Critérios de otimização Vida da ferramenta de corte 1940 – 4 até 8 horas 1960 – 60 min (aumento do custo da máquina) Atualmente – 15 min (Sandvik 1995) Critérios no desbaste: - Máxima produção - Mínimo custo Critérios no acabamento: - Tolerância - Qualidade superficial Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho Eng. Mecânica UDESC Velocidade de corte alta Vida da ferramenata curta Intensidade de trabalho grande Salário alto Ferramenta cara Máquina cara Velocidade de corte baixa Vida da ferramenata longa Baixa intensidade de trabalho Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho Eng. Mecânica UDESC Determinação dos parâmetros de usinagem no desbaste no torneamento Parâmetros: - Profundidade de corte ap, - Avanço f e - Velocidade de corte vc. Esses fatores têm influencia na taxa de remoção e no desgaste da ferramenta ... ap - tem pouca no desgaste. Deve-se empregar ap max. f - deve-se empregar f max vc - deve-se empregar de acordo com o critério a seguir: Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho Eng. Mecânica UDESC Custo de produção O custo de produção de um lote de peças depende essencialmente do tempo necessário para a execução do lote T Tpr Tprb Te=m·te Tprd tb tp td ts tdp tdem tdf Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho Eng. Mecânica UDESC T tempo global em [min] para a execução da encomenda Tpr tempo de preparação da tarefa Tprb Tempo de preparação básico da tarefa necessário para a execução de todos os trabalhos indispensáveis para o início da tarefa: obtenção de material, ferramentas, dispositivos, acessórios, gabaritos; obtenção de desenhos e especificações; montagem de ferramentas, dispositivos, acessórios; ajustes das velocidades de corte e de avanço; execução da peça de prova; preenchimento de formulários e fichas de produção; desmontagem das ferramentas, acessórios e dispositivos; limpeza da máquina. Tprd Tempo de preparação distribuido dispendido em razão de fatores ocasionais: esclarecimentos de dúvidas; troca de material defeituoso; remoção de falhas na máquina, nos dispositivos e acessórios; acerto da qualidade do gume ou ângulos da ferramenta; Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho Eng. Mecânica UDESC Te tempo efetivo de execução do lote. Te = m · te; m - número de peças no lote e te – tempo efetivo de execução de uma peça tb tempo básico de execução de uma peça necessário para executar uma peça tp tempo principal tempo em que ocorre a efetiva remoção de material, é calculado em função: da velocidade de corte e de avanço; da profundidade de corte; do volume de material a remover. ts tempo secundário de execução (tempo improdutivo) necessário para a realização de todos os tempos acessórios que se repetem regularmente: pegar a peça e leva-lá até a máquina e prende-lá; ligar a máquina; aproximar e afastar a ferramenta; ligar o avanço; mudar de rotação; parar a máquina; inspecionar, medir e retirar a peça da máquina, etc Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho Eng. Mecânica UDESC td tempo distribuído de execução de uma peça é a média por peça dos tempos acidentais que ocorrem na fase de execução do lote encomendado tdp tempo distribuído devido ao pessoal: recebimento de salário; descanso; necessidades fisiológicas; atrasos; tratamento médico; fadiga metal ou física. tdf tempo distribuído devido à ferrramenta: remoção, reafiação e remontagem da ferramenta; tdem tempo distribuído devido ao equipamento e ao material: reusinagem de peças fora de medida; rearrumação das peças; eliminação de falhas e defeitos no equipamento e acessórios; remoção de cavacos. Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho Eng. Mecânica UDESC Segundo Stemmer: A redução do custo de produção depende quase que linearmente do tempo global de execução; Para reduzir o tempo de preparação Tpr planejamento criterioso da produção Para reduzir os tempos secundários: logística; movimentações rápidas das peças e das ferramentas; tecnologia de usinagem agregando vários processo em uma máq. Ferramenta. Para redução do tempo principal de usinagem: utilização de várias ferramentas ao mesmo tempo aumento da velocidade de corte, do avanço e da profundidade de corte Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho Eng. Mecânica UDESC Então: T=Tpr+Te = Tpr+m·te = Tpr+m(tb+td) te=tb+td tb = tp+ts; td=tdp+tdf+tdem rearanjando = Tpr+m(tdp+tdem+ts)+m·tp+m·tdf [min] tempo de troca da ferramenta = nr ·ttf n° de reafiações da ferr., necessário para a execução de um lote de peças e nr Finalmente: T Tpr mtdp tdem t s m t p tempo “improdutivo” mtp TV mtp TV ttf vida da ferramenta depende do tempo de troca da ferramenta depende do tempo de corte Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho Eng. Mecânica UDESC Para o torneamento cilíndrico: tp l d l min n n 1000 vc f A vida da ferramenta é: 1 n Ct K TV x vc vc Substituindo na equação do tempo global: T Tpr mtdp tdem ts m Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho d l 1000 vc f m d l vcx1 1000 f K ttf Eng. Mecânica UDESC Velocidade de corte de máxima produção Deve-se empregar a velocidade de corte em que o tempo total de confecção de uma peça é mínimo. dT 0 dv c v cmxp x K (x 1) t ft Tcmxp (x 1) t ft tc - tempo de corte t1 - tempo improdutivo t2 - tempo de troca de ferramenta Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho Eng. Mecânica UDESC Custo de usinagem Ke Kc Kv Kt custos dependentes da vc Kfe custos devido à ferramenta, por peça custos proporcionais ao tempo de execução de cada peça Custos por peça produzida, independente da vc: custo de materia prima, acrescido das despesas de almoxarifado, controle, corte, juros, etc; despesas devido a peças e material refugado; controle de qualidade Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho Eng. Mecânica UDESC Custos devido á ferramenta por peça custo da ferramenta por vida valor inicial da ferramenta valor final da ferramenta C fTv Vi V f na Crf na 1 custo global de reafiação número de vezes que é possível reafiar a ferramenta número de peças usinadas durante a vida Tv de um gume da ferramenta Tv ZTv tp Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho K fe C fTv ZTv C fTv tp Tv Eng. Mecânica UDESC Exemplo: Calcular o custo da ferramenta, por gume, utilizando pastilhas de metal duro, com 8 gumes cada. tempo de uso equivalente a 100 pastilhas custo do suporte – US$ 70,00 Vi = US$ 5,7 US$ 50,00 é o custo da caixa c/ 10 Vf = US$ 0,23 pastilhas US$ 30,00 por quilo de pastilhas, 1 kg - 130 C fTv 5,7 0,23 US $ 0,684 8 Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho Eng. Mecânica UDESC Cálculo do custo da hora-máquina Para o cálculo do custo da hora-máquina deve-se incluir: Depreciação anual da máquina, dispositivos e acessórios; Juros do capital empatado; Custo da área ocupada ( aluguel, limpeza, manutenção, seguro, etc); Manutenção da máquina, dispositivos e acessórios; Custos com salários, incluindo os custos correlatos de seguro, garantia de tempo de serviço, previdência, férias, 13° salário, gratificações, faltas e atrasos, administração, etc. Energia elétrica e outros insumos; Lubrificantes, fluidos de corte, etc ! Então: soma dos custos acima definidos, por min Kt C p t g Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho T m tempo global em min, para execução de uma peça Eng. Mecânica UDESC Exemplo: Calcular o custo da hora-máquina de um torno paralelo, com CNC 1. Preço da máquina 2. Custos adicionais, por exemplo, instalação 3. Jogo inicial de ferramentas Custo da máquina pronta para operar (Ct) US$ 80.000,00 US$ 10.000,00 US$ 8.000,00 US$ 98.000,00 4. 10 anos US$ 9.800,00 12% US$ 5880,00 US$ 4900,00 US$ 960,00 US$ 10.400,00 US$ 480,00 US$ 4900,00 US$ 500,00 US$ 37.820,00 1.600 horas US$ 23,64 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. Tempo de depreciação Depreciação anual Taxa anual de juros Custos devido a juros – 0,5*Ct*12% Custos anuais fixos com manutenção 5% * Ct Custos anuais do espaço construído US$ 4,00*12*20 m2 Custo anual de salário US$ 400,00/mês*2*13 Custo de energia 10 kWh*0,03*16 Custos variáveis de manutenção 5%*Ct Consumo de lubrificante e refrigerantes Custo anual do uso da máq. 4+6+...+11 Tempo de utilização por ano Custo da hora-máquina Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho Eng. Mecânica UDESC Custo de execução por peça independente da vc Ke Kc K fe Kt custo devido ao tempo de execução devido à ferramenta K e K c C fTv tp Tv Cp T m tp T Tpr tg t p tdp tdem ttf m m TV No caso particular de um torno: K e K c C fTv d l vc x 1 1000 f k x 1 Tpr d l vc d l Cp t dp t dem t s ttf 1000 vc f 1000 f K m Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho Eng. Mecânica UDESC Mínimo custo v co x Tco K 60 (x 1) C3 60 (x 1) C 3 C2 C3 C2 Onde: C 2 Sh Sm C3 K ft t ft Sh Sm 60 C1 - constante independente da velocidade de corte em R$/peça; C2 - soma das despesas com mão de obra e máquina em R$/hora; C3 - constante de custo relativo à ferramenta Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho Eng. Mecânica UDESC Observação: Segundo Stemmer, nem sempre a velocidade de corte econômica é a mais recomendada !!! prazo de entrega maio quantidade de peças Prof. Dr.-Ing. Joel Martins C. Filho Eng. Mecânica UDESC