tro m a n e i r a s diferentes, e o b t e r e m o s as quatro figuras de de M o r g a n : II xRv yRz xRz xRy zRy xRz IV III yRx yRz xRz yRx xRz A distinção q u a n t o à o r d e m dos t e r m o s é contudo muito m e n o s i m p o r t a n t e do que a distinção q u a n t o à natureza d a s relações. N a v e r d a d e p o d e m o s reduzir as figuras de de M o r g a n u m a s às outras substituindo simp l e s m e n t e u m a relação pela sua conversa ( P a u l o é filho de J o s é , é a r e l a ç ã o conversa de José é pai de P a u l o ) ; o r a esta redução é impossível quási s e m p r e ( i ) n o q u e respeita ao q u a d r o estabelecido s e g u n d o a natureza d a s r e l a ç õ e s . C o n v é m n o t a r que toda a silogística clássica está contida no i.° e s q u e m a e é até s o m e n t e u m seu caso e s p e c i a l : R só pode d e s i g n a r a p r e d i c a ç ã o , e x , y , z estão cons e q u e n t e m e n t e limitados a designar indivíd u o s , espécies e g é n e r o s . N o i.° e s q u e m a está incluída u m a d a s formas de silogismo da lógica m a t e m á t i c a ( a ^ > b , b ^ > c , logo a > > c ) e no 2 . e s q u e m a a outra f o r m a : x s a , a > b , logo x e b . A l é m da silogística aristotélica o i.° e s q u e m a a b r a n g e o denom i n a d o silogismo hipotético (2) : p —> q. q - > r : —•: p—*• r (—• indica a implicação), e o raciocínio d a substituição : a = b . b = c : —>-:a = c. N e n h u m dos outros três esquem a s foi considerado pela lógica tradicional. P o r outro lado deve observar-se q u e de M o r g a n n ã o conseguia a* m á x i m a simplicid a d e n a resolução do p r o b l e m a p o r q u e n a d a quiz s u p o r quanto à natureza das r e l a ç õ e s . De facto a sua teoria baseia-se no seguinte : se X está na r e l a ç ã o L com Y , e Y {ia relação M c o m Z , conclui-se que X está na r e l a ç ã o c o m p o s t a L M com Z ; em seguida 0 ( 1 ) T a l redução só se dará nos seguintes casos m u i t o especiais: para o 2. esquema, se R' fôr a conversa de R, substituindo-a cairemos no i.° e s q u e m a ; p a r a o i.° esquema, se R fôr a conversa de R , p a s s a m o s ao 2. e s q u e m a ; q u a n t o ao 4. esquema, se R' fòr a conversa de R, caímos no i.° e s q u e m a ; q u a n t o ao 3.° esquema, se R' fòr a conversa de R, o b t e n d o o 4. esquema. Estes casos r a r a m e n t e se encontram. (2) E ' b o m n ã o o confundir c o m o silogismo hipotético-categórico: p - » q - p :-*•: q e p -*• q. q:-:p. 0 0 0 c o n s i d e r a m se as várias c o m b i n a ç õ e s possíveis, fazendo variar a q u a l i d a d e dos juizos (afirmativos e negativos) e intervir a relação conversa e a r e l a ç ã o contrária. O r a o caso m a i s simples é aquele e m q u e a conclusão é t a m b é m u m a relação s i m p l e s ; se a conclu são e n c e r r a u m a relação c o m p o s t a p o d e m o s inclui-la no 3.° e s q u e m a . Do e x a m e dos e x e m p l o s a p r e s e n t a d o s p a r a ilustrar cada um d o s e s q u e m a s resalta q u e a possibilidade da conclusão d e p e n d e de u m a definição implícita ou de um postulado implícito. N o e x e m p l o do 3 . ° e s q u e m a ' p r e s s u p o m o s que o i r m ã o do pai é o t i o ; no penúltimo e x e m p l o do 4 . e s q u e m a tacit a m e n t e a d m i t i m o s que duas rectas p e r p e n diculares a u m a terceira são p a r a l e l a s e n t r e si. D e m o d o g e r a l , p o d e m o s e s c r e v e r simbolicamente : ( 3 ) . 0 (xRy . y R ' z : : x R ' z ) (a R b) ( b R ' c ) . \ r*/.aR"c N ã o d e v e m o s p e n s a r q u e se reduziu o raciocínio de relação à afirmação s i m u l t â n e a e à implicação. Na r e a l i d a d e , se r e p a r a r m o s b e m , a primeira d a s p r e m i s s a s c o n t é m ja toda a cadeia do raciocínio tal como a indic á v a m o s ao formular cada u m d o s esquem a s ; o que se m o s t r a agora é a p a s s a g e m da i n d e t e r m i n a ç ã o relativa à d e t e r m i n a ç ã o do caso singular. Q u e r e d i z e r : cada r e l a ç ã o circunscreve, e m virtude da sua n a t u r e z a , u m c a m p o de aplicação (o conjunto de termos que pode relacionar constituindo enunciados com s e n t i d o ) ; trata-se de u m a indet e r m i n a ç ã o relativa pois deixa i n d e t e r m i n a dos dentro de certos limites os t e r m o s a r e l a c i o n a r ; no raciocínio há pouco simbolizado e s c o l h e m o s , selecionámos p r e c i s a m e n t e os t e r m o s . As variáveis são substituídas por seus valores, da função proposicional passa-se a u m a d a s proposições e m q u e é v e r d a d e i r a . Mais c o n c i s a m e n t e ; r e p r e s e n tando p o r p , q, r proposições p r i m á r i a s (não compostas de outras proposições) c o n t e n d o variáveis, e p o r p i , q i , ri as proposições obtidas substituindo as variáveis respectivam e n t e por valores d e t e r m i n a d o s , t e r e m o s : 0 (CONCLUI NA (p.q:->:r) p .q 4 4 n (3) a, b , c representam valores d e t e r m i n a d o s das variáveis x, y, z. PAGINA 24)