Curvar-se diante do
inexistente:
a ideologia do
aquecimento global
Daniela Onça
Mudanças climáticas globais e implicações atuais
Segundo semestre de 2008
“Há uma diferença entre
acreditar em algo porque você
quer ou porque você tem boas
razões para isso”
Larry Laudan
Advertência
Esta pesquisa não recebeu
qualquer espécie de patrocínio
de empresas cujos interesses
são contrariados pelo
Protocolo de Kyoto.
Irena Sendler
Al Gore
Nosso problema
“o descontrole decorrente de nossas atitudes atuais só
terá solução na mudança de atitudes, no reexame de
nossos valores, na redefinição de progresso e
desenvolvimento. Longe de abandono puro e simples de
ciência e tecnologia, necessitamos de ciência com ética.
Daí surgirão novas formas de tecnologia, de tecnologia
menos agressiva, mais sustentável (...) O esquema
educacional, em todas as suas facetas, terá que se
esforçar por conseguir uma revolução filosófica que
consistirá na entronização do princípio ético fundamental
enunciado por Albert Schweitzer: O PRINCÍPIO DA
REVERÊNCIA PELA VIDA, em todas as suas formas e em
todas as suas manifestações! Daí decorrerá todo um
sistema de valores diametralmente oposto ao atual”
José Lutzenberger, 1977
No entanto...
“Então tenho abandonado esta
argumentação em favor de outra. Quem
entende a importância deste processo
biológico já está do nosso lado, e de nada
adianta ficar pregando para convertidos.
Precisamos de decisões, decisões imediatas,
e estas só podem vir dos governantes, dos
tecnocratas. Entre estes, infelizmente,
idealistas são exceção, e o conhecimento
científico, raro. Por isto precisamos de outro
argumento que sacuda com as suas
convicções. Este é o argumento climático”
“conscientemente, estamos
bagunçando todos os mecanismos de
controle climático – com dióxido de
carbono demais, metano, óxidos de
nitrogênio, óxidos de enxofre, freons,
hidrocarbonetos, desmatamento e
desertificação. Por quanto tempo
poderemos abusar do sistema? Quanto
tempo demorará Gaia para ficar com
febre? Será mesmo necessário que
conheçamos todos os detalhes para
começarmos a agir?”
Os debates antigos
“Assumindo, portanto, que esta afirmação esteja
correta, de que a Europa está se tornando mais
quente do que antes, como podemos considerála? Basicamente por nenhuma outra maneira que
não supor que a terra no presente é muito melhor
cultivada, e que os bosques foram retirados, os
quais antigamente lançavam uma sombra sobre a
terra e impediam os raios solares de penetrarem
nela. Nossas colônias do norte da América
tornaram-se mais temperadas, na proporção em
que os bosques foram derrubados”
David Hume, 1750
“Os fazendeiros do rio Connecticut
araram suas terras, conforme eu vi em
fevereiro de 1779, e os pessegueiros
floriram na Pensilvânia. E daí? Os
invernos são todos amenos na
América? De jeito nenhum; justamente
no ano seguinte, não apenas nossos
rios, mas nossas baías, e o próprio
oceano, na nossa costa, foram
rapidamente cobertos pelo gelo”
Noah Webster, 1799
“As afirmações tão freqüentemente avançadas,
apesar de não apoiadas pelas medições, de que desde
os primeiros assentamentos europeus na Nova
Inglaterra, Pensilvânia e Virgínia, a destruição de
muitas florestas nos dois lados dos Alleghanys
[Apalaches] tornou o clima mais homogêneo – com
invernos mais suaves e verões mais amenos – são
agora desacreditados de maneira geral. Nenhuma
série de observações de temperatura digna de
confiança estende-se por mais de 78 anos nos
Estados Unidos. Descobrimos a partir de observações
na Filadélfia que de 1771 a 1814 a temperatura média
anual mal se elevou em 2.7, um aumento que pode ser
largamente creditado à extensão da cidade, sua maior
população, e a numerosas máquinas a vapor...”
Alexander von Humboldt, 1850
”Será visto que a climatologia racional não
oferece bases para a largamente apregoada
influência sobre o clima de um país produzida
pelo crescimento ou destruição de florestas,
construção de estradas de ferro ou telégrafos, e
cultivos sobre vastas extensões da planície.
Qualquer opinião relacionada aos efeitos
meteorológicos da atividade humana deve se
basear ou em registros de observações ou em
raciocínio teórico a priori... O verdadeiro
problema para o climatólogo a ser consolidado
no século atual não é se o clima tem mudado
ultimamente, mas o que é nosso clima
presente, quais são suas características bem
definidas, e como elas podem ser mais
claramente expressas em números”
Cleveland Abbe, 1889
Os cálculos de Arrhenius (1896)
“Freqüentemente ouvimos lamentos de que o
carvão estocado na Terra está sendo
desperdiçado pela geração presente sem
pensamento algum sobre o futuro...
[Entretanto]... Através da influência do
crescente percentual do ácido carbônico na
atmosfera, podemos ter a esperança de
desfrutar de eras com climas mais uniformes e
melhores, especialmente no que diz respeito às
regiões mais frias da Terra, eras em que a terra
trará colheitas muito mais abundantes que no
presente, para benefício de uma humanidade
em rápida propagação”
Svante Arrhenius, 1906
• Guy Stewart Callendar, entre as décadas de
1930 e 1940, dará maior destaque ao CO2 e
afirmará que o homem se tornou um agente de
mudanças globais.
• “Se ao final deste século, as medições
mostrarem que as quantidades de dióxido de
carbono na atmosfera subiram
apreciavelmente e ao mesmo tempo a
temperatura continuou a subir pelo mundo,
estará firmemente estabelecido que o dióxido
de carbono é um importante fator de mudanças
climáticas” (Gilbert N. Plass, 1956)
Virgil Partch, 1953
“mesmo um aumento de um fator 8 na quantidade
de CO2, o que é altamente improvável nos
próximos milhares de anos, produzirá um
aumento na temperatura de menos de 2K. No
entanto, o efeito sobre a temperatura da superfície
de um aumento no conteúdo de aerossóis na
atmosfera pode ser significativo. Um aumento de
fator 4 na concentração de equilíbrio de material
particulado na atmosfera global, possibilidade que
não pode ser descartada dentro do próximo
século, poderia reduzir a temperatura média da
superfície em até 3,5K. Caso mantido por um
período de vários anos, tal decréscimo de
temperatura seria suficiente para desencadear
uma glaciação!”
Stephen Schneider, 1971
A histeria contemporânea
Discurso de James Hansen em 23 de junho de
1988 (curva “alhos com bugalhos”)
Fleming (1998)
A elevação das temperaturas (“T-rex”)
IPCC (2007)
Curva de Keeling (“cobrinha”)
Tendências de temperatura, 1901
IPCC (2007)
a 2005
Tendências de temperatura, 1979
a 2005
IPCC (2007)
IPCC (2001)
Atribuição de causas
Forçamentos naturais e antropogênicos (IPCC, 2007)
Forçamentos naturais (IPCC, 2007)
IPCC (2001)
Projeções de aumento de
temperatura e nível do mar
IPCC (2007)
IPCC (2001)
IPCC (2007)
O sistema climático global
IPCC (2007)
Balanço radiativo terrestre
IPCC (2007)
Causas terrestres
Alterações na concentração de
gases
Dióxido de carbono (CO2)
• Concentrações pré-industriais: 260-280
ppm
• Concentrações atuais: 379 ppm
• Principais fontes naturais: oceanos,
solos, respiração animal e vegetal
• Fluxos:
- atmosfera e biosfera terrestre: 120
Pg/ano
- atmosfera e oceanos: 90 Pg/ano
• Principais fontes antropogênicas:
queima de combustíveis fósseis (80%)
e mudanças no uso da terra (20%)
• Emissões: 4,1±0,1 Gt/ano (2000-2005)
• 55% das emissões permaneceram na
atmosfera (variações anuais)
• Sorvedouros: oceanos e fotossíntese
•
•
•
•
•
•
Metano (CH4)
Concentrações pré-industriais: 700 ppb
Concentrações atuais: 1774 ppb
Principais fontes naturais: pântanos,
oceanos, florestas e térmitas
Principais fontes antropogênicas:
rizicultura, ruminantes e lixo
Principais sorvedouros: hidroxila (OH-)
e solos
Equilíbrio entre fontes e sorvedouros
Óxido nitroso (N2O)
• Concentrações pré-industriais: 270 ppb
• Concentrações atuais: 319 ppb
• Principais fontes naturais: oceanos e
solos florestais
• Principais fontes antropogênicas:
fertilizantes
• Principais sorvedouros:
fotodissociação
Clorofluorcarbonos (CFCs)
• Somente fontes antropogênicas
• Forçamento muito elevado
• Formação do buraco na camada de
ozônio
• 1987: Protocolo de Montreal
Aerossóis
• Atuam como núcleos de condensação
e absorvedores / refletores de radiação
• Grandes dificuldades na quantificação
das fontes, tempos de residência e
propriedades ópticas
• Principais tipos: sulfatos, poeira
mineral, sal, biogênicos, compostos de
carbono
Vulcanismo
• Fonte de material particulado, sulfatos
e cloro para atmosfera
• Resfriamento em curto prazo (6 meses
a 2 anos)
• O dogma do ozônio: somente a
explosão do Pinatubo forneceu 6 vezes
mais cloro para a estratosfera que os
CFCs em um ano!!
Mecanismos de realimentação
• Podem ser positivos ou negativos
•
•
•
•
Vapor d’água e nuvens
Albedo do gelo
Fertilização por carbono
Gases dissolvidos nos oceanos
Modos de variabilidade
IPCC (2007)
“Se o desequilíbrio de 1977-88 pode ser
atribuído a alguma causa, ou é meramente parte
de uma variabilidade natural é uma questão
difícil (...). Devido aos oceanos serem
simultaneamente afetados por muitos
forçamentos climáticos, inclusive os gases
estufa, existe grande dificuldade em separar a
verdadeira causa de alguma mudança
observada. Em geral, haverá múltiplos
forçamentos contribuindo para qualquer
mudança observada em diferentes quantidades”
Kevin Trenberth, 1990
Causas astronômicas
IPCC (2007)
• Excentricidade: varia de 0 a 0,06 com
periodicidade de 100.000 e 400.000
anos
• Obliqüidade: varia de 21,5o a 24,5o com
periodicidade de 41.000 anos
• Precessão: variação na direção do eixo
da Terra, com periodicidade de 23.000
anos
Causas extraterrestres
Hipótese das manchas solares
Leroux (2005)
Hoyt; Schatten (1997)
Fato 1
Existem muitos outros fatores
de mudanças climáticas além
da composição atmosférica,
tais como vulcanismo, albedo
planetário, parâmetros orbitais
e atividade solar.
Geleiras de Vostok
Barnola et al (1987)
• As variações no dióxido de carbono ao longo dos
últimos 420 mil anos seguiram amplamente a
temperatura antártica, tipicamente de vários
séculos a um milênio (IPCC, 2007, p. 444)
• “Concluindo, a explicação para as variações
glaciais e interglaciais de CO2 permanece como
um difícil problema de atribuição. Parece provável
que uma gama de mecanismos agiram em
conjunto. O desafio futuro não é explicar somente
a amplitude das variações glaciais-interglaciais de
CO2, mas a complexa evolução temporal entre o
CO2 atmosférico e o clima consistentemente”
(IPCC, 2007, p. 446)
Fato 2
A correlação entre o dióxido de
carbono e a temperatura não é
tão simples quanto parece.
Derretimento
de geleiras
IPCC (2001)
• Atraso na resposta do gelo (até
séculos!!)
• O número ínfimo de geleiras
monitoradas
• Concentração dos estudos em
montanhas menores e mais simples
• Variabilidade interanual e falta de
concordância de métodos
• IPCC 2007 valoriza as retrações da
última década
Antártida (IPCC 2001): é pouco
provável que a calota ocidental derreta
nos próximos séculos, mesmo sob os
cenários mais pessimistas. Já o
derretimento da calota oriental exigiria
uma elevação das temperaturas de pelo
menos 20oC, o que não ocorre há pelo
menos 15 milhões de anos.
No Kilimanjaro, observamos um
comportamento excepcional: uma
retração contínua do platô durante o
século XX e, na escarpa, uma forte
retração no início do século e uma
desaceleração mais recentemente. Tal
retração é interpretada como uma
resposta a uma mudança dramática de
um regime úmido para outro seco por
volta de 1880, e uma subseqüente
tendência negativa na umidade da
média troposfera no leste da África
(IPCC, 2007, p. 360)
Fato 3
Não há evidências seguras sobre o
degelo dos glaciares. O número de
glaciares monitorados por mais de 20
anos (um tempo muito curto) é ínfimo
diante da quantidade de glaciares
existentes. Inferir seu derretimento a
partir das supostas mudanças climáticas
ocorridas em suas regiões e daí inferir a
elevação do nível do mar é uma faraônica
petição de princípio.
A elevação do nível do mar
Leroux (2005)
Fato 4
Não há evidências seguras sobre a
elevação do nível do mar. Existem
variações interanuais e decadais, além de
regionais, demandando séries de dados
longas para se atingir qualquer consenso
a respeito. Os dados de satélite são ainda
muito curtos para esta empreitada e não
demonstram tendências de elevação
alarmantes se desconsiderarmos os
eventos El Niño.
O papel do vapor d’água
“é claramente inútil lidar com a mudança
climática sem conhecimento e
compreensão apropriados do
comportamento dessa substância vital.
Está igualmente claro que nosso
conhecimento atual sobre o
comportamento do vapor d’água é
inadequado para esta tarefa”
Richard Lindzen, 1991
Spencer (2008)
“É importante enfatizar que as
mudanças no vapor d’água na
troposfera são vistas como um
mecanismo de realimentação ao
invés de um agente de forçamento”
IPCC, 2001
“na atmosfera do IPCC não há água!”
Marcel Leroux, 2005
Bandas de absorção dos gases
Vianello; Alves (1991)
Hipótese íris (Lindzen)
Lindzen (1990)
Mas... E as nuvens??
“Em muitos modelos climáticos, detalhes na
representação das nuvens podem afetar
substancialmente as estimativas sobre o
mecanismo de realimentação e a sensitividade
das nuvens. Além disso, a amplitude de
possibilidades nas estimativas de sensitividade
climática entre os modelos atuais surge
primordialmente de diferenças inter-modelos nos
mecanismos de realimentação das nuvens.
Portanto, os mecanismos de realimentação das
nuvens permanecem como a maior fonte de
incertezas nas estimativas de sensitividade
climática” (IPCC, 2007, p. 636)
Fato 5
O gás estufa mais importante no
sistema climático não é o dióxido de
carbono, mas sim o vapor d’água.
Seu papel, apesar de essencial para
a pesquisa climática, é
escassamente conhecido,
impossibilitando, até o momento, a
elaboração de cenários e previsões
suficientemente confiáveis.
A querela do taco de hóquei
IPCC (1990)
“Concluímos que apesar das grandes
limitações na quantidade e na qualidade dos
dados históricos de temperatura disponíveis,
a evidência aponta consistentemente para
um aquecimento real, porém irregular,
durante o último século. É quase certo que
um aquecimento global de maior magnitude
ocorreu ao menos uma vez desde o fim da
última glaciação sem qualquer incremento
apreciável de gases estufa. Como nós não
compreendemos os motivos desses eventos
passados de aquecimento, ainda não é
possível atribuir uma proporção específica
do pequeno e recente aquecimento a um
aumento nos gases estufa” (IPCC, 1990,
citado por HOLLAND, 2007, p. 954).
Curva de Mann (“taco de hóquei”)
IPCC (2001)
“evidências atuais não apóiam períodos
globais e sincrônicos de aquecimento e
resfriamento anômalo ao longo desse
intervalo, e os períodos convencionados
‘Pequena Idade do Gelo’ e ‘Optimum
Climático Medieval’ parecem ter utilidade
limitada na descrição de tendências de
mudanças de temperaturas médias
hemisféricas ou globais nos séculos
passados. Com os dados indiretos mais
disseminados e reconstruções multiindiretas de mudanças de temperaturas
atualmente disponíveis, o caráter espacial e
temporal dessas reputadas épocas
climáticas pode ser reavaliado” (IPCC, 2001,
p. 135).
O problema da divergência
Holland (2007)
McIntyre; McKitrick (2003)
“Nenhum desses erros afeta
nossos resultados anteriormente
publicados” (MANN; BRADLEY;
HUGHES, Nature, 1 de julho de
2004, p. 105).
McKitrick (2005)
Sheep Mountain e Mayberry Slough
McKitrick (2005)
Graybill; Idso (1993)
“Conseqüentemente, a detecção da
mudança no crescimento radial das
árvores em resposta à fertilização por
dióxido de carbono pode ser
significativamente obscurecida nas
árvores full-bark, enquanto é
prontamente evidente nos espécimes
strip-bark” (GRAYBILL; IDSO, 1993, p.
89).
A pasta
“BACKTO_1400-CENSORED”
Faltavam 20 das 212 séries
empregadas no estudo:
série Gaspé e 19 séries de
Sheep Mountain!!!!
McKitrick (2005)
“Algumas das cronologias das mais
altas elevações do oeste dos
Estados Unidos efetivamente
parecem, no entanto, terem exibido
aumentos no crescimento em longo
prazo que são mais dramáticos do
que pode ser explicado pelas
tendências de temperaturas
instrumentais nessas regiões”
(MANN; BRADLEY; HUGHES, 1999,
p. 760)
“Espaguete”
IPCC (2007)
Fato 6
A afirmação de que a década de
1990 em diante apresentou
temperaturas anômalas no
contexto do último milênio é
simplesmente um resultado
artificial obtido através de uma
série de erros de cálculo e
seleções de dados propositais.
Temperaturas recordes???
Onze dos últimos doze anos
(1995 a 2006) foram os mais
quentes desde 1850 – a
exceção seria 1996 (IPCC, 2007,
p. 237)
Será mesmo???
O monitoramento por satélites
Singer (1999)
Spencer; Christy (1990)
Global
Hemisfério norte
Hemisfério sul
Trópicos
Fato 7
Não há evidências seguras sobre o
aumento da temperatura média global.
Grande parte dos registros de
temperatura de superfície está
contaminada pelo aquecimento
característico das áreas urbanas.
Registros de satélites e radiossondagem
não denunciam um aquecimento
significativo nas últimas décadas.
Eventos extremos
• “raciocínio da gaussiana”
• A crescente vulnerabilidade humana
• Maior cobertura dos meios de
comunicação
• Grande variabilidade interdecadal
• Falta de registros homogêneos
• Dificuldades de modelagem
• Dificuldade na identificação de
tendências
Fato 9
As afirmações sobre aquecimento
global divulgadas pela mídia são
grotescamente diferentes daquelas
contidas nos Summaries for
Policymakers do IPCC, que por sua
vez são grotescamente diferentes
daquelas contidas nos relatórios
completos.
Fato 10
O IPCC elabora cenários e não
profecias. Para tanto, emprega
modelos matemáticos de
computador operados por
seres humanos e não bolas de
cristal.
Conclusão
“A climatologia está na verdade
desperdiçando seu tempo ao
tentar demonstrar, a todo
custo, um aquecimento
inexistente”.
Marcel Leroux, 2005
“É extremamente frustrante, para um
cientista, ver na mídia que cada
desastre meteorológico está sendo
acusado de ‘mudança climática’
quando, na verdade, esses eventos
fazem parte da variabilidade natural do
sistema climático”
John Christy, 1997
“Infelizmente existe uma
tendência geral entre o público
leigo de aceitar sem discussão
qualquer informação gerada por
um computador suficientemente
potente”
Richard Lindzen, 1992
E o próximo inimigo será...
As conseqüências potenciais do aumento de
emissões de hidrogênio incluem a redução
da capacidade de oxidação da atmosfera – o
uso em larga escala de veículos movidos a
hidrogênio reduziria significativamente as
emissões de NOx, reduzindo o OH- entre 5 e
10% – e o aumento na formação de vapor
d’água, que pode aumentar a formação de
cirros na troposfera e de nuvens polares na
estratosfera (IPCC, 2007, p. 547)
A reação dos céticos
As nove inverdades convenientes
Here comes the sun...
Svensmark;
Calder
(2007)
Friis-Christensen; Lassen
(1991)
“Eu acho a proposta desses
dois extremamente ingênua e
irresponsável cientificamente”
Bert Bolin, 1996
“deve-se ser paciente com esses
cientistas da Terra que ainda
imaginam que o terceiro planeta de
uma estrela indistinta é grandioso
demais para ser influenciado de
alguma maneira significativa por
tolas particulazinhas do espaço
sideral”
Henrik Svensmark e Nigel Calder, 2007
O princípio da precaução
“O princípio da precaução é uma fera
muito interessante. É usado basicamente
para promover uma ideologia e um
programa particular. É sempre usado em
apenas uma direção. Fala dos riscos do
uso de uma tecnologia em particular –
combustíveis fósseis, por exemplo – mas
nunca sobre os riscos de não usá-la”
Paul Driessen, 2007
Oportunidades de negócios!!
As emissões da Rússia são hoje 35%
menores que as registradas em 1990,
pouco antes do colapso soviético. Ela
poderá, então, vender bilhões de
dólares em créditos de carbono e ainda
assim continuar dentro da meta de
Kyoto!!!!
British Petroleum
• Comprou a Amoco Corporation em 1998 por
55 bilhões de dólares.
• No ano seguinte, comprou a Arco, por 36
bilhões de dólares.
• Em 2002, anunciou que estava gastando
6,75 bilhões pelo controle de 50% da
prospecção de uma importante reserva
petrolífera russa, e que gastaria outros 20
bilhões nos próximos cinco anos neste e
em outros campos do mundo.
Nesse meio tempo (seis anos),
instalou painéis solares em 200 de
suas 17.000 estações, ao custo de
200 milhões de dólares,
exatamente o mesmo valor que
gastou em dois anos em campanhas
publicitárias que destacavam sua
“responsabilidade ambiental”, ou
0,2% do que gastou para comprar a
Amoco, ou 1,3% do que gastará nos
próximos 15 anos só no Golfo do
México!
Em busca da (in)eficiência
energética
Uma única termoelétrica a gás na
Califórnia, que ocupa 60.700 m2 e
produz 3,5 bilhões de kWh por ano a
72% de sua capacidade produz mais
energia que toda a fazenda eólica deste
estado, com 13.000 turbinas de 61
metros de altura que ocupam uma área
de 400 km2.
“Seria um tanto desastroso para nós descobrir
uma fonte de energia limpa, barata e abundante
por causa do que nós faríamos com ela. Devemos
procurar por fontes de energia adequadas às
nossas necessidades, mas que não nos dêem os
excessos de energia concentrada com os quais
podemos causar danos à Terra ou aos outros”
Amory Lovins, 1977
“Dar à sociedade energia barata e abundante seria
o equivalente a dar uma arma a uma criança
idiota”
Paul Ehrlich, 1978
Projetos políticos disfarçados
de ciência
Aquecimento global e
eugenia:
qualquer semelhança não é
mera coincidência!!!!
“Para capturar a imaginação do
público, devemos oferecer cenários
amedrontadores, fazer afirmações
simplificadas e dramáticas, e fazer
pouca menção de quaisquer dúvidas
que possamos ter. Cada um de nós
deve decidir qual é o balanço correto
entre ser eficiente e ser honesto”
Stephen Schneider, 1987
“Quando se verifica, em uma propaganda em
causa própria, o menor indício de reconhecer
um direito à parte oposta, cria-se
imediatamente a dúvida quanto ao direito
próprio ... Qualquer digressão que se faça não
deve nunca modificar o sentido do fim visado
pela propaganda, que deve acabar sempre
afirmando a mesma coisa... Só assim a
propaganda poderá agir de uma maneira
uniforme e decisiva ... Todo anúncio, seja ele
feito no terreno dos negócios ou da política,
tem o seu sucesso assegurado na constância e
continuidade de sua aplicação”
Adolf Hitler, 1924
“Não existe nenhuma linha reta
que conduza a humanidade da
barbárie à civilização. Mas existe
uma linha reta que conduz do
estilingue à bomba de megatons”
Theodor Adorno, 1966
O louvor aos modos de vida
tradicionais
“As meninas e as mulheres passam horas
todos os dias no penoso trabalho de cortar
lenha ou de se embrenhar em fezes e urina
de animais para coletar, secar e estocar o
esterco para uso como combustível para
cozimento, aquecimento ou iluminação, ao
invés de freqüentar a escola ou desenvolver
uma atividade econômica mais satisfatória
ou produtiva”
Barun Mitra, 2002
“A pobreza é o pior poluente”
Indira Gandhi
Quem pode se preocupar com o
meio ambiente?
• É o conforto material de uma civilização que
torna possível uma preocupação séria com os
valores ambientais.
• As idéias ambientalistas refletem
primordialmente as preocupações, preferências
e visões de mundo de uma minoria de políticos,
burocratas, acadêmicos, ONGs e fundações
econômicas de países altamente desenvolvidos,
que apontam a si próprios como defensores dos
interesses da humanidade.
“Não se trata de supor que os dominantes se
reúnam e decidam fazer uma ideologia, pois esta
seria, então, uma pura maquinação diabólica dos
poderosos. E, se assim fosse, seria muito fácil
acabar com uma ideologia. (...) Os ideólogos são
aqueles membros da classe dominante ou da
classe média que, em decorrência da divisão
social do trabalho em trabalho material e
espiritual, constituem a camada dos pensadores
ou dos intelectuais. Estão encarregados, por meio
da sistematização das idéias, de transformar as
ilusões da classe dominante em representações
coletivas ou universais”
Marilena Chauí, 1980
“Repudio qualquer sentimento de
superioridade em relação à população rural.
Sei que ninguém tem culpa por nascer na
cidade ou se formar no campo. Mas registro
apenas que provavelmente no campo o
insucesso da desbarbarização foi ainda
maior. Mesmo a televisão e os outros meios
de comunicação de massa, ao que tudo
indica, não provocaram muitas mudanças na
situação de defasagem cultural. Parece-me
mais correto afirmar isto e procurar uma
mudança do que elogiar de uma maneira
nostálgica quaisquer qualidades especiais
da vida rural ameaçadas de desaparecer”
Theodor Adorno, 1965
A hipótese do aquecimento
global representa hoje uma
ideologia perpetuadora da
desigualdade e, assim,
acobertadora do capitalismo
em crise de legitimação.
“O que a climatologia não é, é uma desculpa para
manipulações em nível planetário; nem é uma
história de terror, uma fonte de material
sensacionalista para jornalistas sem pauta, ou
uma fornecedora de filmes de desastres. (...) O
destino da climatologia não é ser uma recreação,
fonte de itens de notícias e catástrofes: seu
destino, como ciência da Natureza, é resolver
objetivamente, desinteressadamente e com
responsabilidade alguns dos problemas
fundamentais da humanidade”.
Marcel Leroux, 2005
A ciência da ecologia sempre esteve
marcada pelo desejo de encontrar
constância e estabilidade nos sistemas
naturais. No entanto, por onde quer que
procuremos, sempre descobrimos que a
natureza, mesmo livre da ação humana, não
é constante seja na forma, na proporção ou
na estrutura, mas essencialmente mutável
em todas as escalas de espaço e de tempo.
Muitos eventos interpretados hoje como
catástrofes são completamente naturais e
comuns e não há justificativa para fixarmos
uma determinada configuração ambiental
como “normal” ou “preferível”.
O meio ambiente natural deve ser
estudado de acordo com aquilo
que observamos, e não com o que
desejamos; é importante
compreender a estase como ela
existe, e não como as condições
de nossa herança filosófica
clássica nos levam a concebê-la.
Não podemos descobrir as
melhores razões?
“Vários bilhões de anos de trabalho criativo,
vários milhões de espécies de vida abundante
foram entregues aos cuidados da espécie recémchegada, na qual floresceu a mente e emergiu a
moral. Não deveria essa espécie moral única fazer
algo com menor interesse próprio do que
contabilizar a produtividade de ecossistemas
como pregos de uma nave espacial, recursos
disponíveis na despensa, materiais de laboratório,
ou divertimento para seus passeios? Tal atitude
não parece ser biologicamente enformada, muito
menos adequada eticamente”
Holmes Rolston III, 1995
“Um comportamento que esteja
orientado para essa emancipação, que
tenha por meta a transformação do
todo, pode servir-se sem dúvida do
trabalho teórico, tal como ocorre
dentro da ordem desta realidade
existente. Contudo ele dispensa o
caráter pragmático que advém do
pensamento tradicional como um
trabalho profissional socialmente útil”
Max Horkheimer, 1937
“A proteção da Natureza e a
luta contra a poluição não
necessitam de falsas
premissas climáticas para
embasá-los: sua necessidade é
auto-evidente”
Marcel Leroux, 2005
Obrigada!!!!
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Curvar-se diante do inexistente