História da Empresa TAM Linhas Aéreas S/A
Fundação: 12 de julho de 1976
Filosofia - Política da Empresa
1ª Regra: O cliente sempre tem razão
2ª Regra: Se o cliente alguma vez estiver errado, releia a 1ª regra
Os 7 mandamentos da TAM
1º - Nada substitui o lucro
2º - Em busca do ótimo não se faz o bom
3º - Mais importante que o cliente é a segurança
4º - A maneira mais fácil de ganhar dinheiro é parar de perder
5º - Pense muito antes de agir
6º - A humildade é fundamental
7º - Quem não tem inteligência para criar tem que ter coragem para copiar
A Táxi Aéreo Marília surgiu em 1961, a partir da união de dez jovens pilotos de monomotores.
Na época, eles faziam o transporte de cargas e de passageiros entre o Paraná e os Estados de
São Paulo e do Mato Grosso.
Após seis anos, o grupo é comprado pelo empresário Orlando Ometto, tem a sua sede mudada
para São Paulo e também muda o seu perfil ao começar a transportar apenas malotes.
Décadas de 1940 e 1950
Rolim Adolfo Amaro nasceu em 15 de setembro de 1942 na cidade de Pereira Barreto, interior
de São Paulo. O mais velho de cinco irmãos, passa os primeiros anos de sua infância morando
com os pais, Adolfo e Etelvina, numa casa de sapé, sem luz nem banheiro. Aos 13 anos, é
obrigado a deixar a escola para trabalhar - estudou até a segunda série do ginásio. Parte para o
trabalho duro. Foi ajudante de motorista de caminhão, cortou madeira, puxou tora em
serraria. Com o esforço, compra seu primeiro terno na mesma época em que decide que seu
sonho tem de virar realidade: quer se tornar piloto de avião.
Década de 1960
A paixão pela aviação foi despertada por seu tio Joaquim, que apresentou Rolim a seu
Paulistinha (avião com dois lugares, usado no treinamento de pilotos civis pelos aeroclubes)
ainda na infância. Aos 17 anos, Rolim resolve tirar o brevê. Faz bicos no Aeroclube de
Catanduva e consegue, apesar de todas as dificuldades financeiras, concluir o curso de piloto.
Mas precisa de mais dinheiro para fazer o exame final. Vende tudo o que tem, de relógio a
discos. Obtém o brevê, vai para Londrina (PR) e pede emprego na Táxi-Aéreo Star. Lá, não
recebia salário. E, para se virar, fazia faxina nos aviões e comia o que sobrava do lanche dos
passageiros. À noite, dormindo no hangar e sem cobertor, cobria-se com jornais. Pouco
depois, ingressa na Táxi Aéreo Marília com um objetivo: ser o melhor comandante da
companhia. Na época, Rolim ainda era o último piloto da escala e sabia que só pularia a lista
caso o cliente o solicitasse. É por isso que, quando viajava acompanhado por um passageiro,
tratava de agradá-lo. A conquista individual do cliente se tornaria uma obsessão na vida de
Rolim, lição que carregaria pelo resto da sua vida e seria aplicada anos mais tarde na TAM
Linhas Aéreas.
Na mesma época, trabalha para um projeto agropecuário na fazenda Musiá-Missu, na
Amazônia. Rolim é o primeiro a descer no local e passa três anos transportando arroz, carne,
tijolos e até animais. Voa sozinho e cuida da manutenção do avião. Ganha dinheiro, mas pega
malária sete vezes.
Deixa a empresa por algum tempo e vai voar no Araguaia, a convite do Banco de Crédito
Nacional. O salário é alto e lhe permite economizar para comprar seu primeiro avião, um
Cessna 170. Leva a família para o município de São Felix do Araguaia para morar em uma
casinha de tijolo coberta com folha de coqueiro. Voando sob chuva ou sob sol, consegue
fundar sua empresa de aviação, a ATA - Araguaia Transportes Aéreos. Em dois anos, chega a
ter uma frota de 15 aviões.
Décadas de 1970 e 1980
No início da década de 70, Rolim retorna à TAM e torna-se sócio, a convite do amigo e
proprietário da empresa, Orlando Ometto. Assume a direção da TAM em 1972. Dos anos 70
para cá, a empresa não parou mais de crescer. Iniciativas inovadoras do comandante Rolim
Amaro marcaram a evolução da TAM e da própria aviação comercial brasileira. Uma delas
referia-se à postura dos funcionários e executivos frente aos problemas: "Nós precisamos de
pessoas que tomem decisões. É do nosso catecismo: peque por ação, não por omissão", dizia
sempre. Com sua costumeira determinação, implantou o conceito do "espírito de servir", que
revolucionou a forma de tratar o cliente na aviação comercial, tornando-se referência no Brasil
e no mundo. O respeito absoluto pelo cliente e a formação de equipes altamente motivadas e
adequadamente treinadas encantaram os clientes da TAM e a transformaram em uma das
empresas mais admiradas do país.
"A TAM criou um relacionamento novo com o passageiro. O cliente é o maior bem que uma
organização pode ter. Eu sempre digo aos nossos funcionários: Olha, avião para a empresa,
um a mais, um a menos, não significa grande coisa. O que não podemos é quebrar esse pilar
da credibilidade, da comunicação, do canal que permite às pessoas saberem que podemos
resolver o seu problema. Isso não há dinheiro no mundo que pague", afirmava sempre o
comandante Rolim.
Década de 1990 e início do século XXI
Em 1997, o comandante Rolim cria os "Sete Mandamentos TAM". Tratam-se de normas de
conduta que considerava primordiais tanto para ele quanto para todos os seus colaboradores.
Foram sempre - e são até hoje - lembradas e estimuladas no dia a dia da empresa. São eles:
1- Nada substitui o lucro
2- Em busca do ótimo não se faz o bom
3- Mais importante que o cliente é a segurança
4- A maneira mais fácil de ganhar dinheiro é parar de perder
5- Pense muito antes de agir
6- A humildade é fundamental
7- Quem não tem inteligência para criar tem que ter coragem para copiar
Baseado nesses fundamentos e em um consistente planejamento estratégico, na decisão de
investir continuamente em tecnologia e na expansão e modernização da frota da TAM, o
comandante Rolim construiu em pouco mais de duas décadas uma das empresas mais bem
sucedidas do Brasil. Pouco antes de comemorar a marca de 13 milhões de passageiros
transportados em 2001 e ainda no auge de sua carreira, o comandante Rolim morre em um
acidente de helicóptero no dia 08 de julho, em Ponta Porã, aos 58 anos. Casado com dona
Noemy desde 1966, deixou um legado para os filhos Maria Cláudia, Maurício e Marcos.
Alianças
A globalização tornou o mundo pequeno. A TAM adaptou-se rapidamente a essa realidade e
estabeleceu acordos de vôos compartilhados ("code share") com importantes companhias
aéreas internacionais. Esses acordos facilitam a vida de nossos passageiros e proporcionam
conexões convenientes para diversas cidades no exterior, além de outros serviços, tais como
atendimento no check-in, simplificação no envio de bagagens, acesso a salas Vip e pontuação
no Programa Fidelidade TAM*.
*Atenção: Desde 01.01.2005, quaisquer rotas partindo com vôos da Air France da América do
Sul para Paris, em ambas as direções, passam a não valer no Programa Fidelidade. Consulte a
regra do Programa para conhecer as rotas válidas.
TAM Viagens - Fundada em 1998, a empresa é a operadora de viagens da TAM, que oferece
pacotes completos incluindo passagem aérea, traslados, acomodação, passeios e todsos os
demais serviços voltados para o turismo. A TAM Viagens atende a 5 mil agências em todo o
Brasil e oferece produtos para mais de 200 destinos.
Grande São Paulo: (11) 3068-7939 Rio de Janeiro: (21) 3212 9400
Outras Localidades: 0800 55 52 00
Site: www.tamviagens.com.br
TAM Mercosul - Começou a operar em setembro de 1996, quando a TAM adquiriu 80% das
ações da LAPSA junto ao Governo do Paraguai. A TAM Mercosur obteve concessões para rotas
internacionais na América do Sul e Europa a partir de Assunção, passando a voar para
Santiago, Iquique, Buenos Aires, Punta del Este, Montevidéu, Ciudad del Este, Assunción, Santa
Cruz de La Sierra e Cochabamba.
Site: www.tam.com.py
Central de Atendimento Assunção: (595 21) 646-000 (24 horas)
TAM Express - É a unidade de cargas da TAM. Fundada em 1996, a cargueira está presente em
45 aeroportos e seu serviço terrestre atinge mais de 3.000 cidades no Brasil e exterior. Utiliza
para o transporte de carga as 70 aeronaves em operação da TAM Linhas Aéreas e uma frota
terrestre de mais de 500 veículos.
São Paulo: (11) 5079-9999 Outras Localidades: 0800 56 22 11
Site: www.tamexpress.com.br
TAM Táxi Aéreo Marília - Fundada em 1961, a empresa pioneira no Grupo TAM iniciou suas
atividades como um táxi aéreo, onde o Cmte. Rolim imprimiu seu “Espírito de Servir”,
atendendo, ele próprio, os clientes à porta de sua pequena frota de aviões. Atualmente, segue
destacando-se no segmento de táxi aéreo, com uma frota própria composta por 6 jatos
executivos Citation e 12 turboélices Caravan.
A TAM Táxi Aéreo é a empresa que mais cresce na aviação executiva brasileira. Além do
investimento em novas bases de atendimento no Brasil, ela estabeleceu, em 2004, o maior
centro de manutenção de aeronaves executivas da América Latina - um hangar de 8.100 m2
mais 9.000 m2 de escritórios e oficinas em Jundiaí/SP. Além disso, a TAM Táxi Aéreo Marília:
- É líder absoluta em venda de aviões - monomotores a pistão, turboélices e jatos executivos,
fabricados pela Cessna Aircaft Company, que representa com exclusividade no Brasil.
- Comercializa helicópteros da Bell Helicopter desde 2004.
- Faz revisão de peças e componentes e comercializa peças de reposição
- Oferece serviços de atendimento de pista, hangaragem e Sala Vip
- Vende programas de treinamento da FlightSafety International, que representa com
exclusividade no Brasil
Tel:(011) 5582-8711
Site: www.tamjatos.com.br
"Toda grande obra é fruto da obsessão de um sonhador", dizia Rolim.
* Fonte: Arquivo TAM e "O Sonho Brasileiro", de Thales Guaracy
Por ser um grande empreendedor foi eleito por pesquisa da Revista IstoÉ / Edição 1570 –
Especial 10 – , foi eleito o sexto O Empreendedor do Século, veja a matéria abaixo:
6) Rolim Amaro
46,64% dos votosAnos 60
O crachá na lapela do paletó indica, em letras grandes e na foto bem visível, quem está
chegando. Fala alto e desliza as mãos sobre os cabelos alinhados, que escondem um
arrependimento. "Certa vez, alguém gozou a minha calva na praça da República, no centro de
São Paulo. Arrisquei um implante capilar, mas a cirurgia doeu demais. Foi uma bobagem",
disse ele a -ISTOÉ. No melhor estilo interiorano, que confessa adorar, Rolim Adolfo Amaro - ou
simplesmente o comandante Rolim - vai narrando seus causos, uma infindável sucessão de
aventuras.
"Coisa de vagabundo"
O carregado sotaque caipira remete à tranquilidade de Pereira Barreto, cidade do oeste
paulista onde ele nasceu a 15 de setembro de 1942. Aos seis anos, Rolim já ganhava os ares no
colo do tio, dono de um monomotor. Menos afeito a peripécias, o pai tocava a vida com o
armazém de secos e molhados em São José do Rio Preto, para onde se mudara. O rapazote
abandonou a escola na sétima série para ajudar nas despesas de casa. Foi assistente de
mecânico, aprendiz de escrevente em cartório e entregador de sanduíches, mas o vírus da
aviação estava no organismo. A lambreta comprada com o salário minguado serviu para pagar
o curso de piloto, que ele concluiu aos 18 anos. Se o primeiro brevê Rolim nunca esquece, o
segundo quase não saiu. Às vésperas de fazer o exame para piloto privado, o aeroclube
inventou uma taxa de dez cruzeiros. Sem um tostão, ele viajou 200 quilômetros de trem e de
carona para recorrer a outro tio, fazendeiro no interior paulista. Teve que dar meia-volta. "O
sonho de sua mãe era vê-lo como balconista das Casas Pernambucanas e você desistiu.
Preferiu ir atrás da aviação, coisa de vagabundo e louco. Vá trabalhar."
Tomou, enfim, o dinheiro emprestado de um amigo, o que permitiu ao comandante trabalhar
na TAM (Táxi Aéreo Marília) e na Vasp, até receber uma proposta tentadora, em 1966. "Fui
para a Amazônia ser piloto particular. Em troca, recebi financiamento para a compra do meu
primeiro Cessna", lembra. De um pouso emergencial numa estrada em Minas ao transporte de
uma tribo de xavantes para um lugar perdido na selva, Rolim realizou uma série de façanhas.
Na falta de estradas, até os animais eram levados de avião às fazendas. "As mulas eram
drogadas e tinham as patas amarradas. Depois entravam na aeronave e ficavam com metade
do corpo para fora. Se durante o vôo alguma delas acordava, tinha que jogá-la. Era a mula ou o
avião." Para engrossar o orçamento, vendia roupas e radinhos de pilha num armazém em São
José do Xingu (região do Araguaia), de onde comandava a empresinha que montara. "Em dois
anos comprei dez monomotores, mas desisti quando tive a sétima crise de malária. Já
perguntava aos passageiros qual das duas pistas que eu enxergava era a verdadeira."
O empresário Rolim decolou em 1972, ao adquirir metade das ações da TAM - compraria a
outra metade quatro anos depois. Entrou na onda de um mercado em franca expansão, mas
ninguém duvida que foi o olho do dono que fez o boi engordar. Dirige uma companhia aérea
que fatura R$ 800 milhões por ano e faz 550 pousos e decolagens diários.
Até conquistar o céu, enfrentou dificuldades. Uma delas foi a descoberta de um tumor na
garganta, em 1992, extirpado em três cirurgias nos Estados Unidos. A segunda o deixou
deprimido por quase um ano. Em 1996, a queda de um Fokker-100 que fazia a ponte Rio-São
Paulo causou a morte de 99 pessoas. Nove meses depois, outro passageiro morreu quando
uma bomba explodiu no avião que fazia o trajeto São José dos Campos-São Paulo (um
professor é o principal suspeito do suposto atentado).
Em todos os momentos, Rolim encontra o amparo de Noemi, sua esposa há 34 anos. O caçula
dos três filhos, Marcos, 15 anos, é fruto de um romance furtivo. "Todo homem está sujeito a
um acidente de percurso, mas eu seria um calhorda se não assumisse o menino." A família não
desfruta de muito tempo para vê-lo. Geralmente, o comandante chega em casa só às dez da
noite, toma uma sopa de aveia e vai para a cama. Nas raríssimas horas vagas, compõe modas
de viola, gravadas, entre outros, por Fafá de Belém. "Não gosta de badalações, mas não resiste
a um convite para andar de moto", contou a ISTOÉ o amigo Luciano do Valle. Aí o locutor
esportivo pegou em seu ponto fraco. Dono de 13 maquinões de duas rodas, Rolim às vezes vai
rodando à fazenda em Ponta Porã (MS) e se atreveu até a cruzar a Cordilheira dos Andes em
cima de uma motocicleta. Para quem desde os seis anos de idade vive nas nuvens, isso é
brincadeira de criança.
VOCÊ SABIA?
Deu um tapa com luva de pelica num passageiro cara-de-pau que surrupiara uma garrafa de
uísque no avião. "Vou levar para casa. Foi o melhor que já bebi." Rolim enviou-lhe uma carta
junto com meia dúzia de garrafas da bebida: "Isto é para o senhor tomar antes de cada viagem
conosco. Grato pela preferência."
Fonte: Revista IstoÉ / Edição 1570 – Especial 10 – O Empreendedor do Século
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