Breves
Aprender com
o meu amigo
Pl aying the
Learning Game
O projeto One-Laptop-Per-Child
é um sucesso comprovado
The One-Laptop-Per-Child project has
proved to be a great success
Em 2011, as escolas Dom Bosco foram selecionadas pela
African Innovation Foundation para acolher a iniciativa de
Nicholas Negroponte, One-Laptop-Per-Child Project, em Angola. Como a avaliação tem sido muito positiva, em 2014
o financiamento do projeto foi assumido pelo Fundo Soberano de Angola (FSDEA), estando assegurada a compra de
mais 1400 portáteis e o lançamento da iniciativa em Calulu
(Kwanza-Sul).
Os primeiros 100 Kamba Dyami (KD) começaram por ser
distribuídos em duas escolas – Sambizanga e Cazenga – e, nesses dias, não há aluno que fique doente ou faça piada às aulas.
Kamba Dyami é o “meu amigo”, em Kimbundu, uma das lín-
In 2011, the African Innovation Foundation (AIF) selected the
Dom Bosco schools as the recipients of the One-Laptop-PerChild (OLPC) initiative, launched by Nicholas Negroponte,
in Angola. In 2014, the project got financed by the Sovereign
Fund of Angola and with this backing 1,400 more handhelds
were purchased and enabling the initiative to launch in Calulu
(South Kwanza).
The programme began by putting the first 100 Kamba Dyami into two schools, one in Sambizanga, the other in Cazenga. And on these days, no student takes the day off sick or
plays hookey. Kamba Dyami means “my friend” in Kimbundu, one of Angola’s official languages. It is also the name of the
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guas nacionais angolanas, e é também o pequeno
portátil verde através do qual centenas de crianças desfavorecidas têm o primeiro contacto com
as novas tecnologias.
“O Kamba Dyami deixa os alunos muito motivados”, relata Andreia Baltazar, coordenadora
pedagógica do Projeto Kamba Dyami (PKD), no
complexo escolar Dom Bosco, Luanda.
Rapidamente aprendem a abrir, a ligar, a desligar e a utilizar algumas das funcionalidades e
das atividades propostas por este portátil concebido para ser acessível a todas as idades. Aliás, o
maior desafio para os professores é acompanhar
o ritmo dos seus alunos. Com jogos e atividades
interativas, os alunos utilizam o KD para consolidar o que aprenderam em Português e Matemática e também nas restantes disciplinas. O KD
funciona em open source e sem fios, facilitando o
acompanhamento de colegas e professores.
Segundo a coordenadora, a adaptação e a
“contextualização dos conteúdos foram o maior
problema”, embora, no início, a falta de preparação dos professores tenha obrigado à contratação de técnicos oriundos do Brasil e do Uruguai,
onde já havia experiência neste tipo de projeto.
Atualmente, o estabelecimento de parcerias internacionais é equacionado como solução para o
futuro, designadamente na formação de programadores do sistema Linux para a criação das diversas atividades do Kamba Dyami. Mas os docentes angolanos já descobriram como contornar
alguns dos obstáculos: “Encontrámos um software livre que permite criar conteúdos e vamos
começar a utilizá-lo”, anuncia Andreia Baltazar,
acrescentando que também já conseguiram escrever o primeiro manual do KD em português.
Mas o plano é expandir, servindo o sucesso
do PKD nas escolas-piloto como incentivo para
massificar a iniciativa a nível nacional.
1.636
alunos já estudam com
um Kamba Dyami
students already study
with a Kamba Dyami
800
portáteis Kamba Dyami
distribuídos em dois anos
handheld Kamba Dyami
have been distributed in
two years
43
professores participam
no Projeto Kamba Dyami
teachers participated in
the Project Kamba Dyami
1.400
portáteis estão
assegurados pelo Fundo
Soberano de Angola
handhelds are insured
by the Sovereign
Fund of Angola
4
províncias para replicação do PKD: Bengo,
Kwanza Norte, Kwanza-Sul e Benguela
provinces are eligible for
the PKD initiative: Bengo,
North Kwanza, South
Kwanza and Benguela
small, green handheld computer that has given
hundreds of underprivileged children in Angola
their very first contact with technology.
“The Kamba Dyami makes the students very
motivated,” says Andreia Baltazar, education coordinator of Project Kamba Dyami (PKD) at the
Dom Bosco schools.
They are quick to get to grips with the device
– learning how to open it, turn it on and off and,
most importantly, use its many activities. The
challenge for the instructors, however, is to keep
up with student progress. “The students end up
overtaking the teacher,” she explains. “The KD
uses a language designed for children so they end
up teaching themselves.”
With games and interactive activities, the
students use the KD firstly to learn Portuguese
and mathematics before slowly including their
other subjects. The KD is also wireless and easier
for the children to use whether on their own or
working together. The most challenging part of
deploying the technology was adapting it to suit
the needs of Angolan schools. There was also the
problem of a lack of qualified teachers. Experts
from Brazil and Uruguay were brought in and,
with help from Linux administrators with Python programming experience, suitable software
was created for the Angolan Kamba Dyami activities. However, the Angolan teachers managed
to solve some of the problems themselves: “We
found free software that allowed us to create the
content we need, then use it immediately,” explained Andreia Baltazar. Even better, the teachers have already succeeded in writing the first KD
manual in Portuguese.
Using the success of PKD in these schools, the
plan now is to expand the project and attract media attention at the national level.
O FSDEA lança Escola Hoteleira
FSDEA launching Hotel School
A indústria hoteleira africana está pronta para uma dinâmica
de crescimento. O FSDEA reconhece o papel que pode desempenhar, como motor, na criação de receitas, no setor de serviços
angolano. Todavia, para competir globalmente precisamos de
uma força de trabalho muito qualificada e eficiente, de modo a
ter serviços nos padrões internacionais. Assim, o Fundo está a
lançar uma escola hoteleira que permita aos jovens angolanos
obter conhecimentos desta indústria. A escola desempenhará
um papel crucial como catalisador na criação de oportunidades de emprego e empreendedorismo, além de apoiar a melhoria do setor de serviços nacionais nos próximos anos.
The African hotel industry is poised for buoyant growth. The
FSDEA also recognizes the role it can play as a key driver for
revenue generation in the service sector of our country. However, to compete on the global arena we need a fully qualified and highly efficient workforce to deliver services at the
international standards. Therefore, the Fund is launching a
hospitality school to equip Angola’s youth with industry level
hospitality know-how. The school will play a crucial role as a
catalyst in creation of employment and entrepreneurship opportunities, in addition to supporting the improvement of the
domestic service sector in the coming years.
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