Percurso Pedestre Forte de São Vicente – Serra do Socorro – Forte de São Vicente Descrição: Este trilho circular, com início/Término no forte de São Vicente, em Torres Vedras, passa por fortificações das Linhas de Torres a Este e a Sul desta cidade, deslocando-se os caminhantes depois até ao cimo da Serra do Socorro, onde é possível visitar o Centro de Interpretação (apenas aberto aos Domingos), o observatório da paisagem, a réplica do Posto de Sinais e a Ermida de Nossa Senhora do Socorro. A descida da Serra pode ser realizada em direcção à localidade de Serra da Vila e ao Castro do Zambujal, fazendo-se o regresso à cidade pela colina Oeste. Na cidade este trilho inclui a passagem pelo Museu Municipal Leonel Trindade, Monumento ao Exército Luso-Britânico e Castelo de Torres Vedras. 1 Pontos de Interesse Forte de São Vicente; Forte da Ordasqueira; Forte Novo da Ordasqueira; Ermida do Senhor Jesus do Calvário; Forte de Catefica; Forte da Feiteira; Forte da Archeira; Serra do Socorro; Castro do Zambujal; Museu Leonel Trindade; Monumento à Guerra Peninsular; Castelo de Torres Vedras. Forte de São Vicente Distância a subir 20 658,1 m Término Forte de São Vicente Distância a descer 19 842,3 m Extensão 3D 50 205,5 m Incremento total altitude 1 865,7 m Extensão 2D 49 923,3 m Máximo declive a subir 36,0 º Tempo de duração Grau de dificuldade Altitude (mín./máx.; m) 15h 40m Máximo declive a descer 40,6 º Elevado Média do declive a subir 5,2 º 28 - 390 Média do declive a descer 5,4 º Como chegar Forte de São Vicente: 39° 5' 59,097" N; 9° 15' 52,081" W Início 2 Forte de São Vicente N.ºs 20, 21 e 22 Concelho: Torres Vedras Reduto 20: 39° 5' 59,097" N; 9° 15' 52,081" W Reduto 21: 39° 6' 1,914" N; 9° 15' 59,028" W Reduto 22: 39° 6' 5,822" N; 9° 15' 57,619" W Guarnição de 2000 a 2200 soldados, podendo acolher cerca de 4000 soldados Munido de 26 bocas-de-fogo (10 de calibre 12, 2 de calibre 9, 11 de calibre 6 e 3 obuses) O nome provém da pequena ermida medieval de São Vicente, atestada já em 1322, que foi, em inícios do século XIX, integrada no conjunto das estruturas militares. Constituía um dos dois pontos avançados projectados na frente da Linha Principal, a par do Forte Grande da Serra Fonte: PILT (Câmara Municipal de Torres Vedras) (Sobral de Monte Agraço) vindo, uns meses depois, a integrar a Primeira Linha, passando a Linha Principal a Segunda Linha. Foi planeada a construção de três redutos para o Monte de São Vicente. Durante a construção, decidiu-se reforçar a posição, unindo os redutos por um perímetro amuralhado, que passou a constituir uma enorme praça com cerca de 1500 metros de perímetro. Forte da Ordasqueira N.º 26 Concelho: Torres Vedras 39° 5' 46,837" N 9° 14' 5,221" W Guarnição de 300 soldados Munido de 3 bocas-de-fogo de calibre 9 Fonte: Sapo Mapas 3 Forte Novo da Ordasqueira N.º 149 Concelho: Torres Vedras 39° 5' 44,110" N 9° 13' 51,066" W Guarnição de 250 soldados Munido de 6 bocas-de-fogo (4 de calibre 12 e 2 de calibre 9) Fonte: Rui Prudêncio Ermida do Senhor Jesus do Calvário Concelho: Torres Vedras 39°5'22,555"N 9°12'51,854"W Localizada no monte do Calvário, deve a sua beleza natural, não apenas às excelências paisagísticas da sua área de implantação, mas também às suas próprias características naturais. Todo o monte está coberto por uma frondosa mata, constituída, em grande parte, por uma flora autóctone de carrascos, zambujeiros e pinheiros mediterrânicos, mas também por outras espécies, como ciprestes e eucaliptos. A ermida era filial da igreja matriz de S. Miguel, tendo-lhe sido concedida licença para celebrar missa, em 1632. Mas era propriedade da família Trigoso, da Quinta Nova, que se uniu por matrimónio à família Falcão, da Quinta do Juncal. Em frente da capela encontra-se uma representação do calvário, com três crucifixos de pedra cravados na rocha que, durante os festejos, são cobertos de flores. No altar-mor, o trabalho de mármores embutidos – datado de 1712 – apresenta a figuração de um grande sol radioso. Quando a imagem de Cristo Crucificado é colocada no altar, o sol transforma-se no seu resplendor, numa integração perfeita entre o desenho e a imagem tridimensional. Fonte: DiasdosReis Também a mesa do altar é de embutidos de mármores florentinos, com a representação, em jeito de brasão, das cinco chagas de Cristo. Nas paredes colaterais ao altar-mor existem duas lápides de mármore epigrafadas, do século XVIII. A exemplo dos seus antecessores, aquele eclesiástico mandou fazer diversas benfeitorias na capela, entre as quais a colocação de painéis de azulejos figurativos: na capela, representando cenas da paixão de Cristo, encimadas por 14 cartelas com as estações da via-sacra; na sacristia, representando cenas da vida de Stº. António. http://historiasdetorresvedras.wordpress.com/2010/06/20/monte-do-calvario/ 4 Forte de Catefica N.º 130 Concelho: Torres Vedras 39° 3' 28,567" N 9° 14' 8,360" W Guarnecido com 200 soldados Munido com 5 bocas-de-fogo de calibre 9 Fonte: João Reis Forte da Feiteira N.º 129 Concelho: Torres Vedras 39° 2' 39,827" N 9° 13' 55,435" W Guarnição de 350 soldados Munido com 9 bocas-de-fogo (3 de calibre 12 e 6 de calibre 9) O Forte da Feiteira integrava a Primeira Linha, a par dos fortes do Catefica (n.º 130) e da Archeira (n.º 128), respectivamente a norte e a sul desta fortificação. Defendia os vales de Runa e da Ribaldeira, sob o comando, respectivamente, do barão de Eben e do general Spencer. Foi construído já depois da retirada do exército napoleónico da frente das Linhas. Fonte: Sousa Lobo 5 Forte da Archeira N.º 128 Concelho: Torres Vedras 39° 2' 4,903" N 9° 13' 4,848" W Guarnição de 500 soldados Munido com 6 bocas-de-fogo de calibre 12 Também conhecido como “Cheira”, pertencia à defesa da Primeira Linha, a par dos fortes do Catefica (n.º 130) e da Feiteira (n.º 129), a norte desta fortificação. Com estes defendia os vales de Runa e da Ribaldeira, sob o comando, respectivamente, do barão de Eben e do general Spencer. É um local estratégico, uma vez que a serem ultrapassadas as Linhas seria, talvez, por aqui, no desfiladeiro de Runa, a nascente da serra. Quer os Aliados quer o exército invasor sabiam disso. Fonte: João Reis Serra do Socorro Concelho: Mafra Centro Interpretativo das Linhas de Torres: 39° 1' 3,031" N 9° 13' 31,598" W Elevação que domina a paisagem e o coração das Linhas de Torres Vedras, oferecendo óptimas condições de visibilidade entre a primeira e a segunda linha defensivas (Observatório da Paisagem), a serra do Socorro está decisivamente ligada às comunicações telegráficas: durante a Guerra Peninsular foi aqui instalada uma estação semafórica que era o eixo central do complexo sistema de comunicações das Linhas. Visite o Centro Interpretativo direccionado para a temática das Comunicações, com uma réplica do telégrafo à escala real, assim como o observatório de paisagem e a musealização do buraco de poste original descoberto nas escavações arqueológicas. Paralelamente, na serra do Socorro apresenta-se um vasto património de âmbito arqueológico (desde a Idade do Bronze), arquitectónico e artístico, com destaque para a Ermida de Nossa Senhora do Socorro (manuelina) Fonte: PILT enriquecida por fases construtivas posteriores e classificada como Monumento Nacional. É em torno da serra que se estrutura o Circuito da Enxara: no sopé da montanha encontram-se o Forte Pequeno (n.º 28) e o Forte Grande (n.º 29), que defendiam o quartel-general de Wellington em Pêro Negro, situado a escassos quilómetros. 6 Castro do Zambujal Concelho: Torres Vedras 39°4'28,458"N 9°17'8,066"W O Castro do Zambujal é um povoado fortificado da Idade do Cobre ou Calcolítico datado do 3.º milénio a.C., situado num esporão rochoso na margem direita da Ribeira de Pedrulhos, afluente do Rio Sizandro. Descoberto em 1932 por Leonel Trindade, foi escavado ao longo da década de 60 e inícios de 70 pelo Instituto Arqueológico Alemão. Trata-se de uma fortificação Pré-Histórica com quatro muralhas e torres e que teve ocupação humana ao longo de, pelo menos, 800 anos. Fonte: João Reis Museu Leonel Trindade Concelho: Torres Vedras 39°5'24,896"N 9°15'33,026"W O Museu Municipal de Torres Vedras, actual Museu Municipal Leonel Trindade, foi fundado em 21 de Junho de 1929, com base num conjunto de colecções representativas do valor artístico e histórico do passado de Torres Vedras, tendo começado por ser um pequeno, mas significativo, museu de Arte Antiga. Inicialmente instalado nas Salas da Irmandade dos Clérigos Pobres, anexas à Igreja de S. Pedro, foi transferido, em 1944, para o antigo edifício-sede da Santa Casa da Misericórdia, aumentando consideravelmente a área de exposição. Ao longo dos anos, foi aumentando e diversificando o seu espólio, com especial destaque para a colecção de Arqueologia, que o fez ganhar uma projecção internacional. Em 1989 foi transferido para o antigo Convento de N. S. da Graça. Nos últimos anos, investigações arqueológicas, recolhas sistemáticas e inúmeras doações, têm vindo a aumentar o espólio do Museu. O seu acervo é constituído por importantes colecções de arqueologia, epigrafia, pintura antiga, arte sacra, cerâmica, faiança, porcelana, Fonte: PILT (Câmara Municipal de Torres Vedras) azulejaria, numismática, medalhística, etnografia, mineralogia, paleontologia, pintura contemporânea, bem como por núcleos históricos dedicados ao município e às famosas Linhas de Torres. 7 Monumento à Guerra Peninsular Concelho: Torres Vedras 39°5'26,372"N 9°15'32,753"W Monumento ao Exército Luso-Britânico Para homenagear o exército luso -britânico, após a derrota de Massena na 3ª Invasão Francesa, o município de Torres Vedras erigiu um obelisco e tanque, no centro da então vila, concebido pelo Arq. Miguel Jacobety e inaugurado no dia 10 de Outubro de 1954. Fonte: Rui Miguel S. Vicente Castelo de Torres Vedras N.º 27 Concelho: Torres Vedras 39° 5' 41,053" N 9° 15' 40,531" W Guarnição de 500 soldados Munido de 5 bocas-de-fogo de calibre 12 Localizado no coração da antiga vila, é um castelo medieval que foi adaptado a tiro de artilharia e integrado na primeira linha defensiva da capital. De construção antiga, talvez romana, foi objecto de reconstrução no reinado de D. Afonso Henriques, e ampliado por D. Dinis, no final do século XIII. Sofreu obras no reinado de D. Fernando, em 1373, devido às investidas castelhanas e, mais tarde, no reinado de D. Manuel, em 1516. Na Idade Média, assumiu o papel de defesa das gentes da vila e termo que não conheceram qualquer outra muralha, pelo menos anterior à última década do século XIV. Desse tempo ficou-nos a porta ogival, ainda encimada pelas armas manuelinas, ladeadas por duas esferas armilares com a Cruz de Cristo. No seu interior, ergueu-se o Palácio dos Alcaides, do qual restam as paredes exteriores, cuja ruína se deve ao grande terramoto de 1755. No interior do Castelo sugere-se uma visita à Igreja de Santa Maria, construída depois da tomada do Castelo aos mouros. Fonte: Carlos Guardado da Silva 8