CLIPPING
10/01/2013
CLIPPING VIVAVOZ
Fonte: G1
Seção:
Página:
Data: 10/01/2013
Aplicativo de celular mostra impacto de bebida sobre visual das mulheres
App faz simulação sobre foto com transformações provocadas pelo consumo excessivo de álcool
ao longo de dez anos.
Da BBC
O governo da Escócia aprimorou um aplicativo de smartphone que mostra como o consumo de
álcool pode afetar o visual das mulheres ao longo de dez anos.
O app faz uma simulação dos efeitos do álcool sobre uma foto que tenha sido fornecida pela usuária
do telefone celular. A simulação se baseia no fato de a mulher beber acima do recomendado pelo
governo durante esse período.
Chamado de Drinking Mirror ("Espelho da bebida", em tradução livre), o aplicativo foi lançado no ano
passado, mas agora mostra os efeitos da bebida em um intervalo maior de tempo.
Sequência de imagens simuladas por app mostra rosto de mulher que não bebe (1), depois de
dez anos
de bebedeira (2) e como ela seria dez anos depois se não consumisse álcool (3) (Foto:
changingface.com)
Ele faz parte de uma campanha escocesa voltada a convencer as mulheres a beberem menos. A
ação tem como alvo especificamente mulheres com idade entre 31 e 44 anos.
App faz parte de ação do governo (Foto: Divulgação)
Álcool e mortes
A estimativa oficial é de que uma em cada 30 mortes de mulheres na Escócia tenha alguma relação
com o álcool.
Além disso, acredita-se que uma em três mulheres beba mais do que o recomendado
semanalmente – 14 unidades (cada unidade equivale a 8 g ou 10 ml de álcool puro, que é a
quantidade média que um adulto é capaz de processar em uma hora).
A campanha pede às mulheres que diminuam a quantidade de álcool que tomam por semana,
ficando longe das bebidas pelo menos algumas noites.
CLIPPING VIVAVOZ
Fonte: G1
Seção:
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Data: 10/01/2013
'Acadêmicos do sertanejo' estudam incentivo a 'bebedeira' em hits atuais
Trabalhos de Letras e Psiquiatria pesquisam elo de música e alcoolismo.
De 48 duplas compiladas, apenas sete não falam de álcool em canções.
Rodrigo OrtegaDo G1, em São Paulo
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Francismari Barbin estuda os aspectos culturais
que resultam na associação positiva entre música
e álcool (Foto: G1/Raul Zito)
Em 2012, o sertanejo universitário virou tema de trabalhos acadêmicos em áreas distintas como
Letras, Psiquiatria e Artes. Dois destes estudos abordam a relação entre as letras do gênero musical
e o consumo de álcool no Brasil, sob diferentes prismas: o do mestrado de Mariana Lioto, 25 anos,
em Letras na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e o da especialização em
Dependência Química de Francismari Barbin, 37, na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
As pesquisadoras levaram a sério versos como "Tudo que eu quero ouvir: eu te amo e open bar", de
Michel Teló, e "É meu defeito, eu bebo mesmo", de Fernando e Sorocaba. O trabalho de Mariana
catalogou 243 letras de sertanejos que citam bebidas. Apesar de o trabalho abordar mais hits atuais,
os campeões de citações provam que o tema é recorrente na história do gênero: os veteranos João
Carreiro & Capataz, com 19 letras sobre "bebedeira", e os novos astros João Neto & Frederico, com
17.
De 48 artistas famosos do gênero sertanejo estudados por Mariana, apenas sete não possuíam
nenhuma música abordando a temática, e 85% das duplas abordam o assunto em pelo menos uma
canção.
Há outros estudos recentes sobre sertanejo, mas não o bastante, segundo elas. "Encontrei
referências sobre a música sertaneja até a década de 80, mas o sertanejo universitário ainda é um
fenômeno a ser estudado", diz Mariana Lioto em entrevista ao G1, que escreveu a dissertação
"Felicidade engarrafada: Bebidas alcoólicas nas músicas sertanejas" (conheça o trabalho). Já para
encontrar exemplos de letras de sertanejos sobre "bebedeira", ela não teve dificuldade.
Fernando & Sorocaba em cena do clipe de '´É tenso' (Foto: Divulgação)
É meu defeito, eu bebo mesmo
Beijo mesmo, pego mesmo
E no outro dia nem me lembro.
É tenso demais!"
Trecho de 'É tenso', de Fernando & Sorocaba
"Acho que fui escolhida pelo tema", diz a paranaense Mariana. "Em minha região a música sertaneja
é muito forte, principalmente entre os mais jovens. Por ter problemas de alcoolismo na minha família,
me incomodava o fato de a versão sobre o consumo de bebidas alcoólicas apresentado pelas
músicas ser muito diferente da realidade que eu vivi desde a infância".
"Acredito que existe um embate de discursos. De um lado temos a esfera médica e religiosa dizendo
que beber causa dependência, gera doenças, etc. É um discurso chato, difícil de conquistar adesão.
De outro lado temos a música falando que beber te dá amigos, mulheres, sexo, acaba com todos
problemas", diz.
A tese do trabalho de Mariana é de que a música sertaneja não só reflete um comportamento já
existente, mas ajuda a "naturalizar" e incentiva o hábito de beber, fazendo associações positivas com
mulheres, festas, fuga do trabalho, e escondendo os efeitos negativos.
"Interessante perceber que em outros gêneros - no rap, por exemplo - é fácil encontrar músicas que
criticam o consumo abusivo", nota Mariana.
Michel Teló em cena do clipe de 'É nóis fazê parapapá' (Foto: Divulgação)
Ê ê ê ê ê, ê ê ê ê a
Tudo que eu quero ouvir:
eu te amo e open bar"
Trecho de 'Eu te amo e open bar', de Michel Teló
Francismari Barbi, psicóloga clínica, autora do trabalho "A influência das letras de música sertaneja
no consumo de álcool", diz que também teve dificuldade de achar referências sobre sertanejo. "Mas
outros estudos comprovam a influencia relacional entre musica e consumo de alguma substância
psicoativa, ou mesmo a letras das músicas como forte influencia comportamental entre os jovens",
completa
"Eu queria um tema ainda pouco estudado no Brasil e ao mesmo tempo com importância clínica e
sociocultural. A música possui um elo estreito e forte com a sociedade e a cultura vigente. Isso pode
contribuir para que as pessoas associem bebida com diversão ou com a 'cura' de diversos
problemas, principalmente quando é evidenciado este apelo em suas letras", explica a psicóloga.
"Parece que a tarefa de mostrar o lado negativo da substância ficou basicamente a cargo dos
técnicos de saúde" é o lamento conclusivo de Francismari.
Munhoz & Mariano no clipe de 'Balada louca' (Foto: Divulgação)
Meu Deus do céu, onde é que eu tô? / Alguém me explica, me ajuda por favor / Bebi demais na noite
passada / Eu só me lembro do começo da balada (...) / Achei meu carro, dentro da piscina / E o
celular no microondas da cozinha"
Trecho de 'Balada louca', com Munhoz & Mariano e João Neto & Frederico
Entre outros trabalhos recentes que começam a tornar a nova música sertaneja literalmente
universitária, mas sem o foco específico na bebida, está o mestrado em Artes de Daniela Oliveira
dos Santos na Universidade Federal de Uberlândia. O título é “'A música sertaneja é a que eu mais
gosto!': Um estudo sobre a construção do gosto a partir das relações entre jovens estudantes de
Itumbiara (GO) e o sertanejo universitário" (conheça o trabalho).
"Ao pesquisar sobre a relação dos estudantes com o sertanejo universitário, muitos destaques foram
feitos aos elementos extramusicais. Por exemplo, o fato de ser uma música com letra que 'fala' sobre
o que eles estão vivendo, destacaram também o ritmo mais agitado, a forma pela qual os cantores
se comunicam com os fãs e questões afetivas que as músicas proporcionam (amizades, namoros e
laços familiares)", diz Daniela.
Francismari Barbin, autora de 'A influência das letras de música sertaneja no consumo de
álcool' (Foto: G1/Raul Zito)
Ela não é fã de música sertaneja, mas escolheu o tema ao observar o comportamento de seus
alunos. "Sou professora do Ensino Médio na cidade de Itumbiara e percebi o quanto os estudantes
estavam sendo fascinados pelo sertanejo universitário", conta. Sua experiência mostra que a bebida
não é o único hábito incentivado pelo sertanejo. "Percebi o fato de que alguns dos entrevistados
mostraram o interesse pelo violão, instrumento esse que aprenderam a tocar devido ao gosto pela
música sertaneja", diz.
CLIPPING VIVAVOZ
Fonte: Carta
Capital
Seção: Política
Página:
Data: 10/01/2013
Cracolândia
10.01.2013 15:34
O mês das ideias exóticas em SP
Por Mauricio Antonio Ribeiro Lopes*
Janeiro é um mês fértil em ideias exóticas no governo estadual para a
Cracolândia. Há um ano, a desastrada e desastrosa operação militar,
substituindo jalecos e aventais por fardas e tonfas, distribuiu violência em
doses cínicas e protagonizou a infamante procissão dos crackeiros que a
Justiça paulista, em ação do Ministério Público, logo proibiu.
Foto: Marcello Casal Jr./ABr
A secretária de Justiça, proveniente do Ministério Público, estranhamente
representou pela prática de crime de violação de sigilo profissional contra
quatro promotores de Justiça por divulgarem essa decisão judicial, que
naturalmente desde sempre fora pública, qual houvesse possibilidade
jurídica de sentença secreta.
Agora, ensaia-se outra farsa no teatro do absurdo do Pátio do Colégio: a da
internação compulsória de usuários a pretexto de ser a única saída para
“mães aflitas que buscam a proteção do Estado para seus filhos que estão
mergulhados no submundo das drogas”.
Sobre o tema, especialistas ouvidos no inquérito civil do Ministério Público
evidenciaram duas conclusões: a eficiência de qualquer tratamento a
usuários de droga está enraizada na adesão voluntária como premissa; as
situações-limite que ensejam a internação compulsória (art. 6º, Lei n.
10.216/01), são em média 1% dos casos dentro da população alvo.
Segundo os números da Secretaria de Justiça, se forem verdadeiros,
seriam agora apenas 400 os usuários em circulação na região da Luz contra
2 mil no passado. Portanto, apenas cerca de quatro casos restariam no
espectro da internação compulsória.
O promotor Mauricio Antonio Ribeiro Lopes. Foto: Ministério Público de São Paulo
Por que tanto alarde, falando-se mesmo em criação “de mecanismos para
facilitar as internações não voluntárias de dependentes de crack” para tão
pouco resultado? Porque a ideia do governo estadual é fazer da internação
compulsória instrumento central de sua política para a questão. Crônica de
novo desastre se anuncia.
De Pirandello a Ionesco, o drama dos usuários só piora a cada ato urdido
no governo estadual.
Às pessoas a quem o Poder Público só prestou histórico abandono a única
alternativa à frente que se enxerga é a internação compulsória. Seria
apenas ridículo como política pública, não fosse desumano. O catatonismo
da política social não se rompe pelo histrionismo higienista. Novas
tentativas que levem a sacrifícios de direitos fundamentais serão coibidas
com as armas da lei: de liminares à improbidade “e tudo o que houver nesta
vida” e nos tribunais.
É passada a hora da política de Segurança Pública e Justiça ceder espaço
às pastas de Assistência e Desenvolvimento Social, Saúde, Trabalho e
Habitação, que deverão assumir o protagonismo no enfrentamento do tema.
Só assim, poderá haver solução e não factóides.
Antes da internação, o Ministério Público e a sociedade civil que no dia 7 de
janeiro de 2013 reuniram-se por horas na Cúria Metropolitana com outros
secretários (de estado e Município) querem ver habitação, saúde, trabalho,
promoção social e dignidade compulsórias. E logo.
*Mauricio Antonio Ribeiro Lopes é promotor de Justiça de Habitação e
Urbanismo da Capital.
CLIPPING VIVAVOZ
Fonte: Folha SP
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Data: 10/01/2013
Cinco fabricantes estrangeiras de insumos para drogas são vetadas
Avaliação foi resultado de fiscalização da Anvisa em produtoras de princípios ativos no exterior
Vigilância Sanitária não informou nome das empresas, mas disse ter retirado do
mercado os lotes das fábricas
JOHANNA NUBLATDE BRASÍLIA
O primeiro relatório da Anvisa sobre a fiscalização em fábricas estrangeiras de princípios ativos
de remédios indica "desvios graves" na produção de cinco empresas, que ficaram proibidas de
vender insumos ao Brasil até uma nova inspeção.
As fabricantes fiscalizadas fornecem ou querem fornecer insumos ao país.
Outras 13 empresas foram alertadas sobre problemas menos graves a serem corrigidos e 30
foram liberadas.
A falta de estudos sobre a estabilidade química dos produtos no clima brasileiro, as práticas
diferentes das informadas e o risco de contaminação cruzada do material foram problemas
apontados no relatório que inclui fiscalizações feitas entre 2010 e 2012.
Em 2009, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) definiu que produtoras de 20
princípios ativos de medicamentos prioritários -contra bactérias, Aids e câncer, por exemplodevem ser inspecionadas por técnicos da agência antes da liberação para venda no país.
Isso vale para os insumos produzidos e transformados em remédios no exterior e para
processados no Brasil -o país fabrica só cerca de 2% desses insumos.
Antes da nova regra, a inspeção só ocorria na fábrica produtora do remédio -não havia a
inspeção do insumo.
Segundo Agenor Álvares, diretor da Anvisa, não é possível saber se a produção das fábricas
vetadas foi usada no Brasil no passado, já que esse controle é novo.
A agência alegou questões éticas para não informar o nome das empresas estrangeiras ou os
princípios ativos cuja venda foi vetada, mas afirmou que tirou do mercado brasileiro lotes de
insumos dessas fábricas.
A inspeção in loco dos princípios é criticada pela indústria, que questiona alguns dos critérios
de avaliação da Anvisa. Nelson Mussolini, do Sindusfarma (sindicato de indústrias
farmacêuticas de SP) afirmou que as empresas registradas no Brasil têm controles rígidos de
qualidade.
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10 de janeiro