Estimativa do Coeficiente Global de Condução de Calor em Fachadas de Edifícios J. Branco1, P. Carvalho2, N. Martins3 123Depto. Eng. Mecânica, Univ. de Aveiro, Portugal Resumo O conhecimento das propriedades térmicas da envolvente é muito importante em qualquer tipo de edifício. Com os recentes regulamentos na área do consumo energético de edifícios será necessário fazer uma caracterização do desempenho de todas as construções, nomeadamente das existentes, para a atribuição do respetivo certificado energético. Essa caracterização apresenta mais dificuldades nos edifícios mais antigos onde muitas vezes não são conhecidas as opções tomadas na construção da envolvente. Neste trabalho foi desenvolvido um método para estimar a resistência térmica da envolvente exterior de edifícios considerando o processo de transferência de calor em regime estacionário e a condutividade térmica constante. O método tem por base a medição da temperatura do ar interior e exterior assim como da superfície exterior da parede. Com estas temperaturas é determinado o fluxo de calor por convecção, usando equações empíricas. A temperatura do ar interior é usada para determinar, de forma iterativa, a temperatura da superfície interior da parede. É também analisada a influência da radiação solar na temperatura exterior da parede. O método pode ser aplicado a paredes verticais, horizontais e inclinadas, se bem que nestas últimas com algumas restrições. Foram feitas algumas análises ao método, nomeadamente, a influência de cada uma das grandezas e respetiva incerteza nos resultados finais. Concluiu-se que se deve ter especial atenção à incerteza na medição das temperaturas e na correta medição da velocidade do vento, no caso da convecção forçada. O método deve ser aplicado quando a diferença de temperaturas entre o interior e o exterior for maior, e tentando garantir a menor variação ao longo do tempo de todas as variáveis, procurando que a transferência de calor se processe em regime estacionário. em "Inovação na Construção Sustentável", Atas do Congresso CINCOS 2008, Ed. Plataforma para a Construção Sustentável, Curia-Portugal, pp. 427-439, (2008)