Glossário de Fotografia A-Z Aberração Cromática Deficiência na formação de uma imagem por meio de uma lente, e resultante do facto dos raios luminosos de cores diferentes sofrerem refracções ligeiramente, não se dando, portanto, a sua convergência rigorosamente no mesmo ponto da imagem. A aberração cromática corrige-se mediante associação de lentes. Aberração Esférica Deficiência na formação de uma imagem por meio de uma lente, e resultante do facto de a convergência dos raios luminosos provenientes de um ponto do negativo não se dar rigorosamente no mesmo ponto da imagem. A aberração esférica corrige-se mediante associação de lentes. Abertura (do diafragma) Área (ou diâmetro) do orifício regulável do diafragma por onde passa a luz que atravessa uma lente. B+F (base plus fog) Densidade devida ao suporte da emulsão e ao véu produzido pela revelação. Uma emulsão que não tenha sido exposta à luz, mas que tenha sido revelada, apresenta a densidade B+F. Base Substância que provoca a subida do pH de uma solução aquosa. Consoante a influência que têm na variação do pH, as bases podem ser fortes (hidróxido de sódio, hidróxido de potássio), médias (amónia, carbonatos de sódio ou de potássio) ou fracas (sulfito de sódio). Branqueamento É essencialmente o mesmo que enfraquecimento. A designação de branqueamento está mais associada a uma etapa intermédia de um outro processo que visa um fim diferente da redução da densidade da imagem (normalmente uma viragem). Nestas circunstâncias, a prata é oxidada, mas não removida da emulsão, ficando disponível para outros fins. O agente branqueador mais utilizado é o ferricianeto de potássio. Absorção da luz Recepção por parte de um obstáculo de toda ou de parte da energia da luz que nele incide. Se neste processo toda a energia for absorvida cessará a propagação de qualquer radiação. Se a absorção for parcial, haverá continuidade de propagação luminosa, que poderá ter ou não as mesmas características da radiação incidente. Agente molhante Solução aquosa contendo um produto capaz de baixar a tensão superficial da água. Utiliza-se imediatamente antes da secagem de películas e papéis, com vista a facilitar a distribuição uniforme da água de lavagem pela superfície da emulsão. Os detergentes, principalmente os usados para lavar vidros, são óptimos agentes molhantes. No mercado existem produtos mais adequados, concebidos para reduzirem ao mínimo a formação de manchas. Ampliador Aparelho óptico destinado a projectar a imagem do negativo, em geral muito ampliada, sobre o papel sensível, de modo a formar a imagem positiva. Ponto situado na intersecção do plano de uma lente simples com o seu eixo óptico. PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com Círculo de confusão Quantificação do conceito de nitidez ou de focagem. Define-se como sendo o diâmetro do maior círculo de um negativo ou de uma fotografia dentro do qual se considera que não são distinguíveis os diferentes pontos. Colóide Dispersão muito fina de partículas de uma substância no seio de um líquido. Os colóides distinguem-se das suspensões por não serem separadas por filtração vulgar, e diferenciam-se das soluções por interferirem com passagem da luz, apresentando turvação. Os colóides podem ser separados mediante ultracentrifugação ou por adição de substâncias (floculadores) que promovam a aglutinação das partículas, de modo a formarem aglomerados de maiores dimensões e que sejam retidos nos filtros. Exemplos: leite, gomas "dissolvidas em água" coados de cozinhados. Condensador Sistema óptico presente nos ampliadores, formado por uma ou duas lente, e que se destina a dirigir convergir sobre o negativo a luz proveniente do sistema de iluminação. Contraste Diferença entre o valor das densidades de duas zonas da imagem. Densidade óptica Medida da transparência nos meios transparentes e medida da refractância nos meios opacos. É definida pelo logaritmo decimal do quociente entre a intensidade da luz incidente e a intensidade da luz emergente. Nos meios transparentes a luz emergente é a luz que o atravessa; nos Diafragma Dispositivo apetrechado de um sistema de abertura controlável e que, colocado junto a uma lente, permite ajustar a intensidade da luz emergente. Neste trabalho admite-se que o plano do diafragma é vertical ao eixo óptico e que a sua abertura é circular e centrada com este eixo. Diagrama H&D (Hurter e Drieffield) Diagrama que apresenta a curva característica de uma emulsão (ver curva característica). Difusão da luz Desvio de toda ou de parte da radiação luminosa que incide sobre um obstáculo. A radiação difundida pode ter ou não as mesmas características da radiação incidente. Distância focal Distância medida no eixo óptico de uma lente entre um foco o ponto nodal mais próximo. Se os meios ópticos de ambos os lados da lente forem os mesmos, as duas distâncias focais são iguais. Se os meios forem distintos as distâncias focais poderão ser diferentes. Propriedade que alguns compostos (ácidos fracos ou bases fracas conjuntamente com os respectivos sais) conferem às soluções e que as tornam particularmente resistentes a variações de pH. São exemplos os pares ácido acético/acetato de sódio, ácido oxálico/oxalato de potássio. Eixo óptico Recta que liga os centros geométricos das faces curvas de uma lente. O eixo óptico PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com é perpendicular às faces planas, quando as houver. No eixo óptico localizam-se os focos e os pontos nodais. Emulsão Fotográfica Mistura sensível à luz e onde se forma a imagem fotográfica. As emulsões fotográficas comerciais são misturas muito complexas, cuja composição geralmente é mantida em segredo. Em termos muito simplistas, a emulsão é formada por gelatina, na qual estão finamente dispersos cristais de haletos de prata (cloreto, brometo e iodeto, este último nas películas). Para além destes constituintes fundamentais, incorporam-se muitos outros produtos destinados a incutir características especiais: a ajustar a sensibilidade à intensidade da luz (sensibilizadores), a sensibilidade à cor da luz (corantes), a implementar a resistência física, a evitar reflexos internos da luz, a aumentar a longevidade da emulsão antes e depois de exposta,... Endurecedor Solução aquosa que contém substâncias que conferem à gelatina uma maior resistência física. Em geral são utilizadas em processamentos a temperaturas superiores a 25º C, ou quando se usam métodos de secagem a quente. As substâncias endurecedoras mais usadas são os alúmens de potássio e de crómio. O endurecimento normalmente é feito em simultâneo com a fixação, mediante o uso de fixadores endurecedores, mas pode igualmente ser realizado noutras fases, mesmo antes da revelação (em casos de temperaturas efectivamente elevadas: da ordem dos 30º C). Enfraquecimento Também designada por Redução. Processo que visa reduzir a densidade de uma imagem mediante a remoção de parte da prata que a compõe. O enfraquecimento é realizado por soluções que contém, como componentes activos, oxidantes de prata, tais como o ferricianeto de potássio e o persulfato de potássio ou de amónio. Equação dos focos conjugados Equação que relaciona as posições de um objecto e da imagem respectiva produzida por uma lente, com a distância focal desta. Escala de cinzentos Tira de plástico transparente com uma série de faixas cinzentas de densidades diferentes, mas conhecidas. Estas tiras servem para a realização de testes de exposição: quando colocada sobre uma emulsão e iluminada por uma luz incidente, cada faixa deixa passar uma quantidade de radiação determinada pela sua densidade, provocando a impressão da emulsão de modo bem controlado. Exposição da luz Quantidade de energia luminosa que incide sobre uma superfície. É determinada pelo produto da intensidade da luz incidente pelo tempo de incidência. Na óptica clássica é medida em lux.segundo. Filtro de contraste Filtro óptico destinado a alterar a cor da luz de ampliação. Estes filtros utilizam-se na impressão de imagens em papel de contraste variável, na medida em que o contraste proporcionado por este depende da cor da luz de sensibilização. Fixação Remoção dos haletos de prata presentes na emulsão e que não foram utilizados na formação da imagem. A fixação é promovida pelos fixadores. PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com Fixador Solução aquosa que contém substâncias capazes de formar iões complexos muito solúveis com o ião prata, a ponto de o remover eficazmente da emulsão fotográfica. O tiossulfato de sódio e o tiossulfato de amónio são os componentes activos dos fixadores modernos. Para este fim também foram usados o cianeto de potássio, o sulfocianeto de potássio e a amónia. Foco Local onde convergem os raios incidentes numa lente e paralelos ao seu eixo óptico. Se a lente não tiver aberrações, o foco é um ponto. Existem dois focos, um para cada lado da lente. Gama de luminosidades (de um objecto) Logaritmo decimal do quociente entre as intensidades da luz emitida pelos pontos mais e menos luminoso de um objecto. Matematicamente é dado por log (IM /Im) ou log IM - log Im, em que IM e Im são as intensidades dos pontos mais e menos luminosos, respectivamente. Gama de luminosidades admissíveis (por emulsão) logaritmo decimal do quociente entre os limites máximo e mínimo das exposições que uma emulsão pode suportar, de modo a que ainda haja diferenciação completa de densidades. Matematicamente é dado por log (EM /Em) ou log EM - log Em, em que EM e Em são as exposições máxima e mínima, respectivamente. Iluminação de segurança Luz que se utiliza na câmara escura para permitir acompanhar curtas manipulações de emulsões fotográficas, sem que estas sejam sensibilizadas. As actuais emulsões negativas são sensíveis a todo o espectro visível, pelo que não há iluminação de segurança adequada. No caso dos papéis, como só são sensíveis às radiações com comprimentos de onda inferiores aos da gama verde, pode usar-se como iluminação de segurança as cores que vão do amarelo ao vermelho. Imagem Latente Conjunto de partículas de prata que se formaram em consequência da incidência da luz sobre a emulsão fotográfica. Estas partículas normalmente são formadas por um número muito reduzido de átomos, pelo que são indetectáveis por meios ópticos. Formam os núcleos que irão catalisar a acção do revelador, e por onde se iniciará a redução dos iões de prata durante o processo de revelação. Intensidade da luz Medida da energia da luz incidente sobre uma superfície por unidade de tempo. Na óptica clássica é medida em lux. Intensificação Processo que visa aumentar a densidade de uma imagem, seja mediante o reforço da prata, seja por adição de outros metais, nomeadamente crómio e mercúrio. A intensificação é realizada por soluções que contém como componentes activos sais dos metais que irão reforçar a imagem: consoante os casos, nitrato de prata, dicromato de potássio ou dicloreto de mercúrio. Lei da reciprocidade Estabelece que, para condições de revelação fixas, a densidade produzida por uma radiação numa determinada emulsão depende do produto da sua intensidade pela duração da exposição. Lei de lambert Lei de Lambert. É do senso comum que a exposição de uma superfície varia com a PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com inclinação dos raios luminosos, e que será tanto menor quanto mais oblíquos estes forem. A lei de Lambert quantifica este efeito e relaciona-o com o ângulo de incidência. Concretamente, demonstra-se facilmente que a intensidade luminosa sobre um alvo inclinado é igual ao produto da iluminação que ele teria se fosse perpendicular aos raios pelo coseno do ângulo de incidência. Lei do inverso quadrado Segundo esta lei, se um alvo iluminado por uma fonte de luz pontual se desloca paralelamente a si próprio, a intensidade luminosa que incide sobre ele varia na razão inversa do quadrado da distância que os separa. Lente complexa Sistema óptico formado por várias lentes simples. A associação de lentes simples visa corrigir anomalias na definição da imagem, denominadas genericamente por aberrações (na ampliação interessam de sobremaneira as aberrações esférica e cromática). Lente simples Objecto óptico formado por duas faces, que podem ser ambas segmentos de superfície esférica ou em que uma delas pode ser plana. As lentes simples podem ser bi-convexas, bi-concavas, concavo-convexas, convexo-concavas, planoconcavas ou plano-convexas. Logaritmo Função matemática representada por c = logab e definida de tal modo que b = ac . A variável a é designada por base. Em fotografia têm interesse os logaritmos em que a base é 2 e 10, sendo estes últimos designados por logaritmos decimais. Na notação destes últimos a base é em geral omitida, ficando somente c = log b. Logaritmo Função matemática representada por c = logab e definida de tal modo que b = ac . A variável a é designada por base. Em fotografia têm interesse os logaritmos em que a base é 2 e 10, sendo estes últimos designados por logaritmos decimais. Na notação destes últimos a base é em geral omitida, ficando somente c = log b. Lux Unidade usada na óptica clássica para a medição da intensidade da luz. Lux segundo Unidade usada na óptica clássica para a medição da exposição da luz. Luz difusa Sistema de iluminação dos negativos usada em alguns ampliadores e caracterizada por os raios luminosos incidentes serem provenientes de uma gama muito ampla de direcções. Este tipo de iluminação proporciona imagens mais suaves, com menor contraste e com menos destaque de grão e de pequenos defeitos do negativo. Luz directa Sistema de iluminação dos negativos usada em alguns ampliadores e caracterizada por os raios luminosos incidentes se apresentarem na forma de feixe cónico, e provenientes de uma gama muito restrita de direcções. Este tipo de iluminação proporciona imagens contrastadas e com maior destaque de grão e de pequenos defeitos do negativo. Meio óptico Qualquer meio transparente homogéneo em que um raio luminoso se propaga. PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com Normal O mesmo que perpendicular. Numa superfície plana coincide com a direcção da perpendicular a essa superfície. Numa superfície esférica é a direcção do raio dessa superfície no ponto considerado. Número f Medida para o diâmetro da abertura do diafragma. Define-se como sendo o quociente entre a distância focal e o diâmetro da abertura. A escala dos números f é geométrica de razão igual à raiz quadrada de 2, pelo que a cada valor corresponde uma abertura com área metade da anterior e dupla da seguinte. Na prática, e como a raiz quadrada de 2 é um número incómodo de se usar, os números f são apresentados de forma aproximada, de modo a conterem, no máximo, apenas um decimal. Número ISO P Número que se associa à sensibilidade relativa dos papéis de contraste fixo (ou dos papéis de contraste variável quando expostos luzes de cores diferentes). O número ISO P está relacionado directamente com a sensibilidade. Assim, se o papel apresenta um ISO P duplo de outro, então necessita de metade da exposição para produzir a mesma densidade padrão. O número ISO P é definido por: P =100 x SP , arredondado para o múltiplo de 5 mais próximo Em que SP é o logaritmo decimal da exposição (medida em lux.segundos) que produz a densidade 0,6+ B+F. Número ISO R Número que mede a gama de luminosidades admissíveis pelo papel fotográfico quando exposto à luz de determinada cor. O número ISO R mede o contraste máximo do negativo que o papel pode suportar sem perda de detalhes. É definido por: R = 100 x log (EM / Em) , arredondado para o múltiplo de 5 mais próximo Em que EM representa a exposição que produz uma densidade igual a 90 % da máxima e Em a exposição que produz a densidade de 0,04+B+F. Opacidade O inverso de transmitância. Oxidação Processo químico caracterizado pela perda de electrões por uma molécula, átomo ou ião. Como exemplo cita-se a dissolução da prata metálica durante os processos de branqueamento, em que esta perde um electrão e origina o ião prata. Uma substância que sofra um processo de oxidação diz-se que foi oxidada. Ver Oxidação-Redução. Oxidação-Redução Processo químico caracterizado pela transferência de um ou mais electrões de uma molécula, átomo ou ião para outra molécula, átomo ou ião. Como exemplo cita-se a reacção fundamental da fotografia: a transformação do ião de prata em prata metálica, mediante a recepção de um electrão cedido pelo revelador. Quimicamente falando, diz-se que o ião prata, ao receber o electrão, foi reduzido a prata metálica e que o revelador, ao perdê-lo, foi oxidado a outra substância. Por outras palavras, o ião prata ao participar na oxidação do revelador actuou como oxidante e o revelador ao promover a redução do ião prata actuou como redutor. Oxidante Substância que, num dado contexto, promove um processo de oxidação, ou seja PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com que oxida outras substâncias, retirando-lhes um ou mais electrões. Neste processo os oxidantes, ao receberem os electrões, ficam reduzidos. São exemplos de substâncias predominantemente oxidantes o oxigénio, a água oxigenada, o permanganato de potássio, o dicromato de potássio, o iodo. Papel de contraste variável Papel que proporciona imagens com contraste diferente, consoante a cor da luz de sensibilização. Profundidade de campo Intervalo, medido no eixo óptico e em torno de um objecto perfeitamente focado sobre um alvo fixo, onde ele se pode deslocar, sem que a desfocagem da imagem ultrapasse o círculo de confusão estabelecido. A parte do intervalo localizado entre a lente e o objecto é menor do que a que fica para trás dele. Profundidade de foco Intervalo, medido no eixo óptico e em torno do alvo onde se forma a imagem perfeitamente focada de um objecto fixo, onde aquele se pode deslocar, sem que a desfocagem da imagem ultrapasse o círculo de confusão estabelecido. As partes do intervalo para um lado e para o outro do alvo são iguais. Redutor· Substância que, num dado contexto, promove um processo de redução, ou seja que reduz outras substâncias, cedendo-lhes um ou mais electrões. Neste processo os redutores, ao cederem os electrões, ficam oxidados. São exemplos de substâncias predominantemente redutores os reveladores, o sulfito de sódio, o metabissulfito de sódio, o tiossulfato de sódio. Reflectância Quociente entre a intensidade da luz que incide num objecto opaco e a intensidade da luz que ele difunde. Qualquer destas intensidades é medida segundo direcções padrão. Reflexão da luz Processo de difusão em que a radiação é desviada por um obstáculo, continuando a propagar-se no mesmo meio e com uma direcção que faz um ângulo de reflexão igual ao ângulo de incidência. Refracção da luz Processo de desvio da direcção dos raios luminosos que incidem e penetram num obstáculo, passando a propagar-se neste novo meio. Num processo de refracção, e para uma dada radiação, é constante o quociente entre o seno do ângulo de incidência e o seno do ângulo de refracção. Restringente Substância que se adiciona em muito pequenas quantidades aos reveladores, a fim de retardar a sua acção redutora sobre os cristais de haletos da emulsão fotográfica que não foram expostos à luz. Os principais restringentes são o brometo de potássio e o benzotriazole. Reticulação Deformação da emulsão (normalmente enrugamento ou fractura). Verifica-se com maior frequência nos negativos. Normalmente é consequência de variações bruscas de temperatura sofridas durante as fases do processamento. Revelação Redução a prata metálica dos iões de prata localizados em torno dos núcleos da PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com imagem latente, de modo a gerar a imagem fotográfica. A revelação é promovida pelos reveladores. Revelador Solução aquosa que contém substâncias moderadamente redutoras, capazes de reduzirem a prata metálica, de modo controlado, os iões de prata. Os componentes activos mais usados nos reveladores são o metol, a hidroquinona, a fenidona, o amidol, a pirocatequina. Schleimpflug (regra de Scheimpflug) Condição necessária (mas não suficiente) para haver completa focagem de um objecto plano e inclinado relativamente ao plano de formação da imagem. Segundo esta regra, é necessário que os planos do objecto, da lente e da imagem sejam simultaneamente convergentes. Stop Designação vulgar dada à duplicação (ou redução a metade) de um número f. Presentemente tende-se a generalizar esta noção, pelo que stop é muitas vezes usado como unidade de variação: o aumento de um stop de qualquer medida corresponde à sua duplicação, o aumento de 2 stops à sua quadruplicação, etc. Neste sentido, a escala de stops será uma escala exponencial de base 2. Suporte Material que recebe a emulsão fotográfica. Para negativos são actualmente usados filmes à base de acetato de celulose e de poliésteres, para além do vidro, utilizado essencialmente no grande formato. O material de suporte para positivos mais comum é o papel. São actualmente muito usados dois grandes tipos de papéis: RC (resin coated) e FB.(fiber base). O suporte RC é formado por uma folha de papel revestida em ambos os lados por uma fina película de material plástico, que impede a absorção dos reagentes pelas fibras celulósicas. Este material é fácil de lavar e de secar. O suporte FB é o tradicional papel fotográfico. Como os reagentes contactam com as fibras, são absorvidos em maior ou menor escala, tornando a lavagem e secagem muito demoradas. A escolha de um ou outro tipo assenta em critérios de ordem pessoal, nomeadamente de carácter estético. Durante muito tempo foi referido que as imagens em papel RC se deterioravam ao fim de alguns anos. Presentemente os fabricantes alegam ter ultrapassado este problema. Teste de exposição· (também conhecido por teste de faixas ou teste de tiras) Teste que consiste em expor uma tira de papel sensível a exposições sucessivas, de modo a serem impressas várias faixas paralelas, cada uma delas correspondendo a uma determinada exposição. Estes testes destinam-se a avaliar o tempo de exposição que mais se adapta a um determinado fim. Transmitância Quociente entre a intensidade da luz que incide num objecto transparente e a intensidade da luz que o atravessa, segundo a mesma direcção. Uniformidade de iluminação· (Também conhecido por fall off) Efeito observado na projecção de uma imagem e caracterizado pela perda de luminosidade à medida que os pontos se afastam da vertical. Este efeito pode provocar a perda de densidade nas margens e nos vértices das fotografias. Sob o ponto de vista teórico, o quociente entre a luminosidade num ponto e a que se verifica no centro da imagem é igual à quarta potência do coseno de incidência da luz nesse ponto. PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com Aberração Incapacidade de uma objectiva render uma imagem perfeita do motivo, mais frequentemente junto às margens. São sete as principais aberrações básicas comuns nas objectivas simples, podendo ser reduzidas por construções complexas. São elas: astigmatismo, aberração esférica, como, aberração cromática, aberração cromática lateral, distorção curvilínea a curvatura de tempo. ASA Índice da sensibilidade dos materiais fotográficos inventado pela American Standards Association. Os índices seguem uma progressão aritmética. Auréola Imagem difusa que geralmente se forma à volta das zonas claras do motivo. Aparece quando a luz atravessa a película e, ao chegar ao fundo da máquina, é novamente reflectida através da película. Cabo disparador Cabo flexível utilizado para accionar o obturador de uma máquina. É particularmente útil nas exposições demoradas; ao disparar com a mão pode fazer tremer a máquina e, por conseguinte, a imagem ficar tremida. Campo escuro Sistema de iluminação utilizado na microfotografia, para mostrar um exemplar contra um fundo escuro ou negro. Campo luminoso Método de iluminação utilizado na microfotografia, para destacar um exemplar contra um fundo branco ou claro. Definição Termo utilizado para descrever a claridade de um negativo ou de uma cópia. Pode ser também aplicado a uma objectiva ou ao material fotográfico, ou ao produto de ambos, referindo-se também ao poder de resolução obtido. Desfocagem Zonas pouco nítidas na imagem, criadas ou causadas quer pelo movimento do motivo ou da máquina, quer por uma focagem selectiva ou descuidada. DIN Deutsche Industrie Norm “Organização Alemã de Normalização”. Exposição É a quantidade de luz que atinge o filme. Depende da abertura do diafragma (orifício regulável por onde passa a luz após atravessar a lente) e do tempo de abertura do obturador (tempo de penetração da luz na câmara). Filtros Discos de vidro, gelatina ou plástico de cor que modificam a luz que os atravessa, sobretudo em termos de conteúdo de cor. Tanto podem ser usados na máquina, como na fase de positivação, para corrigir ou alterar o aspecto da fotografia final. Filtro de densidade neutra Filtro cinzento igualmente opaco a todas as cores do espectro e que, portanto, não afecta as cores finais da imagem. Usa-se para diminuir a quantidade de luz que chega à máquina quando a abertura ou a velocidade têm de permanecer constantes. É útil em arquitectura, por exemplo, quando é preciso fazer uma exposição demorada para eliminar as pessoas da cena. PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com Filtro U-V Filtro que pode ser utilizado para absorver a radiação UV, a fim de lhe diminuir o efeito. Focagem Sistema que permite movimentar a objectiva em relação ao plano da imagem, de modo a obter o grau de nitidez desejada sobre a película. Fundo Zona situada atrás do motivo principal o que tanto pode ser um simples papel colorido, como um diapositivo projectado, como ainda um cenário expressamente construído para esse fim. Na fotografia de grande plano, a focagem diferencial faz por vezes com que as partes mais afastadas do motivo se transformem em fundo. 0 motivo destaca-se geralmente contra fundos mais claros ou mais escuros; por outro lado, fica esbatido se forem muito semelhantes, pelo que é sempre bom tomar esse facto em consideração, se for possível controlar o fundo. Quando não for possível escolher o tom do fundo, uma iluminação cuidada poderá surtir o efeito desejado. Granulação Termo objectivo usado para descrever a quantidade de haletos reunidos em grãos no interior de uma emulsão. Granulado Grãos de haletos de prata amontoados na emulsão e visíveis na imagem fotográfica, devido à existência de espaços entre eles. Surgem nas fases de exposição e revelação, sendo mais visíveis nas zonas uniformes e de tom médio das cópias. Grãos Haletos de prata expostos e revelados a que, tendo dado origem a grãos de prata negra, produziram a imagem fotográfica visível. ISO Sensibilidade dos filmes indicada por números do sistema ISO - International Organization for Standardization (antigamente ASA ou DIN). O sistema DIN (alemão) ainda é utilizado, mas a numeração segue escala diferente. Quanto maior o índice ISO, menos luz que é precisa, menor a exposição necessária, mas menor a resolução da foto. O sistema ISO de classificação da sensibilidade do filme é aritmético: por exemplo, um filme de ISO 400 é duas vezes mais rápido do que um de ISO 200, exigindo metade da exposição. Por outro lado, tem metade da velocidade de um filme de ISO 800, necessitando do dobro da exposição deste. Os filmes comummente encontrados são: ISO 32, 50, 64, 100, 125, 160, 200, 400, 800, 1000 e 1600 *** Filmes de baixa sensibilidade: ISO 32 a ISO 64. São ideais para o trabalho com muita luz (dias ensolarados, sol forte e flashes de alta potência). Em condições favoráveis, esses filmes produzem resultados de grão excepcionalmente fino, com boa definição nos detalhes e bom contraste. São considerados para fotografar retratos, paisagens e temas ligados à natureza (externas). *** Filmes de média sensibilidade: Com números ISO de 100 a 200, são os mais populares para os objectivos gerais a que se propõe a emulsão em preto e branco. PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com As vantagens da sensibilidade extra que oferecem compensam amplamente qualquer leve aumento na granulação. Indicados para dias ensolarados (ISO 100) ou nublados (ISO 200) e flashes de baixa potência (embutido na câmera). *** Filmes de alta sensibilidade: Na faixa de ISO 400 a ISO 1600. As películas dessa categoria apresentam um aspecto nitidamente granulado quando são ampliados. São ideais para trabalhos com pouca luz (teatros) sem uso de flash (em museus) ou quando se usa alta velocidade para congelar o movimento (fotos de acção). Os filmes de ISO acima de 800 geralmente destinam-se a serviços profissionais, pois permitem alterações desses índices em condições extremas. Lente Elemento óptico de cristal ou plástico, capaz de flectir a luz. Em fotografia, uma objectiva pode ser constituída por um único elemento ou vários. Basicamente, as lentes simples são de dois tipos: convergentes e divergentes. As convergentes são convexas e conduzem os raios luminosos para o eixo óptico. As divergentes são côncavas e afastam os raios luminosos do eixo óptico. Utilizam-se ambas nas objectivas compostas, mas o efeito geral é fazer convergir os raios luminosos. Luminosidade (de uma objectiva) Chama-se luminosidade de uma objectiva à sua maior abertura possível. Diz-se também, por exemplo, que uma objectiva que tem por maior abertura f 1.4 é mais luminosa do que uma que tem maior abertura igual a f 2. Macrofotografia Técnica fotográfica que produz imagens maiores que o motivo original, sem usar microscópio. Em macrofotografia, não é geralmente possível ampliar-se mais de 10 vezes. Máquina 'reflex' Máquina que utilize um espelho para reflectir os raios provenientes da imagem para um despolido de vidro, usado para observar e para focar. São de dois tipos: 'SLR', que possui um espelho retráctil por trás da objectiva; 'TLR', com um espelho fixo por trás da objectiva de observação. O sistema 'TLR' está sujeito ao erro de paralaxe. Máquina SLR Máquina de 35 mm, de formato médio ou, excepcionalmente, de formato 110, equipada de um sistema de espelhos que permite observar a imagem, como a objectiva a vê. Obturador É uma espécie de cortina situada em frente à película, que abre, expondo a película à luz durante o tempo indicado pela velocidade, para a qual a máquina está regulada. Pára-sol Tubo opaco, geralmente de metal ou de borracha e que evita que a luz incida na objectiva. Perspectiva Relação do tamanho e da forma dos objectos tridimensionais representados num espaço bidimensional. Em fotografia, a perspectiva linear é controlada pelo ponto de vista, sendo representada pela diminuição do tamanho e pelos planos convergentes. PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com Reflexo Raios luminosos que depois de incidirem numa superfície, são por esta devolvidos. Em superfícies liras e polidas, formam-se reflexos espectaculares; em superfícies rugosas, o reflexo é difuso, devido à dispersão da luz. Sensibilidade Mede a capacidade que uma película tem para ser impressionada pela luz. Mede-se em ISO. A escala é linear, ou seja por exemplo, uma película 200 ISO necessita de metade da luz do que uma película 100 ISO, para tirar a mesma fotografia. Na gíria fotográfica, diz-se que uma película 200 ISO é mais rápida do que uma 100 ISO. Sobre-exposição Diz-se de uma fotografia que tem "luz a mais". Sub-exposição Diz-se de uma fotografia que "tem luz a menos". Textura Em termos gerais, refere-se ao tipo de superfície de um objecto, rugosa ou lisa, por exemplo. Em fotografia, controlando a iluminação cuidadosamente, é possível escrever-se uma superfície, juntando-lhe uma qualidade táctil em termos de profundidade, forma a tom, de modo a dar uma sensação tridimensional. Tom Em termos muito simples, indica a força dos cinzentos entre o branco e o preto. Refere-se á intensidade, claridade a escuridão de um tom, sendo influenciado pela iluminação. Em termos fotográficos, a mudança de tom é representada pela densidade variável. Tons altos Fotografia que contém grandes zonas com tons claros e poucos tons médios a sombras. Tons baixos Fotografia de tons predominantemente escuros e com poucas zonas claras. Velocidade Mais correctamente, devia chamar-se tempo de exposição. Com efeito, a velocidade mede o tempo durante o qual a película está exposta à luz. Os tempos de exposição calculam-se do seguinte modo: para velocidades inferiores a 1 segundo, o tempo de exposição é o inverso da velocidade. Por exemplo, uma velocidade 1000 significa que a película está exposta à luz durante 1/1000 seg., ou seja, durante 1 milésimo de segundo. Para velocidades superiores a 1 segundo, o tempo de exposição coincide com o a velocidade. Por exemplo, uma velocidade 10 corresponde a um tempo de exposição de 10 segundos. Adaptado por Luís Rocha e Tânia Araújo/MEF com a origem dos dados em sites, fóruns e manuais de fotografia. 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