DEPARTAMENTO DE FÍSICA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
23 de Março de 2012
MINÉRIOS DE LÍTIO
OCORRENTES NO CEARÁ
JOÃO CÉSAR DE FREITAS PINHEIRO
GEÓLOGO (UnB, 1971)
DOUTOR EM GEOCIÊNCIAS (UNICAMP, 2000)
O QUE É LÍTIO ?
• Lithium (Grego lithos, rocha) é um elemento
químico cujo símbolo é Li, número atômico 3, e
massa 7u, contendo em sua estrutura 3 prótons
e 3 elétrons. Na tabela periódica dos elementos
químicos, pertence ao grupo ou família 1,
chamado de 1A entre os elementos alcalinos.
• Na sua forma pura, ele é um metal de côr
branca prateada, que se oxida rapidamente em
contato com o ar ou com a água. Ele é um
elemento sólido, muito leve, que pode ser usado
na produção de calor, em ligas metálicas
condutoras, em baterias elétricas e, na
medicina, no tratamento de distúrbio bipolar.
O lítio é o mais leve dos metais. Sua densidade é somente acerca metade da
densidade da água. Assim como os demais metais alcalinos, ele é monovalente e
muito reativo, contudo menos que o sódio e outros metais do grupo. Porisso ele
não é encontrado livre na natureza. No teste da chama, ele começa vermelho. Ao
ocorrer a combustão violentamente, ele produz uma chama brilhante de coloração
branca. Nesta foto, ele está imerso em gasolina.
• OS MINÉRIOS DE LÍTIO SÃO CONSIDERADOS ESTRATÉGICOS NO BRASIL PARA
SEREM PROCESSADOS NO TERRITÓRIO NACIONAL
• ELES PODEM SER USADOS NA FABRICAÇÃO DE BATERIAS PARA USO EM
APARELHOS ELETRO-ELETRÔNICOS DE INFORMÁTICA, TELECOMUNICAÇÃO E
PARA TRACIONAR VEÍCULOS ELÉTRICOS
• AS FONTES DE MINÉRIO DE LÍTIO NO BRASIL SÃO PEGMATITOS QUE CONTÊM
MINERAIS LITINÍFEROS COMO ESPODUMÊNIO E AMBLIGONITA
• OS PEGMATITOS LITINÍFEROS OCORREM EM MINAS GERAIS E NO CEARÁ
• A PRINCIPAL MINA BRASILEIRA DE LÍTIO LOCALIZA-SE EM ARAÇUAÍ, MINAS
GERAIS. A GF CONSULTORIA IRÁ INSTALAR UMA MINA EM SOLONÓPOLE
• O ESPODUMÊNIO DA MINA DE ARAÇUAÍ É USADO PARA FABRICAÇÃO DE
CARBONATO DE LÍTIO EM DIVISA ALEGRE, MINAS GERAIS
• O BRASIL NECESSITA DESENVOLVER TECNOLOGIA PARA PURIFICAR O
CARBONATO DE LÍTIO PARA UTILIZAÇÃO EM BATERIAS
• O BRASIL NECESSITA POSSUIR SUAS PRÓPRIAS FÁBRICAS DE BATERIAS DE LÍTIO
PARA SUBSTITUIR IMPORTAÇÕES DA CHINA E DA CORÉIA
• A MISSÃO DA GF CONSULTORIA É DESENVOLVER NEGÓCIOS DE ABERTURA DAS
MINAS DE LÍTIO EM SOLONÓPOLE, CEARÁ, ENCORAJANDO PRODUTORES DE
BATERIAS PARA COMPUTADORES, CELULARES E CARROS ELÉTRICOS
• OS CIENTISTAS DA UFC POSSUEM EXPERTISE PARA ENFRENTAR TAIS DESAFIOS EM
CONJUNTO COM O EMPRESARIADO INTERESSADO NO ASSUNTO
• OS GOVERNOS DE MINAS GERAIS E DO CEARÁ TÊM INTERESSE EM INCENTIVAR
PARCERIAS PARA INSTALAÇÃO DE FÁBRICAS DE BATERIAS DE LÍTIO
• HÁ NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GEOLOGIA DE
DETALHE, BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE
BATERIAS
• A GF CONSULTORIA EXPÔS À PRESIDÊNCIA DO BNDES SOBRE ESTAS NECESSIDADES
DE INVESTIMENTOS. EXISTEM LINHAS DE FINANCIAMENTO A SEREM UTILIZADAS
• NÃO É DIFÍCIL A CONSTRUÇÃO DE PARCERIA ENTRE UNIVERSIDADE E EMPRESA
PARA ACESSAR OS RECURSOS DO BNDES NESTE CASO
O QUE É PEGMATITO
?
• É uma rocha ígnea intrusiva de granulação
grosseira, composta principalmente por quartzo,
feldspato e muscovita, minerais usados em
cerâmica.
• Contem gemas (água marinha, turmalina,
topázio), fluorita, apatita, cassiterita (estanho),
schelita (tungstênio),columbita (nióbio), tantalita
(tântalo) e minerais de lítio – ambligonita,
espodumênio, etc.
• Pode ser granítico, boro-granítico, litinífero e
boro-litinífero.
Amostra de pegmatito composto de quartzo, feldspato alterado e minerais
opacos pesados – cassiterita (estanho), tantalita (tântalo)
Modo de Ocorrência de Pegmatito
• Diques, veios, bandas e sills, com tamanho de
centímetros a dezenas de metros, cortando
rochas graníticas.
• Os minerais estão em cristais cujas dimensões
variam de 20 milímetros a 10 metros dentro dos
veios e diques.
• Duas das maiores províncias pegmatíticas do
mundo ocorrem no Brasil: a dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri, em Minas Gerais e a do
Maciço de Borborema, no Ceará
Esta é uma rocha granítico-gnáissica
com bandas e veios de pegmatitos.
As partes escuras são compostas de
biotita e anfibólio, minerais ferromagnesianos. As partes claras são
compostas de quarzo e feldspato, sílica
e alumino-silicatos de potássio, sódio e
cálcio.
Os diversos outros minerais dos
pegmatitos, inclusive os litiníferos,
ocorrem dentro das bandas e dos veios
que cortam o bandamento do granitognaisse.
São comuns o espodumênio, a
ambligonita, lepidolita e petalita
Os cristais são oriundos de um processo
hidrotermal de cristalização – percolação
de água quente no final da formação do
granito intrusivo,
ESQUEMA GEOLÓGICO DE UM CORPO PEGMATÍTICO
10 METROS A 200 METROS DE
COMPRIMENTO
1 A 20
METROS
DE
PROFUN
-DIDADE
1 A 100 METROS DE LARGURA
03 – ESPODUMÊNIOS, AMBLIGONITAS E LEPIDOLITAS (MINERAIS DE LÍTIO)
ANÁLISES QUÍMICAS DE
AMBLIGONITAS DE SOLONÓPOLE
AMOSTRAS
OXIDES (%)
Al2O3
P2O5
Li2O
Na2O
K2O
CaO
MgO
SiO2
Fe2O3
1
2
3
36,40
49,27
8,56
1,14
0,00
0,55
0,16
0,00
-
42,10
39,64
8,14
- 0,63
0,00
0,53
0,24
0,00
-
32,80
48,18
8,06
0,21
0,00
1,09
0,24
- 0,00
-
4
31,36
47,44
8,13
1,16
0,00
0,44
0,71
0,00
-
5
36,20
43,54
8,80
0,00
0,66
0,94
-
ANÁLISES QUÍMICAS DO
ESPODUMÊNIOS DE SOLONÓPOLE
AMOSTRAS
OXIDES (%)
SiO2
Al2O3
Li2O
Na2O
K2O
P2O5
Fe2O3
1
2
3
56,90
26,54
6,90
0,54
0,04
0,20
50,70
28,70
7,33
0,45
0,08
1,65
52,20
26,37
6,70
0,97
0,14
0,06
4
64,90
22,58
6,59
0,79
0,13
0,09
20 ANOS ATRÁS
PEGMATITO DA REGIÃO DE SOLONÓPOLE RICO EM MINERAIS
LITINÍFEROS HOJE EM FASE DE PESQUISA MINERAL PELA GF
CONSULTORIA E REPRESENTAÇÃO LTDA
MINAS ABANDONADAS EM SOLONÓPOLE, ATUALMENTE
PESQUISADAS PELA GF CONSULTORIA
MINERALOGIA DO LÍTIO
Minerais
Composição
Ambligonite
LiAl(P04)(F,OH)
Eucryptite
Lepidolite
LiAl(SiO4)
D1
D2
3
5,5-6
2.65
6,5
11,9
2,5-3
3,3-7,8 3,0-4,0
K(Li,Al3) (Si,Al)4O10(F,OH) 2 2,8-3,3
Montebrasite
Petalite
Espodumene
LiAlP04F
LiAl(Si4O10)
LiAl(Si2O6)
3,0
2,3-2,5
3-3,2
Zinnwaldite K(Li,Al,Fe)3(Al,Si)4O10(F,OH)2 2,9-3,3
D1 – Densidade
%Li2O
Teórica
Típica
11,9
5,0
5,2-6
6-6,5
5,0
7,0
4,9
3,0-4,5
6,5-7,5
8,0
1,5-7,0
2,5-4
5,6
2,0-5,0
D2 – Dureza Moh
Referência: Harben e Kuzvart (1996); (Roskill, 2002)
ESPODUMÊNIO
FÓRMULA QUÍMICA - LiAlSi2O6
COMPOSIÇÃO - 8,03 % Li2O, 27,40 % Al2O3, 64,58 % SiO2
CRISTALOGRAFIA - Monoclínico - Prismático
PROPRIEDADES ÓTICAS - Biaxial positivo
HÁBITO - Tabular
CLIVAGEM – Encontrada no plano {110}
DUREZA - 6,5 - 7
DENSIDADE RELATIVA - 3,15 - 3,2
BRILHO - Vítreo
COR - Branca, cinza, rósea (kunzita), amarela ou verde (hidolenita)
Espodumênio - Dados complementares
• Associação geológica – Pode estar associado com
outros minerais alcalinos em rochas ígneas graníticas e
em rochas metamórficas gnaissicas e migmatíticas.
• Propriedades de diagnóstico - Clivagem prismática
vertical e partição como um pinacóide frontal. Quando
aquecido adquire uma cor acinzentada devido a
presença de lítio.
•Ocorrência – Ocorre em pegmatitos, aplitos e granitos
litiníferos, sendo que nos pegmatitos forma cristais
grosseiros.
•Usos – É um importante insumo mineral para
fabricação de sais de lítio empregados em cerâmicas e
vidros coloridos transparentes. Quando puro é usado
como pedra preciosa de grande valor (kunzita).
Espodumênio, quando gema é kunzita
Ambligonita
•Ambligonita é um fluorofosfato, predominantemente de
alumínio, lítio e sódio (Li, Na) Al (PO4) (F, OH), com
abundância de lítio em sua composição.
• Ocorre em depósitos pegmatíticos e é facilmente
confundido com albita e outros feldspatos. Sua
identificação é feita pela densidade, clivagem e teste de
chama. A ambligonita forma uma série isomórfica com a
montebrasita, levemente fluoretada nas terminações.
• Geologicamente associa-se a pegmatitos de corpos
graníticos de alta temperatura que contêm estanho e
greisens. Sua paragênese inclui espodumênio, apatita,
lepidolita, tourmalina e minerais litiníferos. As principais
fontes comerciais têm sido historicamente os depósitos
da Califórnia, EUA e da França. Os pegmatitos de
Solonópole foram grandes fornecedores de ambligonita
para a Nuclemon décadas atrás.
Ambligonita
Lepidolita
• Lepidolita (KLi2Al (Al, Si) 3O10 (F, OH) 2) é um mineral lilás ou rosavioleta do grupo dos filossilicatos. Faz parte do grupo das micas, sendo
uma fonte secundária de lítio. Ocorre associado com espodumênio nos
pegmatitos. É uma das principais fontes de metais raros alcalinos como
rubídio e césio.
•
Propriedades: Cor violeta, lilás, rosa esbranquiçada a acinzentada e
algumas vezes amarelada. Brilho: Vítreo a perolado. Transparência:
Transparente e translúcido. Sistema de cristalização: Monoclínico 2/m.
Hábito: Cristalino e tabular em cristais prismáticos com proeminentes
terminações pinacoidais. Forma: Pseudo-hexagonal com aparência de
livro e também micácea ou em massas de grãos. Clivagem: Parte-se
em direção perpendicular ao eixo C. Fratura: Diferenciada. Dureza: 2,5.
Densidade: >2.8. Traço: Branco.
• Minerais associados: quartzo, feldspato, espodumênio, ambligonita,
tourmalina.
• Principais ocorrências mundiais: Minas Gerais e Ceará - Brasil; Montes
Urais - Rússia; Califórnia – EUA; Algodres e Fundão - Portugal.
Lepidolita
Petalita
• Petalita é um tectossilicato de lítio e alumínio. Sua
composição química é LiAlSi4O10; Cristaliza-se no
sistema monoclínico.
• É classificado como um membro do grupo dos
feldspatos. Contudo, sua composição química é
saturada em sílica. Como tal, ele não poderia se incluir
na categoria dos feldspatóides.
• Cor: Cinza, amarela ou cinzenta amarelada. Hábito:
Cristais tubulares ou formando massas colunares nos
pegmatitos. Encontra-se associado a espodumênio,
lepidolita e turmalina.
• Foi descoberto em 1800, na Ilha de Utö, Haninge,
Estocolmo, Suécia.
Petalita
No Brasil, a produção dos compostos industrializados de lítio é
obtida diretamente do espodumênio
• Aluminossilicato (LiAlSi2O6) carregado de lítio, com concentração mínima de 1 a 1.5%
de Li2O.
• Concentração espodumênio por via gravimétrica (densidade) ou cata manual,
obtendo-se um concentrado com 5,5 a 7.5% de Li2O.
• Tratamento termal (decrepitação) em calcinadores (fornos rotativos) a 1.000-1.100°C,
para conversão de a-espodumênio em b-espodumênio.
• A digestão do concentrado do espodumênio calcinado pode ser acompanhada de
beneficiamento com ácido e álcalis para que se obtenha no final um carbonato ou
hidróxido de lítio.
• No processo de digestão ácida, o excesso de ácido sulfúrico (98% p/p) é usado (30%)
como agente lixiviante em temperatura de 250º C, no interior dos fornos.
• O sulfato de lítio formado assim é lixiviado com água, purificado e precipitado com
barrilha para que se obtenha o carbonato de lítio.
Sais de Lítio e Salares
• Os evaporitos com viabilidade econômica são encontrados em
ambientes de deserto, próximos a vulcões cenozóicos,
geologicamente de idades mais recentes, menores que 50 milhões
de anos.
• No Salar de Atacama, no Chile, as concentrações de lítio podem
variar de 0,02 a 0,03 ppm, perto das bordas, 0,05 a 0,16 ppm, nas
zonas intermediárias e 0,15 a 0,64, no centro do salar.
• Algumas fontes geotermais contém significativos valores de lítio,
como as do Imperial Valley, California (Kusnasz, 2006).
• Neste tipo de minério, a relação magnésio / lítio é importante.
Quando esta relação é alta, maior é o consumo de calcário
necessário para remover o magnésio.
Principais fontes de lítio e
suas composições químicas
Fontes de Lítio
(%) Li
Mg
K
Na
Mg/Li
Mg/Li
Salar de Atacama, Chile
0,15
0,96
1,80
7,60
6,4
12
Salar de Uyuni, Bolivia
0,025 0,54
0,62
9,10
21,6
24,8
Salar del Hombre Muerto
Argentina
0,06
0,07
0,60 9,50
1,2
10
Silver Peak, NV, U.S.A
0,02
0,03
1,00 7,50
1,5
50
0,80
0,40
7,00
133
67
4,0
0,60
3,00
2000
300
0,04
1,80
6500
2000
Great Salt Lake, UT, U.S.A. 0,006
Mar Morto, Israel/Jordan
Água do Mar
0,002
0,00002 0,13
Source
: Roskill (2002).
Lavra e concentração de
minérios de lítio em salmouras
• A extração e processamento de salmouras ricas em lítio usa
métodos simples e mais baratos do que os métodos de mineração
de espodumênio, ambligonita e petalita em pegmatitos. Mais
baratos podem não representar mais econômicos, dada a diferença
de teores dos minérios.
• No Salar de Atacama, no Chile, as salmouras são bombeadas de
uma profundidade de 30 metros para lagoas de evaporação na
superfície.
• A halita, NaCl, (sal de cozinha) cristalizada é removida das lagoas
e a salmoura remanescente fica enriquecida de potássio, lítio e
boro. Por sua vez esta salmoura é bombeada para novas lagoas de
evaporação, onde são precipitadas na forma de silvita.
• Após a remoção destes sais, a salmoura fica contendo 1% of Li e,
após continuadas evaporações, o precipitado alcança um ponto de
saturação com 6% of Li (equivalente a 38% de LiCl), mais 1.8% de
Mg e 0.8% de B. O produto cristalizado é purificado com retirada de
Mg and B e posteriormente encaminhado para a planta de
carbonato de litio.
Aplicações do lítio (1)
•
Devido a sua alta capacidade calorífica, a maior dentre todos os
sólidos, ele é usado em aplicações de transferência de calor e por
causa de seu elevado potencial eletroquímico ele pode ser usado
como um anodo em baterias elétricas. Além disso, tem outros usos:
• Sais de lítio, particularmente o carbonato de lítio (Li2CO3) e o
citrato de lítio são usados no tratamento de depressão e distúrbio
psíquico bipolar.
• O cloreto de lítio (LiCl) e o brometo de lítio (LiBr) possuem uma
alta higroscopicidade, sendo excelentes secantes. O brometo, LiBr,
é usado em bombas de absorção de calor, entre outros compostos,
tais como nitrato de lítio (LiNO3).
• O hidreto de alumínio e lítio é empregado como agente redutor em
sínteses de compostos orgânicos.
O estearato de lítio é um lubrificante geralmente aplicado em
condições de alta temperatura.
Aplicações de lítio (2)
•A base hidróxido de lítio (LiOH) é usada em naves
espaciais e submarinos para purificar o ar, extraindo
dióxido de carbono produzido por seus ocupantes.
•O lítio é um componente usual de ligas metálicas de
alumínio, cádmio, cobre e manganês, usadas em
construções de aeronaves e está sendo empregado com
sucesso na manufatura de cerâmicas finas e lentes,
como a do Telescópio Refletor de Hale, com 5 metros de
diâmetro, no Monte Palomar.
•É também usado na indústria nuclear como selante de
reatores nucleares
• Ainda é também usado como um poderoso analgésico
em operações cirúrgicas de risco.
Baterias de íon lítio
• As baterias de íon lítio são um tipo de baterias
recarregáveis comumente usadas em equipamentos
eletrônicos portáveis.
• Elas estocam energia duas vezes mais tempo do que
uma bateria de hidrido de niquel metálico e três vezes
mais tempo do que pode estocar uma bateria de níquel
– cádmio.
• Outra diferença notada numa bateria de íon lítio é
quanto a ausência do efeito memória.
•Ela pode ser recarregável mesmo que sua carga não
tenha sido completamente usada e mesmo que não
fique completamente cheia de carga, o que não
acontece com as baterias de níquel – cádmio ou as de
chumbo - ácido.
Exemplos de
Baterias de Lítio
Nunca deixe exposta diretamente à luz solar
ou curtos-circuitos. A abertura do envólucro
deve ser feita com cuidados, ela é inflamável
Princípios Básicos de fabricação de
uma bateria de lítio (1)
• Em geral, as baterias de lítio são células primárias que possuem
anodos de lítio metálico
• As células de lítio produzem uma tensão acerca de duas vezes mais
que a de uma bateria comum do tipo alcalina zinco – carbono; 3 volts
contra 1,5 volts, respectivamente.
• São usadas em tablets, notebooks, celulares, na indústria eletroeletrônica e podem tracionar carros elétricos.
• O termo “bateria de lítio” faz menção a uma grande família de
compósitos, novos materiais de alta tecnologia, que formam anodos,
catodos e meios eletrolíticos.
• Exemplo: A de alta densidade de energia tionil – cloreto de lítio. Nesta
célula, há uma mistura de tionil – cloreto de lítio com tetracloroaluminato
de lítio, agindo respectivamente como catodo e eletrólito.
• O carvão poroso serve como um meio coletor,catodo, que recebe
elétrons de um circuito externo.
Princípios básicos de fabricação de uma bateria (2)
•
As baterias tionil-cloreto de lítio não são colocadas à venda para
consumidores finais, encontrando uso em aplicações industriais. São
instaladas dentro de plantas industriais onde a troca de baterias não é feita
por qualquer consumidor. São adaptadas para aplicações locais onde é
necessária grande durabilidade, tais como sistemas de alarme contra
incêndio.
•
O tipo mais comum de célula de lítio usada em eletro-eletrônicos possui um
anodo de lítio metálico, um catodo de dióxido de manganês e um compósito
inorgânico de sal de lítio numa mistura de alta permissividade, por exemplo
carbonato de propileno dissolvido em solvente orgânico de baixa
viscosidade, como dimetoxetano, servindo como eletrólito.
•
As baterias de lítio podem suprir cadeias extremamente longas e podem
descarregar com muita rapidez quando submetidas a curtos - circuitos.
•
Embora elas sejam comumente utilizadas em aplicações onde são
requeridas correntes de alta tensão, uma rápida descarga de uma bateria de
lítio pode resultar em um súbito superaquecimento, rupturas e explosões.
•
Estas baterias comerciais geralmente incorporam proteções contra
sobrecorrente termal e proteções para evitar explosões. Por causa destes
riscos, o porte e o transporte delas são restritos em algumas situações,
principalmente em vôos e aeronaves.
Perfil básico de uma bateria de lítio
Baterias
Catodo
Eletrólito
Anodo
Íon lítio
LiCoO2 ; LiMnO2 ;
LiFePO4 ; Li2FePO4F
LiPF6, LiBF4, LiClO4
em um meio líquido
(orgânico)
Li/grafite (LiC6)
Íon lítio polimérica
Politiofeno ; PEDOT;
Nanocompósitos
LiFePO4/C
LiPF6, LiBF4, LiClO4
em um meio
polimérico orgânico
Nanocompósitos
polímero/nanofibra de
carbono
Produção Brasileira de Lítio (1)
• O minério concentrado de lítio são feldspatos
com ambligonita, petalita e espodumênio na
forma de lump (3 a 4 cm) ou finos produzidos
pela Arqueana Ltda e CBL em Araçuaí e Itinga,
Minas Gerais, para indústrias cerâmicas do
sudeste do Brasil, notadamente São Paulo.
• O Lump é obtido por processos de moagem; o
pó fino tem proporção variando de 1% a 4.6%
de Li2O; são vendidas acerca de 3 mil
toneladas por ano.
Produção brasileira de lítio (2)
• Existe uma produção destinada a fabricação de
compostos químicos, hidróxidos e carbonatos.
• A CBL produz 11.200 toneladas por ano de
minérios concentrados com teor médio de 5,38%
Li20.
• A CBL toma esta produção de Araçuaí e Itinga para
uma planta química localizada em Divisa Alegre,
Minas Gerais, que produz acerca de 230 toneladas
de carbonato de lítio seco e 390 toneladas de monohidróxido de lítio hidratado.
Preços de minérios concentrados de lítio e
de compostos químicos de lítio
• A tendência de preços de minérios de
espodumênio mostra uma variação de US$ 840
a US$ 1.700 por tonelada, dependendo da
quantidade negociada e do teor de Li2O.
• Os preços de compostos químicos (carbonato,
hidróxido, cloreto) variam de US$ 8.180 a US$
15.570 por tonelada.
• O preço médio do quilograma de Espodumênio
ou Petalita no comércio é de US$ 0,85
• O cloreto de lítio tem sido comercializado por
US$ 7,42 to US$ 9,17 o quilograma
Consumo brasileiro de lítio
Fontes: DNPM-DIPLAM; SECEX; CBL; ARCHEAN
Discriminação
2006
2007
2008
2009
(ESTIMADA)
Produção
8,585 t of
concentrated;
437 t of Li2O;
686 chemical
composite t
7,991 t of
concentrated;
430 t of Li2O;
809 chemical
composite t
Importação
15,000 t of
concentrated;
700 t of Li2O;
700 chemical
composite t
7 t de
compostos
químicos
Exportação
13 t de
compostos
químicos
Consumo aparente
8.585 t de
concentrados;
700 t de
compostos
químicos
7.991 t de
concentrados
816 t de
compostos
químicos
14,460 t of
concentrated;
647 t of Li2O;
628 chemical
composite t
15,000 t of
concentrated;
700 t of Li2O;
700 chemical
composite t
14.249 t de
concentrados
628 t de
compostos
químicos
15.000 t de
concentrados;
700 t de Li2O;
700 t de
compostos
químicos
Onde o lítio é aplicado no Brasil
• Indústria química: fabricação de polidores,
lubrificantes e graxas.
• Metalurgia: fabricação de alumínio primário.
• Indústria cerâmica.
• Indústria nuclear iria usar como selante de
reatores.
• Indústria eletroquímica: o Brasil ainda não usa
seus minérios de lítio para fabricar baterias.
As grandes questões e desafios
para construir respostas
• Comprar baterias estrangeiras (coreanas e chinesas) ou
fabricar estas baterias com minérios brasileiros aqui no Brasil?
• Coragem e integração.
• Adequado uso do acúmulo da tecnologia nacional.
• Fé nas chances e nas tendências do setor de transporte na
economia globalizada.
• Entendimento de estratégia competitiva.
Desafios Científicos e Tecnológicos
• Usar os minérios brasileiros de lítio para
fabricar catodos, anodos e meios eletrolíticos.
• Fazer uma bateria de íon-Li ou uma bateria
polimérica de íon-Li com polímeros e minérios
brasileiros.
• Estudar profundamente as propriedades físicoeletroquímicas dos espodumênios,
ambligonitas, lepidolitas, petalitas e outros
minerais identificados nos pegmatitos.
• Desenvolver rotas tecnológicas apropriadas a
abaixar custos e prazos de fabricação da bateria
brasileira.
Iniciativas da GF na Integração
Universidade - Empresa
• Criação da PTD Lítio – plataforma
científica e tecnológica que envolve a
UNESC, DNPM, CETEM, CPqD, FIEMG e
fabricantes de bateria do tipo chumboácido.
• Inserção na Rede Temática do CYTED IBEROECA, que envolve empresas e
universidades da Espanha, Portugal,
Brasil (GF), Argentina, Chile e Bolívia
Possibilidades de atuação conjunta da GF
com o Departamento de Física da UFC
• Elaboração e execução de projetos
científicos que envolvam materiais
cerâmicos e litiníferos
• Colaboração mútua no âmbito da PTD
Lítio, já registrada no Ministério de Ciência
e Tecnologia e reconhecida pelo BNDES
• Parceria nas atividades internacionais da
Rede Temática do Lítio do CYTED
Muito Obrigado !
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- Gf Consultoria