ESTUDO DA BIODIVERSIDADE POR MEIO DE AQUARIOS COMO
MODELO NO ENSINO DE BIOLOGIA/PIBID/UEL
João Daniel Ferraz UEL PIBID Bolsista
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Vinicius Popolin UEL PIBID Bolsista
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Leandro Rossini UEL PIBID Bolsista
[email protected]
Vera L. Bahl de Oliveira UEL Coord PIBID
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Geni Zafalon Supervisora PIBID
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RESUMO
O presente trabalho foi organizado como resultado das ações dos Bolsistas PIBID de
Biologia responsáveis em desenvolver temas da atualidade para alunos do terceiro
ano do Ensino Médio de uma escola Pública de Londrina. As atividades curriculares do
PIBID foram programadas para duas vezes por semana em horário de contra turno, na
qual desenvolvemos atividades complementares ao conteúdo curricular da série em
questão. Entre as dificuldades de aprendizagem dos alunos do ensino médio é
possível constatar que estes não relacionam/transpõe os conhecimentos aprendidos
na escola a sua vida cotidiana. Este aspecto nos motivou a introduzir um modelo de
ensino já existente na escola, mas que precisava ser explorado como motivador da
aprendizagem. Nas observações que realizamos em aulas da professora da escola
ficou evidente que os alunos resistem aos recursos didáticos (livros, quadro de giz)
entre outros por considerar estes insuficientes para compreenderem os diferentes
termos da Biologia. Resolvemos assim, optar pela produção dos aquários como
material didático para dar mais significado aos conteúdos de Biologia. A temática
escolhida para ser explorada nos aquários foi sobre a Biodiversidade. A produção de
cinco espaços diferentes em cada um dos aquários permitiu estabelecer diálogos com
os alunos, bem como permitiu que estes compreendessem melhor os aspectos
relativos a questões ambientais.
Palavras Chave: Aprendizagem, Ensino, Biodiversidade.
1. INTRODUÇÃO
Uma das grandes questões, no ensino da Biologia tanto nas escolas do
Ensino Básico como no Ensino Superior tem sido as questões relacionadas a
metodologias
de
ensino.
Os
documentos
oficiais
apontam
para
encaminhamentos que podem ser adotados nas diferentes realidades e
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espaços de trabalho (BRASIL, 2002). No entanto, as escolas acham-se
organizadas com salas e carteiras enfileiradas como espaço suficiente para
acontecer o ensino. Algumas escolas possuem outros espaços: como
laboratórios, bibliotecas, cantinas, áreas externas para atividades não formais.
Algumas escolas não dispõem de laboratório, e mesmo os que têm, muitas
vezes pela quantidade de aulas insuficiente não desenvolvem atividades
práticas. Assim, muitas vezes, o único contato prático com animais, plantas,
seres microscópicos e a atividade que os seres vivos exercem na natureza são
apresentados apenas por fotos, vídeos ou descrições.
Como incentivo a melhorar a qualidade do ensino, algumas escolas
receberam dos governos, materiais específicos vidrarias e aquários grandes e
pequenos para que algumas atividades relacionadas ao estudo do Meio
Ambiente, pudessem ser abordadas com modelos que reproduzissem
situações do espaço físico onde estes estão inseridos. No entanto, como estes
materiais não vieram acompanhados de nenhum roteiro ou sugestão de como
explorar este
material,
permaneciam
guardados na
escola.
Assim,
aproveitando o material existente e a necessidade de desenvolvermos
atividades de ensino mais adequadas a realidade dos alunos elaboramos
roteiros com encaminhamentos de passo a passo sobre como montar um
ambiente tanto com agua (aquários) como ambientes sem a presença desta
(terrários), simulando espaços do ambiente e sua biodiversidade.
Nos roteiros foram desenvolvidas orientações mescladas com as
especificidades dos conteúdos da Biologia necessários ao equilíbrio do espaço
(Ambiente). Foram também introduzidas variáveis nos procedimentos dos
roteiros para desenvolver com os alunos problematizações.
Ainda, para favorecer a melhor compreensão dos elementos que
compõem um ambiente e as alterações que podem ocorrer face a interferência
do Homem foram selecionados diferentes espaços representativos de
diferentes lugares do planeta.
No processo de ensino negar a educação científica deixando de produzir
atividades práticas aos alunos de escolas públicas é apostar numa sociedade
de meros consumidores de fatos disseminados na sociedade que nem sempre
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se configuram como científicos (DELIZOICOV, 2002). Nos aquários pode-se
discutir questões com os alunos relacionados aos aspectos de degradação
ambiental com exemplos básicos e próximos ao seu espaço ambiental
Pensamos assim, em mudar essa situação, já que o colégio dispunha de um
grande laboratório com material disponível, dimensionamos algumas etapas
para desenvolver as ações e tornar mais dinâmico o ensino de temas
relacionados a Biodiversidade.
PASSO A PASSO CONSTRUINDO CONHECIMENTOS
A temática da Biodiversidade encontra-se entre os conteúdos de biologia do
ensino médio, recebe pouca atenção em relação aos outros assuntos. Este
tema é trabalhado no 3º ano do colégio estadual Vicente Rijo. Percebendo que
este tema recebia pouca abordagem e a disposição que o colégio tinha para a
preparação do projeto de representação de ecossistemas aquáticos em
aquários era suficiente, iniciamos então o projeto. Foram montados sete
aquários, representando os ecossistemas naturais: Chinês, Asiático, Bacia
Amazônica (riacho), Bacia Amazônica (rio), Manguezal, Lagoa da América
Central e Lago Africano, além de um paludário com plantas epífitas e peixes
que respiram fora d’água. Cada aquário recebeu plantas e peixes de acordo
com seu ecossistema, para que não houvesse perda da característica dos
mesmos.
Manter as mesmas espécies de um ecossistema favorece a
manutenção das características bióticas e abióticas deste meio, a convivência
dos seres se torna mais estável e a manutenção mais fácil. Os modelos
montados serviram de instrumento para o desenvolvimento de outras oficinas
sobre ecologia e biodiversidade ministradas no colégio durante o período do
contra turno. Para oferecer maior suporte aos conteúdos discutidos nas
atividades práticas propostas, foram preparados textos e apresentados nas
aulas teóricas. Foi possível avaliar nos alunos maior interesse e maior atenção
nas atividades práticas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os diferentes conteúdos da Biologia abordam ‘conhecimentos’ que necessitam
ser contextualizados para promovem uma aprendizagem significativa, assim há
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uma necessidade urgente da inserção de recursos de ensino que motivem os
alunos a participar da construção destes conhecimentos.
As atividades
teóricas e as práticas com a participação dos alunos podem favorecer uma
maior compreensão dos alunos sobre os fenômenos e processos que
acontecem na Natureza; os aquários as discussões sobre os elementos que
compõem o mesmo, as formas vivas e não vivas favoreceram a maior retenção
dos conhecimentos com estilo de uma aula prática.
A melhoria do ensino não depende apenas de propostas bem
elaboradas, ou de materiais didáticos sofisticados; mas da mudança de
aspectos básicos, como o envolvimento dos alunos. Os alunos não apenas
montaram os aquários com orientação dos bolsistas, mas estes tiveram que
assumir a função de manutenção dos recursos. Tiveram que montar relatórios
e buscar soluções imediatas para a manutenção do material (aquários) estes
necessitaram de um tempo de assimilação e reflexão para avaliar as
possibilidades de execução das atividades. Muitas vezes, a proposta foi diluída
para que as porções pudessem ser absorvidas (concretizadas em ações).
Precisaram também de apoio do professor em diversas instâncias para não
comprometerem os ambientes.
As mudanças no Ensino Médio não podem, portanto, acontecer por
imposição ou por simples desejo. Elas requerem tempo, reflexão sobre o que
se propõem e condições necessárias à sua execução.
O ensino de Biologia desenvolvido dessa maneira pode contribuir com a
motivação
e
com
a
compreensão
dos
conteúdos
relacionados
ao
desenvolvimento da ciência.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica
Parâmetros curriculares nacionais mais para o ensino médio: ciências da
natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília, 2002.
DELIZOICOV, D. Ensino de ciências: fundamentos e métodos. São Paulo:
Cortez, 2002.
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