FACULDADE SUL BRASIL
CAMPUS DE TOLEDO
CURSO DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA NO TRABALHO
MICHELY KARINI GUESSER
RELATÓRIO DE VISITA NA EMPRESA EBS: GERENCIAMENTO DE
SEGURANÇA NO TRABALHO
Toledo
2014
FACULDADE SUL BRASIL
CAMPUS DE TOLEDO
CURSO DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA NO TRABALHO
MICHELY KARINI GUESSER
RELATÓRIO DE VISITA NA EMPRESA EBS: GERENCIAMENTO DE
SEGURANÇA NO TRABALHO
Relatório de segurança e saúde no Trabalho apresentado ao
curso de Tecnologia em Segurança do Trabalho, sob orientação
da Professora Ms. Jalusa Andréia Storch.
Toledo
2014
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 1
1.1 Tema ............................................................................................................................................ 1
1.2 Sub tema: ..................................................................................................................................... 2
1.3 Problema ...................................................................................................................................... 3
1.4 Objetivo Geral.............................................................................................................................. 3
2. JUSTIFICATIVA .......................................................................................................................... 4
3. REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................................................... 5
4. METODOLOGIA .......................................................................................................................... 6
4.1 Características da pesquisa ........................................................................................................... 6
4.2 População e amostra ..................................................................................................................... 6
4.3 Instrumentos para coleta de dados ................................................................................................ 6
4.4 Procedimentos de coleta dos dados ............................................................................................... 6
4.5 Análise dos dados......................................................................................................................... 7
5. RESULTADOS ............................................................................................................................. 8
6. CONSIDERAÇOES FINAIS ........................................................................................................10
7. REFERÊNCIAS............................................................................................................................11
1. INTRODUÇÃO
1.1 Tema
O estabelecimento visitado é uma fábrica localizada na cidade de Quatro Pontes, rua
São Leopoldo nº 1250 – Centro. Sua razão social é EBS Fábrica de máquinas industriais
LTDA, possuindo CNPJ: 75.114.116/0001-50.
Seu ramo de atividade é a fabricação de máquinas e equipamentos para indústrias de
alimentos, bebidas, fumos, peças e acessórios, de acordo com a descrição do CNAE: 28.62-300. Sua principal atividade é a produção de máquinas e equipamentos para a indústria de
féculas de mandioca e amido de milho. A mesma fabrica produtos que atendem desde a esfera
nacional á internacional.
Os principais equipamentos criados pela empresa EBS e suas respectivas funções são:
Plataforma de descarga: efetua o descarregamento das raízes de mandioca;
Lavador: descasca e lava as raízes de mandioca;
Rosca dupla para casquinha: Separa as cascas de mandioca da água do lavador;
Correia de inspeção: transporta as raízes do lavador para o triturador;
Triturador: tritura raízes para obter moagem mais uniforme;
Roscas de inox: transportar e distribuir as raízes do triturador para o dosador;
Dosador: alimentar o desintegrador para obter maior eficiência na moagem;
Desintegrador (Cevadeira): Desintegrar as raízes trituradas;
Peneira rotativa: extrair amido das fibras;
Tanque: reservatório de líquidos;
Centrífuga: concentrar e refinar o amido;
Hidrociclone: concentrar e refinar o amido;
DC-500: pré-secagem do amido;
Tanque agitador: recepção da suspenção do amido;
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Filtro a vácuo: desidratação do amido para secagem;
Conjunto secador flash drier: secar amido;
Trocador de calor: aquecer o ar para secagem do amido;
Exaustor: circulação de ar;
Lavador de pó: coletor final de pó de fécula;
Silo: armazenar amido seco;
Fundo fluidizado: descompactar o produto;
Rosca do silo: transportar o produto seco;
Classificador: padronizar o amido seco;
Ensacadeira: embalar o amido.
1.2 Sub tema:
Atualmente a empresa possui um número de cento e vinte nove funcionários, destes 15
mulheres, 114 homens sendo três estagiários.
Há apenas uma pessoa que trabalha nos setores de almoxarifado, analise de compras,
assistência comercial, assistência de qualidade, assistência de compras, assistência de custos,
expedição, tecnologia da informação, coordenação comercial, líder de montagem, eletricista
industrial, encarregado de acabamento de materiais, forjador, rebarbador de metais, recepção,
vigia, pedreiro, supervisor assistência técnica, técnico em eletrônica industrial, técnico em
segurança do trabalho, contábil, PCP e vendas. Quatro funcionários realizam atividades de
auxiliar de ajustagem mecânica, dois de auxiliar de almoxarifado, oito auxiliares de produção,
quatro auxiliar de usinagem, dezoito auxiliar montador de máquinas, dois caldeireiros
industriais, dois desenhistas industriais, quatro desenhistas projetistas de máquinas, quatro
frezadores, três gerentes, dois mecânicos industriais, dezanove montadores de máquinas, dois
motoristas, três operadores de jato/pintura, quatro operadores de máquina, sete polidores de
metais, dois programadores de CNC, onze torneiros mecânicos e duas zeladoras.
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A jornada de trabalho é das 8:00hrs ao 12:00hrs com intervalo para almoço,
retornando ás 13:30hrs até 18:00hrs.
1.3 Problema
Baseando-se nos conhecimentos adquiridos até o presente momento, é possível aplicar
na empresa uma gestão de segurança no trabalho?
1.4 Objetivo Geral
Observar os principais pontos, implantando posteriormente propostas e programas da
área de gestão de segurança no trabalho, com a finalidade de expandir sistemas de prevenção
e conscientização sobre segurança na empresa.
1.5 Objetivos específicos
Orientar a empresa de acordo com o que diz as seguintes NRs:
NR 5 – Criar o dimensionamento da CIPA;
NR 6 – Identificar possíveis EPI´s para cada função;
NR 7 – Elaborar PCMSO;
NR 9 – Elaborar PPRA;
NR 12 – Indicar proteções para máquinas;
NR 15 – Verificar funções que recebem insalubridade;
NR 16 – Verificar funções que recebem periculosidade;
NR 17 – Auxiliar na ergonomia;
NR 33 – Verificar procedimentos sobre espaço confinado;
NR 35 – Orientar sobre procedimentos de trabalho em altura;
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2. JUSTIFICATIVA
Por vezes nos deparamos com casos de empresas que tem como objetivo apenas
atender as normas regulamentadoras, sem dar maior atenção à gestão completa de segurança
no trabalho.
“Um sistema de gestão é um conjunto de elementos inter-relacionados utilizados para
estabelecer, executar e alcançar políticas e objetivos de diversas ordens, a partir de atividades
de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos” (OHSAS,
2007)
“Pode-se dizer que a implantação de Sistema de Gestão de Saúde e Segurança no
Trabalho tem sido uma das principais estratégias das empresas para minimizar o
sério problema social e econômico dos acidentes e das doenças relacionadas ao
trabalho, sendo, ainda, um importante fator para o aumento de sua produtividade e
competitividade” (TRIVELATO, 2002).
De forma que esse sistema bem implantado poderá trazer vários benefícios para a
organização, como:
Contribui para demonstrar que uma empresa é socialmente responsável;
Protege e reforça a imagem de marca e o valor da marca;
Ajuda a aumentar a produtividade dos trabalhadores;
Reforça o compromisso dos trabalhadores para com a empresa;
Cria mão-de-obra mais competente e mais saudável;
Reduz os custos para a empresa e as quebras de produção;
Permite que as empresas correspondam às expectativas dos clientes em matéria de SST; e
Incentiva os trabalhadores a permanecerem na vida ativa durante mais tempo.
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3. REVISÃO DE LITERATURA
Segundo Pacheco Jr (2000), a segurança do trabalho estuda, através de metodologias e
técnicas apropriadas, as possíveis causas de acidentes do trabalho, objetivando a prevenção de
suas ocorrências. Para isso, deve-se realizar o planejamento e controle das condições de
trabalho existentes na empresa, através da identificação, avaliação e eliminação dos riscos
existentes no local de trabalho.
A gestão de segurança do trabalho, de acordo com Araújo e Meira (2001), vem sendo
tratada com mais seriedade pelas organizações a partir do advento da busca da certificação da
qualidade pela série ISO 9000 a partir de 1994. As empresas estão descobrindo que os
sistemas de gestão de qualidade podem servir também de base para o tratamento eficaz de
questões relativas à segurança e saúde do trabalho.
A gestão de segurança do trabalho, portanto, dispõe de farta normalização para atingir
os seus objetivos, no entanto, do confronto entre o prescrito e o real, revela-se uma situação
difícil de ser controlada em nosso país.
“No Brasil predomina a visão reducionista e preconceituosa de que os acidentes do
trabalho têm como causa a falha humana chamada de “ato inseguro” ou como causa
uma falha de material denominada de “condição insegura”. Esta visão de
causalidade dos acidentes está ultrapassada há décadas em países desenvolvidos,
mas continua prevalecendo na grande maioria das empresas brasileiras”.
(Vilela, 2003)
“O sistema brasileiro é baseado na proteção. Proteger significa etimologicamente isolar do
mal; portanto proteger o trabalhador significa resguardá-lo do mal veiculado pelo processo
técnico, o que resulta em prejuízo se comparar com um modelo ideal baseado na prevenção”.
(Peeters, 2003)
Segundo o autor a preocupação das atividades de segurança do trabalho nas organizações é
normalmente legalista ou fatalista. São legalistas porque se preocupam apenas com questões
normativas e fatalistas porque a preocupação com o todo, quando ocorre, é motivado por um
acidente de trabalho ou um distúrbio de produção grave, repentino e com consequências
imprevisíveis.
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4. METODOLOGIA
4.1 Características da pesquisa
Para atingir o objetivo proposto foi utilizada pesquisa de campo e exploratória, na qual
foi solicitada a autorização do responsável pela empresa para a pesquisa.
Foi utilizado como método de análise fotografias e observação do local.
4.2 População e amostra
Os participantes da pesquisa foram cento e vinte nove funcionários, avaliados de
acordo com sua atividade exercida, com faixa etária em média 30 anos.
Sendo 15 mulheres e 114 homens. Deste total 105 funcionários exercem atividades
operacionais e 24 tarefas administrativas.
4.3 Instrumentos para coleta de dados
A coleta de dados foi feita através de conversa com a responsável pelo setor de
recursos humanos, na qual se responsabilizou por apresentar a empresa por setor, explicando
quais são as atividades de cada colaborador, que tipo de máquinas são produzidas e suas
respectivas utilidades.
4.4 Procedimentos de coleta dos dados
Primeiramente foi solicitada a autorização ao coordenador do colegiado de Tecnologia
em Segurança no Trabalho para realização da coleta de dados, posteriormente foi requerida
autorização da responsável pela empresa, realizou-se também uma conversa com a
representante do setor de recursos humanos e por final foi feito uma visita à empresa para
analisar todos os setores e funções.
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4.5 Análise dos dados
A análise dos dados foi realizada de forma qualitativa, através da observação e
descrição do local, fotografias, verificação estrutural e das atividades laborativas, após esses
procedimentos obteve-se dados concisos para introduzir de forma contextual na execução do
projeto de pesquisa.
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5. RESULTADOS
A etapa de pesquisa deu-se através de uma visita na empresa, analisando cada setor e
as atividades realizadas pelos colaboradores.
Por meio desta, foi possível constar que há uma direção administrativa que se
preocupa com a qualidade de vida dos funcionários, pois, fornecem área de lazer com jogos,
cozinha, sala com televisão e colchonetes para descanso. Tudo isso para que o colaborador se
sinta valorizado e motivado.
Há também programas diferenciados em relação a SIPAT – semana interna de
prevenção de acidentes de trabalho, no qual o colaborador é convidado a realizar atividades de
tirolesa, trilha e escalada.
A gestão da saúde e segurança no trabalho é feita por uma empresa de consultoria, na
qual é responsável pela realização dos exames ocupacionais, além de possuírem um SESMT,
técnica de segurança no trabalho, CIPA, brigada de incêndio, treinamentos para admissão de
funcionários ou quando for necessário.
O ambiente de trabalho é extremamente organizado. O almoxarifado é controlado por
um sistema de senhas para empréstimos de ferramentas aos funcionários, fazendo com que o
funcionário tenha responsabilidade ao manusear estes materiais. Todos os instrumentos
utilizados possuem painéis com desenhos do local correto para guardá-los, fazendo com que
estes sejam dispostos sempre da mesma maneira, evitando assim, queda de materiais, arranjo
físico inadequado e desordem do local.
No entanto, este diagnóstico visa realizar uma gestão desconsiderando o que já está
implantado, sendo assim, nesta observação do local, foi possível identificar alguns pontos
cruciais que podem ser estabelecidos:
Primeiramente o dimensionamento da NR 05, comissão interna de prevenção de
acidentes que segundo o que diz a norma deve ser constituída por 14 integrantes, 4 efetivos e
3 suplentes representantes dos empregadores e dos empregados respectivamente.
Também devem ser disponibilizados EPI´s adequados de acordo com a função que o
funcionário exerce, realizando controle de entrega através de ficha de EPI e treinamento sobre
o uso do mesmo, NR 6.
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Deve haver o controle medico de saúde ocupacional NR 07, para controle da saúde
dos funcionários através de exames ocupacionais periódicos. Juntamente com o PCMSO, é
necessário o PPRA – programa de prevenção dos riscos ambientais NR 9, para identificar os
riscos associados ao trabalho.
Implantar sistema de proteção nas máquinas de forma que se o trabalhador ultrapasse a
linha de segurança a máquina pare imediatamente, conforme NR 12.
A empresa deve também, quando possível eliminar ou neutralizar os riscos químico,
físicos ou biológicos através de EPC, quando isto não for possível, acrescerá um adicional de
insalubridade de grau mínimo, médio, ou máximo sobre o salário conforme o que estabelece a
NR 15 e com vigência no LTCAT – laudo técnico das condições ambientais do trabalho, no
qual a empresa deve possuir para tal comprovação, como também para caracterizar a
periculosidade aos trabalhadores expostos a condições perigosas, segundo NR 16.
A situação ergonômica, baseada na NR 17 deve dispor de A. E. T. analise
ergonômica do trabalho, adequando assim o mobiliário ao operador.
Seguir as normas que regulam processos de trabalho em espaço confinado, segundo a
norma regulamentadora 33, através de emissão de pet (permissão de entrada ao trabalho) e
medição de gases.
Situar os procedimentos necessários para a realização de trabalhos em altura, visando
garantir a segurança e a integridade física dos colaboradores que realizarão este tipo de
trabalho e a proteção dos que possam estar próximos, realizando treinamentos e fornecendo
equipamentos de proteção individuais e coletivos, ou seja, cinto trava queda, talabarte,
mosquetão, além de linha de vida entre outros.
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6. CONSIDERAÇOES FINAIS
A empresa em análise possui um sistema de controle ocupacional através de
consultoria externa em saúde e segurança no trabalho, porém, o que será sugerido neste
relatório não leva em consideração o que a empresa já possui, mas sim se baseando no que foi
observado até o momento.
Portanto pretende-se realizar as seguintes etapas:
Orientação sobre segurança e riscos das atividades através de OSS(ordem de serviço e
segurança);
Realizar dimensionamento da CIPA(Comissão interna de prevenção de acidentes),
conforme CNAE que estabelece quatro cipeiros efetivos e três suplentes representantes dos
empregadores e empregados respectivamente;
Estabelecer quais EPI´s adequados para cada atividade, fornecendo termo de EPI;
Realizar PPRA (programa de prevenção dos riscos ambientais), descrevendo os riscos
de cada atividade;
Implantar controle de exames médicos através de PCMSO (programa de controle
médico de saúde ocupacional);
Indicar proteções para máquinas que ainda não possuem, como as (dobradeiras)
minimizando os riscos de acidentes;
Orientar sobre procedimentos de comprovação de insalubridade e periculosidade
através de Laudo técnico de condições ambientais do trabalho, evitando processos trabalhistas
e auxiliando os colaboradores nas aposentadorias especiais;
Realizar orientações posturais, sugerir realização de ginastica laboral e AET(analise
ergonômica do trabalho);
Estabelecer procedimentos padrão para realização de trabalhos em altura e espaço
confinado;
Indicação da realização de treinamentos para todos os assuntos pertinentes no
ambiente de trabalho;
Utilizar DDS (Diálogo diário de segurança) como ferramenta para discutir assuntos
relacionados a segurança no trabalho.
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REFERÊNCIAS
GONÇALVES, Samuel Potma G. A ergonomia e a gestão da segurança do trabalho.
Bauru, 2005.
TAVARES, José da Cunha, NETO, João Batista Ribeiro; HOFFMANN, Silvana Carvalho.
Sistema de Gestão Integrado. 1. ed. São Paulo: Senac, 2008.
OLIVEIRA, Otávio J. Gestão da segurança e saúde no trabalho em empresas produtoras
de baterias automotivas: um estudo para identificar boas práticas. Bauru, 2010.
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