10/02/2015
Origens da sociologia
Prof. Dr. Alexandre H. de Quadros
Surgimento da Sociologia: contexto
histórico
O interesse em uma ciência da sociedade floresce no séc. XVIII,:
Transição do feudalismo para o capitalismo, considerando o contexto de países
como França e Inglaterra. Eventos históricos determinantes:
Revolução Industrial

Surgimento de novas formas de propriedade e organização do trabalho
(concentração de recursos na mão do empresário).

Urbanização crescente.

Desaparição do artesão e do proprietário rural e surgimento do proletariado
submetido a jornadas longas de trabalho envolvendo mulheres e crianças
mediante salário irrisório.
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Contexto histórico: Revolução Industrial
Contexto histórico:
Movimento iluminista
Interesse transformador e
crítico em relação ao
estabelecimento de
conhecimento sobre a
sociedade (séc. XVII).
A vida humana, suas
formas de organização e
as instituições humanas
podem e devem ser
conhecidas pela razão.
Frontispício da Encyclopédie (1772),
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Contexto histórico: Revolução francesa
Alteração drástica em termos políticos (queda do antigo
regime e da monarquia absolutista) e sociais (ascensão da
burguesia e queda do feudalismo abrindo caminho para o
desenvolvimento industrial e a consolidação do capitalismo
na França)
Reivindicação de direitos individuais
Direitos do Homem e do Cidadão)
(Declaração dos
Revolução francesa
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Surgimento da Sociologia: contexto
histórico
Em seu surgimento, a sociologia tem o interesse de explicar os fenômenos sociais no
sentido de dar ordem ao estado de coisas deixado pela revolução francesa. Esta
ciência deve ser como uma “física social” e explicar as regras que regem as
sociedades, com o interesse de garantir o progresso sem que se abale a ordem.
De certo modo, ambos consideram o pensamento científico um caminho seguro para
a explicação e a ordenação da sociedade.
Comte inclusive propunha com o positivismo um modo de pensar em que as ciências
assumiriam o valor da religião como forma de explicação do mundo.
Das questões individuais às questões
sociais.
Por vezes alguns problemas não podem ser simplesmente vistos como problemas
particulares ou individuais.
Por exemplo, imagine uma cidade com 100 mil habitantes onde cerca de 500 pessoas
não tem trabalho. Este problema poderia ser sanado com o desenvolvimento de
habilidades e capacidades de cada um. Seria então um problema pessoal.
Mas e se temos um país com 50 milhões de habitantes com 5 milhões de
desempregados?
Aí o problema é de escala maior, pois a parcela de pessoas em situação de
desemprego é muito maior. Aí cabe uma análise mais profunda da estrutura social e
econômica dessa sociedade, ou seja, não é um problema apenas de ordem
individual.
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Indivíduo ou Coletivo?
Eventos como a Reforma Protestante (séc. XVI), o iluminismo, o desenvolvimento
do pensamento liberal e a ascensão do capitalismo (séc. XVIII) contribuíram para
essa ascensão da noção de indivíduo, ou seja, considerar uma pessoa como alguém
singular, particular e não apenas como parte de um grupo do qual faça parte.
Pense contudo em como o coletivo interfere em suas ações individuais?

Quantas vezes você riu ou aplaudiu alguém pois outros estavam fazendo isso?

Você já julgou alguém por conta de algo que seus familiares ou colegas de classe
pensam?

E o ato de votar, decisão individual, não é também fruto de nossa interação com
os outros?
E você, de quais coletivos faz parte e como isso influência a sua individualidade?
Bibliografia

TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia Para o Ensino Médio. São Paulo: Saraiva,
2010.

Ferreira, José Wesley. Sociologia do trabalho. Ijuí : Ed. Unijuí, 2012.
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Apresentação do PowerPoint - prof. alexandre h. de quadros