Sistema Urinário • Profa. Halene Armada Sistema urinário: Rins, ureteres, bexiga e uretra Função: Regulação da composição hidro-eletrolítica dos líquidos corporais e a remoção de produtos finais do metabolismo do sangue. Rins: Principal órgão excretor do corpo. Órgãos pares, de coloração vermelhoalaranjada e formato de feijão, pesando aproximadamente 125g, localizados lateralmente às vértebras torácicas inferiores, circundados por um tecido delgado denominado de “cápsula” e envolvido por uma camada de gordura. Rins Os rins são indolores, duros, consistentes e de superfície regular. A causa do aumento do tamanho dos rins pode ser hidronefrose (distensão lenta dos néfrons por acúmulo de urina), cistos e tumores. Rins: Normalmente o rim esquerdo está 1,5 cm a 2 cm mais elevado que o direito, devido a posição anatômica do fígado. Possui aproximadamente 1 milhão de néfrons, que são as unidades funcionais dos rins, onde é formada a urina. O néfron é composto de um glomérulo e um túbulo, cuja rede capilar é o local inicial da filtração do sangue e o início da formação da urina. Rins e suas funções: Órgãos excretores: asseguram que substâncias em excesso ou que sejam nocivas sejam excretadas na urina, em quantidades adequadas. Órgão regulador: mantêm constantes o volume e a composição de líquidos orgânicos, ao regular a excreção de solutos e água. Órgãos endócrinos: sintetizam e secretam três hormônios: renina, eritropoietina e 1,25 diidroxicolecalciferol. Palpação do rim Palpação renal: Método Devoto: Paciente em decúbito dorsal; Colocar uma mão contrária ao rim, no ângulo Lombo-costal, fazendo pressão de trás para frente enquanto a outra mão , espalmada sobre o abdome abaixo do rebordo costal, procurar sentir e pinçar o polo inferior do rim na sua descida inspiratória. Percussão renal: Para investigar dor renal Bexiga: Órgão ôco e elástico. É é um reservatório temporário da urina, podendo reter até 600 ml de urina. Vazia, repousa na cavidade pélvica, atrás da sínfise púbica e quando cheia, distende-se acima da sínfise púbica. Seu formato varia de acordo com a quantidade de urina depositada. Uretra: Origina-se na bexiga e leva a urina para o exterior do corpo através do meato urinário. Mulheres: a uretra tem aproximadamente 4 a 6,5 cm de comprimento e o meato urinário é localizado entre os pequenos lábios, abaixo do clitóris e acima do intróito vaginal. Homens: além de ser um canal urinário, é a passagem para as secreções dos órgãos reprodutivos, possui aproximadamente 20 cm de comprimento e o meato urinário é localizado na glande, parte distal do pênis. Micção: No adulto, quando o volume de urina excede 200 a 400 ml, os receptores de distensão da parede da bexiga transmitem impulsos à medula espinhal e através de vias sensitivas, chegam ao córtex cerebral levando à vontade consciente de urinar. A micção é um reflexo que pode ser controlado pela vontade, através do controle cerebral do esfíncter externo da uretra. A uretra possui o esfíncter interno com controle involuntário e o externo com controle voluntário. Urina:Volume médio Idade Ml/24 hs 1 a 2 dias 30 a 60 3 a 10 dias 100 a 200 10 dias a 2 meses 250 a 400 2 meses a 1 ano 400 a 600 1 ano a 3 anos 500 a 600 3 anos a 5 anos 600 a 750 5 anos a 8 anos 600 a 800 8 anos a 14 anos 800 a 1200 Adultos 1000 a 2000 Aspectos da urina: Deve ser cristalina e translúcida. Amarelo claro ou incolor: devido a ingestão excessiva de água, diabetes ou insuficiência renal. Amarelo escuro ou castanho: devido a pouca ingesta de água ou estados oligúricos. Aspectos da urina: Avermelhada: ingestão de alimentos ou medicamentos, presença de sangue ou hemoglobina. Alaranjada: ingestão de alimentos ou medicamentos. Escura: presença de sangue ou hemoglobina. Turva: sem o aspecto límpido, ocorrendo quando há precipitação de cristais ou alguma infecção. Condições que causam alterações na eliminação urinária: 1- Condições pré-renais: desidratação, hemorragias, queimaduras e choque. 2- Condições renais: agentes nefrotóxicos, doenças do glomérulo (glomerulonefrite), neoplasias renais, doenças sistêmicas (diabetes mellitus), doenças genéticas (rim policístico) ou infecções. Condições que causam alterações na eliminação urinária: 3- Condições pós- renais: Obstrução ureteral, vesical ou uretral devido a cálculos, coágulos sanguíneos, tumores, hipertrofia prostática, bexiga neurogênica ou tumores pélvicos. Bexiga neurogênica: Refere-se à disfunção da bexiga urinária devido a doença do sistema nervoso central ou nervos periféricos envolvidos no controle da micção. A bexiga neurogênica pode ser hipoativa (incapaz de se contrair, não esvaziando adequadamente) ou hiperativa (esvaziando por reflexos incontroláveis). Sintomas comuns de alterações urinárias Urgência: necessidade súbita de urinar podendo ocorrer o esvaziamento involuntário da bexiga. Sintomas comuns de alterações urinárias: Urina residual: Volume de urina remanescente após a micção (100ml aproximadamente. Sintomas comuns de alterações urinárias Polaciúria: micção várias vezes, em curto Intervalo de tempo e em pequena quantidade. Poliúria: micção com grande quantidade de urina acima de 1800 ml/dia. Retenção: Incapacidade para esvaziar voluntariamente a bexiga. Sintomas comuns de alterações urinárias: Incontinência: Incapacidade de reter a urina, que é eliminada sem controle. Nictúria: necessidade de urinar durante a noite. Oligúria: débito urinário diminuído, inferior a 400ml/24hs. Piúria: urina de aspecto turvo, com sedimentos e pús. Sintomas comuns de alterações urinárias Anúria: Débito urinário inferior a 50 ml/24hs Disúria: Micção dolorosa ou difícil. Enurese: perda involuntária de urina durante o sono, considerado fisiológica até os três anos de idade. Hesitação: Dificuldade para iniciar a micção. Hematúria: Urina avermelhada com a presença de sangue. Investigar queixa de: Edema Queixa de “ardência” ao urinar Investigar na entrevista: Dificuldade para urinar Dor ao urinar Exame genital feminino: Posição para o exame genital feminino Importante lembrar: Respeitar a privacidade do paciente. Evitar a exposição do corpo desnecessária. Evitar toques demorados ou em áreas erógenas. Manter a postura gentil e profissional. Antes da inspeção, pedir a permissão do paciente e respeitar a sua decisão. Importante lembrar: - O ambiente deve ser limpo, calmo e com iluminação adequada. - Investigar durante a entrevista a presença de prurido, ardor, corrimento genital, sangramento, presença de lesões (papulosas, verrucosas, ulceradas) e alterações na coloração e sensibilidade da pele. Exame genital geral: - Observar os pêlos quanto a distribuição, presença de pontos de inflamação, esfoliações ou ectoparasitas. - Observar a presença de lesão, sua característica, distribuição e localização. Investigar tempo e a evolução da lesão. - Usar luvas de procedimento durante todo o exame. Atenção! Respeite a privacidade! Evite constrangimentos! Aparelho genital feminino: Técnicas propedêuticas utilizadas: Inspeção da genitália externa: Inspecionar o púbis, observando a presença de lesões, pruridos ou parasitas. Grandes e pequenos lábios: observar a simetria, coloração, integridade da pele, presença de secreção. Clitóris: observar o tamanho e a forma. Inspeção da genitália feminina Prolapso de útero: deslocamento do útero para o canal vaginal provocado pelo enfraquecimento da musculatura de sustentação, que pode piorar com a tosse ou esforço físico. Pode apresentar-se aliado a uma incontinência urinária. Estágios (ou graus) do prolapso uterino: 1º grau: o colo do útero desloca-se até a entrada do intróito vaginal. 2º grau: O colo e metade do corpo uterino exteriorizam-se pelo intróito vaginal. 3º grau: O útero desloca-se pelo intróito vaginal exteriorizando-se completamente. Períneo: observar a presença de lacerações, cicatrizes ou (rupturas) Ruptura de 1º grau: laceração cutânea da fúrcula vulvar. Ruptura de 2º grau: laceração atingindo o centro do períneo. Ruptura de 3º grau: laceração que atinge o esfíncter externo do ânus. Ruptura de 4º grau: rotura também do esfíncter externo do ânus. Inspeção da genitália feminina: Investigar e anotar: Amenorréia: ausência do fluxo menstrual. Dismenorréia: dor menstrual Leucoplaquia: lesão cutânea hipertrófica, com pele espessa, dura, de coloração esbranquiçada. Exame da genitália feminina: Leucorréia: secreção vaginal esbranquiçada e normal. Menarca: a primeira menstruação. Menopausa: Última menstruação podendo ocorrer na faixa de 40 a 60 anos de idade. Metrorragia: Perda sanguínea fora do ciclo menstrual. Prolapsos: Uterino Vaginal Vulva: Lesão vesicular Secreção esbranquiçada Vulva: Lesões ulcerosas Períneo: Lesão verrucosa aglomerada Lesão ulcerosa Lesão vulvar: Atenção: Respeite a privacidade! Evite constrangimentos! Genital masculino: Exame genital masculino: Inspeção do pênis: Glande: observar a presença de lesão, inflamação, secreção, localização do meato urinário. Prepúcio: se estiver presente, observar a presença de esmegma, fimose ou parafimose. Exame genital masculino Bolsa escrotal: Observar: simetria, presença e tamanho dos testículos, lesão, edema, rubor, vascularização, cicatrizes. Investigar dor. Glossário: Criptorquia: ausência de um ou dos dois testículos na bolsa escrotal. Epispádia: localização do meato urinário na região dorsal da glande. Hipospádia: localização do meato urinário na face inferior (ventral) da glande. Glossário: Fimose: redução do diâmetro prepucial impossibilitando a exteriorização da glande. Hidrocele: acúmulo excessivo de líquido na túnica do testículo. Orquialgia: dor nos testículos. Orquiocele: hérnia escrotal. Glossário; Parafimose: edema e inflamação impedem o prepúcio de recobrir a glande. Priapismo: ereção persistente, não controlada, dolorosa. Varicocele: dilatação anormal do plexo venoso escrotal. Lesões: Vesicular verrucosa Lesões genitais masculinas: Lesões vesiculares Prepúcio: Fimose: Bolsa escrotal: Orquiocele Varicocele Meato urinário: Hipospadia Epispadia Bolsa escrotal: Hidrocele Hidrocele crônica Lesão verrucosa aglomeradas Lesão ulcerosa Pênis Glande