Sociedade da
Informação
Ana Antunes Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Fontes de Informação Sociológica da Licenciatura em Sociologia. Coimbra, 2008
Ficha Técnica
Título: Sociedade da Informação
Trabalho realizado por: Ana Maria Pereira Antunes, nº 20080924, no
âmbito da unidade curricular de Fontes de Informação Sociológica,
pertencente ao Plano de Estudos do 1º ano da Licenciatura em
Sociologia, da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra,
leccionada pelo Professor Paulo Peixoto.
Imagem da capa retirada do site:
http://images.google.com/imgres?imgurl=http://www.timeanddate.c
om/gfx/stock/world-telecomday.jpg&imgrefurl=http://www.timeanddate.com/holidays/un/worldinformation-society-day&usg=__XGuWTTZ65jT_NPUIbgFihNUwy4=&h=424&w=283&sz=21&hl=en&start=14&um=1&
tbnid=6GqsePy7niQnjM:&tbnh=126&tbnw=84&prev=/images%3Fq
%3Dinformation%2Bsociety%26um%3D1%26hl%3Den%26sa%3D
N
“Cada sociedade é uma sociedade da
informação e cada organização é uma
organização de informação, na mesma
medida em que cada organismo, é um
Organismo de informação”
Bell apud Rodrigues de Almeida (2004)
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO …………………………………………………………. 1
2. DESENVOLVIMENTO …………………………………………………. 2
2.1. O que é a Sociedade da Informação? ……………………... 2
2.2. Quem utiliza a Internet na sociedade portuguesa ………….. 4
2.3. Internet na Escola ……………………………………………… 6
2.4. Alterações introduzidas na vida quotidiana ………………… 12
3. DESCRIÇÂO DETALHADA DA PESQUISA ……………………….. 13
4. FICHA DE LEITURA …………………………………………………… 15
5. AVALIAÇÃO DE UMA PÁGINA DA INTERNET ……………………. 17
6. CONCLUSÃO ………………………………………………………….. 18
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ………………………………… 20
ANEXO A
Texto utilizado na realização da ficha de leitura: “A Sociedade em rede”,
capítulo da obra “A Sociedade em rede em Portugal” de Gustavo
Cardoso, António Firmino da Costa, Cristina Palma Conceição e Maria
do Carmo Gomes.
ANEXO B
Página da Internet avaliada.
ANEXO C
Tabela- Fonte CIES, Inquérito Sociedade em Rede em Portugal, 2003,
“Prática comunicativas e vida quotidiana, segundo utilização da
internet(%)”
Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação 1.INTRODUÇÃO
O trabalho final que se segue, foi realizado no âmbito da disciplina de
Fontes de Informação Sociológica pertencente à Licenciatura de
Sociologia na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
(FEUC). Este trabalho tem por objectivo terminar a avaliação contínua
da disciplina sendo o tema escolhido “Sociedade da Informação”.
Quero começar por dizer que não posso deixar de referir as dificuldades
sentidas na elaboração do trabalho. Em primeiro lugar, pela dificuldade
em escolher o tema de entre os que foram propostos pelo Professor da
disciplina, Professor Paulo Peixoto, uma vez que havia várias
possibilidades de desenvolver temas aliciantes. No entanto, acabei por
optar pelo tema “Sociedade da Informação” por considerar que, uma
vez que vivemos em plena “Era da Informação” e somos utilizadores
das novas tecnologias, tinha aqui uma oportunidade de aprofundar um
assunto de que muito se fala e que nem sempre se tem o conhecimento
necessário. Por outro lado, a complexidade e abrangência do tema
permite variadíssimas formas de o abordar, pelo que senti dificuldade
em seleccionar os “sub-temas”, tendo optado por começar a referir o
que é a Sociedade da Informação e, depois, dar maior ênfase à Internet
por ser uma poderosa ferramenta que podemos ter à mão, quer para
obter informação, quer para comunicar.
Assim, começo por referir “O que é a Sociedade da Informação”,
passando para “Quem utiliza a Internet”, de seguida abordo a “Internet
na Escola”, “sub - capítulo” a que dou maior relevo por achar que é na
Escola, o local indicado para adquirir as bases essenciais para uma
adequada utilização da Internet e, por fim, faço uma breve referência às
alterações que a utilização das tecnologias de informação e
comunicação (TIC’s) introduziram na vida quotidiana dos cidadãos,
“Alterações introduzidas na vida quotidiana”. Todos estes aspectos,
serão abordados, seguindo a ordem exposta, ao longo do trabalho e,
1 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação sempre que possível, serão interligados. A escolha destes quatro
aspectos, surgiu do facto de considerar importante abordar as
alterações sociais após o aparecimento da Internet.
Depois de abordados, da melhor forma possível, utilizando citações de
autores, o presente trabalho apresenta um outro capítulo onde faço a
indicação do processo de pesquisa utilizado.
Posteriormente, apresento a ficha de leitura do capítulo do livro por mim
seleccionado, à qual se segue a avaliação da página da Internet e, por
fim, faço a conclusão.
Depois, como não poderia deixar de ser, indico as referências
bibliográficas utilizadas para a elaboração deste trabalho e incluo os
Anexos, dos quais constam os documentos referentes à ficha de leitura,
bem como à página da Internet sobre a qual recaiu a minha avaliação.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. O que é a Sociedade da Informação?
Segundo Luís Manuel Borges Gouveia,
“A Sociedade da informação está baseada nas tecnologias de
informação e comunicação que envolvem a aquisição, o
armazenamento, o processamento e a distribuição da
informação por meios electrónicos, como a rádio, a televisão,
telefone e computadores, entre outros. Estas tecnologias não
transformam a sociedade por si só, mas são utilizadas pelas
pessoas em seus contextos sociais, económicos e políticos,
criando uma nova comunidade local e global: a Sociedade da
Informação.” (2004).
2 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação As sociedades contemporâneas são atravessadas por inúmeras
mudanças, sendo relevante a que se prende com as novas tecnologias,
o que levou alguns autores a defender a existência de um novo
paradigma de Sociedade baseada, essencialmente, na Informação, daí
a designação de Sociedade de Informação (ou Sociedade do
Conhecimento na medida em que a informação é um meio de
produção/divulgação
de
Conhecimento).
Este
novo
modelo
de
sociedade assenta em novos quadros de desenvolvimento económico,
social e cultural decorrente do processo de globalização, o qual respeita
à forma como os países estabelecem as suas relações (quer sejam de
natureza económica, política, social e/ou cultural).
Ao longo da história, o Homem tem procurado criar inúmeros meios
para comunicar, melhorando, desta forma, os seus padrões de vida.
Mas, se por um lado tais criações representam uma melhor qualidade
de vida, por outro, figura um cenário controverso que a destrói.
Sociedade da informação e sociedade do conhecimento são, por vezes,
usadas com a mesma conotação. No entanto, há quem considere que a
sociedade do conhecimento possa estar mais relacionada com a
vertente económica, enquanto que a sociedade da informação se
prende com as complexas redes de comunicação que potenciam a
troca da informação. (Acores, 2008).
O que é, afinal, a Sociedade da informação?
Como refere Luís Manuel Borges Gouveia,
“ O conceito de Sociedade da Informação surgiu nos trabalhos
de Alain Touraine (1969) e Daniel Bell (1973) sobre as
influências dos avanços tecnológicos nas relações de poder,
identificando a informação como ponto central da sociedade
3 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação contemporânea. A definição de Sociedade da Informação,
deve ser considerada tomando diferentes perspectivas…”
(2004)
São referidos, por Gouveia, autores como: Gianni Váttimo, para quem a
“…sociedade pós-moderna (…) é plural, incentiva a participação,
reconhece e dignifica as diversidades e dá voz às minorias…”(2004: 1);
Javier Echeverria, o qual defende que a sociedade da informação
“…está inserida num processo pelo qual a noção de espaço e tempo
tradicional estão em transformação pelo surgimento de um espaço
virtual, transterritorial, transtemporal…” (2004: 1); Gonzalo Abril que
refere que a “…informação é um discurso institucionalizado absorvendo
todos os modos de conhecimento e comunicação já desenvolvidos pelo
homem, alcançando no actual estágio de regime da informação, numa
sociedade informativa” (2004: 2); Noam Chomsky, para quem a
sociedade da informação “…é também o fruto da globalização
económica, a fim de promover maior circulação de capital e informação
nas mãos de grandes grupos empresariais…” (2004: 2).
Em síntese, a Sociedade da Informação consiste na forma como a
informação é exposta à sociedade através das “…Tecnologias de
Informação e Comunicação no sentido de lidar com a informação e que
toma esta como elemento central de toda actividade humana” (Castells
apud Gouveia, 2004: 2).
2.2. Quem utiliza a Internet na sociedade portuguesa
“O contacto com as novas tecnologias, designadamente com
Internet, está longe de ser uniforme entre a população
portuguesa. Pelo contrário, o grau de proximidade a este meio
de comunicação é bastante diversificado entre diferentes
categorias e grupos sociais, podendo identificar-se contextos
4 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação em que a familiarização com a Internet é já bastante profunda
a par de outras em que é total o afastamento face a esta
tecnologia.” (Cardoso et al., 2005: 139)
Com os processos de difusão existentes, fruto da globalização, seria de
esperar que a Internet, tal como a televisão ou o telefone móvel, se
estendesse a uma ampla maioria da população “…indicando então a
plena afirmação da sociedade em rede” (Cardoso et al., 2005: 139), o
que, afinal, não se verifica actualmente.
Através de um estudo realizado em 2003 com o objectivo de definir o
“…perfil social dos utilizadores da Internet em Portugal…” (Cardoso et
al., 2005: 139) ficamos a saber um pouco mais sobre quem utiliza a
Internet em Portugal, desde o seu nível social, passando pelo nível de
escolaridade,
escalões
etários,
categoria
socioprofissional,
periodicidade e intensidade do uso da Internet, local de acesso,
acabando nos domínios do uso da Internet. Esta parte do trabalho não
abordará todos os itens, tendo, por isso, seleccionado os que me
pareceram mais pertinentes. O nível social, escalões etários, categoria
socioprofissional e domínios de uso da Internet serão os aspectos
referenciados nesta parte do desenvolvimento.
A partir de “…uma amostra representativa da população” (Castells,
2005: 29) portuguesa, conseguiu tirar-se conclusões quanto ao nível
social dos utilizadores da Internet.
Segundo Gustavo Cardoso, citando vários autores, o inquérito realizado
concluiu que “os níveis de utilização da Internet em Portugal mantêm-se
(…)
inferiores
aos
registados
noutros
países
europeus
mais
desenvolvidos”, mas o “…perfil social dos utilizadores tende a ser
relativamente aproximado.”, (2005: 139-140).
A faixa etária constitui um importante aspecto no estudo “Quem utiliza a
Internet”. O estudo realizado em Portugal apontou a faixa etária dos 15
5 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação aos 19 anos como aquela onde se regista um maior número de
utilizadores da Internet, sendo a partir dos 50 anos que se verifica um
contraste acentuado. A facilidade de acesso à Internet (escola, espaços
públicos, entre outros) e a socialização cada vez mais precoce com as
novas tecnologias, explicam esta tendência. Segundo Cardoso et al.
(2005: 141), “…mais de 70% da população utilizadora da Internet
nasceu depois de 1974”, o que se explica com o crescimento
acompanhado com as novas tecnologias, o que não se verificou nas
camadas mais velhas. Para acentuar esta tendência, a maioria dos
utilizadores têm o ensino secundário ou superior terminado enquanto
que os não utilizadores apenas têm o 1º ciclo do ensino básico ou não
têm escolaridade. Como consequência, os usuários da Internet em
Portugal
são
“profissionais
técnicos
e
de
enquadramento”
ou
“empresários, dirigentes e profissionais liberais.”
Os utilizadores da Internet utilizam-na, sem sombra de dúvidas, para a
troca de mensagens electrónicas, o tão conhecido correio electrónico.
Para além deste, muitos acedem à rede sem um objectivo concreto,
apenas por lazer. A utilização da Internet para fins profissionais não é
muito usual, estando, desta forma, abaixo das actividades relacionadas
com a sociabilidade (participação em chats, blogues, …).
2.3. A Internet na Escola
“ (…) a Internet não é uma simples tecnologia de
comunicação, mas o epicentro de muitas áreas da actividade
social, económica e política. Por este motivo, a Internet
converte-se num grande instrumento de exclusão social,
reforçando o hiato entre pobres e ricos, existente na maior
parte do Mundo. Mas, por outro lado, a Internet funciona como
uma ágora global, onde as pessoas podem expressar e
6 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação partilhar as suas preocupações e esperanças. Desta forma a
Internet
tem
potencialidades
ao
poder
implicar
e
responsabilizar os cidadãos informados e conscientes dos
problemas existentes na sociedade, na construção de Estados
mais democráticos, conduzindo a uma sociedade mais
humana e menos votada à desigualdade e à exclusão social.”
(Alves, 2006: 1)
No mundo globalizado de hoje, onde o desenvolvimento depende do
acesso a meios de informação, comunicação e conhecimento, é
condição fundamental existir a possibilidade de todos os cidadãos terem
acesso a meios tecnológicos que lhes permitam a comunicação fácil e
rápida no seu dia-a-dia, quer seja para fins pessoais, profissionais ou
até mesmo de diversão e lazer.
Por outro lado, já ninguém questiona o uso das Tecnologias da
Comunicação (TIC’s) na Escola. Elas tornaram-se ferramentas
indispensáveis no dia-a-dia de professores e alunos, nomeadamente no
próprio desenvolvimento das práticas educativas. Com efeito, os novos
recursos tecnológicos trouxeram consigo novas formas de comunicar,
de adquirir informação e transformaram o próprio processo de
ensino/aprendizagem. A introdução do computador na sala de aula
serve, simultaneamente, como instrumento de apoio do trabalho do
professor e como meio fundamental para preparar os alunos para o
novo tipo de sociedade, a sociedade informatizada.
Presentemente, a quantidade de informação é cada vez maior e surge a
um ritmo acelerado, daí a necessidade de fazer a sua divulgação,
também, de forma rápida e célere, através de uma “rede” que garanta o
seu fácil acesso. A Internet é a principal das novas tecnologias de
informação e comunicação (TIC’s) e consiste num conglomerado de
redes em escala mundial de milhões de computadores interligados pelo
chamado Protocolo de Internet (“Internet Protocol”) que dá acesso a
7 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação informações e todo tipo de transferência de dados, uma vez que permite
que o tráfego de informações seja encaminhado de uma rede para
outra.
Efectivamente, graças à Internet, em escassos instantes, é possível
obter informação sobre todas as áreas de conhecimento e, ao fim de
algum tempo de pesquisa, podem encontrar-se redes científicas,
económicas, educacionais, empresariais, politicas, entretenimento,
entre muitas outras. A Internet, apesar de ser usada como meio de
obter
acesso
à
informação,
é,
essencialmente,
um
meio
de
comunicação uma vez que permite a participação em projectos
mundiais, a participação em debates, a discussão de ideias (de
natureza científica, política, cultural, etc).
A Internet é, por isso, vista, por alguns autores, como um espaço
democrático “por excelência”, uma vez que é um “Espaço para todos e
todos recebem nela a mesma atenção e têm os mesmos direitos de
participação” (Carmo, 2004). No entanto, também pode ser geradora de
maiores desigualdades sociais uma vez que deixa de fora quem, por
diversos factores como, por exemplo, contextos sócio - económicos
desfavoráveis, falta de infra-estruturas adequadas e “analfabetismo
tecnológico”, não a utiliza. Segundo Castells (2004) a Internet depende
do próprio meio social ao mesmo tempo que tem sobre ele uma
influência directa, pois o desenvolvimento da Internet pode contribuir
para dinamizar determinados grupos sociais mas, também, pode afastar
esses mesmos grupos do resto da sociedade o que poderá vir a
acentuar as desigualdades sociais “A Internet é, sem dúvida, uma
tecnologia da liberdade, mas pode servir para libertar os poderosos e
oprimir
os
desinformados
e
pode
conduzir
à
exclusão
dos
desvalorizados pelos conquistadores do valor” (Castells, 2004).
A pouco e pouco a Internet foi-se estendendo a todos os sectores da
vida do homem e a educação também não foi excepção, ainda que na
8 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação escola a Internet tenha entrado muito lentamente. Para Castells (2004)
a desigualdade social pode ser combatida através da Educação e a
Internet na escola pode ser um factor de desenvolvimento desde que
“saibam o que fazer com a Internet”.
Segundo este mesmo autor (2004) o que,
“os Estados devem fazer é, mais precisamente, facilitar as
condições para que o desenvolvimento tecnológico entre na
sociedade através das empresas, através das forças que já
existem na sociedade. Por exemplo, neste sentido, o mais
importante é actuar sobre a universidade, sobre a educação,
sobre
o
potencial
científico
e
técnico
e
ajudar
o
desenvolvimento, através das empresas, de infra-estruturas,
de telecomunicações, de desenvolvimento de softwares e da
Internet. Assim, o que era o papel do Estado como centro de
impulsão de política tecnológica, neste momento, tem de ser,
sobretudo, uma política de acompanhamento para que a
sociedade e as empresas estejam preparadas para esse tipo
de desenvolvimento”.
Mas, naturalmente, a introdução da Internet na escola ou, mais
concretamente, no processo de ensino/aprendizagem, requer uma nova
atitude quer do professor quer dos alunos e mesmo dos responsáveis
pelas
instituições
educativas.
O
desenvolvimento
de
projectos
interactivos exige novas competências, novos conhecimentos para
melhor formar e, acima de tudo, para preparar a inserção numa nova
sociedade, a Sociedade da Informação. No entanto, a mera instalação
de computadores nas salas de aulas não é suficiente, é necessário
torná-los verdadeiras ferramentas da informação em rede, pelo que é
fundamental alterar as metodologias, fomentar a participação em
parceria, a partilha de ideias e a construção do próprio saber. Através
9 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação da Internet podem quebrar-se barreiras, acabar com o isolamento da
sala de aula e aumentar a autonomia dos alunos.
Um estudo (2006) realizado em vários países da Europa (Bélgica,
Dinamarca, Estónia, França, Grécia, Itália, Polónia, Portugal e Reino
Unido) veio revelar que os jovens entre os 12 e os 18 anos usam mais a
Internet em casa do que na Escola, sendo apontado como causa o facto
de as escolas terem computadores em número muito reduzido. Os
ingleses e polacos são os que mais usam a Internet na escola. Por sua
vez, os portugueses (de Escolas Básicas e Secundárias do Algarve)
são os segundos que menos usam a Internet na escola a seguir aos
dinamarqueses que, por sua vez, são os que usam mais em casa. Após
a análise dos inquéritos e algumas entrevistas, a equipa portuguesa
recomendava uma investigação aprofundada sobre os motivos da
existência de um grande desfasamento entre o (pouco) uso da Internet
na escola e o uso (predominante). O Estudo que, segundo os seus
responsáveis “…pretende apenas demonstrar indicadores pontuais e
não fazer uma análise estatística de carácter representativo do uso que
os jovens fazem dos novos media electrónicos” refere, ainda, que
"Entre 2000 e 2005 deu-se uma explosão da Internet nos
países industrializados. A disseminação das comunicações
electrónicas em rede abriu novas esperanças aos adultos.
Mas também trouxe medo, principalmente em relação aos
perigos que a rede pode trazer aos mais jovens, inocentes e
inexperientes, e com uma apetência de adulto para o que é
novo" (Machado, 2005).
No nosso país, ultimamente, tem-se verificado um esforço para
apetrechar as escolas não só de computadores mas de ligar as escolas
à Internet, de forma a permitir a parceria e a cooperação com outras
escolas ficando “em rede entre si”, visando, assim, a partilha de
10 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação recursos e de informação entre professores e alunos das escolas em
rede.
Uma outra questão relacionada com o uso da Internet pelas camadas
jovens (aliás quem, maioritariamente, utiliza as novas tecnologias) é a
que se prende com o seu eventual “mau uso”, ou seja, a que respeita às
consequências negativas da utilização deste meio. Na verdade, a
Internet é, simultaneamente, um excelente meio de informação e
comunicação e uma “perigosa arma” para os “menos preparados” ou
“mais crédulos e inocentes”. A este propósito Cristina Ponte e Cátia
Candeias (2006) questionam:
“Que riscos e situações desconfortáveis concretas são vividas
por crianças e jovens, para além dos muito falados acesso a
sítios pornográficos ou de fraudes económicas decorrentes da
aquisição de produtos on-line? De que modos poderão
capacitar-se para lhes fazer face e tirarem, dessa forma, num
ambiente
de
segurança,
vantagens
das
imensas
possibilidades proporcionadas pelas novas tecnologias?” (…)
“Estará o actual discurso público do "choque tecnológico", no
seu positivismo e confiança na tecnologia como factor de
mudança social e alavanca para o desenvolvimento do país,
suficientemente atento a factores económicos, sociais e
culturais que certamente moldam estes novos ambientes?
Uma caracterização do controlo das situações de risco como
sendo da incumbência estrita das famílias - apesar de essas
situações serem produzidas socialmente - não diluirá a
necessária responsabilidade pública de instâncias como as
empresas produtoras e difusoras de conteúdos, ou do próprio
Estado?”.
11 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação Presentemente ainda não existem respostas concretas para estas
questões, até porque só agora começam a ser mais frequentes estudos
sobre esta temática, mas penso que é fundamental o papel da Escola
para alertar para as potencialidades bem como para os aspectos
negativos das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação, em
particular da Internet.
2.4. Alterações introduzidas na vida quotidiana
Com o chegada da Internet, tornou-se importante compreender até que
ponto o quotidiano da sociedade em rede se alterou. Para tal, o
inquérito realizado em Portugal dá-nos a conhecer hábitos sociais dos
utilizadores e não utilizadores.
Segundo o estudo, a televisão continua a liderar os hábitos sociais dos
portugueses, seguindo-se o convívio entre os membros da família ou
amigos e passear. Actividades como ir ao teatro, praticar algum hobby
ou ir a museus são actividades sociais que registam um menor grau de
preferência, sendo, aqui, visíveis as menores percentagens dos não
utilizadores.
Nesta nova era, onde se “socializa através da tecnologia”, os
utilizadores afirmam não ter deixado de fazer o seu quotidiano em
função da Internet, apenas reduziram a visualização de televisão
(apesar das percentagens de visualização se manterem elevadas),
numa vasta lista de actividades (ver anexos). Em contrapartida, os não
utilizadores registam uma maior percentagem em “ir à igreja ou lugar de
culto religioso”, o que se compreende visto que os não utilizadores são,
maioritariamente, pessoas com mais de 50 anos que, na maioria dos
casos, nunca tiveram contacto com a Internet.
12 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação “Estas
práticas
evidenciam,
por
um
lado
alterações
significativas nos estilos de vida quotidianos dos portugueses,
ressaltando
uma
maior
diversidade
de
actividades
e
interesses no grupo dos mais jovens, acompanhados da
incorporação
das
novas
tecnologias
da
informação
e
comunicação” (Cardoso et al., 2005: 203)
No entanto, ao procurar a relação entre as alterações das práticas
comunicacionais e a utilização da Internet, os autores do estudo
verificaram que as mudanças trazidas pela utilização da Internet não
são muito expressivas no dia a dia dos seus utilizadores, e, como era
de esperar, muito menos no dos que a não utilizam (não utilizadores).
Através destes dados, podemos concluir que a utilização da Internet em
nada afectou o dia-a-dia dos seus utilizadores, muito menos dos não
utilizadores.
3. Descrição Detalhada da Pesquisa
Tendo em consideração o tema que iria abordar, o meu método de
pesquisa tinha por objectivo principal encontrar informação credível. A
pesquisa em livros foi fundamental, visto ter conhecimento do ruído que
iria obter da Internet. Por isso, depois de seleccionados os livros, baseei
a minha pesquisa em sites de confiança e textos de autores que, depois
de fazer uma breve pesquisa sobre os escritores, considerei confiáveis.
Portais como UNESCO, TECNET e EUKIDSONLINE são alguns
exemplos de sites por mim visitados a fim de recolher informação para a
realização do trabalho.
Ao usar um motor de busca, o Google, utilizei a expressão “sociedade
da informação” do qual obtive 2.460.000 (0.20 segundos) resultados.
13 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação Utilizando a expressão “information society”, foram-me apresentados
133.000.000 em 0.22 segundos.
Depois de decidido o tema e de ter uma noção do que se tratava,
subdividi o tema em “o que é a sociedade da informação”, “quem utiliza
a internet na sociedade portuguesa”,“Internet na escola” e “alterações
introduzidas na vida quotidiana”, concentrando-me em Portugal.
Para poder desenvolver estes subtemas tive de ler textos de autores
como Luís Manuel Borges Gouveia, Manuel Castells, Cristina Ponte e
Cátia Candeias, entre outros, que me ajudaram a desenvolver o
trabalho.
O livro “Sociedade em rede em Portugal”, adquirido na Biblioteca da
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, tal como os
restantes livros utilizados, foi a base do presente trabalho pois
considerei-o importante devido à qualidade e quantidade de informação.
A utilização de dados estatísticos disponibilizados pelo CIES permitiume abordar “quem utiliza a Internet” e perceber as alterações sociais
sofridas após o começo de utilização da Internet.
Para terminar, recorri ao site da disciplina, na qual o trabalho se insere,
para pesquisar sobre a forma de citar e indicar as referências
bibliográficas, para além de analisar trabalhos de antigos alunos tendo
como objectivo poder guiar-me no que diz respeito à estrutura do
trabalho.
Em forma de conclusão, reconheço ter utilizado um método de pesquisa
simples, mas eficaz e válido. Isto deveu-se ao facto de considerar a
informação que adquiri credível, de confiança e suficiente para a
elaboração do trabalho.
14 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação 4. FICHA DE LEITURA
O título do capítulo escolhido, para a presente ficha de leitura, é “A
sociedade em rede” sendo o seu autor Manuel Castells, é o capítulo
inicial do livro “A Sociedade em Rede em Portugal”, cujos autores são
Gustavo Cardoso, António Firmino Costa, Cristina Palma Conceição e
Maria do Carmo Gomes.
O referido livro tem como local de Edição a cidade do Porto, a sua
editora é Campo das Letras, Editores, S. A. e a data de edição é Abril
de 2005. Encontra-se disponível na biblioteca da Faculdade de
Economia da Universidade de Coimbra e tem como cota 316.7 SOC.
O capítulo em questão é o capítulo 1, com inicio na página 19 e termina
na página 29, cuja leitura foi feita em Dezembro de 2008.
O autor do capítulo, Manuel Castells (nascido em 1942) é professor
Investigador do Programa da Sociedade de Informação da Universitat
Oberta de Catalunya, em Barcelona, e Professor de Comunicação,
Tecnologia e Sociedade na Annenberg School of Communication,
Universidade da Califórnia. Castells é um profundo conhecedor da
problemática em questão, cientista social de renome e dos mais citados
no âmbito da Comunicação, tem várias obras publicadas, em diferentes
idiomas, sobre temas de sociologia, sociedade da informação,
economia política e urbanismo. Dos seus livros destaco, entre muitos
outros, “Sociedade em Rede - A Era da informação: Economia,
sociedade e cultura", onde apresenta um cenário marcado pelas novas
tecnologias de informação e comunicação (TIC’s) e como estas
interferem nas estruturas sociais e, também, “A Galáxia Internet:
Reflexões sobre Internet, Negócios e Sociedade”, no qual faz uma
reflexão acerca das transformações económicas, políticas e culturais,
que se produziram no final do séc. XX, com o aparecimento da Internet
e, consequentemente, da sua utilização à escala global.
15 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação “A sociedade em rede é a sociedade em que vivemos (…) a
sociedade em que estamos a entrar, desde há algum tempo,
depois de termos transitado na sociedade industrial durante
mais de um século” (Castells, 2005: 19)
É assim que Manuel Castells, designa a sociedade em rede. Segundo
este (2005: 19), a sociedade em rede organiza-se “…globalmente e os
seus níveis de desenvolvimento são muito diferentes em cada país”,
visto que a mesma se altera de país para país conforme a cultura,
história e qualidade de vida de cada um, apesar de a organização das
actividades económicas, políticas, culturais e da vida quotidiana serem
comuns, influenciando, desta maneira, “…a forma de viver e de fazer
em todos os âmbitos da prática social” (2005: 28)
Como se tem verificado, a história é marcada por importantes
acontecimentos. Castells, na obra citada (2005), faz referência à
sociedade
industrial
que
resultou
da
revolução
industrial
em
comparação com a sociedade em rede que resultou da “revolução
tecnológica”.
Tal como a electricidade foi o motor da sociedade industrial, o autor
defende que a tecnologia é o pilar da sociedade em rede, pois sem ela,
esta não se teria desenvolvido.
O desenvolvimento da tecnologia permitiu criar o “…instrumento chave
e o símbolo deste novo sistema tecnológico” (Castells, 2005: 20), a
Internet. Esta “…rede de redes de computadores interligados por uma
linguagem informática comum…”, para além de nos facilitar a
comunicação, dá-nos a possibilidade de aceder a cerca de 93% da
informação mundial disponível. Apesar de o desenvolvimento da
tecnologia ser benéfico para a sociedade, Manuel Castells (2005: 21)
frisa o facto de “…nem só de tecnologia vivem as pessoas…”, por isso,
não podemos ignorar os problemas sociais e políticos.
16 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação Como consequência do desenvolvimento tecnológico, surge uma nova
economia, a economia onde a “…produtividade e a competitividade das
empresas, regiões
e
países
dependem,
fundamentalmente,
da
capacidade de gerar conhecimento e processar informação de forma
eficiente.” (Castells, 2005: 21-22). O autor defende que através do
conhecimento e da inovação se constrói a riqueza, sem conhecimento
não se gera investimento e, consequentemente, ganha dinheiro.
Para terminar, Castells aborda a mudança social e tecnológica
verificada em Portugal, através de um inquérito realizado a “…uma
amostra representativa da população.” Este considera o estudo
interessante, dado que “…permite perceber o processo tecnológico em
Portugal num contexto mais amplo da transformação que se está a
produzir no mundo.” (2005: 29)
Como forma de conclusão, Manuel Castells, a partir deste capítulo dános a conhecer a sua opinião sobre a sociedade em rede, seus
problemas sociais e tecnológicos.
5. AVALIAÇÃO DA PÁGINA DA INTERNET
O site por mim escolhido para avaliar é o site em inglês da UNESCOObservatory On The Information Society da United Nation Educational,
Scientific and Cultural Organization.
http://portal.unesco.org (Unesco, 2007)
A página Web foi escolhida devido à credibilidade e fiabilidade que esta
garante, visto pertencer a uma das organizações não-governamentais
internacionais de maior aceitação e respeito nas mais diversas áreas. O
facto de a página apresentar informação variada, como notícias,
eventos, acesso a informação (mundial) disponível, entre outros,
suscitou-me maior interesse e confiança.
17 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação A página seleccionada é generalista, dirige-se a um leitor vasto, diversa,
apresenta cerca de “100 results” em distintas dimensões do tema e
oferece ao público um considerável número de notícias estrangeiras
relacionadas com conferências, a nível mundial, e publicações de
diversos autores.
O formato desta é normal e com conteúdos verídicos. Não aparenta ser
tendenciosa e o facto de ser inglês permite-nos aceder a um variado
conjunto de artigos a nível global, embora tenhamos a possibilidade de
escolher entre outras cinco línguas (espanhol, francês, grego, árabe e
chinês).
Para além de ser uma página actual, permite-nos aceder a informação
antiga, realizar uma pesquisa avançada (“advanced search”) e
pesquisar artigos, livros e revistas cientificas através da biblioteca online da UNESCO (“UNESCO Publishing”).
Em suma, considero um site com qualidade informativa e acessível a
todo o leitor que compreenda inglês. A sua escolha demorou algum
tempo, pois foi difícil encontrar um site de confiança, que apresentasse
informação variada e que pertencesse a um organismo/organização de
reconhecido valor, neste caso a UNESCO.
6. CONCLUSÃO
O trabalho escrito permitiu-me aprofundar o conhecimento sobre o tema
escolhido. À medida que ia desenvolvendo o trabalho ia percebendo
que a Sociedade da Informação é muito mais do que estar ligado a um
computador e ter acesso à Internet, mais do que poder ouvir músicas de
todo o mundo e utilizar a informação disponibilizada mundialmente.
Neste trabalho achei relevante fazer uma abordagem sobre o termo
“Sociedade da Informação” e elaborar uma definição baseada nos
autores que consultei.
18 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação Outra preocupação que esteve presente no trabalho foi a de saber um
pouco mais sobre a Internet. Nesse sentido, detive-me mais
detalhadamente sobre a Internet reflectindo, um pouco, sobre o que ela
é e suas principais consequências nos mais variados níveis da vida
social e, ainda, o seu impacto na sociedade portuguesa tendo referido,
em traços muito gerais, alguns aspectos do que mudou na vida
quotidiana e, de acordo com a obra que tive como referência para este
assunto, parece que o impacto não foi o que se poderia esperar. Mas,
por outro lado, é evidente o facto de a sociedade utilizar a Internet para
pesquisas ter, como consequência, a dependência dos utilizadores face
à Internet e o menor uso de recursos (considerados tradicionais) como
a pesquisa em livros. Ainda no que respeita à Internet, procurei reflectir
sobre o papel da Escola no sentido de se promover uma melhor
preparação de professores e alunos de forma a chamar a atenção para
a necessidade de uma adequada utilização da Internet evitando as
eventuais consequências negativas que um “mau uso” pode provocar.
Tentei elaborar o trabalho dando a minha opinião, utilizando, sempre
que possível, citações de importantes autores, fazendo a construção de
um texto coerente e verídico.
A partir deste trabalho, espero ter conseguido uma interessante leitura e
realizado uma adequada abordagem do tema.
19 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Livros
Cardoso, Gustavo; Costa, António Firmino da; Conceição, Cristina
Palma; Gomes, Maria do Carmo (orgs.), (2005), A sociedade em rede
em Portugal. Porto: Campo das Letras.
Castells, Manuel (2004), A Galáxia Internet: Reflexões sobre Internet,
Negócios e Sociedade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian
Castells, Manuel (2005), “A sociedade em rede”, in Cardoso, Gustavo;
Conceição, Cristina Palma; Costa, António Firmino e Gomes, Maria do
Carmo (orgs.), A sociedade em rede em Portugal. Porto: Campo das
Letras.
Rodrigues de Almeida, Reginaldo (2004), Sociedade bit. Da sociedade
da informação à sociedade do conhecimento. Porto: Fomento.
Internet
Acores (2008), “O que é a sociedade do conhecimento?”. Página
consultada em 22 de Dezembro de 2008, disponível em
<http://www.acores.com/?page=art_det&ida=657>
Alves, Ana Paula Andrade (2006), ”Resenha do livro: A Galáxia Internet:
Reflexões sobre Internet, Negócios e Sociedade de Manuel Castells,
(2004)”. Resenhas educativas, (s.n). Página consultada em 26 de
Dezembro
de
2008,
<http://edrev.asu.edu/reviews/revp49.pdf>
20 disponível
em
Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação Carmo, Josué Geraldo Botura do (2004) “O uso da Internet na Escola”.
Página consultada a 27 de Janeiro de 2009, disponivel em
<http://www.educacaoliteratura.com.br/index%20127.htm>
Gouveia, Luís Manuel Borges (2004), “Notas de contribuição para uma
definição operacional”. Página consultada a 22 de Dezembro de 2008,
disponível
em
<http://www2.ufp.pt/~lmbg/reserva/lbg_socinformacao04.pdf>
Machado, Ana (2005), “Jovens europeus usam pouco a Internet nas
escolas, conclui estudo de nove países da EU”. Página consultada a 27
de
Janeiro
de
2009,
disponível
em
<http://byblos.malha.net/content/view/61/2/>
Ponte, Cristina e Candeias, Cátia (2006), “Crianças e Internet – que
acesso e usos? Que potencialidades e que riscos dessa relação?”.
Página consultada a 23 de Dezembro de 2008, disponível em
<http://www2.fcsh.unl.pt/eukidsonline/docs/ArtigoOBERCOM2006.pdf>
UNESCO (2007), “ Information Society”. Página consultada em 23 de
Dezembro de 2008, disponível em <http://portal.unesco.org/en/ev.phpURL_ID=3328&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html>
21 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação ANEXO A
22 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação ANEXO B
23 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação 24 Fontes de Informação Sociológica Sociedade da Informação ANEXO C
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