“Devemos respeitar a fauna e a flora do país. Em muitas áreas somos chamados para a conservação do meio ambiente e da vida humana.” Angola terá três hospitais de medicina tradicional, um em Luanda e dois nas Lundas “The fauna a nd flor A of the country should be respected. Our mission is the preservation of the environment a nd hum a n life.” Angola is to have three traditional medicine hospitals, one in Luanda and two in Lundas Avô Kitoko, no hall do Centro de Botânico. Avô Kitoko, at the hall of the Botanical Centre. As vantagens da medicina tradicional ou natural e a preservação da biodiversidade serviram de mote para uma conversa entre o terapeuta tradicional Avô Kitoko, a bióloga Esperança da Costa e José Filomeno dos Santos, presidente do conselho de administração do Fundo Soberano de Angola (FSDEA), na visita deste ao Centro de Botânica (CB) da Universidade Agostinho Neto. Avô Kitoko é o primeiro a tomar a palavra e resume a importância da medicina tradicional de uma assentada. “É importante, porque se baseia no conhecimento dos nossos ancestrais e não é invasiva” e, mais, “cura rapidamente, sobretudo nas comunidades rurais, nas localidades mais remotas onde os hospitais e centros de saúde são em números menos expressivos.” José Filomeno tem, entretanto, várias preocupações. Tendo como anfitriã a coordenadora da Unidade Técnica de Investigação Africana do Centro de Botânica, a primeira questão é se a estratégia da medicina tradicional é a mesma em todas as regiões do país, e, se a nível continental, também está padronizada. A resposta da responsável do Centro de Botânica é positiva. “Sim. A estratégia é a mesma. O código de ética que vamos implementar é o português. Para a região africana da OMS, em que constam 46 Estados, só os nomes das raízes variam de país para país.” E acrescenta, optimista, “creio que em breve, a política nacional de Medicina Tradicional será aprovada.” O PCA do FSDEA dá sinal de satisfação com a resposta e coloca, de imediato, outra questão. “A OMS conhece medicamentos angolanos?” Na circunstância, José Filomeno já segurava uma garrafa de ‘ndumbi’, material produzido artesanalmente dentro das nossas fronteiras, tendo ficado com a ideia de que a indústria farmacêutica poderá ser mais um ganho para Angola, a julgar pela resposta de Kitoko. “A OMS, além de ter conhecimentos dos medicamentos tradicionais angolanos, recomenda que sejam registados e referidos na Política da Medicina Tradicional e, inclusivamente, aconselha que Angola avance com a criação de uma banco de dados das plantas medicinais, de modo a que estas sejam promovidas”, esclarece. Na opinião do terapeuta, o, isto beneficiaria a farmácia de manipulação e as ervanárias. “No Brasil, uma hora após a consulta com um médico natural é suficiente para que se fabrique o medicamento consoante a patologia”, exemplifica Kitoko. “Daí a nossa necessidade de enviar seis bolseiros para aquele país sul-americano.” “O avanço da medicina tradicional será uma vantagem para a indústria farmacêutica e as ervanárias.” “The advance of natural medicine will be an advantage to the pharmaceutical industry and apothecaries.” The advantages of traditional or natural medicine and the preservation of biodiversity are the themes in a conversation between the traditional therapist Avô Kitoko, the biologist Esperança da Costa and José Filomeno dos Santos, President of the Board of Directors of FSDEA, the Sovereign Fund of Angola, on a visit to the Botanical Centre (BC) of Agostinho Neto University. Avô Kitoko becomes the first to speak and sums up the importance of traditional medicine in a single sentence: “it is important because it is based on the knowledge of our ancestors and is not invasive” and, furthermore, “rapidly cures, especially, in rural communities, in the more remote locations where there are less hospitals and healthcare centres.” Meanwhile, José Filomeno holds various concerns. With the coordinator of the Botany Centre African Research Technical Unit as his host, his first question asks whether the strategy for traditional medicine is the same across all regions of the country and whether there are standards in effect at the continental level. The response from the Botany Centre manager is positive. “Yes. The strategy is the same. The code of ethics we are implementing is the Portuguese. For the African region of the World Health Organisation (WHO), containing a total of 46 states, only the names of the roots vary from country to country.” And, he adds optimistically, “I believe that the national Traditional Medicine policy will be approved shortly”. The FSDEA president shows his satisfaction at the response and immediately poses another question. “Does the WHO approve Angolan medications?” In this circunstance, José Filomeno, who holds a bottle of ‘ndumbi’, material produced in Angola, has the idea that the country will profit with the pharmaceutical industry, according to Kitoko’s answer. “The WHO, in addition to having knowledge about traditional Angolan medication, recommends that they be registered and detailed in the Traditional Medicine Policy and, in addition, calls on Angola to advance with setting up a database of medicinal plants so that their usage can be promoted.” In the opinion of this specialist, this would benefit the pharmaceutical industry and apothecaries. “In Brazil, one hour after the appointment with the natural doctor is more than enough time to make the medication in accordance with the respective pathology”, explains Kitoko. “Hence the need to send six grant holders to that South American country.” Kitoko’s ‘laboratory’ Whoever enters the office of Avô Kitoko is immediately confronted by a miscellaneous range of aromas pervading its entire extent. There are dozens of products labelled in plastic bags, flasks and bottles with medicines for the treatment of various diseases, including O ‘laboratório’ de Kitoko Quem entra no gabinete de Avô Kitoko é logo recebido por uma miscelânea de aromas que atravessa todo o compartimento. Há dezenas de embalagens de sacos de plástico, frascos e garrafas com medicamentos para o tratamento de várias doenças, entre as quais a diabetes, a infertilidade e a tuberculose. É possível ver-se também semente de moringa, usada para a produção de lubrificantes para máquinas de costura. Kitoko é uma pessoa bastante comunicativa. Nota-se pelo seu discurso que tem ‘ene’ coisas para transmitir. Revelou, por exemplo, que o país conta com 36 ervanárias todas licenciadas, todas são controladas pela Direcção Nacional de Medicamentos e Equipamentos do Ministério da Saúde. Segundo o terapeuta, está prevista, até 2015, a abertura de três hospitais de medicina tradicional, sendo um em Luanda, outro na Lunda-Norte e o terceiro na Lunda-Sul. “Vamos valorizar os verdadeiros terapeutas, a tradição e a medicina tradicional”, sentencia. Em relação à colaboração entre a unidade coordenada por Avô Kitoko e o Centro de Botânica, dirigido por Esperança da Costa, o terapeuta aclarou que se deve ao facto de este último servir de unidade de mobilização dos terapeutas espalhados pelos quatro cantos do país, “combatendo a consideração empírica que teve a medicina tradicional no início”. A explicação precipitou, no entanto, uma questão dupla de José Filomeno. “Como é que uma pessoa consegue diferenciar o terapeuta, de facto, que sabe tratar e dosear medicamentos, de alguém que, eventualmente, os venda de forma aleatória com o único interesse de ganhar dinheiro? Isto, aliás, descredibilizaria esta classe, não?” Antes da resposta, a bióloga Esperança da Costa enfatiza: “É verdade. O grande proble54 As plantas servem para fazer unguentos que combatem as doenças mentais. The plants are used to make ointments that fight mental illnesses. 55 “Os terapeutas autorizados a medicar têm de ser incluídos no Sistema Nacional de Saúde.” “The healers that are authorised to prescribe medication have to be included in the National Health Service.” ma que se coloca é esse. Como identificar quem sabe”? A reacção de Kitoko é imediata: “os terapeutas que estão autorizados a medicar têm de ser oficialmente valorizados e incluídos no Sistema Nacional de Saúde. Contudo, a inclusão da Medicina Tradicional no Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário 2012-2025 já foi um passo importante.” Para José Filomeno, há questões ainda por esclarecer. “O programa que estão a desenvolver faz o levantamento dos vários tratamentos, das plantas usadas e identifica que treinamento tem de ter o terapeuta para poder ser licenciado, ou ainda é um processo aleatório?”, questiona. A resposta à questão foi dada pela criação, em 2012, da Câmara Profissional dos Terapeutas de Medicina Tradicional, que abarca mais de 61 mil profissionais, distribuídos em comissões nacionais de terapeutas, das ervanárias, dos naturalistas e da rede de mulheres vendedoras de medicamentos tradicionais. “Depois da Conferência Nacional de Medicina Tradicional e Práticas Complementares, esses foram licenciados”, esclarece o Avô Kitoko. Cuidados com a medicina tradicional Kitoko Maiavângua, nome de registo do terapeuta natural do Uíge, admite que são precisos cuidados na utilização da medicina tradicional, “porque há riscos”. A sobredosagem ou intoxicação por ingestão de medicamentos mal conservados é o mais frequente, por isso avança que há intenção de se criar, em Luanda, um grande mercado de venda de medicamentos naturais. Mas desfaz, desde logo, o mito. “A ideia de que a medicina moderna e a tradicional não se casam deve ser rebatida”, defende, peremptório. No Centro, o avô Kitoko pratica exercício regularmente Avô Kitoko exercises regularly at the Centre. diabetes, infertility and tuberculosis. Visitors can also find moringa seeds used to produce lubricants for sewing machines. Kitoko is quite a communicative person. You feel from his conversation that he has a boundless list of things to get across. He revealed, for example, that Angola already had 36 fully licensed apothecaries, all controlled by the National Directorate of Medication and Infrastructures of the Ministry of Health. According to this doctor, by 2015, there is the plan to open three traditional hospitals: one in Luanda, another in North-Lunda and the third in South-Lunda. “We are going to value the true therapists, tradition and traditional medicine”, he vows. In relation to the cooperation between the unit coordinated by Avô Kitoko and the Botany Centre run by Esperança da Costa, the therapist clarified that this stemmed from the latter serving as the unit to mobilise traditional healers spread across the country, “combating the lack of empirical consideration that tradition medicine had at the outset.” This explanation, however, triggered a double question from José Filomeno. “How does it prove possible to differentiate between the healers who in fact know how to treat and provide medically effective dosages from somebody who is just selling them somewhat randomly with the sole purpose of making money? Indeed, doesn’t this discredit the entire sector?” Before answering, the biologist Esperança da Costa steps in: “That’s true. The major problem faced is that one. How do you identify just who knows”? Kitoko’s reaction is immediate: “the healers that are authorised to prescribe medication have to be officially evaluated and included in the National Health Service. Furthermore, the inclusion of Traditional Medicine in the National Sanitation Development Plan for 2012-2025 was already an important step.” However, José Filomeno still has questions. “Does the program that is under development survey the various treatments, the plants used and identify what training the specialist has to have in order to gain a license or is this still a random process?”, he asks. The response to the question came with the founding in 2012 of the Professional Council of Traditional Medicine Therapists, which represents over 61,000 professionals distributed across national therapeutic commissions, apothecaries, naturalists and the network of female retailers of traditional medicines. “Following the National Conference of Traditional Medicine and Complementary Practices, these were all licensed”, explains Avô Kitoko. Treating by traditional medicine Kitoko Maiavângua, the registered name of this natural therapist from Uíge, accepts that precise care is needed in the utilisation of traditional medicines “because there are risks”. Overdosing or intoxication due to ingesting poorly preserved medicines is the most common problem and hence there is the objective to set up a large market for the sale of natural medicinal products in Luanda. However, he challenges the myth from the outset. “The idea that modern and traditional medicines do not go hand in hand should be rebuffed”, he peremptorily defends. Kitoko furthermore lists a set of cases for which conventional medicine “is irreplaceable”. The cases of blood transfusions, drips, weight, temperature and blood pressure measurements are not applicable in natural medicine, “hence, in these situations, modern medicine is essential,” he accepts while emphasising the complementarities between the two. “In sum, the professionals from the two branches should work together, conciliating the scientific evolution and progress with the discovery of new plants out in the wild”. For the future, he predicts more and better organisation of its activities due to the founding of the Professional Council of Traditional Medicine Therapists. “This institution is going to regulate, control and protect the therapists with an Internet database available in the national languages with the background of all members including photos”, he explains. “This provides an opportunity to separate the wheat from the chaff, identifying the professional licensed to practice traditional medicine and tightening the noose on fake healers.” The final point about natural medicine was in relation to the pamphlets that repeatedly get distributed by supposed traditional medicine practitioners claiming to cure HIV/Aids. 56 57 Kitoko enumera, entretanto, uma lista de casos para os quais a medicina convencional “é insubstituível”. Os casos de transfusão de sangue, aplicação de soro, medição de peso, temperatura ou da tensão arterial não se aplicam na medicina natural, “logo, nestas situações, a medicina moderna é indispensável”, admite, reforçando a complementaridade entre ambas. “No fundo, os profissionais dos dois ramos devem trabalhar em conjunto, conciliando a evolução científica com a descoberta de novas plantas nos matos”. Para o futuro, antevê mais e melhor organização na sua actividade, com a criação da Câmara Profissional dos Terapeutas de Medicina Tradicional. “A instituição vai disciplinar, controlar e proteger os terapeutas, terá uma base de dados na Internet em línguas nacionais, com o histórico de todos os membros, incluindo fotos”, antecipa. “Será uma oportunidade para se separar o trigo do joio, identificando o profissional licenciado para exercer funções como médico tradicional e apertar o cerco aos falsos terapeutas.” O último ponto sobre a medicina natural foi em relação aos panfletos distribuídos de forma recorrente sobre pretensos médicos tradicionais que curam o VIH/Sida. Segundo Esperança da Costa, os medicamentos, na verdade, não curam a doença, apenas ajudam a combatê-la em algumas fases do seu estágio de propagação, como é o caso dos eczemas, na medida em que “diminuem a carga viral.” Protecção à biodiversidade Num outro campo, “também de grande relevância”, Avô Kitoko lança um olhar sobre a preservação da biodiversidade em Angola. “Devemos respeitar a fauna e a flora do nosso país, visto que, em muitas áreas, somos chamados para a conservação do meio ambiente e, por conseguinte, da vida humana.” A preocupação do terapeuta tradicional refere-se aos “comportamentos menos positivos de alguns cidadãos”, envolvidos em queimadas e “no desmatamento desenfreado” de diversas florestas, “erros que muitas vezes acontecem por falta de informação”. Para Esperança da Costa há outras considerações a ter-se em conta. Segundo observa a bióloga, a atenção dos americanos e dos europeus em relação ao continente africano, e particularmente a Angola, deve-se ao facto de a maioria esmagadora dos fármacos possuírem extractos vegetais. “É por isso que os países dos trópicos estão sob os holofotes. Há uma clara intenção de se fazer dinheiro”, afirma, serena. Por outro lado, Esperança Costa mostrou-se preocupada quanto à necessidade de preservação dos mangais nas províncias do Zaire e de Cabinda. “É ali onde os peixes se reproduzem e há uma grande biodiversidade. Vamos preservá-los”, desafiou. As perspectivas imediatas para o país revelam-se, entretanto, mais ambiciosas, na observação de Avô Kitoko. No espaço de um ano, o terapeuta prevê o início da fabricação de medicamentos, mas também da produção de sabonetes com raízes e folha de mamoeiro. O plantio de algumas espécies nos municípios e nas aldeias do interior, o arranque do projecto de replantação e a construção de jardins botânicos, estufas e hortas são, segundo Kitoko, “projectos fundamentais” para que haja medicamentos e as pessoas sejam assistidas nas zonas rurais no limiar de uma doença. “No fundo, queremos apoiar a nossa economia, servindo de tampão às várias patologias, reduzindo os seus índices e permitindo ao Estado canalizar parte dos fundos destinados à saúde para outros sectores”, comenta. E mais: “queremos também ser mais prestativos nas áreas culturais e sociais, criando novas pomadas, xaropes e mais medicamentos naturais”, desafia, terminando com um caloroso aperto de mão. 58 “A construção de jardins botânicos é fundamental para que as pessoas sejam assistidas nas zonas rurais.” “The construction of botanical gardens is fundamental to help people in rural areas.” Avô Kitoko Kitoko Maiavângua nasceu a 29 de Maio de 1957. Concluiu a sua licenciatura em Economia, com a especialidade de Contabilidade e Gestão de Empresas, em 1979 na República Democrática do Congo. Participa em cimeiras, simpósios e palestras sobre medicina tradicional em diversos países. Iniciou este trabalho em 1981. Gere o Centro de Medicina Avô Kitoko, que se especializa no tratamento de doenças mentais, epilepsia, trombose e outras patologias. É coordenador da Unidade Técnica de Investigação Africana desde 2005 e em 2012, foi coordenador da ‘Conferência Nacional de Medicina Tradicional e Práticas Complementares’. É um activista acérrimo do uso de plantas para tratamento de patologias diversas e o maior impulsionador da regulamentação da Política Nacional da Medicina Tradicional. Kitoko Maiavângua was born in Mbanza Congo, Uíge, on the 29th of May, 1957. In 1979 he concluded his degree in Economics – Account and Business Management, in the Democratic Republic of Congo. He has participated in several conferences and symposiums on traditional medicine around world. He started working in this area in 1981. In Luanda he is responsible for the Medicine Centre Avô Kitoko, an institution that deals with mental illness, epilepsy, strokes and other pathologies. Since 2005 he is the coordinator of the African Research Technical Unit and, in 2012, he was the coordinator of the ‘National Conference on Traditional Medicine and Other Practices’. Kitoko has been working hard to implement the regulation of the National Traditional Medicine Policy and strongly believes in the healing power of plants. According to Esperança da Costa, the medication does not in truth cure the disease but only helps in combating it in some phases of its propagation as is the case with eczemas to the extent that they “lower the viral charge.” Protecting biodiversity In another area, “also of great relevance”, Avô Kitoko casts a glance at the objective of preserving biodiversity in Angola. “We should respect the fauna and flora of our country, given that, in some parts, we are called upon to preserve the environment and, consequently, human life.” The concerns of the traditional therapist derive from “the less positive behaviours of some citizens,” involved in setting fire to lands and “the unrestrained felling” of various forests, “errors that so commonly happen due to a lack of information.” According to Esperança da Costa, there are other factors to be taken into account. The biologist observes that the attentions of Americans and Europeans in relation to the African continent and especially to Angola are because most of the pharmaceuticals contain vegetal extracts. “This is the reason why tropical countries are in the spotlight. There is a clear intention to make money”, she calmly affirms. Furthermore, Esperança Costa expressed her concern over the need to preserve the mango groves in the provinces of Zaire and Cabinda. “That is where fish reproduce and there is a great deal of biodiversity. We shall preserve them”, she affirms. The immediate perspectives for the country prove far more ambitious according to Avô Kitoko. Within a year, he expects the launch of a medication factory as well as beginning production of soap made with papaya roots and leaves. The planting of species in municipalities and villages inland and the launch of the project for replanting and building botanical gardens, greenhouses and orchards are, according to Kitoko, “fundamental projects” to ensure the supply of medication and enable assistance to people facing ilnesses in rural zones. “Overall, we want to support our economy, serving to cap various pathologies, reducing their prevalence and enabling the state to channel part of the funding destined to healthcare into other sectors”, he advocates. Still furthermore: “we also want to be more active in the cultural and social areas, coming up with new natural balms, syrups and more types of natural medicine”, he states challengingly bfore ending with a warm handshake. 59