REUNIÃO COMUNITÁRIA
CONGREGAÇÃO GERAL 35ª - DECRETO 5
“Um governo a serviço da missão universal”
1. Oração Preparatória:
Deus, Nosso Pai, ajuda-nos a compreender que as nossas estruturas de governo
e o nosso modo de proceder devem contribuir em uma perspectiva de maior
universalidade da nossa mínima Companhia (n. 1, a).
2. Composição de lugar:
S. Paulo nos fala aos Coríntios que: ”o corpo e um, e no entanto tem vários
membros; mas, todos os membros do corpo, não obstante o seu numero, forma um
so corpo: o mesmo acontece com Cristo... Vos sois o corpo de Cristo e sois os seus
membros, cada um no que lhe cabe” (1Cor 12, 12.27).
Ver aqui a estrutura de governo da Companhia universal em sua diversidade: o
governo geral (Pe. Geral, seus Assistentes e todos os membros da Cúria Geral), a
CPAL (o presidente e as diversas comissões), o governo provincial (o Provincial, a
consulta, superiores e diretores de obra).
3. Graça:
A fim de que as nossas estruturas de governo favoreçam e flexibilizem as ações
em vista da missão apostólica, dá-nos a graça de servir com mais eficácia, articulando
os valores inacianos, o nosso modo de proceder e os meios da comunicação moderna
(n 1, b/c).
4. Pontos para reflexão:
- O Superior Geral é uma fonte de unidade no corpo universal da Companhia. A
Congregação reconhece a riqueza da diversidade nos membros da Companhia e a
inculturação necessária e própria para executar a nossa missão na Igreja universal e
num mundo cada vez mais globalizado. Como o governo na Companhia procura
sempre um equilíbrio apropriado entre união e diversidade, o cargo de Geral deve ser
exercido de uma maneira que respeite a diversidade, colocando-a ao serviço da nossa
missão universal e da nossa identidade (n. 7).
- Conscientes de que “hoje, muitos problemas são, por sua natureza, globais e que,
por isso, requerem soluções globais” (NC 395 § 1), consideramos que as conferências
de superiores maiores – presentemente, África e Madagáscar, Ásia Oriental/Oceânia,
Europa, América Latina, Ásia Meridional, e Estados Unidos – são uma iniciativa
significativa na estrutura de governo da Companhia. Reconhecendo a autoridade do P.
Geral para a missão universal, temos a convicção de que, hoje, é uma necessidade
inegável a cooperação entre províncias e regiões, para levar a cabo a missão
apostólica da Companhia (n. 17).
- As conferências são estruturas orientadas para a missão, e não meros instrumentos
de coordenação interprovincial. Têm que continuar a fazer a planificação apostólica, a
nível interprovincial, tendo em conta as prioridades apostólicas da Companhia
universal. Tal planificação apostólica é o resultado do discernimento entre os
superiores maiores da conferência, deve ser aprovada pelo P. Geral, e deve ser
avaliada e revista periodicamente (n. 18. a).
- As conferências são estruturas de cooperação entre províncias e regiões para
determinados aspectos inter e supraprovinciais da missão (obras comuns, centros de
formação, trabalho em rede, equipas interprovinciais, regiões geográficas, etc.). As
conferências, apesar de não constituírem um novo nível de governo entre o P. Geral e
os provinciais, oferecem uma oportunidade de reforçar o governo dos provinciais,
permitindo-lhes cuidar da missão da Companhia para além das fronteiras das suas
províncias (n. 18, b).
- Porque a nossa vocação é para a Companhia universal, as províncias foram
estabelecidas para maior eficácia apostólica e governo mais eficiente, de tal modo que
a articulação concreta da missão do jesuíta é o resultado direto da liderança do
Provincial.
- Neste governo, é essencial a conta de consciência, conduzida numa atmosfera de
transparência e confiança que capacite o provincial a destinar homens para ministérios
específicos, depois de discernir cuidadosamente como é que os santos desejos, as
necessidades e os talentos dos homens se enquadram com as necessidades do plano
apostólico da província, lado a lado com as da conferência, bem como com as
preferências apostólicas estabelecidas pelo P. Geral (n. 24).
- Ao longo dos séculos, a estrutura do governo das províncias mereceu muitos elogios
pela sua eficiência apostólica e administrativa; também pelo seu respeito pelas
diferentes tradições culturais, linguísticas, nacionais e regionais; e pela união eficaz de
cura personalis e cura apostolica... Este contexto que evolui constantemente convida a
maior e melhor coordenação e cooperação entre as províncias (por exemplo, na
planificação apostólica e na administração financeira) ao serviço da nossa missão
universal (n. 25).
- É muito importante que o provincial procure ativamente boa comunicação e relações
harmoniosas com os bispos das igrejas locais que servimos. Isto supõe que os
superiores locais e os diretores de obras sejam encorajados a favorecer, da sua parte,
tais relações (n. 27).
- Outro aspecto crítico do governo do provincial é o cuidado abrangente das obras
apostólicas da província, incluindo uma avaliação completa da sua contribuição para a
missão da Companhia e do caráter jesuíta delas (n. 29).
- A necessidade de colaboração internacional, de novas estruturas de parceria e as
expectativas acrescidas sobre a qualidade da vida de comunidade são somente alguns
dos fatores que reclamam novas atitudes e novas competências nos superiores e
diretores de obras a todos os níveis de governo. Não devemos pressupor que bastam
a boa vontade e a disposição pronta. Necessita-se de formação específica para os
jesuítas e outros em posições de liderança (n. 30).
- Para Inácio, o amor aos membros da comunidade devia ser a marca distintiva do
superior jesuíta. A partir daí, o superior pode encorajar a missão de homens
apostólicos e assegurar a qualidade da vida religiosa e comunitária que os capacita
para realizarem a sua missão... Em espírito de serviço, o superior apoia os membros
da comunidade nas suas responsabilidades apostólicas e na sua vida religiosa como
servidores da missão de Cristo. Estes deveres requerem um conhecimento profundo
de cada um, mediante o diálogo espiritual regular e, onde for apropriado, por meio da
conta de consciência (n. 33).
- Deste lugar privilegiado que ocupa no centro da comunidade, o superior também é
responsável, juntamente com cada membro, por desenvolver a vida apostólica da
mesma. Concretamente, isto compromete o superior local a liderar a comunidade
numa vida comunitária jesuíta caracterizada pela celebração da Eucaristia, pela
oração, pela partilha da fé, pelo discernimento apostólico, pela simplicidade, pela
hospitalidade, pela solidariedade com os pobres e pelo testemunho que os “amigos no
Senhor” podem dar ao mundo (n. 34).
- É fundamental que cada jesuíta seja capaz de um relacionamento direto com o seu
superior maior, mas o acesso fácil às tecnologias modernas de comunicação pode
favorecer que se entre em contacto direto com o superior maior ignorando o superior
local e fragilizando a relação adequada com este (n. 35, b).
- O superior deve ter consciência clara da sua responsabilidade relativamente às obras
apostólicas e estar preparado para a exercer. O diretor de obra deve saber a que
superior ou delegado do provincial é chamado a prestar contas da sua atividade
apostólica (n. 41).
5. Colóquio:
- Volte ao(s) parágrafos(s) que mais lhe chamaram atenção;
- Expresse seus pedidos, louvores e ações de graças seja ao Pai, ou ao Filho
e/ou ao Espírito Santo;
6. Oração final:
Senhor, Nosso Deus, que pela mediação do superior local, cada jesuíta possa
acolher o trabalho apostólico que lhe foi confiado pelo superior maior integrando-se
devidamente na missão universal da Companhia.
Que nossas estruturas de governo promovam o sentido de solidariedade
apostólica entre os membros da comunidade, seja naqueles que estão em uma
mesma obra, seja até mesmo naqueles que possam estar empenhados em outras
atividades.
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