Semiologia do sistema nervoso
Sistema Nervoso
O processo mental é um conjunto de funções psíquicas e psicofisiológicas
do cérebro que envolve atividades de cognição, volição e afeto.
Cognição é um processo intelectual inerente à condição Humana.
É a capacidade racional de apreender e organizar dados.
Volição significa vontade, voluntária ou involuntária
Afeto representa a capacidade de relacionamento com o outro.
A avaliação da cognição é realizada pela entrevista quando se verifica
o nível de consciência e também aplica-se alguns testes simples para
verificar como está se processando o seu pensamento, raciocínio e
memória.
Dados na anamnese
 Sinais e sintomas: cefaléia, tontura, síncope,
diplopia, paralisia, limitações das atividades da vida
diária e social,...
 Data do início da doença e sua evolução cronológica:
súbita (AVC, trauma); lenta e insidiosa (tumores,
doença de Parkinson,...)
 Exames e tratamentos anteriores
Sinais e sintomas mais comuns
Cefaléia:
 de tensão – dor compressiva – reg.frontal, têmporas
e nuca. Estresse emocional ou físico
 Hipertensiva- dor occipital insidiosa em fisgadas
 Vascular(enxaqueca)
 Febril – dor latejante, frontal, occipital ou
generalizada
 das meningites –dor súbita generalizada + rigidez de
nuca e fotofobia
 na hemorragia subaracnóide – súbita, reg.occipital –
generalizada. Perda da consciência, vômitos e
rigidez de nuca.
Sinais e sintomas mais comuns
 Hipertermia
 Hipertensão intracraniana – emergência,
compressão da massa encefálica, redução da
circulação e edema. Causas: trauma, AVC, tumor,
lesões inflamatórias cervicais. SS: alt. nível de
consciência, letargia, agitação, sonolência,
náuseas e vômitos em jato, alt. pupilares,
hipertensão arterial e bradicardia.
Sinais e sintomas mais comuns
Alteração do padrão respiratório:
 Respiração de Cheyne-stokes – ciclos de períodos
de hiperventilação c/ redução progressiva da
amplitude até apnéia.lesão porção alta do tronco,
estruturas hemisféricas profundas.
 Hiperventilação neurogênica central – respirações
profundas, irregulares e rápidas, expiração
forçada. Comas profundos c/ lesões no
mesencéfalo ou ponte
Sinais e sintomas mais comuns
Alteração do padrão respiratório:
 Respiração apnêustica- espasmos inspiratórios
prolongados seguidos de apnéia, lesão do tronco
cerebral ao nível da ponte
 Respiração atáxica- ritmo caótico, dist. dos centros
bulbares, precede a apnéia.
 Depressão respiratória- freqüência e amplitude
diminuídas, em geral por drogas
 Hiperventilação – respiração de Kussmaul - comas
metabólicas +acidose
Sinais e sintomas mais comuns
 Convulsão – forma mais freqüente da
manifestação epilética. Perda da consciência
seguida de contrações musculares bruscas,
repetidas e simétricas. Pode haver micção e
evacuação involuntárias, trismo com mordedura da
língua e sialorréia.
O NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
SISTEMA RETÍCULO-TALÂMICO
VIGÍLIA
OBNUBILAÇÃO
AVALIAR:
PERCEPTIVIDADE
REATIVIDADE
TORPOR
DEGLUTIÇÃO
COMA
REFLEXOS
AVALIAR PELA
ESCALA DE GLASGOW
DETERMINAR CONSCIÊNCIA
Testar Responsividade
• Exame Primário através do método
A.V.D.I.
• Avaliação Neurológica pela escala de
Coma de Glasgow
Exame primário
 A - ALERTA
 V - RESPONDE A ESTÍMULOS
VERBAIS
 D - RESPONDE A DOR
 I - INCONSCIENTE
Estímulos dolorosos
LEVE: COMPRESSÃO NA
BASE DA UNHA
MODERADA: MÚSCULO
PROFUNDA: OSSO DO
ESTERNO
ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
 ALERTA: paciente abre os olhos, olha e responde de forma




correta e apropriada aos estímulos.
LETÁRGICO: paciente aparenta sonolência, abre os olhos,
olha e ocorre resposta lenta e coerente aos estímulos tátil e
verbal, torna a dormir.
OBNUBILADO: requer estímulo sensorial mais profundo,
abre os olhos, olha, sendo obtida uma resposta lenta,
podendo mostrar-se confuso diante de questões complexas.
TORPOR ou Esturpor: paciente desperta somente após
estímulos dolorosos, apresenta resposta ao estímulo
sensorial, voltando ao estado inicial após cessar o estímulo.
COMA: não apresenta abertura ocular sob quaisquer
estímulos, porém pode apresentar respostas do tipo
movimentos inespecíficos ou posturas patológicas
(descorticação/ descerebração).
Coma
 Estado clínico de inconsciência no qual o paciente
não está ciente de si mesmo ou do ambiente por
períodos prolongados
 Os graus mais profundos – comuns nas lesões de
ponte e tronco cerebral inferior c/ reflexos
pupilares, corneanos e de deglutição abolidos
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
PARÂMETRO
ELEMENTO
ABERTURA DOS OLHOS
MELHOR RESPOSTA VERBAL
RESPOSTA MOTORA
ESCORE
ESPONTÂNEA
À FALA
À DOR
AUSENTE
4
3
2
1
ORIENTADA
CONFUSA
INAPROPRIADA
INCOMPREENSÍVEL
AUSENTE
5
4
3
2
1
OBEDECE AOS COMANDOS
LOCALIZA A DOR
RETIRADA DA DOR
FLEXÃO A DOR (decorticação)
EXTENSÃO A DOR (descerebração)
AUSENTE
6
5
4
3
2
1
DESCORTICAÇÃO
DESCEREBRAÇÃO
ESCALA DE COMA GLASGOW
 15 – normal
 13 a 14 – lesão cerebral mínima
 9 a 12 – lesão cerebral moderada
 3 a 8 – lesão cerebral grave (intubação)
 3 – coma profundo ou morte cerebral
Não pode ser aplicado em paciente com sedação
EXAME NEUROLÓGICO
O EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO É REALIZADO A
PARTIR DA ANÁLISE DE CINCO SEGMENTOS:
FUNÇÃO CEREBRAL
NERVOS CRANIANOS
FUNÇÃO MOTORA
PERCEPÇÃO SENSORIAL
REFLEXOS
Técnicas de inspeção,
palpação e percussão
Função cerebral
Verifica-se a coerência de suas respostas em relação à:
orientação no tempo e no espaço
 Onde mora
 Qual o dia da semana
 Sabe onde está
 Técnica questionável. (pacientes impedidos de se
expressar, presença de delirium, e demência)
Cognição
Testes simples para avaliar atenção, pensamento,
raciocínio e memória:
 Cálculos.
 Soletrar palavras
 Contar de dez a zero
 Falar três nomes e pedir que repita
 Onde estudou...
 Sempre levar em consideração alterações previas
(visuais, auditivas, função mental da pessoa idosa,
padrão cultural e social...)
Neuropsicológico
Mini-mental
 Orientação
 Registro de dados
 Atenção e cálculo
 Memória
 Linguagem
 Nomeação
 Repetição
 Compreensão
 Leitura
 Escrita
Alterações da linguagem:
 Disartria
Consiste na dificuldade de articular as palavras,
normalmente resultante de paresia, paralisia ou ataxia dos
músculos que intervêm nesta articulação.
A perturbação é mais acentuada quando se trata de pronunciar
as consoantes labiais e linguais, as quais são omitidas ao
dizer as palavras, ou a pessoa titubeia ao pronunciá-las. A
alteração torna-se mais evidente quando se utilizam as frases
de prova, como, por exemplo, pedindo ao paciente que
pronuncie "sou caricaturista, vou caricaturar-me no
caricaturista", ou "artilheiro de artilharia“.
Alterações da linguagem:
 Dislalia
Consiste na má pronúncia das palavras, seja omitindo
ou acrescentando fonemas, trocando um fonema por
outro ou ainda distorcendo-os. A falha na emissão
das palavras pode ainda ocorrer em nível de fonemas
ou de sílabas. Assim sendo, os sintomas da
dislalia consistem em omissão, substituição
ou deformação os fonemas.
Alterações da linguagem:
 Afasia
É uma perda na capacidade lingüística, em diferentes
graus de severidade, em conseqüência de lesão cerebral
comprovada.
 Disfasia
Caracteriza pela dificuldade em falar. Dependendo do
local do cérebro afetado a fala pode permanecer
conservada, mas se torna absolutamente incoerente e sem
sentido. Outras vezes ocorre completa falta de compreensão
estando as falas preservadas, fluentes, mas desconexas.
Tais distúrbios ocorrem principalmente nos acidentes
vasculares cerebrais podendo ser transitórios.
Nervo craniano
Função
I-OLFATÓRIO
sensitiva
Percepção do olfato.
II-ÓPTICO
sensitiva
Percepção visual.
III-OCULOMOTOR
motora
Controle da movimentação do globo ocular, da pupila e do cristalino.
IV-TROCLEAR
motora
Controle da movimentação do globo ocular.
V-TRIGÊMEO
mista
Controle dos movimentos da mastigação (ramo motor);
Percepções sensoriais da face, seios da face e dentes (ramo sensorial).
VI-ABDUCENTE
motora
Controle da movimentação do globo ocular.
VII-FACIAL
mista
Controle dos músculos faciais – mímica facial (ramo motor);
Percepção gustativa no terço anterior da língua (ramo sensorial).
VIII-VESTÍBULO-COCLEAR
sensitiva
Percepção postural originária do labirinto (ramo vestibular);
Percepção auditiva (ramo coclear).
IX-GLOSSOFARÍNGEO
mista
Percepção gustativa no terço posterior da língua, percepções sensoriais da
faringe, laringe e palato.
X-VAGO
mista
Percepções sensoriais da orelha, faringe, laringe, tórax e vísceras.
Inervação das vísceras torácicas e abdominais.
XI-ACESSÓRIO
motora
Controle motor da faringe, laringe, palato, dos músculos
esternoclidomastóideo e trapézio.
XII-HIPOGLOSSO
motora
Controle dos músculos da faringe, da laringe e da língua.
PERCEPÇÃO SENSORIAL
 DOLOROSA
 TÁTIL
 TÉRMICA
SENSIBILIDADE SUPERFICIAL
 TÁTIL
 TÉRMICA
 DOLOROSA
DOLOROSO
DISCRIMINAÇÃO
ENTRE 2 PONTOS
ACHADOS
NORMAL
HIPOESTESIA
ANESTESIA
HIPERESTESIA
TÁTIL
DOLOROSO
FUNÇÃO MOTORA
É REALIZADA ATRAVÉS DE PROVAS
ESPECÍFICAS:
LEWINSON
BRUDZINSKI SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA
LASÉGUE
KERNING
ROMBERG
DEDO NO NARIZ
PROVAS E MANOBRAS
LEWINSON
A manobra será
positiva, quando o
cliente não
conseguir tocar o
mento no tórax
BRUDZINSKI
A manobra será
positiva, quando o
cliente apresentar
flexão da coxa, ao
fletir passivamente
a nuca
EXAME DA COLUNA LOMBO-SACRA
PROVA DE KERNIG (PRIMEIRO
MOMENTO)
A manobra será positiva,
quando o cliente referir dor
intensa ao iniciar a flexão da
coxa
PROVA DE KERNIG (SEGUNDO
MOMENTO)
COLUNA LOMBRO-SACRA
PROVA DE LASÈGUE
A PROVA SERÁ POSITIVA QUANDO
O CLIENTE RELATAR DOR NO
SEGMENTO DA COXA (LASEGUE) E
AO LONGO DA COLUNA, EM
DESCARGA ELÉTRICA (PATRICK).
PROVA DE PATRICK
EQUILÍBRIO DINÂMICO
ESTUDO DAS DISBASIAS
MARCHA
DISBASIAS SÃO ALTERAÇÕES DA MARCHA. NO
EXAME, PEDE-SE AO CLIENTE PARA CAMINHAR
PARA FRENTE E PARA TRÁS, OBSERVANDO
COMO ESTA MARCHA OCORRE.
PARKINSONIANA
CEREBELAR
VESTIBULAR
PARKINSON
LESÃO DO CEREBELO
LESÃO VESTIBULAR
LESÃO AP. LOCOMOTOR
CLAUDICANTE
INS. ART. PERIFÉRICA
EQUILÍBRIO ESTÁTICO
PROVA DE ROMBERG
E POSSÍVEIS LESÕES
VESTIBULAR
QUEDA PARA O
MESMO LADO
SEMPRE
LESÃO VESTIBULAR
DISTASIA
DIFICULDADE EM
PERMANECER DE PÉ
LESÃO CEREBELAR
CODORNAL
A manobra será
positiva, quando o
cliente perder o
equilíbrio
QUEDA PARA
QUALQUER LADO
LESÃO EM VIA
PROPRIOCEPTIVA
AVALIANDO A FORÇA MUSCULAR
PROVAS DE RESISTÊNCIA
AVALIANDO A FORÇA MUSCULAR
PROVAS CONTRA - RESISTÊNCIA
SOLICITE AO CLIENTE PARA REALIZAR MOVIMENTOS CONTRA A
RESISTÊNCIA OFERECIDA PELO ENFERMEIRO.
PROVAS DEFICITÁRIAS
 DEVERÃO SER UTILIZADAS EM CASOS DE
DISCRETA OU DUVIDOSA DEFICIÊNCIA
MOTORA;
 COMPLEMENTAM
A
AVALIAÇÃO
DA
FORÇA
MUSCULAR
CONTRARESISTÊNCIA;
FORÇA NORMAL
DISCRETAMENTE
RESULTADOS
DIMINUIDA
MODERADAMENTE
MUITO
ABOLIDA
Avaliação motora
 Podemos usar o estimulo verbal ou sensorial (doloroso).
 Como resposta podemos ter: força normal, paresia discreta ou acentuada e






posturas patológicas, como descorticação (flexão) e descerebração (extensão) e
ausência de resposta.
Força normal= consegue sustentar os membros durante 2 minutos.
Paresia= redução de força, não consegue manter os membros estendidos
durante 2 minutos.
Plegia= perda de força, não consegue erguer o membro.
Decorticação= quando estimulado, flete e prona os menbros superiores e
estende e supina os inferiores, demonstrando uma disfunção subcortical.
Descerebração= quando estimulado, estende e prona os membros superiores e
inferiores, o que representa uma disfunção do tronco encefálico acima do
bulbo.
Ausência de resposta= lesão bulbar.
**Parestesia – sensações anormais, formigamento, redução da sensibilidade
AVALIANDO O TONO MUSCULAR
 O TONO MUSCULAR É AVALIADO UTILIZANDO-SE A
INSPEÇÃO E A PALPAÇÃO DE MASSAS MUSCULARES.
O
TONO
PODERÁ
ESTAR
AUMENTADO
OU
DIMINUIDO.
NO
CLIENTE
ACAMADO,
ESTANDO O TONO DIMINUÍDO,
HAVERÁ O ACHATAMENTO DE
MASSAS MUSCULARES SOBRE A
SUPERFÍCIE DO COLCHÃO. ISSO
NÃO ACONTECE QUANDO O TONO
ESTIVER PRESERVADO.
NO
TONO
AUMENTADO,
A
PALPAÇÃO DA MASSA MUSCULAR
ENCONTRARÁ
CERTA
RESISTÊNCIA,
ALTERAÇÃO DO TONO
HIPOTONIA
OBSERVA-SE
ACHATAMENTO MUSCULAR
NO PLANO DO LEITO;
 DIMINUIÇÃO DA
CONSISTÊNCIA MUSCULAR;
 EXTENSIBILIDADE
AUMENTADA;
 EXAGERADA OSCILAÇÃO.

PRESENTE
 LESÃO CEREBELAR
 COMA PROFUNDO
HIPERTONIA
 CONSISTÊNCIA AUMENTADA;
 PASSIVIDADE DIMINUIDA;
 EXTENSIBILIDADE DIMINUIDA;
 REDUZIDA OSCILAÇÃO.
PRESENTE

LESÃO PIRAMIDAL (HEMIPLEGIA)
(ESPASTICA/ELÁSTICA)

LESÃO EXTRAPIRAMIDAL (PARKINSON)
(RIGIDEZ)
COORDENAÇÃO MOTORA
A COORDENAÇÃO
MOTORA
DEPENDE DA
PRESERVAÇÃO
DA INTEGRAÇÃO
E INTEGRIDADE
DE:
AVALIAÇÃO
CEREBELO
SENSIBILIDADE
PROPRIOCEPTIVA
QUANDO HOUVER
COMPROMETIMENTO
OCORRERÁ
CHAMAMOS
DE
ATAXIA
A
PERDA
DA
COORDENAÇÃO
MOTORA, SEJA POR DISFUNÇÃO
CEREBELAR,
SENSITIVA
OU
MISTA.
ATAXIAS
CEREBELAR
SENSITIVA
MISTA
Prova do dedo-nariz ??
PROVA DEDO-NARIZ
EXAME DOS REFLEXOS
REFLEXO É A RESPOSTA DO ORGANISMO A UM
ESTÍMULO DE QUALQUER NATUREZA. SEU
ESTUDO PERMITE IDENTIFICAR AS
ALTERAÇÕES TOPOGRÁFICAS.
 A REAÇÃO PODERÁ SER MOTORA OU
SECRETORA.
 CLASSIFICAM-SE EM: SUPERFICIAIS,
PROFUNDOS E VISCEROCEPTIVOS, DE
AUTOMATISMO OU DEFESA.
REFLEXOS SUPERFICIAIS
CUTÂNEO PLANTAR
BABINSKI
É realizada pelo estímulo na região plantar, com
início na região do calcâneo, passando pela
lateral externa plantar, indo até a região
anterior.
•A resposta fisiológica é a flexão do hálux e dos
outros pododáctilos=Reflexo cutaneoplantar
normal.
•Quando não ocorre resposta = Reflexo
cutaneoplantar indiferente.
•Quando ocorre extensão plantar do
hálux, podendo haver abertura em leque
dos outros pododáctilos= Sinal de
Babinski.
•Pode indicar lesão do sistema nervoso
piramidal. Pode ser fisiológico em crianças
menores de 2 anos.
SEMIOTÉCNICA
TRICEPTAL
ESTILORADIAL
PATELAR
AQUILEU
FLEXOR COMUM
Reflexos do tronco cerebral
Avaliação da pupila
 É a chave da abordagem do enfermeiro ao paciente neurológico à beira
leito.
 Deve ser realizada com o auxilio de uma fonte de luz direcionada
lateralmente à pupila.
 O quarto deve ser escuro e para a realização deve-se obedecer a um
intervalo de 20 segundos.
 Deve ser solicitado que o paciente abra os olhos, caso não ocorra abrir
gentilmente.
 Inspecionar cada pupila quanto ao:
 TAMANHO: o diâmetro no adulto varia entre 3 e 4mm. Com o avançar
da idade tende a diminuir fisiologicamente.
 SIMETRIA: comparar ambas as pupilas para avaliar a presença de
isocoria (diâmetro igual) ou anisocoria (diâmetro diferente).
 FORMA: redonda ou discóica, quando perde o formato arredondado.
REAÇÃO à LUZ – reflexo fotomotor
 Sinal positivo quando é reagente à
luz
 Sinal negativo quando não reage.
 As pupilas mostram-se reagentes
nos distúrbios metabólicos,
portanto a reação ou não à luz pode
ajudar a distinguir o coma de
origem neurológica do coma
secundário a distúrbios
metabólicos.
 OBS: 15% da população são
fisiologicamente anisocóricos porém
reagem à luz.
Tamanho da
Pupila
Resposta ao
estímulo
luminoso
Princípios Gerais
Alteração
Local da lesão
estrutural
Causas
metabólicas
Reativas
Pupilas normais
Nenhuma
Nenhuma
Reativas
Pupilas pontinas
(puntiformes)
Ponte (lesão das vias
simpáticas
descendentes)
Opiáceos
Reativas
Miose bilateral
Cerebral disfuso;
diencéfalo (hipotálamo;
hemorragtia talâmica)
Encefalopatia
metabólica
Anóxia (fase inicial)
Não reativas
Pupilas médio-fixas
(4-5 mm de diâmetro)
Mesencéfalo (lesão
tanto de vias simpáticas
como parassimpáticas)
Glutetimida
Não reativas
Pupilas tectais
(5-8 mm de diâmetro)
Tecto mesencefálico
Anticolinérgicos
Parada cardíaca
Reativas
Miose unilateral
Não reativa
Midríase paralítica
unilateral
Trato simpático
Núcleo
reativas
reativas
isocóricas e não reativas
isocóricas e não reativas
isocóricas e reativas
reativas
REFLEXO OCULOCEFÁLICO
(olhos de
boneca)
A avaliação do reflexo oculocefálico pode ser
realizada nos sentidos horizontal e vertical.
Esse reflexo avalia ponte e mesencéfalo.
 Deve ser utilizada em pacientes
inconscientes e sem suspeita de lesão
cervical.
 Segurar a cabeça do paciente e manter os
olhos abertos.
 Girar a cabeça do paciente para um dos
lados e observar o movimento dos olhos em
direção contrária ( se giramos a cabeça para
o lado esquerdo, os olhos giram para o lado
direito) , o que significa que o tronco está
preservado.
 No sentido vertical também ocorre
movimento conjugado do olhar para o lado
oposto ao movimento cefálico ( se levarmos
a cabeça para baixo, ocorre desvio
conjugado do olhar para cima).
REFLEXO OCULOVESTIBULAR
 Estimula-se o labirinto pela injeção de água fria (50ml a
4°C) no conduto auditivo externo, em um tempo médio de
40 segundos, que entra em contato com a membrana
timpânica e gera uma resposta ocular. Antes deve-se
comprovar a integridade do tímpano com otoscópio e
remover cerume externo.
 A cabeça é mantida a 30°, os olhos abertos e injetam-se
50ml de água gelada no meato auditivo. Observa-se a
resposta ocular.
 A resposta normal obtida no paciente comatoso é o desvio
dos olhos para o lado estimulado após nistagmo
contralateral.
 Esse reflexo avalia bulbo e mesencéfalo
REFLEXO CORNEOPALPEBRAL
 Estimula-se o quadrante inferior externo da córnea
com uma gaze.
 A resposta normal obtida é o fechamento palpebral
bilateral, assim como o desvio conjugado do olhar
para cima.
 Esse reflexo avalia ponte e mesencéfalo.
Referências adicionais:
 Manejo do TCE - www.scns.com.br/tce.ppt
Intervalo...
Para o descanso!!
Download

Sistema Nervoso - Universidade Castelo Branco