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Polícia - [email protected]
O Estado do Maranhão - São Luís, 13 de agosto de 2010 - sexta-feira
PF prende fraudadores do
INSS no Maranhão e Piauí
Biné Morais
Dez dos 12 integrantes de uma quadrilha que agia em Barra do Corda (MA) e Teresina (PI) foram
presos ontem e autuados em flagrante; rombo, segundo a Polícia Federal, já ultrapassa R$ 1 milhão
U
ma operação desenvolvida ontem pela Polícia Federal (PF), pelo Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal, nas cidades de Barra do Corda, no Maranhão, e Teresina, no Piauí, resultou no desmantelamento de
uma quadrilha formada por 12
pessoas, fraudadoras do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Nove pessoas foram
presas no município maranhense, entre elas dois policiais civis,
e uma na capital piauiense. Dois
acusados conseguiram fugir, um
deles também é policial civil. Segundo apurou a PF, o rombo aos
cofres públicos feito pelo bando
já ultrapassa R$ 1 milhão.
A Operação Disfarce – batizada assim em alusão ao uso de
“laranjas” pela quadrilha – teve
a finalidade de dar cumprimento a 25 mandados judiciais, sendo quatro de prisão preventiva
e oito de temporária. Além destes, houve também o cumprimento de 13 ordens de busca e
apreensão, expedidas pela 2ª Vara Federal de São Luís, a pedido
da Polícia Federal, nas cidades
de Barra do Corda e Teresina.
Segundo a PF, as investigações começaram em 2009,
quando foi possível detectar a
participação de agenciadores e
corretores de crédito, que agiam
principalmente na região de
Barra do Corda. No esquema,
havia ainda participação efetiva
de funcionários de bancos públicos e privados, que manipulavam dados de aposentados ou
pensionistas já mortos para receber os benefícios.
Saque - Para o trabalho de ontem, foram deslocados 80 policiais federais do Maranhão e do
Piauí, além de técnicos do Ministério da Previdência Social.
Ainda conforme a PF, o desvio
era proveniente de saques irre-
Fotos/Biné Morais
Mais
Esta foi a 31ª operação realizada
pela Força-Tarefa Previdenciária,
somente este ano, em todo o
país. No Maranhão, é a 11ª ação
conjunta, realizada desde 2006,
período em que foram avaliados
prejuízos de mais de R$ 12 milhões aos cofres públicos.
gulares de aposentadorias e pensões e da obtenção de empréstimos consignados. Todos foram
indiciados pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha,
inserção de dados falsos no sistema da administração pública,
corrupção ativa e quebra de sigilo bancário.
A quadrilha era formada por
Adriana Brasil da Silva, Ana Carolina Souza, Cláudio Richardson Bandeira da Silva (policial civil), Deodoro Rudakoff (policial
civil foragido), Francisco Gomes
Sobrinho Filho, o Projeto, Jerônimo Moreira Maciel, José Rubem de Souza (mototaxista foragido), Luis Edmundo Lisboa
Guimarães (policial civil), Maria
Aparecida Silva de Lima, a Cida,
Sandro Araújo de Souza, Valberto Barbosa da Silva, o Roberto, e
um homem identificado apenas
como Zeca.
Se houver condenação, as
penas podem somar até 34 anos
de prisão para cada um. “O golpe funcionava da seguinte forma: os estelionatários compravam os cartões das famílias dos
beneficiários, depois que o benefício era sacado. Eles, então,
revalidavam esses cartões, com
a ajuda dos outros integrantes
da quadrilha, que exerciam forte influência nas instituições
bancárias”, detalhou o delegado da Polícia Federal, que comandou a operação, Sandro Ângelo Brito Azevedo.
Divulgação
Wanderson Silva, preso ontem
Homem
é preso por
assalto a
uma livraria
Cartões e documentos de aposentados e pensionistas apreendidos com os fraudadores presos ontem
Delagados da PF, ao lado do secretário Aluísio Mendes (d), explicam a ação desencadeada ontem
Foi preso na tarde de ontem, na
Rua dos Prazeres, centro de São
Luís, Wanderson Silva Oliveira,
28 anos, morador da Rua da Vala, no bairro Liberdade. Segundo a polícia, ele é acusado de
ter estuprado, há uma semana,
uma mulher de 27 anos, dentro de uma livraria, no mesmo
endereço. Ontem, ele retornou
ao local para assaltar o pai da
vítima, que é dono do estabelecimento.
“O proprietário da livraria
reagiu e, com a ajuda de um
amigo, conseguiu imobilizar o
assaltante, que estava armado
de duas facas. A Polícia Militar
foi acionada e o acusado – que
já estava sendo procurado pela
prática do estupro -, foi conduzido à delegacia”, explicou o delegado Joviano Furtado, titular
do 1º Distrito Policial (Rua da
Palma, no Centro).
Wanderson Silva Oliveira foi
autuado em flagrante por roubo e encaminhado ao Centro de
Triagem de Pedrinhas, onde ficará à disposição da Justiça. Ainda de acordo com a polícia, ele
também responderá pelo crime
de estupro, por meio de portarias, já que ao longo de oito dias
ele foi caçado e teve até um retrato falado divulgado.
Divulgação
Polícia reconstitui morte de
Matozão para definir autoria
Tobias Pereira, que está preso como principal suspeito da execução do detento,
foi levado ao local para explicar aos peritos do Icrim como ocorreu o crime
Divulgação
Pedras de crack apreendidas ontem pela Polícia Militar em Bacabal
Traficantes são
flagrados com
pedras de crack
Mais de 600 pedras da droga prontas para
a venda estavam em poder de um casal
residente no bairro Trizidela, em Bacabal
BACABAL - Um casal acusado
de guardar 605 pedras de crack
foi preso ontem na cidade de Bacabal por policiais do 15º Batalhão da Polícia Militar (BPM).
Raimundo Mendes de Oliveira,
o Raimundinho, de 46 anos, e
Luíza Pereira, de 53 anos, foram
detidos no bairro Trizidela, na
porta da casa da mulher, por
uma guarnição da PM que fazia
a ronda rotineira. Formada pelo tenente Araújo e os soldados
Castro, Edmilson e Carlos César
(todos da Força Tática), a equipe percebeu que Raimundinho
tentou fugir ao avistar a viatura.
Ele foi preso com uma pistola e
dois revólveres.
“Logo após a prisão, ele confessou que tinha uma certa
quantidade de droga em sua casa. Lá, encontramos as pedras
de crack em uma sacola plásti-
ca, dentro de um guarda-roupa.
Com a constatação do delito, decidimos conduzir o casal para a
delegacia, onde foi autuado”, disse o tenente Araújo.
Os policiais apresentaram também, na delegacia, uma pistola calibre 380, com um carregador e
cinco balas intactas; dois revólveres calibre 38, cano médio, um celular; uma bolsa tipo porta-cédula, com R$ 65,00; e três cachimbos
para uso com entorpecente.
“Os traficantes da área impõem o terror, deixando a população com medo de denunciálos. Em alguns casos, os moradores até protegem essas pessoas que vivem à margem da sociedade, o que dificulta o nosso
serviço”, finalizou o tenente
Araújo, que deve intensificar as
ações no combate ao tráfico de
droga em Bacabal.
Peritos do Instituto de Criminalística (Icrim) fizeram ontem, a
pedido da Delegacia de Homicídios, a reconstituição do assassinato do traficante e presidiário
Marco Aurélio Pacheco Silva, o
Matozão, de 36 anos, ocorrido no
dia 21 de julho. Os trabalhos foram realizados na quitinete onde a vítima morava, na Rua Marly
Sarney, bairro Ivar Saldanha. Na
cena do crime, estava o principal
suspeito, Tobias Pereira Oliveira,
de 28 anos, morador do bairro Vila Embratel, que já confessou a
autoria da execução.
“A reprodução do crime visa
colaborar com a polícia diante das
versões já apresentadas por testemunhas e pelo suspeito. Neste caso, servirá para reforçar o depoimento de Tobias Oliveira, já que a
confissão, por si só, não é suficiente para que a polícia comprove a
autoria do crime. Os peritos vão
elaborar o laudo que será confrontado com os depoimentos do suspeito”, explicou o delegado Paulo
Márcio Tavares, que preside o inquérito sobre o caso.
Execução - Matozão foi executado na frente da mulher e da filha
de 1 ano e 5 meses, por dois homens que bateram à porta, se
identificando como “policiais”. A
vítima cumpria regime semiaberto, e passou a ser ameaçada
de morte após denunciar o tráfico de celulares, armas e drogas,
além de torturas e mortes, dentro
da penitenciária de Pedrinhas.
Segundo ele, esses crimes seriam comandados pelo ex-secretário adjunto de Administração
Penitenciária Carlos James, que
foi exonerado do cargo por conta
das investigações. A partir daí, ini-
Edmilsom Saltos: assassinado
Detento é
estrangulado
por colega
no Cadeião
Mais um detento foi assassinado ontem, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Dessa
vez, a vítima foi identificada como Edmilson Santos Silva Junior, de 24 anos. Segundo informações do presídio, ele estava
na Cela 3, do Centro de Detenção Provisória (CDP), quando
foi estrangulado por outro preso, ainda não identificado.
Bisteca, como a vítima era conhecida no submundo do crime, havia chegado ao Cadeião
no dia 2 deste mês.
Rápida
Tobias explica aos policiais como chegou à quitinete de Matozão
ciou-se uma série de especulações sobre quem poderia ter “encomendado” a morte de Matozão, pois ele colecionava inimigos
no submundo do tráfico, por “ajudar” a polícia a estourar bocas-defumo na capital e, ao mesmo tempo, denunciar os policiais.
O advogado Luis Antônio Pedrosa, da Sociedade Maranhense
dos Direitos Humanos (SMDHC),
acompanhou os trabalhos da perícia na reconstituição, e pediu ri-
gor nas investigações. “Existem
muitas perguntas que ainda precisam ser respondidas. A principal delas é: quem tinha interesse
na morte de Matozão?. A vítima
denunciou uma suposta organização criminosa e isso não pode
ser levado apenas ao fato de ele ter
sido integrante do submundo do
crime. A ligação de autoridades
coniventes com essa prática também precisa ser estudada com
bastante cautela”, disse ele.
Julgamento
BACABAL - O Tribunal do Júri
Popular condenou a 18 anos de
reclusão, com direito a redução
de um ano, os réus Antônio
Alves de Araújo, o Antônio do
Arroz, e João Batista Alves da
Silva, o Batista, pelo assassinato
do eletricista Francisco Heldo
Mota da Silva, de 42 anos, que
foi morto a tiros no dia 24 de
novembro do ano de 2008,
na Vila Jurandir Lago.
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