LOVÂINE CALDAS LEVINSKE
AVALIAÇÃO DA RESPOSTA CLÍNICA APÓS TRATAMENTO ESTÉTICO E
NUTRICIONAL DA ACNE VULGAR, EM PACIENTES DE UMA CLÍNICA DO
MUNICÍPIO DE PINHÃO – PR.
GUARAPUAVA
2010
LOVÂINE CALDAS LEVINSKE
AVALIAÇÃO DA RESPOSTA CLÍNICA APÓS TRATAMENTO ESTÉTICO E
NUTRICIONAL DA ACNE VULGAR, EM PACIENTES DE UMA CLÍNICA DO
MUNICÍPIO DE PINHÃO – PR.
Trabalho de Conclusão de Curso a
ser apresentado ao Departamento
de Nutrição, da Universidade
Estadual
do
Centro-Oeste
(UNICENTRO), como requisito
parcial para obtenção do título de
Bacharel em Nutrição.
Orientadora:
Prof.
Priscilla
Franceschini.
GUARAPUAVA
2010
2
AVALIAÇÃO DA RESPOSTA CLÍNICA APÓS TRATAMENTO ESTÉTICO E
NUTRICIONAL DA ACNE VULGAR, EM PACIENTES DE UMA CLÍNICA DO
MUNICÍPIO DE PINHÃO – PR.
ASSESSMENT OF CLINICAL RESPONSE AFTER TREATMENT OF ACNE
AESTHETIC AND NUTRITIONAL ORDINARY IN THE PATIENTS OF A CITY OF
CLINICAL PINION - PR.
LEVINSKE, Lovâine Caldas1
FRANCESCHINI, Priscilla 2
RESUMO: INTRODUÇÃO - Avaliar a resposta clínica da acne vulgar após
intervenção nutricional, em pacientes que apresentavam reincidivas após tratamento
estético. MÉTODOS – A amostra contou com 18 indivíduos, com idades que
variavam de 14 e 38 anos, sendo 6 do sexo masculino e 12 do sexo feminino. Toda
a amostra recebeu a dieta de intervenção e o tratamento estético por um período de
30 dias. A avaliação clínica posterior era realizada por esteticista. RESULTADOS –
Quando comparados a dieta de intervenção com o dia habitual, houve significância
para os macronutrientes no teste T (p<0,05). Ácidos graxos saturados e
monoinsaturados diminuíram significativamente (p<0,01). O mesmo teste não
apresentou significância quando comparou vitaminas A, E e C, e fibras. Porém, o
consumo de zinco diminuiu significativamente (p<0,05). No decorrer das quatro
semanas existiu uma evolução no quadro clínico dos pesquisados. Os graus III e IV
iniciaram com 61,11 % passando para 0%, graus I e II tiveram um aumento em
decorrência da diminuição dos graus III e IV, de 38,89% para 66,66% na terceira
semana e apartir desse periodo diminuiu para 44,45% e na quarta semana 5,56%
de indivíduos apresentaram grau 0, finalizando com 27,78%. CONCLUSÃO: É
notória a necessidade de mais estudos para elucidar com precisão quais nutrientes
verdadeiramente podem auxiliar no tratamento dessa dermatose, sem esquecer que
se trata de uma doença multicausal. Assim, a alimentação pode ser uma das muitas
causas, necessitando de equipes multiprofissionais para o tratamento.
Palavras-chave: dieta, acne, estética.
1
Acadêmica do curso de Nutrição da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO).
2
Docente do curso de Nutrição UNICENTRO.
3
ABSTRACT: BACKGROUND - To evaluate the clinical response of acne vulgaris
after nutritional intervention in patients who had relapsed after cosmetic treatment.
METHODS - The sample included 18 subjects with ages ranging from 14 to 38 years,
6 males and 12 females. The entire sample received the intervention diet and beauty
treatment for a period of 30 days. Clinical evaluation was performed later by a
beautician. RESULTS - When compared to dietary intervention with the usual day,
there were significant for macronutrients in the T test (p <0.05). Saturated and
monounsaturated fatty acids decreased significantly (p <0.01). The same test
showed no significance when compared vitamins A, E and C and fiber. However, the
consumption of zinc decreased significantly (p <0.05). During the four weeks there
was an evolution of the clinical survey. Grades III and IV started with 61.11% going to
0% grade I and II had increased due to the reduction of grades III and IV, 38.89% to
66.66% in the third week and starting this period decreased to 44.45% and 5.56% in
the fourth week of subjects had grade 0, finishing with 27.78%. CONCLUSION:
These findings emphasize the need for more studies to elucidate precisely which
nutrients can truly aid in the treatment of acne, without forgetting that this is a
multifactorial disease. Thus, the power may be one of many causes, requiring
multidisciplinary teams for treatment.
Keywords: diet, acne, aesthetics.
INTRODUÇÃO
A acne vulgar (AV) é uma doença comum da pele (dermatose crônica)1, que
pode ter relação com a dieta. Esta relação foi por muito tempo envolta por mitos e
contradições e, na procura por tornar clara essa ligação, vários trabalhos científicos
tentam confirmar a existência de associação entre acne e dieta2-6.
Sabe-se que alguns fatores estão implicados na etiopatogenia da acne, como
a hiperprodução de sebo, a hiperqueratinização folicular, a colonização bacteriana
do folículo e as inflamações perifolicular e dérmica adjacentes7, sendo que os fatores
que desencadeiam e unem essas reações cutâneas do folículo policebácio ainda
precisam ser elucidados. Rassum8 salienta que o aparecimento da acne é
multicausal e dependente de vários fatores que desenvolvem os processos descritos
acima, tais como: estresse, genética, desequilíbrio hormonal, trauma mecânico e
componentes nutricionais.
A acne estabelecida no indivíduo é atualmente classificada clinicamente em
cinco níveis: Grau I, a forma mais leve de acne, não inflamatória ou comedoniana,
caracterizada pela presença de comedões (cravos) fechados e comedões abertos;
Grau II, acne inflamatória ou pápulo-pustulosa, onde, aos comedões, se associam
as pápulas (lesões sólidas) e pústulas (lesões líquidas de conteúdo purulento); Grau
4
III, acne nódulo-abscedante, quando se somam os nódulos (lesões sólidas mais
exuberantes); Grau IV, acne conglobata, na qual há formação de abscessos e
fístulas, e acne Grau V, quadro grave em que há comprometimento sistêmico9.
A AV acomete mais frequentemente adolescentes e tem seu maior pico entre
os 16 e 18 anos, manifestando-se de forma mais grave no sexo masculino devido a
maior produção dos hormônios androgênicos, mas pode também atingir outras
faixas etárias, tais como os adultos, e etnias diversas9-10, porém menos intensa em
orientais e negros11,8.
A produção dos andrógenos na puberdade está quase sempre relacionada
com o início da AV típica. A maturação adrenal e o desenvolvimento gonodal levam
à produção desse hormônio e subsequente aumento das glândulas sebáceas,
culminando com a erupção de acne nessa faixa etária8,12. Devido a isso, acredita-se
que a intensidade da acne se relacione melhor com o estágio puberal do que com a
idade cronológica. Mesmo assim, a maioria dos pacientes masculinos espera a
regressão da acne entre os 20 e 25 anos. Em contraste, as mulheres podem
continuar com o problema durante a vida adulta, mesmo após os 40 anos de idade13.
Esse quadro de acne na vida adulta é caracterizado pelo predomínio das formas
leves de acne, de localização mais frequente na região perioral, na mandíbula e no
pescoço, diferindo da forma vulgar do adolescente, em que as lesões são mais
frequentes em regiões molares e na fronte, em menor extensão na porção superior
das costas, no peito e nos ombros14.
Enfatizando ainda a etiopatogênia própria da AV, percebe-se que há
alterações nos componentes do sebo dos portadores de AV, em comparação aos
indivíduos que não a apresentam. Em ambos os grupos, a proporção de ácidos
graxos livres (11%- 18%), escaleno (10%-12%), colesterol e seus ésteres (juntos,
menor que 5%) é similar, no entanto, a proporção de triglicérides nos indivíduos não
acometidos pela dermatose é de 46%-52%, contra 60%-68% nos com a dermatose,
e a de ésteres de cera é maior entre os acnéicos (20%-26%) em relação aos não
acnéicos (9%-12%)12.
De todos os componentes alterados, o ácido linoléico ω-6, que é um ácido
graxo essencial (AGE), é o mais importante, já que este desprotege a parede
epitelial glandular, a qual passa a ser agredida pelos ácidos graxos livres, obtidos
pela hidrólise das triglicérides por meio das lipases do Propionibacterium acnes15-17.
P. acnes é uma espécie de bactéria que se alimenta da secreção produzida pelas
5
glândulas sebáceas e, quando entram em contato com os póros epiteliais,
promovem a inflamação dos folículos pilosos, acarretando hiperqueratinização
infundibular e inflamação dérmica12.
Até pouco atrás a idéia de que não havia ligação entre acne e fatores
dietéticos era transmitida por muitos profissionais convencionais. Porém, hoje vem
caindo em desuso, considerando que alguns lipídios chegam a ser captados pelas
glândulas sebáceas na forma intacta, o que demonstra que a idéia da relação entre
acne e fatores dietéticos apresenta fundamento científico18.
Trabalhos recentes sugerem que a dieta oferece importantes fontes de
substratos para a síntese do lipídio sebáceo, como exemplo, quando há consumo
excessivo de gorduras saturadas. Surgem também evidências de que alimentos com
baixos valores de índice glicêmico (IG) podem afetar a produção do sebo. Assim, as
elevações da glicose no sangue podem causar um aumento da testosterona,
hormônio envolvido no controle da secreção das glândulas sebáceas18.
Apesar de o leite possuir baixo índice glicêmico, ele induz o aumento dos
níveis do fator de crescimento insulina-simile (IGF-1) por conter estrógeno,
progesterona, precursores andrógenos e esteróides, alguns dos quais, favorecem o
surgimento e/ou agravamento da acne, o que particularmente pode ser maior na
ingestão de leite desnatado19-21. O leite é enriquecido de outras moléculas bioativas
que agem na unidade pilossebácea, tais como glicocorticóides, fator de
transformação de crescimento-β (TGF-β), peptídeos hormonais semelhantes a
tireotropina
e
compostos
semelhantes
a
opiáceos.
Especula-se
que
o
processamento do leite desnatado altera a biodisponibilidade dessas moléculas
bioativas ou a interação das mesmas com as proteínas de ligação. Dessa forma, é
possível que o balanço dos constituintes hormonais do leite desnatado esteja
alterado, culminando em maior comedogênese21. Além disso, para simular a
consistência do leite integral, proteínas do soro do leite, especialmente, a αlactoalbumina, são acrescentadas à fórmula do leite desnatado e com baixo teor de
gordura, que também parece desempenhar papel importante na comedogênese 19-20.
Segundo Danby18, a acne é causada pela ação de dihidrotestosterona, que é
um produto da testosterona e também é encontrado em alimentos como leite e
carnes. Portanto, para os indivíduos que sofrem de acne, excluir o leite e seus
derivados na sua rotina alimentar é uma parte essencial durante o tratamento da
6
acne. A lista inclui queijo, manteiga, sorvete, ricota, creme e todas as formas de leite
e proteína de soro de leite, inclusive os suplementos em pó.
Com base nessas considerações, foi proposta a avaliação da resposta clínica,
positiva ou negativa, após intervenção com tratamento nutricional da AV, em
pacientes que apresentavam reincidivas, após no mínimo 4 meses de tratamento
estético, em uma clínica do município de Pinhão – PR.
METODOLOGIA
Este trabalho foi inicialmente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Estadual do Centro-Oeste -UNICENTRO, sob o protocolo de número
213/2009 (anexo I).
A pesquisa foi realizada na clínica Reabilithare, localizada na rua Rui
Barbosa, número 182, Bairro Centro, município de Pinhão, Estado do Paraná –
Brasil.
Os voluntários que foram submetidos a pesquisa eram pacientes que
frequentavam a clínica, vítimas da dermatose, a procura de um profissional em
estética facial para amenizar os efeitos causados pela acne. O critério utilizado para
a escolha da amostra baseou-se no tempo de tratamento, incluindo somente
aqueles que estavam em terapia há mais de 4 meses, e que apresentavam
reincidivas mesmo com as intervenções.
Realizou-se um estudo transversal, observacional, prospectivo de prevalência
descritivo, em que foram levantados dados quantitativos e qualitativos, os quais
posteriormente foram submetidos a tramento estatístico. A análise descritiva dos
dados foi realizada através das frequências médias e desvio-padrão. A análise
estatística foi realizada por meio de teste T de Student e as variáveis categorizadas
comparadas pelo teste Qui-Quadrado com auxílio do software microsoft Excel®, com
nível de significância de 0,05 (p<0,05).
Os dados clínicos, foram coletados com o auxilio de uma profissional de
estética, graduada em Estética e Cosmetologia pelo Centro Universitário Campus de
Andrade (UNIANDRADE), Curitiba – PR.
A pesquisa iniciou-se mediante a assinatura do termo de consentimento livre
e esclarecido (apêndice I), procedendo-se análise clínica para avaliação dos
pacientes, em que os mesmos colocavam-se deitados em macas propícias e eram
analisados com o auxílio de lupa própria Paikere®. Com o uso de câmera digital
7
eram registrados a primeira avalição e as outras quatro subsequentes (apêndice II).
As fases do tratamento estético contaram com limpeza de pele após a primeira
avaliação, e nas outras quatro visitas foram feitas máscaras de argila, procedimento
este em cabine, com protocolo de atendimento, (anexo II) igual para todos. Para uso
domiciliar foi recomendado sabonete adstringente e filtro solar.
Em conjunto com o tratamento estético, foi proposta a intervenção nutricional.
Assim, deu-se início à pesquisa com a coleta dos dados. Primeiramente aplicou-se a
anamnese (apêndice III), com o intuito de relacionar a acne com fatores genéticos,
culturais, econômicos, emocionais, nutricionais e hormonais do paciente. O diário
alimentar usual ou habitual (apêndice IV), e o questionário de freqüência alimentar
(apêndice V), também foram ferramentas utilizadas, tendo o primeiro como objetivo
definir e quantificar todos os alimentos e bebidas ingeridos no período de um dia na
rotina do indivíduo, e o segundo identificar o consumo de alimentos agravantes da
acne, e alimentos que propiciam a melhora do quadro clínico.
As orientações nutricionais foram repassadas a 100% da população, que
atenderam os requisitos para inclusão no estudo, com a recomendação de que
estes fizessem uso dos alimentos por um período de 30 dias. Sendo assim, os
voluntários deveriam fazer mais quatro visitas ao centro de estética para avaliação
clínica, registro com foto digital, tratamento estético e acompanhamento da dieta.
Juntamente com as orientações nutricionais, estava presente o diário
alimentar (apêndice VI) das quatro semanas, em que era necessário documentar 3
dias de cada semana. Dessa forma, o paciente era orientado a anotar os alimentos
que ingeria e as respectivas quantidades, com o intuito de avaliar o consumo
alimentar do voluntário e a aceitação da dieta. Recomendou-se que o estudado
levasse este documento a cada visita, servindo assim, de instrumento influenciador
para o cumprimento das orientações. Foi instruído cada paciente quanto à
veracidade das informações documentadas no diário, por se tratar de um trabalho
com intuito científico.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, os
estudados foram submetidos aos protocolos já descritos. Assim, a amostra
constituiu-se de 18 pacientes, sendo 66,67% (n=12) do sexo feminino e 33,33%
8
(n=6) do sexo masculino, com média de idade entre 22 e 38 anos±8,49. Essa
população contava com 8
pessoas da raça parda e 10 da raça branca. A
escolaridade dos 18 pacientes variou entre ensino fundamental incompleto e
superior completo.
Quando questionados sobre a renda familiar, 11,11% (n=2) responderam que
variava entre 1 a 2 sálarios mínimos; 38,89 % (n=7) entre 2 a 6; 27,78% (n=5) entre
7 a 10 e 11,11 (n=2) mais que 10 salários. Em relação a atividade física 50% (n=9)
não tinham o hábito da prática.
Em relação à acne e genética, um único paciente declarou ter somente
parentes de primeiro grau vítimas da dermatose, e os outros 17 participantes além
dos parentes de primeiro grau também possuem familiares de segundo grau.
Costa15, afirma que a influência genética na acne é muito importante, acreditando
que ela seja maior quanto maior for o grau da dermatose. Para acne grau I essa
participação é de 86%; para o grau II, 88%; para o grau III,100%. A influência
genética ocorre sobre o controle hormonal, a hiperqueratinização folicular e a
secreção sebácea, mas não sobre a infecção bacteriana.
Para o reconhecimento da amostra, os voluntários foram submetidos a
avaliação clínica, em que foram classificados nos seguintes graus de acne: 38,89%
(n=7) possuiam grau II, 50% (n=9) grau III e 11,11% (n=2) grau IV . Em relação ao
tipo de pele, metade da amostra tinha pele mista e os outros 50% oleosa, sendo que
a localização da acne era bastante variada, devido às diferentes idades dos
participantes, pois 44,44% (n=8) eram adultos e 55,56% (n=10) adolescentes.
Observando o gênero e o grau da acne, verifica-se que os homens são os
que possuem os piores graus de acne, o que foi encontrado no teste estatístico com
nível de significância (p<0,01), confirmando o encontrado na literatura de que a acne
ocorre em todas as raças, porém com menor intensidade em negros e orientais, e
apresenta-se mais grave no sexo masculino22.
Comparando os pacientes graus II com III e IV de AV em relação ao tipo de
pele obteve-se (tabela 1) a prevalência de pele oleosa no grau III e IV com 72,73%
(n=8), enquanto que no grau II com 85,74% (n=6) pele mista, com significância
(p<0,01).
9
(Tabela 1 comparação dos indivíduos grau II com III e IV)
mista
oleosa
grau II
n/%
grau III e IV
n/%
n=6 /
85,74%
n= 1 /
14,28%
n=3 /
27,27%
n= 8 /
72,73%
Teste quiquadrado
(p<0,05)
<0,01
Essa hiperprodução sebácea causada pela característica da pele oleosa na
amostra em estudo pode explicar o favorecimento da formação e da gravidade da
acne7,12,22.
Ainda comparando grau II com III e IV, em relação às mulheres, temos como
resultado (Tabela 2):
(Tabela 2 comparação das mulheres grau II com III e IV)
Grau II
grau III e IV
teste quiquadrado
(p<0,05)
<0,01
ocorrência
antes dos 12
anos
depois dos 12
anos
(n=)
3
(%)
50,01%
(n=)
1
%
16,67%
3
49,99%
5
83,33%
acne no período
pré-menstrual
sim
não
4
2
66,67%
33,33%
5
1
83,33%
16,67%
ciclo menstrual
regular
irregular
5
1
83,33%
16,67%
4
2
66,67%
33,33%
<0,01
tensão prémenstrual
sim
não
2
4
33,33%
66,67%
4
2
66,67%
33,33%
=1
anticoncepcional
sim
não
3
3
50%
50%
1
5
16,67%
83,33%
<0,01
menarca
<0,01
As mulheres que tiveram a menarca depois dos 12 anos têm grau de acne
mais elevado, 83,33% (n=5), contradizendo a literatura que afirma que a maturação
sexual precoce aumenta a produção dos hormônios sexuais levando a uma maior
incidência de acne e graus mais avançados22. Já o aparecimento de acne no
período pré-menstrual é maior nas mulheres que possuem grau III e IV, com 83,33%
(n=5), em relação às mulheres com menor grau, sendo o valor de 66,66% (n=4),
com valor de p<0,01.
10
Em relação ao ciclo menstrual (tabela 2), 83,33% (n=5) das mulheres grau II
relatam ser regular, enquanto que nos graus III e IV, 66,67% (n=4) relatam o mesmo
(p< 0,01). Quanto aos desconfortos menstruais como cólicas, 83,33% (n=5) das
participantes com grau III e IV relataram sofrer do desconforto, contra 50% (n=3) das
grau II. Esse fato faz referência ao tipo de acne intermitente das jovens que têm
essas reincidivas devido às variações hormonais influenciadas pelos ciclos
menstruais, podendo persistir em mulheres adultas que possuem distúrbios
hormonais22.
Para os casos de tensão pré-menstrual (tabela 2), não verificou-se
significância (p>0,05). Já o uso de anticoncepcional é relatado por 50% (n=6) das
que possuem grau II, e as mulheres grau III e IV somente 16,67%(n=1) faz uso.
Neste caso, podemos perceber o papel dos hormônios controlando os eventos de
acne.
Em relação à alimentação antes da intervenção, comparou-se dois grupos,
grau II com graus III e IV e constatou-se que o consumo de margarina, leite integral,
refrigerante e bolacha recheada, foram consumidos em maior quantidade pelo grau
II (p<0,01), Já o consumo de carne bovina com gordura aparente, carne de ave com
pele, leite desnatado, chocolate, açúcar e bala é relatado mais frequentemente pelos
indivíduos grau III e IV (p<0,01), (Tabela 3).
(Tabela 3 comparação do grau II com III e IV em relação a alimentos consumudos
habitualmente)
alimentos
frequência
grau II
%
71,43
28,57
grau III e IV
(n)
%
3
27,27
8
72,73
Teste quiquadrado(p<0,05)
margarina
diário
não diário
(n)
5
2
leite integral
diário
não diário
7
0
100
0
9
2
81,82
18,18
<0,01
leite desnatado
diário
não diário
0
7
0
100
1
10
9,09
90,91
<0,01
carne bovina gorda
diário
não diário
0
7
0
100
1
10
9,09
90,91
<0,01
Aves com pele
diário
não diário
1
6
14,29
87,71
5
6
45,45
54,55
<0,01
<0,01
11
peixe
diário
não diário
0
7
0
100
1
10
9,09
90,91
<0,01
bala
diário
não diário
2
5
28,57
71,43
5
6
45,45
54,55
<0,01
leguminosas
diário
não diário
7
6
100
0
7
0
72,73
27,27
<0,01
refrigerante
diário
não diário
2
5
28,57
71,43
2
9
18,18
81,82
<0,01
bolacha recheada
diário
não diário
3
4
42,86
57,14
2
9
18,18
81,82
<0,01
chocolate
diário
não diário
1
6
14,29
85,71
5
6
45,45
54,55
<0,01
açúcar
diário
não diário
5
2
71,43
28,57
10
1
90,91
9,09
<0,01
linhaça
diário
não diário
0
7
0
100
1
10
9,09
90,91
<0,01
Os alimentos ricos em gorduras saturadas, consumidos pelos estudados,
podem elevar as taxas de gordura do organismo, facilitando o aumento na produção
de sebo, um dos principais fatores coadjuvantes da acne. A cafeína presente em
refrigerantes pode ter relação com o aumento de hormônios, que relacionados ao
estresse leva a maior susceptibilidade à acne ou piora do quadro22.
Embora tenha havido diferença no consumo de produtos pelos dois grupos,
todos tem um grau de acne, que pode estar relacionado à alimentação.
Adebamowo24 realizou um estudo de corte observacional e prospectivo com
4.273 meninos do sexo masculino, em que foi analisado o consumo alimentar em
três ocasiões distintas, durante três anos. Foi observada uma associação positiva
entre o consumo de leites desnatados com o surgimento de acnes. Sendo assim,
12
pressupõe uma associação também do leite e às reincidivas de acne na população
pesquisada.
Um estudo caso-controle19 avaliou a associação entre o leite e a acne nas
dietas de 47 mil adolescentes. Os participantes que tinham sido diagnosticados com
acne grave que ingeriam maior quantidade de leite (> 3 porções por dia), relataram
ter aparecimento da dermatose com maior freqüência, quando comparados aos
indivíduos com menor nível de consumo (≤ 1 porção por semana ). Esta associação
foi mais forte (um aumento de 44%), para ingestão de leite desnatado, sugerindo
que o teor de gordura não foi o fator determinante para o risco de acne.
Rocha22 afirma que a presença de carnes vermelhas e produtos derivados do
leite na dieta está diretamente relacionada ao aparecimento de acne. Os estudos
mostram que as populações livres da dermatose possuem dieta quase que
exclusivamente composta de plantas e vegetais ou derivados, e com pouco
consumo de carnes. Isto é exatamente o oposto da dieta habitual da população em
estudo, chamada dieta ocidental, a qual pode favorecer o congestionamento das
glândulas sebáceas, piorando o quadro da acne.
Referindo-se ao chocolate, estudos de intervenção demonstraram que este
alimento não produz nenhum efeito sobre acne2-3.
Os indivíduos em estudo com graus de acne III e IV faziam uso de alimentos
ricos em açúcar, ou seja, de índice e carga glicêmica alta (açúcar, bala, podendo
também incluir o chocolate). Em contrapartida, para os alimentos que possuem
propriedades inibidoras da acne, a maioria dos indivíduos não consumia, como os
alimentos fontes de AGE (ω-3) linhaça e peixe.
Sendo assim, pressupõe-se que
essa população possa apresentar deficiência de ácido graxo essencial (ω-3), e
desencadear desequilíbrios hormonais22.
As leguminosas são consumidas com maior frequência pelos indivíduos grau
II, o que pode ter favorecido e amenizado o grau da dermatose.
Comparando o consumo dos macronutrientes da dieta habitual com a última
semana de dieta de intervenção (tabela 4) constatou-se que a quantidade de
calorias reduziu (p<0,01), carboidratos
(p<0,05), proteínas
(p<0,01)
e lipídeos
(p<0,01) todos com significancia estatistica. Devemos ressaltar ainda que se tratava
de uma dieta com baixo IG e CG.
(Tabela 4 consumo habitual/quarta semana)
13
Habitual
Kcal
Carboidrato(g) Proteína(g) Lipídeo(g)
2113,85
306,21 g
84,83 g
64,18 g
4ª semana 1452,73
Teste T
p<0,05
0,0072
224,33 g
64,35 g
37,62 g
0,029
0,013
0,0059
Segundo a literatura, uma restrição calórica com melhora de IG na dieta,
diminui drasticamente a taxa de excreção sebácea25. Pesquisadores analisaram a
acne em nativos não ocidentais da Nova Guiné e do Paraguai. Estes não
apresentaram casos de acne. Comparados com a prevalência de acne em
populações ocidentais, percebeu-se que a dieta destes possuia alto índice glicêmico,
levando à hiperinsulinemia e aumento dos níveis de andrógeno, estimulando a
produção cebácea, as quais têm papel fundamental na acne18,26. Esse alto IG é
percebido na dieta habitual dos pacientes. Supõe-se que estes, assim como
aqueles, tiveram também o estímulo para a produção cebácia.
Um estudo randomizado e controlado avaliou o efeito de dietas de baixa
carga glicêmica (CG) sobre o risco de acne e sensibilidade à insulina. Às pessoas
que receberam a dieta com baixa CG, observou-se melhora no número médio de
lesões de acne, quando comparado ao grupo controle27, fato este que se repete
neste estudo, onde vemos uma melhora no quadro da acne após a dieta de
intervenção.
Também apresentou diminuição significativa o colesterol, os ácido graxos
saturados,
monoinsaturados.
Porém
os
AG
polinsaturados
e
fibras
apresentaram diferença significativa (p>0,05) (tabela 5).
(Tabela 5 comparação do conssumo habitual /consumo da 4ª semana)
Colesterol
(mg)
habitual
174,9 mg
ácido
graxo
saturado
(g)
20,69 g
4ª
semana
96,09 mg
10,53 g
13,4 g
8,04 g
26,96 g
0,002
0,004
0,003
0,11
0,31
teste T
p<0,05
Ácido
graxo
monoinsaturado
(g)
25,34 g
ácido
graxo
poliinsaturado
(g)
10,28 g
Fibra
(g)
24,98 g
não
14
Estudos examinaram o efeito da ingestão de ácidos graxos essenciais e a
acne, indicando que o ω-6 é um ácido polinsaturado essencial, com ação próinflamatória, e seus mediadores pró-inflamatórios têm sido associados com acne20.
Por contraste, o ácido graxo ω-3, têm propriedades anti-inflamatórias que podem
estar associadas com diminuição do risco de acne, diminuindo os níveis de IGF-1 e
inflamação do folículo21. Normalmente, as dietas ocidentais têm uma baixa relação
de ω-3 para ácidos graxos ω-6, em comparação com o observado em dietas não
industrializadas22. Contrária a essa pesquisa, vemos o trabalho de Costa28 que
realizou um estudo-piloto sobre a utilização de uma suplementação dietética a base
de 3g diárias de ácidos graxos essenciais (AGE) (ácidos linoléico, linolênico e
gamalinolênico), durante três meses, não resultando em melhora clínica da acne.
Entretanto, houve redução quantitativa do tamanho das glândulas sebáceas,
visualizada por biópsias cutâneas com punch, após os três meses ininterruptos de
uso do produto, o que sugere um possível benefício desses produtos, com o ajuste
da dose e o tempo de terapêutica. O mesmo autor salienta ainda o papel dos AGE,
principalmente o ácido linoléico ω-6, afirmando que este desempenha papel
importante na piora da acne.
Além disso, dietas ricas em gorduras saturadas têm sido associadas com o
aumento do IGF-1, enquanto que dietas com baixo teor de gordura saturada e rica
em fibras têm sido associadas com a diminuição dos níveis de IGF-129. Estas
características estão presentes na dieta de intervenção, nas quais existe um
consumo, dentro das recomendações, de gordura saturada (10%), havendo também
um discreto aumento no consumo de fibras.
Entre os micronutrientes estudados, não se observou significância estatística
quando comparado, o consumo habitual e o de intervenção em relação as vitaminas
A, E e C (p<0,25). Para o mineral zinco o valor foi p>0,05, não havendo signficância
(tabela 5).
(Tabela 5 comparação do consumo habitula/ 4ª semana
em relação a vitaminas e zinco)
vitamina
A (µg)
248,81µg
vitamina
E (mg)
4,97mg
vitamina
C(mg)
81,84mg
Zinco
(mg)
10,84mg
4ª
semana
562,48µg
5,2 mg
100,2mg
8,33mg
teste T
p<0,05
0,06
0,41
0,24
0,05
habitual
15
Michaelsson30 realizou um estudo na tentativa de provar o efeito benéfico da
vitamina A e do zinco na acne. Analisou as concentrações sanguíneas de proteína
ligadora do retinol e de zinco, em 173 pacientes com acne e em grupo-controle. Os
pacientes com acne revelaram níveis inferiores de ambos, e estes eram menores
ainda nos que apresentavam acne grave. Tal achado, portanto, confirma o papel
relevante da vitamina A e do zinco na etiologia da acne.
Perricone31 ressalta que a vitamina A, encontrada em muitos alimentos,
controla o desenvolvimento das células epiteliais que constituem a pele, importante
no processo de queratinização, na qual a epiderme migra e amadurece.
Segundo Perricni31 o recomedado de zinco para o tratamento da acne é de
100 mg/dia. Cazzolino32 afirma que o zinco reduz a conversão do hormônio
testosterona em di-hidrotestosterona resultando na diminuição da produção de sebo.
Rocha22 afirma que a vitamina C é responsável pela integridade da parede
celular, e a vitamina E auxilia a saúde da pele, sendo que as duas funcionam como
potentes antioxidantes, agindo contra os radicais livres.
No decorrer das quatro semanas de mudança na dieta habitual com utilização
da dieta de intervenção, e levando em consideração as cinco avaliações clínicas,
pode-se observar uma evolução no quadro clínico dos pesquisados. Há notória
redução dos graus III e IV, os quais na primeira semana apresentavam 61,11 %
(n=11), e na quinta semana
passaram para 0%. Enquanto que os graus I e II
tiveram um aumento em decorrência da diminuição dos graus III e IV, de
38,89%(n=7) da primeira semana para 66,66%(n=11) na terceira semana.
A partir
desse período diminuiu para 44,45%(n=8) na quinta semana. Nesse contexto
percebemos, na quarta semana, 5,56% (n=1) indivíduos apresentando grau 0, ou
seja a inexistência de acne, chegando a 27,78% (n=5) na quinta semana (figura 1).
(Figura 1 avaliação clínica das 5 semanas)
16
Estudo realizado por Schaefer34 mostrou um aumento no aparecimento de
acne em indivíduos que mudaram seus hábitos alimentares tradicionais por conta do
desenvolvimento e da influência da vida moderna.
Um estudo realizado por Smith27 mostrou que a ingestão alimentar pode
alterar os parâmetros bioquímicos e endócrinos que são associados com
metabolismo de acne, e que mudanças dietéticas contribuíram para a melhora do
quadro clínico dos indivíduos estudados.
CONCLUSÃO
Percebe-se, com base nos recentes relatos científicos, uma forte tendência a
associar a acne e a alimentação, sendo a nutrição adequada essencial para melhora
desse quadro. Esta hipótese vem se tornando cada vez mais aceita, devido a vários
indícios, sejam por análise de dietas ocidentais, por intervenções dietéticas, ou
ainda, por pesquisas com suplementos. Mesmo assim, é notória a necessidade de
mais estudos para elucidar com precisão quais nutrientes específicos podem auxiliar
no tratamento dessa dermatose crônica. É importante salientar que a AV é uma
doença multicausal, e que cada paciente responde ao tratamento de forma diferente.
Sendo assim, a alimentação pode ser uma das muitas causas, necessitando de
equipes multiprofissionais para um tratamento de sucesso.
17
REFERÊNCIAS
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in teenagers: a cross-sectional survey of New Zealand secondary school students. J
Paediatr Child Health 2006; 42: 793-6.
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5-alpha-reductase inhibitory effect of linoleic acid. Int J Dermatol. 2004;43:701-2.
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epidemiológicos da acne vulgar em universitários de João Pessoa – PB. An Bras
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subtypes of acne vulgaris. J Am Acad Dermatol 1998; 39 (Suppl):S34-7.
11. WINSTON M. H, Shalita AR. Acne vulgaris. Pathogenesis and treatment. Pediatr
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12. Costa A, Alchorne MMA, Goldschmidt MCB. Fatores etiopatogenicos da acne
vulgar. An Bras Dermatol. 2008;83:451-9.
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acne vulgaris in young adolescent girls: results of a five-year longitudinal study. J
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comportamentais, perfis hormonal e ultrasonográfico ovariano. Revista Brasileira de
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27. Smith RN, Mann NJ, Braue A, et al. The effect of a high- protein, low glycemicload diet versus a conventional, high glycemic-load diet on biochemical parameters
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28. Costa A, Alchorne M, Michalany N, Lima H. Acne vulgar: estudo piloto de
avaliação do uso oral de ácidos graxos essenciais por meio de analises clinica,
digital e histopatológica. An Bras Dermatol. 2007;82:129-34.
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30. Michaelsson G, Juhlin L, Vahlquist A. Effect of Oral Zinc and Vitamin A in Acne.
Arch. Dermatol. 1977;113:312-36.
31. Perricone N. O fim da acne. Mourão MS. Rio de Janeiro: Elsevier; 2003. 262p.
32. Cazzolino SMF. Biodisponibilidade de nutrientes. Barueri, SP: Manole, 2007.
992p.
19
33. van Vloten WA, Bos LP. Skin lesions in acquired zinc deficiency due to parenteral
nutrition. Dermatologica.1978;156:175-83.
34. Schaefer O. When the Eskimo comes to town. Nutr Today, v.6, p.8 –16, 1971.
Anexos
e Apêndices
Anexo I – Carta de aprovação emitida pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
UNICENTRO.
Anexo II – Protocolo de atendimento clínico, realizado pela esteticista.
Protocolo de Atendimento estético
1º dia Limpeza de pele
1º passo: Higienização com sabonete anti-séptico;
2º passo: Esfoliação com esfoliante de apricot;
3º passo: Emoliência com vapor;
4º passo: Estracão de comedão aberto e fechado e pústulas;
5º passo: Cicatrização com aparelho de ozônio;
6º passo: Máscara calmante a base de beta glucan;
7º passo: Filtro solar.
2º, 3º e 4º sessão Cicatrização com argila
1º passo: Higienização com sabonete anti-séptico;
2º passo: Esfoliação com esfoliante de apricot;
3 ºpasso: Cicatrização com aparelho de ozônio;
4 ºpasso: Mascara de argila;
5º passo: filtro solar.
Apêndice I – Termos de consentimento livre esclarecido.
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA MAIORES DE 18 ANOS.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE, UNICENTRO
Setor De Ciências Da Saúde, SES/G
Departamento De Nutrição, DENUT/G
Estimado(a) Senhor(a):
Estamos realizando um trabalho científico com elaboração de um projeto de pesquisa
para a conclusão do curso de graduação de Nutrição da UNICENTRO, intitulado “Avaliação
da resposta clínica após tratamento estético e nutricional da acne vulgar, em pacientes de uma
clínica do município de Pinhão – PR.”; e gostaríamos que você a participasse fazendo parte
voluntariamente da pesquisa. O objetivo geral desta pesquisa é Avaliar a resposta clínica da
acne vulgar, em pacientes acometidos por graus variados, da clínica Rabilithare do município
de Pinhão – PR, a partir do uso do cardápio com indicação nutricional antiinflamatórias.
Caso aceite participar desta pesquisa gostaríamos que soubessem:
a) Os dados coletados através desta, serão utilizados e apresentados na Universidade e
poderão ser divulgados em trabalhos apresentados em Eventos técnico-cientificos e
publicações técnicas da área.
b) Na utilização e apresentação dos dados coletados, será preservado o anonimato dos
participantes bem como da instituição, sendo que, as fotos possuirão tarjas nos olhos
preservando a identidade do participante.
c) Saiba que para este, estaremos submetendo o paciente a analises clínica, de avaliação,
digital feita pela esteticista Diony Caldas Levinske, posteriormente, as indicações nutricionais
para 100% da população. Essas informações serão registrados em protocolo com os seguintes
dados: nome completo, data de nascimento, sexo, diagnostico estético e foto digital periódica.
Na coleta destes dados os indivíduos deverão estar deitados em macas propicias e sendo
analisados com auxilio de lupa própria.
d) A pesquisa não apresenta risco para o participante, e não será acrescentado ônus algum
pelas recomendações nutricionais da pesquisa.
f) Caso tenha interesse em desistir, mesmo após ter sido iniciado a pesquisa, saiba que a
qualquer momento você poderá fazê-lo sem qualquer prejuízo ou ônus. Para isso coloco-me a
disposição por meio dos telefones (42) 3677-1324 e 9925-3715.
Eu,____________________________________________________ portador do RG n°._____
_________________, declaro estar ciente de que minha autorização e a participação nessa
pesquisa sendo voluntária e que fui devidamente esclarecido(a) quanto aos objetivos e
procedimentos desta pesquisa.
Data: ___/___/2010
_______________________
_________________________
Assinatura do voluntário (a)
Diony Caldas Levinske/ Esteticista
____________________________
Lovaine Caldas Levinske.Pesquisadora
_________________________
Priscilla Franceschini/Orientadora
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA MENORES DE 18 ANOS.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE, UNICENTRO
Setor De Ciências Da Saúde, SES/G
Departamento De Nutrição, DENUT/G
Estimado(a) Senhor(a):
Estamos realizando um trabalho cientifico com elaboração de um projeto de pesquisa para a
conclusão do curso de graduação de Nutrição da UNICENTRO, intitulado Avaliação da
resposta clínica após tratamento estético e nutricional da acne vulgar, em pacientes de uma
clínica do município de Pinhão – PR.; e gostaríamos que você permitisse a participação de seu
filho (adolescente sob sua responsabilidade) a fazer parte voluntariamente da pesquisa. O
objetivo geral desta pesquisa é Avaliar a resposta clínica da acne vulgar, em pacientes
acometidos por graus variados, da clínica Reabilithare do município de Pinhão – PR, a partir
do uso do cardápio com indicação nutricional anti inflamatórias.
Caso aceite participar desta pesquisa gostaríamos que soubessem:
a) Os dados coletados através desta, serão utilizados e apresentados na Universidade e
poderão ser divulgados em trabalhos apresentados em Eventos técnico-cientificos e
publicações técnicas da área.
b) Na utilização e apresentação dos dados coletados, será preservado o anonimato dos
participantes bem como da instituição, sendo que, as fotos possuirão tarjas nos olhos
preservando a identidade do participante.
c) Saiba que para este, estaremos submetendo o paciente a analises clínica, de avaliação,
digital feita pela esteticista Diony Caldas Levinske, posteriormente, as indicações nutricionais
para 100% da população. Essas informações serão registrados em protocolo com os seguintes
dados: nome completo, data de nascimento, sexo, diagnostico estético e foto digital periódica.
Na coleta destes dados os indivíduos deverão estar deitados em macas propicias e sendo
analisados com auxilio de lupa própria.
d) A pesquisa não apresenta risco para o participante, e não será acrescentado ônus algum
pelas recomendações da pesquisa.
f) Caso tenha interesse em desistir, mesmo apos ter sido iniciado a pesquisa, saiba que a
qualquer momento você poderá fazê-lo sem qualquer prejuízo ou ônus. Para isso coloco-me a
disposição por meio dos telefones (42) 3677-1324 e 9925-3715.
Eu,____________________________________________________ portador do RG n°._____
_________________, declaro estar ciente de que minha autorização e a participação de meu
filho(a) _________________________________,nessa pesquisa sendo voluntário e que fui
devidamente esclarecido(a) quanto aos objetivos e procedimentos desta.
Data: ___/___/2010
_____________________
__________________________
Assinatura do responsável
Diony Caldas Levinske/ Esteticista
____________________________
________________________
Lovaine Caldas Levinske/Pesquisadora
Priscilla Franceschini/Orientadora
Apêndice II: Fotos dos voluntários, primeira e ultima avaliação
Paciente (P) 1 antes
P3 antes
depois
P5 antes
depois
depois
depois
P 2 antes
P4 antes
depois
P6 antes
depois
P9 antes
depois
P7 antes
depois
P10 antes
depois
P8 antes
depois
P11 antes
depois
P12 antes
P13 antes
P14
antes
depois
depois
P 15 antes
P17 antes
depois
P 18 antes
depois
P16 antes
depois
depois
depois
Apêndice III: Anamnese.
Nome: _______________________________________________________Sexo: ( )M ( ) f
Idade: ____
Data nascimento: __ / __ / ___
Tel:__________________
Estado Civil: ( ) Solteira ( ) Casada ( ) Separada ( ) Viúva ( ) Outras
Raça: ( ) negra ( ) branca ( )parda ( )amarela
Escolaridade:
( ) Ensino fundamental incompleto
( ) Ensino fundamental completo
( ) Ensino médio incompleto
( ) Ensino médio completo
( ) Superior incompleto
( ) Superior completo
( ) Outros
Ocupação Atual:
( ) Trabalha fora de casa ( ) Dona de casa ( ) Aposentada
( ) Estudante
Renda familiar:
( ) Menos que 1 SM ( ) 1 - 2 SM ( )2 - 6 SM ( ) 7 - 10 SM
( ) Mais que 10 SM
Alguns dos familiares tem acne:
( ) Pai
( ) Mãe ( ) Irmãos ( ) tios paternos ( ) tios maternos ( ) primos paternos
( ) primos maternos.
Se do sexo feminino, em relação ao ciclo menstrual
Menarca aos ________anos. Tem aparecimento de acne no ppm __________
O ciclo é: ( ) regular
Tpm ( )sim
( ) ñ regular
( ) com cólicas
( ) sem cólicas
( ) não Anticoncepcional ( )sim ( ) não
Atividade física
( )1 x sem ( ) 2 x sem ( ) 3x sem ( ) 4x sem ( ) diariamente ( ) ñ pratica
Apêndice IV: Diário alimentar habitual.
Refeição/
Local
Café da
manhã
_______ h
Local
________
Lanche da
manhã
______ h
Local
_______
Almoço
_______ h
Local:
________
Lanche da
tarde
_______ h
Local:
______
Jantar
_______ h
Local:
_________
Ceia
_______ h
Local:_____
Alimento/bebida consumidos
Quantidade
Apêndice V: Questionário de frequência alimentar.
Alimento
D
S
M
E
N
Alimento
Óleo vegetal
Leguminosas
Azeite de oliva
Legumes
Margarina
Verduras
Manteiga
Frutas
Frituras
Suco natural
Banha
Suco artificial
Leite integral
refrigerante
Leite desnatado
Água
Creme de Leite
Embutidos
Queijo amarelo
Bolacha recheada
Queijo branco
Salgados
Bacon
Doces caseiros
Churrasco
Doces confeit.
Carne bovina magra
Pizza
Carne bovina gorda
Salgado de pacote
Aves com pele
Cereal
Carne de porco
Chocolate
Peixe
Doces caseiros
Oleaginosas
Doces confeit.
Bala
Açúcar
Chicletes
Linhaça
Chá preto
Chá de ervas
D
S
M
E
N
Apêndice IV: Orientações nutricionais e diário alimentar.
CAFÉ DA MANHÃ: 8:00 HORAS
INDICAÇÃO
• Pão integral c/ mel ou geléia de frutas
• Frutas com 1 c. Sopa de farinha de linhaça.
• Chá de ervas/ chá verde/erva cidreira/ capim limão/erva doce/ hortelã ou suco de frutas
natural.
Durante a primeira semana fiz uso dos seguintes alimentos no café da RESTRIÇÃO
• Leite integral
manhã:
• Margarina
Alimento
Quantidade
segunda-feira
____:____hrs
•
•
•
•
Maionese
Queijo amarelo
Bolacha recheada
Pão branco
quarta-feira
____:____hrs
____:____hrs
sexta-feira
____:____hrs
Durante a segunda semana fiz uso dos seguintes alimentos no café da manhã:
Alimento
Quantidade
segunda-feira
____:____hrs
quarta-feira
____:____hrs
sexta-feira
____:____hrs
Durante a terceira semana fiz uso dos seguintes alimentos no café da manhã:
Alimento
Quantidade
segunda-feira
____:____hrs
quarta-feira
____:____hrs
sexta-feira
____:____hrs
Durante a quarta semana fiz uso dos seguintes alimentos no café da manhã:
32
Alimento
Quantidade
segunda-feira
____:____hrs
quarta-feira
____:____hrs
____:____hrs
sexta-feira
____:____hrs
(Obs: estas tabelas constavam abaixo de cada refeição)
LANCHE DA MANHÃ 10:30 HORAS:
INDICAÇÃO
•
1 fruta
•
Mix de oleaginosas: 1 castanha do Pará e 2
amêndoas
RESTRIÇÃO
• Alimentos industrializados
• Frituras
• Doces em geral
• Cereais refinados (biscoito,
Pão branco)
ALMOÇO 12:00 HORAS:
INDICAÇÃO
• Arroz integral
• Feijão, lentilha ou ervilha.
• Carne de preferência peixe ou frango (carne vermelha 1 a 2
vezes por semana).
• Salada: brócolis, couve-flor, cenoura cozida, tomate, verduras
refogadas.
• Temperar as saladas com azeite de oliva e gotas de limão.
• Sobremesa: 1 fatia de abacaxi com canela ou outra 1 fruta.
LANCHE DA TARDE I 15:00 HORAS:
INDICAÇÃO
• Água de coco (200 ml) ou suco de fruta
natural ou chá de ervas
• Biscoito integral ou bolo simples (fubá,
cenoura)
• Frutas
RESTRIÇÃO
• Carnes gordas
• Frituras
• Cereais refinados
RESTRIÇÃO
• Alimentos industrializados
• Frituras
• Doces em geral
• Cereais refinados (biscoitos, pão branco)
LANCHE DA TARDE II 17:00 HORAS:
INDICAÇÃO
• Suco funcional: 1 folha de couve, ½ maçã, 1 colher de sobremesa de farinha de linhaça e
raspa de gengibre.
RESTRIÇÃO
•
•
•
•
Alimentos industrializados
Frituras
Doces em geral
Cereais refinados (biscoitos, pão branco)
JANTAR 19:00 HORAS:
INDICAÇÃO
• Parecido com o almoço ou sanduíche de atum ou ainda sopa de
legumes.
• Queijo branco
CEIA 21:30 HORAS:
INDICAÇÃO
• 1 fruta
• 1 xícara de chá de erva doce ou cidreira com gotas de
limão
RESTRIÇÃO
• Carnes gordas
• Frituras
• Cereais refinados
RESTRIÇÃO
• Leite Integral ou desnatado
• Achocolatados
• Doces em geral
• Cereais refinados
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Avaliação da resposta clínica após tratamento estético e nutricional