capa Luís Henrique Zanini (E), Ana Paula Valduga e Talise Valduga Zanini (D) têm o compromisso de manter as características da região, do solo e do clima na produção da vinícola Vallontano Herdeiros sem vícios A falta de tradição e experiência na produção de vinhos trouxe vantagens e desvantagens para Ana Paula Valduga, Talise Valduga Zanini e Luís Henrique Zanini, no comando da vinícola Vallontano, no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves. Laurindo Valduga, pai de Ana Paula e Talise, é primo distante dos donos da conceituada vinícola Valduga. Seu ramo de negócios é o de transporte de mercadorias, 12 DONNA ZH 4 DE DEZEMBRO DE 2011 e sua ligação com o vinho se resume a ser um grande apreciador. Tão apreciador que intimou o genro Luís Henrique quando ele ainda era apenas namorado de Talise. Queria saber se o jovem gostava de vinhos e dizia que homem que Adriana Franciosi não gostasse de vinho não casaria com sua filha. O que Laurindo não podia prever é que o genro acabaria por descobrir a Enologia e, junto com a mulher Talise, administradora, e a cunhada, a arquiteta Ana Paula, criaria a vinícola Vallontano, bem ali, no terreno ao lado da antiga casa em que Laurindo havia morado com a família e que tinha abandonado para estudar em Caxias, onde acabou por se estabelecer. Acompanhou de perto as dificuldades do trio, resultado da falta de experiência no setor. O que no início representou um peso acabou por se revelar também uma vantagem, porque não havia vícios de técnicas antigas e nem tradição a seguir. Os vinhos e espumantes da Vallontano têm apenas um compromisso: com a qualidade e com o terroir, isto é, manter as características da região, do solo, do clima. A flexibilidade é uma característica, que faz cada safra única. Não existe um padrão a ser seguido. Ana Paula, Talise e Luís Henrique não são tão jovens. Têm, respectivamente, 34, 36 e 41 anos. Mas sabem que, no mundo do vinho, ainda estão engatinhando, apesar dos passos firmes e do reconhecimento obtido. ZERO HORA