o qual apresenta boa reprodutibilidade na avaliação da capacidade funcional ao exercício em DPOC. 30-32 Foram mensurados, no início e ao término do teste, os seguintes parâmetros: pressão arterial, freqüência cardíaca, saturação periférica de oxigênio (SpO2), sensação de dispnéia e cansaço através da escala de Borg. 33 Dispnéia foi avaliada através da escala modificada Medical Research Council. 34 Esse instrumento consiste em uma escala de cinco pontos, baseada nos graus de dispnéia desencadeada por diversas atividades de vida diária: 0 - sem dispnéia (exceto em atividades extenuantes); 1 - ligeiro grau de dispnéia (dispnéia ao andar rapidamente no plano ou normalmente em uma subida leve); 2 - grau moderado de dispnéia (caminhar mais devagar do que outras pessoas de mesma idade no plano devido a dispnéia); 3 - severo grau de dispnéia (parar para respirar após caminhar cerca de 100 metros ou após poucos minutos no plano); e 4 grau de dispnéia muito severa (incapacidade de sair de casa e de se vestir pela dispnéia). Qualidade de vida foi avaliada através do questionário Medical Outcomes Study 36 – Item Short-Form Health Survey - SF36. 35 Esse instrumento multidimensional é dividido em oito domínios: capacidade física, aspecto físico, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspecto social, aspecto emocional, saúde mental. O score total varia de 0 a 100 para cada domínio, sendo que alto score indica melhor qualidade de vida. Este instrumento foi validado para a língua portuguesa36 e mostrou-se aplicável37 e fidedigno em DPOC. 38-41 Os pacientes foram avaliados quanto a todos esses desfechos, no início e após completarem 8 semanas de tratamento. O aparecimento de efeitos adversos foi analisado a cada procedimento de inalação. Os pacientes eram livres para solicitar a descontinuação do procedimento em caso de apresentarem sintomas ou sinais indesejáveis (como tosse ou sensação de esforço para respirar). 42 A presença 5 de broncoespasmo foi mensurada de acordo com o protocolo para indução de escarro15 (caso o pico de fluxo expiratório apresentasse uma queda ≥ 20% do valor obtido antes do procedimento, VEF1 era mensurado. Caso o VEF1 também apresentasse uma queda ≥ 20%, o procedimento era interrompido). Todos os dados foram coletados por um mesmo avaliador, que estava cego em relação às intervenções, assim como os pacientes. Randomização Uma tabela randômica padronizada foi utilizada para a alocação de caixas numeradas aos pacientes. Cada caixa continha 24 ampolas de solução com a dose e seqüência rigorosamente pré-determinada. No início do tratamento cada caixa foi aberta por uma pessoa não envolvida no estudo, sendo, então, registrados em uma ficha os dados demográficos os quais deram origem ao banco de dados do paciente. Intervenção Os pacientes foram randomizados para inalar SSH (5 ml de solução a 3%) ou SSI (5 ml de solução a 0.9%), três vezes/semana, durante 8 semanas, imediatamente antes do programa de exercícios. Todos os pacientes mantiveram sua medicação regular e dieta habitual durante o estudo. Antes da inalação, 200 µg de salbutamol via inalador dosimetrado foi administrado.15 Após 10 minutos deste procedimento, SSH e a SSI foram administradas, utilizando um nebulizador ultra-sônico portátil Respiramax, NS, São Paulo, Brazil, com um fluxo de 1 ml/min e partículas de 0.5 mícron. O paciente permanecia na posição sentada, segurando a máscara bucal próxima à sua boca. Eles eram instruídos a realizar respiração bucal, por um período de 15 minutos. 6 Programa de exercícios O programa de exercícios consistiu em sessões de 90 minutos, três vezes/semana, durante 8 semanas. Cada sessão consistia em uma fase de aquecimento, treinamento de membros superiores e inferiores, treinamento aeróbico (20 minutos na esteira ergométrica) e alongamento. 43 A intensidade do treinamento foi individualizada, sendo 80% da freqüência cardíaca máxima43 atingida no teste incremental para membros inferiores, realizado de acordo com o protocolo de Harbor. 44 Os pacientes foram monitorados durante a realização dos treinamento com relação a saturação periférica de oxigênio (SpO2) e freqüência cardíaca (FC). Análise Estatística Uma amostra de sessenta e oito pacientes foi calculada para proporcionar um poder de estudo de 80% (α=0.05 β= 0.20), para detectar uma diferença de 20% sobre a capacidade funcional ao exercício entre os dois grupos. 45 As análises estatísticas e confecção dos gráficos foram efetuados com o pacote estatístico Statística, versão 7 (STATSOFT, INC.) A normalidade de todos os dados foi testada utilizando-se o teste Kolmogorov-Smirnov. Os resultados são apresentados através de média e desvio-padrão. Diferenças entre os grupos para os dados iniciais foram analisadas utilizando-se o teste-T para amostras independentes. O teste qui-quadrado foi utilizado para analisar a melhora da dispnéia. Diferenças na distância percorrida no TC6 entre os grupos foram analisados utilizando-se o teste-T para amostras dependentes. O teste de Wilcoxon pareado46 foi utilizado para analisar a dispnéia. Significância foi assumida com p< 0.05. f Versão do artigo aceito para publicação na revista Respiratory Care – 2008 (in press) 7 Resultadosg A Tabela 1 demonstra as características basais antropométricas, de função pulmonar, de saturação periférica de oxigênio, capacidade funcional ao exercício, dispnéia e uso concomitante de broncodilatadores e corticóides. Nenhum paciente estava fazendo uso de antibióticos. Tabela 1 – Características basais antropométricas, espirométricas e clínicas dos pacientes. SSH SSI n = 34 n = 34 Idade (anos)* 68± 6.5 67± 6.5 0.531 Gênero (F/M) 13/21 14/20 0.804 IMC(Kg/m2) 25.7±4.8 26.9±4.6 0.187 VEF1 * (l - % of pred.) 1.27±0.63 (45±0.20) 1.31 ± 0.65 (49±0.21) 0.757 CFV (l- % of pred.) 2.32 ± 0.87 (67±0.26) 2.18 ± 0.86 (65±0.24) 0.697 VEF1/CVF* (% of pred.) 67±0.22 76±0.23 0.123 SpO2 - % 91.4±2.48 90.7±3.43 NS TC6 (metros) 204.11±102.54 237±93.4 0.136 Dispnéia 3.1 ± 0.87 3.5 ± 0.23 0.131 Broncodilatadores 34 (100%) 33 (97%) NS Corticóides 34 (100%) 33 (97%) NS Uso concomitante Valor p de medicações- nº (%) * média ± DP; SSH: solução salina hipertônica; SSI: solução salina isotônica; F: feminino; M: masculino; IMC – índice de massa corporal; VEF1 – volume forcado expirado no primeiro segundo; CVF– capacidade vital forcada; SpO2 – saturação periférica de oxigênio; TC6: teste da caminhada em 6 minutos; NS – não significante. Dos 68 pacientes randomizados para o grupo SSH (n=34) ou para o grupo SSI (n =34), sessenta e quatro pacientes (SSH=30, SSI=34) completaram 56 dias de tratamento (Figura 1). Quatro pacientes do grupo SSH saíram durante o estudo por ocorrência de efeitos adversos. 8 Randomização(n=68) Grupo SSH (n=34) Perda (n=4) Grupo SSI (n=34) Seguimento de 56 dias Incluídos na analise (n=34) Seguimento de 56 dias Incluídos na analise (n=30) Figura 1: Perfil do estudo Capacidade Funcional ao Exercício Após o período de 8 semanas de tratamento, ambos os grupos demonstraram melhora significativa da distância percorrida no TC6, (SSH de 204.11±102.54 metros para 251.3±96.8 metros, p<0.001), e (SSI de 237±93.4 metros para to 441±121 metros, p<0.001). (Figura 2) * 9 TC6 (teste da caminhada de 6 minutos) (metros) 700 a) b) 600 500 * 400 300 200 100 0 pré SSH pré SSI pós SSI pós SSH Média ±DP ±2DP Figura 2 – Distribuição da média ± DP da distância percorrida no TC6 pré e pós intervenção. a) grupo SSH; b) grupo SSI respectivamente. * p<0.05 Quando os grupos foram comparados, o grupo SSI demonstrou uma melhora significativa em relação ao grupo SSH, p<0.001. (Figura 3) 10 400 * Diferença do TC6 (pós-pré) 350 300 250 200 150 100 50 Media Média ±DP ±2DP 0 Hipertônica SSH Placebo SSI Figura 3: Comparação entre as médias ± DP da distância percorrida no TC6 entre os grupos SSH e SSI. * p<0.05 Dispnéia Houve uma melhora significativa no score da dispnéia nos grupos, (SSH de 3.1 ± 0.87 para 2.3 ± 0.76, p< 0.01), e (SSI de 3.5 ± 0.23 para 2.3 ± 0.96, p< 0.01). Não houve diferenças significativas entre os dois grupos, p=0.079. Qualidade de vida Houve uma melhora significativa da qualidade de vida em ambos os grupos, exceto nos domínios capacidade física e aspecto social no grupo SSH. Não houve diferenças significativas quando os grupos foram comparados, com relação aos outros domínios (dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspecto social, aspecto emocional, saúde mental). (Tabela 2) 11 Tabela 2 – Distribuição dos scores dos domínios do questionário SF-36 para os grupos SSH e SSI. SSH SSH SSI SSI pre pos pre pos 28,66 ±18,79 54,23±22,52 33.6± 24.3 59,17±23,29* 0.927 Aspecto físico 25,83 ± 30,43 46±42,10* 27.7± 34 55.2±40.4* 0.850 Dor 52,93± 26,84 62,53±26,70* 50.4± 28.3 64.2±24.2* 0.849 Estado geral de 49,96± 22,58 56,6±19,03* 47.8±23.2 56.7±20.3* 0.701 Vitalidade 43± 21,07 54,55±20,01* 39.8±26.1 59.5±18.2* 0.566 Aspecto social 58,35± 33.35 70,83±25,91 55.6±32.6 71.3±32.6* 0.580 Aspecto 40,08 ± 41,13 60,01±43,24* 48.2±42.7 72.5±40.6* 0.621 60,13 ± 28,17 68,93±23* 56.5±40.6 69.9±20.5* 0.597 Capacidade Valor p física saúde emocional Saúde mental * p<0.05 para comparação pré e pós intra grupos; coluna com o valor de p refere-se a comparação entre grupos. Efeitos adversos Houve a ocorrência de efeitos adversos em quatro (12%) pacientes do grupo SSH: três pacientes relataram aumento da tosse e um apresentou broncoespasmo. g Versão do artigo aceito para publicação na revista Respiratory Care – 2008 (in press) 12 Discussãoh Após um período de 8 semanas de tratamento, os resultados do presente estudo mostram que nebulização com SSH não está associada com uma melhora significativa da capacidade funcional ao exercício, dispnéia e qualidade de vida quando comparada a nebulização com SSI. Além disso, SSH esteve associada ao aparecimento de efeitos adversos como tosse e broncoespasmo. Os grupos foram similares em relação às características basais antropométricas, de função pulmonar, saturação periférica de oxigênio, capacidade funcional ao exercício (SSH=204 vs. SSI=237), dispnéia e uso concomitante de broncodilatadores e corticóides. Houve uma predominância de homens em ambos os grupos. 47, 48 Além disso, os pacientes demonstraram um comprometimento de moderado a grave de DPOC segundo classificação do GOLD, 28 o que justifica o uso de broncodilatadores e corticóides pelos pacientes. Com relação à distância caminhada no TC6, após o tratamento, os pacientes alocados para ambos os grupos mostraram um melhora clínica da distância percorrida (onde a diferença mínima clinicamente importante é estimada em 54 metros31), sendo que no grupo SSI a diferença foi maior. O pior desempenho do grupo SSH pode estar relacionado à resposta inflamatória da vias aéreas, a qual, segundo alguns estudos, causa alterações na função pulmonar, 16 assim como redução da capacidade inspiratória (CI), aumento do volume aéreo intratorácico e volume residual (hiperinsuflação), 49 acarretando uma má ventilação e conseqüente má oferta de oxigênio à musculatura periférica. Com relação à avaliação da dispnéia, ambos os grupos demonstraram melhora em seus resultados (onde a diferença mínima clinicamente importante foi definida pela transição de uma unidade de dispnéia50), mas não foi observada diferença significativa entre os grupos. Esses resultados discordam com os de Makris e colaboradores42, que concluiu que em pacientes em estágios menos avançados da doença, dispnéia e saturação de oxigênio melhoraram após 13 inalação com solução salina hipertônica. Segundo Taube49e colaboradores, o aumento da dispnéia está associada com a queda no VEF1, e conseqüente aumento do esforço muscular ventilatório. Apesar do pré-tratamento com salbutamol, quatro pacientes do estudo apresentaram efeitos adversos (três apresentaram tosse e um apresentou broncoespasmo) após a inalação com SSH. Em um estudo conduzido por Postma e Kerstjens,51 dois terços dos pacientes com DPOC reportaram efeitos adversos após inalação com SSH. Carpagnano e colaboradores25 sugerem que SSH causa um baixo nível de inflamação nas vias aéreas, que poderia ser demonstrado mensurando os níveis de marcadores inflamatórios como interleucina 6 (IL-6) e fator de necrose tumoral (TNF-α). O questionário SF-36 foi escolhido para avaliar a qualidade de vida em pacientes com DPOC. 37-41 No presente estudo, uma melhora significativa da qualidade de vida foi observada em ambos os grupos, exceto nos domínios capacidade física e aspecto social no grupo SSH. O grupo SSI apresentou, em todos os domínios do questionário, valores maiores de média e valores menores de desvio padrão. Isso pode ser explicado pelo fato de que ambos os grupos estavam sendo submetidos a treinamento físico. Outro estudo demonstra que a realização de exercícios aumenta a produção de beta-endorfinas e aminas biogênicas, reduzindo a ansiedade e produzindo a sensação de bem-estar. 52 Em um estudo, Snoeck-Stroband e colaboradores 24 concluíram que o pior score de qualidade de vida estava associado a um alto índice de células inflamatórias no escarro induzido. Pellegrini, 53 estudou os efeitos da inalação de água termal sobre a qualidade de vida em DPOC, e demonstrou uma melhora nos domínios atividade e impacto da doença do questionário St. George’s. A força deste estudo está no fato de que este avalia diferentes desfechos quando comparado com outros que testaram o uso de nebulização com solução salina hipertônica 14 associada a treinamento (como transporte mucociliar, função pulmonar, número de exacerbações e indução de escarro). Uma das limitações deste estudo é o tamanho da amostra e a utilização de um questionário não especifico para a avaliação da qualidade de vida. Entretanto, os resultados são consistentes com os já encontrados e podem ser extrapolados para a prática clínica. Em conclusão, o resultado do presente estudo confirma a evidência de que nebulização com solução salina hipertônica é pode ser desfavorável à capacidade funcional ao exercício comparada à nebulização com solução salina isotônica, e está associada ao aparecimento de tosse e broncoespasmo. Ainda permanece obscuro se a resposta da CFE à inalação com SSH em pacientes com DPOC está associada a uma deterioração da função pulmonar. Da mesma forma, se o único preditor da melhora da CFE é o treinamento físico o que sugere, portanto, a necessidade da realização de novos estudos comparativos entre três grupos: treinamento físico (TF) versus SSH + TF e SSI + TF. h Versão do artigo aceito para publicação na revista Respiratory Care – 2008 (in press) 15 Referências 1. Medical Research Council. Definition and classification of chronic bronchitis for clinical and epidemiological purposes. 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Respir Med 2005; 99:748-754. 20 ANEXOS Anexo 1 - Parecer do Comite de Ética em Pesquisa da UNIFESP 21 Anexo 2 - Parecer do Comite de Ética em Pesquisa da Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba 22 Anexo 3 - Termo Consentimento Livre e Esclarecido O (a) Sr. (a) está sendo convidado a participar de um estudo intitulado: “Efetividade e segurança da nebulização com solução salina hipertônica em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: ensaio clinico randomizado.” Estas informações estão sendo fornecidas para a sua participação voluntária neste estudo, cujo objetivo é comparar os efeitos da solução salina hipertônica (SSH) ou solução salina isotônica (SSI) em pacientes com DPOC submetidos à treinamento físico, com relação à capacidade funcional ao exercício (CFE), dispnéia (“falta de ar”) e qualidade de vida, assim como analisar o aparecimento de efeitos adversos (como tosse e dificuldade para respirar). Caso você participe da pesquisa, será necessário comparecer aos atendimentos para realizar o tratamento, que consta de inalação de solução salina, imediatamente antes da realização de exercícios físicos do Programa de Reabilitação Pulmonar. Os atendimentos serão realizados 3X/semana durante 8 semanas. Durante o estudo você não deverá se submeter a outro tipo de tratamento. Você poderá experimentar alguns desconfortos relacionados à inalação da solução salina, como tosse e dificuldade para respirar, entretanto, você é quem determinará o máximo tempo que conseguirá realizar o tratamento, e que solicitará o fim do mesmo. Não haverá riscos envolvendo seu tratamento, e os benefícios esperados serão a possível melhora da CFE, dispnéia e qualidade de vida. Em qualquer etapa do estudo, você terá acesso aos profissionais responsáveis pelo mesmo. O principal pesquisador é a fisioterapeuta e professora Silvia Regina Valderramas, que poderá ser encontrada no endereço: Faculdade Evangélica do Paraná, nº 2770 ou no telefone (41)99962208. Se você tiver alguma dúvida sobre a ética em pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba - telefone (41) 3240-5570. Estão garantidas todas as informações que você queira, antes, durante e após o estudo. 23 A sua participação neste estudo é voluntária. Você tem a liberdade de recusar a participar do estudo, ou se aceitar, retirar seu consentimento a qualquer momento. Este fato não implicará na interrupção de seu atendimento, que está assegurado. As informações relacionadas ao estudo poderão ser inspecionadas pelo pesquisador e fisioterapeuta e pelas autoridades legais, no entanto, se qualquer informação for divulgada em relatório ou publicação, isto será sob forma codificada, para que a confidencialidade seja mantida. Todas as despesas necessárias para a realização da pesquisa NÃO são da responsabilidade do paciente. Pela sua participação no estudo você não receberá qualquer valor em dinheiro. Quando os resultados forem publicados, não aparecerá seu nome e sim um código. Ao pesquisador cabe o compromisso de utilizar os dados e o material coletado somente para esta pesquisa. Eu,..........................................................................................................................acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li ou que foram lidas para mim, descrevendo o estudo “Efetividade e segurança da nebulização com solução salina hipertônica em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: ensaio clínico randomizado.” Ficaram claros para mim quais são os objetivos do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que minha participação é voluntária. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que possa ter adquirido, ou no meu atendimento nesse Serviço. ______ ____________________________ Data: ___/___/___. Assinatura do paciente/representante legal ___________________________________ Data: ___/___/___. 24 Assinatura da testemunha Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido deste paciente ou representante legal para a participação neste estudo. ___________________________________ Assinatura do responsável pelo estudo Data: ___/___/___. 25 Anexo 4 – Carta do editor chefe da revista Respiratory Care. 02‐Jun‐2008 Dear Prof. Valderramas: Manuscript ID RC‐00279 entitled "EFFECTIVENESS AND SAFETY OF INHALING HYPERTONIC SALINE IN PATIENTS WITH CHRONIC OBSTRUCTIVE PULMONARY DISEASE: A RANDOMISED TRIAL," which you submitted to Respiratory Care, has been evaluated by 3 external consultants, whose comments are included at the bottom of this letter. Reviewer #1 makes numerous suggestions for revision in the attached file. Although this reviewer suggests many revisions, many of these relate to style and ways that the wording of your paper can be improved. In addition, there are also comments of substance related to your study that will need to be addressed to satisfy this reviewer. Reviewers 2 and 3 were much more positive about your paper. In their confidential comments to me, they used words like "this is one of the best original investigations that I have reviewed for Respiratory Care" and "A good, solid piece of work." I agree with these reviewers' assessment that your manuscript merits publication, but I also agree that it can be made better with revision. To revise your manuscript, log into http://mc.manuscriptcentral.com/rcare and enter your Author Center, where you will find your manuscript title listed under "Manuscripts with Decisions." Under "Actions," click on "Create a Revision." Your manuscript number has been appended to denote a revision. You will be unable to make your revisions on the originally submitted version of the manuscript. Instead, revise your manuscript using a word processing program and save it on your computer. Please also highlight the changes to your manuscript within the document by using the track changes mode in MS Word or by using bold or colored text. Once the revised manuscript is prepared, you can upload it and submit it through your Author Center. When submitting your revised manuscript, please list the reviewers' comments in the space provided and note the changes you have made to the original manuscript. In order to expedite the processing of the revised manuscript, please be as specific as possible in your responses to the reviewers. IMPORTANT: Your original files are available to you when you upload your revised manuscript. Please delete any redundant files before completing the submission. Once again, thank you for submitting your manuscript to Respiratory Care. I look forward to receiving your revision. Sincerely yours, Dean R Hess PhD RRT FAARC Editor in Chief, Respiratory Care [email protected] 12‐Sep‐2008 Dear Prof. Valderramas: 26 Thank you for revising and resubmitting your manuscript entitled "EFFECTIVENESS AND SAFETY OF HYPERTONIC SALINE INHALATION COMBINED WITH EXERCISE TRAINING AMONG PATIENTS WITH CHRONIC OBSTRUCTIVE PULMONARY DISEASE: A RANDOMIZED TRIAL." I am satisfied with the changes, and am therefore pleased to accept it for publication in Respiratory Care. Our copyeditor will be in touch with you via email with any questions, and you will receive page proof prior to final publication. Sincerely yours, Dean R Hess PhD RRT FAARC Editor in Chief, Respiratory Care [email protected] Reviewer(s)' Comments to Author: Reviewer: 1 Comments to the Author The authors have adequately addressed most of my comments and queries. 27 Anexo 5 - Artigo com correção final encaminhado para publicação na revista Respiratory Care. EFFECTIVENESS AND SAFETY OF INHALING HYPERTONIC SALINE IN PATIENTS WITH CHRONIC OBSTRUCTIVE PULMONARY DISEASE: A RANDOMIZED TRIAL. Silvia Regina Valderramas PT, PhD a,b; Álvaro Nagib Atallah MD, PhD a,c a Respiratory Rehabilitation Division, Evangelical Faculty of Paraná, Physiotherapy Department, Curitiba, Brazil. Email: [email protected] b Federal University of São Paulo – Escola Paulista de Medicina, Emergence Medicine Department, São Paulo, Brazil c Brazilian Cochrane Center, São Paulo, Brazil. Registered in clinical trials.gov: ID: NCT00639236 Abstract Background: The use of inhaled hypertonic saline has been documented in COPD as a method of bronchial challenge and sputum induction, but studies that evaluate other endpoints are required. Objective: To compare the effects of either inhaling hypertonic saline (HS) or normal saline (NS) in a group of subjects with COPD undergoing exercise training with regards to functional exercise capacity (FEC), dyspnea and quality of life. Design and Setting: This was a double-blind randomized parallel controlled trial, conducted at the ambulatory care clinic. Methods: Sixty-eight patients (aged 67 ± 6.5 years; predicted FEV1 38.9 ± 16.2) were randomized to inhale 3% HS (n=34) or NS (n=34), combined with an exercise program, three times a week, for 8-weeks. Results: After the 8-weeks treatment period, both groups showed significant changes in FEC, HS from 194.7±92.2 meters to 251.3±96.8 meters, p<0.001 and NS from 237±93.4 meters to 441±121 meters p<0,001; dyspnea, HS from 3.1 ± 0.87 to 2.3 ± 0.76, p< 0.01 and NS from 3.5 ± 0.23 to 2.3 ± 0.96, p< 0.01 and quality of life, with the exception of the domains of physical-functioning and social aspect in the HS group. When both groups were 28 compared, the NS group was associated with a significant improvement in the FEC p<0,001. There was an occurrence of adverse effects in four (12%) patients in the HS group: three patients related increase in coughing and one showed bronchospasm. Conclusion: the present study concluded that the improvement of FEC was not as significant as the one observed with the NS, and that HS was also associated with side effects not seen in the NS group. Key words: COPD; hypertonic saline, quality of life; physical exercises; dyspnea. Introduction Patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) can exhibit airway mucus hypersecretion1, 2 and goblet cell hypertrophy. 3 Mucus hypersecretion leads to airway obstruction, increased airway resistance, and airflow limitation that result in gas trapping and increase RV/TLC. Air trapping can decrease efficiency of the diaphragm and cause a reduction in functional exercise capacity. Poorly ventilated areas cause ventilation/perfusion mismatch, and ultimately results in hypoxemia and CO2 retention.4, 5 In addition, abnormal mucociliary clearance may promote bacterial colonization, leading to repeated chest infections and exacerbations, particularly in COPD.6 Chronic mucus hypersecretion in subjects with COPD has been associated with deterioration of a number of clinical variables that include lung function, risk of hospitalization, and risk of death. 6 The general term for medications that are meant to affect mucus properties and promote secretion clearance is “mucoactive.” These include expectorants, and mucolytic, mucoregulatory, mucospissic and mucokinetic drugs.7 A Cochrane review analysed the effects of mucolytics in patients with chronic bronchitis or COPD with regards to number of exacerbations, number of days of disability, lung function, adverse effects, 6MWD and quality of life. The results concluded that mucolytics was associated with a small reduction in acute exacerbations and a reduction in number of days of disability.8 29 HS is an expectorant that believed to work by reducing entanglements in the airway mucus gel.9, 10 It may also osmotically draw liquid through the airway epithelium, and thereby increase the water content of the airway mucus.11 The hydrated airway mucus may then be more easily removed by mucociliary clearance, or, by coughing.11 Finally, HS is also easy and inexpensive to produce12. The use of inhaled HS has been extensively documented in asthma, bronchiectasis, cystic fibrosis and COPD as a method of sputum induction,2, 13 effectiveness of chest physiotherapy,1518 improvement of mucus clearance and lung function,19-23 quality of life,24 airway inflammation.25 However, Rubin26 concluded that changes in functional exercise capacity (is related to adequate ventilation, gas exchange, blood circulation, oxygen transport, muscle mass, patient effort, and patient training) are probably a more sensitive indicator of mucus clearance than the usual pulmonary functional measurements, and studies that evaluate other endpoints are required. According to the strongest level of evidence (level A), pulmonary rehabilitation using a muscle training modality improves the functional exercise capacity, dyspnea and health-related quality of life (HRQOL) in COPD,27 however, it remains unclear if the addition of HS or NS to exercise training results in better clinical outcomes. Furthermore, the objective of the present study was to compare the effects of either inhaling hypertonic saline (HS) or normal saline (NS) in a group of subjects with COPD undergoing exercise training with regards to functional exercise capacity (FEC), dyspnea and quality of life, and also to analyse any adverse effects. Methods Study design and Setting A double blind randomized parallel controlled trial was conducted at the ambulatory care clinic, between 2004 and 2006, after the respective Institutional Ethics Committee had approved the protocol (nº 017/04) on 27th April, 2004. 30 Study Subjects Subjects between 40 and 75 years of age referred by a physician to the Pulmonary Rehabilitation Program with clinical and spirometric diagnosis of moderate and severe degree of COPD according to the Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD), 28 were included in the study. Bronchodilators and inhaled corticosteroids were recommended at the same dose schedule during the study. They had to be stable for at least a year, be ex-smokers (period > 6 months), and without severe and/or unstable heart disease or any other pathologic condition that could impair their physical activities. Patients with a known history of intolerance to inhaled hypertonic saline, unstable lung disease (defined as > 2 acute care hospitalizations for COPD in the last year), 16 history of asthma were excluded. The participants were informed about the procedures of the study and signed an informed consent form prior to participation. All patients underwent a clinical examination to obtain clinical and personal data, including their anthropometric data, a test for pulmonary function, use of medication and oxygen saturation (Table1). Measurement of the Outcomes The primary outcome of this trial was the functional exercise capacity (FEC) as measured by the 6-minute walking distance test (6MWD), 29 since it provides a good, reproducible measure of the overall functional capacity in patients with COPD.30-32 The following parameters were measured at baseline the start and after completing 8-weeks of therapy: blood pressure, heart rate, oxygen saturation (SpO2), sensation of dyspnea and overall fatigue according to the Borg scale.33 Functional dyspnea was measured according to the modified Medical Research Council rating.34 This rating consists of a five-point scale based on degrees for various physical activities that precipitate breathlessness, as follows: category 0 – no dyspnea (except with strenuous exercise); category 1 - slight degree of dyspnea (troubled by shortness of breath when hurrying 31 on the level or walking up a slight hill); category 2 - moderate degree of dyspnea (walks slower than people of the same age on the level because of breathlessness); category 3 - severe degree of dyspnea (stops for breath after walking about 100 yards or after a few minutes on the level); and category 4 - very severe degree of dyspnea (too breathless to leave the house or breathless when dressing or undressing). The general health status was measured using the Medical Outcomes Study 36 – Item Short-Form Health Survey - SF36.35 This multidimensional instrument is divided into eight domains: physical-functioning, physical aspect, pain, general health, vitality, social-functioning, emotional aspect, mental health, where the total score ranges from 0 to 100, with higher scores indicating a better quality of life. This instrument is available in the Portuguese language36 and has been shown to be reliable37 and responsive in evaluating COPD.38-41 The patients were assessed at the baseline and after completing the 8-weeks of treatment. Adverse effects were analyzed on each inhalation. The patients were free to ask for discontinuation of the procedure in case they experienced undesired symptoms (cough, sensation of effort to breath). 42 The presence of bronchospasm was measured in according of sputum induction protocol16 (if the peak expiratory flow rate had fallen by ≥ 20 percent from the baseline, FEV1 was measured. If FEV1 had a fallen by ≥ 20 percent from baseline, the inhalation was terminated). All the data were collected by the same collector who was blinded to the treatment, as were the patients. Randomisation A standard table of random numbers was used to allocate boxes to subjects. Each box contained 24 ampoules of the solution with a rigorously predetermined dose schedule and sequence. Once opened, the number of the box was recorded along with demographic information by a person not involved in the study. 32 Study Protocol The patients were randomized to inhale either HS (5 ml of a 3% solution) or NS (5 ml of a 0.9% solution), three times a week, for two months, immediately before the exercise training program. All the patients kept their regular medication regimen and followed their usual diet during the study. Before inhalation, 200 µg of salbutamol was given by metered dose inhaler.16 After 10 min, the HS and the NS were administered using a portable ultrasonic nebuliser Respiramax, NS, São Paulo, Brazil, with an output of 1 ml/min and 0.5 micron particles. Patients remained in a seated position holding the oral mask close to their mouth. They were instructed to breathe through their mouth for a period of 15 minutes. Exercise training program The exercise training program consisted of three 90-minute sessions per week for 8weeks. Each session consisted of a warm-up, mobility training, dynamic strength training of the upper and lower extremities, whole body endurance training (20 minutes on treadmill) and stretching exercises.43 The training intensity was individualised to 80 percent of the maximum heart rate43 reached in the lower limb incremental test, following the Harbor protocol.44 Statistical Analysis A sample of 68 patients was calculated to provide a power of 80 percent (α =0.05 β= 0.20), in order to detect differences in the treatment of twenty percent in the functional exercise capacity between the two groups.45 The statistical analyses were conducted using the software Statistica, version 7 (STATSOFT, INC.) 33 All the data were tested for normality using the Kolmogorov-Smirnov test. Results are presented as the Mean±SD (standard deviation). Differences between the two groups at the baseline were analysed using a T-test for independent samples. A chi-square test was used to analyze improvement of dyspnea. Differences in the 6MWD between groups were analyzed using a T-test for dependent samples. A Wilcoxon matched pairs test46 was used for dyspnea. Significance was assumed for p< 0.05. Results Table 1 shows the anthropometrical characteristics, pulmonary function, oxygen saturation, functional exercise capacity, dyspnea and concomitant use of bronchodilators and corticosteroids at the baseline. None of the patients were using antibiotics. Table 1 – Anthropometric characteristics and baseline lung function parameters of the patients in the groups. HS NS n = 34 n = 34 68± 6.5 67± 6.5 Gender (F/M) 13/21 14/20 0.804 BMI (Kg/m2) 25.7±4.8 26.9±4.6 0.187 1.27±0.63 (45±0.20) 1.31 ± 0.65 (49±0.21) FVC – L- % of pred. 2.32 ± 0.87 (67±0.26) 2.18 ± 0.86 (65±0.24) FEV1/FVC* - % of pred. 67±0.22 76±0.23 SpO2 - % 91.4±2.53 90.7±3.43 6MWD (meters) 204.11±102.54 237±93.4 Dyspnea 3.1 ± 0.87 3.5 ± 0.23 Bronchodilators 34 (100%) 33 (97%) - Corticosteroids 34 (100%) 33 (97%) - Age yrs* FEV1 * - L - % of pred. p value 0.531 0.757 0.697 0.123 0,41 0.136 0.131 Concomitant therapies - nº (%) 34 * mean ± SD; HS: hypertonic saline; NS: normal saline; M: male; F: female; BMI – Body mass index; FEV1 – forced expiratory volume in one second; FVC– forced vital capacity; SpO2 – oxygen saturation; 6MWD: six minute walk distance. Of the 68 patients randomized to either HS (n=34) or NS (n =34), sixty-four patients (HS=30, NS=34) completed at least 56 days of treatment (Figure 1). Four patients in the HS group dropped out of the study as a result of adverse effects. Randomisation (n=68) Assigned to HS group (n=34) Withdrawn (n=4) Assigned to NS group (n=34) Enrollment of 56 days Included in analysis (n=34) Enrollment of 56 days Included in analysis (n=30) Figure 1: Trial Profile Functional Exercise Capacity After the 8-week treatment period, both groups showed significant improvement in their 6MWD, (HS from 204.11±102.54 meters to 251.3±96.8 meters, p<0.001), and (NS from 237±93.4 meters to 441±121 meters, p<0.001). (Figure 2) 35 6MWD (six minutes walk distance) (meters) 700 a) b) * 600 500 * 400 300 200 100 0 pre HS pre NS post HS post NS Mean ±SD ±2SD Figure 2 – Distribution of the mean ± SD of the distance in the 6MWD test for a) HS, b) NS groups. * p<0.05 When both groups were compared, the NS group showed a more significant improvement than the HS group (p<0.001). (Figure 3) 36 400 * 6MWD difference (post-pre) 350 300 250 200 150 100 50 Mean ±SD ±2SD 0 Hipertonic HS Placebo NS Figure 3: Comparation of the means ± SD of the distance in the 6MWD test for the HS and NS groups. * p<0.05. Dyspnea There was significant improvement in the dyspnea score for both groups, (HS from 3.1 ± 0.87 to 2.3 ± 0.76, p< 0.01), and (NS from 3.5 ± 0.23 to 2.3 ± 0.96, p< 0.01). There were no significant differences between groups (p=0.079). Quality of life There was significant improvement in the overall quality of life for both groups with the exception of the domains of physical-functioning and social aspect in the HS group. There were no significant differences when both groups were compared, with respect to the others domains (pain, physical aspect, general state of health, vitality, emotional aspect and mental health). (Table 2) 37 Table 2 – Distribution of the SF-36 scores for the HS and NS groups. Functional- HS HS NS NS pre post pre post 33.6± 24.3 59,17±23,29* 28,66 ±18,79 54,23±22,52 p value 0.927 functioning Physical aspect 25,83 ± 30,43 46±42,10* 27.7± 34 55.2±40.4* Pain 52,93± 26,84 62,53±26,70* 50.4± 28.3 64.2±24.2* 49,96± 22,58 56,6±19,03* 47.8±23.2 56.7±20.3* Vitality 43± 21,07 54,55±20,01* 39.8±26.1 59.5±18.2* Social aspect 58,35± 33.35 70,83±25,91 55.6±32.6 71.3±32.6* 40,08 ± 41,13 60,01±43,24* 48.2±42.7 72.5±40.6* 60,13 ± 28,17 68,93±23* 56.5±40.6 69.9±20.5* General state of 0.850 0.849 0.701 health Emotional 0.566 0.580 0.621 aspect Mental health 0.597 * p<0.05 for the pre and post intra-group analysis; p-value column compared HS vs. NS. Adverse effects There was an occurrence of adverse effects in four (12%) patients in the HS group: three patients related increase in coughing and one showed bronchospasm. Discussion After an 8-week treatment period, the results of the present study show that inhaling HS was not associated with significant improvements on functional capacity, dyspnea scores and quality of life when compared to inhaling NS. In addition, hypertonic saline was associated with the presence of adverse effects such as cough and bronchospasm. Both groups were similar in regards to the anthropometrical characteristics, pulmonary function, oxygen saturation, functional exercise capacity (HS=194 vs. NS=237), dyspnea and 38 concomitant use of bronchodilators and corticosteroids at baseline. There was a predominance of men in both groups.47, 48 In addition, the patients showed moderate to severe degrees of COPD28, which also justified the use of bronchodilators and corticosteroids by the patients. With respect to the distance walked in the 6MWD test, after the treatment, the patients allocated to both groups showed a clinical improvement (where the minimal clinically important difference was estimated as 54 m31), but those in the NS group showing a bigger difference. The less good performance of the HS group can be justified by the inflammatory response, which, according to some studies, leads to a changes in lung function, inspiratory capacity, (hyperinsuflacion), 49 increase of intrathoracic gas volume 16 as well as reducing in and residual volume making pulmonary ventilation difficult and consequently decreasing the offer of O2 to the peripheral musculature. With respect to the dyspnea issue, both groups showed an improvement in their results (where the minimal clinically important difference was defined by a 1-unit change in the transition dyspnea50), but no differences were observed between the groups. These results disagree with those of Makris at al42, who concluded that in patients in advanced stages of the disease, dyspnea and oxygen de-saturation increased after hypertonic saline inhalation. Taube and colleagues49 analyzed the airway response to HS (3%) and NS inhalation in patients with moderate to severe COPD with concern lung function and dyspnea (Visual Analog Scale were used), and concluded that both solutions caused increase in dyspnea, and it was associated with changes in forced inspiratory and expiratory volumes as well as reduced in inspiratory capacity. A despite of the pretreatment with β-agonist, four patients in the study had cough and bronchospasm after inhalation of HS. In a study by Postma and Kerstjens51 two-thirds of patients with COPD reported adverse effects after inhaling HS. Carpagnano at al25 suggested that HS inhalation cause low-level inflammation in the airways that could be demonstrated by measuring the levels of inflammatory markers such as interleukin-6, tumor necrosis factor alpha. 39 The SF-36 was chosen to evaluate QOL in these patients with COPD.37-41 In the present study, a significant improvement in QOL was observed in both groups with the exception for the domains: physical-functioning and social aspect in the HS group. The NS group demonstrated a larger mean and smaller standard deviation in all of the questionnaire domains. This can be explained by the fact that both groups were undergoing physical training. Other study have shown that exercise increase the production of beta-endorphins and biogenic amines, reducing anxiety and producing a sensation of well-being.52 In a study carried out by Snoeck-Stroband at al16, concluded that the worse health status in COPD patients was associated with higher inflammatory cell counts in induced sputum. Pellegrini53 studied the effects of inhalation of thermal water on quality of life in COPD, and showed the improvement in the components activity and impact domains of the St. George’s respiratory questionnaire. The strength of this study lies on the fact that it compared different outcomes other than tested the use of inhaling hypertonic saline combined with exercise training, as in previous studies (such as mucociliary clearance, pulmonary function, number of exacerbations and sputum induction). One of the limitations of this study is the sample size. However, the results are consistent with previous findings and can be extrapolated to clinical practice. In conclusion, the results of the present study confirm the existing evidence that inhaling hypertonic saline may adversely the functional exercise capacity compared with NS, and that is associated with the presence of cough and bronchospasm. It remains unclear whether the functional exercise capacity response to inhaled HS was associated with deterioration of lung function, and whether the only predictor of improvement in FEC was exercise training only. Clearly, further studies are required comparing no saline vs. HS and NS. References 40 1. Medical Research Council. Definition and classification of chronic bronchitis for clinical and epidemiological purposes. Lancet 1995; i775-i779. 2. Openshaw PJ, Turner-Warwick M. Observations on sputum production in patients with variable airflow obstruction: implications for the diagnosis of asthma and chronic bronchitis. 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Grupo SSH n Idade Sexo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 79 64 61 73 78 83 65 60 63 78 68 66 60 71 60 64 57 84 61 74 76 64 60 73 80 57 74 78 74 64 F F M M M M M F F F F F F M M M M M M M M M M M M M M M M F Altura 168 151 162 165 163 169 175 161 148 157 170 153 142 170 168 156 178 171 183 156 177 171 165 167 166 164 165 183 167 151 Peso 65 64 57 72 78 88 96 43,8 36 52,5 65 82 57 77 65 68 106 76 80,5 83 75 58 83 76 78,5 72 45 83 48 64 IMC 23 28 21,72 32,43 29,36 30,81 31,35 16,89 16,43 21,34 23,89 35 28,5 26,64 23 27,98 33,54 26 24 29,6 23,9 19,8 30,5 27,33 28,54 26,8 16,54 24,8 17,55 28 SpO2 % Pré 92 85 92 95 93 91 95 95 88 93 90 90 92 91 92 92 90 91 90 88 94 96 93 92 92 90 87 90 89 94 SpO2 % Pós 94 88 94 96 94 91 97 96 89 95 93 91 91 94 93 93 92 93 92 90 94 96 94 93 93 90 89 92 91 94 46 n 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 Idade 58 57 65 68 65 69 46 57 77 73 58 68 77 80 75 69 78 63 62 73 78 65 66 78 71 67 76 85 60 57 64 60 63 76 Sexo F M M M F M F F F56 M M M M M F M M M M M M F F F M M M M M M M M F F Grupo SSI Altura Peso 152 172 170 160 162 175 170 158 153 167 166 174 162 166 165 171 183 177 169 173 163 160 153 157 170 183 177 171 165 178 170 161 148 150 55 71 86,5 63 69 77 93 76,5 60 76 75 83,5 69 79 73,5 96 83 85 67,5 100 75 63 82 52,5 77 80,5 75 76 83 106 58 43,8 36 85 IMC 27 24 29,9 24,6 26,29 25,14 32,17 30,64 25,64 27,25 27,22 27,58 26,29 28,67 27 32,83 24,79 27,13 23,63 33,42 28,23 24,6 35 21,3 26,64 22,99 23,94 25,99 30,49 33,45 20 16,89 16,43 37,77 SpO2 Pré 91 95 92 93 90 90 94 91 88 96 92 93 90 92 91 79 92 90 96 90 84 84 90 92 90 90 90 92 95 90 87 94 89 94 Pós 95 98 97 98 96 98 98 96 93 98 96 98 95 95 95 90 94 94 98 93 93 89 93 96 96 95 95 95 95 96 94 98 94 98 47 5.2 – Valores individuais para as variáveis espirométricas dos pacientes dos grupos SSH e SSI. n 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 VEF1 Litros % Prev. 1,49 53% 0,58 25% 1,49 53% 0,84 32% 1,54 56% 3,16 104% 1,9 57% 1,27 65% 0,4 21% 0,84 45% 0,58 25% 0,6 29% 0,84 32% 1,22 51% 2,34 88% 1,43 58% 2,47 64% 1,06 31% 1,37 36% 0,66 29% 0,79 25% 0,66 21% 1,86 62% 1,43 52% 2,34 88% 1,06 31% 0,84 32% 1,49 53% 0,61 22% 1,1 35% Grupo SSH CVF Litros % Prev. 2,66 74% 2,27 76% 2,66 74% 1,37 39% 2,45 71% 2,35 101% 2,85 66% 2,03 87% 1,15 47% 2,1 85% 2,27 76% 0,82 31% 1,37 39% 3,82 118% 4,35 123% 1,67 52% 2,72 56% 2,33 71% 2,45 50% 1,84 67% 1 23% 1,27 31% 2,21 52% 2,38 65% 4,35 123% 2,33 71% 1,37 39% 2,66 74% 2,88 23% 2.31 68% VEF1/CVF % Prev. 56 71% 25 33% 56 71% 63 60% 0,63 81% 74 95% 1 36% 62,5 75% 34,8 44% 40 51% 25 33% 73,2 93% 63 60% 54% 54% 56% 56% 86 110% 90,9 114% 45,5 60% 55,9 72% 35,9 44% 79 102% 32% 32% 84 106% 60 78% 56% 56% 45,5 60% 63 60% 56 71% 69,3 90% 47,6 60% 48 n 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 VEF1 Litros % Prev. 1,28 59% 2,64 77% 1,1 35% 2,01 80% 0,83 35% 2,09 88% 2,96 82% 1,25 54% 0,66 29% 1,43 52% 1,1 35% 1,43 52% 1,22 51% 2,34 88% 0,58 25% 0,4 21% 1,49 53% 1,06 31% 1,49 53% 0,84 32% 2,09 88% 0,42 20% 0,6 29% 0,84 45% 1,22 51% 1,37 36% 0,79 25% 1,06 31% 1,86 62% 2,47 64% 0,66 21% 1,27 65% 0,4 21% 1,34 63% Grupo SSI CVF Litros % Prev. 1,59 57% 3,9 90% 2.31 59% 2,55 77% 0,99 33% 2,32 71% 3,28 74% 2,43 84% 1,84 67% 2,38 65% 2,31 59% 2,38 65% 3,82 118% 435% 123% 2,27 76% 1,15 47% 2,66 74% 2,29 52% 2,66 74% 1,37 39% 2,32 71% 0,77 28% 0,82 31% 2,1 85% 3,82 118% 2,45 50% 1 23% 2,33 71% 2,21 52% 2,72 56% 1,21 31% 2,03 87% 1,15 47% 1,84 69% VEF1/CVF % Prev. 40 104% 67,7 85% 47,6 60% 78,8 101% 83,8 106% 90 118% 90 111% 51 64% 35,9 44% 60 78% 47,6 60% 60 78% 54% 54% 56% 56% 25 33% 34,8 44% 56 71% 46 59% 56 71% 63 60% 90 118% 54,5 69% 73,2 93% 40 51% 54% 54% 55,9 72% 79 102% 45,5 60% 84 106% 90,9 114% 51 66% 62,5 75% 34,8 44% 73,6 91% 49 5.3 – Valores individuais para as variáveis clínicas dispnéia e capacidade funcional ao exercício dos pacientes dos grupos SSH e SSI. MRC n 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Pré 3 4 3 2 4 4 2 2 4 2 3 3 4 3 3 3 2 4 4 4 4 3 3 2 2 4 4 3 3 2 Pós 2 3 2 2 3 3 2 2 4 2 3 3 3 2 2 2 1 3 2 2 3 2 3 1 2 2 2 2 2 1 Grupo SSH TC6 Pré Pós 160 200 160 220 260 300 360 420 400 440 80 120 280 320 200 240 160 200 60 120 80 120 120 160 60 100 140 200 300 360 300 340 120 200 180 220 200 300 120 180 240 300 80 120 320 400 240 360 320 340 120 160 180 220 180 320 180 260 240 300 Diferença Efeitos adv. 40 não não 60 não 40 não 60 não 40 não 40 não 40 não 40 não 40 não 60 não 40 não 40 não 40 não 60 não 60 não 40 não 60 não 40 não 100 não 60 não 60 não 40 não 80 não 120 não 20 não 40 não 40 não 140 não 80 não 60 50 MRC n 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 Pré 4 3 3 4 3 3 3 3 4 2 3 4 4 3 4 4 2 4 4 4 3 4 3 4 4 4 3 4 2 2 4 3 4 4 Pós 2 1 2 3 2 3 2 2 2 1 2 2 3 2 2 4 2 3 3 2 1 4 2 2 2 2 1 3 1 1 2 2 4 4 Grupo SSI TC6 Pré Pós 127 240 360 560 180 420 320 638 300 560 180 360 240 480 320 420 260 460 320 500 320 460 340 580 200 560 204 520 120 380 100 260 480 580 140 420 320 620 320 500 320 420 120 170 100 260 180 440 200 520 320 560 320 443 220 500 320 440 160 240 180 360 180 520 180 220 120 400 Diferença Efeitos adv. não 113 não 200 não 240 não 318 não 260 não 180 não 240 não 100 não 200 não 180 não 140 não 240 não 360 não 316 não 260 não 160 não 100 não 280 não 300 não 180 não 100 não 50 não 160 não 260 não 320 não 240 não 123 não 280 não 120 não 80 não 180 não 340 não 40 não 280 51 5.2 – Valores individuais para os domínios do SF-36 dos pacientes dos grupos SSH e SSI. CF n Pré 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 35 60 0 60 5 5 10 60 25 30 0 45 55 70 35 60 0 30 35 60 20 55 30 70 30 70 5 5 35 45 55 100 35 75 20 50 35 55 60 65 25 30 35 75 60 75 55 70 20 70 5 5 60 65 20 70 35 40 20 57 0 0 0 0 0 50 50 0 0 0 25 25 25 0 0 75 0 75 25 75 0 0 50 50 75 0 75 75 25 0 AF Dor Pós Pré 0 10 22 100 40 104 15 21 31 0 62 84 0 64 64 100 70 60 60 61 61 0 10 22 0 41 62 0 10 22 25 21 31 25 84 84 25 84 84 15 21 31 0 72 84 100 100 100 50 51 52 100 41 52 25 51 51 100 100 100 0 64 64 50 51 52 100 31 52 50 61 61 100 71 100 15 21 31 100 100 100 100 71 100 25 51 74 100 52 41 EG Grupo SSH Vit. Pós 0 50 40 40 75 57 52 0 35 0 25 45 45 40 77 52 72 82 40 57 75 72 70 52 75 40 57 75 42 57 Pré 20 50 40 55 77 82 65 20 35 20 40 52 52 40 77 52 72 82 57 77 77 72 77 47 62 40 77 62 47 72 15 25 35 20 45 30 60 15 40 15 5 50 50 35 5 75 45 55 35 80 45 45 60 60 70 35 80 70 45 45 AS Pós 30 40 35 30 50 35 85 30 40 30 45 50 50 35 60 55 75 70 45 95 50 75 75 85 65 35 95 65 45 60 25 62,5 12,5 12,5 75 100 100 25 12,5 25 25 100 100 12,5 25 100 62,5 75 62,5 75 75 62,5 38 100 100 12,5 75 100 62,5 37,5 50 75 25 37,5 87,5 100 87,5 50 37,5 50 75 100 100 25 37,5 100 75 75 62,5 100 87,5 75 75 87,5 100 25 100 100 75 50 A. Em S. Ment. Pré 0 0 33 0 0 100 100 0 0 0 0 66 66 33 0 66 33,3 0 100 0 33,3 33 100 100 33 100 100 66 0 0 100 66 33,3 0 100 100 0 0 0 66,6 68 68 66 0 100 100 100 0 100 0 100 100 100 100 66 100 100 66,5 0 Pós 8 52 40 40 80 84 88 8 56 8 8 92 92 40 44 72 84 100 52 72 80 84 44 88 84 40 72 88 40 64 32 64 40 80 80 92 96 32 60 32 40 92 92 40 48 64 84 68 40 96 80 84 92 96 88 40 96 84 64 72 52 CF AF Dor Grupo SSI EG Vit. n Pré Pós Pré Pós Pré Pós Pré 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 20 65 20 45 20 100 15 20 5 55 35 20 20 60 10 30 20 0 100 50 65 20 5 30 35 35 25 20 60 35 35 35 0 35 30 85 50 75 57 100 50 55 5 70 70 60 70 65 55 70 70 50 100 75 110 45 5 70 45 55 30 50 75 75 40 60 30 60 0 100 0 45 0 100 0 25 0 50 25 25 75 75 0 25 75 0 0 25 100 0 0 25 0 25 0 75 50 0 25 0 0 0 25 100 75 100 100 100 75 25 15 50 100 25 100 100 75 25 100 75 0 100 100 75 15 25 0 25 0 100 100 50 25 0 0 0 31 61 42 52 41 100 10 21 21 61 10 84 71 100 23 62 71 100 100 52 62 12 21 84 72 51 64 41 31 51 51 10 41 10 31 72 72 74 52 100 62 31 31 61 74 62 100 100 31 72 100 100 100 74 84 52 31 84 84 51 64 52 52 52 74 22 62 22 40 87 45 47 57 87 52 25 40 52 25 45 75 57 30 20 75 25 52 47 57 10 40 45 77 40 75 82 70 72 42 0 35 Pós 40 87 52 62 72 92 65 40 40 47 77 72 62 77 42 25 62 57 47 62 77 15 40 52 77 57 77 82 77 72 47 20 35 0 20 AS Pré Pós Pré 45 55 20 25 45 95 5 5 35 60 5 105 70 80 20 45 70 5 45 25 50 0 35 50 5 35 45 55 60 45 45 15 40 15 45 80 55 65 60 95 60 45 35 85 85 50 65 95 70 55 65 45 80 65 80 40 35 50 60 45 50 70 75 75 45 30 40 30 85 100 37,5 37,5 37 100 12,5 25 12,5 100 25 37,5 100 75 57 87,5 100 100 100 37,5 37,5 12,5 12,5 100 25 62,5 75 75 38 62,5 62,5 25 12,5 25 Pós A. Em Pré Pós 87,5 100 100 100 100 100 75 100 100 75 0 100 50 0 0 100 100 100 50 33 100 75 0 66,6 25 33 66 87,5 100 100 50 33 100 62,5 33 33 100 100 100 100 100 100 75 0 100 87,5 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 75 0 100 50 100 100 50 0 100 25 33 66 100 66 68 37,5 0 0 62,5 0 0 87,5 0 0 75 75 100 75 33 100 75 33,3 100 75 66 66,5 50 0 0 37,5 0 0 50 0 0 S. Ment. Pré Pós 96 44 48 40 64 80 40 8 40 88 52 36 84 72 32 84 88 84 88 40 36 28 40 92 44 52 80 100 44 84 40 8 56 8 96 64 72 80 72 84 76 40 40 96 60 64 88 96 40 92 84 92 84 80 84 60 40 92 48 40 80 68 92 84 64 32 60 32