UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE ENERGIA NUCLEAR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIAS ENERGÉTICAS E
NUCLEARES (PROTEN)
EFEITO DA TEMPERATURA NA GERAÇÃO DE ENERGIA
DE MÓDULOS FOTOVOLTAICOS SUBMETIDOS A
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DISTINTAS. ESTUDO DE CASO
PARA AS LOCALIDADES DE RECIFE E ARARIPINA
RICARDO ESBERARD DE ALBUQUERQUE BELTRÃO
RECIFE – PERNAMBUCO – BRASIL
MARÇO – 2008
EFEITO DA TEMPERATURA NA GERAÇÃO DE ENERGIA
DE MÓDULOS FOTOVOLTAICOS SUBMETIDOS A
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DISTINTAS.
ESTUDO DE CASO PARA AS LOCALIDADES DE RECIFE E
ARARIPINA
RICARDO ESBERARD DE ALBUQUERQUE BELTRÃO
EFEITO DA TEMPERATURA NA GERAÇÃO DE ENERGIA DE
MÓDULOS FOTOVOLTAICOS SUBMETIDOS A CONDIÇÕES
CLIMÁTICAS DISTINTAS. ESTUDO DE CASO PARA AS LOCALIDADES
DE RECIFE E ARARIPINA
Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação
em Tecnologias Energéticas e Nucleares - PROTEN do
Departamento de Energia Nuclear da Universidade
Federal de Pernambuco, para obtenção do título de
Mestre em Ciências.
Área de concentração: Fontes renováveis de energia.
ORIENTADOR: Prof. Dr. Chigueru Tiba
RECIFE
2008
B453e
Beltrão, Ricardo Esberard de Albuquerque.
Efeito da temperatura na geração de energia de módulos fotovoltaicos
submetidos a condições climáticas distintas. Estudo de caso para as
localidades de Recife e Araripina / Ricardo Esberard de A. Beltrão. - Recife:
O Autor, 2008.
xvi, 78 folhas, il : figs., tabs.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CTG.
Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Energéticas e Nucleares,
2008.
Inclui Bibliografia e Apêndice.
1. Energia Nuclear. 2. Temperatura do Módulo FV. 3. Módulo
Fotovoltaicos. I. Título.
UFPE
621.042
CDD (22. ed.)
BCTG/2008-078
EFEITO DA TEMPERATURA NA GERAÇÃO DE ENERGIA DE MÓDULOS
FOTOVOLTAICOS SUBMETIDOS A CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DISTINTAS.
ESTUDO DE CASO PARA AS LOCALIDADES DE RECIFE E ARARIPINA
Autor: Ricardo Esberard de Albuquerque Beltrão
Orientador: Prof. Dr. Chigueru Tiba
RESUMO
Conhecer com maior profundidade o efeito da temperatura na energia gerada por
módulos fotovoltaicos submetidos a condições climáticas variadas é o foco deste trabalho.
Com este objetivo, foram estudados diversos modelos propostos na literatura e definido o
modelo de cinco parâmetros como o mais apropriado para a caracterização das células
fotovoltaicas. Estabelecida a base conceitual, foi desenvolvida uma ferramenta de engenharia,
de fácil utilização, que permite a partir dos dados climáticos medidos em campo, ou
simulados, conhecer o comportamento do módulo, obtendo inclusive a energia final produzida
em um dado intervalo de tempo.
A ferramenta foi aplicada inicialmente para traçar a curva característica de um módulo
da tecnologia silício monocristalino. A comparação entre as curvas traçadas com as curvas
fornecidas pelos fabricantes consolidou o modelo e a metodologia adotados.
A seguir, foi avaliado o desempenho de um módulo fotovoltaico fabricado com a
tecnologia de silício monocristalino caso fosse instalado em Recife e Araripina, representando
respectivamente a região litorânea e o Sertão de Pernambuco. Os resultados obtidos
confirmaram a expectativa gerada a partir de estudos anteriores, e permitiram identificar que a
opção de instalar o módulo em Araripina ao invés de Recife implica no aumento do
desempenho em 10%, devido às condições climáticas locais distintas, o que é bastante
significativo na geração de energia de sistemas de grande porte.
Finalmente, foram feitas simulações para módulos das tecnologias de silício
policristalino, silício amorfo e células de películas finas. A consistência dos resultados
confirmou o uso da ferramenta de engenharia para estas tecnologias, e permitiu avaliar o
efeito da temperatura no desempenho dos módulos.
Palavras-chave: Temperatura do modulo FV, efeito da temperatura no módulo FV,
desempenho do módulo FV.
EFFECT OF TEMPERATURE ON POWER GENERATION OF PHOTOVOLTAIC
MODULES SUBMITTED TO DISTINCT CLIMATIC CONDITIONS.
A STUDY CASE FOR LOCALITIES IN RECIFE AND ARARIPINA
Author: Ricardo Esberard de Albuquerque Beltrão
Adviser: Prof. Dr. Chigueru Tiba
ABSTRACT
Understanding in greater depth the effect of temperature on the performance of
photovoltaic modules submitted to varied climatic conditions is the purpose of this work.
With this objective, diverse models proposed in literature were studied and the five parameter
model was defined as the most appropriate for characterization of photovoltaic cells. The
conceptual base being established, an easy use tool was developed, which permitted
understanding the behavior of the module from the climatic data, simulated or collected in the
field, and also obtention of the final energy provided in a given interval of time.
The tool was initially applied for tracing the characteristic curve of a monocrystalline
silicon technological module. The comparison between the traced curves with the curves
supplied by the makers, consolidated the model and the methodology adopted.
Next, the performance of a photovoltaic module fabricated by monocrystalline silicon
technology was evaluated, if by chance it were to be installed in Recife and Araripina, to
represent the coastal region and the Brazilian Sertão of Pernambuco, respectively. The results
obtained confirmed the expectation generated from previous studies, and identified that the
option to install the module in Araripina instead of Recife, implied an increase in performance
of 10%, due to distinct local climatic conditions, that are very significant for large scale
energy generating systems.
Finally, simulations were carried out for polycrystalline silicon, amorphous silicon and
fine film cell technological modules. The consistency of the results confirmed the use of the
engineering tool for these technologies, and permitted the evaluation of temperature effect on
the performance of the modules.
Keywords: PV module temperature, temperature effect on PV module, PV module
performance.
Aos meus pais João e Maria, à minha esposa Germana e filha Joana.
Dedico.
AGRADECIMENTOS
Ao Professor Chigueru Tiba por todas as contribuições, dedicação e estímulo às pesquisas.
Aos professores Naum Fraidenraich, Olga Vilela, Celso Antonino e José Bione pelas
importantes contribuições.
A todos os familiares e amigos pelas palavras e atos de apoio.
Aos meus colegas e amigos de pós-graduação pelo incentivo e ajuda: Adalberto, Carlos, Tito,
Bráulio e Milton.
A todos os componentes do grupo FAE que possibilitaram a conclusão do trabalho.
Ao METROREC que permitiu a dedicação compartilhada durante o período de elaboração da
dissertação.
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1:
Corte transversal de uma célula fotovoltaica (MINEIRO, 2004). ...................... 30
Figura 2:
Fotocélula ideal................................................................................................ 33
Figura 3:
Efeito da resistência série na curva característica da célula (adaptado de
Honsberg e Bowden, 1999). ............................................................................. 35
Figura 4:
Efeito da resistência paralela na curva característica da célula (adaptado de
Honsberg e Bowden, 1999). ............................................................................. 36
Figura 5:
Modelo de fotocélula com resistências série e paralelo. .................................... 36
Figura 6:
Curva característica de uma célula fotovoltaica. ............................................... 38
Figura 7:
Ponto de potência máxima da célula................................................................. 40
Figura 8:
Efeito da variação da irradiância na curva característica da célula (adaptado
de Honsberg e Bowden, 1999). ........................................................................ 41
Figura 9:
Efeito da temperatura na curva característica da célula (adaptado de
Honsberg e Bowden, (1999)............................................................................. 42
Figura 10:
Diagrama de blocos para o cálculo da potência do módulo para uma dada
condição ambiental .......................................................................................... 48
Figura 11:
Efeito da resistência paralela na curva característica da célula em altas
irradiâncias (adaptado de Townsend, 1989)...................................................... 49
Figura 12:
Efeito da Resistência paralela na curva característica da célula em
irradiâncias baixas (adaptado de Townsend, 1989). .......................................... 50
Figura 13: Curvas I–V medidas Vs preditas para o módulo Siemens (adaptado de De
Soto, 2004). ..................................................................................................... 51
Figura 14: Curvas I–V medidas Vs preditas para o módulo Solarex (adaptado de De
Soto, 2004). ..................................................................................................... 51
Figura 15: Curvas I–V medidas Vs preditas para o módulo Astropower (adaptado de
De Soto, 2004). ................................................................................................ 52
Figura 16: Curvas I–V medidas Vs preditas para o módulo Unisolar (adaptado de De
Soto, 2004). ..................................................................................................... 52
Figura 17:
Pontos de interesse para o cálculo dos parâmetros de referência (adaptado
de De Soto, 2004). ........................................................................................... 53
Figura 18:
Efeito da variação do fator de idealidade na curva I-V (adaptado de De
Soto, 2004). ..................................................................................................... 57
Figura 19: Temperatura do módulo Siemens SM55 instalado em Araripina em Janeiro
de 2006. ........................................................................................................... 60
Figura 20: Temperatura do módulo Siemens SM55 instalado em Araripina em Abril de
2006................................................................................................................. 61
Figura 21:
Temperatura do módulo Siemens SM55 instalado em Araripina em Julho
de 2006. ........................................................................................................... 61
Figura 22:
Temperatura do módulo Siemens SM55 instalado em Araripina em
Outubro de 2006. ............................................................................................. 61
Figura 23: Tela de entrada do software Performance Fotovoltaica. ..................................... 63
Figura 24: Curva característica do módulo Siemens SM55 (2) traçada pelo programa
PF. ................................................................................................................... 64
Figura 25:
Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 (2) instalado em Recife –
PE no mês de Janeiro de 2006, inclinado de 23° Norte. .................................... 65
Figura 26:
Energia gerada pelo módulo Siemens SM55 para Recife/Jan/2006 usando a
irradiância horária coletada. ............................................................................. 73
Figura 27:
Energia gerada pelo módulo Siemens SM55 para Recife/Jan/2006 usando a
irradiância obtida pelo programa CÉU LIMPO. ............................................... 73
Figura 28:
Energia gerada pelo módulo Siemens SM55 para Pesqueira/Jan/2006
usando a irradiância horária coletada................................................................ 74
Figura 29:
Energia gerada pelo módulo Siemens SM55 para Pesqueira/Jan/2006
usando a irradiância obtida pelo programa CÉU LIMPO.................................. 75
Figura 30:
Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 inclinado de -23° para
Recife em Janeiro/2006 (utilizando os valores horários médio mensal). ........... 79
Figura 31:
Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 inclinado de -23° para
Recife em Janeiro/2006 (utilizando o valor horário dia a dia). .......................... 80
Figura 32:
Comparação na condição STC entre as curvas do fabricante (preta) e do
programa PF (azul). ......................................................................................... 83
Figura 34:
Comparação entre as curvas do fabricante (preta) e do programa PF (azul)
na condição operacional T= 25°C e I= 800 W/m2............................................. 84
Figura 34:
Comparação entre as curvas do fabricante (preta) e do programa PF (azul)
na condição operacional T= 40°C e I= 1000 W/m2........................................... 85
Figura 35:
Comparação entre as curvas do fabricante e do programa PF na condição
operacional T= 60°C e I= 1000 W/m2. Cor preta – fabricante. Cor azul programa PF com Eg variando com T. Cor vermelha – programa PF com
Eg fixo. ........................................................................................................... 86
Figura 36:
Velocidade do vento no mês de Janeiro de 2006 para Recife e Araripina
(dia médio mensal)........................................................................................... 88
Figura 37: Velocidade do vento no mês de Abril de 2006 para Recife e Araripina (dia
médio mensal).................................................................................................. 89
Figura 38: Velocidade do vento no mês de Julho de 2006 para Recife e Araripina (dia
médio mensal).................................................................................................. 89
Figura 39:
Velocidade do vento no mês de Outubro de 2006 para Recife e
Araripina.(dia médio mensal). .......................................................................... 90
Figura 40:
Velocidade do vento para Recife e Araripina nos meses de Janeiro, Abril,
Julho e Outubro de 2006 (valor médio mensal). ............................................... 90
Figura 41:
Curvas de temperatura ambiente para Recife e Araripina – Valores horários
médio mensal para Janeiro de 2006. ................................................................. 96
Figura 42:
Energia (%) produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em
Recife/Jan/2006 em função da temperatura do módulo..................................... 98
Figura 43:
Energia (%) produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em
Araripina/Jan/2006 em função da temperatura do módulo. ............................... 98
Figura 44:
Rendimento energético e temperatura média do módulo Siemens SM55
instalado em Araripina para os meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro de
2006................................................................................................................. 99
Figura 45:
Rendimento energético e temperatura média do módulo Siemens SM55
instalado em Recife para os meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro de
2006............................................................................................................... 100
Figura 46:
Curva característica do módulo Solarex MSX-60 traçada pelo programa
PF. ................................................................................................................. 102
Figura 47:
Curva característica do módulo Astropower APX-45 traçada pelo programa
PF. ................................................................................................................. 103
Figura 48: Curva característica do módulo Solarex MST-43LV(2) traçada pelo
programa PF. ................................................................................................. 103
Figura 49:
Energia
produzida
pelo
módulo
Siemens
SM55
instalado
em
Recife/Jan/2006 – Condições climáticas locais............................................... 157
Figura 50:
Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em
Recife/Jan/2006 – T=25°C. ........................................................................... 157
Figura 51:
Energia
produzida
pelo
módulo
Siemens
SM55
instalado
em
Recife/Abr/2006 – Condições climáticas locais.............................................. 158
Figura 52:
Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em
Recife/Abr/2006 – T=25°C. .......................................................................... 158
Figura 53:
Energia
produzida
pelo
módulo
Siemens
SM55
instalado
em
Recife/Jul/2006 – Condições climáticas locais. .............................................. 159
Figura 54:
Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em
Recife/Jul/2006 – T=25°C............................................................................. 159
Figura 55:
Energia
produzida
pelo
módulo
Siemens
SM55
instalado
em
Recife/Out/2006 – Condições climáticas locais. ............................................. 160
Figura 56:
Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em
Recife/Out/2006 – T=25°C. .......................................................................... 160
Figura 57:
Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina/
Jan/2006 – Condições climáticas locais.......................................................... 161
Figura 58:
Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina/
Jan/2006 – T=25°C. ....................................................................................... 161
Figura 59:
Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina/
Abr/2006 – Condições climáticas locais. ........................................................ 162
Figura 60:
Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina/
Abr/2006 – T=25°C. ..................................................................................... 162
Figura 61:
Energia
produzida
pelo
módulo
Siemens
SM55
instalado
em
Araripina/Jul/2006 – Condições climáticas locais........................................... 163
Figura 62:
Energia
produzida
pelo
módulo
Siemens
SM55
instalado
em
Araripina/Jul/2006 – T=25°C. ....................................................................... 163
Figura 63:
Energia
produzida
pelo
módulo
Siemens
SM55
instalado
em
Araripina/Out/2006 – Condições climáticas locais. ........................................ 164
Figura 64:
Energia
produzida
pelo
módulo
Siemens
SM55
instalado
em
Araripina/Out/2006 – T=25°C....................................................................... 164
Figura 65:
Energia produzida pelo módulo Solarex MSX-60 instalado em
Recife/Jan/2006. ............................................................................................ 166
Figura 66:
Energia produzida pelo módulo Solarex MSX-60 instalado em
Araripina/Jan/2006......................................................................................... 166
Figura 67:
Energia produzida pelo módulo Astropower APX-45 instalado em
Recife/Jan/2006. ............................................................................................ 167
Figura 68:
Energia produzida pelo módulo Astropower APX-45 instalado em
Araripina/Jan/2006......................................................................................... 167
Figura 69:
Energia produzida pelo módulo Solarex MST-43LV(2) instalado em
Recife/Jan/2006. ............................................................................................ 168
Figura 70:
Energia produzida pelo módulo Solarex MST-43LV(2) instalado em
Araripina/Jan/2006......................................................................................... 168
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1:
Perdas de geração elétrica (em relação a STC) de módulos fotovoltaicos
submetidos às condições climáticas locais........................................................ 25
Tabela 2:
Cálculo da temperatura interpolada (Spline Cubic) para Recife – PE no dia
02/01/2006....................................................................................................... 67
Tabela 3:
Valores da irradiância global horizontal e direta horizontal para Recife –
PE obtido do programa CÉU LIMPO. .............................................................. 70
Tabela 4:
Dados climáticos de Recife para o mês de Janeiro de 2006 (Dados de 03
em 03 horas – planilha parcial)......................................................................... 78
Tabela 5:
(parcial) Dados de irradiância global horária média mensal, temperatura
ambiente horária média mensal (ambas interpoladas), temperatura do
módulo horária média mensal (calculada), e potência horária média mensal
(calculada) para Recife em Janeiro/2006. ......................................................... 79
Tabela 6:
(parcial) Dados de irradiância global horária, temperatura ambiente horária
(ambas interpoladas), temperatura do módulo horária (calculada), e
potência horária para Recife em Janeiro/2006. ................................................. 80
Tabela 7:
Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina em
2006 para velocidades do vento fixas de 1 a 6 m/s............................................ 87
Tabela 8:
Valor médio mensal da velocidade do vento para Recife e Araripina nos
meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro de 2006. ........................................... 91
Tabela 9:
Energia média mensal produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em
Recife. ............................................................................................................. 92
Tabela 10: Energia média mensal produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em
Araripina.......................................................................................................... 93
Tabela 11: Valores médios mensais da irradiância, temperatura ambiente e velocidade
do vento para Recife e Araripina, nos meses de Janeiro, Abril, Julho e
Outubro de 2006. ............................................................................................. 94
Tabela 12: Comparação entre a energia produzida pelo módulo Siemens SM55
instalado em Araripina e em Recife.................................................................. 94
Tabela 13: Estratificação da energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado
em Recife no mês de Janeiro de 2006 nas faixas de temperatura de
operação do módulo. ........................................................................................ 96
Tabela 14: Estratificação da energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado
em Araripina no mês de Janeiro de 2006 nas faixas de temperatura de
operação do módulo. ........................................................................................ 97
Tabela 15: Rendimento energético do módulo Siemens SM55 nos meses de Janeiro,
Abril, Julho e Outubro de 2006 para Recife e Araripina. .................................. 99
Tabela 16: Rendimento energético do módulo Siemens SM55 operando na tensão fixa
de 13,8 Vdc nos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro de 2006 para
Recife e Araripina.......................................................................................... 101
Tabela 17: Características dos módulos fotovoltaicos das tecnologias silício
monocristalino, policristalino, amorfo e películas finas. ................................. 102
Tabela 18: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Recife.............. 104
Tabela 19: Energia produzida pelo módulo Solarex MSX-60 instalado em Recife. .......... 104
Tabela 20: Energia produzida pelo módulo Astropower APX-45 instalado em Recife. .... 105
Tabela 21: Energia produzida pelo módulo
Solarex MST-43LV(2) instalado em
Recife. ........................................................................................................... 105
Tabela 22: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina. ........ 105
Tabela 23: Energia produzida pelo módulo Solarex MSX-60 instalado em Araripina. ..... 105
Tabela 24: Energia produzida pelo módulo Astropower APX-45 instalado em
Araripina........................................................................................................ 106
Tabela 25: Energia produzida pelo módulo
Solarex MST-43LV(2) instalado em
Araripina........................................................................................................ 106
Tabela 26: Comparação entre Recife e Araripina da energia produzida pelo módulo
Siemens SM55. .............................................................................................. 106
Tabela 27: Comparação entre Recife e Araripina da energia produzida pelo módulo
Solarex MSX-60. ........................................................................................... 106
Tabela 28: Comparação entre Recife e Araripina da energia produzida pelo módulo
Astropower APX- 45. .................................................................................... 107
Tabela 29: Comparação entre Recife e Araripina da energia produzida pelo módulo
Solarex MST-43LV(2). .................................................................................. 107
Tabela 30: Rendimento energético do módulo Solarex MSX-60 nos meses de Janeiro,
Abril, Julho e Outubro de 2006 para Recife e Araripina. ................................ 107
Tabela 31: Rendimento energético do módulo Astropower APX-45 nos meses de
Janeiro, Abril, Julho e Outubro de 2006 para Recife e Araripina. ................... 108
Tabela 32: Rendimento energético do módulo Solarex MST-43LV(2) nos meses de
Janeiro, Abril, Julho e Outubro de 2006 para Recife e Araripina. ................... 108
Tabela 33: Dados climáticos Recife Janeiro/2006............................................................ 116
Tabela 34: Dados climáticos Recife Abril/2006............................................................... 121
Tabela 35: Dados climáticos Recife Julho/2006............................................................... 126
Tabela 36: Dados climáticos Recife Outubro/2006. ......................................................... 131
Tabela 37: Dados climáticos Araripina Janeiro/2006. ...................................................... 136
Tabela 38: Dados climáticos Araripina Abril/2006. ......................................................... 141
Tabela 39: Dados climáticos Araripina Julho/2006. ......................................................... 146
Tabela 40: Dados climáticos Araripina Outubro/2006. .................................................... 151
LISTA DE SIGLAS, ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
PRODEEM
Programa de Desenvolvimento Energético de Estados e Municípios.
STC
Standard Test Conditions.
ISS
Estação espacial internacional.
ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
IL
Corrente fotogerada.
ID
Corrente do diodo.
I0
Corrente de saturação reversa do diodo no escuro.
V
Tensão aplicada nos terminais do diodo.
q
Carga do elétron (1,6022x10-19 C).
m
Fator de idealidade do diodo.
k
Constante de Boltzmann (1,3806x10-23 J/K).
TC
Temperatura da célula em graus Kelvin.
RS
Resistência série da célula fotovoltaica.
RP
Resistência paralelo da célula fotovoltaica.
E-1036
Standard
Methods
of
Testing
Electrical
Performance
of
Nonconcentrator Terrestrial Photovoltaic Modules and Arrays Using
Reference Cells.
NBR
Normas Brasileiras - Módulos Fotovoltaicos.
11876/EB2176
NBR
Normas Brasileiras - Módulos fotovoltaicos -Ensaios Mecânicos e
12137/MB3478
Ambientais.
NOCT
Nominal Operation Cell Temperature .
CPTEC
Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos.
INPE
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
ISC
Corrente de curto circuito.
VOC
Tensão de circuito aberto.
PMP
Potencia Pico.
IMP
Corrente a máxima potencia.
VMP
Tensão a máxima potencia.
Eficiência da célula fotovoltaica.
Gi
Irradiância recebida pela célula ou módulo.
S
Área da superfície da célula ou módulo exposta à radiação.
FF
Fator de forma.
VOC(Gi)
Tensão de circuito aberto para uma irradiância Gi específica.
PMP(Gi)
Potência máxima para uma irradiância Gi específica.
ISC(Gi)
Corrente de curto-circuito para uma irradiância Gi específica.
FF(Gi)
Fator de forma para uma irradiância específica Gi.
rs
Resistência série normalizada da célula para a condição específica de
operação.
Vt(Gi)
Tensão térmica da célula para a determinada condição de operação.
FF0(Gi)
Fator de forma de uma célula ideal (resistência de série zero) para a
condição específica de operação.
VOC(Gi)
Tensão de circuito aberto normalizada da célula para a condição
específica de operação.
VOC(C)(Gi)
Tensão de circuito aberto da célula para a condição específica de
operação.
FF(M)
Fator de forma do módulo.
FF0
Fator de forma para uma célula ideal (Rs = 0).
VOC (M)
Tensão de circuito aberto do módulo.
ISC(M)
Corrente de curto circuito do módulo.
NS
Número de células em série no módulo.
NP(M)
Número de células em paralelo no módulo.
PMP(M)
Potência máxima do módulo.
Atlas ESRA
European Solar Radiation Atlas.
NREL
National Renewable Energy Laboratory.
SANDIA
National Nuclear Security Administration Laboratory
SUMÁRIO
Página
1
INTRODUÇÃO................................................................................................. 22
1.1
Justificativas ...................................................................................................... 22
1.2
Objetivos ........................................................................................................... 27
1.3
Descrição da Dissertação ................................................................................... 27
2
REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................... 28
2.1
Breve linha de tempo da tecnologia FV.............................................................. 28
2.2
Desenvolvimento da tecnologia fotovoltaica ...................................................... 28
2.3
Efeito fotovoltaico ............................................................................................. 29
2.4
Células fotovoltaicas.......................................................................................... 29
2.5
Módulo Fotovoltaico ......................................................................................... 31
2.6
Modelo Elétrico da Célula Fotovoltaica ............................................................. 32
2.7
Curvas características das células fotovoltaicas.................................................. 37
2.8
Efeito da intensidade da radiação solar na resposta da célula.............................. 41
2.9
Efeito da temperatura na resposta da célula........................................................ 42
2.10
Resposta do módulo em condição operacional específica................................... 42
2.10.1
Método do laboratório NREL (National Renewable Energy Laboratory) ........... 43
2.10.2
Método do laboratório SANDIA (National Nuclear Security Administration
Laboratory)........................................................................................................ 43
2.10.3
Método de Lorenzo............................................................................................ 44
2.10.4
Caracterização utilizando o método de De Soto (2004) para traçar a curva I x
V na condição operacional específica ................................................................. 45
3
MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................. 47
3.1
Metodologia ...................................................................................................... 47
3.1.1
Definição do modelo elétrico para o módulo fotovoltaico .................................. 48
3.1.2
Cálculo dos parâmetros de referência................................................................. 53
3.1.3
Cálculo dos parâmetros em uma condição operacional qualquer ........................ 56
3.1.3.1
Cálculo da corrente fotogerada IL ....................................................................... 56
3.1.3.2
Cálculo do fator de idealidade do diodo a .......................................................... 56
3.1.3.3
Cálculo da corrente reversa de saturação Io ........................................................ 57
3.1.3.4
Cálculo da resistência paralela Rsh..................................................................... 58
3.1.3.5
Cálculo da resistência série Rs ............................................................................ 59
3.1.4
Cálculo da temperatura do módulo..................................................................... 59
3.1.5
Metodologia para traçar a curva Corrente versus Tensão em condição
operacional específica........................................................................................ 62
3.1.6
Recursos do software Performance de Sistemas Fotovoltaicos (PF) ................... 62
3.1.7
Metodologia para obtenção da temperatura ambiente horária ............................. 65
3.1.8
Metodologia para obtenção da irradiância horária no plano do módulo .............. 68
3.1.8.1
Estimativa da irradiância horária horizontal ....................................................... 68
3.1.8.2
Cálculo da irradiância horária no plano do módulo ............................................ 70
3.1.8.3
Aplicação do programa CÉU LIMPO na obtenção de valores horários
médios mensais de irradiância............................................................................ 72
3.1.8.4
Comparação entre os valores de energia obtidos usando os valores horários e
horários médio mensal da temperatura ambiente e irradiância............................ 75
3.1.8.5
Metodologia para obtenção da energia produzida em condições climáticas
distintas ............................................................................................................. 81
4
RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................... 83
4.1
Comparação entre as curvas características geradas pelo software
Performance Fotovoltaica e as curvas do fabricante ........................................... 83
4.1.1
Comparação para as condições operacionais padrão (STC) ................................ 83
4.1.2
Comparação das curvas características em uma condição operacional
qualquer............................................................................................................. 84
4.2
Comparação entre os valores de energia obtida para velocidades do vento
diversas ............................................................................................................. 86
4.2.1
Velocidade do vento nos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro de 2006
para Recife e Araripina ...................................................................................... 88
4.3
Efeito da Temperatura no Desempenho do Módulo Fotovoltaico ....................... 91
4.3.1
Energia produzida em condições climáticas distintas ......................................... 92
4.3.2
Relação da energia produzida com a temperatura ambiente................................ 95
4.3.2.1
Estratificação da energia produzida em faixas da temperatura operacional ......... 95
4.3.2.2
Rendimento energético em função da temperatura do módulo............................ 99
4.4
Rendimento energético para o módulo operando em tensão fixa ...................... 100
4.5
Efeito da Temperatura no Desempenho de Módulos Fotovoltaicos de
Tecnologias Distintas....................................................................................... 101
5
CONCLUSÕES............................................................................................... 110
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................... 112
APÊNDICES .................................................................................................................... 115
22
1
1.1
INTRODUÇÃO
Justificativas
Para atender às necessidades advindas do aumento populacional e da pressão social
para melhoria da qualidade de vida, é preciso que haja crescimento da economia, de forma
sustentável. O desenvolvimento, no entanto, requer o uso de energia, que pode ser obtida de
forma sustentável a partir de fontes renováveis, que tem baixo impacto ambiental. Assim,
conhecer com profundidade como melhorar o desempenho dos equipamentos que utilizam os
recursos renováveis é fundamental para garantir a universalização do seu emprego nas
próximas décadas.
O Sol, como fonte primária de toda energia existente no planeta, é inesgotável na
escala terrestre de tempo, sendo uma das alternativas mais promissoras para atender aos
requisitos do crescimento sustentável. Historicamente a energia solar tem sido usada de forma
indireta, como na geração da eletricidade a partir do represamento das águas, que em última
instância provem da evaporação obtida pela energia solar, ou da energia eólica que se origina
na radiação solar que induz a circulação atmosférica em larga escala. Até os combustíveis
fósseis, gerados a partir de resíduos de plantas e animais, tiveram como fonte primária a
energia solar.
A energia solar, no entanto, pode ser utilizada de forma direta na geração de energia
elétrica através do emprego da conversão fotovoltaica. A célula fotovoltaica converte
diretamente a energia luminosa em energia elétrica de forma silenciosa e estática. Esta utiliza
o silício como material ativo na maioria das células fotovoltaicas, que é o segundo elemento
mais abundante na superfície terrestre.
No processo de conversão da radiação solar em energia elétrica é usada a célula
fotovoltaica como unidade fundamental, a partir da qual são construídos os módulos
fotovoltaicos. Os principais fatores que influenciam na geração elétrica de um módulo ou
painel (um conjunto de módulos interligados entre si), são a intensidade luminosa e a
temperatura das células, que por sua vez dependem das condições climáticas locais principalmente a irradiação solar, a temperatura ambiente e a velocidade do vento, além da
própria estrutura material do módulo ou painel e de particularidades da sua instalação. A
23
corrente gerada nos módulos aumenta linearmente com o aumento da intensidade luminosa. O
aumento da temperatura, no entanto, faz com que a eficiência do módulo caia, abaixo da
eficiência padrão dos mesmos.
Normalmente, os fabricantes informam a eficiência dos módulos fotovoltaicos nas
condições padrão de testes (acrônimo em inglês STC - Standard Test Conditions), ou seja, a
temperatura de teste do módulo é 25 ºC, entre outras condições estipuladas (Norma
Internacional IEC 61215). Desde que a temperatura de operação do módulo normalmente é
superior, principalmente em região de boa insolação, a eficiência real do módulo é inferior.
Especificamente para a região Nordeste do Brasil, os elevados índices de radiação solar
contribuem positivamente na conversão energética; porém, além de possuir a temperatura
ambiente já elevada, essa mesma incidência solar induz uma elevação de temperatura do
módulo significativamente alta em relação à temperatura de teste padrão, o que pode implicar
em perdas importantes de eficiência.
A utilização de Sistemas Fotovoltaicos em maior escala e com potência crescentes
deixou de ser uma possibilidade futurista para se configurar como uma alternativa factível em
curto espaço de tempo. Este fato decorre da urgência na migração para sistemas de geração de
energia menos agressivos ao meio ambiente, e também por fatores econômicos (escassez de
reservas de combustíveis fósseis). Neste contexto, a perda de 5 a 10% ocasionada pelo
aumento da temperatura do módulo torna-se significativa em sistemas de dezenas de
Megawatts. Daí, conhecer bem este efeito para mitigar perdas pode ser decisivo na utilização
da tecnologia fotovoltaica de forma massiva.
Uma avaliação preliminar do efeito da temperatura no desempenho de sistemas
fotovoltaicos instalados em países da Europa e Ásia pode ser feita a partir da análise do
trabalho apresentado por Nordmann; Clavadetsher (2003) na terceira conferência
internacional de conversão da energia fotovoltaica, ocorrido na cidade de Osaka no Japão.
Foram investigados o desempenho de 18 sistemas fotovoltaicos localizados em
cidades da Áustria, Alemanha, Itália, Japão e Suíça. Os sistemas fotovoltaicos foram
divididos em quatro tipos principais em função da montagem:
•
Integrados à fachada.
•
Tetos inclinados.
•
Auto-sustentáveis (possuem base própria que permite a fixação direta ao solo).
•
Tetos planos.
24
Esses Sistemas
foram monitorados por membros de cada país, participantes do
programa de energia fotovoltaica da Agência Internacional de Energia, Task 21. O resumo dos
resultados desse monitoramento são apresentados na Tabela 1.
1
Task 2 é formado por um grupo de colaboradores internacionais focalizados na avaliação de
desempenho operacional, confiabilidade e dimensionamento de Sistemas Fotovoltaicos, objetivando prover
informações técnicas para especialistas, pesquisadores, usuários e a indústria de sistemas Fotovoltaicos.
25
Tabela 1:
Perdas de geração elétrica (em relação a STC) de módulos fotovoltaicos submetidos às
condições climáticas locais.
Monta
gem
País
Cidade
Pot.
kW
Temp.
média
anual
(°C)
Temp.
máxima
do
módulo
(°C)
Perdas
(%)
85
Aumento
médio da
temp. do
módulo com
relação à
temp.
ambiente
(°C)
55
Teto
inclinado
alta
integra
ção
Fachada
Fachada
Fachada
Teto
inclinado
Teto
inclinado
Teto
inclinado
Teto
inclinado
Teto
inclinado
Auto- sus
tentável
Auto- sus
tentável
Auto- sus
tentável
Outros
Teto
plano
Teto
plano
Teto
plano
Teto
plano
Teto
plano
Suíça
Stadelhofen
9,4
17
Alemanha
Alemanha
Suíça
Áustria
Aachen
Klammt AG
Stadmuhle F
Becker
4,0
20,1
16,4
3,2
17
15
16
14
67
64
65
64
46
52
48
34
6,4
7,2
5,3
5,2
Itália
Bologna
2,3
22
61
23
5,5
Áustria
Buchinger
1,8
16
57
20
1,7
Japão
Hiroshima
2,9
23
70
31
7,0
Áustria
4,7
6
48
22
-2,1
Suíça
Wildkogelbah
n
Domat
14
54
24
2,8
Japão
Nagoya
104,
0
3,6
21
65
26
5,0
Áustria
Portugaler
1,3
15
57
25
3,7
Áustria
Itália
Zulehner
Bolzano
2,0
1,6
15
16
59
58
20
27
1,7
4,0
Áustria
Laus
2,4
17
64
25
4,2
Suíça
Marzili
22,7
16
55
25
3,8
Suíça
Mulfenz
21,2
15
58
25
2,8
Suíça
Stadtmuhle
15,0
15
61
28
2,5
11,3
26
Os resultados mostram que dos 17 Sistemas Fotovoltaicos monitorados, a temperatura
média do módulo teve um acréscimo entre 20 e 55º C, ocasionando perda de desempenho na
faixa compreendida entre 1,7 e 11,3%. Em um sistema instalado nos Alpes (Wildkogelbahn),
as baixas temperaturas do meio ambiente provocaram um aumento do ganho em 2,1%.
Conclui-se, também, que nos Sistemas Fotovoltaicos bem ventilados ocorrem menores
aumentos da temperatura do módulo com relação à temperatura ambiente (aumento da ordem
de 25º C), resultando em menores perdas.
De posse dos resultados obtidos pelo grupo Task 2 é possível realizar uma previsão do
comportamento dos módulos caso viessem a ser instalados no Brasil. Considerando que o
sistema usado na cidade de Hiroshima seja instalado nas cidades de Recife e Pesqueira
(utilizando de forma preliminar o mesmo aumento médio da temperatura do módulo com
relação à temperatura ambiente) , cujas temperaturas médias anuais são respectivamente de
25,5º C e 26,5º C, o módulo atingiria para Recife a temperatura de 43,5º C resultando em
perdas de 8,1%, e para Pesqueira a temperatura de 44,5º C com perdas de 8,5%. Raciocínio
semelhante aplica-se para os demais sistemas, com expectativa de perdas maiores devido à
instalação em cidades que possuem temperaturas médias anuais superiores a dos países
monitorados.
Ressalta-se que nos meses de maior irradiação solar a temperatura média mensal será
ainda mais alta. Tomando-se o caso da cidade de Floresta (Pernambuco), a temperatura média
no mês de novembro é de 28,8º C; neste caso, o primeiro sistema atingiria a temperatura de
46,8º C com perdas de 9,5%. Deve ser considerado, também, que para um dia com
temperatura média ambiente de 28,8º C, nos horários mais críticos (entre meio dia e dezesseis
horas) a temperatura ambiente provavelmente estará entre 35 e 40º C. O sistema, nestas
condições, alcançaria temperaturas da ordem de 58,0º C, resultando em perdas na faixa de
14,4%.
Estas extrapolações foram feitas considerando o aumento linear da temperatura do
módulo, para possibilitar uma avaliação preliminar. Na realidade, a taxa de crescimento da
temperatura do módulo cai para temperaturas ambiente mais altas, e também a velocidade do
vento é maior à tarde.
Pelo que antecede, propõe-se neste trabalho: O desenvolvimento de uma ferramenta de
engenharia que permita avaliar a eficiência de um módulo típico instalado em condições
climáticas variadas; aplicar a ferramenta para regiões distintas de Pernambuco (litoral e
Sertão) e quantificar as possíveis perdas elétricas devidas a fatores climáticos.
27
1.2
•
Objetivos
Desenvolver uma ferramenta de engenharia, de fácil aplicação, para obter a resposta do
módulo em condições de irradiância, temperatura ambiente e velocidade do vento
variadas.
•
Avaliar através de simulações a eficiência de um módulo FV típico instalado em regiões
distintas de Pernambuco (litoral e Sertão) e quantificar as possíveis perdas elétricas
devidas a fatores climáticos.
1.3
Descrição da Dissertação
A Dissertação de Mestrado foi dividida em cinco capítulos, conforme é descrito a
seguir.
No Capítulo 1 foi feito o enquadramento do problema mostrando a necessidade do
estudo do tema. No Capítulo 2 é apresentada uma revisão bibliográfica sobre módulos
fotovoltaicos; esta revisão abrange os princípios da conversão fotovoltaica, tipos de células,
tecnologia empregada, e finalmente a identificação e quantificação dos fatores que
influenciam na eficiência dos módulos. A metodologia a ser empregada é desenvolvida no
Capítulo 3. No Capítulo 4 é feita a discussão dos resultados obtidos, e no capítulo 5 são
apresentadas as conclusões.
28
2
2.1
REVISÃO DE LITERATURA
Breve linha de tempo da tecnologia FV
A seguir são apresentados os eventos mais marcantes na evolução da tecnologia
fotovoltaica.
•
1839 Edmund Becquerel, físico experimental francês, descobriu o efeito fotovoltaico em
um eletrólito.
•
1876 Adams e Day detectam o fenômeno no Selênio e constroem a primeira célula
fotovoltaica com rendimento estimado em 1%.
•
1918 O cientista polaco Czochraski desenvolveu um processo de crescimento de cristais
de Silício a partir de um único cristal.
•
1954 Realização prática da primeira célula solar de Silício monocristalino.
•
1956 Primeiras aplicações terrestres da conversão fotovoltaica (luzes de flash, bóias de
navegação, telecomunicações).
•
1958 Primeiras aplicações espaciais – satélite VANGUARD I.
•
1982 A produção mundial fotovoltaica ultrapassou 9,3 MWp, crescendo até os dias de
hoje.
2.2
Desenvolvimento da tecnologia fotovoltaica
As primeiras aplicações da energia fotovoltaica ocorreram na década de 1950 em
equipamentos terrestres de pequeno porte, como bóias de sinalização marítima e flashes de
máquinas fotográficas. Logo a seguir vieram as aplicações em satélites artificiais, sendo o
Vanguard I o pioneiro. O emprego desta tecnologia em aplicações espaciais mantém-se até os
dias atuais, por atender dois requisitos essenciais: alta confiabilidade e boa relação potência
gerada/ massa. Exemplo típico é a estação espacial internacional (ISS), que tem uma
capacidade de geração fotovoltaica de 80 kW.
29
O faturamento atual da indústria fotovoltaica mundial está na ordem de bilhões de
dólares. A produção mundial encontra-se em plena expansão.
2.3
Efeito fotovoltaico
O efeito fotovoltaico foi observado pela primeira vez por Edmund Becquerel ao expor
dois eletrodos de prata à luz. O termo foto origina-se do grego Phos, significando luz e o
termo Volt, que está relacionado com a diferença de potencial gerada, é proveniente do nome
de Alexandre Volta (1745-1827), que foi um dos pioneiros no estudo da eletricidade. O efeito
fotovoltaico decorre da interação da matéria com a radiação eletromagnética, resultando na
emissão de elétrons. A energia dos elétrons depende da freqüência da radiação recebida, e o
número de elétrons emitidos depende da intensidade da radiação. Este efeito ocorre em
materiais denominados semicondutores. Estes materiais são caracterizados pela existência de
duas bandas de energia, a banda de valência e a banda de condução. Na banda de valência
estão situados os elétrons de última camada, que farão as ligações com os elétrons de outros
átomos. Na banda de condução estão os elétrons que foram excitados (ganharam energia); na
temperatura de zero absoluto não existem elétrons nesta banda.
2.4
Células fotovoltaicas
Em 1877, W. G. Adams e R. E. Day construíram a primeira célula solar baseada em
dois eletrodos de selênio que produziram corrente elétrica quando expostos à luz. Em 1954,
Chaplin, Fuller e Pearson, nos laboratórios Bell Technologies construíram a primeira célula
fotovoltaica usando o silício monocristalino. Existe um número variado de elementos que
podem ser usados na construção de células fotovoltaicas, todos com vantagens e
inconvenientes específicos. O silício, no entanto, é empregado na maioria das células
fotovoltaicas.
No processo de fabricação industrial da célula fotovoltaica são inseridos contatos
metálicos, em lados opostos, para fechar o circuito elétrico. O conjunto é encapsulado para
evitar a degradação causada pelos agentes atmosféricos. A Figura 1 exemplifica esta aplicação.
30
Contato frontal
Silício tipo “n”
Contato de base
Junção “pn”
Silício tipo “p”
Figura 1: Corte transversal de uma célula fotovoltaica (MINEIRO, 2004).
Em função da estruturação atômica do substrato usado, as células são classificadas em
monocristalinas, policristalinas, e amorfas. A seguir são apresentadas as principais
características destas células.
•
Células de silício monocristalino
Estas células são obtidas a partir de barras cilíndricas de um único cristal de silício
produzidas em fornos especiais. As barras são cortadas na forma de pastilhas quadradas com
espessura variando de 0,4 a 0,5 mm. O processo industrial de fabricação está plenamente
dominado, sendo este o tipo de células mais comercializado. A eficiência na conversão da luz
solar em energia elétrica é boa, chegando a alcançar 17% (condição de laboratório).
•
Células policristalinas
A matéria prima usada na fabricação destas células também é o cristal de silício, com a
diferença que são usados lingotes resultantes de múltiplas cristalizações. Durante o processo
de fabricação o silício é aquecido lentamente em fornos especiais e mantido no estado líquido
para permitir o crescimento de grandes cristais. O custo do processo é menor em relação à
célula monocristalina, mas em contrapartida o rendimento das células é inferior (12 a 14%,
condição de laboratório).
31
•
Células de silício amorfo
Nesta tecnologia o silício é depositado em camadas muito finas sobre diversos tipos de
materiais, podendo ser usado nas aplicações mais variadas, desde pequenos aparelhos, como
relógios, até como cobertura em telhados. A célula de silício amorfo difere das demais
estruturas cristalinas por apresentar alto grau de desordem na estrutura dos átomos. O custo
de fabricação é atrativo, sendo possível a fabricação de células com grandes áreas. Existe,
porém, a restrição da eficiência ser baixa (na faixa de 7 a 11%, condição de laboratório).
2.5
Módulo Fotovoltaico
O módulo fotovoltaico é o elemento responsável pela conversão da radiação solar em
eletricidade. A ABNT (NBR10899/TB-328) define o módulo fotovoltaico como sendo “o
menor conjunto ambientalmente protegido de células solares interligadas, com o objetivo de
gerar energia elétrica em corrente contínua”.
O módulo fotovoltaico é composto por células individuais conectadas em série de
forma a permitir a adição da tensão gerada por cada uma das células. A tensão nominal do
módulo é igual ao produto do número de células que o compõe pela tensão de cada célula (em
torno de 0,5 volts por célula). O número de células dispostas em série depende da aplicação;
de maneira geral são encontrados no mercado módulos com 30, 32, 33 e 36 células em série.
Para evitar que o módulo perca potência no caso de uma das células estar sombreada
ou ter entrado em curto-circuito é inserido um diodo em paralelo. Este diodo é denominado
diodo de “bypass”, servindo como um caminho alternativo para a corrente porque senão o
desempenho elétrico do módulo seria condicionado por esta célula. Normalmente por
questões econômicas o diodo não é inserido em paralelo individualmente com cada célula,
mas sim em um agrupamento das mesmas.
32
2.6
Modelo Elétrico da Célula Fotovoltaica
A escolha do modelo elétrico que melhor representa a célula fotovoltaica é
fundamental na predição do comportamento do Sistema Fotovoltaico. Entre os principais
critérios a serem considerados, estão:
•
Relação simplicidade e precisão. Modelos de maior precisão podem ter uma
complexidade que dificulte ou impossibilite a obtenção das curvas características das
células. É necessário, portanto, avaliar o compromisso existente entre a precisão
necessária e a complexidade do modelo proposto.
•
Os parâmetros do modelo devem ser acessíveis; diretamente obtidos dos fabricantes ou
possíveis de calcular a partir de dados conhecidos.
•
O modelo deve ser capaz de calcular a corrente, tensão e potência da célula em condições
operacionais diversas.
Townsend (1989) avaliou uma série de modelos elétricos de células fotovoltaicas. Seu
estudo abrange desde modelos simplificados, onde a célula é representada por uma fonte de
corrente constante em paralelo com um resistor, até modelos complexos onde são
consideradas fontes de corrente, diodos e resistências múltiplas distribuídas ao longo da
célula. Outros autores como De Soto (2004), deram continuidade aos estudos de Townsend,
apresentando modelos elétricos e implementando soluções computacionais que permitem a
obtenção das curvas características com relativa simplicidade. A seguir são apresentados os
modelos consolidados nestes estudos, ressaltando as suas principais características.
Modelo de fotocélula ideal
O circuito equivalente de uma célula fotovoltaica ideal é constituído por uma fonte de
corrente, que representa a corrente fotogerada (IL), em paralelo com um diodo. O diodo provê
um caminho de circulação para uma parte da corrente fotogerada que não chega à carga.
Fisicamente, é o equivalente a um fotoelétron se recombinando com um buraco, após ser
emitido do material semicondutor. Esta configuração é mostrada na Figura 2.
33
Figura 2: Fotocélula ideal.
A corrente que passa pelo diodo (ID), é expressa pela Equação 1. Esta equação é
encontrada em diversos autores que tratam do tema de dispositivos semicondutores (Rezende,
1996).
I = I exp
D
0
qV
η kT
I
(1)
−1
C
Na qual:
•
I0 - corrente de saturação reversa do diodo no escuro (A).
•
V - tensão aplicada nos terminais do diodo (V).
•
q - carga do elétron (1,6022x10-19 C).
•
η - é o fator de idealidade do diodo, sendo entre 1 e 2 para o silício monocristalino.
•
k - constante de Boltzmann (1,3806x10-23 J/ º K).
•
TC - temperatura da célula em graus Kelvin (º K).
I
Resolvendo a malha das correntes no circuito da Figura 2 obtém-se a corrente I.
I =I −I
L
I = I − I exp
L
(2)
D
0
qV
η kT
I
−1
(3)
C
Esta equação é válida tanto para uma célula tomada individualmente quanto para um
34
agrupamento de células em série. Para simplificar o termo exponencial, e considerando uma
expressão mais geral, obtém-se:
I = I − I exp
L
0
V
−1
a
(4)
Sendo:
a=
N η kT
q
S
I
C
N é o número de células em série.
S
A partir da Equação 4, torna-se claro que na condição de curto-circuito (V = 0) a
corrente gerada pela célula é igual a corrente fotogerada (IL), e que na condição de circuito
aberto (I = 0) o diodo se polarizará com uma tensão tal que a corrente fotogerada seja igual a
corrente de polarização.
Modelo de fotocélula real
Uma célula real, no entanto, possui resistências série e paralela. A resistência série
(RS) é devida aos elementos resistivos encontrados pela corrente fotovoltaica. O fator que
mais contribui para a resistência série é a pequena espessura das células, associado ao
fenômeno físico da corrente elétrica se concentrar na superfície do material, região esta, que
nas células fotovoltaicas encontra-se localizada a grade metálica.
A resistência série é um parâmetro importante quando a célula está operando em
condições de irradiância e temperatura que se afastam dos valores padrão de referência. A
resistência série não afeta os valores de corrente de curto circuito e tensão de circuito aberto,
no entanto, influencia na localização do ponto de máxima potência. À medida que a
resistência série aumenta, o ponto de máxima potência se desloca para baixo e para a esquerda
na curva I x V, ocasionando uma diminuição da corrente à máxima potência e da tensão à
máxima potência. De acordo com Townsend (1989), em uma simulação anual, tomando-se
condições operacionais variadas, a potência de saída estará 5 a 8% acima do valor correto,
caso a resistência série não seja considerada no modelo. A Figura 3 exemplifica o efeito da
resistência série na curva característica.
35
Figura 3:
Efeito da resistência série na curva característica da célula (adaptado de Honsberg e
Bowden, 1999).
A resistência paralela (Rsh) é resultante das correntes de fuga, defeitos da junção e
imperfeições no cristal. A resistência paralela determina a inclinação da curva I x V na
condição de curto circuito; quanto menor o valor da resistência paralela, mais inclinada tornase a curva. Para modelos que consideram a resistência paralela infinita, a inclinação da curva
na condição de curto circuito é zero, ou seja, a curva encontra-se na horizontal neste ponto. A
resistência paralela sofre influência com a variação da irradiação solar incidente. De acordo
com De Soto, a resistência paralela é aproximadamente inversamente proporcional à
irradiação incidente. Na Figura 4 é mostrada a influência da resistência paralela na curva
característica da célula.
36
Figura 4:
Efeito da resistência paralela na curva característica da célula (adaptado de Honsberg e
Bowden, 1999).
O circuito equivalente considerando as resistências série e paralela é mostrado na Figura 5.
Figura 5: Modelo de fotocélula com resistências série e paralelo.
Nesta configuração a corrente I é expressa pela equação:
I =I −I −I
L
D
P
Fazendo as devidas substituições na Equação 5, obtém-se:
(5)
37
I = I − I exp
L
0
(V + IR )
s
a
−1 −
V + IR
R
s
(6)
sh
A Equação 6 para ser resolvida necessita o uso de recursos e métodos iterativos. Uma
solução mais simples e apropriada é considerar nula a contribuição da corrente IP, devido aos
valores altos da resistência Rsh, normalmente encontrados nas células. Autores como Fry
(1998), consideram esta aproximação como bastante adequada para células de silício
monocristalino e policristalino. Cabe ressaltar que a resistência Rsh depende das
características da junção semicondutora, sendo que nas células de silício amorfo a junção é do
tipo p-i-n, sendo i uma camada intrínseca que não existe nas células de silício monocristalino
e policristalino.
A equação simplificada para o modelo elétrico da célula fotovoltaica torna-se então:
I = I − I exp
L
2.7
0
(V + IR )
s
a
−1
(7)
Curvas características das células fotovoltaicas
Curva corrente versus tensão
A representação típica da curva característica de saída de um dispositivo fotovoltaico
(célula, módulo, sistema) denomina-se curva corrente tensão. A condição padrão para se obter
as curvas características é definida pela norma E-1036 Standard Methods of Testing
Electrical Performance of Nonconcentrator Terrestrial Photovoltaic Modules and
Arrays Using Reference Cells, como sendo temperatura de 25ºC na célula, radiação de 1000
W/m2 (radiação recebida na superfície da Terra em dia claro, ao meio dia) e distribuição
espectral AM 1,5. A NBR 11876/EB2176 Módulos Fotovoltaicos e a NBR 12137/MB3478
Módulos fotovoltaicos – Ensaios Mecânicos e Ambientais adotaram as mesmas condições.
38
Alguns fabricantes, com o objetivo de complementar as informações dos módulos em
Standard Test Conditions (STC) informam também a Nominal Operation Cell Temperature
(NOCT), definida como a temperatura que as células atingem quando submetidas às seguintes
condições, consideradas mais próximas da realidade:
Distribuição espectral AM 1,5.
Irradiância igual a 800 W/m2.
Temperatura ambiente igual a 20°C.
Velocidade do vento igual a 1m/s.
Módulo em circuito aberto.
Na Figura 6 é apresentado uma curva padrão.
Figura 6: Curva característica de uma célula fotovoltaica.
Como pode ser observado na Figura 6, para valores baixos de tensão, a corrente de
saída mantém-se praticamente constante e, portanto, o dispositivo pode ser considerado uma
fonte de corrente constante neste âmbito.
A corrente e a tensão em que opera o dispositivo fotovoltaico são determinadas pela
radiação solar incidente, pela temperatura ambiente, e pelas características da carga
conectadas ao mesmo.
39
Os valores notáveis desta curva são:
Corrente de curto-circuito (ISC): Máxima corrente que pode fornecer um dispositivo sob
condições determinadas de radiação e temperatura correspondendo à tensão nula e
conseqüentemente à potência nula.
Tensão de circuito aberto (VOC): Máxima tensão que pode fornecer um dispositivo sob
condições determinadas de radiação e temperatura correspondendo à circulação de corrente
nula e conseqüentemente à potência nula.
Potência Pico (PMP): É o valor máximo de potência que pode fornecer o dispositivo.
Corresponde ao ponto da curva no qual o produto V. I é máximo.
Corrente a máxima potência (IMP): Corrente que fornece o dispositivo à potência máxima
sob condições determinadas de radiação e temperatura. É utilizada como corrente nominal do
mesmo.
Tensão a máxima potência (VMP): Tensão que fornece o dispositivo à potência máxima sob
condições determinadas de radiação e temperatura. É utilizada como tensão nominal do
mesmo.
Normalmente a potência informada pelos fabricantes é a potência de pico, determinada
pelo valor mais alto do produto corrente e tensão, na condição de irradiância igual a 1000
W/m2, massa de ar 1,5, e temperatura da célula igual a 25°C. A Figura 7 mostra uma curva
característica na qual o ponto de potência máxima é identificado.
40
Figura 7: Ponto de potência máxima da célula.
Eficiência da célula fotovoltaica (η
η)
A eficiência de uma célula ou módulo fotovoltaico é o indicador de sua capacidade de
transformar a energia solar incidente em energia elétrica; e é dada por:
η=
I ×V
G×S
MP
MP
(8)
Sendo:
G – Irradiância recebida pela célula ou módulo;
S – Área da superfície da célula ou módulo exposta à radiação.
Os fabricantes aferem a eficiência dos sistemas fotovoltaicos na temperatura de 25°C,
conforme estabelecido nas normas. A temperatura de operação dos módulos, no entanto,
normalmente é superior a este valor, resultando em eficiência do módulo inferior ao
informado.
41
Fator de forma (FF)
A potência fornecida pelos sistemas fotovoltaicos corresponde à área compreendida
pela curva corrente versus tensão. Caso os valores de VOC fossem iguais aos de VMP, e os
valores de ISC fossem iguais aos de IMP a curva corrente versus tensão assumiria uma forma
retangular. Na prática esta condição não ocorre, e é utilizado o fator de forma para indicar o
quanto a curva se aproxima de um retângulo. O fator de forma é expresso por:
FF =
2.8
I ×V
I ×V
MP
MP
SC
OC
(9)
Efeito da intensidade da radiação solar na resposta da célula
A variação na intensidade da radiação solar recebida pela célula acarreta em uma
variação diretamente proporcional na corrente de saída. A tensão é bem menos alterada em
função da variação da radiação solar. A Figura 8 mostra esta relação.
Figura 8:
Efeito da variação da irradiância na curva característica da célula (adaptado de Honsberg e
Bowden, 1999).
42
2.9
Efeito da temperatura na resposta da célula
O aumento da temperatura provoca dois efeitos na saída elétrica da célula. O principal
efeito é uma diminuição da tensão de forma diretamente proporcional ao aumento da
temperatura. Um segundo efeito de menor repercussão é um pequeno incremento da corrente
para valores baixos de tensão. Como resultado final a potência máxima do módulo sofre uma
diminuição de valor como conseqüência do aumento da temperatura. A Figura 9 apresenta
uma representação gráfica desta relação.
Figura 9:
Efeito da temperatura na curva característica da célula (adaptado de Honsberg e Bowden,
(1999).
2.10 Resposta do módulo em condição operacional específica
Neste item será feita uma revisão dos principais métodos para a obtenção da resposta
do módulo em condição operacional específica. A revisão propiciará elementos que
subsidiarão a escolha do método mais apropriado a ser adotado.
43
2.10.1 Método do laboratório NREL (National Renewable Energy Laboratory)
Neste método é obtido inicialmente a resposta do módulo submetido a condições de
laboratório; a seguir é feito a translação da curva I x V para estimar o desempenho em
condições operacionais variadas. As etapas do método são:
•
Determinação dos fatores de correção em função da temperatura e irradiação para o
módulo fotovoltaico.
•
Determinação da irradiância e temperatura do módulo para a hora e localização desejada.
•
Translação da curva I x V de referência para as condições de irradiância e temperatura do
módulo.
2.10.2 Método do laboratório SANDIA (National Nuclear Security Administration
Laboratory)
O método é baseado em testes extensivos de campo que servem de entrada para a
predição do desempenho do módulo em condições operacionais específicas. Os parâmetros
requeridos para obter o desempenho do módulo são determinados diretamente, usando testes
específicos de campo com o módulo montado em um rastreador solar de dois eixos durante o
período de um ou mais dias. São executados três testes:
•
É traçada a curva I x V em um dia de céu claro;
•
São feitas medidas em um dia nublado (procedimento de sombra/luz é usado para medir
os coeficientes de temperatura);
•
O rastreador é movido em uma seqüência de ângulos pré-determinados para quantificar a
influência do ângulo de incidência da componente da radiação solar direta na corrente de
curto circuito.
44
2.10.3 Método de Lorenzo
Neste método (LORENZO, 1994) é feito inicialmente a translação da corrente de curto
circuito e tensão de circuito aberto para a temperatura de operação do módulo, e de posse
destes valores é calculado a potência e eficiência do módulo no ponto de máximo valor.
•
Cálculo da tensão de circuito aberto para a condição específica
V
OC ( Gi )
=V
OC ( STC )
− 0,0023 x(T − 25)
C
(10)
Sendo:
•
VOC(Gi) Tensão de circuito aberto para a condição específica de operação;
•
VOC(STC) Tensão de circuito aberto na condição padrão de operação (STC);
•
Tc Temperatura do módulo na condição específica de operação (°C).
•
Cálculo da corrente de curto circuito para a condição específica
I
C =
1
SC ( Gi )
= C xG
1
(11)
i
I
1000
SC ( STC )
Na qual:
•
I
SC ( Gi )
•
I
SC ( STC )
Corrente de curto circuito para uma determinada irradiância;
Corrente de curto circuito na condição padrão (STC).
A potência máxima do sistema fotovoltaico para condições particulares de operação é dada
pela Equação 12.
P
MP ( Gi )
= FF × V
( Gi )
OC ( Gi )
×I
SC ( Gi )
(12)
45
Sendo:
•
VOC(Gi) Tensão de circuito aberto para uma irradiância Gi específica;
•
ISC(Gi) Corrente de curto-circuito para uma irradiância Gi específica;
•
FF(Gi) Fator de forma para uma irradiância específica Gi.
A eficiência do sistema fotovoltaico, nestas condições, é calculada pela Equação 13.
η
( Gi )
=
P
G ×S
MP ( Gi )
(13)
i
Sendo:
•
PMP(Gi) Potência máxima na condição particular;
•
Gi Irradiância à qual o módulo foi exposto;
•
S Área ativa do módulo que recebeu a irradiância Gi.
O método de Lorenzo embora seja de fácil aplicação, não está validado e apresenta
algumas simplificações na translação da corrente de curto circuito e tensão de circuito aberto
(considera o coeficiente 0,0023 na Equação 10 fixo, quando de fato varia), que repercutem na
precisão do processo.
2.10.4 Caracterização utilizando o método de De Soto (2004) para traçar a curva I x V
na condição operacional específica
Neste método a equação I x V que representa o comportamento elétrico da célula é
resolvida para a condição operacional desejada. Para tanto, inicialmente são calculados os
parâmetros de referência, que são:
IL,ref Corrente fotogerada;
I0,ref Corrente reversa de saturação do diodo;
Rsh,ref Resistência paralela;
aref Fator de idealidade do diodo;
46
Rs,ref Resistência série;
Estes parâmetros são calculados a partir da solução de um conjunto de cinco equações,
obtidas em pontos notáveis da curva I x V que estão disponíveis nos catálogos dos fabricantes.
É feita então, a translação dos parâmetros para a condição operacional desejada, o que permite
que seja traçada a nova curva I x V, obtendo resposta da célula ou módulo fotovoltaico.
Definição do método a ser adotado
Os métodos dos laboratórios NREL e SANDIA embora estejam validados e sejam
precisos, demandam recursos de instrumentação e testes exaustivos de campo, portanto não
são de fácil aplicação. O método de LORENZO é de fácil execução, porém possui
simplificações que podem comprometer a precisão dos resultados. O procedimento de De
Soto de traçar a curva característica corrente versus tensão na condição operacional desejada
mostrou ser a melhor opção, portanto será o adotado, pelas seguintes razões:
•
Está validado e é preciso;
•
Não necessita de testes de campo;
•
Caracteriza plenamente a célula ou módulo fotovoltaico;
•
Utiliza dados constantes nos catálogos dos fabricantes.
47
3
3.1
MATERIAIS E MÉTODOS
Metodologia
No Capítulo 2 foi visto que a curva característica de uma célula ou módulo
fotovoltaico sofre alterações em função da temperatura e irradiância, repercutindo
conseqüentemente na eficiência e potência de saída do módulo. A metodologia a ser seguida,
deve determinar, portanto, a curva característica do módulo em uma condição operacional
qualquer, para a partir daí obter os parâmetros de saída do sistema. As etapas a serem
seguidas, são:
•
Definição do modelo elétrico para o módulo fotovoltaico;
•
Determinação dos parâmetros de referência do modelo adotado;
•
Determinação da temperatura do módulo na condição operacional específica;
•
Cálculo dos parâmetros do módulo na condição operacional específica;
•
Obtenção da curva corrente versus tensão na condição operacional específica;
•
Cálculo dos parâmetros de saída do módulo na condição operacional específica.
A Figura 10 mostra o diagrama de blocos para o cálculo da potência do módulo para
uma dada condição ambiental.
48
Software EES
Software PF
Figura 10: Diagrama de blocos para o cálculo da potência do módulo para uma dada condição
ambiental
3.1.1 Definição do modelo elétrico para o módulo fotovoltaico
A primeira etapa consiste na definição de qual o modelo elétrico será adotado para
caracterizar o módulo fotovoltaico, pois a partir do mesmo será possível avaliar o
desempenho do Sistema em uma condição operacional qualquer. Este trabalho considerará
49
como alternativas os modelos de quatro e cinco parâmetros, que estão consolidados como os
que melhor representam o arranjo fotovoltaico.
O modelo de quatro parâmetros foi detalhadamente desenvolvido por Townsend
(1989) e tem sido extensivamente usado na simulação de sistemas fotovoltaicos. Neste
modelo o circuito equivalente consiste de uma fonte de corrente, um diodo, e um único
resistor. Os quatro parâmetros são o valor da fonte de corrente, a resistência série, a corrente
de saturação reversa do diodo, e o fator de idealidade do diodo. Os valores destes parâmetros
normalmente não estão diretamente disponíveis nos catálogos dos fabricantes dos módulos,
contudo podem ser determinados numericamente a partir das informações contidas nas listas
de especificações. Este modelo, conforme demonstrado por Townsend (1989), caracteriza
bem o módulo fotovoltaico, porém não pode ser aplicado para sistemas fotovoltaicos baseados
na tecnologia de silício amorfo. Nos módulos que utilizam silício amorfo é necessário
considerar a resistência paralela, pois no ponto de curto circuito de sua curva característica
existe uma inclinação decorrente do efeito desta resistência. O efeito da resistência paralela se
torna mais pronunciado para valores de irradiância baixos. A Figura 11 e Figura 12
apresentam este efeito.
6
CORRENTE ( A )
5
4
3
MODELO SOLAR 60 - 3062
TEMPERATURA DA CÉLULA 36 oC
2
IRRADIÂNCIA = 1030 W/m 2
------ = RESISTÊNCIA PARALELA INFINITA
= RESISTÊNCIA PARALELA 500
1
0
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
TENSÃO ( V )
Figura 11: Efeito da resistência paralela na curva característica da célula em altas irradiâncias
(adaptado de Townsend, 1989).
50
0,7
CORRENTE ( A )
0,6
0,5
0,4
0,3
MODELO SOLAR 60 - 3062
TEMPERATURA DA CÉLULA 36 oC
IRRADIÂNCIA = 125 W/m 2
0,2
------ = RESISTÊNCIA PARALELA INFINITA
= RESISTÊNCIA PARALELA 500
0,1
0
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
TENSÃO ( V )
Figura 12: Efeito da Resistência paralela na curva característica da célula em irradiâncias baixas
(adaptado de Townsend, 1989).
Um modelo mais completo foi utilizado por De Soto (2004), e inclui a resistência
paralela. Por ser um modelo de maior abrangência, validado e preciso, foi o escolhido para ser
usado na predição do comportamento dos módulos fotovoltaicos. A validação do modelo é
descrita a seguir.
O modelo foi analisado para quatro diferentes tecnologias de sistemas fotovoltaicos,
quais sejam, silício monocristalino, policristalino, películas finas, e silício amorfo. Os dados
do estudo foram obtidos em um ano de acompanhamento (2000), em sistemas das quatro
tecnologias instalados no Instituto Nacional de Padrões e Tecnologias (NIST), localizado em
Maryland, USA. Os resultados mostraram que o modelo é confiável, preciso, e de fácil
aplicação. Os testes foram realizados com equipamentos dos principais fabricantes de módulo,
sendo:
•
Siemens - Monocristalino;
•
Solarex – Policristalino;
•
Astropower – Silício fino;
•
Uni-Solar – Amorfo.
As figuras seguintes mostram os resultados obtidos.
51
4,5
Siemens
4
Tc = 35,2 G = 914,9
CORRENTE ( A )
3,5
3
2,5
Dados Medidos
Curva I - V Estimada
2
1,5
1
Tc=37,1 G=323,1
0,5
0
5
0
10
15
20
25
30
35
40
45
TENSÃO ( V )
Figura 13: Curvas I–V medidas Vs preditas para o módulo Siemens (adaptado de De Soto, 2004).
4,5
So larex
4
Tc=34,9 G=927,45
CORREN TE ( A )
3,5
3
2,5
D ado s Medidos
C urva I - V Est imad a
2
1,5
1
Tc=37,4 G=340,1
0,5
0
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
TE NSÃO ( V )
Figura 14: Curvas I–V medidas Vs preditas para o módulo Solarex (adaptado de De Soto, 2004).
52
5
Astropower
4,5
Tc = 39,9 G = 893,8
CORRENTE ( A )
4
3,5
3
Dados Medidos
2,5
Curva I - V Estimada
2
1,5
Tc = 36,8 G = 340,2
1
0,5
0
5
0
10
15
20
25
30
TENSÃO ( V )
Figura 15: Curvas I–V medidas Vs preditas para o módulo Astropower (adaptado de De Soto, 2004).
4,5
Uni - Solar
4
CORRENTE ( A )
3,5
Tc = 36,2 G = 892,2
3
2,5
Dados Medidos
2
Curva I - V Estimada
1,5
1
Tc = 38,1 G = 340,1
0,5
0
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
TENSÃO ( V )
Figura 16: Curvas I–V medidas Vs preditas para o módulo Unisolar (adaptado de De Soto, 2004).
53
3.1.2 Cálculo dos parâmetros de referência
Desde que o modelo adotado foi o mais completo (cinco parâmetros), será utilizado
para caracterizá-lo a Equação 6 do item 2.6. Aplicando esta equação nas condições de
referência, que é o padrão informado pelos fabricantes dos módulos, temos:
I=I
L , ref
−I
0 , ref
exp
(V + IR )
s , ref
a
−1 −
ref
V + IR
R
(14)
s , ref
sh , ref
Para obter os valores dos cinco parâmetros de referência, quais sejam, IL,ref, I0,ref, Rsh,ref,
aref, Rs,ref, faz-se necessário um conjunto de cinco equações. Três equações são obtidas
facilmente com os valores divulgados pelos fabricantes para a corrente de curto circuito,
tensão de circuito aberto, e ponto de máxima potência. Para a quarta equação utiliza-se a
derivada da potência com relação à tensão, que é igual a zero no ponto de máximo. Para a
quinta e última equação, é utilizado a inclinação da curva I x V no ponto de curto circuito.
Esta informação pode ser obtida diretamente dos catálogos dos fabricantes, ou extraída da
curva I x V, caso não esteja disponível diretamente. Na Figura 17 estes pontos notáveis são
destacados.
5
4,5
Corrente de curto circuito I sc
CORRENTE ( A )
4
dP / dV = 0
dIsc / dV
3,5
Corrente e tensão de máxima potência
Imp e Vmp
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
Tensão de circuito aberto V
0
5
10
15
20
25
30
35
cc
40
TENSÃO ( V )
Figura 17: Pontos de interesse para o cálculo dos parâmetros de referência (adaptado de De Soto,
2004).
54
Nos cinco pontos de interesse, usando o subscrito 0 para identificar a condição de referência,
temos:
(1) Ponto de curto circuito: I = I sc 0 e V = O
(2) Ponto de circuito aberto: I = 0 e V = Voc 0
(3) Ponto de máxima potência: V = Vmp 0 e
I=I
mp 0
(4) Ponto de máxima potência: dP = 0
dV
mp
1
(5) Ponto de curto circuito: dI
=−
dV
R
sc
sh , ref
Aplicando a Equação 14 nos pontos 1, 2 e 3 temos:
I =I
sc 0
L , ref
−I
0 , ref
exp
I R
a
sc 0
s , ref
I R
R
−1 −
sc 0
ref
0=I
I
mp 0
L , ref
=I
−I
L , ref
0 , ref
−I
0 , ref
exp
V
a
exp
(15)
s , ref
sh , ref
−1 −
oc 0
ref
V
R
(16)
oc 0
sh , ref
(V
mp 0
+I R
a
mp 0
s , ref
)
−1 −
ref
V
mp 0
+I R
R
mp 0
s , ref
(17)
sh , ref
Para o ponto onde a derivada da potência com relação à tensão é zero (4), faz-se necessário
alguma manipulação algébrica, conforme mostrado adiante.
d ( IV )
dV
mp 0
=I
mp 0
−V
mp 0
dI
dV
mp 0
=0
A derivada da corrente com relação à tensão é obtida a partir da Equação 14.
(18)
55
dI
dV
= −I
mp 0
d
e
dV
0 , ref
V mp 0 + I mp 0 Rs , ref
1
d I R
+
R
dV R
−1 −
a ref
mp 0
sh , ref
(19)
s , ref
sh , ref
Desde que:
d
e
dV
V mp 0 + I mp 0 R s , ref
V mp 0 + I mp 0 R s , ref
−1 =
a ref
a ref
e
a
R
ref
dI
dV
(20)
+1
mp 0
s , ref
mp 0
Substituindo a Equação 20 na Equação 19, temos:
Vmp 0 + I mp 0 Rs , ref
dI
dV
mp 0
=−
I e
a ref
− R
0 , ref
a
s , ref
ref
dI
R
1
+1 −
−
dV
R
R
mp 0
mp 0
s , ref
sh , ref
sh , ref
dI
dV
mp 0
(21)
mp 0
Após algumas manipulações a Equação 21 pode ser reescrita como:
dI
dV
mp 0
=
−I
a
V mp 0 + I mp 0 R s , ref
−
a ref
e
0 , ref
ref
1
R
(22)
sh , ref
I R
1+
a
0 , ref
s , ref
ref
V mp 0 + I mp 0 R s , ref
e
a ref
+
R
R
s , ref
sh , ref
De posse das equações nos cinco pontos notáveis e dos dados fornecidos pelos
fabricantes nas condições de referência, as cinco incógnitas, que são os parâmetros de
referência (IL,ref, I0,ref, Rsh,ref, aref, Rs,ref ) listados anteriormente, podem ser determinados. Para
a solução das equações será utilizado a ferramenta de software EES ( Engineering Equation
Solver). Esta ferramenta foi adotada por ter sido utilizada e validada por De Soto (2004)
originariamente.
56
3.1.3 Cálculo dos parâmetros em uma condição operacional qualquer
3.1.3.1 Cálculo da corrente fotogerada IL
A corrente fotogerada IL sofre influência da temperatura da célula e da irradiância
recebida no plano do módulo. A Equação 23 expressa esta dependência (DE SOTO, 2004).
I =
L
G
[I
G
L , ref
+ α (T − T
Isc
c
c ,ref
)]
(23)
ref
O parâmetro α Isc (coeficiente de temperatura para a corrente de curto circuito) consta
normalmente nos catálogos dos fabricantes dos módulos. G é a irradiância recebida no plano
do módulo.
3.1.3.2 Cálculo do fator de idealidade do diodo a
O fator de idealidade do diodo sofre influência apenas com a variação da temperatura
na célula. A variação da irradiância não altera o fator de idealidade. O aumento do fator de
idealidade, por sua vez, desloca a curva I x V para a direita, implicando no aumento da tensão
de circuito aberto e da tensão no ponto de máxima tensão. A Figura 18 exemplifica esta
característica.
57
0,45
0,4
a 1,1
CORRENTE ( A )
0,35
0,3
0,25
Dados medidos
0,2
Incremento de 10% do valor de a
0,15
0,1
0,05
0
5
0
10
15
20
25
30
35
40
45
TENSÃO ( V )
Figura 18: Efeito da variação do fator de idealidade na curva I-V (adaptado de De Soto, 2004).
O fator de idealidade do diodo varia linearmente com a temperatura, conforme mostrado na
Equação 24 (DE SOTO, 2004).
a
T
=
a
T
(24)
c
ref
c , ref
3.1.3.3 Cálculo da corrente reversa de saturação Io
A corrente reversa de saturação depende da temperatura da célula, do fator de
idealidade do diodo, e da banda de energia. Townsend (1989) desenvolveu a Equação 25 que
relaciona esta dependência.
I
I
0
0 , ref
T
=
T
C
C , ref
3
exp
1 ε
k T
g , ref
C , ref
−
ε
g
T
C
(25)
58
Sendo:
ε
g
A banda de energia (1,121 eV para células de silício nas condições de referência)
k A constante de Boltzmann (1,3806 x 10-23 J/K)
T A temperatura da célula (graus Kelvin)
C
A banda de energia, por sua vez, varia com a temperatura conforme a Equação 26
(TOWNSEND, 1989).
ε
= 1 − 0,0002677(T − T )
ε
g
C
(26)
C , ref
g , ref
Como resultado, temos que o aumento de temperatura da célula ocasionará um
aumento da corrente reversa de saturação, implicando na diminuição da corrente fornecida
pela célula.
3.1.3.4 Cálculo da resistência paralela Rsh
A resistência paralela varia linearmente com a irradiância recebida no plano do
módulo, sendo inversamente proporcional à mesma. A temperatura da célula não influencia
na resistência paralela. A Equação 27 expressa a dependência (DE SOTO, 2004).
R
R
sh
sh ,ref
=
G
G
ref
Em que G é a irradiância recebida no plano do módulo.
(27)
59
3.1.3.5 Cálculo da resistência série Rs
A resistência série apresenta variações insignificantes com a mudança da temperatura
da célula e da irradiância no plano do módulo. No modelo adotado a resistência série será
considerada constante e com valor igual ao das condições de referência.
3.1.4 Cálculo da temperatura do módulo
A temperatura do módulo é obtida em função da temperatura ambiente, velocidade do
vento, irradiação solar e características do equipamento.
Para determinação da temperatura do módulo em uma condição operacional específica
será utilizado o modelo proposto por TamizhMani et al. (2002). Neste modelo a temperatura
do módulo (na condição de instalação - módulo livre, com fixação própria) é expresso pela
equação:
T = 0,943 × T + 0,028 × G − 1,528 × Ws + 4,3
m
a
i
(28)
Sendo:
Tm Temperatura do módulo em ° C;
Ta Temperatura ambiente em ° C;
Gi Irradiância em W/m2;
Ws Velocidade do vento em m/s.
Uma outra alternativa para calcular a temperatura do módulo seria fazer a correção a
partir do valor presumido da temperatura do módulo na NOCT (temperatura nominal de
operação da célula), que é definida para as condições:
•
Distribuição espectral AM 1,5.
•
Irradiância igual a 800 W/m2.
60
•
Temperatura ambiente igual a 20°C.
•
Velocidade do vento igual a 1m/s.
•
Módulo em circuito aberto.
Para o módulo de silício na configuração livre o valor da temperatura na NOCT é 48 °C.
Neste caso temos:
T = (T
m
NOCT
− 20)
G
+T
800
(29)
i
a
Este modelo parte de uma temperatura operacional presumida e não leva em conta a
totalidade dos fatores climáticos (velocidade do vento). Com o objetivo de conhecer a
diferença na temperatura do módulo obtida entre este modelo e o adotado, foram traçadas as
curvas de temperatura do módulo Siemens SM55 para a localidade de Araripina, nos meses de
Temp.do módulo (C)
)
Janeiro, Abril, Julho e Outubro de 2006 para ambos.
60
50
40
Tm (modelo)
30
Tm(NOCT)
20
10
0
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Hora (h)
Figura 19: Temperatura do módulo Siemens SM55 instalado em Araripina em Janeiro de 2006.
Temp. do módulo (C) )
61
50
40
30
Tm(modelo)
20
Tm(NOCT)
10
0
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Hora (h)
Temp. do módulo (C) )
Figura 20: Temperatura do módulo Siemens SM55 instalado em Araripina em Abril de 2006.
60
50
40
Tm(modelo)
30
Tm(NOCT)
20
10
0
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Hora (h)
Temp. do módulo (C) )
Figura 21: Temperatura do módulo Siemens SM55 instalado em Araripina em Julho de 2006.
70
60
50
40
Tm(modelo)
30
Tm(NOCT)
20
10
0
6
8
10
12
14
16
18
Hora (h)
Figura 22: Temperatura do módulo Siemens SM55 instalado em Araripina em Outubro de 2006.
62
A análise das curvas confirma a discrepância entre os valores de temperatura obtidos,
havendo em todos os meses uma estimativa da temperatura com valores superiores para o
modelo da NOCT. Por outro lado, se o módulo FV for muito integrado à edificação, o modelo
NOCT subestimará o efeito da temperatura no desempenho do módulo (DAVIS et al., 2001).
Este resultado deve-se ao fato que neste tipo de instalação, a circulação do vento ao redor do
módulo estará prejudicada.
3.1.5 Metodologia para traçar a curva Corrente versus Tensão em condição
operacional específica
A curva Corrente versus Tensão é traçada a partir da Equação 6, sendo os parâmetros
previamente corrigidos para a condição operacional desejada, conforme metodologia
apresentada anteriormente.
Desde que a corrente aparece em ambos os lados da equação, para ser resolvida é
necessário o uso de recursos e métodos iterativos. No primeiro passo, é proposto um valor
inicial para I e resolvida a equação para este valor, encontrando um novo valor para I. A
equação é então avaliada no ponto médio entre o novo valor encontrado e o valor
anteriormente utilizado. Este procedimento é repetido até que a diferença entre o valor de I no
passo anterior e o novo valor seja menor do que um erro ( ) previamente definido. Um limite
máximo de iterações também é utilizado para evitar que o algoritmo entre em laço infinito.
A solução da equação é parte integrante do software Performance de Sistemas
Fotovoltaicos (software PF) desenvolvido neste trabalho. O sistema foi implementado em
linguagem C++ e sua interface gráfica foi feita utilizando o ambiente C++Builder da
Borland®.
3.1.6 Recursos do software Performance de Sistemas Fotovoltaicos (PF)
O software Performance de Sistemas Fotovoltaicos foi desenvolvido a partir do
algoritmo proposto na Figura 10. O objetivo do software é disponibilizar uma ferramenta de
engenharia, de fácil aplicação, que permita a partir da entrada de dados dos catálogos dos
63
fabricantes dos módulos fornecer as seguintes informações:
•
Traçar a curva Corrente versus Tensão para condições variadas de irradiância e
temperatura ambiente.
•
Calcular a potência máxima do módulo em uma dada condição operacional (irradiância e
temperatura ambiente).
•
Calcular a potência do módulo caso esteja operando em um valor fixo de tensão.
•
Calcular a energia produzida pelo módulo em um dia típico, nas condições de irradiância,
temperatura ambiente e velocidade do vento informadas, para o módulo operando no
ponto de máxima potência ou tensão fixa.
O software foi desenvolvido de forma a possuir uma interface amigável, sendo de fácil
utilização. O usuário após selecionar o tipo de módulo que estará sob análise poderá optar
entre o teste individual, ou entrar com um arquivo de dados. A tela inicial do sistema é
mostrada na Figura 23.
Figura 23: Tela de entrada do software Performance Fotovoltaica.
64
Caso a opção seja o teste individual, o usuário entra com a condição operacional sob
análise (temperatura e irradiância). O sistema faz a correção dos parâmetros de referência
para as novas condições operacionais, traça a curva característica e mostra o valor da potência
no ponto de máximo. Um exemplo para o módulo Siemens SM55 (2) é apresentado a seguir.
Figura 24: Curva característica do módulo Siemens SM55 (2) traçada pelo programa PF.
Se a opção for entrar com um arquivo de dados, o programa irá traçar a curva da
potência gerada pelo módulo em função das condições operacionais contidas no arquivo de
dados (irradiância horária, temperatura ambiente horária, velocidade do vento horária). A
curva será integralizada, obtendo-se como resultado a energia produzida pelo módulo. É
disponibilizada também, a opção de salvar os resultados obtidos. Na Figura 25 é feita uma
demonstração da energia produzida pelo módulo Siemens SM55 (2) inclinado de 23° Norte
para Recife – PE em Janeiro de 2006.
65
Figura 25: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 (2) instalado em Recife – PE no mês de
Janeiro de 2006, inclinado de 23° Norte.
3.1.7 Metodologia para obtenção da temperatura ambiente horária
No banco de dados disponibilizado pelo INPE/CPTEC, a temperatura ambiente não
está no padrão horário, mas sim no valor pontual a cada três horas. Para resolver esta questão,
recorre-se à interpolação Spline Cubic, cujos princípios básicos são descritos a seguir.
Spline Cubic é uma metodologia de interpolação numérica na qual a interpolação é
feita através de polinômios de terceira ordem, de onde se origina o termo Cubic. A maior
característica deste tipo de interpolação é o amortecimento ou suavidade que apresenta na
transição de um nó para o outro, sendo muito utilizada para fenômenos que não sofrem
variações muito bruscas, como a temperatura ambiente. Neste método, a trajetória entre cada
conjunto de dois pontos é representada por um polimônio de ordem 3, e algumas condições de
contorno são estabelecidas para garantir a suavidade. Sendo assim, cada segmento de curva é
definido por:
66
S (u
i
int
)= a
i
+ bu + c u + d u
2
i
int
i
int
i
3
int
(30)
em que uint é uma parametrização dos pontos Dint no tempo, dada por:
u =
int
D −D
D −D
int
i
i +1
i
(31)
Como condições de contorno, são utilizados os pontos de intersecção entre os
segmentos, onde tanto o valor do polimônio, que representa cada segmento, como a sua
primeira e segunda derivadas devem ser iguais; o que equivale a dizer que a curva apresentará
uma continuidade até a segunda derivada. Com o objetivo de exemplificar o uso da
interpolação Spline Cubic para obtenção da temperatura horária a partir de dados medidos a
cada três horas, a ferramenta é aplicada para o dia 02/01/2006 em Recife – PE.
67
Tabela 2: Cálculo da temperatura interpolada (Spline Cubic) para Recife – PE no dia 02/01/2006.
Hora Temp. medida (°C)
Hora
Temp.interpolada (°C)
0
25,5
0
25,5
3
22,5
1
24,7
6
22,0
2
23,6
9
29,5
3
22,5
12
30,5
4
21,5
15
28,5
5
21,2
18
26,5
6
22,0
21
26,0
7
24,2
24
25,0
8
27,1
9
29,5
10
30,7
11
30,9
12
30,5
13
29,9
14
29,2
15
28,5
16
27,7
17
27,0
18
26,5
19
26,3
20
26,2
21
26,0
22
25,7
23
25,3
24
25,0
68
3.1.8 Metodologia para obtenção da irradiância horária no plano do módulo
Conforme foi descrito no item 3.1, um dos dados de entrada para cálculo da energia
produzida pelo módulo Fotovoltaico em uma condição operacional qualquer é a irradiância
horária no plano inclinado. Neste trabalho serão utilizados os dados de irradiância coletados
pelo INPE/CPTEC. Nos arquivos disponibilizados por estas instituições os dados de
irradiância global horizontal encontram-se em valores acumulados a cada três horas. A
metodologia proposta é estimar o valor horário médio da irradiância global horizontal e da
irradiância direta horizontal a partir do valor mensal da irradiância global horizontal, oriundos
dos arquivos do CPTEC/INPE. Como alternativas para a predição destes valores temos as
expressões desenvolvidas por Collares-Pereira e Rabl (1979) e por Erbs et al. (1982). Neste
trabalho, conforme é exposto adiante, optou-se por utilizar o programa CÉU LIMPO, que é
parte constituinte do Atlas ESRA. Este programa foi utilizado por estar consolidado e ser
preciso nos valores estimados. Finalmente, de posse dos valores da irradiância global e direta
no plano horizontal, são realizados cálculos, baseados nos princípios da geometria solar, para
obtenção da irradiância no plano inclinado do módulo.
3.1.8.1 Estimativa da irradiância horária horizontal
A estimativa do valor horário da irradiância no Atlas ESRA é baseado no uso do perfil
diário médio da irradiância, também denominado tendência média diária. Os valores da
irradiância estão constantemente flutuando. Os serviços meteorológicos que observam em
curtos intervalos de tempo as rápidas flutuações da irradiância normalmente reportam os
valores horários da irradiância, e apresentam os sumários usando como referência a hora
solar. A prática, no entanto, varia de serviço para serviço. Na Alemanha, por exemplo, os
intervalos de coleta são a cada dez segundos; os valores são integralizados a cada hora, e
então reportados. O nível médio da irradiância também flutua de um dia para o outro.
Contudo, se for feito a média de todos os valores de irradiância na mesma hora solar, se
verifica uma curva de tendência suave, o perfil diário médio. Esta curva característica é
simétrica, refletindo o comportamento da irradiância no topo da atmosfera, apresentando
valores crescentes a partir do nascer do Sol, e decrescentes ao se aproximar do pôr do Sol. O
69
fator que mais influencia na curva do perfil diário é a elevação do Sol, e é com base neste fato
que se obtém o valor da irradiância horária a partir da irradiância diária.
O programa CÉULIMPO utiliza como base para estimar a irradiância horária
horizontal o perfil diário médio da irradiância (comportamento simétrico em função da
elevação do Sol). De posse do valor da irradiância de um dia típico do mês, é feito o ajuste do
índice de turbidez (TLK), que representa a medida da claridade da atmosfera na localidade,
para que o valor da irradiância do dia típico do mês coincida com o valor de irradiância
gerado pelo perfil médio. Feito o ajuste do índice de turbidez, o programa estabelecerá os
valores horários da irradiância global horizontal e direta horizontal.
Com o objetivo de exemplificar uma aplicação da ferramenta, é apresentada a Tabela
3, com os valores de irradiância horários estimados pelo programa para a localidade de Recife
– PE.
70
Tabela 3:
Valores da irradiância global horizontal e direta horizontal para Recife – PE obtido do
programa CÉU LIMPO.
2
GLOBAL HORIZONTAL (MJ/m /h)
h
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
-75 -60 -45 -30 -15
2
0 15 30 45 60 75 90 Total (MJ/m /dia)
0,4
1,0 1,6
2,1 2,5 2,7 2,7 2,5 2,1 1,6 1,0 0,4
20,33
0,3
1,0 1,6
2,2 2,5 2,8 2,8 2,5 2,2 1,6 1,0 0,3
20,76
0,3
1,0 1,6
2,1 2,5 2,8 2,8 2,5 2,1 1,6 1,0 0,3
20,5
0,2
0,9 1,5
2,1 2,5 2,7 2,7 2,5 2,1 1,5 0,9 0,2
19,71
0,2
0,8 1,4
1,9 2,3 2,5 2,5 2,3 1,9 1,4 0,8 0,2
18,18
0,1
0,7 1,3
1,8 2,2 2,4 2,4 2,2 1,8 1,3 0,7 0,1
17,38
0,2
0,8 1,4
1,9 2,3 2,5 2,5 2,3 1,9 1,4 0,8 0,2
17,8
0,2
0,8 1,5
2,0 2,4 2,6 2,6 2,4 2,0 1,5 0,8 0,2
19,14
0,3
0,9 1,6
2,2 2,6 2,8 2,8 2,6 2,2 1,6 0,9 0,3
20,54
0,3
1,0 1,6
2,2 2,6 2,8 2,8 2,6 2,2 1,6 1,0 0,3
20,74
0,4
1,0 1,6
2,1 2,5 2,7 2,7 2,5 2,1 1,6 1,0 0,4
20,56
0,4
1,0 1,6
2,1 2,4 2,6 2,6 2,4 2,1 1,6 1,0 0,4
20,15
2
DIRETA HORIZONTAL (MJ/m /h)
h
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
-75 -60 -45 -30 -15
2
0 15 30 45 60 75 90 Total (MJ/m /dia)
0,1
0,5 1,1
1,7 2,1 2,4 2,4 2,1 1,7 1,1 0,5 0,1
15,88
0,1
0,6 1,1
1,7 2,2 2,5 2,5 2,2 1,7 1,1 0,6 0,1
16,38
0,1
0,5 1,1
1,7 2,2 2,5 2,5 2,2 1,7 1,1 0,5 0,1
16,12
0,1
0,5 1,0
1,6 2,1 2,4 2,4 2,1 1,6 1,0 0,5 0,1
15,14
0,1
0,4 0,9
1,4 1,9 2,1 2,1 1,9 1,4 0,9 0,4 0,1
13,52
0,0
0,4 0,9
1,4 1,8 2,0 2,0 1,8 1,4 0,9 0,4 0,0
12,73
0,0
0,4 0,9
1,4 1,8 2,1 2,1 1,8 1,4 0,9 0,4 0,0
13,14
0,1
0,4 1,0
1,5 2,0 2,3 2,3 2,0 1,5 1,0 0,4 0,1
14,5
0,1
0,5 1,1
1,7 2,2 2,5 2,5 2,2 1,7 1,1 0,5 0,1
16
0,1
0,5 1,1
1,7 2,2 2,5 2,5 2,2 1,7 1,1 0,5 0,1
16,33
0,1
0,6 1,1
1,7 2,2 2,4 2,4 2,2 1,7 1,1 0,6 0,1
16,08
0,1
0,5 1,1
1,6 2,1 2,4 2,4 2,1 1,6 1,1 0,5 0,1
15,64
3.1.8.2 Cálculo da irradiância horária no plano do módulo
De posse da irradiância horária global horizontal ( I h g ) e horária direta horizontal ( I h b ),
é possível calcular a irradiância no plano inclinado do módulo. A irradiância horária no plano
do módulo é dada por:
71
I = I cos θ + I (1 + cos β ) / 2 + I ρ
n
h
b
h
d
g
ground
(1 − cos β ) / 2
(32)
Em que:
I é a irradiância horária no plano do módulo.
I
I
n
b
é a irradiância horária direta normal.
d
é a irradiância horária difusa horizontal.
h
I é a irradiância horária global horizontal.
θ é o ângulo de incidência (ângulo entre o raio do Sol e a normal ao plano inclinado).
β é o ângulo entre a superfície do módulo fotovoltaico e a horizontal local.
h
g
ρ
ground
é o albedo (radiação solar difusa proveniente do espalhamento pelo solo) .
Desde que:
I
= I cos θ
h
n
b
b
I =I +I
h
g
h
b
h
d
z
logo,
, logo,
I
I
h
n
d
b
I
cos θ
h
=
=I −I
h
g
(33)
b
h
z
b
(34)
Em que:
I
h
b
é a irradiância horária direta horizontal.
θ é o ângulo zenital.
z
O ângulo θ pode ser obtido pela equação:
cosθ = sen( L − β ) senδ + cos( L − β ) cos δ cosh
Em que:
L é a latitude local.
δ é a declinação solar
h
é o ângulo horário
(35)
72
3.1.8.3 Aplicação do programa CÉU LIMPO na obtenção de valores horários médios
mensais de irradiância
Visando certificar o uso do programa CÉU LIMPO na obtenção dos valores horários
médios mensais, foi feita uma comparação entre a energia gerada pelo módulo SIEMENS
SM55 instalados em Pesqueira e Recife – PE no mês de Janeiro de 2006, usando duas fontes
de dados de irradiância. Na primeira, foram usados os dados de campo da irradiância
medidos; na segunda, foram usados os dados de irradiância gerados pelo programa CÉU
LIMPO no mesmo período. Em seguida, é feita a comparação entre os valores de energia
obtidos. A sistemática que foi usada é descrita adiante.
De posse dos valores das irradiâncias diárias de um determinado mês, é feito o cálculo
da irradiância média mensal; este valor é usado para fazer o ajuste do índice de turbidez no
programa CÉU LIMPO. Após o ajuste, os valores da irradiância horária média mensal
gerados pelo programa CÉU LIMPO são usados no programa Performance Fotovoltaica (PF),
para obter a energia gerada pelo módulo Siemens SM55 no referido mês. Esta energia gerada
é comparada com o valor obtido usando a irradiância horária medida em campo. Os resultados
obtidos foram:
RECIFE
•
Valor diário médio da energia (dados coletados): 20,4 MJ/m2/dia.
•
Ajuste da turbidez no programa CÉU LIMPO para Recife mês Janeiro resultou no índice
6,7 (latitude igual a – 8,05°, altitude igual a 2 metros). O ajuste obteve 20,3 MJ/m2/dia.
•
Os valores de irradiância gerados pelo programa CÉU LIMPO foram usados no programa
PF obtendo 924,4 kJ de energia produzidos.
•
A energia produzida pelo módulo usando os valores de irradiância horária coletados
(obtendo o valor diário médio mensal) foi de 923,7 kJ.
•
A diferença entre os dois valores de energia foi menor que 0,1%.
Os gráficos de energia são mostrados a seguir.
73
Figura 26: Energia gerada pelo módulo Siemens SM55 para Recife/Jan/2006 usando a irradiância
horária coletada.
Figura 27: Energia gerada pelo módulo Siemens SM55 para Recife/Jan/2006 usando a irradiância
obtida pelo programa CÉU LIMPO.
74
PESQUEIRA
•
Valor diário médio da energia (dados coletados): 23,3 MJ/m2/dia.
•
Ajuste da turbidez no programa CÉU LIMPO para Pesqueira no mês de Janeiro resultou
no índice de 5,8 (latitude igual a - 8,357°, altitude igual a 654 metros). O ajuste obteve
23,4 MJ/m2/dia.
•
Os valores de irradiância gerados pelo programa CÉU LIMPO foram usados no programa
PF obtendo 1056,2 kJ de energia produzidos.
•
A energia produzida pelo módulo usando os valores de irradiância horária coletados
(obtendo o valor diário médio mensal) foi de 1050,7 kJ.
•
A diferença entre os dois valores de energia foi de 0,5%.
Os gráficos de energia são mostrados a seguir.
Figura 28: Energia gerada pelo módulo Siemens SM55 para Pesqueira/Jan/2006 usando a irradiância
horária coletada.
75
Figura 29: Energia gerada pelo módulo Siemens SM55 para Pesqueira/Jan/2006 usando a irradiância
obtida pelo programa CÉU LIMPO.
Conclui-se, portanto, que o programa CÉU LIMPO pode ser usado adequadamente na
obtenção dos valores médios horários da irradiância que serão aplicados como dados de
entrada na estimativa da energia produzida pelos módulos fotovoltaicos.
3.1.8.4 Comparação entre os valores de energia obtidos usando os valores horários e
horários médio mensal da temperatura ambiente e irradiância
O programa CÉU LIMPO disponibiliza os valores horários médio mensal da
irradiância; no entanto, é possível utilizar o programa para obter os valores horários diários.
Desde que a segunda alternativa envolve um número elevado de repetições do processo,
procurou-se conhecer o efeito do uso de cada um dos processos na obtenção da energia
produzida pelo módulo. Caso não haja diferença significativa, a opção será a utilização dos
valores horários médio mensal.
A sistemática aplicada foi:
76
•
Cálculo da energia produzida no mês de Janeiro de 2006 pelo módulo Siemens SM55
inclinado de 23° Norte, instalado em Recife – PE (latitude –8,05° altitude 2 m) utilizando
o valor diário médio mensal da temperatura ambiente e da irradiância (dia típico do mês).
A inclinação de 23° Norte foi aplicada para otimizar a irradiância ao longo do ano.
•
Cálculo da energia produzida no mês de Janeiro de 2006 pelo módulo Siemens SM55
inclinado de 23° Norte, instalado em Recife – PE utilizando o valor diário da temperatura
ambiente e da irradiância (para os 31 dias do mês).
•
Comparação entre a energia produzida nos itens anteriores.
Os passos seguidos foram:
•
Obtenção no site do CPTEC da planilha contendo os dados de irradiância global,
temperatura ambiente e velocidade do vento para Recife no mês de Janeiro de 2006. A
planilha contém os dados de velocidade do vento e temperatura ambiente a cada três
horas. O valor da irradiância é o acumulado a cada três horas.
•
Obtenção da irradiância global horizontal e direta horizontal (valor horário média mensal
– dia típico). É utilizado o programa CÉU LIMPO (ajustado o índice de turbidez para
coincidir com valor médio mensal fornecido pelos dados do CPTEC).
•
Obtenção da irradiância global (horária média mensal) no plano do módulo, inclinado do
ângulo ß (23°). É utilizado uma planilha Excel, que contém as expressões matemáticas
que consideram a latitude local, ângulo de inclinação do módulo, hora solar, e dia médio
do mês.
•
Obtenção da temperatura ambiente hora a hora. É utilizada a interpolação spline cubic,
usando como entrada a temperatura ambiente fornecida pelo CPTEC, que está de 03 em
03 horas.
•
Construção da tabela com os dados de irradiância global horária média mensal,
temperatura ambiente horária média mensal, e velocidade do vento horário média mensal.
Foi considerado como referência o valor fixo de 1m/s para a velocidade do vento.
•
Utilização do programa Performance Fotovoltaica para calcular a energia produzida pelo
módulo Siemens SM55 usando como entrada de dados a tabela gerada no item anterior.
•
Repetição dos itens anteriores, sendo que o programa CÉU LIMPO é utilizado para fazer
o ajuste da irradiância dia a dia. Desde que a temperatura já havia sido interpolada hora a
hora em todos os dias do mês, é construída a tabela da irradiância e temperatura dia a dia,
77
e calculada a energia produzida pelo módulo usando o programa Performance
Fotovoltaica.
•
Comparação entre os dois valores de energia encontrados.
Os resultados obtidos foram:
•
A energia produzida pelo módulo no mês, usando os valores horários médio mensal da
irradiância e temperatura ambiente (dia típico) foi de 780,7 kJ.
•
A energia produzida pelo módulo no mês usando os valores horários diário da irradiância
e temperatura ambiente foi de 779,6 kJ.
•
A diferença entre os dois valores de energia encontrados acima foi de 0,13%.
Conclui-se então, que os valores horários médio mensal podem ser usados para
estimar a energia produzida pelo módulo (diferença de 0,13% para o valor calculado dia a dia
para o mês de Janeiro de 2006). As tabelas são apresentadas a seguir.
78
Tabela 4:
Dados climáticos de Recife para o mês de Janeiro de 2006 (Dados de 03 em 03 horas –
planilha parcial).
Data/Hora
2006-01-01 00:00:00.0
2006-01-01 03:00:00.0
2006-01-01 06:00:00.0
2006-01-01 09:00:00.0
2006-01-01 12:00:00.0
2006-01-01 15:00:00.0
2006-01-01 18:00:00.0
2006-01-01 21:00:00.0
2006-01-02 00:00:00.0
2006-01-02 03:00:00.0
2006-01-02 06:00:00.0
2006-01-02 09:00:00.0
2006-01-02 12:00:00.0
2006-01-02 15:00:00.0
2006-01-02 18:00:00.0
2006-01-02 21:00:00.0
2006-01-03 00:00:00.0
2006-01-03 03:00:00.0
2006-01-03 06:00:00.0
2006-01-03 09:00:00.0
2006-01-03 12:00:00.0
2006-01-03 15:00:00.0
2006-01-03 18:00:00.0
2006-01-03 21:00:00.0
2006-01-04 00:00:00.0
2006-01-04 03:00:00.0
2006-01-04 06:00:00.0
2006-01-04 09:00:00.0
2006-01-04 12:00:00.0
2006-01-04 15:00:00.0
Rad. Solar
MJ/m2
0,0
0,0
0,1
4,1
6,8
5,4
1,2
0,0
0,0
0,0
0,1
4,1
6,8
5,3
1,3
0,0
0,0
0,0
0,1
3,9
8,1
5,6
2,0
0,0
0,0
0,0
0,1
5,2
7,7
5,6
TempAr
VelVento3m
°C
25,5
25
26
29,5
30,5
28
26
26
25,5
22,5
22
29,5
30,5
28,5
26,5
26
25
25
25,5
30,5
30
30
27
26
26
25,5
26
29
30,5
30
m/s
0,8
0,9
1,5
2,6
2,3
1,9
1
1,1
1
0,3
0,4
1,6
2,3
1,8
1,4
1
1,1
0,7
0,8
2,2
2,3
2,1
1,8
1,6
1,3
1,1
1,4
2
2,3
2
79
Tabela 5:
Dados de irradiância global horária média mensal, temperatura ambiente horária média
mensal (ambas interpoladas), temperatura do módulo horária média mensal (calculada), e
potência horária média mensal (calculada) para Recife em Janeiro/2006.
Tempo
h
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
Rad
W/m2
0
85,2
228,5
373,3
500
592,3
639,3
636
582,6
483,9
350,2
195,6
1
TAmb
°C
25,4
26,6
28,1
29,5
30,3
30,6
30,7
30,5
30,2
29,5
28,5
27,5
26,7
TMod Vel. Vento Pot. Máx
°C
26,7
30,2
35,7
41,0
45,3
48,2
49,6
49,3
47,6
44,1
39,5
34,2
28,0
m/s
1
W
0,0
4,0
11,0
17,7
23,3
27,2
29,1
29,0
26,8
22,7
16,7
9,4
0,0
Figura 30: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 inclinado de -23° para Recife em
Janeiro/2006 (utilizando os valores horários médio mensal).
80
Tabela 6:
Dados de irradiância global horária, temperatura ambiente horária (ambas interpoladas),
temperatura do módulo horária (calculada), e potência horária para Recife em
Janeiro/2006.
Tempo
h
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
Rad
W/m2
0
81
208,8
325
425
493,3
529,9
527
484,6
410,8
305,3
181,8
16,3
TAmb
TMod
°C
26
27,1
28,3
29,5
30,3
30,6
30,5
29,9
29
28
27,1
26,4
26
°C
27,3
30,6
35,3
39,7
43,2
45,4
46,4
45,7
43,7
40,7
36,9
32,8
27,7
VelVento Pot. Máx.
m/s
1
W
0,0
3,8
10,0
15,4
19,9
22,9
24,5
24,5
22,8
19,6
14,7
8,8
0,7
Figura 31: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 inclinado de -23° para Recife em
Janeiro/2006 (utilizando o valor horário dia a dia).
81
3.1.8.5 Metodologia para obtenção da energia produzida em condições climáticas
distintas
A metodologia descrita a seguir foi utilizada nas simulações efetuadas. Para todos os
casos foi considerado que o módulo estaria operando no ponto de máxima potência. Esta
condição foi escolhida por ser usualmente utilizada nas aplicações práticas.
•
Cálculo da energia produzida nos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro de 2006 pelo
módulo Siemens SM55 inclinado de 23° Norte, instalado em Recife – PE (latitude –8,05°
altitude 2 m). Comparação entre os valores de energia encontrada para cada mês com o
valor de energia produzida considerando a temperatura do módulo fixa em 25°C (STC), e
considerando a velocidade do vento fixa em 1m/s.
•
Cálculo da energia produzida nos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro de 2006 pelo
módulo Siemens SM55 inclinado de 23° Norte, instalado em Araripina – PE (latitude –
7,58° altitude 622 m). Comparação entre os valores de energia encontrada para cada mês
com o valor de energia produzida considerando a temperatura do módulo fixa em 25°C
(STC), e considerando a velocidade do vento fixa em 1m/s.
•
Comparação entre a energia produzida nos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro de
2006 pelo módulo Siemens SM55 inclinado de 23° Norte, instalado em Recife, com a
energia produzida pelo mesmo módulo em Araripina nos meses respectivos. Nesta
comparação estão envolvidos o conjunto das variáveis climáticas (irradiância, temperatura
ambiente e velocidade do vento).
•
Comparação entre a energia produzida nos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro de
2006 pelo módulo Siemens SM55 inclinado de 23° Norte, instalado em Recife, com a
energia produzida pelo mesmo módulo em Araripina nos meses respectivos, considerando
para as duas localidades a temperatura do módulo fixa em 25° C.
As etapas seguintes foram executadas:
•
Obtenção no site do CPTEC da planilha contendo os dados de irradiância global,
temperatura ambiente e velocidade do vento para Recife e Araripina nos meses de Janeiro,
Abril, Julho e Outubro de 2006. A planilha contém os dados de velocidade do vento e
82
temperatura ambiente a cada três horas. O valor da irradiância é o acumulado a cada três
horas.
•
Obtenção da irradiância global horizontal e direta horizontal (valor horário médio
mensal). É utilizado o programa CÉU LIMPO (ajustado o índice de turbidez para
coincidir com valor médio mensal fornecido pelos dados do CPTEC).
•
Obtenção da irradiância global (horária média mensal) no plano do módulo, inclinado do
ângulo ß (23°). É utilizado uma planilha Excel, que contém as expressões matemáticas
que consideram a latitude local, ângulo de inclinação do módulo, hora solar, e dia médio
do mês.
•
Obtenção da temperatura ambiente hora a hora. É utilizada a interpolação spline cubic,
usando como entrada a temperatura ambiente fornecida pelo CPTEC, que está de 03 em
03 horas.
•
Construção da tabela com os dados de irradiância global horária média mensal,
temperatura ambiente horária média mensal, e velocidade do vento horário média mensal.
•
Utilização do programa Performance Fotovoltaica para calcular a energia produzida pelo
módulo Siemens SM55 usando como entrada de dados a tabela gerada no item anterior.
•
Obtenção da energia produzida pelo módulo considerando a temperatura do módulo fixa
em 25°C. Foi criada uma entrada no programa Performance Fotovoltaica que permite
fixar a temperatura do módulo no valor estabelecido na planilha de entrada de dados.
•
Obtenção da energia produzida pelo módulo considerando a velocidade do vento fixa em
1m/s.
•
Comparação entre a energia produzida pelo módulo na condição ambiental,
na
temperatura padrão de 25°C e com a velocidade do vento fixa em 1m/s.
•
Comparação entre os resultados obtidos mês a mês para Recife com os obtidos para
Araripina.
83
4
4.1
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Comparação entre as curvas características geradas pelo software Performance
Fotovoltaica e as curvas do fabricante
4.1.1 Comparação para as condições operacionais padrão (STC)
Desde que os fabricantes normalmente apresentam em seus catálogos as curvas dos
módulos nas condições padrão de operação, foi realizado uma comparação para o módulo
Siemens SM55 (2), nestas condições, entre as curvas do fabricante e as geradas pelo programa
Performance Fotovoltaica. Na Figura 32 encontram-se as duas curvas superpostas.
4
54,8 W
1.000 W/m 2
Corrente ( A )
3
800 W/m 2
2
600 W/m 2
400 W/m 2
1
200 W/m 2
o
Temperatura da célula 25 C
0
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
Tensão ( V )
Figura 32: Comparação na condição STC entre as curvas do fabricante (preta) e do programa PF
(azul).
Observa-se uma boa aderência entre as curvas, confirmando a expectativa de precisão
do modelo adotado.
84
4.1.2 Comparação das curvas características em uma condição operacional qualquer
Com objetivo de verificar o comportamento das curvas geradas pelo programa PF em
condições operacionais diversas, foram feitas comparações em duas situações. Inicialmente
foi mantida a temperatura do módulo no valor de referência e variado a irradiância; em
seguida é feita uma análise mantendo a irradiância no valor de referência e variando a
temperatura do módulo. A curva mostrando o resultado do primeiro caso é mostrada na Figura
33, onde a irradiância encontra-se em 800 W/m2 e a temperatura do módulo em 25°C.
Verifica-se que as curvas são praticamente coincidentes, mostrando a adequação do modelo.
4
1.000 W/m 2
Corrente ( A )
3
43,9 W
800 W/m 2
2
600 W/m 2
400 W/m 2
1
200 W/m 2
o
Temperatura da célula 25 C
0
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
Tensão ( V )
Figura 33: Comparação entre as curvas do fabricante (preta) e do programa PF (azul) na condição
operacional T= 25°C e I= 800 W/m2.
Dando continuidade às verificações, foram comparadas as curvas do fabricante com as
do programa PF, na condição de temperatura do módulo igual a 40°C e irradiância mantida na
STC (I= 1000 W/m2). Os resultados são mostrados na Figura 34. Percebe-se uma leve
diferença entre as curvas para os valores de tensão do módulo. Para os valores de corrente não
são notadas diferenças. Esta diferença, foi constatada originariamente por De Soto, que
atribuiu ao fato dos parâmetros informados nos catálogos dos fabricantes (nos quais a curva
85
gerada pelo programa se baseia) não estarem rigorosamente iguais aos obtidos pela curva
fornecida pelos mesmos fabricantes.
4
50,2 W
Corrente ( A )
3
o
20 C
o
30 C
o
2
40 C
o
50 C
o
60 C
1
0
Irradiância: 1.000 W/m 2
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
Tensão ( V )
Figura 34: Comparação entre as curvas do fabricante (preta) e do programa PF (azul) na condição
operacional T= 40°C e I= 1000 W/m2.
Com base na revisão bibliográfica, constatou-se que alguns autores utilizam um
modelo de menor complexidade, não considerando o efeito da variação da banda de energia
com a temperatura, que foi adotado no modelo deste trabalho, foi feito um teste fixando a
banda de energia com objetivo de comparar os resultados. Na Figura 35 verifica-se que a
curva do fabricante está mais próxima quando o efeito da temperatura na banda de energia é
desconsiderado (avaliação feita para a temperatura do módulo igual a 60°C).
86
4
44 W
Corrente ( A )
3
o
20 C
o
30 C
o
40 C
2
o
50 C
o
60 C
Irradiância: 1.000 W/m 2
1
Eg fixo
Eg variando com T
0
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
Tensão ( V )
Figura 35: Comparação entre as curvas do fabricante e do programa PF na condição operacional T=
60°C e I= 1000 W/m2. Cor preta – fabricante. Cor azul - programa PF com Eg variando
com T. Cor vermelha – programa PF com Eg fixo.
4.2
Comparação entre os valores de energia obtida para velocidades do vento diversas
A velocidade do vento é um fenômeno de difícil predição, e como os dados utilizados
neste trabalho são dados sinópticos (CPTEC/INPE), foram feitos ensaios fixando a velocidade
do vento em 1m/s, 2m/s, 3m/s, 4m/s, 5m/s e 6m/s com o objetivo de verificar o efeito na
energia produzida pelo módulo fotovoltaico.
O módulo sob teste foi o Siemens SM55 instalado em Araripina-PE (latitude –7,58°
altitude 622 m) com inclinação de 23° Norte; na simulação foram usados os dados do
CPTEC/INPE dos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro de 2006. A metodologia
empregada foi a descrita no item 3.1.8.5 fazendo as devidas adequações para as condições sob
teste. A Tabela 7 mostra os resultados.
87
Tabela 7:
Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina em 2006 para
velocidades do vento fixas de 1 a 6 m/s.
Velocidade do vento (m/s)
1,0
2,0
3,0
G (MJ/m2/dia)
Janeiro
E (kJ)
%
E (kJ)
%
E (kJ)
%
0,0
1,0
0,9
%
0,9
0,9
0,9
15,2
783,8 791,1 798,3 805,6 812,8 820,0
0,0
0,9
0,9
0,9
0,9
0,9
18,5
997,9 1007
0,0
0,9
1016
1026
1035
1044
0,9
1,0
0,9
0,9
1008
1018
0,9
1,0
G (MJ/m2/dia)
Outubro E (kJ)
6,0
885,7 894,2 902,7 911,1 919,6 928,0
G (MJ/m2/dia)
Julho
5,0
23,4
G (MJ/m2/dia)
Abril
4,0
23,6
970,9 980,3 989,8 999,1
0,0
1,0
1,0
0,9
Conclui-se, então, que o efeito da velocidade do vento no desempenho do módulo
representa em torno de 1% de aumento da energia produzida para cada elevação de 1m/s na
velocidade do vento. Este resultado torna necessário conhecer com maior profundidade a
distribuição da velocidade do vento nas localidades sob estudo, o que é feito a seguir.
88
4.2.1 Velocidade do vento nos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro de 2006 para
Recife e Araripina
Nas planilhas do CPTEC/INPE os valores da velocidade do vento estão em intervalos
de três em três horas (valores coletadas sem obstáculo) ; desde que este parâmetro repercute
na temperatura do módulo, e conseqüentemente na energia produzida, procurou-se
inicialmente estudar o comportamento da velocidade do vento em termos de valor médio
mensal. Foram traçadas curvas para cada um dos meses em análise, superpondo os valores de
Recife e Araripina de forma a identificar as diferenças. Os resultados são apresentados abaixo.
4,5
4,0
Vel. do vento (m/s)
3,5
3,0
Araripina
Araripina-Média
Recife
Recife-Média
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
0
3
6
9
12
15
18
21
Hora (h)
Figura 36: Velocidade do vento no mês de Janeiro de 2006 para Recife e Araripina (dia médio
mensal).
89
3,5
3,0
Vel. do vento (m/s)
2,5
2,0
Araripina
Araripina-Média
Recife
Recife-Média
1,5
1,0
0,5
0,0
0
3
6
9
12
15
18
21
Hora (h)
Figura 37: Velocidade do vento no mês de Abril de 2006 para Recife e Araripina (dia médio mensal).
5,0
4,5
4,0
Vel. do vento (m/s)
3,5
3,0
Araripina
Araripina-Média
Recife
Recife-Média
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
0
3
6
9
12
15
18
21
Hora (h)
Figura 38: Velocidade do vento no mês de Julho de 2006 para Recife e Araripina (dia médio mensal).
90
5,0
4,5
4,0
Vel. do vento (m/s)
3,5
3,0
Araripina
Araripina-Média
Recife
Recife-Média
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
0
3
6
9
12
15
18
21
Hora (h)
Figura 39: Velocidade do vento no mês de Outubro de 2006 para Recife e Araripina.(dia médio
mensal).
3,5
3
Vel. do vento (m/s)
2,5
2
Araripina
Recife
1,5
1
0,5
0
Janeiro
Abril
Julho
Outubro
Mês
Figura 40: Velocidade do vento para Recife e Araripina nos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro
de 2006 (valor médio mensal).
91
A análise das curvas permite concluir que Araripina possui velocidade do vento
superior à Recife para todos os meses em estudo. Torna-se claro, também, que para as duas
localidades, os ventos com maior velocidade estão concentrados no período do dia de maior
irradiância. Este fato traz uma contribuição positiva na geração de energia, pois implica na
atenuação da temperatura do módulo, que tende a crescer nos horários de maior irradiância
(próximo ao meio dia). A Tabela 8 apresenta de forma resumida a variação da velocidade do
vento ao longo dos meses para as duas localidades.
Tabela 8:
Valor médio mensal da velocidade do vento para Recife e Araripina nos meses de Janeiro,
Abril, Julho e Outubro de 2006.
Mês
4.3
Velocidade do vento
Média mensal (m/s)
Araripina Recife Diferença (%)
Janeiro
2,7
1,5
80
Abril
1,9
1,0
90
Julho
3,3
1,2
175
Outubro
3,0
1,7
76,5
Efeito da Temperatura no Desempenho do Módulo Fotovoltaico
Concluída a etapa de verificação da adequação da metodologia e do modelo adotado,
pode-se finalmente avaliar o efeito da temperatura no desempenho do módulo fotovoltaico.
Os ensaios foram desenvolvidos para as localidades de Recife e Araripina, ambas no estado
de Pernambuco. O módulo sob aplicação foi o Siemens SM55 inclinado de 23° Norte, e os
dados climáticos foram obtidos do CPTEC/INPE para os meses de Janeiro, Abril, Julho e
Outubro de 2006.
92
4.3.1 Energia produzida em condições climáticas distintas
Para cada um dos meses foi verificada a energia produzida pelo módulo nas condições
climáticas locais (efeito conjunto G, Ta e Vvento),
a energia produzida mantendo a
temperatura do módulo fixa em 25°C (temperatura de referência, normalmente usada nos
catálogos dos fabricantes), e a energia produzida fixando a velocidade do vento em 1m/s. A
sistemática empregada foi a descrita no item 3.1.8.5.
Os resultados obtidos foram:
RECIFE
Tabela 9: Energia média mensal produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Recife.
Energia produzida (kJ)
Janeiro Abril
Julho Outubro Média
(1) Efeito conjunto (G,Ta, V)
787,8
841,5 804,7
957,3
847,8
(2) Temp. do módulo fixa
(25°C)
(3) Vel. do vento fixa (1m/s)
878,2
948,8 886,1
1082,0
948,8
780,7
838,0 799,4
946,2
841,0
Comparação % (1) x (2)
-11,5
-12,8
-10,1
-13,0
-11,8
Comparação % (1) x (3)
0,9
0,6
1,2
0,8
0,4
(1) condições climáticas locais; (2) temperatura do módulo fixa em 25°C; (3) velocidade do vento fixa em 1m/s.
A análise destes dados mostra que na média dos quatro meses, a energia produzida
pelo módulo é 11,8 % inferior quando comparada com a energia produzida caso o módulo
mantivesse a temperatura fixa em 25°C. Nota-se, também, que o efeito da velocidade do
vento resulta em um ganho médio de 0,8% quando comparado caso a velocidade do vento
fosse padronizada em 1 m/s.
93
ARARIPINA
Tabela 10: Energia média mensal produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina.
Energia produzida (kJ)
Janeiro Abril
Julho
Outubro Média
(1) Efeito conjunto (G,Ta, V)
909,2
795,8 1028,5
998,1
932,9
(2) Temp. do módulo fixa
(25°C)
(3) Vel. do vento fixa (1m/s)
995,2
847,5 1100,0
1110,0
1013,2
885,8
783,9
998,0
971,0
909,7
Comparação % (1) x (2)
-9,4
-6,5
-7,0
-11,2
-8,5
Comparação % (1) x (3)
2,6
1,5
2,9
2,7
2,4
(1)condições climáticas locais; (2) temperatura do módulo fixa em 25°C; (3) velocidade do vento fixa em 1m/s.
De forma similar ao observado para Recife, o módulo em Araripina produz, em
valores médios, 8,5% menos energia quando comparado na condição de temperatura fixa em
25°C. Nota-se, também, que o efeito da velocidade do vento resulta em um ganho médio de
2,4% quando comparado caso a velocidade do vento fosse padronizada em 1 m/s.
RECIFE X ARARIPINA
Desde que a temperatura do módulo depende da irradiância, da temperatura ambiente e
da velocidade do vento, e que Recife e Araripina possuem valores próprios destas variáveis, o
efeito da temperatura do módulo na análise comparativa de produção de energia deve ser
verificado considerando o conjunto das variáveis. Um outro indicador é comparar a produção
de energia fixando a temperatura do módulo em 25°C para as duas localidades. Neste caso
são desconsiderados os efeitos da irradiância, temperatura ambiente e velocidade do vento na
temperatura do módulo. Para permitir uma melhor avaliação dos resultados, inicialmente é
apresentado um resumo dos valores médios das variáveis climáticas para as duas localidades.
94
Tabela 11: Valores médios mensais da irradiância, temperatura ambiente e velocidade do vento para
Recife e Araripina, nos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro de 2006.
Recife
G (MJ/m2/dia) Ta (°C)
Araripina
Vvento (m/s)
G (MJ/m2/dia) Ta (°C) Vvento (m/s)
Jan.
20,6
27,3
1,5
23,4
23,8
2,7
Abril
17,41
27,1
0,97
15,2
21,2
1,9
Julho
14,9
24,5
1,19
18,5
19,4
3,3
Out.
23,1
26,9
1,74
23,6
24,3
3,0
Tabela 12: Comparação entre a energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em
Araripina e em Recife.
Energia produzida (kJ)
Janeiro Abril
Julho
Outubro Total
(1) Efeito conjunto (G,Ta, V)
RECIFE
(2) Efeito conjunto (G,Ta, V)
ARARIPINA
Comparação % (1) x (2)
787,8
841,5
804,7
957,3
3391,3
909,2
795,8 1028,5
998,1
3731,6
-15,4
5,4
-27,8
-4,3
-10,0
(3) Temp. do módulo fixa (25°C)
RECIFE
(4) Temp. do módulo fixa (25°C)
ARARIPINA
Comparação % (3) x (4)
878,2
948,8
886,1
1082,5
3795,6
995,2
847,5 1100,0
1110,0
4052,7
-13,3
10,7
-2,5
-6,8
-24,1
(1) considerando condições climáticas locais; (2) temperatura do módulo fixa em 25°C.
Levando em conta o efeito conjunto das variáveis (comparação mais realística na
Tabela 12), Recife produz nos quatro meses, 10,0% menos energia que Araripina. Quando a
comparação é feita para temperatura do módulo fixa em 25°C a diferença passa a ser de 6,8%
em favor de Araripina (devido aos valores médios superiores de irradiância de Araripina). A
redução do valor percentual está coerente com o fato de Araripina possuir valores médios de
temperatura ambiente inferiores a Recife e valores médios de velocidade do vento superiores
à Recife. Ambos fatores contribuem para o menor incremento da temperatura do módulo com
relação ao valor fixo de 25°C.
A análise dos valores de energia obtidos mostra que o efeito da temperatura no
95
desempenho do módulo fotovoltaico é significativo. Este efeito torna-se evidente quando é
feita comparação para a mesma localidade (diferença média de 10,19%), pois neste caso a
variável irradiância não muda. Quando a comparação é feita para localidades distintas deve
ser considerado o efeito conjunto das variáveis climáticas que determinam a temperatura
operacional do módulo; também neste caso a diferença de energia produzida mostrou ser
relevante (10,0%). Estes resultados ressaltam a importância da escolha do local mais
apropriado para a instalação de um Sistema de geração fotovoltaica de grande porte.
Os gráficos de energia são apresentados no apêndice B.
4.3.2 Relação da energia produzida com a temperatura ambiente
4.3.2.1 Estratificação da energia produzida em faixas da temperatura operacional
O melhor desempenho do módulo, da ordem de 10% obtido para Araripina quando
comparado com Recife, deve-se em parte
à temperatura ambiente; este fato induz à
necessidade de conhecer melhor a variação da temperatura ambiente ao longo do dia nestas
localidades. Com este objetivo foram superpostas as curvas de temperatura ambiente média
horária para o mês de Janeiro de 2006, conforme é apresentado.
96
Temp. ambiente (C) )
35
30
25
20
Recife
15
Araripina
10
5
0
0
2
4
6
8
10 12 14 16 18 20 22
Hora (h)
Figura 41: Curvas de temperatura ambiente para Recife e Araripina – Valores horários médio mensal
para Janeiro de 2006.
A análise destas curvas mostra que:
•
Não existe diferença significativa para os valores mais altos de temperatura.
•
A temperatura média de Araripina é inferior à de Recife.
•
A curva de Araripina está deslocada para a direita (eixo do tempo), o que significa que
Recife possui temperaturas mais altas nas horas de maior irradiância.
A partir destas constatações procurou-se conhecer a contribuição de cada faixa de
temperatura na energia produzida pelo módulo. A Tabela 13 e Tabela 14 apresentam a
estratificação da energia produzida em função da temperatura para Recife e Araripina em
Janeiro de 2006.
Tabela 13: Estratificação da energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Recife no
mês de Janeiro de 2006 nas faixas de temperatura de operação do módulo.
Temp. módulo Tempo operação % tempo Energia (kJ) % Energia % Energia
(°C)
(hs dia)
acumulada
25-30
02
15,4
17,0
2,2
2,2
30-35
02
15,4
54,3
6,9
9,1
35-40
02
15,4
97,9
12,5
21,6
40-45
02
15,4
140,7
18,0
39,6
45-50
05
38,4
471,0
60,3
100,00
97
Tabela 14: Estratificação da energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina
no mês de Janeiro de 2006 nas faixas de temperatura de operação do módulo.
Temp. módulo Tempo operação % tempo Energia (kJ) % Energia % Energia
(°C)
(hs dia)
acumulada
20-25
02
15,4
7,5
0,8
0,8
25-30
01
7,7
17,8
2,0
2,8
30-35
01
7,7
29,8
3,4
6,2
35-40
02
15,4
109,9
12,4
18,6
40-45
02
15,4
164,1
18,5
37,1
45-50
05
38,4
556,6
62,8
100
Das informações contidas nas tabelas extrai-se que:
•
Nas duas localidades a produção de energia está fortemente concentrada nas temperaturas
mais elevadas do módulo, ou seja, mais de 60% da energia produzida é obtida para
temperaturas do módulo superiores a 45°C.
•
Araripina inicia a produção de energia em temperaturas um pouco mais baixas que Recife
(faixa de 20-25°C em contrapartida de 25-30°C de Recife).
Estes resultados evidenciam que medidas mitigatórias para diminuir a temperatura do
módulo acarretarão em substancial ganho no desempenho do sistema fotovoltaico. A Figura
42 e a Figura 43 permitem uma visualização mais clara da contribuição de cada faixa de
temperatura de operação do módulo na produção de energia para Recife e Araripina
respectivamente.
98
70,0
60,0
Energia produzida (%)
50,0
40,0
Recife
30,0
20,0
10,0
0,0
25-30
30-35
35-40
40-45
45-50
Faixa de temperatura (C)
Figura 42: Energia (%) produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Recife/Jan/2006 em
função da temperatura do módulo.
70,0
60,0
Energia produzida (%)
50,0
40,0
Araripina
30,0
20,0
10,0
0,0
20-25
25-30
30-35
35-40
40-45
45-50
Faixa de temperatura (C)
Figura 43: Energia (%) produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina/Jan/2006 em
função da temperatura do módulo.
99
4.3.2.2 Rendimento energético em função da temperatura do módulo
Desde que a temperatura do módulo variará em função das condições climáticas
específicas para cada mês do ano, foi realizado um estudo do rendimento da conversão de
energia do módulo Siemens SM55 para cada localidade e mês sob análise. O rendimento
energético para cada mês foi obtido pela relação entre a energia elétrica produzida e a energia
solar incidente na área do módulo, em um dia típico do mês.
Tabela 15: Rendimento energético do módulo Siemens SM55 nos meses de Janeiro, Abril, Julho e
Outubro de 2006 para Recife e Araripina.
Recife
(°C)
Energia
elétrica
Rendimento
(%)
Energia
solar
(°C)
Tm
Energia
elétrica
Rendimento
7140,00 39,8
787,80
11,03
8075,00
36,6
909,20
11,26
Abril 7722,25 41,5
841,50
10,90
6910,50
32,9
795,80
11,52
Julho 7220,75 37,8
804,70
11,14
8912,25
32,3
1028,50
11,54
8772,00 41,5
957,30
10,91
8993,00
38,4
998,10
11,10
Jan.
(kJ)
Temp. do módulo (C))
Out.
Tm
(kJ)
(kJ)
44
42
40
38
36
34
32
30
11,60
11,50
11,40
11,30
11,20
11,10
11,00
10,90
10,80
Jan.
Abril
Julho
Rendimento (%) (
Energia
solar
Araripina
(kJ)
(%)
Temp. do módulo
Rendimento
Out.
Mês do ano
Figura 44: Rendimento energético e temperatura média do módulo Siemens SM55 instalado em
Araripina para os meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro de 2006.
44
42
40
38
36
34
32
30
11,20
11,10
11,00
10,90
10,80
Rendimento (%))
Temp. do módulo (C))
100
Temp. do módulo
Rendimento
10,70
Jan.
Abril
Julho
Out.
Mês do ano
Figura 45: Rendimento energético e temperatura média do módulo Siemens SM55 instalado em
Recife para os meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro de 2006.
A Figura 44 mostra com clareza que o rendimento na conversão energética é melhor
para os meses em que a temperatura do módulo é menor. Este efeito ocorre também para
Recife (Figura 45), cabendo a observação que o mês de Abril de 2006 teve a menor média de
velocidade do vento de todo o conjunto dos dados (0,97 m/s) o que explica a elevação da
temperatura do módulo.
4.4
Rendimento energético para o módulo operando em tensão fixa
Conforme explicitado no item 3.1.8.5, as simulações realizadas anteriormente foram
feitas considerando o módulo operando no ponto de máxima potência. Desde que em
aplicações práticas, o módulo pode ser usado para alimentar um sistema com valor de tensão
fixo (uma bateria de 12 Vdc, por exemplo), foram feitas simulações para o módulo Siemens
SM55 operando na tensão fixa de 13,8 (tensão de recarga de uma bateria de chumbo-ácido de
12Vdc). Os resultados obtidos são apresentados na Tabela 16.
101
Tabela 16: Rendimento energético do módulo Siemens SM55 operando na tensão fixa de 13,8 Vdc
nos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro de 2006 para Recife e Araripina.
Recife
Energia Tm Energia
solar
(°C) elétrica
(kJ)
(kJ)
7140,00 39,8 747,1
Araripina
10,46
Energia
solar
(kJ)
8075,00
36,6
Energia
elétrica
(kJ)
846,94
Abril 7722,25 41,5 804,32
10,42
6910,50
32,9
725,23
Julho 7220,75 37,8
755,15
10,46
8912,25
32,3
936,41
10,51
8772,00 41,5
915,11
10,43
8993,00
38,4
940,37
10,46
Jan.
Out.
Rendimento
(%)
Tm
(°C)
Rendimento
(%)
10,49
10,49
A comparação da energia produzida e do rendimento energético do módulo operando
no ponto de máxima potência (Tabela 15) com os resultados obtidos para o módulo operando
com tensão fixa (Tabela 16) mostra que tanto para Recife como para Araripina houve perda
de rendimento e energia produzida (valor médio para os quatro meses da ordem de 6%). O
resultado menor já era presumido pela própria definição do ponto de máxima potência.
Caso a comparação seja feita para a mesma localidade, observa-se que o rendimento
tem uma menor variação com a temperatura se o módulo estiver operando na condição de
tensão fixa. Este resultado está coerente com a curva apresentada na Figura 9, em que a tensão
do módulo praticamente não varia com a temperatura para tensões inferiores ao ponto de
máxima potência.
4.5
Efeito da Temperatura no Desempenho de Módulos Fotovoltaicos de Tecnologias
Distintas
As avaliações de desempenho efetuadas nos capítulos anteriores foram feitas para o
módulo Siemens SM55 que utiliza a tecnologia de silício monocristalino. A metodologia
desenvolvida, no entanto, se aplica para as tecnologias de silício policristalino, amorfo, e
películas finas. Com o objetivo de conhecer o efeito da temperatura nas demais tecnologias,
foram efetuados testes com os módulos listados abaixo, que possuem as características:
102
Tabela 17: Características dos módulos fotovoltaicos das tecnologias silício monocristalino,
policristalino, amorfo e películas finas.
Tecnologia
Área (m2)
Células série
Células paralelo
aref (A)
Siemens
SM55
Monocristalino
0,425
36
01
0,994
Solarex
MSX-60
Policristalino
0,556
36
01
0,97
Astropower
APX-45
Película fina
0,566
40
01
1,086
Solarex
MST-43LV(2)
Amorfo
0,822
16
04
1,169
IL,ref (A)
3,32
3,807
2,913
3,428
I0,ref (A)
1,43E-9
1,31E-9
4,842E-9
9,899E-9
Rs,ref (ohms)
0,4088
0,3462
0,6102
1,19
Rsh,ref (ohms)
186,1
185,7
133,3
30,63
Módulo
Inicialmente foram traçadas as curvas características dos módulos utilizando o
programa Performance Fotovoltaica. As curvas são mostradas a seguir.
Figura 46: Curva característica do módulo Solarex MSX-60 traçada pelo programa PF.
103
Figura 47: Curva característica do módulo Astropower APX-45 traçada pelo programa PF.
Figura 48: Curva característica do módulo Solarex MST-43LV(2) traçada pelo programa PF.
Conforme pode ser observado nas curvas características, os módulos possuem pontos
de máxima potência distintos, o que condiz com a expectativa. Em função de não possuírem
104
as mesmas curvas características é evidente que para as mesmas condições climáticas a
energia produzida por cada um deles diferirá. Baseado neste fato, a análise de desempenho em
função da temperatura é pertinente quando realizada individualmente para cada tipo de
tecnologia, o que será feito a seguir.
Objetivando fazer a análise de desempenho usando uma base de referência comum a
todos os módulos, foram utilizados os arquivos com os dados climáticos do CPTEC/INPE
para as localidades de Recife e Araripina, nos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro de
2006. O tratamento dos dados e a metodologia usada foram os mesmos empregados no item
4.3. De modo similar ao realizado para a tecnologia silício monocristalino (Siemens SM55),
efetuou-se a comparação de desempenho dos módulos considerando a temperatura do módulo
fixa no valor de referência (25°C) e a temperatura do módulo ajustada para as condições
climáticas locais. O rendimento energético (relação entre a energia elétrica produzida nas
condições climáticas locais e a energia solar incidente na área do módulo) foi calculado
conforme realizado no item 4.3.2.2 para a tecnologia de silício monocristalino. As tabelas a
seguir sintetizam os resultados obtidos.
RECIFE
Tabela 18: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Recife.
MONOCRISTALINO
Siemens SM55
Energia produzida (kJ)
Janeiro Abril
Julho Outubro
Condições climáticas locais
787,8
841,5 804,7
957,3
Temp. do módulo fixa
(25°C)
Diferença (%)
878,2
948,8 886,1
1082,5
11,5
12,8
10,1
13,1
Tabela 19: Energia produzida pelo módulo Solarex MSX-60 instalado em Recife.
POLICRISTALINO
Solarex MSX-60
Energia produzida (kJ)
Janeiro
Abril
Julho
Outubro
Condições climáticas locais
889,5
954,8
910,6
1078,1
Temp. do módulo fixa
(25°C)
Diferença (%)
999,7
1080,2 1008,8
1232,4
12,4
13,1
10,8
14,3
105
Tabela 20: Energia produzida pelo módulo Astropower APX-45 instalado em Recife.
SILÍCIO FINO
Astropower APX-45
Energia produzida (kJ)
Janeiro Abril
Julho Outubro
Condições climáticas locais
662,8
710,4 679,8
799,9
Temp. do módulo fixa
(25°C)
Diferença (%)
756,0
816,4 762,7
930,4
14,0
14,9
16,3
12,2
Tabela 21: Energia produzida pelo módulo Solarex MST-43LV(2) instalado em Recife.
AMORFO
Solarex MST-43LV(2)
Energia produzida (kJ)
Janeiro
Abril
Julho Outubro
Condições climáticas locais
666,3
711,0 683,0
792,5
Temp. do módulo fixa
(25°C)
Diferença (%)
757,8
815,2 764,1
921,3
13,7
14,7
16,3
11,9
ARARIPINA
Tabela 22: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina.
MONOCRISTALINO
Siemens SM55
Energia produzida (kJ)
Janeiro
Abril
Julho
Outubro
Condições climáticas locais
909,2
795,8 1028,5
998,1
Temp. do módulo fixa
(25°C)
Diferença (%)
995,2
847,5 1099,9
1109,9
9,5
6,5
6,9
11,2
Tabela 23: Energia produzida pelo módulo Solarex MSX-60 instalado em Araripina.
POLICRISTALINO
Solarex MSX-60
Energia produzida (kJ)
Janeiro Abril
Julho
Outubro
Condições climáticas locais 1009,2 892,8 1136,8
1106,4
Temp. do módulo fixa
(25°C)
Diferença (%)
1263,5
1133,0 964,8 1252,2
12,3
8,0
10,1
14,2
106
Tabela 24: Energia produzida pelo módulo Astropower APX-45 instalado em Araripina.
SILÍCIO FINO
Astropower APX-45
Energia produzida (kJ)
Janeiro Abril
Julho Outubro
Condições climáticas locais
751,2
669,0 847,8
820,8
Temp. do módulo fixa
(25°C)
Diferença (%)
855,9
729,8 945,3
953,7
13,9
9,0
11,5
16,2
Tabela 25: Energia produzida pelo módulo Solarex MST-43LV(2) instalado em Araripina.
AMORFO
Solarex MST-43LV(2)
Energia produzida (kJ)
Janeiro
Abril
Julho Outubro
Condições climáticas locais
748,7
674,4 839,8
811,7
Temp. do módulo fixa
(25°C)
Diferença (%)
851,7
733,5 935,4
943,0
13,7
8,8
11,4
16,2
RECIFE X ARARIPINA
Tabela 26: Comparação entre Recife e Araripina da energia produzida pelo módulo Siemens SM55.
MONOCRISTALINO
Energia produzida (kJ)
Energia total (kJ)
Siemens SM55
Janeiro Abril Julho Outubro
3391,3
957,3
787,8 841,5 804,7
RECIFE
Condições climáticas
locais
3731,6
909,2 795,8 1028,5 998,1
ARARIPINA
Condições climáticas
locais
Diferença (%)
-10,0
Tabela 27: Comparação entre Recife e Araripina da energia produzida pelo módulo Solarex MSX-60.
POLICRISTALINO
Energia produzida (kJ)
Solarex MSX-60
Janeiro Abril Julho Outubro
889,4 954,8 910,6 1078,1
RECIFE
Condições climáticas
locais
1009,2 892,8 1136,8 1106,4
ARARIPINA
Condições climáticas
locais
Diferença (%)
Energia total (kJ)
3832,9
4145,2
-8,1
107
Tabela 28: Comparação entre Recife e Araripina da energia produzida pelo módulo Astropower
APX- 45.
SILÍCIO FINO
Energia produzida (kJ)
Astropower APX-45 Janeiro Abril Julho Outubro
662,8 710,4 679,8 799,9
RECIFE
Condições climáticas
locais
751,2 669,0 847,8 820,8
ARARIPINA
Condições climáticas
Diferença (%)
Energia total (kJ)
2852,9
3088,8
-8,3
Tabela 29: Comparação entre Recife e Araripina da energia produzida pelo módulo Solarex MST43LV(2).
AMORFO
Energia produzida (kJ)
Solarex MST-43LV(2) Janeiro Abril Julho Outubro
666,3 711,0 683,0 792,5
RECIFE
Condições climáticas
locais
748,7 674,4 839,8 811,7
ARARIPINA
Condições climáticas
locais
Diferença (%)
Energia total (kJ)
2852,8
3074,6
-7,8
Rendimento energético
Tabela 30: Rendimento energético do módulo Solarex MSX-60 nos meses de Janeiro, Abril, Julho e
Outubro de 2006 para Recife e Araripina.
Recife
Energia
solar
(°C)
9340,80
39,8
889,40
Abril 10102,52 41,5
Julho
9446,44
Out.
Jan.
Energia
solar
(°C)
9,52
10564,00
954,80
9,45
910,60
11475,84 41,5 1078,10
(kJ)
Tm
Araripina
37,8
Energia Rendimento
(%)
elétrica
(kJ)
Energia
elétrica
Rendimento
36,6
1009,20
9,55
9040,56
32,9
892,80
9,88
9,64
11659,32
32,3
1136,80
9,75
9,39
11764,96
38,4
1106,40
9,40
(kJ)
Tm
(kJ)
(%)
108
Tabela 31: Rendimento energético do módulo Astropower APX-45 nos meses de Janeiro, Abril,
Julho e Outubro de 2006 para Recife e Araripina.
Recife
Araripina
Energia
elétrica
Rendimento
Energia
solar
(°C)
39,8
662,80
6,97
10754,00
10284,22
41,5
710,40
6,91
Julho
9616,34
37,8
679,80
Out.
11682,24
41,5
799,90
Energia
solar
(°C)
Jan.
9508,80
Abril
(kJ)
Tm
(kJ)
Energia
elétrica
Rendimento
36,6
751,20
6,99
9203,16
32,9
669,00
7,27
7,07
11869,02
32,3
847,80
7,14
6,85
11976,56
38,4
820,80
6,85
(%)
(kJ)
Tm
(kJ)
(%)
Tabela 32: Rendimento energético do módulo Solarex MST-43LV(2) nos meses de Janeiro, Abril,
Julho e Outubro de 2006 para Recife e Araripina.
Recife
Araripina
Energia
solar
(°C)
Tm
Energia
elétrica
Rendimento
(%)
Energia
solar
(°C)
Tm
Energia
elétrica
Rendimento
Jan.
13809,60
39,8
666,30
4,82
15618,00
36,6
748,70
4,79
Abril
14935,74
41,5
711,00
4,76
13365,72
32,9
674,40
5,05
Julho 13965,78
37,8
683,00
4,89
17237,34
32,3
839,80
4,87
16966,08
41,5
792,50
4,67
17393,52
38,4
811,70
4,67
Out.
(kJ)
(kJ)
(kJ)
(kJ)
(%)
Resumo dos resultados
•
Para as quatro tecnologias FV analisadas, a energia produzida considerando as condições
climáticas locais é em média 11% inferior ao valor obtido caso o módulo opere na
temperatura de referência (padrão informado nos catálogos dos fabricantes). Este
resultado está condizente com o fato de que considerando o conjunto das variáveis
climáticas, o módulo estará operando, em média, com valores de temperatura acima de
25°C.
•
Caso o módulo seja instalado em Araripina ao invés de Recife implicará, para as quatro
tecnologias analisadas, um ganho médio de 8% na energia produzida pelo módulo. O
ganho na geração de energia para Araripina está de acordo com o fato de que as condições
109
climáticas são mais favoráveis nesta localidade do que em Recife (valor médio de
irradiância superior; valor médio da temperatura ambiente inferior; e valor médio de
velocidade do vento superior).
Estes resultados mostram que o efeito das condições climáticas é relevante no
desempenho dos módulos fotovoltaicos das principais tecnologias empregadas no mercado
atual, e que a escolha do local mais apropriado para a implantação de um sistema de geração
de grande porte é fundamental para o sucesso do empreendimento. As curvas de geração de
energia para Recife e Araripina no mês de janeiro de 2006 para as tecnologias de silício
policristalino, silício fino e amorfo, são apresentadas em detalhes no apêndice C.
110
5
CONCLUSÕES
A metodologia desenvolvida mostrou ser eficaz na avaliação de desempenho de
módulos fotovoltaicos das principais tecnologias encontradas no mercado. A partir da
definição do modelo mais completo de caracterização das células fotovoltaicos (modelo de
cinco parâmetros) foi elaborado um software aplicativo, de fácil utilização, que permite a
avaliação de desempenho dos módulos fotovoltaicos em condições operacionais variadas.
Foram feitas aplicações simulando o uso do módulo Siemens SM55 em duas
localidades do estado de Pernambuco, Recife e Araripina, representando respectivamente a
região litorânea e o Sertão Nordestino. Os resultados obtidos consolidaram a expectativa da
importância do efeito da temperatura no desempenho dos módulos fotovoltaicos. O valor
médio, para as duas localidades, da energia produzida considerando as condições climáticas
locais é 10,2% inferior quando comparada caso o módulo fosse utilizado na temperatura
padrão de 25°C.
O estudo permitiu comparar também, a energia produzida pelo mesmo módulo, caso
fosse instalado em Araripina ao invés de Recife. Neste caso, as condições climáticas locais
representam o diferencial. Obteve-se nestas condições, um ganho na energia produzida pelo
módulo de 10,0% para Araripina em relação à Recife.
As simulações realizadas também possibilitaram concluir que:
•
A ferramenta de engenharia desenvolvida neste trabalho atendeu os objetivos propostos,
sendo de fácil aplicação e apresentando resultados consistentes.
•
A produção de energia está fortemente concentrada nas temperaturas mais elevadas do
módulo, isto é, mais de 60% da energia produzida é obtida para temperaturas do módulo
superiores a 45°C.
•
Existe uma coincidência de fase entre a irradiância e a velocidade do vento, ou seja, a
velocidade do vento é maior nas horas próximas ao meio dia, nas localidades observadas.
•
A temperatura do módulo, quando estimada pelo modelo da NOCT, apresenta valores
superiores aos obtidos pelo modelo adotado, significando que os resultados deste trabalho
são conservadores.
111
•
A metodologia utilizada e a ferramenta de engenharia desenvolvida podem ser aplicadas
para as tecnologias de silício policristalino, películas finas e silício amorfo.
112
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115
APÊNDICES
APÊNDICE A
TABELAS ORIGINAIS DO CPTEC/INPE CONTENDO OS DADOS CLIMÁTICOS DE
RECIFE E ARARIPINA NOS MESES DE JANEIRO, ABRIL, JULHO E OUTUBRO DE
2006.
116
RECIFE
Tabela 33: Dados climáticos Recife
Janeiro/2006.
DataHora
2006-01-01
00:00:00.0
2006-01-01
03:00:00.0
2006-01-01
06:00:00.0
2006-01-01
09:00:00.0
2006-01-01
12:00:00.0
2006-01-01
15:00:00.0
2006-01-01
18:00:00.0
2006-01-01
21:00:00.0
2006-01-02
00:00:00.0
2006-01-02
03:00:00.0
2006-01-02
06:00:00.0
2006-01-02
09:00:00.0
2006-01-02
12:00:00.0
2006-01-02
15
2006-01-02
18:00:00.0
2006-01-02
21:00:00.0
2006-01-03
00:00:00.0
2006-01-03
03:00:00.0
2006-01-03
06:00:00.0
2006-01-03
09:00:00.0
2006-01-03
12:00:00.0
2006-01-03
15:00:00.0
2006-01-03
18:00:00.0
2006-01-03
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0,0
25,5
0,8
0,0
25,0
0,9
0,1
26,0
1,5
4,1
29,5
2,6
6,8
30,5
2,3
5,4
28,0
1,9
1,2
26,0
1,0
0,0
26,0
1,1
0,0
25,5
1,0
0,0
22,5
0,3
0,1
22,0
0,4
4,1
29,5
1,6
6,8
30,5
2,3
5,3
28,5
1,8
1,3
26,5
1,4
0,0
26,0
1,0
0,0
25,0
1,1
0,0
25,0
0,7
0,1
25,5
0,8
3,9
30,5
2,2
8,1
30,0
2,3
5,6
30,0
2,1
2,0
27,0
1,8
0,0
26,0
1,6
DataHora
2006-01-04
00:00:00.0
2006-01-04
03:00:00.0
2006-01-04
06:00:00.0
2006-01-04
09:00:00.0
2006-01-04
12:00:00.0
2006-01-04
15:00:00.0
2006-01-04
18:00:00.0
2006-01-04
21:00:00.0
2006-01-05
00:00:00.0
2006-01-05
03:00:00.0
2006-01-05
06:00:00.0
2006-01-05
09:00:00.0
2006-01-05
12:00:00.0
2006-01-05
15:00:00.0
2006-01-05
18:00:00.0
2006-01-05
21:00:00.0
2006-01-06
00:00:00.0
2006-01-06
03:00:00.0
2006-01-06
06:00:00.0
2006-01-06
09:00:00.0
2006-01-06
12:00:00.0
2006-01-06
15:00:00.0
2006-01-06
18:00:00.0
2006-01-06
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0,0
26,0
1,3
0,0
25,5
1,1
0,1
26,0
1,4
5,2
29,0
2,0
7,7
30,5
2,3
5,6
30,0
2,0
2,9
26,5
1,4
0,0
25,0
1,1
0,0
25,5
1,6
0,0
25,5
1,2
0,1
26,0
0,9
4,6
30,0
2,3
9,4
31,5
2,0
5,7
30,0
2,2
1,9
27,0
1,1
0,0
26,0
0,9
0,0
26,0
0,9
0,0
25,5
0,8
0,1
26,0
0,9
3,5
28,5
1,6
7,9
29,0
2,1
5,1
29,0
1,7
1,0
26,5
1,5
0,0
26,0
1,1
117
DataHora
2006-01-07
00:00:00.0
2006-01-07
03:00:00.0
2006-01-07
06:00:00.0
2006-01-07
09:00:00.0
2006-01-07
12:00:00.0
2006-01-07
15:00:00.0
2006-01-07
18:00:00.0
2006-01-07
21:00:00.0
2006-01-08
00:00:00.0
2006-01-08
03:00:00.0
2006-01-08
06:00:00.0
2006-01-08
09:00:00.0
2006-01-08
12:00:00.0
2006-01-08
15:00:00.0
2006-01-08
18:00:00.0
2006-01-08
21:00:00.0
2006-01-09
00:00:00.0
2006-01-09
03:00:00.0
2006-01-09
06:00:00.0
2006-01-09
09:00:00.0
2006-01-09
12:00:00.0
2006-01-09
15:00:00.0
2006-01-09
18:00:00.0
2006-01-09
21:00:00.0
2006-01-10
00:00:00.0
2006-01-10
03:00:00.0
2006-01-10
06:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0,0
25,5
0,8
0,0
24,0
0,4
0,0
23,0
0,5
4,2
29,0
1,6
8,5
30,5
1,8
5,4
30,5
1,7
2,1
26,0
1,2
0,0
25,5
1,1
0,0
25,5
1,2
0,0
24,0
0,6
0,1
22,5
1,5
4,9
30,5
1,6
8,1
29,5
2,0
5,6
30,5
1,8
2,5
26,0
1,3
0,0
26,0
1,3
0,0
25,5
1,0
0,0
23,5
0,6
0,0
24,0
0,7
2,8
27,0
2,7
7,3
29,5
2,2
5,5
28,5
2,1
1,0
27,0
2,1
0,0
26,5
1,5
0,0
26,5
1,4
0,0
26,0
1,8
0,1
26,5
1,7
DataHora
2006-01-10
09:00:00.0
2006-01-10
12:00:00.0
2006-01-10
15:00:00.0
2006-01-10
18:00:00.0
2006-01-10
21:00:00.0
2006-01-11
00:00:00.0
2006-01-11
03:00:00.0
2006-01-11
06:00:00.0
2006-01-11
09:00:00.0
2006-01-11
12:00:00.0
2006-01-11
15:00:00.0
2006-01-11
18:00:00.0
2006-01-11
21:00:00.0
2006-01-12
00:00:00.0
2006-01-12
03:00:00.0
2006-01-12
06:00:00.0
2006-01-12
09:00:00.0
2006-01-12
12:00:00.0
2006-01-12
15:00:00.0
2006-01-12
18:00:00.0
2006-01-12
21:00:00.0
2006-01-13
00:00:00.0
2006-01-13
03:00:00.0
2006-01-13
06:00:00.0
2006-01-13
09:00:00.0
2006-01-13
12:00:00.0
2006-01-13
15:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
4,2
29,5
2,2
8,1
30,5
2,1
5,9
29,5
2,1
1,6
26,5
1,7
0,0
26,0
1,4
0,0
25,5
1,3
0,0
25,5
1,9
0,1
26,0
1,2
3,8
29,5
2,1
9,2
31,0
2,0
6,0
30,0
1,9
1,6
26,5
1,6
0,0
26,0
1,0
0,0
26,0
1,1
0,0
25,5
1,4
0,1
26,0
1,5
4,6
30,5
2,4
7,1
29,5
1,8
4,3
29,0
1,5
1,6
27,0
1,3
0,0
26,0
1,4
0,0
25,5
1,2
0,0
26,0
1,3
0,1
25,5
1,6
2,9
29,0
2,3
9,5
31,0
2,2
5,9
29,5
1,8
118
DataHora
2006-01-13
18:00:00.0
2006-01-13
21:00:00.0
2006-01-14
00:00:00.0
2006-01-14
03:00:00.0
2006-01-14
06:00:00.0
2006-01-14
09:00:00.0
2006-01-14
12:00:00.0
2006-01-14
15:00:00.0
2006-01-14
18:00:00.0
2006-01-14
21:00:00.0
2006-01-15
00:00:00.0
2006-01-15
03:00:00.0
2006-01-15
06:00:00.0
2006-01-15
09:00:00.0
2006-01-15
12:00:00.0
2006-01-15
15:00:00.0
2006-01-15
18:00:00.0
2006-01-15
21:00:00.0
2006-01-16
00:00:00.0
2006-01-16
03:00:00.0
2006-01-16
06:00:00.0
2006-01-16
09:00:00.0
2006-01-16
12:00:00.0
2006-01-16
15:00:00.0
2006-01-16
18:00:00.0
2006-01-16
21:00:00.0
2006-01-17
00:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
1,7
27,0
1,8
0,0
26,5
1,6
0,0
26,0
0,8
0,0
25,5
1,8
0,1
26,0
1,7
4,2
30,5
1,7
9,7
31,0
2,2
5,2
28,5
1,8
2,0
26,0
2,4
0,0
25,5
1,1
0,0
25,5
1,1
0,0
25,0
0,8
0,1
24,0
0,8
5,1
30,0
2,1
8,8
31,0
2,1
6,2
28,5
2,1
1,4
26,0
1,7
0,0
26,0
1,2
0,0
23,0
1,6
0,0
23,0
0,5
0,1
23,5
1,3
3,9
28,5
1,8
9,3
30,5
2,0
5,8
29,0
2,0
1,4
26,5
1,3
0,0
26,5
1,2
0,0
26,0
1,1
DataHora
2006-01-17
03:00:00.0
2006-01-17
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2006-01-17
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2006-01-17
18:00:00.0
2006-01-17
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00:00:00.0
2006-01-18
03:00:00.0
2006-01-18
06:00:00.0
2006-01-18
09:00:00.0
2006-01-18
12:00:00.0
2006-01-18
15:00:00.0
2006-01-18
18:00:00.0
2006-01-18
21:00:00.0
2006-01-19
00:00:00.0
2006-01-19
03:00:00.0
2006-01-19
06:00:00.0
2006-01-19
09:00:00.0
2006-01-19
12:00:00.0
2006-01-19
15:00:00.0
2006-01-19
18:00:00.0
2006-01-19
21:00:00.0
2006-01-20
00:00:00.0
2006-01-20
03:00:00.0
2006-01-20
06:00:00.0
2006-01-20
09:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0,0
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0,1
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1,0
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2,0
8,4
31,0
2,1
6,4
29,0
2,3
2,2
26,5
1,2
0,0
26,5
1,2
0,0
26,0
1,0
0,0
25,5
1,3
0,1
26,0
1,3
4,0
29,5
1,8
7,8
30,5
2,3
6,6
29,5
2,2
1,7
27,0
1,6
0,0
26,0
1,2
0,0
26,0
1,2
0,0
25,0
0,9
0,1
26,0
0,8
0,1
26,0
0,8
6,8
31,0
2,1
6,1
28,5
2,0
1,3
26,5
1,6
0,0
26,0
1,5
0,0
24,0
1,2
0,0
23,0
0,1
0,1
23,0
0,7
2,9
28,0
1,1
119
DataHora
2006-01-20
12:00:00.0
2006-01-20
15:00:00.0
2006-01-20
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2006-01-20
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2006-01-21
00:00:00.0
2006-01-21
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2006-01-21
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2006-01-21
09:00:00.0
2006-01-21
12:00:00.0
2006-01-21
15:00:00.0
2006-01-21
18:00:00.0
2006-01-21
21:00:00.0
2006-01-22
00:00:00.0
2006-01-22
03:00:00.0
2006-01-22
06:00:00.0
2006-01-22
09:00:00.0
2006-01-22
12:00:00.0
2006-01-22
15:00:00.0
2006-01-22
18:00:00.0
2006-01-22
21:00:00.0
2006-01-23
00:00:00.0
2006-01-23
03:00:00.0
2006-01-23
06:00:00.0
2006-01-23
09:00:00.0
2006-01-23
12:00:00.0
2006-01-23
15:00:00.0
2006-01-23
18:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
10,3
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1,9
6,9
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1,1
0,0
26,5
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0,0
26,0
1,6
0,0
25,5
1,1
0,2
26,5
1,6
4,3
30,0
2,0
9,9
31,0
2,1
6,2
29,5
2,2
2,0
26,5
1,2
0,0
26,5
1,4
0,0
26,5
1,2
0,0
26,0
1,2
0,1
26,0
1,2
4,1
31,0
1,9
8,7
30,5
2,0
5,5
28,5
1,8
1,5
27,0
1,5
0,0
26,5
1,3
0,0
26,0
1,6
0,0
25,5
0,8
0,1
26,0
0,8
4,1
30,0
1,6
8,7
31,0
1,7
6,4
29,0
1,9
1,3
27,0
1,0
DataHora
2006-01-23
21:00:00.0
2006-01-24
00:00:00.0
2006-01-24
03:00:00.0
2006-01-24
06:00:00.0
2006-01-24
09:00:00.0
2006-01-24
12:00:00.0
2006-01-24
15:00:00.0
2006-01-24
18:00:00.0
2006-01-24
21:00:00.0
2006-01-25
00:00:00.0
2006-01-25
03:00:00.0
2006-01-25
06:00:00.0
2006-01-25
09:00:00.0
2006-01-25
12:00:00.0
2006-01-25
15:00:00.0
2006-01-25
18:00:00.0
2006-01-25
21:00:00.0
2006-01-26
00:00:00.0
2006-01-26
03:00:00.0
2006-01-26
06:00:00.0
2006-01-26
09:00:00.0
2006-01-26
12:00:00.0
2006-01-26
15:00:00.0
2006-01-26
18:00:00.0
2006-01-26
21:00:00.0
2006-01-27
00:00:00.0
2006-01-27
03:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0,0
26,5
1,2
0,0
26,0
1,3
0,0
26,0
1,2
0,1
26,0
1,3
4,4
30,5
1,6
7,8
29,5
2,1
5,8
30,0
1,6
1,5
27,0
1,2
0,0
26,0
0,9
0,0
26,0
0,7
0,0
26,0
0,8
0,1
26,5
0,9
3,6
30,0
2,0
8,7
31,0
1,8
6,5
29,5
2,0
1,8
27,0
1,2
0,0
26,0
1,3
0,0
26,0
1,0
0,0
25,5
0,6
0,1
26,5
1,5
4,9
30,5
1,6
10,0
32,5
2,1
8,2
30,5
1,9
2,6
27,0
1,4
0,0
26,5
0,9
0,0
26,0
1,0
0,0
26,0
0,9
120
DataHora
2006-01-27
06:00:00.0
2006-01-27
09:00:00.0
2006-01-27
12:00:00.0
2006-01-27
15:00:00.0
2006-01-27
18:00:00.0
2006-01-27
21:00:00.0
2006-01-28
00:00:00.0
2006-01-28
03:00:00.0
2006-01-28
06:00:00.0
2006-01-28
09:00:00.0
2006-01-28
12:00:00.0
2006-01-28
15:00:00.0
2006-01-28
18:00:00.0
2006-01-28
21:00:00.0
2006-01-29
00:00:00.0
2006-01-29
03:00:00.0
2006-01-29
06:00:00.0
2006-01-29
09:00:00.0
2006-01-29
12:00:00.0
2006-01-29
15:00:00.0
2006-01-29
18:00:00.0
2006-01-29
21:00:00.0
2006-01-30
00:00:00.0
2006-01-30
03:00:00.0
2006-01-30
06:00:00.0
2006-01-30
09:00:00.0
2006-01-30
12:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0,1
26,5
1,7
4,8
29,5
1,9
8,6
31,5
1,9
8,0
31,0
1,6
2,0
27,0
1,3
0,0
27,0
1,2
0,0
26,5
1,1
0,0
26,0
1,3
0,1
26,5
1,0
4,2
29,0
1,8
9,0
31,0
1,8
8,0
29,0
2,4
2,4
27,0
1,7
0,0
26,5
1,9
0,0
26,5
1,3
0,0
25,5
0,8
0,1
26,0
0,6
4,3
30,0
1,7
8,7
31,0
1,9
7,3
30,0
1,8
1,6
27,0
2,1
0,0
26,5
1,6
0,0
26,5
1,6
0,0
25,0
0,8
0,0
24,5
0,3
4,5
29,5
2,6
8,2
30,5
2,8
DataHora
2006-01-30
15:00:00.0
2006-01-30
18:00:00.0
2006-01-30
21:00:00.0
2006-01-31
00:00:00.0
2006-01-31
03:00:00.0
2006-01-31
06:00:00.0
2006-01-31
09:00:00.0
2006-01-31
12:00:00.0
2006-01-31
15:00:00.0
2006-01-31
18:00:00.0
2006-01-31
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
7,7
30,5
2,6
2,5
27,0
2,0
0,0
26,5
1,7
0,0
26,0
1,1
0,0
25,5
0,9
0,1
26,5
1,2
4,8
30,5
2,7
8,3
31,5
2,2
6,8
31,0
1,7
2,3
27,0
1,2
0,0
26,5
1,7
121
Tabela 34: Dados climáticos Recife
Abril/2006.
DataHora
2006-04-01
00:00:00.0
2006-04-01
03:00:00.0
2006-04-01
06:00:00.0
2006-04-01
09:00:00.0
2006-04-01
12:00:00.0
2006-04-01
15:00:00.0
2006-04-01
18:00:00.0
2006-04-01
21:00:00.0
2006-04-02
00:00:00.0
2006-04-02
03:00:00.0
2006-04-02
06:00:00.0
2006-04-02
09:00:00.0
2006-04-02
12:00:00.0
2006-04-02
15:00:00.0
2006-04-02
18:00:00.0
2006-04-02
21:00:00.0
2006-04-03
00:00:00.0
2006-04-03
03:00:00.0
2006-04-03
06:00:00.0
2006-04-03
09:00:00.0
2006-04-03
12:00:00.0
2006-04-03
15:00:00.0
2006-04-03
18:00:00.0
2006-04-03
21:00:00.0
2006-04-04
00:00:00.0
2006-04-04
03:00:00.0
2006-04-04
06:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
26,0
0,5
0
24,0
0,3
0,1
24,0
0,6
0,6
25,5
0,7
2,9
28,0
0,8
3,9
29,5
0,8
1,6
26,0
0,5
0
24,5
1,4
0
23,5
0,2
0
23,0
0,3
0,1
23,5
0,1
4,6
29,5
1,2
8,7
31,0
1,7
3,9
28,0
0,9
0,7
26,5
1,4
0
26,0
0,7
0
24,5
0,4
0
24,0
0,4
0,1
24,5
0,3
3,6
29,5
1,2
8,6
32,0
1,8
8,1
31,5
1,7
1,7
27,5
1,3
0
27,0
0,9
0
26,5
1,0
0
26,5
1,3
0,1
24,5
0,5
DataHora
2006-04-04
09:00:00.0
2006-04-04
12:00:00.0
2006-04-04
15:00:00.0
2006-04-04
18:00:00.0
2006-04-04
21:00:00.0
2006-04-05
00:00:00.0
2006-04-05
03:00:00.0
2006-04-05
06:00:00.0
2006-04-05
09:00:00.0
2006-04-05
12:00:00.0
2006-04-05
15:00:00.0
2006-04-05
18:00:00.0
2006-04-05
21:00:00.0
2006-04-06
00:00:00.0
2006-04-06
03:00:00.0
2006-04-06
06:00:00.0
2006-04-06
09:00:00.0
2006-04-06
12:00:00.0
2006-04-06
15:00:00.0
2006-04-06
18:00:00.0
2006-04-06
21:00:00.0
2006-04-07
00:00:00.0
2006-04-07
03:00:00.0
2006-04-07
06:00:00.0
2006-04-07
09:00:00.0
2006-04-07
12:00:00.0
2006-04-07
15:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
4
30,0
2,2
8,7
32,0
2,3
8,2
32,0
1,4
1,7
27,5
1,2
0
27,5
0,9
0
27,0
0,7
0
25,5
0,2
0
25,0
1,2
3,3
29,5
1,2
9,3
32,0
1,6
7,5
31,5
1,8
0,9
27,5
1,1
0
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1,0
0
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0
27,0
0,8
0,1
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0,8
4,2
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2,0
8,5
31,5
1,8
7,2
30,0
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1,4
28,0
1,3
0
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0
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1,0
0
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122
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2006-04-10
21:00:00.0
2006-04-11
00:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
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0
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0
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0
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0,2
0,1
24,0
0,5
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2,5
6,2
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0,4
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15:00:00.0
2006-04-13
18:00:00.0
2006-04-13
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00:00:00.0
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2006-04-14
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2006-04-14
09:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
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24,0
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1,3
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0
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0,7
0
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15:00:00.0
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21:00:00.0
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00:00:00.0
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15:00:00.0
2006-04-17
18:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
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0
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0
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0
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0,5
0
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0,5
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29,5
1,9
7,7
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1,7
7,1
30,5
1,9
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0
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0,5
0
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0,3
0,1
23,5
0,3
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1,4
8,3
31,0
1,7
8,2
32,0
1,4
1,4
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1,1
0
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0,7
0
26,0
0,6
0
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0,3
0,1
23,0
0,4
3,5
30,0
0,8
7,9
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1,1
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1,3
0,8
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0,7
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06:00:00.0
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09:00:00.0
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12:00:00.0
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15:00:00.0
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18:00:00.0
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21:00:00.0
2006-04-21
00:00:00.0
2006-04-21
03:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
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0
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0
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5
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0
25,0
0,1
0
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0
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0,2
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1,2
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0,7
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1,3
0
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0,4
0
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0,2
0
23,5
0,2
0,1
24,0
0,5
3,8
29,0
1,4
6,9
32,5
1,9
4,5
30,5
1,8
1,2
27,0
0,9
0
26,5
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0
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0
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0,5
124
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06:00:00.0
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15:00:00.0
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2006-04-23
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06:00:00.0
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12:00:00.0
2006-04-23
15:00:00.0
2006-04-23
18:00:00.0
2006-04-23
21:00:00.0
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00:00:00.0
2006-04-24
03:00:00.0
2006-04-24
06:00:00.0
2006-04-24
09:00:00.0
2006-04-24
12:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0,1
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1,6
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2,0
6
30,5
1,6
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0
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0
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0
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0
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0,9
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1,6
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1,8
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1,4
1,4
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1,3
0
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1,4
0
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0
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0,9
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26,0
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1,1
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0
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0,3
0
24,0
0,1
0
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0,4
0
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00:00:00.0
2006-04-27
03:00:00.0
2006-04-27
06:00:00.0
2006-04-27
09:00:00.0
2006-04-27
12:00:00.0
2006-04-27
15:00:00.0
2006-04-27
18:00:00.0
2006-04-27
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
5,5
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1,1
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0
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0,6
0
26,0
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0
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0
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5,9
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0
26,5
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0
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0
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24,0
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29,5
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2006-04-30
09:00:00.0
2006-04-30
12:00:00.0
2006-04-30
15:00:00.0
2006-04-30
18:00:00.0
2006-04-30
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
24,5
0,7
0
24,0
0,6
0
24,0
0,6
2,8
29,5
0,7
4,9
30,5
1,1
4,3
29,0
1,6
1,4
27,0
0,7
0
27,0
0,6
0
26,5
0,4
0
24,0
0,5
0
23,5
0,3
2,8
29,5
1,2
7,5
31,0
1,7
6,2
30,0
1,5
0,8
27,5
1,3
0
27,0
1,1
0
25,5
0,7
0
24,5
0,4
0
24,5
0,9
0,3
24,0
1,4
1,2
24,5
1,0
4,1
27,0
0,7
0,7
24,5
0,0
0
27,0
1,1
126
Tabela 35: Dados climáticos Recife
Julho/2006.
DataHora
2006-07-01
00:00:00.0
2006-07-01
03:00:00.0
2006-07-01
06:00:00.0
2006-07-01
09:00:00.0
2006-07-01
12:00:00.0
2006-07-01
15:00:00.0
2006-07-01
18:00:00.0
2006-07-01
21:00:00.0
2006-07-02
00:00:00.0
2006-07-02
03:00:00.0
2006-07-02
06:00:00.0
2006-07-02
09:00:00.0
2006-07-02
12:00:00.0
2006-07-02
15:00:00.0
2006-07-02
18:00:00.0
2006-07-02
21:00:00.0
2006-07-03
00:00:00.0
2006-07-03
03:00:00.0
2006-07-03
06:00:00.0
2006-07-03
09:00:00.0
2006-07-03
12:00:00.0
2006-07-03
15:00:00.0
2006-07-03
18:00:00.0
2006-07-03
21:00:00.0
2006-07-04
00:00:00.0
2006-07-04
03:00:00.0
2006-07-04
06:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
25,0
2,0
0
24,5
1,5
0
24,5
1,3
2,6
27,5
1,9
7,7
29,0
1,9
6,3
27,5
2,6
0,6
23,5
2,5
0
24,0
2,0
0
24,5
1,8
0
24,5
1,5
0
24,0
0,9
3,2
28,0
1,7
7,9
29,5
2,0
5,9
27,5
1,5
1
25,5
1,3
0
25,0
1,8
0
24,5
1,2
0
24,5
1,0
0
24,5
0,9
3,6
28,5
1,8
7,5
29,5
1,6
5,5
28,0
1,4
0,9
25,0
1,3
0
24,0
1,5
0
22,0
0,4
0
22,0
0,4
0
22,0
0,4
DataHora
2006-07-04
09:00:00.0
2006-07-04
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2006-07-04
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2006-07-04
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00:00:00.0
2006-07-05
03:00:00.0
2006-07-05
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2006-07-05
09:00:00.0
2006-07-05
12:00:00.0
2006-07-05
15:00:00.0
2006-07-05
18:00:00.0
2006-07-05
21:00:00.0
2006-07-06
00:00:00.0
2006-07-06
03:00:00.0
2006-07-06
06:00:00.0
2006-07-06
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2006-07-06
12:00:00.0
2006-07-06
15:00:00.0
2006-07-06
18:00:00.0
2006-07-06
21:00:00.0
2006-07-07
00:00:00.0
2006-07-07
03:00:00.0
2006-07-07
06:00:00.0
2006-07-07
09:00:00.0
2006-07-07
12:00:00.0
2006-07-07
15:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
22,0
0,4
6,9
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1,8
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2,0
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25,0
1,4
0
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0
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0,7
0
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0,2
0
20,0
0,4
2,4
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1,0
6,6
28,0
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4,5
27,0
1,2
0,9
23,5
0,7
0
23,0
0,6
0
22,5
0,6
0
22,5
0,2
0
23,5
0,8
2,1
28,0
1,4
4,8
29,0
1,8
5,7
27,5
1,7
1
25,5
1,2
0
25,0
1,1
0
23,0
0,4
0
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0,2
0
21,0
0,1
2,4
27,0
1,5
2,4
27,0
1,5
3,2
24,5
1,6
127
DataHora
2006-07-07
18:00:00.0
2006-07-07
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2006-07-08
00:00:00.0
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12:00:00.0
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15:00:00.0
2006-07-08
18:00:00.0
2006-07-08
21:00:00.0
2006-07-09
00:00:00.0
2006-07-09
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2006-07-09
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2006-07-09
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2006-07-09
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2006-07-09
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2006-07-10
00:00:00.0
2006-07-10
03:00:00.0
2006-07-10
06:00:00.0
2006-07-10
09:00:00.0
2006-07-10
12:00:00.0
2006-07-10
15:00:00.0
2006-07-10
18:00:00.0
2006-07-10
21:00:00.0
2006-07-11
00:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0,5
22,5
1,0
0
22,5
0,7
0
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0,7
0
21,5
0,8
0
21,5
1,2
1,6
22,5
1,3
2,8
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1,3
2,6
24,5
1,8
0,5
22,5
0,7
0
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0,9
0
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0,8
0
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0
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1,2
1
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1,9
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27,5
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2,6
1
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1,4
0
24,5
1,2
0
22,5
0,6
0
21,5
0,7
0,1
22,0
1,0
2,9
28,0
1,6
7,9
29,0
2,0
6,5
27,5
1,7
1,1
25,0
1,0
1,1
25,0
1,0
0
22,5
0,7
DataHora
2006-07-11
03:00:00.0
2006-07-11
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2006-07-11
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2006-07-11
18:00:00.0
2006-07-11
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2006-07-12
00:00:00.0
2006-07-12
03:00:00.0
2006-07-12
06:00:00.0
2006-07-12
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12:00:00.0
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2006-07-12
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2006-07-13
00:00:00.0
2006-07-13
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2006-07-13
06:00:00.0
2006-07-13
09:00:00.0
2006-07-13
12:00:00.0
2006-07-13
15:00:00.0
2006-07-13
18:00:00.0
2006-07-13
21:00:00.0
2006-07-14
00:00:00.0
2006-07-14
03:00:00.0
2006-07-14
06:00:00.0
2006-07-14
09:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
21,5
0,5
0
22,5
0,5
0,9
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1,6
2,8
25,0
1,7
4
27,0
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1,1
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0
23,5
1,4
0
23,5
1,4
0
23,0
0,4
0
24,5
1,6
3,4
27,0
1,8
7,1
28,5
2,8
5,9
28,5
2,2
1,1
25,5
1,6
0
25,0
0,9
0
24,0
1,1
0
24,5
1,1
0
22,5
1,5
1,5
26,5
2,3
7,7
28,5
2,6
5,6
27,5
3,0
5,6
27,5
3,0
0
22,5
1,5
0
21,5
0,9
0
21,0
0,6
0
21,0
0,9
3,4
27,0
1,9
128
DataHora
2006-07-14
12:00:00.0
2006-07-14
15:00:00.0
2006-07-14
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2006-07-14
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2006-07-15
00:00:00.0
2006-07-15
03:00:00.0
2006-07-15
06:00:00.0
2006-07-15
09:00:00.0
2006-07-15
12:00:00.0
2006-07-15
15:00:00.0
2006-07-15
18:00:00.0
2006-07-15
21:00:00.0
2006-07-16
00:00:00.0
2006-07-16
03:00:00.0
2006-07-16
06:00:00.0
2006-07-16
09:00:00.0
2006-07-16
12:00:00.0
2006-07-16
15:00:00.0
2006-07-16
18:00:00.0
2006-07-16
21:00:00.0
2006-07-17
00:00:00.0
2006-07-17
03:00:00.0
2006-07-17
06:00:00.0
2006-07-17
09:00:00.0
2006-07-17
12:00:00.0
2006-07-17
15:00:00.0
2006-07-17
18:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
7,7
29,0
1,9
5,4
28,0
2,3
1,3
24,5
1,3
0
23,0
0,9
0
22,0
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0
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0
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2,3
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0,7
6,3
29,0
1,9
6,7
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2,1
1,3
24,5
0,3
0
22,5
0,2
0
21,5
0,4
0
22,0
0,9
0
22,0
0,5
3,2
27,5
0,8
7,1
29,0
1,6
6,5
27,5
2,1
1,1
24,5
1,2
0
23,5
0,7
0
23,0
0,6
0
22,5
1,3
0
22,5
1,3
1
23,5
1,0
4
24,5
2,1
1,9
24,0
2,7
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24,0
1,9
DataHora
2006-07-17
21:00:00.0
2006-07-18
00:00:00.0
2006-07-18
03:00:00.0
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2006-07-18
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2006-07-18
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2006-07-18
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2006-07-18
18:00:00.0
2006-07-18
21:00:00.0
2006-07-19
00:00:00.0
2006-07-19
03:00:00.0
2006-07-19
06:00:00.0
2006-07-19
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2006-07-19
12:00:00.0
2006-07-19
15:00:00.0
2006-07-19
18:00:00.0
2006-07-19
21:00:00.0
2006-07-20
00:00:00.0
2006-07-20
03:00:00.0
2006-07-20
06:00:00.0
2006-07-20
09:00:00.0
2006-07-20
12:00:00.0
2006-07-20
15:00:00.0
2006-07-20
18:00:00.0
2006-07-20
21:00:00.0
2006-07-21
00:00:00.0
2006-07-21
03:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
22,5
0,8
0
21,5
0,5
0
21,0
0,4
0
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1,4
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2,4
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0
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0,7
0
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0
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0,6
0
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0,4
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1,3
5,9
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2,0
5
27,5
2,2
1,4
24,0
1,0
0
22,5
0,7
0
21,0
0,2
0
21,0
0,5
0
20,0
0,1
3,5
27,0
1,4
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6,8
28,0
1,7
1,4
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0
23,0
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0
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0
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DataHora
2006-07-21
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2006-07-21
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2006-07-21
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2006-07-22
00:00:00.0
2006-07-22
03:00:00.0
2006-07-22
06:00:00.0
2006-07-22
09:00:00.0
2006-07-22
12:00:00.0
2006-07-22
15:00:00.0
2006-07-22
18:00:00.0
2006-07-22
21:00:00.0
2006-07-23
00:00:00.0
2006-07-23
03:00:00.0
2006-07-23
06:00:00.0
2006-07-23
09:00:00.0
2006-07-23
12:00:00.0
2006-07-23
15:00:00.0
2006-07-23
18:00:00.0
2006-07-23
21:00:00.0
2006-07-24
00:00:00.0
2006-07-24
03:00:00.0
2006-07-24
06:00:00.0
2006-07-24
09:00:00.0
2006-07-24
12:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
20,0
0,4
3,2
27,0
1,3
6,5
28,5
2,2
6,5
27,5
2,2
1,1
24,5
1,8
0
24,0
1,7
0
22,0
0,5
0
20,5
0,4
0
20,5
0,6
3,3
26,5
1,6
7,4
28,0
2,3
5,5
28,0
2,1
1,5
24,0
1,9
0
23,0
1,0
0
22,0
0,4
0,2
22,0
0,4
0
21,5
0,6
2,2
25,0
0,9
2,2
25,0
0,9
3,4
27,0
2,0
1,1
25,5
1,5
0
24,5
1,0
0
24,0
0,9
0
20,5
0,6
0
20,5
0,3
1,4
24,0
0,7
5,2
26,0
1,7
DataHora
2006-07-24
15:00:00.0
2006-07-24
18:00:00.0
2006-07-24
21:00:00.0
2006-07-25
00:00:00.0
2006-07-25
03:00:00.0
2006-07-25
06:00:00.0
2006-07-25
09:00:00.0
2006-07-25
12:00:00.0
2006-07-25
15:00:00.0
2006-07-25
18:00:00.0
2006-07-25
21:00:00.0
2006-07-26
00:00:00.0
2006-07-26
03:00:00.0
2006-07-26
06:00:00.0
2006-07-26
09:00:00.0
2006-07-26
12:00:00.0
2006-07-26
15:00:00.0
2006-07-26
18:00:00.0
2006-07-26
21:00:00.0
2006-07-27
00:00:00.0
2006-07-27
03:00:00.0
2006-07-27
06:00:00.0
2006-07-27
09:00:00.0
2006-07-27
12:00:00.0
2006-07-27
15:00:00.0
2006-07-27
18:00:00.0
2006-07-27
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
4,4
23,5
1,2
0,7
22,5
0,7
0
22,0
0,4
0
21,5
0,5
0
22,0
0,6
0
21,5
0,6
1,8
25,0
1,5
0,2
26,0
2,5
4,3
25,0
1,9
0,5
23,0
1,1
0
22,0
0,7
0
22,5
0,3
0
22,5
0,7
0
22,5
0,7
1,2
26,0
1,1
4,3
27,5
1,5
3,8
27,0
2,1
0,9
24,5
1,0
0
24,0
0,9
0
23,0
0,5
0
23,5
0,7
0
22,0
0,6
2,1
27,5
1,9
6,7
29,5
2,0
6,9
28,5
1,7
1,4
24,0
0,5
0
22,5
0,4
130
DataHora
2006-07-28
00:00:00.0
2006-07-28
03:00:00.0
2006-07-28
06:00:00.0
2006-07-28
09:00:00.0
2006-07-28
12:00:00.0
2006-07-28
15:00:00.0
2006-07-28
18:00:00.0
2006-07-28
21:00:00.0
2006-07-29
00:00:00.0
2006-07-29
03:00:00.0
2006-07-29
06:00:00.0
2006-07-29
09:00:00.0
2006-07-29
12:00:00.0
2006-07-29
15:00:00.0
2006-07-29
18:00:00.0
2006-07-29
21:00:00.0
2006-07-30
00:00:00.0
2006-07-30
03:00:00.0
2006-07-30
06:00:00.0
2006-07-30
09:00:00.0
2006-07-30
12:00:00.0
2006-07-30
15:00:00.0
2006-07-30
18:00:00.0
2006-07-30
21:00:00.0
2006-07-31
00:00:00.0
2006-07-31
03:00:00.0
2006-07-31
06:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
22,0
0,4
0
22,5
1,0
0
22,0
0,4
2,3
27,0
2,1
8
29,5
1,8
6,9
28,5
2,1
1,4
24,5
1,1
0
23,0
0,5
0
23,0
0,4
0
22,0
0,2
0
21,0
0,2
0
21,0
0,2
7,8
30,5
1,9
7
30,0
1,4
1,4
25,0
0,6
0
24,0
0,3
0
22,5
0,1
0
22,0
0,7
0
22,0
0,3
2,7
28,0
1,8
7
30,5
1,5
6,3
28,5
1,5
1,4
26,0
0,8
0
25,0
0,4
0
24,5
0,4
0
24,0
0,4
0
25,0
0,6
DataHora
2006-07-31
09:00:00.0
2006-07-31
12:00:00.0
2006-07-31
15:00:00.0
2006-07-31
18:00:00.0
2006-07-31
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
3,7
28,5
2,0
7,6
29,5
1,8
5,6
28,5
2,1
1
25,5
1,4
0
25,0
0,4
131
Tabela 36: Dados climáticos Recife
Outubro/2006.
DataHora
2006-10-01
00:00:00.0
2006-10-01
03:00:00.0
2006-10-01
06:00:00.0
2006-10-01
09:00:00.0
2006-10-01
12:00:00.0
2006-10-01
15:00:00.0
2006-10-01
18:00:00.0
2006-10-01
21:00:00.0
2006-10-02
00:00:00.0
2006-10-02
03:00:00.0
2006-10-02
06:00:00.0
2006-10-02
09:00:00.0
2006-10-02
12:00:00.0
2006-10-02
15:00:00.0
2006-10-02
18:00:00.0
2006-10-02
21:00:00.0
2006-10-03
00:00:00.0
2006-10-03
03:00:00.0
2006-10-03
06:00:00.0
2006-10-03
09:00:00.0
2006-10-03
12:00:00.0
2006-10-03
15:00:00.0
2006-10-03
18:00:00.0
2006-10-03
21:00:00.0
2006-10-04
00:00:00.0
2006-10-04
03:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
25,0
0,8
0
25,0
1,2
0,2
25,5
1,4
4,8
29,0
2,3
8,9
30,0
2,1
6,4
28,0
1,9
1
25,5
1,0
0
25,5
1,1
0
24,5
1,0
0
24,5
0,9
0,2
25,0
1,1
4,7
29,0
2,4
8
29,0
2,3
6,5
29,0
1,7
1,4
25,5
1,3
0
25,0
1,1
0
25,0
1,0
0
24,5
0,9
0,2
25,5
0,8
4,7
29,0
2,1
8,6
29,5
2,3
7,4
28,5
2,1
1,5
25,5
1,1
0
25,0
1,0
0
24,5
0,6
0
24,5
0,7
DataHora
2006-10-04
06:00:00.0
2006-10-04
09:00:00.0
2006-10-04
12:00:00.0
2006-10-04
15:00:00.0
2006-10-04
18:00:00.0
2006-10-04
21:00:00.0
2006-10-05
00:00:00.0
2006-10-05
03:00:00.0
2006-10-05
06:00:00.0
2006-10-05
09:00:00.0
2006-10-05
12:00:00.0
2006-10-05
15:00:00.0
2006-10-05
18:00:00.0
2006-10-05
21:00:00.0
2006-10-06
00:00:00.0
2006-10-06
03:00:00.0
2006-10-06
06:00:00.0
2006-10-06
09:00:00.0
2006-10-06
12:00:00.0
2006-10-06
15:00:00.0
2006-10-06
18:00:00.0
2006-10-06
21:00:00.0
2006-10-07
00:00:00.0
2006-10-07
03:00:00.0
2006-10-07
06:00:00.0
2006-10-07
09:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0,3
26,0
2,1
5,4
29,0
2,4
9,5
30,0
1,5
6,8
29,5
1,6
1,6
25,5
0,8
0
25,5
1,2
0
26,0
1,9
0
25,0
1,6
0,2
26,0
1,4
5,2
29,5
2,2
9,7
29,5
2,3
7,5
29,5
1,7
1,6
25,5
1,0
0
25,5
1,1
0
25,5
1,9
0
25,5
1,4
0,3
26,0
1,2
4,9
29,5
1,7
9,4
29,5
1,9
6,8
27,5
2,3
0,8
26,5
1,7
0
26,0
1,6
0
25,5
2,1
0
25,5
1,7
0,1
26,0
2,0
4,4
29,0
2,8
132
DataHora
2006-10-07
12:00:00.0
2006-10-07
15:00:00.0
2006-10-07
18:00:00.0
2006-10-07
21:00:00.0
2006-10-08
00:00:00.0
2006-10-08
03:00:00.0
2006-10-08
06:00:00.0
2006-10-08
09:00:00.0
2006-10-08
12:00:00.0
2006-10-08
15:00:00.0
2006-10-08
18:00:00.0
2006-10-08
21:00:00.0
2006-10-09
00:00:00.0
2006-10-09
03:00:00.0
2006-10-09
06:00:00.0
2006-10-09
09:00:00.0
2006-10-09
12:00:00.0
2006-10-09
15:00:00.0
2006-10-09
18:00:00.0
2006-10-09
21:00:00.0
2006-10-10
00:00:00.0
2006-10-10
03:00:00.0
2006-10-10
06:00:00.0
2006-10-10
09:00:00.0
2006-10-10
12:00:00.0
2006-10-10
15
2006-10-10
18:00:00.0
2006-10-10
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
8,3
28,5
1,8
5
28,0
2,1
1,2
26,0
1,5
0
26,0
1,0
0
25,0
1,2
0
25,5
2,1
0,2
26,0
2,7
4,1
28,0
2,0
10,2
30,0
2,6
5,1
27,5
2,5
1
26,0
2,1
0
25,5
1,3
0
25,0
1,0
0
25,0
1,6
0,3
26,0
1,6
4,6
29,5
2,1
9,9
31,0
2,1
7,1
29,5
1,9
1,2
26,0
1,1
0
26,0
1,2
3,2
25,5
1,3
0
24,5
1,0
0,3
26,0
1,2
5,1
28,0
2,2
9,9
31,0
2,1
7,9
29,0
1,7
0,9
26,0
1,3
0
26,0
1,5
DataHora
2006-10-11
00:00:00.0
2006-10-11
03:00:00.0
2006-10-11
06:00:00.0
2006-10-11
09:00:00.0
2006-10-11
12:00:00.0
2006-10-11
15:00:00.0
2006-10-11
18:00:00.0
2006-10-11
21:00:00.0
2006-10-12
00:00:00.0
2006-10-12
03:00:00.0
2006-10-12
06:00:00.0
2006-10-12
09:00:00.0
2006-10-12
12:00:00.0
2006-10-12
15:00:00.0
2006-10-12
18:00:00.0
2006-10-12
21:00:00.0
2006-10-13
00:00:00.0
2006-10-13
03:00:00.0
2006-10-13
06:00:00.0
2006-10-13
09:00:00.0
2006-10-13
12:00:00.0
2006-10-13
15:00:00.0
2006-10-13
18:00:00.0
2006-10-13
21:00:00.0
2006-10-14
00:00:00.0
2006-10-14
03:00:00.0
2006-10-14
06:00:00.0
2006-10-14
09:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
25,5
1,4
0
25,0
0,8
0,1
24,5
0,9
3,3
27,5
2,3
9,3
30,5
2,2
6,4
27,0
1,8
0,8
26,5
1,3
0
26,0
1,3
0
24,0
0,7
0
25,0
1,0
0,2
25,5
1,0
5
29,0
1,7
9,3
30,5
2,2
6,3
27,0
2,1
0,9
26,0
1,5
0
25,0
1,1
0
25,0
1,0
0
25,0
1,4
0,1
25,0
0,8
5
29,0
1,7
10,6
29,5
2,9
8,1
29,0
2,3
1,4
25,5
1,2
0
25,5
1,4
0
25,0
1,3
0
23,0
0,4
0,2
23,0
0,6
4,9
30,0
1,6
133
DataHora
2006-10-14
12:00:00.0
2006-10-14
15:00:00.0
2006-10-14
18:00:00.0
2006-10-14
21:00:00.0
2006-10-15
00:00:00.0
2006-10-15
03:00:00.0
2006-10-15
06:00:00.0
2006-10-15
09:00:00.0
2006-10-15
12:00:00.0
2006-10-15
15:00:00.0
2006-10-15
18:00:00.0
2006-10-15
21:00:00.0
2006-10-16
00:00:00.0
2006-10-16
03:00:00.0
2006-10-16
06:00:00.0
2006-10-16
09:00:00.0
2006-10-16
12:00:00.0
2006-10-16
15:00:00.0
2006-10-16
18:00:00.0
2006-10-16
21:00:00.0
2006-10-17
00:00:00.0
2006-10-17
03:00:00.0
2006-10-17
06:00:00.0
2006-10-17
09:00:00.0
2006-10-17
12:00:00.0
2006-10-17
15:00:00.0
2006-10-17
18:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
8,1
29,0
2,3
6,2
29,0
2,0
1
26,0
1,6
0
26,0
1,9
0
26,0
1,5
0
26,0
1,6
0,2
26,5
1,8
3,2
29,5
1,8
9,2
30,5
2,2
6,4
29,0
2,3
1,2
26,5
1,5
0
26,0
1,2
0
25,5
1,1
0
25,5
1,7
0,2
26,0
1,5
5,8
30,0
2,1
10,1
30,5
1,8
7,2
30,0
1,8
1,6
26,5
0,9
0
26,0
0,8
0
25,5
1,0
0
25,5
0,9
0,3
26,5
1,9
5,9
30,0
2,3
9,7
30,5
2,3
8,1
29,0
1,8
1,4
26,5
1,9
DataHora
2006-10-17
21:00:00.0
2006-10-18
00:00:00.0
2006-10-18
03:00:00.0
2006-10-18
06:00:00.0
2006-10-18
09:00:00.0
2006-10-18
12:00:00.0
2006-10-18
15:00:00.0
2006-10-18
18:00:00.0
2006-10-18
21:00:00.0
2006-10-19
00:00:00.0
2006-10-19
03:00:00.0
2006-10-19
06:00:00.0
2006-10-19
09:00:00.0
2006-10-19
12:00:00.0
2006-10-19
15:00:00.0
2006-10-19
18:00:00.0
2006-10-19
21:00:00.0
2006-10-20
00:00:00.0
2006-10-20
03:00:00.0
2006-10-20
06:00:00.0
2006-10-20
09:00:00.0
2006-10-20
12:00:00.0
2006-10-20
15:00:00.0
2006-10-20
18:00:00.0
2006-10-20
21:00:00.0
2006-10-21
00:00:00.0
2006-10-21
03:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
26,0
1,3
0
25,5
1,4
0
25,0
0,8
0,2
26,0
1,3
4,6
30,5
2,2
8,8
30,0
2,2
6,7
29,5
1,8
1,2
26,5
1,3
0
26,0
2,3
0
26,0
1,6
0
25,5
1,5
0,1
25,5
1,0
5
29,5
2,8
9,6
31,0
2,4
7,2
29,0
2,6
1,7
26,5
2,1
0
26,0
2,2
0
25,5
1,9
0
25,0
1,3
0,1
23,0
0,7
6
30,5
2,6
10
30,5
2,9
8,1
29,5
3,0
1,7
26,5
2,6
0
26,0
2,0
0
25,0
0,7
0
22,5
0,3
134
DataHora
2006-10-21
06:00:00.0
2006-10-21
09:00:00.0
2006-10-21
12:00:00.0
2006-10-21
15:00:00.0
2006-10-21
18:00:00.0
2006-10-21
21:00:00.0
2006-10-22
00:00:00.0
2006-10-22
03:00:00.0
2006-10-22
06:00:00.0
2006-10-22
09:00:00.0
2006-10-22
12:00:00.0
2006-10-22
15:00:00.0
2006-10-22
18:00:00.0
2006-10-22
21:00:00.0
2006-10-23
00:00:00.0
2006-10-23
03:00:00.0
2006-10-23
06:00:00.0
2006-10-23
09:00:00.0
2006-10-23
12:00:00.0
2006-10-23
15:00:00.0
2006-10-23
18:00:00.0
2006-10-23
21:00:00.0
2006-10-24
00:00:00.0
2006-10-24
03:00:00.0
2006-10-24
06:00:00.0
2006-10-24
09:00:00.0
2006-10-24
12:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0,3
24,0
0,8
3,9
28,5
2,3
8,9
30,5
3,0
7,5
28,5
3,1
1,4
26,5
2,3
12,7
11,2
0
26,0
1,4
0
25,5
0,9
0,2
25,5
0,4
5,8
30,5
1,4
10,5
30,0
2,0
8,1
29,5
1,7
1,3
26,5
1,4
0
26,0
1,2
0
25,5
1,1
0
24,5
0,5
0,2
24,0
0,7
5,9
30,5
1,9
9,9
30,5
2,5
8
29,5
2,3
1,6
27,0
2,0
0
26,5
1,6
0
23,5
0,2
0
25,5
1,7
0,4
26,0
2,0
5,5
28,5
2,5
8,3
29,5
2,4
DataHora
2006-10-24
15:00:00.0
2006-10-24
18:00:00.0
2006-10-24
21:00:00.0
2006-10-25
00:00:00.0
2006-10-25
03:00:00.0
2006-10-25
06:00:00.0
2006-10-25
09:00:00.0
2006-10-25
12:00:00.0
2006-10-25
15:00:00.0
2006-10-25
18:00:00.0
2006-10-25
21:00:00.0
2006-10-26
00:00:00.0
2006-10-26
03:00:00.0
2006-10-26
06:00:00.0
2006-10-26
09:00:00.0
2006-10-26
12:00:00.0
2006-10-26
15:00:00.0
2006-10-26
18:00:00.0
2006-10-26
21:00:00.0
2006-10-27
00:00:00.0
2006-10-27
03:00:00.0
2006-10-27
06:00:00.0
2006-10-27
09:00:00.0
2006-10-27
12:00:00.0
2006-10-27
15:00:00.0
2006-10-27
18:00:00.0
2006-10-27
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
5,4
28,0
1,7
1,2
26,0
1,6
0
25,5
0,8
0
26,0
1,3
0
26,0
1,3
0,1
23,5
0,5
3,3
28,0
1,5
9,4
30,0
2,5
6,3
29,5
1,9
1,2
26,0
2,4
0
26,0
1,5
0
25,5
1,3
0
25,0
1,9
0,1
24,5
0,6
5,5
30,0
2,0
9,7
30,5
1,8
5,9
28,5
2,5
1,5
26,0
1,1
0
26,0
1,3
0
25,0
0,9
0
25,0
1,3
0,2
24,0
0,8
5,7
30,0
2,3
8,9
30,0
2,4
6,8
29,0
2,2
1,3
26,0
2,1
0
25,5
1,6
135
DataHora
2006-10-28
00:00:00.0
2006-10-28
03:00:00.0
2006-10-28
06:00:00.0
2006-10-28
09:00:00.0
2006-10-28
12:00:00.0
2006-10-28
15:00:00.0
2006-10-28
18:00:00.0
2006-10-28
21:00:00.0
2006-10-29
00:00:00.0
2006-10-29
03:00:00.0
2006-10-29
06:00:00.0
2006-10-29
09:00:00.0
2006-10-29
12:00:00.0
2006-10-29
15:00:00.0
2006-10-29
18:00:00.0
2006-10-29
21:00:00.0
2006-10-30
00:00:00.0
2006-10-30
03:00:00.0
2006-10-30
06:00:00.0
2006-10-30
09:00:00.0
2006-10-30
12:00:00.0
2006-10-30
15:00:00.0
2006-10-30
18:00:00.0
2006-10-30
21:00:00.0
2006-10-31
00:00:00.0
2006-10-31
03:00:00.0
2006-10-31
06:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
25,5
1,2
0
23,5
0,5
0,2
23,0
0,7
5,1
29,5
3,1
8,5
30,5
3,5
6,2
29,0
3,5
1,2
26,5
2,8
0
26,0
1,9
0
25,5
2,1
0
25,5
2,0
0,1
25,5
1,9
4,6
29,5
3,6
8,2
30,5
3,9
6,6
28,5
3,1
1,3
26,0
1,4
0
26,0
2,2
0
26,0
2,5
0
25,5
1,9
0,2
26,5
2,0
5,3
30,0
2,9
10,4
30,0
2,8
7,2
29,5
2,2
1,2
25,5
2,1
0
26,0
1,6
0
26,0
2,4
0
26,0
2,4
0,2
26,0
1,6
DataHora
2006-10-31
09:00:00.0
2006-10-31
12:00:00.0
2006-10-31
15:00:00.0
2006-10-31
18:00:00.0
2006-10-31
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
5,4
29,5
2,4
10,3
30,5
2,4
6,1
28,0
2,2
1,1
26,0
1,4
0
26,0
1,6
136
ARARIPINA
Tabela 37: Dados climáticos Araripina
Janeiro/2006.
DataHora
2006-01-01
00:00:00.0
2006-01-01
03:00:00.0
2006-01-01
06:00:00.0
2006-01-01
09:00:00.0
2006-01-01
12:00:00.0
2006-01-01
15:00:00.0
2006-01-01
18:00:00.0
2006-01-01
21:00:00.0
2006-01-02
00:00:00.0
2006-01-02
03:00:00.0
2006-01-02
06:00:00.0
2006-01-02
09:00:00.0
2006-01-02
12:00:00.0
2006-01-02
15:00:00.0
2006-01-02
18:00:00.0
2006-01-02
21:00:00.0
2006-01-03
00:00:00.0
2006-01-03
03:00:00.0
2006-01-03
06:00:00.0
2006-01-03
09:00:00.0
2006-01-03
12:00:00.0
2006-01-03
15:00:00.0
2006-01-03
18:00:00.0
2006-01-03
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
22,0
2,9
0
21,5
2,2
0
20,0
2,9
3,1
23,5
4,4
8,7
26,0
3,8
8,5
28,5
3,7
3,2
25,0
1,1
0
22,0
1,9
0
20,0
1,1
0
20,5
2,3
0
19,0
1,6
2,6
23,0
4,5
8,8
26,5
3,7
7,1
27,5
2,9
3,4
25,5
1,2
0
21,0
1,6
0
18,5
1,3
0
20,5
2,4
0
17,5
0,8
2,6
23,0
3,0
8
28,5
4,0
8,7
29,0
3,2
3,2
25,0
0,8
0
20,5
1,0
DataHora
2006-01-04
00:00:00.0
2006-01-04
03:00:00.0
2006-01-04
06:00:00.0
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1,7
0
19,0
2,0
2,3
25,0
3,7
9,2
30,0
4,1
10,4
33,0
4,2
2,8
29,0
2,7
0
23,5
2,1
0
22,0
2,1
0
20,0
1,4
0
17,5
0,6
2,1
26,5
3,8
9,3
32,0
4,1
10,9
34,5
4,5
4
29,5
2,6
0
24,5
2,3
0
23,5
2,4
0
22,0
1,8
0
17,0
1,2
2,7
26,0
3,5
9,7
33,0
3,4
9,5
33,0
3,0
140
DataHora
2006-01-27
18:00:00.0
2006-01-27
21:00:00.0
2006-01-28
00:00:00.0
2006-01-28
03:00:00.0
2006-01-28
06:00:00.0
2006-01-28
09:00:00.0
2006-01-28
12:00:00.0
2006-01-28
15:00:00.0
2006-01-28
18:00:00.0
2006-01-28
21:00:00.0
2006-01-29
00:00:00.0
2006-01-29
03:00:00.0
2006-01-29
06:00:00.0
2006-01-29
09:00:00.0
2006-01-29
12:00:00.0
2006-01-29
15:00:00.0
2006-01-29
18:00:00.0
2006-01-29
21:00:00.0
2006-01-30
00:00:00.0
2006-01-30
03:00:00.0
2006-01-30
06:00:00.0
2006-01-30
09:00:00.0
2006-01-30
12:00:00.0
2006-01-30
15:00:00.0
2006-01-30
18:00:00.0
2006-01-30
21:00:00.0
2006-01-31
00:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
2,6
29,0
1,3
0
22,0
1,5
0
20,0
2,0
0
21,0
2,6
0
17,5
1,2
2,9
25,0
1,4
8
30,5
2,8
9
33,0
2,9
3,8
29,5
1,5
0
24,5
1,4
0
23,5
1,4
0
21,5
1,5
0
20,0
1,4
1,7
22,5
3,1
4,8
26,0
2,7
5,9
29,0
4,4
2,4
26,5
1,8
0
23,5
1,4
0
23,0
1,4
0
22,0
3,7
0
21,0
2,1
2
23,0
4,6
8,5
27,5
3,3
6,9
30,5
3,7
3,6
25,0
0,4
0
23,0
1,9
0
21,5
1,6
DataHora
2006-01-31
03:00:00.0
2006-01-31
06:00:00.0
2006-01-31
09:00:00.0
2006-01-31
12:00:00.0
2006-01-31
15:00:00.0
2006-01-31
18:00:00.0
2006-01-31
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
20,0
2,5
0
19,0
1,2
2,1
23,0
4,8
5,9
28,5
2,2
7,1
32,0
2,3
3,3
28,5
2,1
0
23,0
1,9
141
Tabela 38: Dados climáticos Araripina
Abril/2006.
DataHora
2006-04-01
00:00:00.0
2006-04-01
03:00:00.0
2006-04-01
06:00:00.0
2006-04-01
09:00:00.0
2006-04-01
12:00:00.0
2006-04-01
15:00:00.0
2006-04-01
18:00:00.0
2006-04-01
21:00:00.0
2006-04-02
00:00:00.0
2006-04-02
03:00:00.0
2006-04-02
06:00:00.0
2006-04-02
09:00:00.0
2006-04-02
12:00:00.0
2006-04-02
15:00:00.0
2006-04-02
18:00:00.0
2006-04-02
21:00:00.0
2006-04-03
00:00:00.0
2006-04-03
03:00:00.0
2006-04-03
06:00:00.0
2006-04-03
09:00:00.0
2006-04-03
12:00:00.0
2006-04-03
15:00:00.0
2006-04-03
18:00:00.0
2006-04-03
21:00:00.0
2006-04-04
00:00:00.0
2006-04-04
03:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
20,5
0,6
0
18,5
0,6
0
19,0
1,5
2,3
23,0
3,9
6,7
25,5
3,3
6,6
21,5
2,7
0,3
21,0
1,6
0
20,5
1,3
0
18,5
0,9
0
19,0
1,4
0
19,0
1,3
2,2
23,0
1,7
6,5
25,5
2,4
3,1
22,5
1,7
3
21,5
1,4
0
20,5
1,4
0
19,0
1,1
0
19,0
1,6
0
18,5
1,2
3,4
24,0
2,5
8,2
26,5
3,7
6,7
25,5
2,8
2,7
23,0
1,2
0
21,0
1,1
0
20,0
0,9
0
18,5
1,1
DataHora
2006-04-04
06:00:00.0
2006-04-04
09:00:00.0
2006-04-04
12:00:00.0
2006-04-04
15:00:00.0
2006-04-04
18:00:00.0
2006-04-04
21:00:00.0
2006-04-05
00:00:00.0
2006-04-05
03:00:00.0
2006-04-05
06:00:00.0
2006-04-05
09:00:00.0
2006-04-05
12:00:00.0
2006-04-05
15:00:00.0
2006-04-05
18:00:00.0
2006-04-05
21:00:00.0
2006-04-06
00:00:00.0
2006-04-06
03:00:00.0
2006-04-06
06:00:00.0
2006-04-06
09:00:00.0
2006-04-06
12:00:00.0
2006-04-06
15:00:00.0
2006-04-06
18:00:00.0
2006-04-06
21:00:00.0
2006-04-07
00:00:00.0
2006-04-07
03:00:00.0
2006-04-07
06:00:00.0
2006-04-07
09:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
18,5
1,6
1,6
22,0
2,1
3
21,0
4,7
4,1
23,0
2,8
1,1
21,5
1,1
0
20,5
1,2
0
18,5
1,3
0
19,0
3,1
0
19,0
1,4
3
24,0
2,3
8,3
25,5
2,0
3,6
23,0
0,8
0,7
21,0
0,6
0
20,5
1,3
0
19,5
1,4
0
20,0
1,2
0
19,5
3,8
1,5
21,0
2,7
8,4
26,0
4,2
8,6
23,5
2,7
1,4
22,0
1,3
0
20,0
1,4
0
19,0
1,4
0
18,5
0,5
0
20,5
2,5
1,1
21,0
3,2
142
DataHora
2006-04-07
12:00:00.0
2006-04-07
15:00:00.0
2006-04-07
18:00:00.0
2006-04-07
21:00:00.0
2006-04-08
00:00:00.0
2006-04-08
03:00:00.0
2006-04-08
06:00:00.0
2006-04-08
09:00:00.0
2006-04-08
12:00:00.0
2006-04-08
15:00:00.0
2006-04-08
18:00:00.0
2006-04-08
21:00:00.0
2006-04-09
00:00:00.0
2006-04-09
03:00:00.0
2006-04-09
06:00:00.0
2006-04-09
09:00:00.0
2006-04-09
12:00:00.0
2006-04-09
15:00:00.0
2006-04-09
18:00:00.0
2006-04-09
21:00:00.0
2006-04-10
00:00:00.0
2006-04-10
03:00:00.0
2006-04-10
06:00:00.0
2006-04-10
09:00:00.0
2006-04-10
12:00:00.0
2006-04-10
15:00:00.0
2006-04-10
18:00:00.0
2006-04-10
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
1,9
22,0
2,4
4,4
25,5
2,7
2,5
22,0
0,6
0
20,0
0,8
0
18,5
0,4
0
20,0
2,8
0
19,5
2,3
2,4
23,0
2,2
7,8
26,0
3,2
8,6
26,5
3,5
1,7
22,5
1,5
0
20,0
0,4
0
18,5
0,7
0
19,5
1,2
0
19,5
1,2
3
24,5
1,3
4
21,5
1,7
2,3
22,5
1,7
2,6
21,0
0,6
0
19,0
1,1
0
18,5
0,6
0
18,0
0,9
0
18,0
0,8
3,2
23,5
2,4
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24,5
5,1
5,9
25,0
1,4
1,4
22,0
1,6
0
19,5
0,8
DataHora
2006-04-11
00:00:00.0
2006-04-11
03:00:00.0
2006-04-11
06:00:00.0
2006-04-11
09:00:00.0
2006-04-11
12:00:00.0
2006-04-11
15:00:00.0
2006-04-11
18:00:00.0
2006-04-11
21:00:00.0
2006-04-12
00:00:00.0
2006-04-12
03:00:00.0
2006-04-12
06:00:00.0
2006-04-12
09:00:00.0
2006-04-12
12:00:00.0
2006-04-12
15:00:00.0
2006-04-12
18:00:00.0
2006-04-12
21:00:00.0
2006-04-13
00:00:00.0
2006-04-13
03:00:00.0
2006-04-13
06:00:00.0
2006-04-13
09:00:00.0
2006-04-13
12:00:00.0
2006-04-13
15:00:00.0
2006-04-13
18:00:00.0
2006-04-13
21:00:00.0
2006-04-14
00:00:00.0
2006-04-14
03:00:00.0
2006-04-14
06:00:00.0
2006-04-14
09:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
20,0
0,9
0
18,5
1,2
0
18,0
1,6
1,3
21,0
1,8
4,1
22,0
1,1
3,2
20,0
1,4
0,9
20,5
2,1
0
19,5
1,8
0
19,5
1,8
0
19,0
2,0
0
19,5
2,3
2,7
23,0
4,1
7
25,0
3,8
5
21,0
1,1
0,5
20,5
0,3
0
19,5
2,0
0
18,0
1,3
0
18,5
2,3
0
19,0
1,5
3,3
24,0
1,4
8
26,5
1,6
5,4
23,5
2,0
2,9
22,0
0,6
0
21,0
1,5
0
20,0
0,7
0
19,5
0,6
0
19,0
1,3
3,5
24,5
3,1
143
DataHora
2006-04-14
12:00:00.0
2006-04-14
15:00:00.0
2006-04-14
18:00:00.0
2006-04-14
21:00:00.0
2006-04-15
00:00:00.0
2006-04-15
03:00:00.0
2006-04-15
06:00:00.0
2006-04-15
09:00:00.0
2006-04-15
12:00:00.0
2006-04-15
15:00:00.0
2006-04-15
18:00:00.0
2006-04-15
21:00:00.0
2006-04-16
00:00:00.0
2006-04-16
03:00:00.0
2006-04-16
06:00:00.0
2006-04-16
09:00:00.0
2006-04-16
12:00:00.0
2006-04-16
15:00:00.0
2006-04-16
18:00:00.0
2006-04-16
21:00:00.0
2006-04-17
00:00:00.0
2006-04-17
03:00:00.0
2006-04-17
06:00:00.0
2006-04-17
09:00:00.0
2006-04-17
12:00:00.0
2006-04-17
15:00:00.0
2006-04-17
18:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
8
25,0
2,5
8,1
27,0
2,4
2
21,0
1,3
0
20,5
1,5
0
19,5
1,5
0
19,0
1,8
0
18,5
1,3
2,4
23,0
3,0
6,2
25,5
1,4
8,1
27,0
2,4
2
21,0
1,3
0
20,0
1,9
0
19,5
4,0
0
19,5
2,4
0
19,0
0,9
1,7
21,5
2,8
7,6
23,5
4,1
7,9
27,0
3,5
2,3
21,5
1,3
0
20,0
1,2
0
19,5
1,2
0
17,5
0,8
0
17,0
1,2
2,1
23,0
1,9
5,4
25,5
1,8
3,3
21,5
1,9
0,9
21,0
0,9
DataHora
2006-04-17
21:00:00.0
2006-04-18
00:00:00.0
2006-04-18
03:00:00.0
2006-04-18
06:00:00.0
2006-04-18
09:00:00.0
2006-04-18
12:00:00.0
2006-04-18
15:00:00.0
2006-04-18
18:00:00.0
2006-04-18
21:00:00.0
2006-04-19
00:00:00.0
2006-04-19
03:00:00.0
2006-04-19
06:00:00.0
2006-04-19
09:00:00.0
2006-04-19
12:00:00.0
2006-04-19
15:00:00.0
2006-04-19
18:00:00.0
2006-04-19
21:00:00.0
2006-04-20
00:00:00.0
2006-04-20
03:00:00.0
2006-04-20
06:00:00.0
2006-04-20
09:00:00.0
2006-04-20
12:00:00.0
2006-04-20
15:00:00.0
2006-04-20
18:00:00.0
2006-04-20
21:00:00.0
2006-04-21
00:00:00.0
2006-04-21
03:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
19,5
1,3
0
19,5
1,3
0
18,0
1,4
0
18,5
2,2
2,3
23,0
2,3
6,8
26,5
2,6
3,1
21,5
0,8
1,9
21,0
0,4
0
20,5
1,0
0
19,5
3,0
0
18,5
2,8
0
18,5
1,1
2,9
25,0
1,0
8,3
25,0
3,1
2,8
20,5
1,9
0,4
20,5
0,9
0
19,5
1,7
0
18,5
1,1
0
19,5
1,5
0
19,5
0,4
1,6
21,0
2,3
6,7
25,5
2,3
5,6
23,0
3,7
0,6
21,0
0,4
0
20,5
0,9
0
19,5
1,3
0
19,5
1,1
144
DataHora
2006-04-21
06:00:00.0
2006-04-21
09:00:00.0
2006-04-21
12:00:00.0
2006-04-21
15:00:00.0
2006-04-21
18:00:00.0
2006-04-21
21:00:00.0
2006-04-22
00:00:00.0
2006-04-22
03:00:00.0
2006-04-22
06:00:00.0
2006-04-22
09:00:00.0
2006-04-22
12:00:00.0
2006-04-22
15:00:00.0
2006-04-22
18:00:00.0
2006-04-22
21:00:00.0
2006-04-23
00
2006-04-23
03:00:00.0
2006-04-23
06:00:00.0
2006-04-23
09:00:00.0
2006-04-23
12:00:00.0
2006-04-23
15:00:00.0
2006-04-23
18:00:00.0
2006-04-23
21:00:00.0
2006-04-24
00:00:00.0
2006-04-24
03:00:00.0
2006-04-24
06:00:00.0
2006-04-24
09:00:00.0
2006-04-24
12:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
19,5
2,9
2
23,0
3,0
4,9
24,0
2,3
6,5
23,0
4,0
2,2
21,0
2,0
0
20,5
1,9
0
19,5
0,2
0
19,0
1,6
0
19,5
1,2
2
22,5
2,6
4,1
22,5
1,2
1,7
23,0
1,3
1
21,5
1,2
0
20,5
1,9
0
18,5
1,5
0
18,5
1,1
0
20,0
3,3
1,6
22,0
4,1
6,9
25,5
3,4
8,1
26,5
2,2
1,6
21,0
1,0
0
20,5
1,1
0
20,0
1,3
0
19,0
0,9
0
20,0
2,9
1,3
21,5
3,7
5,5
25,5
4,1
DataHora
2006-04-24
15:00:00.0
2006-04-24
18:00:00.0
2006-04-24
21:00:00.0
2006-04-25
00:00:00.0
2006-04-25
03:00:00.0
2006-04-25
06:00:00.0
2006-04-25
09:00:00.0
2006-04-25
12:00:00.0
2006-04-25
15:00:00.0
2006-04-25
18:00:00.0
2006-04-25
21:00:00.0
2006-04-26
00:00:00.0
2006-04-26
03:00:00.0
2006-04-26
06:00:00.0
2006-04-26
09:00:00.0
2006-04-26
12:00:00.0
2006-04-26
15:00:00.0
2006-04-26
18:00:00.0
2006-04-26
21:00:00.0
2006-04-27
00:00:00.0
2006-04-27
03:00:00.0
2006-04-27
06:00:00.0
2006-04-27
09:00:00.0
2006-04-27
12:00:00.0
2006-04-27
15:00:00.0
2006-04-27
18:00:00.0
2006-04-27
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
6,7
26,0
3,1
2,6
22,5
1,6
0
20,0
2,0
0
20,0
2,0
0
20,0
2,7
0
19,5
2,3
2,7
22,0
3,8
4,5
25,0
3,2
8,1
25,5
3,0
2,7
21,5
1,3
0
19,0
0,9
0
20,0
1,9
0
19,5
3,1
0
19,0
2,5
1,5
21,5
3,7
4,6
25,0
2,7
4,4
24,5
2,7
1
21,0
1,4
0
19,0
1,4
0
18,0
1,3
0
17,5
1,3
0
19,0
2,9
2
24,0
3,7
6,6
25,5
3,1
6,6
26,0
2,5
1,7
21,5
1,0
0
19,5
1,2
145
DataHora
2006-04-28
00:00:00.0
2006-04-28
03:00:00.0
2006-04-28
06:00:00.0
2006-04-28
09:00:00:0
2006-04-28
12:00:00.0
2006-04-28
15:00:00.0
2006-04-28
18:00:00.0
2006-04-28
21:00:00.0
2006-04-29
00:00:00.0
2006-04-29
03:00:00.0
2006-04-29
06:00:00.0
2006-04-29
09:00:00.0
2006-04-29
12:00:00.0
2006-04-29
15:00:00.0
2006-04-29
18:00:00.0
2006-04-29
21:00:00.0
2006-04-30
00:00:00.0
2006-04-30
03:00:00.0
2006-04-30
06:00:00.0
2006-04-30
09:00:00.0
2006-04-30
12:00:00.0
2006-04-30
15:00:00.0
2006-04-30
18:00:00.0
2006-04-30
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
18,5
1,2
0
19,5
1,4
0
19,0
2,9
1,6
23,5
2,8
4,7
26,0
3,1
1,8
22,5
1,3
0,8
21,0
1,1
0
20,5
1,5
0
20,5
2,7
0
19,5
2,6
0
20,0
3,1
1
21,5
3,4
3,9
24,0
3,1
5,9
26,0
3,3
1,8
21,0
1,5
0
20,5
2,8
0
20,0
3,9
0
19,5
2,7
0
19,0
2,7
0,9
20,0
3,2
4,2
22,5
3,3
5,9
25,5
3,3
2
21,5
1,7
0
20,5
2,8
146
Tabela 39: Dados climáticos Araripina
Julho/2006.
DataHora
2006-07-01
00:00:00.0
2006-07-01
03:00:00.0
2006-07-01
06:00:00.0
2006-07-01
09:00:00.0
2006-07-01
12:00:00.0
2006-07-01
15:00:00.0
2006-07-01
18:00:00.0
2006-07-01
21:00:00.0
2006-07-02
00:00:00.0
2006-07-02
03:00:00.0
2006-07-02
06:00:00.0
2006-07-02
09:00:00.0
2006-07-02
12:00:00.0
2006-07-02
15:00:00.0
2006-07-02
18:00:00.0
2006-07-02
21:00:00.0
2006-07-03
00:00:00.0
2006-07-03
03:00:00.0
2006-07-03
06:00:00.0
2006-07-03
09:00:00.0
2006-07-03
12:00:00.0
2006-07-03
15:00:00.0
2006-07-03
18:00:00.0
2006-07-03
21:00:00.0
2006-07-04
00:00:00.0
2006-07-04
03:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
18,0
4,1
0
17,5
4,4
0
17,0
5,1
1,4
18,5
4,8
4,9
21,5
5,3
4,5
22,5
4,4
2,3
20,5
1,2
0
19,5
2,3
0
18,5
3,5
0
17,0
5,0
0
17,0
3,4
1,4
18,0
5,1
4,9
21,5
4,9
5,7
23,5
3,4
2,1
19,0
2,3
0
18,5
2,9
0
17,0
2,3
0
16,5
3,4
0
16,0
3,9
1,1
17,5
4,8
5,8
22,5
5,1
8,6
24,5
4,1
2,7
19,0
1,0
0
17,5
1,4
0
18,5
3,9
0
17,5
3,4
DataHora
2006-07-04
06:00:00.0
2006-07-04
09:00:00.0
2006-07-04
12:00:00.0
2006-07-04
15:00:00.0
2006-07-04
18:00:00.0
2006-07-04
21:00:00.0
2006-07-05
00:00:00.0
2006-07-05
03:00:00.0
2006-07-05
06:00:00.0
2006-07-05
09:00:00.0
2006-07-05
12:00:00.0
2006-07-05
15:00:00.0
2006-07-05
18:00:00.0
2006-07-05
21:00:00.0
2006-07-06
00:00:00.0
2006-07-06
03:00:00.0
2006-07-06
06:00:00.0
2006-07-06
09:00:00.0
2006-07-06
12:00:00.0
2006-07-06
15:00:00.0
2006-07-06
18:00:00.0
2006-07-06
21:00:00.0
2006-07-07
00:00:00.0
2006-07-07
03:00:00.0
2006-07-07
06:00:00.0
2006-07-07
09:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
16,5
4,8
1,6
18,5
5,0
7,2
22,5
4,9
5,6
22,0
3,7
1,4
18,5
2,4
0
18,0
3,1
0
16,5
3,4
0
16,5
2,6
0
16,0
3,0
1,6
17,5
3,6
5
20,5
4,2
6,6
22,5
4,3
3,1
19,0
1,2
0
17,0
1,7
0
16,5
2,3
0
17,0
2,9
0
17,0
2,1
1,5
19,0
3,1
5,2
23,5
3,5
6,5
24,5
2,9
1,8
20,5
1,7
0
18,0
0,7
0
19,0
2,5
0
18,5
2,6
0
17,0
3,3
0
0,0
147
DataHora
2006-07-07
12:00:00.0
2006-07-07
15:00:00.0
2006-07-07
18:00:00.0
2006-07-07
21:00:00.0
2006-07-08
00:00:00.0
2006-07-08
03:00:00.0
2006-07-08
06:00:00.0
2006-07-08
09:00:00.0
2006-07-08
12:00:00.0
2006-07-08
15:00:00.0
2006-07-08
18:00:00.0
2006-07-08
21:00:00.0
2006-07-09
00:00:00.0
2006-07-09
03:00:00.0
2006-07-09
06:00:00.0
2006-07-09
09:00:00.0
2006-07-09
12:00:00.0
2006-07-09
15:00:00.0
2006-07-09
18:00:00.0
2006-07-09
21:00:00.0
2006-07-10
00:00:00.0
2006-07-10
03:00:00.0
2006-07-10
06:00:00.0
2006-07-10
09:00:00.0
2006-07-10
12:00:00.0
2006-07-10
15:00:00.0
2006-07-10
18:00:00.0
2006-07-10
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
6,4
24,0
3,9
7,3
25,5
3,2
2,8
21,0
2,3
0
18,5
2,8
0
18,0
4,4
0
17,0
3,7
0
15,5
3,4
1
16,5
4,8
3,8
21,0
5,1
8,7
24,5
4,2
3,1
18,5
1,3
0
17,0
1,9
0
16,5
2,5
0
15,5
2,0
0
15,5
2,9
1,5
18,5
4,8
4,8
21,5
4,4
4,6
21,0
4,0
1,5
19,0
2,3
0
16,0
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0
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0
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0
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9
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2006-07-12
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12:00:00.0
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2006-07-13
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00:00:00.0
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03:00:00.0
2006-07-14
06:00:00.0
2006-07-14
09:00:00.0
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5,3
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0
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2006-07-16
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2006-07-16
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00:00:00.0
2006-07-17
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2006-07-17
18:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
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18,5
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DataHora
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2006-07-19
15:00:00.0
2006-07-19
18:00:00.0
2006-07-19
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2006-07-20
00:00:00.0
2006-07-20
03:00:00.0
2006-07-20
06:00:00.0
2006-07-20
09:00:00.0
2006-07-20
12:00:00.0
2006-07-20
15:00:00.0
2006-07-20
18:00:00.0
2006-07-20
21:00:00.0
2006-07-21
00:00:00.0
2006-07-21
03:00:00.0
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(MJ/m2)
(°C)
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0
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0
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3,3
0
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19,5
1,4
0
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0
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0
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0
14,5
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21,5
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2,9
8,8
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3,2
21,5
1,2
0
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2,1
0
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0
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149
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2006-07-21
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2006-07-21
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2006-07-22
00:00:00.0
2006-07-22
03:00:00.0
2006-07-22
06:00:00.0
2006-07-22
09:00:00.0
2006-07-22
12:00:00.0
2006-07-22
15:00:00.0
2006-07-22
18:00:00.0
2006-07-22
21:00:00.0
2006-07-23
00:00:00.0
2006-07-23
03:00:00.0
2006-07-23
06:00:00.0
2006-07-23
09:00:00.0
2006-07-23
12:00:00.0
2006-07-23
15:00:00.0
2006-07-23
18:00:00.0
2006-07-23
21:00:00.0
2006-07-24
00:00:00.0
2006-07-24
03:00:00.0
2006-07-24
06:00:00.0
2006-07-24
09:00:00.0
2006-07-24
12:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
15,0
2,2
1,1
19,0
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8,8
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4,1
9,1
27,0
3,8
3,2
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1,2
0
18,0
2,5
0
17,0
3,6
0
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0
14,0
3,9
2,7
18,5
5,2
9,1
24,0
4,7
9,4
25,5
3,6
3,4
19,5
1,3
0
16,5
2,8
0
15,5
2,9
0
16,0
4,1
0
16,0
4,4
2,4
20,0
5,1
9,1
25,0
3,8
9,3
27,0
3,3
3,3
21,5
0,8
0
19,0
2,2
0
18,0
2,7
0
18,5
3,3
0
17,0
4,1
2,1
19,0
4,4
6
22,5
5,4
DataHora
2006-07-24
15:00:00.0
2006-07-24
18:00:00.0
2006-07-24
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2006-07-25
00:00:00.0
2006-07-25
03:00:00.0
2006-07-25
06:00:00.0
2006-07-25
09:00:00.0
2006-07-25
12:00:00.0
2006-07-25
15:00:00.0
2006-07-25
18:00:00.0
2006-07-25
21:00:00.0
2006-07-26
00:00:00.0
2006-07-26
03:00:00.0
2006-07-26
06:00:00.0
2006-07-26
09:00:00.0
2006-07-26
12:00:00.0
2006-07-26
15:00:00.0
2006-07-26
18:00:00.0
2006-07-26
21:00:00.0
2006-07-27
00:00:00.0
2006-07-27
03:00:00.0
2006-07-27
06:00:00.0
2006-07-27
09:00:00.0
2006-07-27
12:00:00.0
2006-07-27
15:00:00.0
2006-07-27
18:00:00.0
2006-07-27
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
5,9
24,0
4,1
2,6
19,5
0,8
0
16,0
1,5
0
15,0
1,3
0
16,0
1,6
0
17,0
3,5
1
19,0
3,7
4,9
23,0
3,9
7,8
25,0
3,8
3,3
20,5
1,5
0
17,5
1,8
0
17,5
3,9
0
17,5
3,6
0
17,0
3,4
1,3
18,5
4,3
5
23,0
3,9
6,3
25,5
4,5
3,2
21,0
1,4
0
19,5
2,7
0
19,5
4,4
0
18,5
3,6
0
17,5
3,5
1
18,0
4,2
5,5
24,5
5,2
7,5
25,0
3,5
2,3
22,0
2,0
0
18,5
2,0
150
DataHora
2006-07-28
00:00:00.0
2006-07-28
03:00:00.0
2006-07-28
06:00:00.0
2006-07-28
09:00:00.0
2006-07-28
12:00:00.0
2006-07-28
15:00:00.0
2006-07-28
18:00:00.0
2006-07-28
21:00:00.0
2006-07-29
00:00:00.0
2006-07-29
03:00:00.0
2006-07-29
06:00:00.0
2006-07-29
09:00:00.0
2006-07-29
12:00:00.0
2006-07-29
15:00:00.0
2006-07-29
18:00:00.0
2006-07-29
21:00:00.0
2006-07-30
00:00:00.0
2006-07-30
03:00:00.0
2006-07-30
06:00:00.0
2006-07-30
09:00:00.0
2006-07-30
12:00:00.0
2006-07-30
15:00:00.0
2006-07-30
18:00:00.0
2006-07-30
21:00:00.0
2006-07-31
00:00:00.0
2006-07-31
03:00:00.0
2006-07-31
06:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
17,5
2,6
0
17,0
3,0
0
17,0
3,7
2,6
21,0
5,1
8,7
26,5
4,4
9,3
28,5
3,9
3,3
22,0
1,5
0
18,5
2,4
0
17,5
2,5
0
16,0
3,0
0
13,0
0,8
3,2
22,5
3,9
9,1
26,5
2,8
9,4
29,5
3,0
3,3
23,0
0,9
0
19,0
1,4
0
18,5
1,8
0
16,0
2,4
0
15,0
1,5
3,1
25,0
3,5
0,6
29,0
4,7
9,6
31,0
3,1
3,4
22,0
1,0
0
20,0
1,8
0
17,5
1,7
0
17,5
2,1
0
14,5
0,1
DataHora
2006-07-31
09:00:00.0
2006-07-31
12:00:00.0
2006-07-31
15:00:00.0
2006-07-31
18:00:00.0
2006-07-31
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
2,9
22,5
3,8
9
26,5
4,3
9,2
28,5
4,0
3,2
22,5
1,1
0
20,0
1,8
151
Tabela 40: Dados climáticos Araripina
Outubro/2006.
DataHora
2006-10-01
00:00:00.0
2006-10-01
03:00:00.0
2006-10-01
06:00:00.0
2006-10-01
09:00:00.0
2006-10-01
12:00:00.0
2006-10-01
15:00:00.0
2006-10-01
18:00:00.0
2006-10-01
21:00:00.0
2006-10-02
00:00:00.0
2006-10-02
03:00:00.0
2006-10-02
06:00:00.0
2006-10-02
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2006-10-02
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00:00:00.0
2006-10-04
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RadSolAcum TempAr VelVento3m
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10,1
31,5
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2006-10-07
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RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
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(MJ/m2)
(°C)
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2006-10-24
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2006-10-24
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RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
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4,5
9,5
27,5
4,8
2,8
23,5
1,8
0
22,0
4,1
0
21,0
4,8
0
19,5
4,8
0
18,5
5,0
2
21,5
4,7
6
25,5
4,7
DataHora
2006-10-24
15:00:00.0
2006-10-24
18:00:00.0
2006-10-24
21:00:00.0
2006-10-25
00:00:00.0
2006-10-25
03:00:00.0
2006-10-25
06:00:00.0
2006-10-25
09:00:00.0
2006-10-25
12:00:00.0
2006-10-25
15:00:00.0
2006-10-25
18:00:00.0
2006-10-25
21:00:00.0
2006-10-26
00:00:00.0
2006-10-26
03:00:00.0
2006-10-26
06:00:00.0
2006-10-26
09:00:00.0
2006-10-26
12:00:00.0
2006-10-26
15:00:00.0
2006-10-26
18:00:00.0
2006-10-26
21:00:00.0
2006-10-27
00:00:00.0
2006-10-27
03:00:00.0
2006-10-27
06:00:00.0
2006-10-27
09:00:00.0
2006-10-27
12:00:00.0
2006-10-27
15:00:00.0
2006-10-27
18:00:00.0
2006-10-27
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
7
30,0
4,9
2
23,5
3,1
0
21,0
2,6
0
20,0
2,8
0
18,5
2,4
0,1
18,5
2,7
4,2
25,5
4,6
10,1
29,5
4,0
9,8
32,0
3,7
3
25,0
1,2
0
20,5
1,9
0
21,5
1,7
0
20,0
1,8
0
18,5
1,7
2
21,5
2,9
8,7
29,0
3,6
9,1
31,0
2,5
2,3
25,5
0,9
0
22,0
1,6
0
22,0
3,2
0
20,5
3,1
0,1
19,0
2,4
3,9
25,5
3,4
8,6
30,0
2,6
7,8
31,5
1,7
1,3
28,5
2,4
0
22,0
1,2
155
DataHora
2006-10-28
00:00:00.0
2006-10-28
03:00:00.0
2006-10-28
06:00:00.0
2006-10-28
09:00:00.0
2006-10-28
12:00:00.0
2006-10-28
15:00:00.0
2006-10-28
18:00:00.0
2006-10-28
21:00:00.0
2006-10-29
00:00:00.0
2006-10-29
03:00:00.0
2006-10-29
06:00:00.0
2006-10-29
09:00:00.0
2006-10-29
12:00:00.0
2006-10-29
15:00:00.0
2006-10-29
18:00:00.0
2006-10-29
21:00:00.0
2006-10-30
00:00:00.0
2006-10-30
03:00:00.0
2006-10-30
06:00:00.0
2006-10-30
09:00:00.0
2006-10-30
12:00:00.0
2006-10-30
15:00:00.0
2006-10-30
18:00:00.0
2006-10-30
21:00:00.0
2006-10-31
00:00:00.0
2006-10-31
03:00:00.0
2006-10-31
06:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
0
20,0
1,8
0
20,5
3,7
0,1
19,5
3,1
4,5
24,5
5,9
10,5
30,0
2,1
5
30,5
1,7
2,3
28,0
1,6
0
23,0
1,5
0
20,5
1,7
0
19,0
1,4
0
18,5
3,6
2,2
21,5
4,5
4,2
25,0
3,9
4,1
26,5
3,1
1,1
23,5
0,9
0
21,0
1,7
0
20,0
1,0
0
20,0
3,5
0
19,0
4,7
3,5
22,5
5,4
5,5
27,0
3,7
7,1
30,5
3,7
1,6
25,0
1,0
0
21,5
0,8
0
20,5
1,5
0
20,0
2,3
0
19,5
3,1
DataHora
2006-10-31
09:00:00.0
2006-10-31
12:00:00.0
2006-10-31
15:00:00.0
2006-10-31
18:00:00.0
2006-10-31
21:00:00.0
RadSolAcum TempAr VelVento3m
(MJ/m2)
(°C)
(m/s)
3,9
24,5
5,0
8,7
30,5
3,9
6
31,5
3,1
2,7
26,5
1,4
0
21,5
0,8
156
APÊNDICE B
GRÁFICOS
DA
ENERGIA
PRODUZIDA
INSTALADO EM RECIFE E ARARIPINA.
PELO
MÓDULO
SIEMENS
SM55
157
RECIFE
Janeiro
Figura 49: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Recife/Jan/2006 – Condições
climáticas locais.
Figura 50: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Recife/Jan/2006 – T=25°C.
158
Abril
Figura 51: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Recife/Abr/2006 –
Condições climáticas locais.
Figura 52: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Recife/Abr/2006 – T=25°C.
159
Julho
Figura 53: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Recife/Jul/2006 – Condições
climáticas locais.
Figura 54: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Recife/Jul/2006 – T=25°C.
160
Outubro
Figura 55: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Recife/Out/2006 –
Condições climáticas locais.
Figura 56: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Recife/Out/2006 – T=25°C.
161
ARARIPINA
Janeiro
Figura 57: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina/ Jan/2006 –
Condições climáticas locais.
Figura 58: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina/ Jan/2006 –
T=25°C.
162
Abril
Figura 59: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina/ Abr/2006 –
Condições climáticas locais.
Figura 60: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina/ Abr/2006 –
T=25°C.
163
Julho
Figura 61: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina/Jul/2006 –
Condições climáticas locais.
Figura 62: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina/Jul/2006 –
T=25°C.
164
Outubro
Figura 63: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina/Out/2006 –
Condições climáticas locais.
Figura 64: Energia produzida pelo módulo Siemens SM55 instalado em Araripina/Out/2006 –
T=25°C.
165
APÊNDICE C
GRÁFICOS DA ENERGIA PRODUZIDA POR MÓDULOS DAS TECNOLOGIAS
SILÍCIO POLICRISTALINO, SILÍCIO FINO E AMORFO INSTALADOS EM RECIFE E
ARARIPINA JANEIRO DE 2006.
166
Silício Policristalino
Figura 65: Energia produzida pelo módulo Solarex MSX-60 instalado em Recife/Jan/2006.
Figura 66: Energia produzida pelo módulo Solarex MSX-60 instalado em Araripina/Jan/2006.
167
Silício Fino
Figura 67: Energia produzida pelo módulo Astropower APX-45 instalado em Recife/Jan/2006.
Figura 68: Energia produzida pelo módulo Astropower APX-45 instalado em Araripina/Jan/2006.
168
Silício Amorfo
Figura 69: Energia produzida pelo módulo Solarex MST-43LV(2) instalado em Recife/Jan/2006.
rex
Figura 70: Energia produzida pelo módulo Solarex MST-43LV(2) instalado em Araripina/Jan/2006.
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