CRESCIMENTO RADICULAR DE CULTIVARES DE ARROZ DE TERRAS
ALTAS EM FUNÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE POTÁSSIO.
Sartori, J.E.1, Crusciol, C.A.C.2, Rosa, J.M.O.1, Silva, R.H.3
Apesar do potássio, juntamente com o nitrogênio, serem os nutrientes mais absorvidos
pela planta de arroz, não se tem verificado resposta à aplicação deste nutriente com
tanta freqüência como para o fósforo, em termos de aumento de produtividade de grãos.
Existem várias razões para que isto ocorra, principalmente, no cultivo de terras altas,
sendo uma delas a variabilidade entre cultivares quanto à capacidade de absorção e
utilização do potássio, fazendo com que a adubação potássica não seja uma prática
corriqueira na cultura do arroz de terras altas. Porém, com o uso intensivo dos solos e a
utilização de cultivares de grande potencial produtivo, as reservas de potássio do solo
podem não ser suficientes para manter, por muito tempo, altos níveis de produtividade,
havendo necessidade de suprimento de potássio por meio de adubação. Um outro fator
pouco estudado e que pode estar atuando na baixa resposta a adubação potássica é o
comportamento do sistema radicular frente à disponibilidade de potássio, ou seja, não
tendo o crescimento limitado pelo nível de elemento no solo. O objetivo do experimento
foi verificar o crescimento radicular e o desenvolvimento inicial de cultivares de arroz
de terras altas, pertencentes aos grupos tradicional, intermediário e moderno, à
disponibilidade de potássio. O experimento foi conduzido em casa de vegetação na
Faculdade de Ciências Agronômicas/UNESP - Campus de Botucatu. A terra foi
proveniente da camada arável de um Latossolo Vermelho Distroférrico. Os tratamentos
foram constituídos por quatro cultivares de terras altas: Caiapó (grupo tradicional), IAC
202, Primavera (grupo intermediário) e Maravilha (grupo moderno); e quatro doses de
potássio: 20, 40, 80 e 160mg dm-3, seguindo um modelo fatorial 4X4, inteiramente
casualizado, com quatro repetições. As unidades experimentais foram constituídas por
vasos de polietileno com capacidade para 10L. A colheita foi realizada aos 58 dias após
a emergência, quando as plantas se encontravam no estádio de diferenciação floral.
Foram determinadas produções de matéria seca da parte aérea e das raízes,
comprimento, superfície, volume e diâmetro radicular. A adubação potássica é
necessária para que ocorra um bom crescimento radicular e, conseqüentemente, da parte
aérea. Embora raízes finas e longas têm geometria favorável à absorção do potássio, sob
baixa disponibilidade do elemento este ajuste não é suficiente para manter o mesmo
desenvolvimento da parte aérea em condições de maior disponibilidade.
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Aluno de Graduação – Agronomia, FCA/UNESP/Botucatu
Professor Adjunto – Departamento de Produção Vegetal, FCA/UNESP/Botucatu, ORIENTADOR
Aluna do Programa de Pós-Graduação em Agronomia – Agricultura, FCA/UNESP/Botucatu
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Apesar do potássio, juntamente com o nitrogênio - Intranet