ANO III - EDIÇÃO 19
SETEMBRO DE 2012
Castelo: um bairro novo, planejado
e em desenvolvimento
O bairro Castelo é remanescente da
Fazenda dos Menezes, de propriedade do
coronel Francisco Menezes Filho. Por muitos
anos foi um dos locais responsáveis pelo
abastecimento de leite, hortaliças e gêneros
alimentícios da capital. A fazenda era tão grande
que ocupava toda a extensão dos bairros Ouro
Preto e Castelo. A expansão urbanística e as
invasões de terras fizeram com que, na década
de 70, os herdeiros e filhos do coronel
iniciassem o loteamento da área por intermédio
da construtora e imobiliária Cinova.
A urbanização do bairro iniciou por volta de
1977 e 1978 e começou a ser habitado em
1980. Nesse período, até por volta de 1983,
foram construídas as redes de esgoto, de água
pluvial e potável, além do asfaltamento das vias
e da colocação do meio fio. Entre 1983 e 1984
foram instalados postes de concreto com
iluminação a vapor de mercúrio e a energização
da rede.
Os grandes prédios que podemos avistar
hoje começaram a ser erguidos em 1996, com a
nova Lei Municipal do Parcelamento, Ocupação
e Uso do Solo. Até esse ano ainda era possível
adquirir leite de vaca in natura, em currais na
região do Paquetá e Alípio de Melo, e o gado
andava solto pelas ruas e lotes do bairro.
Somente em 1998 foram inauguradas a
primeira padaria, farmácia e papelaria, na
Avenida Miguel Perrela.
O bairro Castelo foi planejado para ser
entregue aos futuros moradores urbanizado.
Hoje está em constante crescimento e a cada
mês recebe um número maior de novos
moradores interessados em seus prédios de
ótimo acabamento, na qualidade de vida local,
além dos diversos investimentos do Governo
feitos na região. O Castelo é, sem dúvidas, um
local que chama bastante a atenção de quem
procura um local para morar ou investir na
região da Pampulha.
FOTOS: FABILY RODRIGUES
Leia mais nas páginas 6, 7, 8 e 9
ACADEMIA NA PRAÇA – Os
praticantes de atividade física
contam com uma nova opção na
região. Foi inaugurada no final de
agosto a “Academia a Céu Aberto”,
na Praça Geralda da Mata
Pimentel (Praça de Eventos),
localizada no final da Avenida
Fleming. O local conta com 12
equipamentos diferentes para
estimular a prática da atividade
física para pessoas de todas as
idades e melhorar a qualidade de
vida dos usuários. Página 3
VIADUTOS PEDRO I – Até o mês de junho de
2013 a região próxima à Avenida Pedro I vai
passar por uma grande mudança em suas
vias. O projeto de duplicação na via começou em março deste ano e já entregou à
população o alargamento do viaduto da
Barragem da Pampulha e contempla a
construção de mais seis viadutos: dois na
interseção das avenidas Pedro I e Portugal e
mais quatro na Pedro I, todos ligando os
bairros Planalto e Itapoã aos vizinhos Santa
Branca, Santa Amélia, Santa Mônica e São
João Batista. A previsão de entrega do todo
o projeto é para junho de 2013. Página 12
PRÓXIMA EDIÇÃO – A próxima matéria principal do
Ouro Preto em Foco será sobre as recomendações e
opiniões de profissionais para trocar ou inserir seu filho
em uma INSTITUIÇÃO DE ENSINO. Em novembro
falaremos sobre o cuidado dos ESTABELECIMENTOS
GASTRONÔMICOS da região com o acondicionamento e preparo dos alimentos e sobre o
desenvolvimento do COMÉRCIO DO BAIRRO
CASTELO, principalmente na Avenida dos Engenheiros
e Rua Romualdo Lopes Cançado. Teremos ainda uma
matéria falando sobre o crescimento e a concentração
das CONCESSIONÁRIAS na região da Pampulha.
Participe se você tiver alguma identificação ou quiser
opinar sobre algum desses e de outros assuntos.
Setembro de 2012
2
EDITORIAL
Crescimento e expansão de um trabalho profissional e reconhecido
São raras as vezes em que falamos sobre
nossa própria empresa em nossos jornais, pois
estamos focados em informar, divulgar as notícias locais e debater assuntos relevantes aos
interesses dos moradores, comerciantes e demais pessoas envolvidas com a região. Mas gostaríamos de mostrar aos nossos leitores e parceiros
como anda nosso trabalho e os próximos passos
da “Em Foco Mídia”.
O jornal Ouro Preto em Foco está completando dois anos neste mês de setembro; o Jaraguá
em Foco completa quatro anos em outubro; e o
Planalto Em Foco, um ano, em novembro. Em
outubro deste ano lançaremos nosso quarto
jornal no bairro Cidade Nova e no mesmo mês
relançaremos o jornal do Clube AABB (Associação Atlética Banco do Brasil). No começo do
próximo ano lançaremos mais um jornal local e
um projeto “guardado na gaveta” por um tempo
no segmento de turismo: o “Turismo em Foco”.
Tudo isso sem ter a necessidade de ficar divulgando a todo o momento quando nosso trabalho
completa mais um ano de existência. O foco
deste trabalho são os moradores e comerciantes
das nossas áreas de atuação e é isto que importa. Divulgar notícias práticas e de interesse geral,
mostrar problemas e possíveis soluções, além de
cobrar ações dos órgãos competentes, é o que
temos que fazer.
Para isso, contratamos mais dois jornalistas
e um diagramador que também fará nossa parte
de fotografia. Completando o time, temos ainda
uma revisora e uma design, além de mais oito
jovens responsáveis pela distribuição dos jornais.
Assim, cremos que deva ser um jornal, independente do seu tamanho e estrutura. Bons profissionais certamente farão um trabalho mais elaborado, cuidadoso e profissional. Além de gostarmos muito do que fazemos, ainda passamos a
segurança aos nossos anunciantes e parceiros,
pois eles saberão onde estão investindo, sem
riscos de problemas, imprevistos e com a garantia da integridade do trabalho.
São muitos os novos jornais que surgem,
mas poucos os que duram mais de duas edições. Na redação do “Em Foco Mídia”, os jornalistas João Paulo Dornas, Ana Izaura Duarte
São muitas as opções de divulgação hoje em dia
e Anna Caroline Boechat; a designer Awa Maia, o diagramador e fotógrafo
Cid Costa Neto, e o editor Fabily Rodrigues
e poucos os recursos financeiros para tal. O que
podemos garantir em nosso trabalho é a divulgação num meio de comunicação com credibilidade, ética, compromisso, reconhecimento, sede
própria, profissionais capacitados, qualidade
gráfica e editorial, alta visibilidade e com uma
distribuição impecável. Agradecemos o respeito e
os comentários ao nosso trabalho e nos colocamos à disposição de todos para sugestões,
críticas, reclamações, comentários e sugestões
de matérias. Boa leitura e fiquem com Deus!
Fabily Rodrigues (Editor)
[email protected]
Pedro, Gustavo Márcio, Lucas, Tadeu, Eli Miguel e Ezaú moram na região
e são os responsáveis pela distribuição dos nossos três jornais
EXPEDIENTE
O Jornal Ouro Preto em Foco é uma publicação informativa mensal voltada aos moradores, comerciantes e demais interessados dos bairros
Ouro Preto, Castelo, São Luiz, São José e região. Independente e imparcial, não temos comprometimento ou vínculo com nenhuma
associação, empresa ou empresário, político ou entidade. Nosso objetivo é informar, esclarecer, debater, criticar e melhorar a qualidade de
vida da região. Faremos isso por meio de informações úteis, dicas, curiosidades e notícias voltadas a todos os envolvidos, de uma maneira ou
de outra, com os bairros locais. Distribuído gratuitamente nos bairros Ouro Preto, Castelo, São Luiz, São José e parte do Engenho Nogueira,
Paquetá, Bandeirantes, Alípio de Melo, Jaraguá e Dona Clara.
Jornalista responsável
(redação e edição):
Fabily Rodrigues MG 09127 JP
Fotos:
Fabily Rodrigues e
Equipe Em Foco
Revisão:
Liani Gemignani
Diagramação:
Cid Costa Neto
Jornalistas:
Ana Izaura Duarte
Anna Boechat
João Paulo Dornas
Designer:
Awa Maia
Endereço:
Rua Francisco Vaz
de Melo, 20, sala 7
Jaraguá
CEP 31.255-710
Belo Horizonte - MG
E-mail:
[email protected]
Contato / Publicidade:
(031) 3441-2725
Periodicidade: Mensal
Tiragem:
10 mil exemplares
Impressão: Bi-Gráfica
Distribuição Gratuita
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OURO PRETO INFORMA
Academia é inaugurada na Praça de Eventos
Revitalização da Lagoa da Pampulha
ANA IZAURA DUARTE
ANNA BOECHAT
Foi inaugurada, no final
de agosto, a “Academia a Céu
Aberto”, na Praça Geralda da
Mata Pimentel, conhecida
como Praça de Eventos,
localizada próximo ao final da
Avenida Fleming, sentido
Lagoa da Pampulha. Atualmente a cidade possui 14
academias instaladas e há
previsão de instalar mais 40
até outubro. Além de estimular a prática da atividade
física, as Academias visam
proporcionar condições adequadas para
prática de atividades físicas para pessoas de
todas as idades, aumentar os locais de
convivência, criar uma rotina de prática de
exercícios, além de melhorar a qualidade de
vida dos usuários. Atualmente estão à disposição da população 12 equipamentos
diferentes, entre eles simuladores de cavalgada, caminhada e remo, alongador, multi
exercitador, supino, pressão de pernas, entre
outros.
Após a instalação da “Academia a Céu
Aberto” na Praça de Eventos, muitos moradores passaram a praticar exercícios por mais
tempo. A comerciante Heloísa Lessa Ladeira
conta que conhecia a Academia instalada no
Parque Municipal, mas ainda não tinha
utilizado os aparelhos e aprovou a iniciativa
da Prefeitura. “Achei fantástica a ideia e
acredito que a população terá mais uma
opção para se exercitar sem precisar gastar
dinheiro”, conta. A analista Márcia Flávia de
Jesus passou a utilizar a Academia após as
caminhadas e também achou excelente a
instalação dos equipamentos. “Agora passo
mais tempo praticando exercícios, principalmente porque os aparelhos são fáceis de
usar”, afirma. Para a aposentada Nirce
Terezinha da Silva, os aparelhos são uma
ótima opção para quem não frequenta uma
academia. Porém, ela está preocupada com
a manutenção e conservação dos mesmos.
“Outro dia estava me exercitando e vi uma
pessoa tentando depredar um dos aparelhos. A segurança precisa ser reforçada no
local”, conta. (Anna Boechat e Ana Izaura
Duarte)
É nítido o estado de podridão da Lagoa
da Pampulha. O mau cheiro, a sujeira, a má
conservação da orla, o surto de mosquitos, a
péssima iluminação, entre outros aspectos,
deixam qualquer belo-horizontino envergonhado quando apresentamos o até então
cartão postal da cidade aos visitantes. O
belo conjunto arquitetônico de Oscar Niemeyer não condiz com o deplorável estado do
local. Em outubro de 2011 o Ouro Preto Em
Foco denunciou a calamidade que prejudica
toda a população da região. Agora, o Governo Estadual dá sinal de uma temporária
melhora da situação. De acordo com a
Copasa, até dezembro de 2013 a Lagoa da
Pampulha estará limpa para receber esportes náuticos e navegação. Serão investidos
R$ 102 milhões na instalação de quase 100
mil metros de redes coletoras, 18 mil metros
de interceptores, mais de 10 mil ligações
prediais e remoção de 410 imóveis de
Contagem e Belo Horizonte para a construção da rede coletora de esgoto.
Além disso, existe a possibilidade de
uma verba vinda do Banco Interamericano
do Desenvolvimento no valor de US$ 75
milhões, o equivalente a R$ 150 milhões. Em
11 de julho foi publicada a lei que autoriza a
Prefeitura de Belo Horizonte a contrair esse
empréstimo do banco para recuperar a
Lagoa da Pampulha. Agora a PBH trabalha
visando conseguir a aprovação do Senado
para a obtenção do financiamento do organismo internacional. O dinheiro seria repassado à administração municipal em 2013. O
problema será saber se há tempo para
executar as obras de despoluição antes da
Copa de 2014. (João Paulo Dornas)
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OURO PRETO INFORMA
Coleguium realiza campanha solidária
ARQUIVO SANTA MARCELINA
Ditadura Militar é tema de projeto no Santa Marcelina
Os alunos do Grupo de Aprofundamento
de História da 8ª série do Colégio Santa
Marcelina apresentaram, entre os dias 29 a 31
de agosto e 2 de setembro, um minucioso
trabalho sobre a produção musical e artística
realizada no período da Ditadura Militar. A
pesquisa, idealizada pela Professora Kátia
Peifer, teve duração de três meses e contou
com análise interativa, visita ao Museu Inhotim, realização de seminários, além de busca
por documentos e fontes que tratam do tema,
resultando na criação da performance musical
“Seguindo a Canção”, utilizando trechos de
canções da época. Para a professora, o objetivo do projeto foi ir além da história factual,
incentivando os alunos a buscarem outras
formas de pesquisa. “Buscamos tratar o tema
através de diferentes formas de linguagem. Por
isso escolhemos a produção cultural daquela
época, especialmente a música”, conta.
Para a apresentação uma estrutura foi
montada no colégio, batizada de “Galeria Zuzu
Angel”, estilista brasileira que lutou para
encontrar o corpo do filho, militante político
torturado e morto pelo regime militar. Alunos
da 7ª série ao 3º ano do Ensino Médio puderam assistir a peça, além de visitar uma exposição com fotos e objetos de um dos períodos
mais violentos da história do país. No último
dia do evento os pais puderam assistir ao
musical. Muitos se emocionaram. “O evento foi
bastante elogiado pelos familiares, pois
muitos nasceram ou viveram nesse período. o
grupo soube tratar de maneira leve e poética
um período extremamente conturbado da
história do Brasil”, conclui Kátia Peifer.
ARQUIVO COLEGUIUM
No intuito de despertar a solidariedade e a importância da leitura, o
Coleguium promoveu, entre os dias 2 a
31 de agosto, a campanha “Biblioteca
Solidária”. A campanha está no seu
quinto ano e arrecadou mais de 3 mil
livros. Este ano a entidade contemplada foi a Instituição Cruz de Malta,
localizada no Morro das Pedras, em
Belo Horizonte. Segundo Virgílio
Machado, diretor do Coleguium, a
campanha parte do princípio que o livro
não deve ficar na estante e sim na mão
do leitor. “A campanha é realizada
anualmente em agosto. A bibliotecária
faz uma triagem. Uma parte das doações vai para o acervo da escola e a
outra é doada para uma instituição. O que não
pode ser utilizado vai para reciclagem. Várias
instituições tentam montar suas bibliotecas, mas
isto não é uma tarefa fácil e nem barata”, afirma.
Vem aí o Jornal Cidade Nova em Foco
Será lançado, em outubro, o Jornal
Cidade Nova em Foco, que terá objetivos,
projeto gráfico, linha editorial e distribuição
semelhantes ao Jaraguá, Ouro Preto e
Planalto em Foco. Será o quarto jornal da
série, que será ampliada com outros jornais
no próximo ano pela Em Foco Mídia. Além do
bairro Cidade Nova, o jornal será distribuído
nos bairros Palmares, Ipiranga, Silveira e
União.
Será um jornal com informações e
notícias voltadas exclusivamente aos
interesses dos moradores e comer-ciantes
da região. Convocamos os interessados a
participarem com sugestões, depoimentos,
fotos antigas, informações e demais notícias
sobre a região.
Esperamos que, assim como nas regiões
do Jaraguá, Ouro Preto e Planalto, seja uma
ferramenta
importante para que os
moradores tenham voz ativa e usem mais este
canal para uma melhor comunicação também
com os órgãos públicos. Mais informações:
[email protected] e 3441-2725.
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Desenvolvimento de uma região que foi
O bairro Castelo é remanescente
da Fazenda dos Menezes ou Fazenda
da Serra, de propriedade do coronel
Francisco Menezes Filho, e existiu até
a década de 60. Por muitos anos foi
um dos locais responsáveis pelo
abastecimento de leite, hortaliças e
gêneros alimentícios da capital. A
fazenda era tão grande que ocupava
toda a extensão dos bairros Ouro Preto
e Castelo.
A expansão urbanística e as
invasões de terras que começavam a
ocorrer fizeram com que, na década de
70, os herdeiros e filhos do coronel
Francisco Menezes Filho iniciassem o
loteamento da área por intermédio da
construtora e imobiliária Cinova. O
engenheiro civil Lúcio Souza Assumpção era o diretor da companhia na
época. “Estávamos procurando um
terreno em Belo Horizonte para iniciar
um novo empreendimento. Um engenheiro da Prefeitura conhecia as terras
do Francisco de Menezes Filho e
sugeriu que procurássemos a família.
Na época ele já havia falecido. Conversamos com o filho mais velho, Avelino
Menezes Filho, e fizemos a negociação”, conta.
O primeiro corretor da região e
também presidente da Associação
Comunitária do Bairro Castelo, Dorgival Modesto Jorge, lembra do momento em que construiu seu ponto de
ARQUIVO DORGIVAL JORGE
Panfletos comerciais mostravam o bairro na planta, os benefícios para morar
investir, e como seria a urbanização da região
vendas, em 1976. Foi a primeira construção do bairro
que até então não tinha nada. “Aqui era só pasto.
Como não havia acesso entrávamos com o carro
dentro do córrego para chegar a certas áreas. No local
onde atualmente funciona o Hiperminas havia uma
lagoa onde pescávamos”.
Lúcio Assumpção lembra que a primeira dificuldade, no começo, era o acesso à região. “Para abrir
passagem tivemos que comprar quatro lotes próximos
à Rua Sena Madureira até chegar ao Castelo. A Avenida
Tancredo Neves não existia. Abrimos as avenidas
Miguel Perrela e Altamiro Avelino Soares”, conta. A
urbanização do bairro começou por volta de 1977 e
1978. “Planejamos 1.800 lotes. O loteamento do
bairro Castelo ia da Avenida Tancredo Neves até a
Avenida Altamiro Alevino Soares, antes do Parque
Ursulina de Andrade Mello. Naquela
época o Dorgival já vendia os lotes no
bairro”, explica. Dorgival completa,
dizendo que, em 1977, o bairro começou a ser urbanizado. “Os primeiros
200 lotes foram vendidos ainda sem
ter as ruas abertas. Os lotes eram
vendidos à prestação e as pessoas
compravam na base da confiança”.
O engenheiro civil Dilvar Oliva
Salles conta que, em 1978, foi ao
bairro Castelo e para chegar ao posto
de vendas de lotes era preciso passar
por uma pinguela. “Neste dia conheci
o corretor de imóveis Sr. Dorgival,
único morador local desde 1976, que
estabeleceu um escritório e um stand
de vendas de lotes ao lado de uma
grande placa metálica fixada em dois
troncos de árvores frondosas indicando ser ali um 'Posto de Venda de
Lotes'. Futuramente aquele local se
transformaria na Avenida Miguel
Perrela. Ele informava aos visitantes
que no bairro Castelo somente seria
permitido construir 'casas coloniais' e
não seria possível a construção de
prédios. Ele vendia lotes para as
imobiliárias Cinova, Angave e Apis.
Quem comprava seus lotes confiava
em sua retidão. Nem era preciso fazer
consultas em cartórios para ter a
certeza de que se estava comprando
um lote regular. Para atrair os clientes
ele tinha como argumentos a 'infraes-
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planejada, mas teve suas dificuldades
FOTOS: ARQUIVO DILVAR SALLES
trutura', a área de '420 m2' (o normal
era 360 m2) e a possibilidade de
'vencer a inflação', com prestações a
partir de Cr$ 16 mil, recorda.
Desenvolvimento
Lúcio Assumpção conta que o
desenvolvimento do bairro foi lento,
principalmente porque o extinto BNH
(Banco Nacional de Habitação) estava
em crise. “Na época o BNH não estava
financiando e com isto tínhamos
dificuldade em vender os lotes. Para
facilitar financiávamos em até 40
meses. Como a construção estava
demorando muito, oferecemos um
incentivo onde as 25 primeiras casas
em construção receberiam cerca de
10 mil tijolos de compensação. O
Dorgival, que era muito esperto, falava
para a pessoa fazer a fundação da
casa e que a empresa ia dar os tijolos
para o resto da construção. Era um
desafio. Ninguém queria ser o primeiro.
Mas, com esse incentivo, os compradores começaram a construir”, lembra.
Assim, o bairro começou a ser
habitado em 1980. “Não foi fácil, mas
se não houver luta não conseguimos
nada”, conta Dorgival. O engenheiro
civil Dilvar Salles comentou que, entre
1979 a 1983, foram construídas as
redes de esgoto, de água pluvial e
potável, além do asfaltamento das vias
e a colocação do meio fio. “Em agosto
de 1997 iniciou-se a coleta de lixo
urbano. Em setembro , com o empenho
do Sr. Dorgival, foi inaugurada a linha
de ônibus 3301B, conhecido como
vermelhinho, com ponto final na Rua
Castelo de Óbidos, que fazia o trajeto
até a Rua Guarani, no centro da cidade. O único meio de transporte existente na região era o 3503B (Santa
Terezinha - Centro). Durante cerca de
20 anos, mesmo com o crescimento
do bairro, os horários de partida dos
ônibus praticamente se mantiveram
sem alteração”, relembra.
Planejamento e comunicação
O bairro Castelo foi planejado
para ser entregue aos futuros moradores urbanizado. Lúcio Assumpção
comenta que a urbanização era responsabilidade da construtora. “Muitos
moradores se mudaram para cá
depois de 1980, pois o bairro já estava
praticamente todo urbanizado com as
ruas e avenidas abertas”, conta.
Dorgival lembra que, em 1976, para
ajudar nos negócios, decidiu colocar
uma linha telefônica. “Tive que pagar
Castelo visto do alto do bairro Santa Terezinha.
À direita, o Parque Ursulina de Melo (1991)
Primeiras casas do bairro nas ruas Castelo de
Alcobaça e Castelo de Alenquer (1985)
Rua Castelo de Alcobaça, tendo ao fundo o bairro Paquetá (Condomínio Fazenda da Serra) e
Engenho Nogueira (esquerda) e, ao lado, o bairro Serrano ao fundo (1984)
ARQUIVO DORGIVAL JORGE
Avenida Miguel Perrela sendo aberta (esquerda) e logo depois já asfaltada,
com suas várias palmeiras da época
ORIGEM DO NOME
Muitas vezes ficamos curiosos para saber o porquê do nome de um bairro. Normalmente a maioria
tem seu nome relacionado a alguma característica do próprio bairro, a uma pessoa ou até mesmo ao
tipo de vegetação local. Quem conta sobre a origem do bairro Castelo é o engenheiro civil e diretor
executivo da Cianova, responsável pelo planejamento do bairro, Lúcio Souza Assumpção. “Quando
procuramos a família Menezes para negociar o terreno para a construção daquela região, eles já tinham
a planta e colocaram o nome “Castelo Branco”, em homenagem aos militares. Não querendo
desagradar a família mantivemos apenas o nome “Castelo”, para que não houvesse ligação direta com
a política”, lembra.
Todos ficam curiosos em saber o porquê de todas as ruas do bairro terem nome de castelos. Lúcio
comenta que para a Prefeitura aprovar os nomes foi preciso insistir muito. “Procurei Ismaila, que na
época era a responsável pela aprovação dos nomes, e falei que queria colocar nomes de castelos
naquelas ruas. Ela me respondeu que não poderia fazer isso, pois as mesmas deveriam ter nomes de
pessoas. Insisti tanto que ela acabou aprovando, porém exigiu que os nomes fossem de castelos
brasileiros e as avenidas tivessem nomes de pessoas”, relembra Lúcio Assumpção.
até pelos postes de madeira que
existem até hoje na Avenida Miguel
Perrela. O valor que paguei à Telemig
foi mais caro que um lote do bairro na
época”, conta.
Dilvar Salles também pagou caro
por uma linha telefônica. “Em 1987
tentei adquirir uma, mas a Telemig
negou, dizendo que não havia disponibilidade de linhas e que a única livre
era para testes. Então peguei uma
escada e subi num poste de madeira
no final da Rua Manoel Elias de Aguiar,
esquina com um brejo, onde hoje é o
cruzamento da Avenida. Miguel Perrela
com a Avenida Tancredo Neves. Abri a
caixa e fiz um croqui da posição dos
pares que estavam livres e levei o
rascunho ao setor técnico da Telemig,
na Rua Rio de Janeiro. Ao convencer a
empresa de que havia dois pares de
terminais livres, aceitaram fazer a
ligação do telefone, mas cobraram um
valor equivalente a U$ 3 mil pela linha,
mais o equivalente a U$ 3 mil pela
extensão da fiação saindo daquela
caixa até o meu endereço. O pior de
tudo é que a linha não funcionava
direito e raramente dava o tom para
discar, pois utilizava uma linha compartilhada analógica denominada
'carrier', interligada a uma central que
ficava em um pequeno trailer sobre
rodas, pouco maior que um carrinho
de pipoca, estacionado dentro de um
lote cheio de mato na esquina da Rua
Leonil Prata com Rua dos Médicos, no
bairro Alípio de Melo”, recorda.
Outro incômodo problema no
começo do bairro era a falta de água. A
dona de casa Marília Alves de Moura
Braga diz que, em 1990, quem abastecia a caixa d'água era um caminhão
pipa. “A água não chegava porque não
havia pressão. Não tínhamos água
nem à noite. Tínhamos que economizar
para não faltar”, conta. Dilvar Salles
lembra que teve que construir um
reservatório subterrâneo para suprir a
contínua falta de água. “A água da
Copasa era fornecida à noite e de
modo intermitente, mas a pressão
geralmente não permitia que a mesma
atingisse os locais mais altos do
bairro. A melhoria no sistema de
abastecimento de água só ocorreu
efetivamente por volta de 1992, com a
construção de uma adutora na Rua
Romualdo Lopes Cançado, que passou a trazer água do Sistema Serra
Azul”, explica.
Continua nas páginas 8 e 9
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Um bairro em pleno desenvolvimento que precisa de melhorias
O bairro Castelo está em constante
crescimento e a cada mês recebe um número
maior de novos moradores interessados em
seus prédios de ótimo acabamento, na qualidade de vida local, além dos diversos investimentos do Governo feitos na região. Segundo
o engenheiro civil e diretor da extinta construtora Cinova, Lúcio Souza Assumpção, o bairro
foi planejado para ser um residencial somente
com casas. Hoje é possível avistar grandes
prédios em qualquer ponto que olhamos. Os
prédios começaram a ser erguidos em 1996
com a nova Lei Municipal do Uso e Ocupação
do Solo, que permitiu a construção de prédios
na região.
O engenheiro civil Dilvar Oliva Salles
comenta que, antes de 1996, era comum a
construção de casas de dois pavimentos em
lotes de 420 m². Porém, com a alteração da
Lei de Uso e Ocupação do Solo as construções dos primeiros edifícios de três e quatro
andares foram iniciadas. “Muitos moradores
do Castelo ficaram desgostosos com a chegada das construtoras Tenda Engenharia, MRV e
Direcional, que construíram prédios residenciais muito simples e sem elevadores no Manacás e no Castelo, o que poderia forçar a
desvalorização do bairro. Nessa época, alguns
construtores particulares passaram a construir duas casas geminadas em cada lote. A partir
de então, não se construiu mais casas no
bairro Castelo”, conta.
Comércio
Com o crescimento populacional naturalmente vem o crescimento do comércio local,
que no Castelo demorou a se desenvolver.
Dilvar Salles comentou que em 1998 foram
inauguradas a primeira padaria, farmácia e
papelaria, na Avenida Miguel Perrela. “No ano
de 1999 foi construído o primeiro prédio
comercial com lojas e salas, na Rua Castelo
de Faro, esquina com a Avenida Miguel Perrela. Os supermercados Supernosso, BH e
Hiperminas foram inaugurados depois de
2000”, informou.
Segundo o engenheiro eletricista aposentado José Fernando do Carmo, o bairro cresceu muito, mas ainda há espaço para crescer
mais. Para ele o comércio pode se estruturar
melhor. “Nos últimos anos o bairro se tornou
praticamente vertical e com isso há um
número bem maior de moradores. Por esse
motivo a Lei de Ocupação do Solo foi novamente alterada na região para evitar uma
saturação como em outros bairros da cidade.
O comércio aqui tem tudo para crescer, porque há público. Falta uma agência bancária,
por exemplo, pois, para realizar nossas movimentações bancárias, temos que ir ao bairro
Ouro Preto”, comenta.
CID COSTA NETO
Avenida Miguel Perrela
Segurança
A segurança pública está entre as principais reclamações feitas pelos moradores.
Esse é um assunto preocupante, porque o
bairro tem sido alvo de muitos assaltos,
arrombamentos e outros tipos de crimes. Para
a professora Maria da Glória Oliveira Pinto, a
insegurança aumenta também porque são
poucos os vizinhos que se conhecem. “O
bairro Castelo cresceu muito nos últimos
tempos. Muitas famílias que moravam na
zona sul se mudaram para cá e isso chama a
atenção dos ladrões. À noite ficamos com
mais medo ainda, porque não tem ninguém
nas ruas. Seria importante que os vizinhos se
conhecessem e se comunicassem mais para
contribuir com a diminuição desses assaltos”,
comenta.
Segundo o técnico industrial aposentado
Ubiratãn Teodoro de Souza, o policiamento no
bairro é ineficiente. “O bairro é grande e
bastante ermo e por isso o policiamento não
consegue atender”, comenta. Para o sócioproprietário da Drogaria Bontempo, Gilberto
de Melo Cunha, a Polícia Militar deveria ter um
ponto de apoio no próprio bairro, além de
policiamento a pé e câmeras do projeto “Olho
Vivo”. “O bairro Castelo nunca foi seguro. Já
havia problemas de violência e roubo de
veículos no começo da década de 90. Hoje a
polícia está atuando menos no bairro. Falta
agilidade e menos burocracia”, opina. Já o
engenheiro eletricista aposentado José
Fernando do Carmo acredita que o bairro está
mais protegido e algumas ações, como a
“Rede de Vizinhos Protegidos”, colaboram
para a diminuição do número de ocorrências.
“Com a Rede de Vizinhos conhecemos mais
os moradores e a Polícia Militar nos ensina
algumas posturas para evitar os assaltos”,
conta.
MANACÁS
A história do bairro Manacás está diretamente ligada à do Castelo. O Manacás surgiu por
volta de 1988 e foi loteado ao longo da Rua Romualdo Lopes Cançado e parte do Parque
Ursulina de Melo. Muitas pessoas confundem e pensam que tudo faz parte do Castelo.
Segundo o engenheiro civil Lúcio Souza Assumpção, o bairro Castelo está localizado entre as
avenidas Tancredo Neves e Altamiro Avelino Soares e Tancredo Neves e Heráclito Mourão de
Miranda (conhecida como Avenida Atlântica).
O engenheiro civil Dilvar Oliva Salles conta que, no começo, o bairro Manacás era
conhecido como Castelo de Manacás para valorização dos novos lotes. “Visando valorizar os
lotes do Manacás, um corretor de imóveis fixou uma grande placa na torre da linha de
transmissão na Praça Pedro Caram Zuquim, com uma grande seta pintada indicando a direção
do bairro Manacás como “Manacás Castelo”, que ia da Avenida Altamiro Avelino Soares até a
Avenida dos Engenheiros, na divisa com o bairro Alípio de Melo. Assim, com o tempo os
moradores do Manacás passaram a chamar esse bairro simplesmente de Castelo”, relembra.
Segundo o oficial da Justiça Federal Adalberto Ribeiro Pereira, os moradores chamam o
bairro Manacás de Castelo pela proximidade e pelo fato de este ser mais conhecido. “Quando
me mudei para o Manacás, em 1990, havia muitos lotes vagos. Mudei para um dos quatro
primeiros edifícios que estavam sendo construídos. Nessa época o Castelo já era estruturado.
Hoje o Manacás conta com uma ótima estrutura e com uma comércio forte, principalmente na
Avenida dos Engenheiros”, afirma.
Trânsito
Outro problema que está entre as principais reclamações dos moradores é a falta de
opções de entrada para o bairro. Segundo
José Fernando do Carmo, o trânsito está
melhorando com as obras para a região da
Pampulha. “A abertura da Avenida Tancredo
Neves com Avenida Pedro II foi um dos maiores ganhos. Isso aliviou o trânsito do Ouro
Preto. Aqui ainda vai ficar congestionado,
porque o número de veículos cresceu e a
estrutura não aguenta. O problema é não
termos outras opções de rotas”, comenta.
O engenheiro civil Lúcio Souza Assumpção comenta que esperou a obra de ligação
das avenidas Tancredo Neves e Pedro II por
quase 30 anos. “Quando começamos a
construção do bairro Castelo as famílias
começaram a habitar aquela área que é
chamada de Vila São José. Desde aquela
época estamos atentos à abertura na ligação
das duas avenidas. Se isso tivesse acontecido
há 30 anos, o bairro iria crescer mais rapidamente”, avalia.
Outro problema que envolve o trânsito é a
falta de linha de ônibus no bairro. O oficial da
Justiça Federal Adalberto Ribeiro Pereira
afirma que os problemas com o transporte
público sempre existiram. “Os ônibus estão
superlotados, demoram a passar e as linhas
não atendem todo o bairro. Fizemos uma
reivindicação para aumentar o itinerário, mas
não fomos atendidos”. Gilberto Cunha concorda que o transporte público continua
deficiente. “O circular 54 foi uma intervenção
muito positiva. O 3301B tem um trajeto todo
errado porque não passa nas principais
avenidas e ruas do bairro. Precisamos de mais
uma linha de circular para rodar mais pelo
bairro e uma linha que levasse até a Avenida
Antônio Carlos”, opina.
Assim como a maioria dos bairros em
desenvolvimento o Castelo também apresenta seus problemas estruturais, mas também
mostra um crescimento positivo que atrai
cada vez mais um número maior de moradores interessados no que a região oferece,
embora ainda haja muitos pontos a serem
melhorados, como quedas de energia, trânsito, transporte e segurança. (Ana Izaura
Duarte)
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ENQUETE
Moradores contam a história do bairro Castelo e avaliam os problemas atuais
“O Castelo evoluiu muito e hoje está todo estruturado. Encontramos tudo aqui. Fui
responsável pela venda dos primeiros lotes do bairro. Abri minha imobiliária na Avenida
Miguel Perrela, em 1976, quando tudo aqui era pasto, mato e nem rua existia. Na
avenida havia muitos coqueiros e pássaros. Dos pássaros é o que tenho mais saudade.
Hoje há muitos prédios e os passarinhos sumiram. Em 1977 a construtora Cianova,
responsável pelo planejamento do bairro, começou a abrir as primeiras ruas e em 1980
o bairro começou a ser habitado.”
Dorgival Modesto Jorge, Corretor de Imóveis
“O bairro Castelo foi planejado para ser uma região residencial, ocupada por casas.
Com o passar dos anos e a mudança da Lei de Uso e Ocupação do Solo, os prédios
ficaram predominantes. Loteamos 1.800 lotes e começamos a urbanizar o bairro por
volta de 1978. O desenvolvimento foi lento. Um dos principais problemas do Castelo era
a falta de acesso. Tivemos que comprar terrenos no Ouro Preto para começar a abrir as
ruas. Também abrimos a Avenida Tancredo Neves.”
Lúcio Souza Assumpção, Engenheiro Civil e Diretor executivo da extinta Cianova,
responsável pelo planejamento e venda de lotes no Castelo e Cidade Nova
“Fui o terceiro morador do Castelo. Conheci o bairro em 1978, quando começaram os
serviços de terraplanagem. Vi as primeiras máquinas operarem na abertura da Avenida
Miguel Perrela e Rua Castelo de Linhares. A Avenida Tancredo Neves não existia. Para
atravessar do Ouro Preto para o Castelo era preciso passar por uma pinguela. Em 1982
comprei um lote na Rua Castelo de Alcobaça. Nessa época não havia nenhuma casa.
Depois de 2005 o número de casas e prédios aumentou consideravelmente.”
Dilvar Oliva Salles, Engenheiro Civil
“Em 1985 o Castelo era uma fazenda com cavalos e vacas andando pelas ruas. O bairro
já era pavimentado e o único comércio que havia era a imobiliária do Sr. Dorgival. O
crescimento do bairro foi lento, porque as pessoas não acreditavam no potencial desta
região. Inaugurei o Depósito Castelo em 1989, quando existiam no máximo 10 casas
construídas, o prédio pequeno onde estava localizado nosso depósito e um pequeno
conjunto de casas geminadas, onde morávamos. Daquela época tenho saudade da
tranquilidade e do silêncio.”
Celso Silva, Proprietário do Depósito Castelo
“Quando conheci o bairro, em 1987, só havia mato. Eram poucas casas e muitos lotes.
Eu morava no Santa Terezinha. No bairro Manacás só tinha uma rua com prédios. Nessa
época também não havia comércio e podíamos ver, com frequência, vacas na rua. Em
2000, quando me mudei para o Castelo, já estava cheio de prédios. O bairro cresceu
muito e hoje o comércio está mais estruturado. Antes era preciso ir nos bairros vizinhos,
como Ouro Preto e Alípio de Melo.”
Maria da Glória Oliveira Pinto, Professora
“Mudei para o bairro com a minha família em 2000. Tudo era tranquilo, ao ponto de
haver até vacas na rua. Muito diferente de hoje, que há muitos prédios. O comércio está
mais desenvolvido, mas ainda pode melhorar. Temos bons supermercados, mas falta
uma agência bancária. Com o crescimento surgem os problemas e um deles é a falta de
segurança. Antes eu vigiava meus filhos da janela do prédio quando eles iam à padaria.
Hoje isso não é mais possível e só andamos de carro para ter mais segurança.”
Shirley Ângela dos Santos Magalhães, Psicóloga
“Em agosto de 1990 me mudei para o bairro. Não havia nada e eu só tinha dois vizinhos
na época. Não havia comércio como hoje, somente uma mercearia na Rua Castelo de
Óbidos, que existe até hoje. Lá comprávamos o básico. Como não havia tudo que
precisávamos, comprávamos em outros bairros, como o Ouro Preto. Fazíamos um
estoque para não precisar sair sempre. Em 1990 o Castelo já era todo urbanizado,
porém não tinha telefone e a água não chegava a algumas partes do bairro. Um
caminhão pipa enchia a caixa d'água.”
Marília Alves de Moura Braga, Dona de Casa
“Por volta de 1988/1989 fui convidado a vender o primeiro prédio da Rua Romualdo
Lopes Cançado, no Castelo de Manacás. Antes era tudo deserto e só havia a imobiliária
do Sr. Dorgival, que lançou o bairro. Até 1994 o crescimento não foi acelerado. A
explosão imobiliária aconteceu depois de 1995. Em 2000 o bairro consolidou de vez e
teve um crescimento mais significativo. Foi o bairro que teve mais construções e ainda
há espaço para crescer mais.”
Geraldo Matos, Diretor da Geraldo Matos Imóveis
“Quando me mudei para o bairro, em 1990, existia estrutura, porém ainda não tinha um
comércio forte e eram poucas as construções. De comércio só havia o Depósito Castelo
e dois barzinhos com mercearia. Um deles era o Bar do Pereira, na Rua Castelo de Cintra,
e o outro o Bar do Senhor Lima, em frente ao Depósito Castelo. Inaugurei a Drogaria
Bontempo em 1999 porque não havia nada do tipo na região e acreditei no
desenvolvimento do bairro, que ficou mais evidente depois de 2005, com a mudança do
código de postura.”
Gilberto de Melo Cunha, Sócio-proprietário da Drogaria Bontempo
“Em 2001 comprei o lote no bairro em busca de qualidade de vida. Na época ainda
havia muitos lotes e casas. O trânsito era mais tranquilo e o comércio ainda não era
desenvolvido. Não havia nem supermercado. Quando me mudei, em 2003, uma das
preocupações era com a falta de segurança. Com o tempo conheci melhor meus
vizinhos e isto ajudou a dar mais tranquilidade. Em 2005, com a alteração da Lei de Uso
e Ocupação do Solo, o número de prédios aumentou e, consequentemente, os
problemas também.”
José Fernando do Carmo, Engenheiro Eletricista aposentado
“Mudei para o bairro em dezembro de 1995. Na minha rua só havia quatro casas. Como
o bairro surgiu de uma fazenda era comum ver cavalos e vacas pastando nos lotes
abertos. O comércio não era forte. Não tinha nem padaria. Tínhamos que comprar na
padaria do bairro Ouro Preto. A Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, que é o meio de
confraternização entre os moradores, foi construída em 1998. Antes as missas eram
realizadas em um galpão na Rua Castelo de Cintra. O atual crescimento imobiliário faz a
qualidade do bairro piorar.”
Maria de Lourdes Miranda do Vale, Auditora Fiscal aposentada
“Mudei para o bairro em 1996 e era bem tranquilo. Só havia casas e pouquíssimos
prédios que não eram tão altos como os construídos atualmente. Nessa época só havia
a padaria Trigostoso, na Avenida Miguel Perrela, e um bar próximo à Igreja de Nossa
Senhora de Guadalupe. Uma coisa que sinto falta era do bom relacionamento com os
vizinhos. As pessoas hoje são mais fechadas e não temos mais aquele contato. Isso faz
falta até para ajudar a resolver o problema da segurança.”
Edirlene Batista Jorge do Vale, Operadora de Telemarketing
“Quando me mudei para o bairro Manacás, em 1990, que na época era conhecido
como Castelo de Manacás, havia muitos lotes vagos. Mudei para um dos primeiros
edifícios em construção naquela área. A primeira parte do Castelo já existia há mais
tempo, mas não era tão populoso como hoje. O crescimento traz alguns problemas,
como o transporte, que já era precário na época. Faltam linhas de ônibus, pois as que
têm não atendem todo mundo e não rodam todo o bairro. Temos problemas também
com trânsito e segurança.”
Adalberto Ribeiro Pereira, Oficial da Justiça Federal
“Conheci o bairro em 1980. Era bem agradável e podíamos ver bandos de siriema na
Avenida Tancredo Neves. Era uma fazenda loteada. Em 2000, quando comprei a casa, já
era bem mais habitado, porém ainda havia poucos prédios. Eles começaram a surgir
depois de 2005. Desde então não parou de crescer. O comércio ainda estava se
estruturando e o trânsito era tranquilo com fácil acesso. Hoje o fluxo de carros
aumentou, assim como o número de pessoas. O crescimento é positivo, mas precisa ser
organizado.”
Ubiratãn Teodoro de Souza, Técnico Industrial aposentado
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Novamente divulgamos as vagas de empregos na região através da disponibilidade de nossos anunciantes e demais parceiros, e esperamos contribuir, tanto com as empresas que precisam preencher estas vagas, quanto com os moradores
e demais interessados. Continuaremos usando este espaço em nossas próximas edições para que nossos parceiros e empresas sérias e idôneas possam oferecer suas vagas e assim faremos nosso trabalho social de ajudar aqueles que
precisam trabalhar. Os dados da empresa, contato, especificações e quantidade de vagas podem ser enviados para [email protected].
UNIFENAS
Função: ESTÁGIO PARA ALUNOS DO CURSO SUPERIOR
Vagas: 2
Especificações / Perfil: Ambos os sexos, estar
cursando os cursos de Enfermagem, Biomedicina,
Farmácia ou Química. As vagas são para estagiar nas
unidades Jaraguá e Itapoã.
Função: ESTÁGIO PARA ALUNOS DO CURSO TÉCNICO
Vagas: 2
Especificações / Perfil: Ambos os sexos, estar
cursando os cursos técnicos em Química, Biotecnologia
ou Patologia Clínica. As vagas são para estagiar nas
unidades Jaraguá e Itapoã.
Contato: Enviar o currículo para o e-mail:
[email protected]
HIPERMINAS PAMPULHA (Castelo)
Função: OPERADOR DE CAIXA
Vagas: 15
Especificação / Perfil: Sexo feminino, entre 18 e 35
anos, 2º grau em curso, não é necessário ter
experiência.
Função: REPOSITOR DE HORTIFRUTI
Vagas: 2
Especificação / Perfil: Sexo masculino, entre 18 e 30
anos, 1º grau completo, não é necessário ter
experiência.
Função: AUXILIAR DE LIMPEZA
Vagas: 7
Especificação / Perfil: Ambos os sexos, entre 18 e 60
anos, 1º grau incompleto. Vagas diurnas e noturnas.
Função: AUXILIAR DE MERCEARIA
Vagas: 5
Especificação / Perfil: Sexo masculino, entre 18 e 30
anos, 1º grau completo, não é necessário ter experiência.
Função: PIZZAIOLO
Vagas: 1
Especificação / Perfil: Sexo masculino, entre 18 e 35
anos, 1º grau completo.
Contato: Avenida Miguel Perrela, 987 - Castelo ou
[email protected].
SUPERMERCADOS BH (Castelo)
Função: ATENDENTE DE FRIOS Vagas: 3
Especificações / Perfil: Ambos os sexos, entre 20 e 50
anos. Não é necessário ter experiência. Carga horária:
44 horas semanais.
Função: OPERADOR DE CAIXA
Vagas: 6
Especificações / Perfil: Ambos os sexos, 2º grau
completo ou em curso, entre 18 e 50 anos. Não é
necessário ter experiência. Carga horária: 44 horas
semanais.
Função: REPOSITOR
Vagas: 8
Especificações / Perfil: Sexo masculino, entre 18 e 40
anos. Não é necessário ter experiência. Carga horária:
44 horas semanais.
Função: EMBALADOR
Vagas: 5
Especificações / Perfil: Ambos os sexos, entre 17 e 59
anos. Não é necessário ter experiência. Carga horária:
44 horas semanais.
Função: AÇOUGUEIRO
Vagas: 3
Especificações / Perfil: Ambos os sexos, entre 20 e 55
anos, experiência mínima de seis meses na função.
Carga horária: 44 horas semanais.
Função: FAXINEIRA
Vagas: 1
Especificações / Perfil: Sexo feminino, entre 25 e 50
anos. Não é necessário ter experiência. Carga horária:
44 horas semanais.
Contato: Interessados deverão acessar o site:
www.supermercadosbh.com.br/trabalheconosco ou
comparecer na Rua Guarani, 559 - Centro, de segunda a
sexta-feira, das 8h às 11h, munidos de documentos
pessoais e carteira de trabalho. Falar com Bruna.
RESTAURANTE RECANTO DE MINAS
Função: MOTOBOY
Vagas: 1
Especificações / Perfil: Sexo masculino, com
experiência em Tele Marmitex, conhecer a região.
Função: COPEIRO Vagas: 1
Especificações / Perfil: Ambos os sexos, com
experiência comprovada em carteira.
Contato: Entrar em contato com Alessandra através do
telefone 3498-0252.
CENTRO DE COMPRAS VIABRASIL PAMPULHA (Itapoã)
Função: SERVENTE DE LIMPEZA
Vagas: 2
Especificações / Perfil: Ambos os sexos. Horário: 12
por 36, das 11h às 23h, ou 6 por 1, das 14h40 às 23h.
Salário + benefícios.
Contato: Encaminhar currículo para
[email protected] ou entrar em contato
pelos telefones 3347-7721 ou 2126-3200.
RESTAURANTE MINEIRINHA
Função: SERVIÇO GERAIS
Vagas: 1
Especificações / Perfil: Sexo masculino, até 40 anos.
Horário: segunda a sexta, entre 8h e 16h.
Função: FAXINEIRA
Vagas: 1
Especificações / Perfil: Ambos os sexos, até 40 anos.
Horário: segunda a sexta, entre 8h e 16h, e aos
sábados, das 8h às 13h.
Contato: Entrar em contato com Renata ou Cláudia
através do telefone 3441-7730.
BOI CASTELO / LA MIGLIORRI PIZZARIA (Castelo)
Função: CHAPISTA ou CHURRASQUEIRO
Vagas: 2
Especificações / Perfil: Sexo masculino. Não é
necessária experiência na área.
Contato: Entregar currículo na Avenida Miguel Perrela,
259, de terça-feira a quinta-feira, das 17h às 22h. Falar
com Marcelo ou Carlos.
MILA (Liberdade / Jaraguá)
Função: ELETRICISTA DE AUTOMÓVEIS
Vagas: 1
Especificação / Perfil: Sexo masculino, curso técnico
ou profissionalizante. Experiência com mecânica elétrica
de automóveis. Horário: das 8h às 18h, de segunda a
sexta. Escala de plantão aos sábados. Remuneração:
comissão + VT + ticket-refeição + benefícios indiretos.
Preferencialmente morar na região.
Função: VENDEDOR DE PEÇAS
Vagas: 1
Especificação / Perfil: Ambos os sexos, 2º grau
completo, com experiência.
Função: CAPOTEIRO
Vagas: 1
Especificação / Perfil: Sexo masculino, com
experiência, não é exigida escolaridade.
Contato: Enviar currículo com foto para
[email protected], com nome da vaga.
3499-4145 (Silvia).
PADARIA PÁDUA (Santa Terezinha)
Função: SERVIÇOS GERAIS
Vagas: 2
Especificações / Perfil: Ambos os sexos, com
experiência. Preferencialmente morar na região.
Contato: Enviar currículo para: [email protected]
ou entregar currículo na Avenida Santa Terezinha, 380 Santa Terezinha.
SALADA SORVETE
Função: BALCONISTA / ATENDENTE
Vagas: 17
Especificações / Perfil: Ambos os sexos. Salário de R$
750,00 + plano de saúde. Morar nos bairros Abílio
Machado (3 vagas), Barreiro (3 vagas), Buritis (3 vagas),
Itapoã (2 vagas), Jaraguá (3 vagas) e Savassi (3 vagas).
Entre 18 e 35 anos.
Contato: Enviar currículo para o e-mail:
[email protected].
MASTER BRASIL
Função: ATENDENTE
Vagas: 100
Especificação / Perfil: Ambos os sexos, acima de 18
anos, 2º grau completo ou em andamento,
conhecimento básico em informática. Oportunidade de
crescimento. Benefícios: Plano de saúde Unimed, auxílio
creche, seguro de vida em grupo, convênios com
faculdades. Salário fixo + variável sobre meta.
Função: SUPERVISÃO
Vagas: 30
Especificação / Perfil: Ambos os sexos, acima de 18
anos, curso superior completo ou em andamento,
experiência de um ano em gestão de pessoas,
conhecimento básico em informática. Horário de
trabalho: das 12h30 às 21h30, de segunda a sábado.
Função: SERVIÇOS GERAIS
Vagas: 20
Especificação / Perfil: Ambos os sexos, acima de 18
anos, ensino fundamental completo.
Contato: Enviar currículo para
[email protected] (vaga de atendente) e para
[email protected] (vagas de
supervisão e serviços gerais). Contato: 3239-1575.
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Intervenções viárias e criação de viadutos na Pedro I beneficiarão toda a região
FOTOS: DIVULGAÇÃO SUDECAP
Maquete mostra o complexo das avenidas Portugal e Pedro I (viadutos A e B) que mudará todo o
trânsito no local, com grandes perspectivas de fluidez e dinamismo nos deslocamentos
Viaduto da Avenida General Olímpo Mourão Filho garantirá um melhor deslocamento de quem
sai do Planalto em direção à Pedro I, João Samaha, Álvaro Camargos e Moacyr Froes
FABILY RODRIGUES
A Avenida Pedro I está em foco e será
totalmente modificada. A via, que é a continuação da Avenida Antônio Carlos e importante
ligação com o Aeroporto de Confins, será um
dos três corredores do BRT a serem implantados na capital. As obras de duplicação, que
começaram em março de 2011, irão melhorar
a qualidade de vida das pessoas e devem
resolver os problemas de trânsito e transporte
na região Norte da capital. Até o mês de junho
de 2013 essa região vai passar por uma grande
mudança em suas vias. Só o futuro mostrará os
benefícios dessa transição.
A duplicação da Pedro I compreenderá o
trecho entre a Barragem da Pampulha e a
Avenida Vilarinho. Serão 4,7 quilômetros de
duplicação, com largura de 52 metros. Haverá
quatro pistas, sendo duas para tráfego misto,
com três faixas em cada sentido, e duas pistas
para o BRT. Além disso, serão construídos
viadutos na Rua Monte Castelo, nas avenidas
Portugal, Montese e Olímpio Mourão Filho, e
um grande complexo na altura da região de
Venda Nova.
O cruzamento entre as avenidas Pedro I e
Portugal é fundamental para o tráfego e o dia a
dia das pessoas que moram nas regionais
Pampulha, Venda Nova e Norte, principalmente
nos bairros Itapoã, Planalto, Santa Amélia,
Santa Branca, Santa Mônica, São João Batista,
Vila Clóris e Campo Alegre. Esse cruzamento é
um importante local de passagem dessas
regiões para o centro da cidade. Por ele trafegam 100 mil veículos e 6.250 ônibus por dia,
com cerca de 400 mil passageiros/dia.
A mudança já é nítida e a cada semana
que se passa por esses locais novos trechos
são alterados e criados, além das mais diversas intervenções e mudanças de trânsito para
as adequações necessárias. Podemos dizer
que as obras de duplicação estão bem avançadas e devem ser entregues no prazo.
Há seis meses a Prefeitura realiza intervenções na Rua Monte Castelo para construção do viaduto sobre a avenida. Serão 130
metros de extensão e 8,8 metros de largura. O
objetivo é eliminar a interseção entre a rua e a
via para agilizar o deslocamento entre os
bairros Santa Branca e Itapoã. O conjunto de
intervenções no local prevê também a construção de um viaduto na Avenida Montese, com
fluxo inverso ao da Rua Monte Castelo, a fim de
melhorar o tráfego nas interseções com a D.
Pedro I, como explica o Secretário Municipal da
Regional Pampulha, Humberto Pereira de
Abreu Júnior: “O início das obras está previsto
para outubro. A pessoa que vier de Venda Nova
poderá fazer um retorno no viaduto através de
uma pista lateral. Se estiver no sentido contrário, poderá fazer o inverso”. Na obra da Monte
Castelo a fundação já foi finalizada e a previsão de término é dezembro deste ano. “Já
estamos construindo o viaduto, onde subimos
os pilares. Será um alça de mão única do
Itapoã para o Santa Branca”, explica.
Obras do novo viaduto da Pedro I com Portugal estão adiantadas e dão uma nova “cara” à
Barragem da Pampulha, que já conta com as pistas exclusivas do BRT
Demolição do Viaduto da Portugal
Humberto Pereira conta ainda que a obra
da Avenida Portugal está bem avançada. O
atual viaduto será demolido para criar uma
nova e dupla alça. “A demolição do viaduto está
programada para a segunda quinzena de
outubro. Nós só vamos demoli-lo depois de
fazermos uma alça nova, pois assim adequaremos o trânsito de quem vem do Jardim Atlântico e do Céu Azul”, explica. Ele destaca o tama-
nho e a importância da obra: “Será um vão livre
de 52 metros, pois teremos uma ciclovia da
Vilarinho até a Barragem da Pampulha, ou seja,
um novo viaduto no lugar do antigo. O vão de
passagem futuro será o dobro do atual. O
viaduto da Portugal será em sentido de mão
única para quem vier do São Bernardo para o
Céu Azul. Quem vier da outra direção pegará
uma alça que saíra no Clube Labareda”. Antes
da demolição haverá adequação do trânsito
para a criação dos desvios, e, em seguida, a
demolição.
Segundo Humberto Pereira, todas essas
obras estarão finalizadas em junho de 2013.
“Todo o complexo da Pedro I tem que estar
pronto antes do começo da Copa das Confederações. Temos previsto ainda viadutos de
ligação entre as avenidas General Olímpio
Mourão Filho e João Samaha, no São João
Batista; outro na altura da Vila Olímpica; além
da imensa intervenção na Avenida Vilarinho,
que unirá a Pedro I com o metrô e o BHBus. A
obra já começou. Desapropriamos todo o lado
esquerdo, sentido Venda Nova, até a Olimpio
Mourão Filho. A partir desse ponto, o lado
direito será desapropriado. Tudo aquilo vai virar
um grande complexo que mudará a capital.
Faltará apenas a Estação BHBus Pampulha,
que em breve entrará em licitação”.
Muito solicitado pelos moradores e
comerciantes da região, o nó diário no trânsito
da Avenida General Olímpio Mourão Filho está
nesse “pacote” de obras e tem seus dias
contados. Um viaduto irá cortar a Avenida
Pedro I e fará a ponte entre o Planalto e o São
João Batista, sem a utilização de semáforos.
Para Humberto Pereira, a obra é fundamental para as necessárias melhorias no
trânsito da cidade. “Essas mudanças certamente irão melhorar muito a vida da população, pois é o portal de distribuição do trânsito
de BH. Só com essa primeira etapa da obra o
motorista já ganha mais ou menos 25 minutos
para se deslocar até o centro. Temos que
pensar em BH como São Paulo, por causa do
grande volume de carros que a indústria
automobilística coloca na rua”, enaltece.
Mais mudanças
Estão previstas outras intervenções além
da Pedro I, mas que estão diretamente ligadas
à via, com o objetivo de transformar o trânsito
da região. Fazendo parte do projeto, a população vai receber, também, no final de 2013, a
Estação BHBus Pampulha, que tem como
objetivo atender em horário de pico cerca de
15 mil moradores dos bairros da região Norte e
Pampulha. A estação será o ponto e a conexão
desses bairros com o Sistema BRT (Bus Rapid
Transit ou Transporte Rápido por Ônibus),
integrando os ônibus na interseção das avenidas Portugal e Dom Pedro I.
As expectativas de melhorias são grandes
por parte de toda a população da região. Os
transtornos e retenções no trânsito estão
tirando todos do sério e são muitas as reclamações, mas certamente tudo isso está acontecendo por um bom motivo, pois esperamos que
essas obras resolvam os principais problemas
de trânsito ao longo das vias citadas. Resta
paciência para conferirmos o resultado final de
todas essas grandes intervenções. (João Paulo
Dornas e Fabily Rodrigues)
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Castelo: um bairro novo, planejado e em