Artigo Original Aspecto histológico normal à microscopia óptica comum não prognostica o funcionamento do tecido paratiréoideo criopreservado Fábio Luiz de Menezes Montenegro1 Gustavo Nunes Bento2 Evandro Sobroza de Mello3 Sérgio Samir Arap1 Carlos Eduardo Santa Ritta Barreira4 Luciene Machado dos Reis5 Fabiana Giorgeti Graciolli5 Gilberto de Britto e Silva Filho6 Lenine Garcia Brandão6 Rita de Cássia Martin7 Vanda Jorgetti8 Alberto Rosseti Ferraz9 Anói Castro Cordeiro6 Normal hystology on optical microscopy does not predict cryopreserved parathyroid tissue function RESUMO Introdução: Efetuado o tratamento cirúrgico do hiperparatireoidismo secundário, pode sobrevir hipoparatireoidismo. Um recurso terapêutico corrente é autoimplantar fragmentos paratireóideos criospreservados. A função do tecido criopreservado não é bem compreendida e preditores de função são de interesse. Objetivo: Analisar a relação entre o aspecto morfológico do tecido criopreservado à microscopia óptica e a função subseqüente deste tecido auto-implantado. Métodos: Análise retrospectiva do aspecto observado à microscopia óptica de alguns fragmentos de tecido implantado em pacientes com hipoparatireoidismo após paratireoidectomia total feita para tratamento de hiperplasia secundária. As imagens observadas foram correlacionadas à função do implante em dois grupos: um com microscopia normal e outro com autólise. Os níveis de hormônio da paratireóide (PTH) foram analisados um ano após o implante. O auto-implante de tecido criopreservado foi considerado funcional quando os níveis sistêmicos de PTH eram maiores que 15pg/ml. Resultados: Quinze pacientes foram incluídos no estudo. Desses, a função do implante pode ser demonstrada em seis (40%). A autólise foi achada em dois casos, ambos sem sinal de funcionamento. Em 13 pacientes, o tecido implantado era normal à microscopia óptica. Apesar dessa morfologia normal, em sete (53,8%) casos não havia funcionamento mesmo após um ano após a operação; apenas seis (46,2%) estão funcionais. Conclusões: A microscopia óptica convencional parece ter valor limitado para predizer a eventual função do tecido paratireóideo criopreservado após seu auto-implante. A autólise pode ser um indicador de má função. ABSTRACT Introduction: Hypoparathyroidism may ensue after the surgical treatment of secondary hyperparathyroidism. Implantation of cryopreserved parathyroid tissue is an option to revert the state of hypoparathyroidism after total parathyroidectomy for secondary hyperplasia. The function of cryopreserved tissue is not fully understood and function predictors are of interest. Objective: To analyze the relationship between optical microscopy aspect of cryopreserved tissue and its subsequent function after autograft. Methods: We analyzed retrospectively the optical microscopy findings of some fragments of implanted tissue in patients with hypoparathyroidism after total parathyroidectomy for secondary hyperplasia. These findings were correlated to the graft function. They were divided in one group with normal optical microscopy and another one with the presence of autolysis. PTH levels were analyzed one year after implant. Function of the cryopreserved graft was considered when systemic levels of PTH were greater than 15pg/ml. Results: Fifteen patients were included in this study. Of those, graft function was demonstrable in six (40%). Autolysis was found in two cases, without any sign of PTH secretion on both. In 13 patients, optical microscopy was normal. Despite this gross morphological normality, seven (53.8%) implants did not work after one year and only six (46.2%) are working. Conclusion: Conventional optical microscopy seems to play a limited role in predicting the outcome of parathyroid autografts. Autolysis may be a bad sign for future autograft function. Key words: Hypoparathyroidism. Parathyroidectomy. Parathyroid Hormone. Descritores: Hipoparatireoidismo. Paratireoidectomia. Hormônio Paratireóideo. 1) Médico Assistente da Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (DCCP), Departamento de Cirurgia, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (FMUSP), Laboratório de Investigação Médica (LIM) 28 – Doutor pela FMUSP. 2) Médico Cirurgião de Cabeça e Pescoço do Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen (Itajaí/SC) e do Hospital Governador Celso Ramos (Florianópolis/SC); Ex-residente da DCCP FMUSP. 3) Médico Assistente da Divisão de Anatomia Patológica do Hospital das Clínicas da FMUSP, Doutor pela FMUSP. 4) Médico Assistente do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital de Base-Brasília-/DF; Pós-graduando da DCCP HCFMUSP. 5) Bióloga, Técnica e Pesquisadora do LIM 16 da FMUSP, Doutora pela USP. 6) Professor Associado do Departamento de Cirurgia e Livre-Docente da FMUSP. 7) Bióloga do LIM 16 FMUSP. 8) Médica Assistente da Disciplina de Nefrologia, LIM 16 FMUSP, Doutora pela FMUSP. 9) Professor Titular da DCCP, Departamento de Cirurgia, FMUSP. LIM 28. Instituição: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Correspondência: Fábio Luiz de Menezes Montenegro, Avenida Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 255 – Instituto Central, 8o andar Sala 8174 – 05403-000 São Paulo/SP, Brasil. E-mail: [email protected] Recebido em: 01/08/2008; aceito para publicação em: 16/10/2008; publicado online em: 15/12/2008. Conflito de interesse: nenhum. Fonte de fomento: nenhuma. Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v. 37, nº 4, p. 187 - 190, outubro /novembro / dezembro 2008 187 INTRODUÇÃO Desde o primeiro implante de tecido paratireóideo criopreservado bem sucedido no ser humano, despontou a possibilidade de reverter o hipoparatireoidismo definitivo após paratireoidectomia1. Como níveis baixos da paratirina (PTH) estão associados à doença óssea adinâmica em doentes tratados por hiperparatireoidismo (HPT) secundário2, a criopreservação de tecido paratireóideo é recomendável para qualquer modalidade de paratireoidectomia (total, total com autoimplante imediato ou subtotal), caso o doente apresente hipoparatireoidismo definitivo. Ainda existem dúvidas quanto aos efeitos da criopreservação na célula da paratireóide e o tempo que este tecido pode ficar armazenado3. A possibilidade de prognosticar a função do material criopreservado tem muito interesse clínico. O efetivo desempenho do tecido implantado não é bem entendido e pode demorar meses para ser reconhecido. Desse modo, se houver métodos auxiliares capazes de avaliar a qualidade do material criopreservado, o cirurgião pode optar pela implantação de maior quantidade de tecido ou repeti-lo precocemente, caso ainda haja material estocado. O presente estudo analisa a função do tecido paratireóideo auto-implantado após criopreservação em pacientes com níveis indetectáveis ou baixos de PTH após paratireoidectomia por HPT secundário e o possível valor informativo da microscopia óptica convencional em fragmento descongelado para auto-implante. detecção de função após o re-implante. Embora o aspecto histológico à microscopia óptica tenha sido considerado normal em 13 casos, a funcionalidade do implante só ocorreu em seis pacientes (46,2%). Desse modo, a microscopia óptica convencional com aspecto normal da paratireóide criopreservada falhou em relacionar-se à não funcionalidade clínica em 53,8% dos casos. As figuras 1, 2, 3 e 4 exemplificam o aspecto morfológico à microscopia óptica com a coloração de hematoxilina e eosina, em material de paratireóide a fresco a após criopreservação, em um mesmo paciente. Figura 1. Paratireóide preservada, com áreas onde predominam células principais (à direita) e células oxifílicas (à esquerda), intercaladas com tecido adiposo (ao centro). MÉTODOS Estudo retrospectivo de pacientes submetidos a auto-implante de paratireóide criopreservada em uma única instituição, após tratamento prévio de HPT secundário. A indicação do reimplante foi determinada pela equipe de nefrologia e associada a PTH indetectável ou nível sistêmico abaixo de 15pg/mL. A técnica de criopreservação compreendia a confecção de fragmento de paratireóide de cerca de 1 a 2mm, transportados em meio de cultura Roswell Park Memorial Institute (RPMI) 1640. No laboratório, os fragmentos eram lavados com salina tamponada e meio de cultura. Depois, eram transferidos para os tubos de congelamento, cerca de cinco fragmentos por tubo e adicionado 1ml da solução de congelamento (RPMI 1640 + Dimetilssulfóxido a 10% + Soro Bovino Fetal a 30%). Os tubos eram transferidos para o congelador a -70oC e após 24 horas, acondicionados em tambores com nitrogênio líquido. Dentro da rotina da instituição, um fragmento de paratireóide criopreservada é encaminhado para análise histológica após reaquecimento do tecido para re-implante. A função dessa análise é verificar sinais de degeneração do tecido (autólise), através da preparação rotineira com hematoxilina e eosina. Para verificar se a análise pela microscopia óptica poderia predizer a futura função do material, a função do tecido criopreservado um ano após o re-implante foi correlacionada à presença ou à ausência de autólise. O implante foi considerado funcional se os níveis sistêmicos de PTH eram superiores a 15 pg/mL. Figura 2. Paratireóide com alteração discreta decorrente de manipulação cirúrgica, representada pela presença de neutrófilos permeando vasos, melhor vistos na porção central do campo. RESULTADOS Os dados de função de 15 pacientes submetidos a autoimplante de paratireóide criopreservada estavam disponíveis. Nesses 15 casos, o nível sistêmico de PTH após um ano era superior a 15pg/mL em seis pacientes, ou seja, houve evidência de função do auto-implante de material criopreservado em 40% dos casos. A autólise no fragmento de paratireóide foi relatada em dois casos. Nesses dois, a evolução clínica foi insatisfatória, sem 188 Figura 3. Paratireóide com área de leve a moderada autólise, representada por destrabeculação de células que apresentam citoplasma eosinofílico denso, por vezes fragmentado e núcleo picnótico. Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v. 37, nº 4, p. 187 - 190, outubro /novembro / dezembro 2008 Figura 4. Paratireóide com área de marcada autólise (metade superior direita do campo), onde há desarquiteturação marcada do parênquima com fragmentação nuclear. Na metade inferior esquerda, ainda há preservação parcial da glândula. DISCUSSÃO No presente estudo, a avaliação morfológica do material criopreservado não se correlacionou bem ao seu estado funcional longo tempo após o auto-implante. Apesar do número pequeno de casos com a identificação de autólise, esse achado parece denotar um grau avançado de dano do tecido criopreservado. Wagner et al. relataram diversos graus de necrose tecidual da paratireóide criopreservada em comparação ao tecido a fresco4. O mesmo grupo sugeriu que o processo de criopreservação determina graus variáveis de dano celular e o reimplante de tecido criopreservado necessitaria de maior quantidade de paratireóide para compensar essa perda celular, com a quantidade do tecido a ser utilizada determinada pela proporção encontrada de células necróticas e células viáveis no material5. No presente estudo, a observação microscópica de tecido de boa qualidade não se relacionou ao sucesso funcional após reimplante, determinado em menos da metade dos casos ora estudados. O resultado assemelha-se a um estudo experimental de implante de material humano em ratos6. Embora não tenham observado dano celular significativo à microscopia óptica, Tanaka et al. mostraram que o tecido criopreservado apresentava menor secreção de PTH em relação ao tecido fresco7. A função do tecido paratireóideo criopreservado autoimplantado é relatada com grande variabilidade na literatura. A técnica de criopreservação e o tempo de espera do material para o processamento podem ser fatores interferentes8. Estudos das alterações do tecido coletado para otimização da coleta, transporte e processo de resfriamento parecem plenamente justificados para atender uma demanda prática. O próprio critério de funcionalidade pode influir nessa avaliação. O critério empregado nesse estudo considerou apenas o nível sistêmico de PTH, mas outros autores consideram também o consumo de cálcio ou vitamina D para manter a calcemia9. Caccitolo et al. relataram que, embora 40% dos pacientes apresentassem secreção de PTH, somente 23% mantinham-se normocalcêmicos, sem suplementação de cálcio e vitamina D10. Semelhante observação foi relatada por Herrera et al., com 42% de evidência de função, mas apenas 17% desses pacientes livres de suplementação de cálcio para manter a calcemia11. Entretanto, a avaliação conjunta de pacientes tratados por hiperplasia primária ou adenoma deve ter comparação funcional diferenciada dos pacientes em hemodiálise. A utilização do critério clínico da dependência ou não de cálcio torna difícil a interpretação da função, pois há casos de elevada secreção do implante do material criopreservado que não se relacionam bem ao nível da calcemia12. Em estudo prospectivo, Freitas mostrou que, em alguns casos, mesmo o tecido paratireóideo re-implantado imediatamente apresenta respostas não previsíveis às variações de cálcio13. AlvarezHernandez et al. observaram que a criopreservação da paratireóide de ratos mantinha sua viabilidade, porém, as células tornaram-se incapazes de responder apropriadamente às variações de cálcio em comparação com o tecido fresco14. A avaliação in vitro da capacidade funcional do material criopreservado, com teste para detecção secreção de PTH após estímulo, foi empregada inicialmente há quase 30 anos, com bom resultado15. A análise da ultra-estrutura para avaliação morfológica pode ser útil, mas maior experiência é necessária para estabelecer seu valor clínico. Do mesmo modo, o refinamento do estudo morfológico através de imunoistoquímica pode ser de utilidade. A questão de definir o tempo de manutenção da paratireóide criopreservada é de interesse prático, pois pode determinar até quanto tempo esperar para que um auto-implante imediato funcione e por quanto tempo estocar o tecido criopreservado. Em estudo clínico, Cohen et al. não obtiveram sucesso com material implantado após 22 meses de criopreservação9, mas existem relatos com função comprovada até 30 meses12. Recentemente, Guerrero et al. sugeriram que a viabilidade do tecido podia ser observada até 24 meses de criopreservação, pela coloração com azul tripan das células não viáveis16. Contudo, outros autores sugeriram que a criopreservação poderia manter o tecido viável por períodos mais longos17. Quanto ao momento de definir o reimplante do material estocado, melhores estudos do perfil de secreção do autoimplante imediato são necessários, bem como procura estabelecer fatores de risco para a hipofunção do autotransplante imediato18. CONCLUSÕES O tecido paratireóideo criopreservado pode ser empregado para reverter o hipoparatireoidismo permanente, mas a função subseqüente será observada apenas em alguns casos. O estudo morfológico do material criopreservado através da microscopia óptica convencional não se correlacionou bem à função desse tecido após re-implante. A detecção de autólise no material parece indicar grau avançado de dano celular e possível insucesso do auto-implante. REFERÊNCIAS 1. Wells SA Jr, Gunnells JC, Gutman RA, Shelburn JD, Schneider AB, Sherwood LM. The successful transplantation of frozen parathyroid tissue in man. Surgery. 1977;81(1):86-90. 2. Montenegro FLM. Paratireoidectomia total com ou sem autotransplante no tratamento do hiperparatireoidismo secundário [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2000. 3. McHenry CR, Stenger DB, Calandro NK. The effect of cryopreservation on parathyroid cell viability and function. Am J Surg. 1997;174(5):481-4. 4. Wagner PK, Rumpelt HJ, Karuse U, Rothmund M. The effect of cryopreservation on hormone secretion in vitro and morphology of human parathyroid tissue. Surgery. 1986;99(3):257-64. 5. Wagner PK, Seesko HG, Rothmund M. 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