Boletín Latinoamericano y del Caribe de
Plantas Medicinales y Aromáticas
ISSN: 0717-7917
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Universidad de Santiago de Chile
Chile
Reseña de "Plantas Medicinais - memória da ciência no Brasil" de Tânia Maria Fernandes
Boletín Latinoamericano y del Caribe de Plantas Medicinales y Aromáticas, vol. 4, núm. Su9, octubre,
2005, p. 5
Universidad de Santiago de Chile
Santiago, Chile
Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=85609403
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A cargo de Prof. Dra Dâmaris Silveira
Curso de Ciências Farmacêuticas
Faculdade de Ciências da Saúde
Universidade de Brasília
Tânia Maria Fernandes
Plantas Medicinais – memória da ciência no Brasil
Editora Fiocruz, Rio de Janeiro, Brasil, 2004, pp. 260, ISBN: 85-7541-050-4
O uso de espécies vegetais com fins terapêuticos está
presente em praticamente todas as culturas, mas nos últimos
séculos esse conhecimento tem sido perdido, muitas vezes, de
forma irreversível. Na tentativa de diminuir o ritmo da perda desse
patrimônio histórico, nas últimas décadas um movimento
interdisciplinar se formou com o intuito de resgatar o conhecimento
popular e, ao mesmo tempo, tentar validá-lo através da avaliação
das atividades farmacológicas e a busca do princípio ativo das
espécies utilizadas. Entretanto, em muitos países, esses
pesquisadores enfrentaram e, talvez ainda enfrentem, dificuldades
que vão desde a falta de recursos para desenvolver seus trabalhos
até a descrença dos órgãos de fomento e do setor produtivo, quanto
à validade de se conhecer as espécies nativas com potencial
utilização terapêutica e quanto ao valor dessa informação para a
economia nacional.
Plantas Medicinais –memória da ciência no Brasil pode ser
visto como uma referência para os pesquisadores brasileiros e de
toda a América Latina, pois traz um panorama histórico da pesquisa
com plantas medicinais no Brasil. Resultado de uma tese de
doutorado, a autora apresenta, de forma atraente, aspectos da pesquisa científica no País, até o ano de
2002.
No primeiro capítulo, Tânia Maria Fernandes aborda as origens da produção e comercialização
de medicamentos e fármacos no Brasil, destacando o declínio da utilização de fitoterápicos com o
advento da síntese e os movimentos dos primeiros grupos de pesquisa em plantas medicinais que
culminaram na organização dos Simpósios de Plantas Medicinais do Brasil, evento bianual que está hoje
na sua 18ª edição.
O segundo capítulo resgata a luta desses pesquisadores na busca por credibilidade no meio
científico e por recursos financeiros, apresentando os primeiros programas nacionais de incentivo à
pesquisa de produtos naturais.
Por fim, discute aspectos importantes tais como a legislação brasileira sobre patentes e seu
impacto na pesquisa, o difícil relacionamento das Universidades e Empresas, além de apresentar um
censo dos grupos de pesquisa em produtos naturais.
O livro está recheado de depoimentos de respeitados cientistas, que expõem suas experiências
e as dificuldades que têm enfrentado ao longo dos anos. Apresenta, ainda, dados sobre a evolução dos
grupos de pesquisa e das publicações da área.
Apesar de ser um documento “brasileiro”, certamente esse livro interessará aos pesquisadores
de forma geral, não só para conhecer um pouco da pesquisa em plantas medicinais no Brasil, mas para
aprender com os erros e acertos.
BLACPMA Octubre de 2005; Suplemento 9 p. 5
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