NIF: 509 698 492 [RELATÓRIO DE GESTÃO] 1 2012 foi, tal como 2011, um ano de grande incerteza nas várias economias mundiais, a palavra crise foi um fator comum nas análises de praticamente todos os analistas económicos, sendo certo que, a diferença da crise financeira iniciada em meados de 2008 nos Estados Unidos da América, EUA, com o subprime, e o imobiliário como fatores comuns na desvalorização de ativos, deu origem a uma nova tipologia de pandemia económica, a crise das dívidas soberanas. Neste caso, foi na Europa que se iniciou este movimento de especulação em torno dos Estados, e das suas dívidas. A zona da periferia Europeia iniciou com a Grécia em meados de Maio de 2011 este novo paradigma de crise económica e financeira. Jamais se poderia pensar que um país fosse capaz de chegar à bancarrota, e, não cumprir os seus compromissos, todavia durante 2012 o receio duma implosão Europeia devido à situação de incumprimento vivida na Grécia, foi uma constante. Também a Irlanda, e mais tarde Portugal, foram países onde os especuladores atacaram em força, de tal forma que, foi insustentável para estes Estados se financiarem nos mercados Internacionais. Se na Irlanda o problema se originou nos bancos, de semelhante forma ao subprime ocorrido nos EUA em meados de 2008, já Portugal, padeceu, à semelhança da Grécia, de graves desajustamentos estruturais, e duma economia muito semelhante, isto é, muito “alavancada” no setor público. Na Grécia os valores de dívida pública atingiram os 180% do PIB, já em Portugal durante 2012, ultrapassou-­‐se a fasquia dos 120%. Estes são valores insustentáveis, pelo que estes dois países intervencionados pela troika, Comissão Europeia, Banco Central Europeu, e FMI, necessitaram de proceder a ajustamentos complicadíssimos nas suas economias, onde as políticas de austeridade foram uma constante. Concomitantemente com o desejo Europeu de resolver os seus problemas económicos sustentando-­‐se na austeridade, as economias mundiais propulsores do crescimento mundial, decidiram enveredar por outro caminho, e optaram por injetar elevadas quantidades de massa monetária nos mercados, para tentar evitar as recessões económicas. O Japão desvalorizou cerca de 20% a sua moeda, face ao dólar, só no último trimestre de 2012, a China e os EUA, também esse instrumento utilizaram para ficar mais competitivos a nível das suas exportações. Isto é, foram colocados no mercado destes países centenas de milhares de milhões de unidades monetárias, para impulsionarem as suas economias. Todavia, EUA, uma das maiores economias mundiais, cresceu apenas 2% face a 2011, mas à custa duma dívida pública em aceleração, e, possivelmente fator contraproducente a prazo. Também países como a China, Índia, Brasil e Rússia, BRIC, economias que potenciam em grandeza elevada o crescimento económico mundial, viram as suas economias crescer menos que em anos anteriores! Ainda assim, a China cresceu acima dos 7%, valores bem distantes dos dois dígitos de outros anos, a Índia elevou a sua economia acima dos 5%, a Rússia pautou-­‐se com um crescimento económico acima dos 3,5%, e finalmente o último dos BRIC, o Brasil cresceu um pouco acima de 1%. Exceções ao crescimento económico registaram-­‐se na Europa, praticamente todos os países da União Europeia entraram em recessão, muito devido ás políticas económicas recessivas, de austeridade, com que brindaram , ou foram obrigados a brindar os seus Estados, fruto dos ajustamentos impostos pela maioria dos vinte sete países que compõem a União Europeia. A economia Alemã foi das poucas que escapou á recessão, note-­‐se que, cresceu muito abaixo de anos anteriores, ficando aquém dos 1%. 2 RELATÓRIO DE GESTÃO NIF: 509 698 492 [RELATÓRIO DE GESTÃO] 3 Portugal fruto do ajustamento agressivo, do excessivo aumento de impostos, entrou inevitavelmente em recessão económica, grave, e viu o seu produto interno bruto, PIB, decrescer 3,20%, em 2012. A elevada destruição de emprego foi uma constante durante o ano, o desemprego terminou acima dos 16% em 2012, e a procura interna foi das variáveis que contribuíram para o impacto negativo registado a nível económico, apenas as exportações registaram níveis elevados de crescimento, 5,6% relativamente a 2011, pelo que o registo da balança de transações correntes em 2012 sofrerá um equilíbrio pela primeira vez, desde meados de 1990. Também muito porque, a Economia Portuguesa é cada vez mais Ibérica, os impactos negativos registados em Espanha, quer a nível de crescimento económico recessivo, abaixo dos 1,30%, a elevada destruição de emprego, com a taxa de desemprego Espanhola mais elevada dos últimos anos, acima dos 26%, não beneficiaram, de todo, a nossa Economia. “Portugal vive de crise em crise, seja política, seja de crescimento económico, seja de falta de visão estratégica de médio longo prazo” -­‐ Duarte D’Orey -­‐ Na GO2 o cenário embora mais apelativo que o registado a nível Nacional, de crescimento global nas suas unidades de negocio acima dos dois dígitos, 12,25%, se deveu a um ajustamento intensivo por parte dos custos, como, a um crescimento global de ambas as unidades de negócio, quer condomínios, quer consultoria de gestão, e serviços de contabilidade, de 4,60%, e um pouco acima dos 38%, nomeadamente. Prestação de Serviços Evolução 2012 vs 2011 28% 23% 2011 Condomínios Consultoria / Contabilidade CFF&C
2
77% 2012 72% Contabilidade . Fiscalidade . Finanças . Condomínios
2012
Unidades de Negócio 2012 vs 2011 15 000,00 14 627,40 13 984,22 10 000,00 Euros 5 000,00 5 630,40 4 063,14 0,00 2011 2012 Unidades de Negócio Anos Condomínios Consultoria / Contabilidade Ainda que, os custos globais tenham crescido cerca de 4,55%, duma maneira geral registou-­‐se uma redução substancial, face a 2011, apenas a referir que, a rubrica de amortização e reintegrações cresceu próximo dos 51%, muito justificado por ser o segundo ano de laboração da empresa, pelo que, existiu a necessidade de proceder a alguns investimentos no sentido de fortalecer a marca, e diretamente a sua notoriedade no mercado local, Portimão, regional e nacional, através da presença na internet, com o desenvolvimento de um site @ http://go2cff.pt. Rubricas de Custo 2012 vs 2011 2195,17 Outros Gastos 206,99 1755,64 Amortizações / Reintegrações 1166,73 Custos 2012 11806,95 Pessoal 2011 12904,51 4463,12 Fornecimentos & Serviços 5062,84 0 5000 Euros 10000 15000 4 RELATÓRIO DE GESTÃO NIF: 509 698 492 [RELATÓRIO DE GESTÃO] 5 Também a rubrica de outros custos cresceu substancialmente devido á incorporação de despesas ocorridas durante 2011, todavia, não só o registo dos meios libertos esperados se concretizaram como esperado, em 2012, como também, o início de atividade desses ativos teve origem no início deste ano. A nível do desempenho financeiro, 2012, foi um ano de crescimento, e consolidação. O EBITDA, (earnings before interest taxes depreciation and amortization), cresceu de uma situação negativa, registada em 2011, para valores positivos, acima de 1500%, já o EBIT, (earnings before interest and taxes), cresceu cerca de 103%, e registou pela primeira vez valores positivos. EBITDA / EBIT 2012 vs 2011 2 000,00 1 792,56 1 500,00 1 000,00 Euros 500,00 36,92 -­‐126,98 0,00 -­‐500,00 2011 -­‐1 293,71 2012 EBITDA EBIT -­‐1 000,00 -­‐1 500,00 Anos Com a da Lei 66-­‐B/2012, de 31 de dezembro, que aprovou o orçamento de estado para o ano de 2013, e, o crescimento substancial nos impostos sobre o rendimento, não só a nível de IRS, como, transversalmente em todos os outros, fruto do ajustamento imposto pela troika, não se espera que a Economia Portuguesa consiga sair da rota descendente que entrou em finais de 2010. Acreditamos que, 2013, será um ano dificilíssimo, onde a austeridade induzirá ao estrangulamento económico, provocando o acentuar do desemprego, já muito elevado, incrementando consequentemente a destruição de emprego, e, a continuação das inúmeras falências já registadas durante 2012. Antes de terminarmos, porém, gostaríamos de agradecer aos nossos clientes a qualidade que nos reconhecem. Aos nossos fornecedores, uma palavra amiga por nos ajudarem a continuar a crescer, num ambiente económico tão adverso. Também, a todas as remanescentes Instituições com quem mantemos relacionamentos comerciais, um bem hajam. E, embora reconheçamos que, 2013 será adverso a nível económico, iremos aceitá-­‐lo como um desafio. Numa economia dinâmica onde a incerteza é palavra de ordem, os mais criativos marcarão a diferença pela positiva. Afirmamos assim que, será através da criatividade que elevaremos a nossa carteira de clientes, e recorrendo a esse instrumento, desejamos potenciar, como até aqui, o nosso crescimento de forma consistente, e sustentada. A Administração Portimão, 08 de Fevereiro de 2013 6 RELATÓRIO DE GESTÃO 
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