Linguagem, Cognição e Evolução
PUCRS
JORGE CAMPOS
Metateoria das Interfaces
Interfaces Externas (IE) - Interdisciplinares
Interfaces Internas (II) - Intradisciplinares
Ex.:
IE – Lingüística e Psicologia Cognitiva
Lingüística e Lógica Clássica
Lingüística e Comunicação Social
II -
Fonologia – Morfologia - Lexicologia
Sintaxe – Semântica - Pragmática
Lingüística e Cognição
Chomsky – Gerativismo/Biolingüística
A faculdade da linguagem está enraizada
no cérebro/mente humano numa Gramática
Universal de base inata.
O Argumento da Pobreza de Estímulo
Lingüística e Psicologia Evolucionária
A Evolução da Linguagem
Darwinismo e Seleção Natural
Dawkins e Gene Egoísta
Pinker e Jackendoff – Adaptação
Chomsky e Gould – Exaptação
Susan Blackmore - Memes
Lingüística e Psicologia Evolucionária
Lingüística Evolucionária
Darwinismo e Seleção Natural
Pinker and Bloom, 1990; Hauser,
Chomsky, and Fitch, 2002;
Jackendoff, 2002
Lingüística e Ciências Cognitivas
Linguagem e Cérebro/Mente
Linguagem e Cérebro
Hemisférios e Lateralidade
Lingüística Evolucionária
• Hauser, Chomsky e Fitch (The Faculty of Language:
What Is It, Who Has It, and How Did It Evolve?
Faculdade da Linguagem (FL) - propriedade
Do cérebro/mente
FLB ( broad) / FLN (narrow)
A investigação da FL deve ser interdisciplinar
We argue that an understanding of the faculty
of language requires substantial interdisciplinary
cooperation. We suggest how current
developments in linguistics can
be profitably wedded to work in evolutionary
biology, anthropology, psychology, and
neuroscience. We submit that a distinction should
be made between the faculty of language in the
broad sense (FLB)and in the narrow sense (FLN).
Hauser, Chomsky e Fitch
FLB:
sistema sensório-motor
Sistema conceptual-intencional
Mecanismos computacionais
FLN:
sistema recursivo
FLB includes a sensory-motor system, a conceptual-intentional
system, and the computational mechanisms for recursion,
providing the capacity to generate an infinite range of
expressions from a finite set of elements. We hypothesize that
FLN only includes recursion and is the only uniquely human
component of the faculty of language. We further argue that
FLN may have evolved for reasons other than language, hence
comparative studies might look for evidence of such
computations outside of the domain of communication (for
example, number, navigation, and social relations).
Hauser, Chomsky e Fitch
Se marciamos observassem:
código universal no DNA /
genes geram variações ilimitadas de
espécies - humanas e outras
Ao contrário,
não parece haver códigos universais de
comunicação – línguas humanas são
gerativas, recursivas, criativas, ilimitadas
hierárquicas, muito diferentemente de
outras espécies – como os genes
Hauser, Chomsky e Fitch
Hauser, Chomsky e Fitch
A propriedade recursiva é própria da
linguagem humana e o centro computacional da cognição.(FLN) é o único fator
diferencial homem-animal.
1éN
Se a está em N, então a+1 está em N
Se a+1 está em N, então a+1+1 também
João viu Maria, que é irmã de Luís, que
conhece Pedro, que gosta de Lúcia, que
foi para Porto Alegre, que é a capital...
Hauser, Chomsky e Fitch
Se marcianos observassem:
vendo as variações ilimitadas de códigos comunicativos incompreensíveis
entre si – quereriam saber como os hunos desenvolveram a linguagem.
A evolução da linguagem humana poderia distinguir fatores computacionais de
fatores comunicativos: os primeiros poderiam se desenvolver independentemente dos segundo que mais tarde viriam a
se mostrar importantes.
Três Fatores Distintos na Evolução
1 Compartilhado versus único
2 Gradual versus saltacional
3 Contínuo versus exaptativo
Não há consenso - noção de linguagem
Línguagem E – conceito sócio-cultural
Linguagem I – conceito cognitivo
• In informal usage, a language is understood as a
culturally specific communication system (English,
Navajo, etc.). In the varieties of modern linguistics
that concern us here, the term ―language‖ is used
quite differently to refer to an internal component
• of the mind/brain (sometimes called ―internal
• language‖ or ―I-language‖). We assume that this is
the primary object of interest for the study of the
evolution and function of the language faculty.
The faculty of language: what’s special about it?*
Steven Pinker and Ray Jackendoff (PJ)
PJ consideram problemática a hipótese de HCF sobre
a recursão(HRO) como aspecto unicamente humano
e unicamente para a linguagem.
It ignores the many aspects of grammar that are
not recursive, such as phonology, morphology,
case, agreement, and many properties of words. It
is inconsistent with the anatomy and neural control
of the human vocal tract. And it is weakened by
experiments suggesting that speech perception
cannot be reduced to primate audition, that word
learning cannot be reduced to fact learning, and
that at least one gene involved in speech and
language was evolutionarily selected in the human
lineage but is not specific to recursion. (PJ)
Evolução da Linguagem (Pinker and Jackendoff)
PJ rejeitam a hipótese de que a linguagem não seja uma adaptação, que ela
seja perfeita, não-redundante, não necessariamente usável, e mal desenhada
para a comunicação.
• ―The hypothesis that language is a
complex adaptation for communication
which evolved piecemeal avoids all
these problems.‖ (PJ)
Evolução da Linguagem (Pinker and Jackendoff)
• ―The most fundamental question in the
study of the human language faculty is its
place in the natural world: what kind of
biological system it is, and how it relates to
other systems in our own species and
others‖
1 O que é aprendido do ambiente
2 O que vem com o desenho do cérebro
3 Que partes são específicas da linguaquais são gerais
4 Que aspectos são só humanos e quais
são compartilhados com outro animais.
Evolução da Linguagem (Pinker and Jackendoff)
A HRU anula a proposta de adaptação
da linguagem para a comunicação
defendida por PJ.
As HCF note (p. 1572), the two of us have advanced
a position rather different from theirs, namely that
the language faculty, like other biological systems
showing signs of complex adaptive design (Dawkins,
1986; Williams, 1966), is a system
of co-adapted traits that evolved by natural selection
(Jackendoff, 1992, 1994, 2002;
Pinker, 1994b, 2003; Pinker & Bloom, 1990).
Specifically, the language faculty evolved in
the human lineage for the communication of complex
propositions.
Evolução da Linguagem (Pinker and Jackendoff)
PJ enfraquecem a HRU:
Conceptual structure: HCF plausibly suggest that
human conceptual structure partly
overlaps with that of other primates and partly
incorporates newly evolved capacities.
Speech perception. HCF suggest it is simply generic
primate auditory perception. But
the tasks given to monkeys are not comparable to
the feats of human speech perception,
and most of Liberman’s evidence for the Speech-isSpecial hypothesis, and more recent
experimental demonstrations of human–monkey
differences in speech perception, are
not discussed.
Evolução da Linguagem (Pinker and Jackendoff)
• Speech production. HCF’s recursion-only
hypothesis implies no selection forspeech
production in the human lineage. But control of the
supralaryngeal vocaltract is incomparably more
complex in human language than in other primate
vocalizations. Vocal imitation and vocal learning
are uniquely human among primates (talents that
are consistently manifested only in speech). And
syllabic babbling emerges spontaneously in human
infants. HCF further suggest that the distinctively
human anatomy of the vocal tract may have been
selected for size exaggeration rather than speech.
Yet the evidence for the former in humans is weak,
and does not account for the distinctive anatomy
of the supralaryngeal parts of the vocal tract.
Evolução da Linguagem (Pinker and Jackendoff)
• Phonology. Not discussed by HCF. Lexicon. HCF
discuss two ways in which words are a distinctively human ability, possibly unique to our species.
But they assign words to the broad language
faculty, which is shared by other human cognitive
faculties, without discussing the ways in which
words appear to be tailored to language—namely
that they consist in part (sometimes in large part)
of grammatical information, and that they are
bidirectional, shared, organized, and generic in
reference, features that are experimental
demonstrable in young children’s learning of words.
Evolução da Linguagem (Pinker and Jackendoff)
Morphology: Not discussed by HCF.†
Syntax: Case, agreement, pronouns,
predicate-argument structure, topic, focus,
auxiliaries, question markers, and so on,
are not discussed by HCF. Recursion is said
to be human-specific, but no distinction is
made between arbitrary recursive
mathematical systems and the particular
kinds of recursive phrase structure found in
human languages. We conclude that the
empirical case for the recursion-only
hypothesis is extremely weak.
• S. Pinker, R. Jackendoff / Cognition 95
(2005) 201–236 217
Evolução da Linguagem (Pinker and Jackendoff)
1 Alguns dos fundamentos do sistema
conceptual-intencional estão presentes
em outros animais(espaciais, causais,..)
Há sistemas que dependem da linguagem, o conceito de semana e outros.
2 A percepção da fala humana é especial (SiS H), diferente de primatas, tendo sido adaptações para intenções articulatórias humanas.
HCF recusam isso.
Evolução da Linguagem (Pinker and Jackendoff)
PJ trazem muitas evidências de que há
mais aspectos da evolução do que HCF
Defendem:
1 Fala e som são fenômenos diferentes
2 Neuroimagem e desordens mostram
diferentes áreas envolvidas em fala e
sons
3 Crianças recém-nascidos distinguem
fala de sons semelhantes
4 Animais-primatas não são competentes para a distinção de sons da fala
The nature of the language faculty and its
implications for evolution of language
(Reply to Fitch, Hauser, and Chomsky)*
Ray Jackendoff, Steven Pinker
• In a continuation of the conversation with Fitch,
Chomsky, and Hauser on the evolution of language,
we examine their defense of the claim that the
uniquely human, language-specific part of the
language faculty (the ―narrow language faculty‖)
consists only of recursion, and that this part
cannot be considered an adaptation to
communication. We argue that their
characterization of the narrow language faculty is
problematic for many reasons, including its
dichotomization of cognitive capacities into those
that are utterly unique and those that are identical
to nonlinguistic or nonhuman capacities, omitting
capacities that may have been substantially
modified during human evolution
Evolução da Linguagem (Pinker and Jackendoff)
• We also question their dichotomy of the current
utility versus original function of a trait, which
omits traits that are adaptations for current use,
and their dichotomy of humans and animals, which
conflates similarity due to common function and
similarity due to inheritance from a recent common
ancestor. We show that recursion, though absent
from other animals’ communications systems, is
found in visual cognition, hence cannot be the sole
evolutionary development that granted language to
humans. Finally, we note that despite Fitch et al.’s
denial, their view of language evolution is tied to
Chomsky’s conception of language itself, which
identifies combinatorial productivity with a core of
―narrow syntax.‖
A Complexidade da Linguagem e a Evolução
Dan Everett e o caso do Pirahã
O Pirahã, Cultura e Linguagem
Dan Everett 2005 article
in CurrentAnthropology,"CulturalConstraints on Grammar and Cognition in
Pirahã," has caused a controversy in
the field of linguistics.
Pirahã: As Observações de Everett
-O Pirahã usa somente três pronomes
-Sem palavras para tempo
-Sem conjugação de verbos de passado
-Sem importância para cores
-Não usam subordinação
-Não têm necessidade de números
-Sem quantificadores, todo, cada, ...
-‖hói‖ significa 1, ou pequena quantidade, ou pequeno
Sem estórias simbólicas ou ficções
O Debate Everett / Chomsky
Everett: Interação linguagem-cultura
Chomsky: interação linguagem-natureza
Everett: Linguagem variação universal
Chomsky: Gramática Universal
Everett: Linguagem expressa cultura
Chomsky: Hipótese Inatista
Everett: Princípio da Experiência
Imediata
Chomsky: FLN - Recursão
O Debate Everett / Chomsky
Everett: Pirahã não tem recursão não
tem matemática, música, computação, filosofia, etc.
Pinker: Se o Pirahã não tem recursão,
então tal propriedade não é universal;
Se não é universal, não explica a linguagem humana, e Chomsky está refuTado.
O Debate Everett / Chomsky
Everett defende a pesquisa de campo, a
Antropolgica Lingüística como decisiva
em termos de dedução, indução e
abdução, recusando idéias a priori
sobre inatismo e gramática universal
Chomsky tem uma concepção de Filosofia da Ciência em que a observação
se segue para corroborar o programa de
Investigação.
Pirahã: Uma Visão Crítica
Nevins e Pezetsky: Contra tese / Everett
1 Pirahã tem orações encaixadas
2 Pirahã tem quantificadores
3 Construções discutidas por Everett
aparecem em línguas sem as restrições
culturais do Pirahã( alemão, chinês,...)
Princípio da Experiência Imediata –
nenhuma evidência de relação causal
cultura e estrutura gramatical
Pirahã: uma Visão Crítica
•
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•
•
•
•
•
•
.
Syntax
1. "the absence of embedding;
Lexicon/Semantics
2. "the absence of numbers or any kind or
a concept of counting and of any terms for
quantification;
3. "the absence of color terms;
4. "the simplest pronoun inventory known;
5. "the absence of 'relative tenses';
Pirahã: uma Visão Crítica
• Culture
• 6. "the absence of creation myths and
fiction;3
• 7. "the absence of drawing or other art;
• 8. "the fact that the Pirahã are monolingual
after more than 200 years of regular
contact with
• Brazilians;
• 9. "the absence of any individual or
collective memory of more than two
generations past;
• 10. "the simplest kinship system yet
documented;
• 11. "one of the simplest material cultures
documented;
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