O RÁDIO COMO ESTRATÉGIA DE DIFUSÃO DO
CATOLICISMO NA DIOCESE DE GUARAPUAVA
(1967-1992)1
Janete Queirós2
Resumo
O artigo tem como objetivo analisar o uso da radiodifusão
na divulgação do catolicismo entre os católicos da Diocese de
Guarapuava, durante o período de 1967-1992. Em 1967, foi criada
a Rádio Cultura Nossa Senhora de Belém pelo bispo D. Frederico
Helmel, primeiro prelado da Diocese de Guarapuava que
utilizou desse meio de comunicação para transmitir os preceitos
da doutrina católica. Posteriormente, em 1986, D. Albano
Bortoletto Cavallin assumiu como segundo bispo da diocese,
dando continuidade com a educação católica radiofônica. Essa
discussão apoiou-se nos conceitos de estratégia, campo e habitus
de Pierre Bourdieu. Por fim, discute-se a ação educativa da Igreja
Católica, com base em fontes documentais, localizadas no Arquivo
Histórico da Catedral Nossa Senhora de Belém. Utilizamos a
Carta de D. Albano Cavallin, escrita em 1990 e endereçada à
Diretoria da Rádio Nossa Senhora de Belém, e exemplares do
Boletim Diocesano. Ambas as fontes permitem discutir e analisar
as formas de utilização do rádio pela Diocese de Guarapuava e a
sua atuação na sociedade, articulada a proposta de propagação
1 Esta temática faz parte da Dissertação de Mestrado em Educação Intelectuais e
Diocese de Guarapuava: Discursos de D. Helmel e D. Cavallin (1965-1992).
2 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação – Linha de Pesquisa:
História e Políticas educacionais da UEPG. Orientador: Prof. Dr. Névio de Campos.
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dos preceitos católicos no campo religioso.
Palavras-chave: Rádio Cultura; D. Albano Cavallin; Catolicismo.
Abstract
The radio as strategy of difusion of Catholicism in the
Diocese of Guarapuava (1967-1992). This article aims to analyze
the use of broadcasting in disseminating the Catholicism among
the Catholics of the Diocese of Guarapuava, during the period
from 1967 to 1992. In 1967, Radio Culture of Our Lady of
Bethlehem was established by Bishop Frederick Helmel, first
bishop of the Diocese of Guarapuava, who used this medium
to transmit the precepts of Catholic doctrine. Later, in 1986,
D. Albano Bortoletto Cavallin took over as the second bishop
of the diocese, continuing education with Catholic radio. This
discussion was supported by the strategy, field and habitus
concepts of Pierre Bourdieu. Finally, we discuss the educational
activities of the Catholic Church, based on documentary sources,
found in the Historical Archives of the Cathedral of Our Lady of
Bethlehem We use the letter from D. Albano Cavallin, written
in 1990 and addressed to the Board of Radio Our Lady of
Bethlehem, and copies of the Diocesan Bulletin. Both sources
permitted us to discuss and review the ways of using the radio
by the Diocese of Guarapuava and its role in society, being the
proposal of spreading the Roman Catholic beliefs articulated in
order to combat other religions in the religious field.
Key words: Radio Culture; D. Albano Cavallin; Catholicism.
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Introdução
Este estudo tem por objetivo analisar a ação educativa
da Diocese de Guarapuava no anseio de difundir os preceitos
do catolicismo para os católicos da recém criada diocese. Situa
o itinerário histórico do rádio no Brasil, indicando como a
radiodifusão foi utilizada pelas instituições, como a escola e a
Igreja em seus projetos educativos.
A seguir, discute-se como a Diocese de Guarapuava
organizou sua ação educativo-pastoral, evidenciando as
atribuições dos bispos na direção da Rádio Cultura Nossa
Senhora de Belém.
Assim sendo, durante a conjuntura em análise, a Diocese
de Guarapuava, bem como a rádio, tiveram como bispos D.
Frederico Helmel, que atuou na diocese desde 1966 a 1986,
e, posteriormente, D. Albano Cavallin, o qual organizou os
trabalhos até 1992.
Como suporte teórico, a discussão apoia-se nos conceitos
de habitus, estratégia e campo, de Pierre Bourdieu. Esses
permitem analisar a presença da rádio católica como mecanismo
de dominação simbólica, a qual é executada pela ação educativa
da Diocese na programação radiofônica.
Em relação ao reconhecimento da visão de mundo
católica, essa Igreja, desde seus primórdios, utilizou de seu
reconhecimento ideológico para orientação da conduta de vida
dos agentes sociais, direcionando os hábitos e rituais católicos
como meios para atingir um estilo de vida religioso correto.
Diante do desenvolvimento histórico, a Igreja mostrou-se capaz
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de associar práticas educativas diversas na dominação das
regras do jogo pela manutenção do poder, ou seja, no espaço
social global, os agentes do campo religioso disputam meios de
empregar sua visão de mundo como corretas, sendo esse o papel
das religiões.
Em relação a essa problemática, Pierre Bourdieu (1989)
apresenta discussões pertinentes, referentes ao desenvolvimento
do jogo pela dominação simbólica. Sobre esse aspecto, a categoria
campo auxilia-nos a compreender o mundo social como um
espaço, no qual disputas são travadas na obtenção pelo poder
de dominação.
O mundo social é composto por inúmeros campos, sendo
que em cada um existe a disputa pelo poder conforme o objeto em
questão. No caso específico da instituição católica, a disputa se dá
no campo religioso, e a conquista, pelo poder, procura legitimar
o agente que tem mais reconhecimento. O campo religioso referese como sendo o espaço da mensagem de Deus, pois “[...] todo
campo religioso é o lugar de uma luta pela definição, isto é, a
delimitação das competências [...] a cura dos corpos e das almas
[...].” (BOURDIEU, 1990, p. 120). Conforme a definição de
campo, no campo religioso também existe a luta pela legitimidade
da visão religiosa, isso ocorre devido à concorrência dos agentes
no interior desse campo.
Para Bourdieu,
[...] o campo religioso recobre o campo das relações de
concorrência que se estabelecem no próprio interior da igreja.
Os conflitos pela conquista da autoridade espiritual que se
instauram no subcampo relativamente autônomo dos sábios
(teólogos) produzindo para outros sábios e instados pela busca
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propriamente intelectual da distinção a tomadas de posição
cismáticas na esfera da doutrina e do dogma [...]. (BOURDIEU,
1998, p. 63, grifo do autor).
O reconhecimento da visão de mundo católica é a
expressão do habitus religioso incorporado pelos indivíduos, isto
é, na terminologia de Bourdieu (1989, p. 61) “[...] o habitus, como
indica a palavra, é um conhecimento adquirido e também um
haver, um capital [...]; a hexis indica a disposição incorporada,
quase postural”. Por meio do habitus incorporado, os agentes
agem sem perceber “[...] o sentido objetivo que lhes escapa,
eles agem como membros de uma classe mesmo quando não
possuem consciência clara disso; exercem o poder e a dominação,
econômica e, sobretudo, simbólica, frequentemente, de modo
não intencional” (NOGUEIRA; NOGUEIRA, 2009, p. 26). A
rigor, para Bourdieu,
[...] habitus, sistemas de disposições duráveis, estruturas
estruturadas predispostas a funcionar como estruturas
estruturantes, isto é, como princípio gerador e estruturador
das práticas e das representações que podem ser objetivamente
‘reguladas’ e ‘regulares’ sem ser o produto da obediência a
regras, objetivamente adaptadas a seu fim sem supor a intenção
consciente dos fins e do domínio expresso das operações
necessárias para atingi-los e coletivamente orquestradas, sem ser
o produto da ação organizadora de um regente. (BOURDIEU,
1983, p. 53-54).
Segundo Renato Ortiz, “a expressão ‘estrutura estruturada
predisposta a funcionar como estruturante’ significa que a noção
de habitus não se aplica apenas à interiorização das normas e dos
valores, mas inclui os sistemas de classificação que preexistem às
representações sociais” (ORTIZ, 2003, p. 159).
Associado ao conceito de campo e de habitus está a categoria
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de estratégia. Bourdieu (2004) enfatiza que a noção de estratégia
está relacionada ao jogo, no qual o jogador deve adaptar-se com
as regras, pois essas nem sempre são as mesmas, pois o jogo muda
de acordo com o mundo social ou grupo que está inserido. Dessa
forma, a estratégia do jogador também deve acompanhar as
mudanças. Para ele,
A noção de estratégia é o instrumento de uma ruptura com
o ponto de vista objetivista e com a ação sem agente que o
estruturalismo supõe (recorrendo, por exemplo, à noção de
inconsciente). Mas pode-se recusar a ver a estratégia como
um produto de um programa inconsciente, sem fazer dela o
produto de um cálculo consciente e racional. Ela é produto
do senso prático como sentido de jogo, de um jogo particular,
historicamente definido [...]. O bom jogador, que é de algum
modo o jogo feito homem, faz a todo instante o que deve ser
feito, o que o jogo demanda e exige. Isso supõe uma invenção
permanente, indispensável para se adaptar às situações
indefinidamente variadas, nunca perfeitamente idênticas. O que
não garante a obediência mecânica à regra explícita, codificada
(quando ela existe). [...] O sentido de jogo não é infalível; ele
se distribui de maneira desigual, tanto numa sociedade quanto
numa equipe. (BOURDIEU, 2004, p. 81)
A partir desses conceitos e de fontes documentais,
discutiremos a radiodifusão, componente da indústria midiática
preconizada pela Diocese de Guarapuava, como estratégia
utilizada no domínio de sua visão de mundo para os católicos,
realçando a presença religiosa católica nas famílias católicas por
meio da disposição de seus programas.
Itinerário histórico do rádio no Brasil
Em relação à presença da radiodifusão no Brasil, essa
surgiu no país com o intuito de cumprir papel fundante na
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identidade da cultura brasileira, bem como, aliada ao discurso
político dominante. Nesse aspecto, Werle (2011) enfatiza a
importância da radiodifusão no processo de modernização da
sociedade brasileira, durante as décadas de 1940 a 1960. Seu
estudo faz uma retomada histórica da trajetória do rádio no
Brasil, enfatizando que nos primórdios da presença do rádio
no país, sua função esteve atrelada ao processo educativo e na
difusão da cultura popular.
O rádio foi um veículo no qual manifestações culturais
aconteceram, sem falar da educação católica radiofônica. No
Brasil, como em outros países latinos americanos, no cenário
histórico da primeira metade do século XX, o surgimento do
rádio, como uma nova tecnologia, tornou possível a emergência e
a difusão de uma nova linguagem. (HAUSSEN, 2004).
De acordo com Fonseca (2009), a primeira transmissão de
rádio no Brasil aconteceu em 07 de setembro de 1922, no Rio
de Janeiro, no alto do Corcovado. O discurso do Presidente da
época, Epitácio Pessoa, foi captado por 80 aparelhos de rádio.
Um ano após a primeira experiência, o governo do Brasil montou
uma estação de rádio em condições precárias, a qual transmitia
ao público programas literários, musicais e informativos.
Posteriormente, em 1923, fundou-se a Rádio Sociedade do Rio
de Janeiro, por Roquette Pinto e Henrique Morize.
Com o funcionamento da Rádio Sociedade, outras emissoras
foram criadas no Brasil, todas a partir da organização da Rádio
Sociedade, uma característica comum das emissoras de rádios da
época. Além da Rádio Sociedade, foram fundadas a Rádio Clube
Paranaense, Rádio Clube de Pernambuco, a Rádio Sociedade RioVia Teológica | Janete Queirós, Vol. 13, n.25, jun.2012, p. 117 - 139
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Grandense, a Rádio do Maranhão, a Rádio Sociedade Educadora
Paulista e a Rádio Clube de Ribeirão Preto. Essas foram as mais
importantes emissoras do Brasil. (FONSECA, p. 2741).
Haussen (2004, p. 51-52) evidencia que o rádio brasileiro,
no seu primeiro momento, viveu sob influência do Presidente
Getúlio Vargas, durante 1930-1945, o qual governou de acordo
com um discurso de cunho nacionalista, que buscava a unificação
nacional. Em 1º de maio de 1937, o Presidente destacou o valor
do rádio no seu governo e incentivou a criação de novas emissoras
por todo o Brasil. A coordenação do setor de comunicação ficou
sob responsabilidade do Ministério da Educação. Afirma Haussen
que os anos de 1930 e 1940 foram momentos importantes da
história do rádio brasileiro, e que o projeto cultural e educativo,
de uma maneira ampla, tinha uma visão nacionalista e buscava
a mobilização e a participação cívicas, assim como as reformas
educacionais.
Nesse aspecto, Vieira Silva (2010) analisa o processo pelo
qual a Igreja percorreu e entrou em contato com o universo da
comunicação e a adaptação da Igreja nesse cenário da sociedade
moderna midiatizada. A Igreja publicou dois documentos
importantes que abordavam os meios de comunicação: Vigilanti
Cura, do papa Pio XI com data de 29 de junho de 1936, e Miranda
Prorsus que tratou do rádio, do cinema e da televisão.
Aliada aos meios de comunicação, dentre eles o rádio, em
03 de dezembro de 1944 ocorreu à primeira transmissão, via rádio,
do pronunciamento de Pio XII. Seu pronunciamento destacou
que “a verdade, a dignidade humana, a moralidade cristã, a justiça
e o amor, segundo Pio XII, devem ser metas dos radialistas como
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comunicadores e do rádio como meio de comunicação” (VIEIRA
SILVA, 2010, p.58).
Vasconcelos Júnior (2006) explicita que em Limoeiro do
Norte, no Ceará, a Igreja Católica, sob a liderança de D. Aureliano
Matos, utilizou a comunicação radiofônica para difundir a
mensagem católica para os fiéis de regiões mais distantes. A
Rádio Educadora Jaguaribana foi fundada em 19 de março de
1962, na qual, programas do MEB – Movimento de Educação de
Base3, foram desenvolvidos pela diocese, desde outubro de 1961,
levando a alfabetização à área rural da diocese.
Do mesmo modo, no Rio Grande do Sul, as Escolas Normais
Rurais utilizaram o rádio na comunicação das atividades religiosas
e escolares, como na organização da comunidade, tendo em vista
“integração e regulação da comunidade local e propagação da
missão educativa e evangelizadora das ordens e congregações de
confessionalidade católica” (WERLE, 2011, p. 151).
Desse modo, a utilização da radiodifusão foi atribuída pela
Igreja como instrumento moderno, fundamental na difusão da
doutrina e dos ensinamentos religiosos, empregados nas escolas
e nas Igrejas.
Rádio Cultura Nossa Senhora de Belém
Em Guarapuava, a diocese fundou a rádio em função
da distância entre as paróquias do interior com a sede. Desse
3 O Movimento de Educação de Base abrangia uma educação destinada às camadas
sociais menos favorecidas economicamente. De acordo com Vasconcelos Júnior
(2006, p.160), em entrevista realizada com Monsenhor Olímpio, o MEB era um projeto
educativo para os pobres, pautando-se numa formação política e evangelizadora, no
intuito de formar lideranças rurais.
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modo, a estratégia de organização de uma emissora católica
visou sanar essa dificuldade, aproximando as ideias católicas
para os diocesanos, pois, as missas, pregações e outras notícias
católicas seriam transmitidas pelo bispo de forma imediata.
A ideia ganhou forma quando alguns empresários
concordaram em dividir a responsabilidade por meio de quotas.
Contribuíram com o projeto de D. Helmel, Reinaldo Losso,
Admar S. Teixeira e João Kotlinski. O nome dado foi Rádio
Cultura Nossa Senhora de Belém Ltda. (MARCONDES, 1987,
p. 58-59). A Rádio Cultura foi fundada em 17 de Outubro
de 1967 e funcionou nas dependências do prédio construído
pela Mitra Diocesana, sob a autorização da portaria nº 658,
de 17 de outubro de 1967, do CONTEL – Conselho Nacional
de Telecomunicações, publicada no Diário Oficial da União
de 10 de novembro do mesmo ano e assinada por Pedro
Leon Bastide Scheider (Coronel Presidente do CONTEL).
(MARCONDES, 1987, p. 59).
Sua instalação na cidade de Guarapuava visou orientar
os católicos com as programações. Vejamos a intenção de D.
Frederico Helmel com a fundação da rádio:
Não apenas uma emissora que irradiasse as missas e pregações,
mas que, na totalidade de suas atividades, orientasse para o
espírito cristão e católico. Que não entrasse nas questões políticopartidárias, mas que procurasse observar certa objetividade
nas críticas a determinadas situações. (HELMEL, 1985 apud
MARCONDES, 1987, p. 58, grifo nosso).
De acordo com o discurso do bispo, a rádio deveria
fomentar o espírito cristão entre os católicos, unindo as
famílias de acordo com os preceitos doutrinais. Outro
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aspecto relevante refere-se ao posicionamento de D. Helmel
em relação às questões partidárias, ou seja, o bispo foi
categórico em afirmar que a radiodifusão católica em
Guarapuava deveria estar neutra em assuntos políticos. Seu
papel deveria apenas orientar os fiéis e produzir críticas
apenas em determinadas situações,
Na foto 1, podemos observar a cerimônia de inauguração
da rádio, em 1967, na qual estiveram presentes D. Frederico
Helmel, primeiro bispo da Diocese de Guarapuava, e o Prefeito
Municipal de Guarapuava Moacir J. Silvestre.
Fonte: ALBUM DE FOTOGRAFIAS DA CATEDRAL NOSSA SENHORA DE
BELÉM (foto n. 50, 1967).
No ano de 1979, a Rádio Cultura muda sua frequência
modulada, melhorando o raio de abrangência e a qualidade do
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som. Os municípios contemplados com a presença da Rádio
Cultura, na conjuntura em análise, foram: Turvo, Cantagalo,
Inácio Martins, Palmital, Pitanga, Prudentópolis, Laranjeiras
do Sul, Cruz Machado, Pinhão, Bituruna, Mangueirinha, etc.
(MARCONDES, 1987).
Um programa de relevância foi A voz do Pastor, programa
semanal, realizado aos sábados, às onze horas e quarenta
minutos, tendo como tema central a doutrina social da Igreja.
Além desse programa, a grade dispunha de outros elementos de
entretenimento que levavam a mensagem católica para as famílias.
A programação da rádio em 19874, sob a égide do 2º
bispo, D. Albano Cavallin, e de sua equipe, abordou temas da
atualidade, articulando com a mensagem litúrgica.
Nesse aspecto, o quadro 1 indica a programação da Rádio
Cultura em 19875, que enfatizou a utilização da música como
forma pedagógica na formação religiosa dos católicos.
QUADRO 1 – PROGRAMAÇÃO RÁDIO CULTURA 1987.
PROGRAMA/horário
DESCRIÇÃO
Igreja Atual
08h30min
Programa dominical, com duração de 30’. Divulgação
de músicas, entrevistas, notícias da Igreja no Brasil e no
mundo. Destaque das notícias sobre as comunidades
diocesanas.
Construindo a esperança
11h
Programa com duração de 30’, aos sábados. Músicas,
debates, reportagens, e testemunhos de vida, visando
construir um mundo melhor.
4 Utilizamos essa programação por estar incluso no trabalho da professora Gracita
Gruber Marcondes (1987) historiadora local.
5 A Rádio Cultura não possui arquivo referente à programação musical entre 19671992. Localizamos apenas a carta de D. Albano (1990) destinada à diretoria da rádio.
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Missa dominical
10h15min e 19h
Programa com transmissão diretamente da Catedral
Nossa Senhora de Belém. Mensalmente, também
transmitia a programação da Igreja Ucraniana.
Um olhar sobre a cidade
19h55min
Programação com duração de 05’, diariamente, com
meditação sobre um fato cotidiano ou um pensamento
Bíblia hoje
11h
Programação diária, com duração de 05’. Mensagem
bíblica
Ave Maria
18h
Programação diária, com duração de 15’, seu conteúdo
abordava a catequese mariana e a oração
Encontro matinal com Deus
06h30min
Programação diária, com duração de 10’. Momento de
oração diária.
Assim falou Jesus
09h45min
Programação dominical, com duração de 15’.
Apresentação de passagens do evangelho
Jesus vive e é o senhor
Programação semanal, com duração de 30’. Meditação
e oração da Renovação Católica Carismática
Juventude em destaque
18h10min
Programação semanal, aos sábados, com duração
de 20’. Divulgação dos acontecimentos relativos às
atividades da Pastoral da Juventude da Diocese.
Show da paz
Programação anual, realizado em Curitiba.
Fonte: Marcondes (1987, p. 61-62).
No quadro acima, percebemos que a rádio dispunha
de uma programação semanal diversificada, direcionando a
programação aos jovens, como em especial para toda a família
católica, incutindo a mensagem religiosa para as famílias, levando
em consideração que fortalecer a família com a experiência da
radiodifusão seria um método eficaz na dominação simbólica
católica. Assim, com programas diários, semanais e mensais, a
Igreja Católica buscava agregar seus valores doutrinais para os
fiéis, como, por exemplo, os programas de meditação e oração,
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que incentivavam a prática dos rituais católicos.
A Rádio Nossa Senhora de Belém, no respectivo período em
análise, esteve sob os cuidados da figura do sacerdote. Desse modo,
padre Jorge Pierk, da Sociedade do Verbo Divino6, administrou
a rádio. A presença do sacerdote no comando da rádio visou
proporcionar ao ambiente o estilo católico, compreendendo um
comportamento religioso, ou seja, o habitus.
Rádio cultura - continua procurando ser cada vez mais uma
emissora a serviço da comunidade e do povo de Deus. Quantas
entrevistas, reportagens, notícias e músicas que são sinais de
esperança e anúncio da Boa Nova. Certo, há muito que se fazer,
mas valorizemos o esforço da equipe. E falando em equipe,
cabe o registro da presença do padre Jorge Pierk – SVD que
permanece um mês na Rádio Cultura, até 15 de janeiro. Ele
veio dar sua contribuição para fortalecer a Emissora que sempre
se renova para a família que sempre aumenta. (BOLETIM
DIOCESANO, jul, 1987, p. 2). A presença do padre no espaço físico da rádio visou legitimar
o habitus católico entre os funcionários.
Sobre a função da música como proposta pedagógica,
Loureiro (2001) traz uma citação de H. J. Koellreutter que
caracteriza a música como um meio de comunicação. A seguinte
afirmação do músico alemão Hans-Joachim Koellreutter (1994
apud LOUREIRO, 2001, p. 108) diz que:
Partindo da concepção de que a música é um meio de
comunicação, que serve-se de uma linguagem, pode-se concluir
que uma contribuição para a tomada de consciência do novo,
ou do desconhecido, seja uma das mais importantes, se não sua
mais importante função.
6 O primeiro bispo da Diocese de Guarapuava, D. Frederico Helmel, também pertencia
à Congregação do Verbo Divino.
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A música é um meio de comunicação entre os sujeitos.
Desse modo, aceitar essa prática musical é atribuir a ela uma
maneira peculiar de transmitir mensagens, fonte de comunicação
no mundo social. O habitus que o sujeito incorpora com a música,
implica aceitar a prática musical como prática educativa7.
A ordem religiosa Salesiana usa intensamente o
recurso musical. João Bosco, padre salesiano, fundador dessa
Congregação, atribuía à música um meio de educar a juventude,
inicialmente entre os italianos, espalhando para outros países8.
Utilizava a música como meio difusor na educação moral.
No Brasil, o ensino da música vem com a chegada
dos jesuítas que em 1549 abriram as primeiras escolas. Na
catequização dos índios, os padres jesuítas utilizaram a
música por ser essa prática comum nos rituais indígenas.
(LOUREIRO, 2001).
Tanto no âmbito da educação como no da evangelização,
a música foi utilizada como ferramenta de formação entre os
grupos, como no caso da catequização dos indígenas. Assim, a
Igreja Católica, desde os seus primórdios no Brasil, utilizou a
prática musical para transmitir os valores éticos do catolicismo.
Nessa direção, a Diocese de Guarapuava aderiu à programação
7 Na Grécia antiga, a música, no seu sentido etimológico Mousikê, já existia como
atividade educativa, junto com a poesia e a dança, a “Arte das Musas”. Na sociedade
grega, a música era concebida como uma expressão do espírito, ou seja, a música fazia
parte da educação dos gregos, sendo oferecida aos deuses. Posteriormente, com o
embate na Idade Média entre o protestantismo e a Igreja Católica, ambas concorrendo
no campo religioso e educacional, a música foi assumida pelos Jesuítas como
estratégia no processo de escolarização dos jovens europeus e de outros continentes,
visando à formação de bons cristãos. (LOUREIRO, 2001).
8 Essa Temática foi desenvolvida no TCC – Trabalho de Conclusão de Curso,
sob o tema Razão, Religião e Amorevolezza – O Sistema Preventivo de D. Bosco.
(QUEIRÓS, 2005).
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musical para formar católicos.
D. Albano Cavallin também aproveitou o tema da
Campanha da Fraternidade de 1989 para discutir a função social
do profissional da área da comunicação. Em seu artigo intitulado
Vagas para novos Radialistas e Jornalistas na Igreja de Guarapuava, fez
uma provocação aos fiéis católicos, levando-os a praticar uma ação
comunicativa em seus ambientes, isto é, a reflexão do evangelho.
Esse trabalho individual, aliado a outros, produziu uma forma de
chamar o leigo a participar mais da evangelização radiofônica. O
discurso do bispo no artigo de março de 1989 assevera:
Realmente há muitas vagas na Diocese de Guarapuava para
novos jornalistas e radialistas, pois a Campanha da Fraternidade
de 89 convoca todos os cristãos para serem comunicadores em
seu ambiente. A origem e a raiz dessa convocação é a Bíblia, que
diz: “Ide e pregai o evangelho a toda a criatura”. Mesmo que você
não tenha curso de jornalista e radialista, veja como você pode
fazer muita coisa neste setor [...] Eis algumas sugestões: Pertencer
à equipe de comunicação de sua comunidade. Difundir boa
leitura como Revista Família Cristã e nosso Boletim Diocesano.
Elogiar, com cartas e telefonemas, os radialistas que fazem bons
programas. Participar das reuniões da Paróquia, em que se fazem
estudos, críticas sobre novelas e noticiários. Escrever e telefonar
para empresas patrocinadoras, discordando de programas que
ofendem a intimidade dos lares. (por exemplo os católicos dos
Estados Unidos acabaram com um patrocínio de um programa
mau, enviando para a empresa um milhão de cartas). Enviar
sugestões para as rádios sobre temas bons a serem discutidos
e abordados. Seja nessa Campanha da Fraternidade não um
expectador culposo, mas um novo radialista e jornalista a serviço
da Verdade, da Justiça e do Amor. (BOLETIM DIOCESANO,
mar, 1989, p. 1).
Com base nesse artigo, concluímos que a diocese estava
preocupada em manter seu discurso como verdadeiro e legítimo
na cidade, contudo, levando aos fieis católicos formas de combate
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aos outros modos de vida, que não adotam a visão religiosa
católica. Essa ideia no artigo está relacionada à solicitação de
envio de cartas elogiosas aos programas da rádio e de manifestos
contrários a programas ofensivos aos valores da doutrina católica,
tal qual o exemplo dos católicos dos Estados Unidos, que por
meio de uma ação conjunta, acabaram com uma programação
considerada ofensiva aos preceitos católicos; outra ação do
bom católico na área da comunicação é aquela que critica as
novelas e os noticiários. Com essa ação, combateu a presença
de outras religiões, inseridas no campo religioso, que fomentam
outras visões de mundo. Conforme o bispo menciona no final
de seu artigo “a serviço da verdade, justiça e amor”, a função da
Igreja foi combater formas de interpretação de mundo que não
admitem esses preceitos, ou seja, o verdadeiro católico atuante
é aquele que ajuda na missão da Igreja, não aceitando discursos
acatólicos. Isso é ser um expectador não culposo.
No entanto, D. Albano não atribuía à Rádio Cultura
uma função fácil em ser direcionada pelo bispo. Sobre as suas
atribuições no controle da rádio, na carta escrita por ele em
22 de novembro de 1990, endereçada ao padre Cassiano e
membros da diretoria, o bispo escreve que no seu cargo eclesial
existem tarefas fáceis e outras complexas. Na sua fala, “para
mim, uma das coisas mais difíceis tem sido a Rádio Cultura, os
motivos são diversos” (CAVALLIN, 1990, p. 1). Nesse primeiro
argumento, percebemos que as atividades na rádio não estavam
funcionando de forma harmônica. Os motivos que levaram o
bispo a escrever a carta foram:
Os motivos são diversos: falta de harmonia na direção –
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reclamações dos funcionários – ameaças de desistência do
emprego sucateamento das máquinas – insinuações veladas
de que o Evangelho deve ser proclamado com exagerada
prudência – angústia permanente dos problemas financeiros
– as desconfianças daqui e dali. Tudo isso pesa-me muito na
condução da Rádio. (CAVALLIN, 1990, p. 1).
Sua conduta foi lançar soluções, com o intuito de sanar os
problemas da rádio. Primeiramente, solicitou que fosse realizada
uma reunião extraordinária com a diretoria, pois o bispo ficaria
ausente por doze dias em Itaici-SP, em reunião com a CNBB9.
No final da carta, escreveu sobre o motivo de suas preocupações
e o que esperava da rádio: “[...] é buscar urgir datas – pistas e
meios de solução para nossa Rádio, a fim de que a paz volte
no coração de todos e a Rádio volte a ser um veículo cristão de
evangelização, a serviço de todo o povo de Deus” (CAVALLIN,
1990, p. 4).
Por meio dessa carta é possível sustentar que a Rádio
Cultura tinha como objetivo evangelizar os católicos e difundir
a doutrina e seus valores. Conforme abordamos anteriormente,
padre Cassiano foi encarregado de coordenar a rádio. Entretanto,
as relações entre o clero e os leigos que trabalhavam na emissora
foram marcadas pela colaboração e tensão. Nesse sentido,
encerramos essa discussão com a afirmação bourdieusiana, de
que no campo religioso se produz a crença de seus preceitos, ou
seja, como o amor ao próximo, sem desconfianças e ameaças,
seria o princípio para organizar uma atividade radiofônica
educativa eficiente na transmissão dos valores dos mandamentos.
A crença nesses valores deve emanar da hierarquia do campo e
9 Conferência Nacional dos Bispos no Brasil.
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dos agentes auxiliares.
À guisa de conclusão
No desenvolvimento deste artigo, preocupamo-nos em
analisar a presença da Rádio Cultura Nossa Senhora de Belém,
aceitando a priori que sua criação e instalação na cidade de
Guarapuava foram devido à movimentação da Igreja Católica
no Brasil, bem como no Paraná. Na conjuntura de criação
da Diocese de Guarapuava, religiões diversas buscavam
ocupar um espaço privilegiado no Campo religioso, contudo,
entre os seus adeptos no mundo social. Assim, inserida no
espaço social, organizada como uma estratégia, disposta
a acumular “vitórias” para a Igreja Católica durante o jogo
pela dominação simbólica, a instituição católica situou-se no
contexto moderno, aliando a tecnologia em prol da difusão da
doutrina, por meio dos meios de comunicação. Desse modo,
a Igreja usufruiu do rádio para poder atender aos fiéis do
mundo social, ambos situados no espaço social, suscetíveis às
condutas religiosas e meios de comunicação, como o rádio e
o cinema.
Pela análise feita, foi possível perceber que por meio da
atividade musical, a evangelização foi transmitida de maneira
agradável, principalmente, aos católicos que não gostam de
frequentar os espaços sagrados e não cumprem os rituais. Assim, a
música, enquanto uma maneira de transmissão de ensinamentos,
propiciou a difusão do gosto pela música católica, abarcando
receptores que reconhecem e legitimam o estilo musical como
maneira de evangelização. Isso também permitiu à Igreja, por meio
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da radiodifusão, ser legitimada pelo seu discurso católico.
Se a rádio conseguiu assegurar-se economicamente na cidade
de Guarapuava, podemos dizer que, nessa época, a cidade era
habitada por um público católico, que reconheceu a importância
dos programas10. Isso é o poder da Igreja, a execução do seu poder
simbólico, que está inserido na comunidade, ou seja, a partir do
momento que os indivíduos ligam o rádio e sintonizam na Rádio
Cultura Nossa Senhora de Belém, já aceitam esse poder, por
mais despercebido. Portanto, ao ouvirem uma música católica,
internalizam o poder simbólico da Igreja. Nessa afirmação,
ressaltamos o aspecto da estratégia empregada pela Diocese de
Guarapuava. Com relação à noção de estratégia, esta esteve
associada à posição da Igreja Católica em defender seu espaço na
sociedade, este de prestígio e de poder.
Em síntese, a Diocese de Guarapuava, representada pelos
bispos D. Frederico Helmel e D. Albano Cavallin, buscou atingir os
católicos com uma evangelização eficaz diante do mundo moderno.
A estratégia educativa presente na figura da rádio possibilitou uma
educação religiosa dinâmica, diante da realidade midiatizada, na
qual os católicos estavam inseridos. As ideias presentes entre os
prelados pautavam-se no emprego da verdade, justiça e amor, as
quais deveriam estar presentes no cotidiano dos fiéis.
Fontes
ALBÚM DE FOTOGRAFIAS DA CATEDRAL NOSSA
SENHORA DE BELÉM nº. 1, foto nº 50.
10 Destacamos que a Rádio Cultura Nossa Senhora de Belém continua presente e
atuante.
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