FACULDADE METROPOLITANA DE CAMAÇARI LUÍS EDUARDO GÓES DE ABREU JORGE LUIZ CARNEIRO DE OLIVEIRA ORNEI DOS SANTOS NASCIMENTO LUIS CARLOS NASCIMENTO DOS SANTOS JARIELSON NUNES SANTANA ELI SILVA DO ESPIRITO SANTO IVALBERT PEREIRA Engrenagem e Parafuso sem-fim MONOGRAFIA Camaçari 2008 LUÍS EDUARDO GÓES DE ABREU JORGE LUIZ CARNEIRO DE OLIVEIRA ORNEI DOS SANTOS NASCIMENTO LUIS CARLOS NASCIMENTO DOS SANTOS JARIELSON NUNES SANTANA ELI SILVA DO ESPIRITO SANTO IVALBERT PEREIRA MECANISMOS MECÂNICOS: ENGRENAGEM E PARAFUSO SEMFIM Trabalho acadêmico apresentado à FAMEC Faculdade Metropolitana de Camaçarí, solicitado pelo professor Paulo, como avaliação da segunda unidade do quinto semestre de Engenharia de Automação e Controle, da disciplina Mecanismos Mecânicos. Professor Paulo Camaçari 2008 1 RESUMO Nosso trabalho de pesquisa tem como objetivo adquirir maior conhecimento sobre engrenagens, em seus diversos tipos, bem como o conhecimento sobre parafusos sem-fim. Abordaremos quais as vantagens, os materiais mais indicados, os processos de fabricação envolvendo a usinágem e tratamento térmico utilizados. . 2 SUMÁRIO 01 – Resumo ---------------------------------------------------------------------------------- 02 02 – Sumário ---------------------------------------------------------------------------------- 03 03 – Capítulo 1 -------------------------------------------------------------------------------- 04 Introdução / Engrenagem ----------------------------------------------------------04 04 – Capítulo 2 ---------------------------------------------------------------------------------05 Tipos de Engrenagem --------------------------------------------------------------05 Engrenagem cilíndrica --------------------------------------------------------------05 Elementos básicos das engrenagens --------------------------------------------06 Engrenagens cônicas ----------------------------------------------------------------09 Parafuso sem fim ---------------------------------------------------------------------09 Pinhão-Cremalheira-------------------------------------------------------------------10 05 – Capítulo 3 ---------------------------------------------------------------------------------11 Tratamento térmico / Cementação ----------------------------------------------11 Bibliografias ----------------------------------------------------------------------------12 3 Capítulo 1 INTRODUÇÃO Engrenagens Engrenagens são rodas com dentes padronizados que servem para transmitir movimento e força entre dois eixos. Muitas vezes, as engrenagens são usadas para variar o número de rotações e o sentido da rotação de um eixo para o outro. Para produzir o movimento de rotação as rodas devem estar engrenadas. As rodas se engrenam quando os dentes de uma engrenagem se encaixam nos vãos dos dentes da outra engrenagem. 4 Capítulo 2 TIPOS DE ENGRENAGEM Existem vários tipos de engrenagem, que são escolhidos de acordo com sua função, as mais comuns são: Engrenagens cilíndricas Engrenagens cilíndricas têm a forma de cilindro e podem ter dentes retos ou helicoidais (inclinados). Observe duas engrenagens cilíndricas com dentes retos: Veja a representação de uma engrenagem com dentes helicoidais: Os dentes helicoidais são paralelos entre si, mas oblíquos em relação ao eixo da engrenagem. Já os dentes retos são paralelos entre si e paralelos ao eixo da engrenagem. As engrenagens cilíndricas servem para transmitir rotação entre eixos paralelos, como mostram os exemplos. 5 As engrenagens cilíndricas com dentes helicoidais transmitem também rotação entre eixos reversos (não paralelos). Elas funcionam mais suavemente que as engrenagens cilíndricas com dentes retos e, por isso, o ruído é menor. Elementos básicos das engrenagens 6 De: Diâmetro externo É o diâmetro máximo da engrenagem De = m (z + 2). Di: Diâmetro interno É o diâmetro menor da engrenagem. Dp: Diâmetro primitivo É o diâmetro intermediário entre De e Di. Seu cálculo exato é Dp = De - 2m. C: Cabeça do dente É a parte do dente que fica entre Dp e De. F: Pé do dente É a parte do dente que fica entre Dp e Di. H: Altura do dente É a altura total do dente De/2 – Di/2 ou h = 2,166 . m e: Espessura de dente É a distância entre os dois pontos extremos de um dente, medida à altura do Dp. V: Vão do dente É o espaço entre dois dentes consecutivos. Não é a mesma medida de e. 7 P: Passo Medida que corresponde a distância entre dois dentes consecutivos, medida à altura do Dp. Z: número de dentes M: módulo Dividindo-se o Dp pelo número de dentes (z), ou o passo (P) por (π), teremos um número que se chama módulo (M). Esse número é que caracteriza a engrenagem e se constitui em sua unidade de medida. O módulo é o número que serve de base para calcular a dimensão dos dentes. M: módulo M = Dp /Z M=P/ π α : Ângulo de pressão Os pontos de contato entre os dentes da engrenagem motora e movida estão ao longo do flanco do dente e, com o movimento das engrenagens, deslocam-se em uma linha reta, a qual forma, com a tangente comum às duas engrenagens, um ângulo. Esse ângulo é chamado ângulo de pressão (α), e no sistema modular é utilizado normalmente com 20 ou 15º. 8 Engrenagens cônicas Engrenagens cônicas são aquelas que têm forma de tronco de cone. As engrenagens cônicas podem ter dentes retos ou helicoidais. Vejamos as engrenagens cônicas: As engrenagens cônicas transmitem rotação entre eixos concorrentes. Eixos concorrentes são aqueles que vão se encontrar em um mesmo ponto quando prolongados. Parafuso sem fim Engrenagem coroa (Sem fim-coroa): O sem fim é um parafuso acoplado com uma engrenagem coroa, geralmente do tipo helicoidal. Este tipo de engrenagem é bastante usado quando a relação de transmissão de velocidades é bastante elevada. 9 Muitas engrenagens sem-fim têm uma propriedade interessante que nenhuma outra engrenagem tem: o eixo gira a engrenagem facilmente, mas a engrenagem não consegue girar o eixo. Isso se deve ao fato de que o ângulo do eixo é tão pequeno que quando a engrenagem tenta girá-lo, o atrito entre a engrenagem e o eixo não deixa que ele saia do lugar. Essa característica é útil para máquinas como transportadores, nos quais a função de travamento pode agir como um freio para a esteira quando o motor não estiver funcionando. Outro uso muito interessante para engrenagens sem-fim está no diferencial Torsen, que é usado em carros e caminhões de alto desempenho. Pinhão-Cremalheira Neste sistema, a coroa tem um diâmetro infinito, tornando-se reta. Os dentes podem ser retos ou inclinados. O dimensionamento é semelhante às engrenagens cilíndricas retas ou helicoidais. Consegue-se através deste sistema transformar movimento de rotação em translação. Pinhão e cremalheira são usados para converter rotação em movimento linear. Um exemplo perfeito disso é o sistema de direção de muitos carros. O volante gira uma engrenagem que se une à cremalheira. Conforme a engrenagem gira, ela desliza a cremalheira para a direita ou para a esquerda, dependendo do lado para o qual está virando o volante. 10 Pinhão e cremalheira também são usados em algumas balanças para girar o ponteiro que indica seu peso. Capitulo 3 TRATAMENTO TÉRMICO Cementação Cementação é a introdução de carbono na superfície de um aço de baixo teor, através de uma reação química, em temperatura superior a da zona crítica desse aço. A cementação visa a alteração da composição química de uma camada superficial do aço, de modo que após a têmpera e revenimento, esta camada apresenta uma dureza mais elevada do que a do núcleo. Em outras palavras, a cementação em si, não endurece a superfície do aço, mas aumenta o teor de carbono dessa superfície favorecendo o endurecimento superficial após o processo de têmpera a que for submetido, deixando o núcleo com dureza que conservam as propriedades mecânicas do aço. Alguns materiais que podem ser cementados: SAE 1020 / SAE 8620/ SAE 5115/ SAE 4320/ SAE 5120 e similares de baixo carbono. 11 BIBLIOGRAFIAS • Projetista de Máquinas – Pro-tec editora F. Provenza • Noções Básicas de Elementos de Máquinas - Mecânica SENAI - ES, 1996 • http://www.menkecia.com.br 12