ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA 1º Trimestre -1º ano DISCIPLINA: LITERATURA Observações: 1- Antes de responder às atividades, releia o material entregue sobre Sugestão de Como Estudar. 2 - Os exercícios devem ser resolvidos em folha timbrada e entregues no dia da Prova de Recuperação. CONTEÚDO: Texto Literário e não Literário; Gêneros Literários: Épico, Lírico e Dramático; Ritmo da Poesia: rimas, versibilibrismo e sílabas poética; O que são Escolas Literárias – o que são; Características das cantigas de amigo, amor Livro: Memórias de um Sargento de Milícias EXERCÍCIOS: TEXTO I Soneto do amigo Enfim, depois de tanto erro passado Tantas retaliações, tanto perigo Eis que ressurge noutro o velho amigo Nunca perdido, sempre reencontrado. É bom sentá-lo novamente ao lado Com olhos que contêm o olhar antigo Sempre comigo um pouco atribulado E como sempre singular comigo. Um bicho igual a mim, simples e humano Sabendo se mover e comover E a disfarçar com o meu próprio engano. O amigo: um ser que a vida não explica Que só se vai ao ver outro nascer E o espelho de minha alma multiplica... Vinicius de Moraes 01. Após a leitura do texto acima responda: a) Qual o nome que da estrutura do poema acima? b) Como se apresentam as rimas da primeira estrofe? Qual o nome que recebe esta organização? c) Escreva qual a principal temática do poema e justifique sua resposta. d) Transcreva os dois primeiros versos e depois realize a escansão para encontrar o numero de silabas poéticas. e) Por que podemos afirmar que no poema acima não existem versos nem livres ou brancos, nem assimétricos? TEXTO II (Dom Dinis) Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo! E ai Deus, se verrá cedo! Ondas do mar levado, se vistes meu amado! E ai Deus, se verrá cedo! Se vistes meu amigo, o por que eu sospiro! E ai Deus, se verrá cedo! Se vistes meu amado, por que hei gran cuidado! E ai Deus, se verrá cedo! se verrá cedo: se virá logo por que hei gran cuidado: por quem tenho grande preocupação. Texto II Esse cara - Caetano Veloso Ah! Esse cara Tem me consumido A mim e a tudo que quis Com seus olhinhos infantis Como os olhos de um bandido Ele está na minha vida Porque quer Eu estou pro que der e vier Ele chega ao anoitecer Quando vem a madrugada Ele some Ele é quem quer Ele é o homem Eu sou apenas uma mulher 02. Compare os dois textos. Escreva duas características (formais ou temáticas) que ambos apresentam em comum. 03. Classifique o texto II. Justifique sua resposta com duas características. 04. A quem se dirige o eu lírico do texto II? A qual tipo de cantiga esse texto se aproxima? Justifique 05. Considerando o período histórico da época, qual o motivo da preocupação do eu lírico? 06. Elabore uma tabela e caracterize as cantigas de amor e de amigo, apresentando quais são suas diferenças. 07. Escreva com suas palavras, um pequeno parágrafo dissertativo explicando o que são Escolas Literárias e qual relação elas têm com a tríade: CONTEXTO HISTÓRIA –AUTOR- OBRA. 08. (UTFPR) Em relação à obra Memórias de um Sargento de Milícias, marque a alternativa correta; a) o tempo dos acontecimentos que envolvem Leonardo Pataca e seu filho, Leonardo, é o mesmo em que o narrador escreve no romance. b) a linguagem do romance é bem romântica, idealizando muito e sempre os fatos que se revelam sob um prisma enaltecedor. c) a instituição familiar, especialmente, a família composta por Leonardo Pataca, Maria e o herói da narrativa é sobretudo burguesa, ordeira e sólida. d) a igreja, sobretudo a Católica, passa por um processo de idealização, emergindo como instituição inabalável, piedosa e principalmente voltada para a vida espiritual. e) o cotidiano fluminense, simultaneamente devoto e profano, revela-se a partir de uma linguagem prosaica em que as festas religiosas são pintadas em parte como folias carnavalescas. Texto para questão 2. Os leitores estarão lembrados do que o compadre dissera quando estava a fazer castelos no ar a respeito do afilhado, e pensando em dar-lhe o mesmo ofício que exercia, isto é, daquele arranjei-me, cuja explicação prometemos dar. Vamos agora cumprir a promessa. Se alguém perguntasse ao compadre por seus pais, por seus parentes, por seu nascimento, nada saberia responder, porque nada sabia a respeito. Tudo de que se recordava de sua história reduzia-se a bem pouco. Quando chegara à idade de dar acordo da vida achou-se em casa de um barbeiro que dele cuidava, porém que nunca lhe disse se era ou não seu pai ou seu parente, nem tampouco o motivo por que tratava da sua pessoa. Também nunca isso lhe dera cuidado, nem lhe veio a curiosidade de indagá-lo. Esse homem ensinara-lhe o ofício, e por inaudito milagre também a ler e a escrever. Enquanto foi aprendiz passou em casa do seu... mestre, em falta de outro nome, uma vida que por um lado se parecia com a do fâmulo*, por outro com a do filho, por outro com a do agregado, e que afinal não era senão vida de enjeitado, que o leitor sem dúvida já adivinhou que ele o era. A troco disso dava-lhe o mestre sustento e morada, e pagava-se do que por ele tinha já feito. (*) fâmulo: empregado, criado (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias) 09. (Fuvest 2003 - adaptada) Neste excerto, mostra-se que o compadre provinha de uma situação de família irregular e ambígua. No contexto do livro, as situações desse tipo: a) caracterizam os costumes dos brasileiros, por oposição aos dos imigrantes portugueses. b) são apresentadas como consequência da intensa mestiçagem racial, própria da colonização. c) contrastam com os rígidos padrões morais dominantes no Rio de Janeiro oitocentista. d) ocorrem com frequência no grupo social mais amplamente representado. e) começam a ser corrigidas pela doutrina e pelos exemplos do clero católico. 10. (FUVEST 2009) Leia o trecho de abertura de Memórias de um sargento de milícias e responda ao que se pede. Era no tempo do rei. Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo — O canto dos meirinhos —; e bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; esses eram gente temível e temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda era entre nós um elemento de vida: o extremo oposto eram os desembargadores. (Manuel Antônio de Almeida. Memórias de um sargento de milícias) No trecho aqui reproduzido, o narrador compara duas épocas diferentes: o seu próprio tempo e o tempo do rei. Esse procedimento é raro ou frequente no livro? Com que objetivos o narrador o adota?