Case Study
Casa Valduga
Tecnologia
Casa Valduga investe em segurança e remodela o espaço responsável pela
fabricação dos vinhos que fizeram do nome da família sinônimo de excelência no país.
Por Eduardo Boni
A
história da família Valduga, responsável por uma das
vinícolas mais conhecidas do Brasil, remonta o final
do século 19, quando imigrantes italianos vindos da
cidade de Rovereto, na Itália, chegaram ao sul do país
para cultivar os primeiros parreirais no Vale dos Vinhedos, no
Rio Grande do Sul.
De lá para cá, muita coisa mudou e hoje, três gerações depois, os investimentos em qualidade e tecnologia cresceram e
os prêmios multiplicaram-se pelo mundo. A marca que leva o
nome da família transformou-se em símbolo de padrão de excelência. Atualmente, a vinícola é comandada pelos irmãos Erielso, Juarez e João Valduga, que continuam a transmitir a paixão
pelo vinho a seus descendentes.
Para que isso acontecesse, no entanto, foi preciso trabalho
em diversos segmentos. Da colheita das uvas passando pelo
processo de produção, tudo deve respirar à mais absoluta qualidade. Por isso, a empresa investiu há algum tempo na reformulação de seu sistema de segurança eletrônica.
Todo o processo foi levado a cabo pela integradora de sistemas
CLICCFTV – Tecnologia em Segurança Eletrônica, empresa situada no Rio Grande do Sul, usando equipamentos da Venetian. Conforme lembra o responsável pelo projeto, Diego Possamai, o prin-
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cipal fator que motivou a mudança de tecnologia foi a adaptação
aos novos tempos. De acordo com ele, a maior necessidade era
reformular o sistema antigo de forma a que ele pudesse atender
as necessidades de resolução de imagem e diminuísse o índice
de manutenção que era altíssimo, devido ao tipo de instalação
existente que não obedecia nenhum padrão e aos modelos de
câmeras escolhidos, que apresentava problemas seguidamente.
Conforme lembra Possamai, o antigo sistema, que contava
com 50 minicâmeras, passou por uma total reestruturação. “A
maioria delas apresentava problemas de funcionamento e ruídos constantes nas imagens, dificultando a visualização de detalhes e prejudicando a funcionalidade do equipamento”, recorda.
Além disso, conforme lembra o técnico, devido ao padrão de
instalação existente, que não obedecia aos padrões de cabeamento estruturado, havia outro grande problema: as manutenções
eram constantes, resultando em gastos operacionais bastante elevados. “A instalação era totalmente inadequada para aquilo a que
se propunha. Para se ter uma ideia, cabos relativos aos sinais das
câmeras estavam junto com tubulações elétricas e a alimentação
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As câmeras
estão
espalhadas
por todo o
perímetro
externo da
empresa e
também na
parte interna
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de 12V DC juntamente com os mesmos cabos de sinais das câmeras”, apontou o técnico. Para colaborar com a precariedade do sistema, tudo era gerenciado por uma placa de captura, prejudicando a
qualidade de visualização/gravação e velocidade de atualização das
imagens. “Isso afetava diretamente a central de monitoramento. A
falta de assistência técnica especializada foi outro fator importante
para a decisão de remodelação do sistema”.
A mudança
Tudo começou a mudar quando a Casa Valduga resolveu reformular seu sistema de segurança, instalando novos equipamentos, bem mais modernos que os antigos. A intenção era, além
de atuar no monitoramento de processos, zelar também pela
segurança do patrimônio e dos próprios funcionários.
A partir dos acertos entre a Casa Valduga e a integradora, se
iniciou um verdadeiro trabalho de parceria para a instalação do
novo parque de videomonitoramento na empresa. “Primeiro fizemos um estudo de análise de riscos dos ambientes a serem
monitorados, readequando o posicionamento e o modelo corre-
to de câmera a ser aplicado para cada ambiente de acordo com
a necessidade específica”, conta Possamai.
Depois dessa análise, chegou-se ao consenso de que deveriam ser instaladas 40 câmeras inicialmente. O parâmetro para
escolha dos equipamentos levou em conta cada um dos ambientes a ser monitorado. “Passamos ponto a ponto e verificamos as
condições de cada ambiente para analisar qual tipo de câmera
atenderia melhor as necessidades de monitoramento”.
Nesta primeira etapa foi utilizado o modelo IR 5013 Venetian
- câmeras infravermelho 25 metros para vigiar ambientes internos pequenos, além da IR 6015 25 metros para ambientes maiores na parte interna. Nos ambientes internos, a opção recaiu so-
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Atualmente, a vinícola é monitorada com 40 câmeras da
Venetian. O projeto de modernização é contínuo e novos
equipamentos são instalados mensalmente
bre os modelos IR 6060 Venetian para 50 metros.
Como se trata de uma fábrica localizada no campo há várias
áreas onde predominam baixos índices de iluminação, além de
falta de pontos de referência para se utilizar os modelos de câmeras infravermelhos. “Para esses setores optamos pelo modelo CAM 1600. Ele possui 600 linhas de resolução e iluminação mínima de 0,0001 LUX. Isso garantiu a melhor qualidade de
imagem, além de uma excelente visualização das imagens nos
períodos noturnos”, ressaltou o engenheiro da CLICCFTV.
Apesar do processo trabalhoso de adequação e instalação das
câmeras, todo o projeto levou pouco mais de trinta dias para ser
concluído. Para Diego, o prazo foi desafiador: “Nosso maior trabalho foi executar o projeto a tempo. A aprovação aconteceu 35
dias antes do início da safra e tínhamos que entregar a obra antes
deste período, pois após o início da colheita seria mais complicado e atrapalharia o trabalho da safra”, recorda.
Para ele, essa fase inicial foi concluída com sucesso e está
respondendo bem às necessidades da Casa Valduga em termos
de monitoramento. “As principais áreas da empresa foram protegidas com esse projeto inicial. Além do quesito segurança, o
sistema vem proporcionando muitas vantagens para a questão
administrativa do negócio, auxiliando na visualização de processos e melhorando a logística do negócio”.
Cabeamento Estruturado e Sala de Monitoramento
A bebida é armazenada em tonéis de carvalho para amadurecer
O engenheiro Diego Possamai, da CLICCFTV, foi o
responsável técnico pelo projeto de segurança eletrônica
instalado na Vinícola Casa Valduga
O processo de produção de vinhos e espumantes da vinícola
também é acompanhado de perto pelas câmeras instaladas
no interior da fábrica
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O cuidado com o projeto não se restringiu à escolha das câmeras. Todo o projeto foi pensado para oferecer o melhor resultado
para a vinícola. Para acompanhar a instalação dos modernos
equipamentos foi necessário reestruturar todo o cabeamento.
Em sua nova composição, ele foi reestruturado de modo a
separar os sinais de vídeo e a alimentação das câmeras, com
a utilização de eletro calhas com repartições para rede lógica e
alimentação. “A passagem do cabeamento principal e a chegada
até as câmeras foram feitas com caixas de derivações e infraestrutura de eletrodutos internos e mangueiras em passagens enterradas no solo. Para projeto todo foram utilizados 4600 metros
de cabo UTP CAT5E”, conta Possamai.
O engenheiro recorda que para o gerenciamento de visualização e gravação das imagens foram instalados quatro DVR’S
STANDALONE de 16 Canais 480x480 FPS. “Nesse caso, o modelo VNT 4816 Venetian, da Linha Super, garantiu a visualização e
gravação das imagens em tempo real, ampliando a qualidade do
monitoramento”.
O sistema de armazenamento das imagens foi pensado para
dar grande autonomia aos operadores. Por isso, ele foi dimensionado em discos rígidos de 2TB. “Todos os DVR’S foram estruturados em um rack padrão 19 polegadas exclusivo para o
sistema de CFTV, onde também foram utilizadas placas concentradoras de cabos e protetoras contra descargas elétricas. Dessa forma, conseguimos prover organização total dos sinais de
vídeo identificados e, melhor ainda, facilitar a manutenção dos
equipamentos”, conta ele, resaltando que a estruturação do cabeamento em conjunto com o aterramento dos equipamentos
instalados, garantiu o perfeito funcionamento do sistema e reduziu totalmente o índice de manutenção, tornando o projeto
eficiente, funcional e de excelente qualidade final.
Como acabamento final, os equipamentos da Sala de Monitoramento receberam um upgrade para suportar o software CMS
Venetian, que coordena as imagens de todas as câmeras simultaneamente com total gerenciamento e controle do sistema. Para
melhorar a visualização e o monitoramento dos detalhes, foi insta-
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Espaço para todos: Na área ocupada pela vinícola o
visitante pode conhecer a fábrica e degustar um dos
melhores vinhos produzidos no país.
lado um Monitor LCD de 50’ que proporcionou um ganho
notável para o monitoramento ao vivo.
As quarenta câmeras estão espalhadas em todo perímetro externo da empresa. Internamente, estão nos principais setores de produção, recepção, atendimento aos
turistas, entre outros locais. Para monitorar todas essas
imagens, a Casa Valduga conta com os serviços de uma
empresa terceirizada, que cuida da parte de vigilância orgânica e controla as imagens.
Essa Central de Monitoramento está estruturada com uma estação Core I5, nobreak e link de conexão de rede por fibra ótica
para garantir desempenho nas conexões com os DVR’S. As imagens são exibidas em dois monitores de 32 polegadas.
Como software de monitoramento é utilizado o próprio CMS do
DVR linha SUPER, que é capaz de gerenciar até 64 câmeras no mesmo software. “Através dele, além da função de monitoramento, é
possível realizar todas as configurações necessárias e consulta de
imagens em todos DVR’S através de uma única solução”.
O engenheiro Diego Possamai lembra que, apesar de todas as
melhorias do novo sistema, ele está sendo ampliado mensalmente. “Instalamos cerca de três novas câmeras por mês. A previsão
é que no final de 2012 tudo esteja instalado”, finaliza.
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Trabalho perfeito e cliente satisfeito
O
trabalho executado pela CLICCFTV foi muito além
das expectativas. Além de sanar o problema com os
antigos equipamentos que não geravam os resultados esperados na vinícola Casa Valduga, a integradora
conta com total apoio dos diretores da empresa para os
projetos futuros.
Elisabete Valduga, sócia-diretora do grupo Casa Valduga,
reconhece que havia necessidade de mudanças drásticas no
quesito de segurança da empresa. Ela lembra que as primeiras câmeras foram instaladas em alguns pontos da empresa,
mas não possuíam boa nitidez e um posicionamento adequado para controlar todos os setores. “Depois da frustração com
esse primeiro sistema, buscamos um novo planejamento de
distribuição e monitoramento de câmeras. Com a implantação desse novo sistema com câmeras Venetian conseguimos
ter qualidade e segurança no serviço de monitoramento que
procurávamos”.
Segundo ela, atualmente há dois fatores que mantém
a empresa tranquila no quesito segurança: um sistema de
vigilância pessoal aliado ao monitoramento de imagens.
“Dessa forma, os vigilantes conseguem ter plena visualização do que está acontecendo na maior parte dos departamentos da empresa. Esse sistema é muito eficaz dentro
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da indústria como forma de auxiliar o trabalho da equipe de
segurança”, avalia.
Elisabete ressalta que as melhorias ocorreram progressivamente e um dos pontos onde mais se observou mudanças
foi quanto aos colaboradores da Casa Valduga. “Eles começaram a entender que a empresa estará acompanhando o
desenvolvimento de trabalho deles, independente do setor.
Com isso, muda-se a mentalidade dos colaboradores que
pensam que só mudaram se estiverem sendo observados”,
diz ela, comentando que a produtividade destas pessoas aumentou bastante, pois conseguiram ter mais controle e segurança no trabalho as quais estão realizando.
Empresa segura
Além do controle de trabalho, houve uma melhora significativa
na questão da segurança da propriedade da empresa. Mesmo
a noite, consegue-se ter total controle do que está acontecendo
dentro da empresa, passando mais conforto para os proprietários que ficam longe da empresa por um longo período de
tempo. “Tanto nós como os gerentes escolhidos pela diretoria
têm acesso às câmeras em casa, ou onde estiverem através do
computador pessoal. Dessa fora, há mais tranquilidade porque
podemos observar o andamento dos departamentos”.
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