Organização Sete de Setembro de Cultura e Ensino – LTDA Faculdade Sete de Setembro – FASETE Curso de Bacharelado em Administração MAELSON SILVA BRITO OS PARADIGMAS DA RELAÇÃO HIERÁRQUICA NAS INSTITUIÇÕES E AS MELHORIAS PROMOVIDAS POR NOVAS CONCEPÇÕES DE CLIMA ORGANIZACIONAL PAULO AFONSO-BA 2010 MAELSON SILVA BRITO OS PARADIGMAS DA RELAÇÃO HIERÁRQUICA NAS INSTITUIÇÕES E AS MELHORIAS PROMOVIDAS POR NOVAS CONCEPÇÕES DE CLIMA ORGANIZACIONAL Monografia apresentada ao curso de Bacharel em Administração da FASETE, como requisito conclusivo, sob a orientação do professor: Prof. Esp. Renivaldo R. Ferraz. . PAULO AFONSO-BA 2010 MAELSON SILVA BRITO Os paradigmas da relação hierárquica nas instituições e as melhorias promovidas por novas concepções de clima organizacional Monografia submetida ao corpo docente da Faculdade Sete de Setembro, como requisito de conclusão de curso. Sob orientação dos professores: ___________________________________ Prof. Esp. Renivaldo Rodrigues Ferraz ___________________________________ ___________________________________ PAULO AFONSO-BA 2010 Dedico este trabalho primeiramente de uma maneira especial, a Deus onipresente, oniciente, onipotente e tudo pode, e tudo vence, e é por isso que venci. Não poderia deixar de dedicar aos meus pais, Raimundo Ribeiro e Maria de Fátima da Silva, que torceram incondicionalmente para que eu concluísse essa etapa tão importante, e que agora se sentem vitoriosos com a minha vitória. Dedico de forma muito especial a minha digníssima esposa uma mulher incrível e inacreditável que entrou na minha vida mo meio dessa trajetória e só veio a somar nessa luta, sendo paciente e estando sempre disposta a fazer o que fosse preciso para que conseguisse chegar até o fim e, acima de tudo, acreditando no meu potencial o tempo todo. AGRADECIMENTOS Em toda luta que travamos, seja com outras pessoas ou com nós mesmos, sempre contamos com ajudas imprescindíveis para vencermos. Por isso, não posso deixar de agradecer a Deus que tem me guiado todos os dias e me ajudando a vencer cada obstáculo surgido durante nessa trajetória, que foi para mim extremamente difícil, e tenho plena convicção de que sem a ajuda Dele, não teria chegado até aqui. Aos meus pais, que compreenderam minha ausência durante esse período e, mesmo de longe, contribuíram significativamente, me apoiando sempre que precisei, e cofiaram plenamente no meu esforço e capacidade de vencer. E de forma geral agradecer a amigos e familiares que foram suportes indispensáveis neste desafio. Não poderia deixar de agradecer também aos meus colegas de turma, que compartilharam comigo bons e maus momentos, semeando experiências e conhecimentos que levarei comigo sempre. Ao corpo docente, que abriram novos horizontes para o conhecimento, contribuindo significativamente para o meu desenvolvimento. E em especial, agradecer ao meu orientador, que foi de fundamental importância para a conclusão desse trabalho, não me permitindo desistir já no fim do caminho, me fazendo enxergar que era capaz de chegar. “É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota”. Theodore Roosevelt (25° e 26° presidente dos Estados Unidos da América) RESUMO Esta monografia apresenta um estudo acerca da cultura organizacional e das condições de relacionamento interno, entre funcionários de uma agência do Banco Bradesco S/A, no município de Paulo Afonso-BA, assim como, uma avaliação da política de recursos humanos da Organização. De forma exploratória o trabalho avança nas teorias de Administração, Marketing, Planejamento e Recursos Humanos. Seu objetivo geral é identificar as causas que promovem uma melhor relação interna entre os funcionários e as perspectivas de melhorias destas relações. Para tanto realizou um levantamento das características da política de recursos humanos da organização, assim como, descobrir o nível de satisfação dos funcionários quanto ao ambiente e relacionamento interno, também discorreu sobre as necessidades ambientais para promoção da melhoria do clima organizacional na agência, e enfim, apresentou sugestões de intervenção para melhoria do ambiente interno na agência do Bradesco em Paulo Afonso-BA. Para tanto, realizou uma pesquisa de Clima Organizacional, o trabalho conclui relatando os níveis de satisfação dos colaborares do Bradesco nesta cidade, cujos resultados apontam um bom índice de aprovação aos pontos pesquisados. Palavras-chaves: Bradesco; Organização; Cultura Organizacional. ABSTRACT This monograph presents a study of organizational culture and conditions of internal relationships between employees of a branch of Banco Bradesco S / A, in Paulo Afonso, Bahia, Brazil, as well as an assessment of human resources policy of the Organization. In an exploratory work progresses on the theories of Administration, Marketing, Planning and Human Resources. Its main objective is to identify the causes that promote a better relationship between internal employees and prospects for improvement of these relations. This was achieved by a survey of the characteristics of human resources policy of the organization, as well as discover the level of employee satisfaction on environment and internal relationships, also spoke about the need to promote environmental improvement of the organizational climate at the agency, and finally , made suggestions for action to improve the internal environment in the agency's Bradesco Paulo Afonso-BA. , Conducted a survey of organizational climate, the paper concludes by reporting the levels of satisfaction among employees of Bradesco in this city, whose results show a good pass rate for point sources. Keywords: Bradesco, Organization, Organizational Culture ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1. Fatores motivadores, segundo Maslow. .......................................... 31 Quadro 2. Fatores motivadores, segundo Herzberg ........................................ 32 Quadro 3. Fatores higiênicos, segundo Herzberg. ........................................... 33 ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico 01 – Quanto ao sexo............................................................................ 44 Gráfico 1.1 – Estado Civil. ................................................................................ 44 Gráfico 2 – Nível de Escolaridade. ................................................................... 45 Gráfico 3 – Tempo de Serviço. ......................................................................... 46 Gráfico 4 – O cargo e o setor de atuação dos colaboradores. ......................... 46 Gráfico 5 – Nível de envolvimento das pessoas na organização e na respectiva missão. ...................................................................................................... 47 Gráfico 6 – Sistema de avaliação em relação aos objetivos fixados ................ 48 Gráfico 7 – A adequação da organização em face à mudança e à modernização ............................................................................................ 49 Gráfico 8 – A atmosfera de trabalho e a cultura da organização...................... 50 Gráfico 9 –Avaliação do tratamento dado aos funcionários pela organização . 51 Gráfico 10 – Quanto à igualdade de oportunidades e igualdade de tratamento ................................................................................................................... 52 Gráfico 11 – Quanto a oportunidades para desenvolver novas competências 53 Gráfico 12 – Sentimento quanto às expectativas de desenvolvimento da carreira....................................................................................................... 54 Gráfico 13 – Envolvimento em atividades para melhoria profissional .............. 55 Gráfico 14 – Análise de participação em programas de treinamento ............... 56 Gráfico 15 – Satisfação em cumprimento de metas ......................................... 57 Gráfico 16 – Grau de importância no trabalho.................................................. 58 SUMÁRIO 1 NTRODUÇÃO ............................................................................................... 10 1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................. 10 1.2 JUSTIFICATIVA ...................................................................................... 11 1.3 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ................................................................. 13 1.4 OBJETIVO .............................................................................................. 15 1.4.1 Objetivo Geral ................................................................................. 15 1.4.2 Objetivos Específicos..................................................................... 15 2 REFERÊNCIAL TEÓRICO............................................................................ 16 2.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO ...................................... 16 2.1.1 A Hierarquia organizacional .......................................................... 19 2.1.1.1 Organização Formal ...................................................................... 19 2.1.1.2 Organização Linear........................................................................ 20 2.1.1.3 Organização Funcional .................................................................. 21 2.1.1.4 Organização Linha-staff ................................................................. 21 2.2 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ................................................. 23 2.3 CULTURA ORGANIZACIONAL E FATORES MOTIVACIONAIS ............ 26 2.4 ENDOMARKETING ................................................................................ 35 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...................................................... 39 3.1 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS E AMOSTRAGEM ......... 40 3.2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ........................................ 42 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................... 43 5 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ............................................................ 43 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ....................................................... 43 4.2 ESTRATIFICAÇÃO DA AMOSTRA ........................................................ 44 4.3 ANÁLISE DA PESQUISA ........................................................................ 47 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 59 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 62 APÊNDICE - A ................................................................................................. 65 10 CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO 1 INTRODUÇÃO 1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Ser bem atendido é o desejo de todo consumidor. Por muito tempo, este desejo era percebido apenas na intenção de vender um determinado produto ou serviço. Após processada a negociação as próximas etapas deste relacionamento, como verificar a satisfação, as garantias da qualidade do bem adquirido etc., eram ignoradas pela organização, deixando fora as percepções dos colaboradores e as necessidades posteriores dos próprios clientes. Imediatamente reportando-se aos serviços bancários, as mudanças foram muito fortes neste setor. Os bancos foram uma das primeiras organizações a entender que o cliente precisaria ser preservado através de uma relação de confiança. As campanhas publicitárias dos bancos destacavam a segurança patrimonial, solidez contábil, tratamento especial, facilidade de crédito, dentre outros serviços. Enquanto isso, os funcionários se tornaram secundários no cumprimento destas metas, passando muito tempo até que as organizações passassem a investir na capacitação e na qualidade do atendimento (TOLEDO, 1993). Ficou evidente que com a modernização e automação do sistema bancário, os funcionários foram aos poucos sendo substituídos por poderosos computadores e softwares inovadores que aceleravam o atendimento e o cliente passava menos tempo dentro das agências. Contudo, há um reverso nesse sentido, pois a demanda de serviços também aumenta, e com menos funcionários as filas tem aumentado, e junto, as reclamações que, certamente, refletirão na motivação da equipe. Também, é de conhecimento geral que o local de trabalho não pode ser sombrio, como um sacrifício diário, mas ser uma extensão da atividade familiar. Entende-se que tanto o homem, como a mulher que trabalha deseja além de auferir a remuneração, se realizar profissionalmente e se orgulhar do seu esforço e da organização em que produz. Por isso, é cada vez mais explícita a 11 CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO necessidade da organização planejar o ambiente e as propostas que serão ofertadas aos seus colaboradores. Para isso, o marketing que é geralmente trabalhado para conquistar o cliente consumidor, também deve ser utilizado para destacar o empenho da organização em satisfazer necessidades do seu colaborador, para que este responda, não com o pagamento do produto (como faz o consumidor), mas produzindo resultados e consequentemente retribuindo o investimento do seu empregador (GRÖNROOS, 2003). Quanto aos bancos, por muito tempo tem se investido nas relações com os clientes, mas também, foi comum em corporações financeiras manter os seus lucros acima de qualquer sentimento humano, sendo o funcionário apenas uma ferramenta de produção, e não um colaborador do seu desenvolvimento. Os princípios mudaram e hoje os bancos investem em seus funcionários, pois reconhecem ser ele o principal elo entre o produto bancário e o cliente, mesmo com toda inovação tecnológica e distanciamento natural que a tecnologia causa entre os dois (TOLEDO, 1993). Na busca por esta percepção foi realizada uma análise nos meios motivacionais através de uma pesquisa de clima organizacional, de forma a descobrir formas de promover uma melhor relação interna entre os colaboradores, refletindo em ganhos de produtividade e valorização funcional, optando por um estudo de caso na Agência Bradesco Centro de Paulo AfonsoBA. 1.2 JUSTIFICATIVA As dificuldades relacionais do ser humano são muitas, principalmente, no homem moderno, pois a competição pelo espaço social se torna cada vez mais abrangente. A sede pelo emprego (ou manter o emprego) estimulada pelas crises econômicas mundiais tornou o trabalhador mais competitivo e voltado para o seu papel individual. Muito se diz, acerca dos fins aplicados para alcançar o sucesso dentro de uma instituição, principalmente, naquelas onde 12 CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO metas constantes são cobradas, e uma longa escala hierárquica de gerentes, diretores e presidentes se mostram como barreiras. Neste entendimento, a Administração de Recursos Humanos (ARH) vem se tornando uma divisão de extrema relevância dentro da organização, visto que cada vez mais se exige maior eficiência nesta área, não apenas um setor de pessoal, responsável pela folha de pagamento. A administração de pessoas envolve uma série de fatores intrínsecos a todas as áreas da organização, onde existem pessoas, relacionamento interpessoal, trabalho em equipe, clima organizacional e demais ações afins (CHIAVENATO, 2005). Ver-se que dentro do ambiente de trabalho, nas questões da ARH, é onde têm surgido os maiores conflitos nas organizações modernas, questionando-se cada vez mais a eficiência e os custos de operacionalização a partir dos recursos humanos. Neste novo contexto de administração as palavras de ordem passaram a ser: produtividade, qualidade e competitividade (CARVALHO & NASCIMENTO, 1997) O comprometimento das equipes tende a ser instável, visto que varia de acordo com as pessoas, com as normas estabelecidas pela organização, quais as recompensas, qual a cultura organizacional e o nível de motivação dos indivíduos. Os sistemas motivacionais abrangem desde os elogios e desafios propostos pelos gerentes, até a participação dos funcionários no processo decisório, nos lucros ou na propriedade da empresa, passando por benefícios, prêmios, programas de enriquecimento do trabalho e plano de carreira (BERGAMINI, 1997, p.23). A Instituição bancária Bradesco S/A, o segundo maior banco privado do Brasil e um dos maiores e mais sólidos do mundo, promove uma política de Recursos Humanos voltada para a produtividade dos seus colaboradores, melhorando as condições de trabalho, valorização pessoal, plano de carreira e participação de lucros e outras vantagens funcionais (BRADESCO, 2010). Contudo, na visão do autor desta pesquisa, o crescimento do banco tem acirrado a competitividade interna, acreditando-se que estas oportunidades e vontade de 13 CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO crescimento individual venham a prejudicar o clima organizacional, que reflete no conjunto da qualidade de vida do trabalhador. Com o tema “Concepções de cultura organizacional em uma instituição financeira: Banco Bradesco S/A de Paulo Afonso-BA”, o estudo espera proporcionar uma coletânea de teorias aplicadas nas relações bancárias, cliente/empresa, cliente/funcionário, funcionário/empresa, abordando os aspectos administrativos, recursos humanos e o marketing de forma a melhorar as relações internas da organização. Este trabalho de monografia permitiu, ainda, uma franca discussão sobre a política de recursos humanos de uma das maiores empresas do país, mesmo que a partir de uma única agência, dentre 3500 agências espalhadas pelo Brasil. Por sua abrangência permitiu o estudo acerca de Administração de Recurso Humanos, Administração Geral e Clima Organizacional. Mostrou-se oportuna e de relevância para o enriquecimento da formação acadêmica. 1.3 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA O homem como ser social necessita se relacionar com outras pessoas. Foi assim desde os primórdios, seja na visão dos cientistas na evolução das espécies, ou nos religiosos que crêem na criação Divina. Essa necessidade fez com que o homem elaborasse métodos para se comunicar com seus interlocutores, sejam nas relações pessoais ou mesmo organizacionais. Contudo, nas organizações os critérios hierárquicos são um obstáculo a ser ultrapassado através de novos conceitos administrativos e de Recursos Humanos, pois, em muitos casos, a relação na cadeia distributiva de funções dificulta a comunicação entre estes níveis de hierarquia. As relações de trabalho sempre foram temas de ampla discussão no meio administrativo, principalmente, nos setores de recursos humanos. Entende-se que a diversidade de valores culturais individuais e, na maioria dos casos, a competição interna desigual levam o trabalhador a vivenciar uma série de 14 CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO problemáticas que permeiam o ambiente de trabalho. Vão desde a desvalorização de funcionários experientes em detrimento de um novato com formação acadêmica, por exemplo, ou ainda, baixos salários ou uma empresa sem a preocupação de qualificar os seus colaboradores. Pode-se entender que quando um funcionário é reconhecido pelas suas ações, sua capacidade de produção melhora e ainda faz com que os seus companheiros busquem a mesma ascensão dentro da empresa. Na teoria de motivação a partir de uma hierarquia, Herzberg (citado por Chiavenato, 2003, p. 96) aponta a necessidades de auto-realização voltadas para o trabalho em si, a responsabilidade, o progresso e o crescimento, assim como, a necessidade de auto-estima, onde o reconhecimento e o status, como pontos relevantes, valores essenciais para a motivação do trabalhador. De acordo com a Economatica (importante sistema global de análise de ações), o Bradesco está entre os maiores bancos do Brasil, da América Latina e EUA em ativos e negócios (BANCOS, 2010). Com agências bancárias em todos os municípios brasileiros, o Bradesco se considera o banco mais presente no País. Sua trajetória é um marco no empreendedorismo e na economia do Brasil. Entre suas mais de três mil agências, o Bradesco possui no município de Paulo Afonso duas unidades bancárias, atendendo com todos os produtos do banco. Com a marca da sustentabilidade o Bradesco é considerado parte do desenvolvimento desta cidade, com um número considerável de funcionários. Atualmente, de acordo com informações da gerência de recursos humanos do Bradesco, em Paulo Afonso a agência Centro, emprega diretamente 16 (dezesseis) funcionários nas funções de gerentes, caixas e atendentes, além de 9 (nove) colaboradores terceirizados na área de segurança, serviços gerais e corretores de seguro e previdência (BRADESCO (2), 2010). Diante das observações acerca da competitividade interna acrescida pelo crescimento da Organização, onde investimentos são feitos continuadamente na qualificação dos seus colaboradores; entendendo que os relacionamentos entre os funcionários e o ambiente de trabalho podem ser dificultados, 15 CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO buscaram-se respostas através da agência bancária do Banco Bradesco S/A, Centro, em Paulo Afonso-BA, questionando: Como os funcionários do Bradesco, Agência Centro de Paulo Afonso-BA percebem as relações internas no trabalho e quais as perspectivas de melhorias destas relações? 1.4 OBJETIVO 1.4.1 Objetivo Geral Identificar as causas que promovem uma melhor relação interna entre os funcionários e as perspectivas de melhorias destas relações na agência do Banco Bradesco em Paulo Afonso-BA. 1.4.2 Objetivos Específicos Levantar as características da política de recursos humanos do Bradesco quanto ao modelo hierárquico; Descobrir o nível de satisfação dos funcionários quanto ao ambiente e relacionamento interno na agência Bradesco em Paulo Afonso-BA; Discorrer sobre as necessidades ambientais para promoção da melhoria do clima organizacional na agência pesquisada; Apresentar sugestões de intervenção para melhoria do ambiente interno na agência do Bradesco em Paulo Afonso-BA. 16 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO A administração tem seus fundamentos na antiguidade, onde desde os tempos dos faraós é um princípio para organização do trabalho, quando a construção das pirâmides exigia um planejamento técnico e um rigoroso controle hierárquico. Desde então, os fundamentos evoluíram e receberam diversas teorias. Para Chiavenato (2000, p. 11), a “administração é um fenômeno universal no mundo moderno”, de forma que o órgão administrado alcance seus objetivos, mesmo diante de dificuldades, principalmente, aquelas atribuídas aos objetivos a serem alcançados, como o “cenário de concorrência acirrada, tomar decisões, coordenar múltiplas atividades, conduzir pessoas, avaliar o desempenho dirigido a metas, obter e alocar recursos”. Segundo Maximiano (2004), a administração pode ser entendida a partir da evolução dos seus princípios. Do que considerava o trabalhador como uma ferramenta que precisava produzir muito, sendo submetido há longas jornadas de trabalho. No final do século XIX, Frederick Wislow Taylor defendia o princípio da eficiência, onde se “procurava aumentar a eficiência da produção por meio da racionalização do trabalho, para evitar o desperdício e promover a prosperidade dos patrões e dos empregados” (Ibidem, p.54). Sendo a partir da utilização do método de pesquisa para observar onde deveria ser aplicada a melhor eficiência, desenvolveram-se as formas de salários e a diminuir dos custos de produção. Foi Henry Ford, fundador da fábrica de automóveis, FORD, que no início do século XX, idealizou aquilo que seria o principio da linha de montagem, onde cada trabalhador exercia uma só função, mantendo a padronização dos produtos e dando origem ao controle de qualidade. Seu papel no desenvolvimento da Administração moderna foi vital (MAXIMIANO, 2004). 17 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO Contudo, para o francês Henri Fayol, um dos maiores contribuintes para o desenvolvimento do conhecimento administrativo moderno, “a administração é uma atividade comum a todos os empreendimentos humanos (família, negócios, governo), que sempre exigem algum grau de planejamento, organização, comando, coordenação e controle” (MAXIMIANO, 2004, p. 57). Esse princípio pode ser considerado a base de toda administração que se divide e se explica em cada uma das atividades citadas. Porém, Fayol defendeu a teoria de que “a administração é uma função distinta das demais funções, como finanças, produção e distribuição” (MAXIMIANO (2004, p.58). Distinguiu ainda as funções dos gerentes e o papel do dirigente. Onde se destaca a posição do dirigente, que mesmo se referindo a empresa industrial, é um fundamento aplicável a qualquer setor O trabalho do dirigente consiste em tomar decisões, estabelecer metas, definir diretrizes e atribuir responsabilidades aos integrantes da organização, de modo que as atividades de planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar estejam numa seqüência lógica. (MAXIMIANO, 2004, p. 58). Dentro das organizações corporativas este papel de gerenciar está aliado a uma série de cumprimento de metas de produtividade. Tais metas são alinhadas de forma vertical, planejado para que cada núcleo alcance seus objetivos previamente planejados. Dentro da sua teoria, Fayol indica ainda de 14 preposições que sugere serem seguidas para uma administração eficaz: I. Divisão do trabalho, com a designação de tarefas específicas. II. Autoridade e responsabilidade. Observando o direito de mandar e o de sanção, com a recompensa ou punição. III. Disciplina, o respeito aos acordos estabelecidos entre empresa e seus agentes. IV. Unidade de comando, onde cada indivíduo tenha apenas um superior. V. Unidade de direção, um só chefe e um só programa para o conjunto de operações que visam o mesmo objetivo. 18 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO VI. Subordinação do interesse individual ao interesse geral. VII. Remuneração do pessoal, de forma eqüitativa. VIII. Centralização. IX. Cadeia de comando, ou hierarquia. X. Ordem, um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seu lugar. XI. Equidade, o tratamento das pessoas com benevolência e justiça, não excluindo a energia e o rigor quando necessário. XII. Estabilidade do pessoal, a manutenção das equipes como forma de promover se desenvolvimento. XIII. Iniciativa, que faz aumentar o zelo e atividade dos agentes. XIV. Espírito de equipe (MAXIMIANO, 2004). Contrariando Taylor, que defendia a organização a partir das atividades operacionais, Fayol desenhou a organização de cima para baixo, deixando que o dirigente seja o propulsor da “energia” da empresa (MAXIMIANO, 2004). Estas preposições e a visão de Fayol sintetizam o comportamento de uma organização. Mesmo com fundamentos tão sólidos a administração evoluiu desde Fayol, procurando se enquadrar numa necessidade geral da administração, para orientar o trabalho dos executivos de primeiro nível. (MAXIMIANO, 2004) A Administração trata do planejamento, da organização (estruturação), da direção e do controle de todas as atividades diferenciadas pela divisão de trabalho que ocorrem dentro da organização. A Administração é imprescindível para existência, sobrevivência e sucesso das organizações. Sem a Administração, as organizações jamais teriam condições de existir e crescer (CHIAVENATO, 2004, p. 2). Tais princípios postos em prática proporcionam a organização o inicio do processo de mudança, mesmo que isso resulte em medidas duras, algumas vezes. No mundo atual as mudanças acontecem constantemente, e a atração pela novidade faz com que surjam intensamente cobranças por parte dos consumidores às empresas, fazendo com que estas tragam algo inédito ao mercado. A maioria das inovações (introdução de novidade de tal forma a deixar explícito que alguma tecnologia, habilidade ou prática organizacional se 19 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO tornou obsoleta) melhora a qualidade de produtos e serviços, aumenta a eficiência empresarial e, portanto, atrai e acena com a possibilidade de maior universalização do bem-estar (MOTTA, 1997). Segundo Chiavenato (2004, p. 2), “em cada organização, o administrador define estratégias, efetua diagnósticos de situações, dimensiona recursos, planeja sua aplicação, resolve problemas, gera inovação e competitividade”. Assim, é proporcionado a cada integrante, principalmente, nos níveis operacionais a participar mais ativamente dos resultados da organização. Já para Bateman e Snell (1998, p. 33), “uma organização é um sistema administrado projetado e operado para atingir determinado conjuntos de objetivos”. 2.1.1 A Hierarquia organizacional De acordo com Chiavenato (2004), há diversas modelos de organizações que descreve a forma de atuação de cada uma. Estas ainda podem ser privadas, públicas ou de interesse público e social, como as organizações não governamentais (ONGs). Cada uma é organizada conforme a hierarquia administrativa, podendo ser divididas em: Organização Formal, Organização Linear, Organização Funcional, Organização Linha-staff. 2.1.1.1 Organização Formal Esta forma de organização surgiu como característica da Teoria Clássica da Administração, onde seus defensores restringiam aos seus aspectos formais como a divisão do trabalho, especialização, hierarquia, autoridade, responsabilidade, coordenação etc. Na abordagem destes aspectos pelos autores clássicos, a organização formal busca um maior controle e o máximo de eficiência (CHIAVENATO2004). Ainda, segundo Chiavenato (2004, p.155), “a organização formal é a determinação dos padrões de inter-relação entre os órgãos ou cargo, definidos 20 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO logicamente por meio das normas, diretrizes e regulamentos da organização, para o alcance dos objetivos”. Dentro da organização formal, a característica mais importante é o racionalismo, onde seus membros se comportarão de acordo com as normas estabelecidas para cada um deles. 2.1.1.2 Organização Linear Segundo Chiavenato (2004, p.154) a organização linear é a forma estrutural mais simples e mais antiga, com origem na organização dos antigos exércitos e na organização da igreja medieval. Onde a sua principal características é apresentação de “linhas diretas e únicas de autoridade e responsabilidade entre superiores e subordinados. Daí o formato piramidal”. Assim, Chiavenato (2004) detalha as características da organização linear: Autoridade linear e única, onde a autoridade única é absoluta sobre seus subordinados. Cada subordinado reporta-se e recebe ordens unicamente do seu superior Linhas formais de comunicação. As comunicações entre os órgão e cargos seguem sempre as linhas do organograma. Centralização das decisões. Toda autoridade é convergida para a cúpula do organograma, onde a autoridade máxima centraliza as decisões e o controle. Aspecto piramidal. A autoridade centralizadora está no topo da organização e da autoridade linear de cada superior em relação aos seus subordinados. A organização linear apresenta vantagens e desvantagens dos atuais, sobressaindo a estrutura simples e de fácil compreensão; delimitação clara das responsabilidades dos órgãos; facilidade de implantação; estabilidade; e indica este tipo de organização para pequenas empresas (CHIAVENATO, 2004). 21 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO De forma objetiva a maior desvantagem apresentada está relacionada com a centralização de poder, a rigidez e a inflexibilidade que se desenvolve na organização linear. Outro ponto é a demora na transmissão de informações que estão sujeitas a intermediários e a distorções (CHIAVENATO, 2004). 2.1.1.3 Organização Funcional De acordo com Chiavenato (2004), a organização funcional é o tipo de estrutura que aplica o princípio da especialização das funções, separando, distinguindo e especializando: é o germe do staff. As características da organização funcional segundo este autor são: Autoridade Funcional ou dividida. A autoridade é dividida, relativa e baseada na especialização. Linhas diretas de comunicação. As comunicações são feitas diretas sem a necessidade de intermediários. Descentralização das decisões. As decisões são delegadas aos órgãos e cargos de acordo com o conhecimento necessário para implantação. Ênfase na especialização. Prioriza a especialização de todos os órgãos e cargos em todos os níveis da organização. Dentre as vantagens destacadas por Chiavenato (2004) ressaltam-se a maximização da especialização nos diversos órgãos ou cargo da organização e a facilidade e agilidade da comunicação entre os setores. Já a diluição do poder da autoridade na organização; a subordinação múltipla; a tendência à concorrência entre os especialistas e a tensão e conflitos dentro da organização são vistas como desvantagem apresenta. 2.1.1.4 Organização Linha-staff A organização linha-staff é o resultado dos tipos de organização linear e funcional, onde desta forma é possível alinhar as vantagens das duas formas 22 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO anteriores de organização, proporcionando um tipo organizacional mais completo e complexo (CHIAVENATO, 2004). Nela coexistem órgãos de linha (órgãos de execução) e de assessoria (órgãos de apoio e consultoria) mantendo relações entre si. Os órgãos de linha se caracterizam-se pela autoridade linear e pelo princípios escalar, enquanto os órgãos de staff prestam assessoria e serviços especializados (CHIAVENATO, 2004. p. 158). O autor ainda ressalta que as características da organização linha-staff são baseadas na fusão dos tipos linear e funcional, predominando a primeira com o principio da autoridade única, onde cada órgão recebe assessoria e serviços especializados de diversos órgãos de staff. Há entendimento entre as formas de comunicação direta e hierárquica, como também na separação de atividades de execução e assessoria. Dentre as vantagens apresentadas estão a assessoria especializada e inovadora, de forma a manter o principio da autoridade única e a realização de tarefas conjuntas e coordenadas por órgãos de linha e órgãos de staff. Já como desvantagem, apresenta-se a existência de conflitos entre as duas linhas de trabalho, execução e assessoria, e, a dificuldade na obtenção e manutenção do equilíbrio entre linha e staff (CHIAVENATO, 2004). Em respostas às exigências que se alteram que se alteram e às novas necessidades estratégicas, estão surgindo novas formas organizacionais. Todas representam esforços no sentido de a empresa se tornar mais orgânica e proativa. Os novos conceitos incluem competências essenciais, organizações em rede, alianças estratégicas, organizações voltadas à aprendizagem, as organizações baseadas em equipe. (BATEMAN e SNELL, 1998, p. 264) São estas tipologias que garantem o modelo de gerenciamento que podem tornar a relação dos atores das organizações mais produtivas e respeitosas. Uma administração que planeja e organiza as ações, certamente, garantirão resultados mais positivos e, principalmente, poderão promover uma melhor qualidade do ambiente e na vida dos funcionários e administradores. 23 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO 2.2 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO O termo qualidade de vida é empregado como fator de saúde, produtividade, bem estar, segurança e felicidade. Geralmente se aplica ao tratar da vida individual, social e doméstica, mas seu uso no ambiente de trabalho, ainda é recente. Pensar qualidade de vida no trabalho é relatar a necessidade do bem estar e satisfação do trabalhador na atividade que exerce no ambiente em que passa boa parte dos seus dias. Enquanto as organizações preocupam-se em ser mais competitivas, produzindo mais e melhor a custos menores, os empregados buscam no interior das empresas onde trabalham a compensação do estresse causado pela busca frenética de resultados. A conscientização do desejo de „viver qualitativamente melhor‟ é algo patente e palpável para a grande massa dos trabalhadores (MARRAS, 2000, p.31). Neste ambiente o trabalhador que por muito tempo foi relegado a planos secundários, necessitando de fortes lutas na conquistas dos seus direitos, tem na nova administração a oportunidade de iniciar uma carreira em novos conceitos, onde se valoriza o trabalhador, que passa a ser um colaborador do desenvolvimento da organização. Sendo entendido como ser social e que as pressões do trabalho reduzem a produtividade e a satisfação, consequentemente, na sua qualidade de vida neste ambiente. Na administração não pode se tratar os empregados, um a um, como se fossem átomos isolados. Precisa tratá-los como membros de grupos e sujeitos às influências sociais desses grupos. Os trabalhadores não reagem à administração, as suas decisões, normas, recompensas e punições como indivíduos isolados, mas como membros de grupos sociais e cujas atitudes são influenciadas por códigos de condutas grupais (CHIAVENATO, 2004, p. 86). O autor enfatiza que esse posicionamento forma a teoria do controle social sobre o comportamento indivíduo. Entende que as relações de amizade dentro do ambiente de trabalho são importantes aspectos para a Administração. “A Teoria das Relações Humanas contrapõe o comportamento do tipo máquina proposto pela Teoria Clássica e baseado na concepção atomística do homem” (CHIAVENATO, 2004, p. 86). 24 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO Quando cita os pontos de vista de Mayo, Chiavenato (2004, p. 88) amplia o entendimento sobre esta relação do trabalhador com sua atividade produtiva, como: O trabalho é uma atividade tipicamente grupal; O operário não reage como individuo isolado, mas como membro de um grupo social; A tarefa básica da Administração é formar uma elite capaz de compreender e de comunicar; O ser humano é motivado pela necessidade de “estar junto”, de “ser reconhecido”; A civilização industrializada traz como conseqüências desintegração dos grupos. Esta abordagem permite ao administrador perceber que os cuidados com a qualidade de vida no ambiente de trabalho é uma ferramenta motivacional, que promove respeito, saúde e segurança física, comprometimento e maior qualidade nos resultados da organização. A motivação refere-se a forças que energiza, dirigem e sustentam os esforços de uma pessoa. Todo comportamento, exceto reflexos involuntários como o piscar de olhos ( que geralmente tem pouco a ver com a administração), é motivado. Uma pessoa altamente motivada trabalhará com afinco para atingir metas de desempenho. Com habilidade e entendimento adequados de sua função, essa pessoa será altamente produtiva. (BATEMAN e SNELL 1998, p. 360) Existe, no entanto, o conflito social nesta sociedade atual, onde os objetivos da organização e dos indivíduos empregados divergem. “O conflito social deve ser evitado a todo custo por meio de uma administração humanizada que faça um tratamento preventivo e profilático” (CHIAVENATO, 2004, p. 96). Alguns administradores acreditam que o conflito social não é positivo, e sim destrutivo, e segundo Mayo a busca pela cooperação é o caminho para o bem estar social. Com as novas concepções sobre a natureza do homem baseadas na Teoria das Relações Humanas, baseia-se os seguintes aspectos do homem social: Os trabalhadores são criaturas sociais, complexas, dotados de sentimentos, desejos e temores. 25 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO As pessoas são motivadas por necessidades humanas e alcançam suas satisfações por meio dos grupos sociais com que interagem. O comportamento dos grupos sociais é influenciado pelo estilo de supervisão e liderança. As normas sociais do grupo funcionam como mecanismos reguladores do comportamento dos membros. (CHIAVENATO, 2004, p. 96) Está então o trabalhador condicionado àquilo que a organização determina como seu espaço. Se a liderança é democrática e crer na participação social, desenvolver-se-á uma equipe produtiva e motivada, segundo o qual o comportamento humano está relacionado. Ou seja, organização humanizada certamente conseguirá compreender os contínuos desejos dos seus colaboradores e buscar aproximações mais positivas, evitando o conflito. A motivação humana procura explicar por que as pessoas se comportam. A Administração Cientifica baseava-se na concepção do homo economicus, segundo a qual comportamento do homem é motivado exclusivamente pela busca do dinheiro e pelas recompensas salariais e materiais do trabalho (CHIAVENATO, 2004, p. 96). O fator salarial apesar de ser ainda um dos maiores motivadores do conflito social no trabalho, não pode ser considerado como único. Pois o respeito às relações sociais do grupo, proporciona maior motivação. Um ambiente agradável e a valorização superior, demonstrada em forma de reconhecimento também motivam e exalta os atributos profissionais do trabalhador, como foi demonstrado na Experiência de Hawthorne (CHIAVENATO, 2004). A organização precisa enfim, tomar conhecimento das necessidades humanas básicas de forma a dinamizar os mecanismos motivadores do trabalhador. O comportamento humano é determinado por causas que, às vezes, escapam do próprio entendimento e controle da pessoa. Essas causas são necessidades ou motivos: forças conscientes ou inconscientes que levam as pessoas a determinado comportamento. A motivação se refere ao comportamento causado por necessidades que podem satisfazer essas necessidades (CHIAVENATO, 2004, p. 97) Sendo o comportamento humano motivado pelo ambiente em que vive e trabalha. Assim como, um consumidor de um produto sempre deseja satisfazer 26 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO várias demandas, o trabalhador também, continua o autor, “após satisfeita uma necessidade, surge outra em seu lugar, e assim por diante, contínua e infinitamente”. Sendo o trabalho de motivação contínua que potencializa o seu comportamento, de forma a satisfazer uma ou mais necessidades (CHIAVENATO, 2004, p. 97). 2.3 CULTURA ORGANIZACIONAL E FATORES MOTIVACIONAIS As relações de trabalho sempre foram temas de ampla discussão no meio administrativo, principalmente, nos setores de recursos humanos. Entende-se que a diversidade de valores culturais individuais e, na maioria dos casos, a competição interna desigual levam o trabalhador a vivenciar uma série de problemáticas que permeiam o ambiente de trabalho. Vão desde a desvalorização de funcionários experientes em detrimento de um novato com formação acadêmica, por exemplo; ou ainda, baixos salários ou uma empresa sem a preocupação de qualificar nos seus colaboradores. Um dos principais fatores das relações com o trabalho é a falta de reconhecimento, que é um sentimento, e está atrelado na maioria das vezes ao reconhecimento subjetivo, ou seja, é o feedback sincero, de preferência formal, que o colaborador necessita para perceber que seu trabalho atende ou não às expectativas dos gestores, e que irá mostrar se ele é reconhecido como uma pessoa importante e agregadora de valor e de qualidade para organização (GOMES, 2006, p.01). Pode se entender que quando um funcionário é reconhecido pelas suas ações, sua capacidade de produção melhora e ainda faz com que os seus companheiros busquem a mesma ascensão dentro da empresa. Na teoria de motivação a partir de uma hierarquia, Herzberg (apud CHIAVENATO, 2003) aponta a necessidades de auto-realização voltadas para o trabalho em si, a responsabilidade, o progresso e o crescimento, assim como, a necessidade de auto-estima, onde o reconhecimento e o status, como pontos relevantes, valores essenciais para a motivação do trabalhador. 27 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO Muito mais do que salários, os trabalhadores têm buscado o reconhecimento de suas ações dentro da empresa e desta forma conquistar novos espaços. Neste aspecto, Chiavenato (2000, p. 96), descreve que a Experiência de Hawthorne, na identificação dos fatores motivacionais do trabalhador, “teve o mérito de demonstrar que a recompensa salarial – mesmo quando efetuada em bases justas e generosas – não é o único fator decisivo na satisfação do trabalhador dentro da situação de trabalho”. O reconhecimento formal concedido através de salário e benefícios irá variar de acordo com a necessidade de cada pessoa, contudo o reconhecimento pelo seu trabalho reverte em motivação. Os sistemas motivacionais abrangem desde os elogios e desafios propostos pelos gerentes, até a participação dos funcionários no processo decisório, nos lucros ou na propriedade da empresa, passando por benefícios, prêmios, programas de enriquecimento do trabalho e plano de carreira (BERGAMINI, 1997, p.23). Segundo Gomes (2006, p.2), dentre os diversos fatores ligados a relação de trabalho está “a clareza dos papéis e das atribuições. Os colaboradores que trabalham sem obter clareza de seu papel na organização [...], provavelmente não irão gerar significado naquilo que fazem”. Quando a liderança juntamente com sua equipe define as atribuições e tarefas de cada um dentro dos objetivos programados há um maior comprometimento, consequentemente, maior motivação dos trabalhadores. Junto a estes fatores é preciso ainda que as pessoas envolvidas no trabalho tenham uma visão mais clara do futuro que esperam na organização. Necessitam clareza das metas a serem perseguidas, além da definição clara de como alcançá-las. Para isso, uma definição de metas participativa é a base que irá garantir o compromisso com os objetivos da organização, que deve ter missão e metas desafiadoras (GOMES, 2006, p.2). Dentro destas mesmas perspectivas para firmar uma melhor relação no trabalho é preciso se criar um ambiente agradável que gere satisfação dos seus colaboradores, sendo este ponto, considerado um dos princípios para a melhoria da comunicação e por conseqüência ser um estimulo adicional para 28 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO novos conhecimentos e na busca de soluções para os problemas da organização. Numa visão paradoxal de McGregor (apud BERGAMINI, 1997, p.118), o mesmo cita que “o homem em si mesmo é portador de necessidades, sendo que, assim que uma delas seja satisfeita, logo surge outra em seu lugar”. Este conceito, amplamente discutido nos meios acadêmicos faz com que, forçosamente, muitas organizações venham estabelecendo cada vez mais programas de motivação a partir da qualificação e reconhecimento das boas ações dos seus colaboradores. Segundo Bergamini (p. 27, 1997), a organização precisa entender que o resultado que se pretende alcançar com a implantação de programas motivacionais, como melhoria salarial e benefícios, vão depender se estes incentivos estejam em sintonia com os motivos dos trabalhadores. “Qualquer estímulo pode funcionar, desde que compatível com as necessidades, interesses e aptidões da pessoa a quem é oferecido”. Para Chiavenato (2000, p. 105), “os seres humanos estão continuamente engajados no ajustamento a uma variedade de situações, no sentido de satisfazer suas necessidades e manter o equilíbrio emocional”. Existem vários conceitos defendidos para explicar o comportamento cultural das pessoas que fazem as organizações no Brasil. No entanto, nenhuma delas é capaz de se autodenominar eficiente e única fonte de estudo para o comportamento de um povo singular, mas que representa grande pluralidade cultural como nenhum outro povo do mundo. O Brasil é um país multicultural onde emanam diversas culturas dentro do seu território, com a capacidade de se integrar a outras culturas se adaptando e por muitas vezes absorvendo outras e ensinado a sua. Os padrões de comportamento do brasileiro com relação a sua cultura organizacional das empresas. Para estes pesquisadores o modelo proposto de ação cultural brasileira pode ser caracterizado por um sistema composto de quatro subsistemas: institucional (ou formal); pessoal (ou informal); dos líderes e dos liderados (PRATES e BARROS apud MOTTA e CALDAS, 1997). 29 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO Subsistema Institucional ou formal: é quando é levada para dentro da organização a cultura do ambiente com qual crescemos e fomos educados. Subsistema Pessoal: está relacionado com a organização familiar em tratar a empresa como sua casa. Subsistema de lideres e liderados: são aqueles que detêm o poder e que são submetidos ao poder respectivamente (Ibidem). Estes sistemas apresentam interseções entre si, quando neles se encontram semelhanças culturais, como: a concentração de poder, postura do espectador, personalismo e a posição de evitar conflito. Consideram ainda que estes subsistemas estejam ligados por traços culturais especiais, que são responsáveis pelo equilíbrio e a manutenção do sistema cultural, que também são os pontos que deveriam ser alterados para tornar possível uma significativa mudança cultural. Os traços culturais especiais indicados pelos autores são: o paternalismo; a lealdade às pessoas; o formalismo e a flexibilidade. Cultura organizacional é o modelo de pressupostos básicos que um grupo assimilou na medida em que resolveu os seus problemas de adaptação externa e integração interna e que, por ter sido suficientemente eficaz, foi considerado valido e repassado (ensinado) aos demais (novos) membros como a maneira correta de perceber, pensar e sentir em relação àqueles problemas (grifos do autor) (SCHEIN apud MARRAS, 2000, p.38) A união destes conceitos apresentados – subsistemas e traços culturais especiais – compõem o modelo representativo da cultura organizacional brasileira. Estas teorias explicam particularidades do povo brasileiro, como “o jeitinho brasileiro” e o sentimento de impunidade de forma passiva ou ativa. Com tantas possibilidades, o que não faltam são teorias e metodologias para analisar este comportamento cultural do povo brasileiro dentro das organizações. Busca-se nestas pesquisas avaliar a capacidade produtiva do 30 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO brasileiro, mas como foi dito no começo deste estudo existem métodos de reengenharia que realmente melhoram o desempenho das organizações. Segundo Bateman e Snell (1998, p. 361), “as pessoas são dispostas a trabalhar muito se existe uma razão para fazê-lo. Deve acontecer algo em seu local de trabalho que as incentive a trabalhar”. Esse algo pode ser entendido como o simples ato de um chefe fazer um pedido e ou dar uma ordem, pois será a forma como essa comunicação se dará que proporcionará a motivação necessária ao bom desempenho deste funcionário. No entanto, não é a organização que tem de se adaptar a estas normas padrões, e sim a norma que tem que ser moldada dentro da realidade, respeitando e aceitando as diferenças. Os métodos cabíveis para esta avaliação levam a crer que a melhor forma de sintetizar esta concepção do que é desempenho para nós é dizer que no Brasil desempenho não se avalia, se justifica (BARBOSA, 2005). Deve-se esperar que quando não haja esta motivação, o próprio indivíduo em meio à necessidade de melhorias tome iniciativas individuais para melhoria do seu desempenho junto à organização, caso contrário, “muito provavelmente o problema esteja na própria organização e não nos indivíduos” (Ibidem). Deve haver clareza das responsabilidades de cada uma das partes, a definição dos recursos necessários para o desenvolvimento das tarefas, dos direitos e deveres. Possuir uma política de desenvolvimento contínuo e fazer o monitoramento periódico da satisfação interna também são fatores importantes, pois geram dados para que os gestores façam à prevenção de possíveis problemas, como a queda do comprometimento. A busca do comprometimento das pessoas é uma jornada permanente, é fazer uma grande travessia na busca contínua de fazer com que as pessoas se superem a todo o momento e sejam percebidas de forma positiva. As pessoas são agentes criadores e transformadores diretamente atingidos por fatores 31 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO externos (globalização e tecnologia) os quais trazem influências intensas nos hábitos e comportamento. Segundo Maslow, a motivação dos indivíduos tem por objetivo satisfazer certas necessidades que vão desde as primárias (fisiológicas) – as mais simples – até as mais complexas ou psicológicas (auto-realização) (Quadro 1). Quadro 1. Fatores motivadores, segundo Maslow. Tipo de necessidade Fisiológica O que ela representa São necessidades físicas como: sexo, bebida, comida, sono etc A contrapartida da insegurança natural das pessoas: estabilidade, proteção, livre do perigo; um abrigo, uma estrutura, uma ordem etc. A necessidade endógena de amar e ser amado, ter amizades, vínculos familiares, intimidade etc. O sentimento das pessoas de sentirem-se valorizadas pelo que as rodeiam; sua autoestima; o desejo de sentir-se importante, competente e valorizado. O desejo dos indivíduos de renovar e reciclar seu potencial; tornar-se cada vez mais o que cada um seria capaz de ser. Segurança Social Estima Auto-Realização Fonte: (MARRAS, 2000, p.34) A sensibilidade de perceber onde as coisas acontecem, como as pessoas reagem, identificando afinidade com a atividade desenvolvida, deve ser uma percepção e um sentimento conectado com a motivação, donde ocorrerá o comprometimento nas ações. A junção da sensibilidade com a prática da liderança está inserida em uma busca dinâmica e intensa, em decorrência da natureza das mudanças que frequentemente ocorrem, devendo, portanto, a organização ter essa sensibilidade e a capacidade de liderar, percebendo através desses fatores, a adaptabilidade do trabalhador perante situações adversas para se alcançar o comprometimento (MARRAS, 2000). 32 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO Ainda segundo Marras (2002), o professor Frederick Herzberg (1959), em seu livro The motivation to work (Motivação para o trabalho), de forma contundente expressou a importância da motivação do trabalho, deixando em seus estudos a afirmação de que é dentro do próprio trabalho que homem encontro o maior fator motivacional. Para Herzberg (apud MARRAS, 2002, p. 36), os primeiros fatores motivadores “são aqueles que geram satisfação ou motivação”, não implicando que a ausência dos mesmos venha causar “insatisfação ou desmotivação” (Quadro 2). Também classifica no segundo grupo os Fatores higiênicos (Quadro 3), como “aqueles que não motivam. Sua presença não necessariamente causa satisfação no trabalho, enquanto sua ausência causa insatisfação”. Utiliza como exemplo, que a existência de uma boa supervisão não significa um fator motivador, mas se a supervisão não for adequada, isso sim, causará insatisfação no ambiente de trabalho. Quadro 2. Fatores motivadores, segundo Herzberg Fatores motivadores Realização Reconhecimento pela realização O trabalho em si Responsabilidade Desenvolvimento pessoal Possibilidade de crescimento Determinantes O termino com sucesso de um trabalho ou tarefa; os resultados do próprio trabalho. O recebimento do reconhecimento público, ou não, por um trabalho bemfeito ou um resultado conseguido. Tarefas consideradas agradáveis e que provocam satisfação. Proveniente da realização do próprio trabalho ou do trabalho de outros. Possibilidade de aumento de status, perfil cognitivo ou mesmo de posição pessoal. Uma alavancagem dentro da estrutura organizacional, em termos de cargos ou responsabilidade. Fonte: (MARRAS, 2002, p. 36). O autor permite uma reflexão mais próxima da realidade em que o trabalhador moderno está exposto. O ato de receber o reconhecimento pelo seu trabalho, o acreditar na sua própria capacidade, a confiança e atuação responsável, assim 33 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO como um trabalho realizado dentro do ambiente prazeroso, são essencialmente os fatores que motivam o trabalhador. Porém, como bem expôs Herzeberg, há fatores que por serem cotidianos e parte extensa da atividade funcional não motivam, ao tempo em que a sua ausência é desmotivadora. Quadro 3. Fatores higiênicos, segundo Herzberg. Fatores Higiênicos Supervisão Políticas empresariais Condições ambientais Relações interpessoais Status Remuneração Vida pessoal Determinantes A disposição ou boa vontade de ensinar ou delegar responsabilidade aos subordinados. Normas e procedimentos que encerram os valores e crenças da companhia Ambientes físicos ou psicológicos que envolvem as pessoas e os grupos de trabalho. Transações pessoais e de trabalho com os pares, os subordinados e os superiores. Forma pela qual a nossa posição esta sendo vista pelos demais. O valor da contrapartida da prestação de serviço. Aspectos do trabalho que influenciam a vida pessoal. Fonte: (MARRAS, 2002, p. 36). Como descrito anteriormente, são os fatores do Quadro 3, ações cotidianas, que fazem parte da funcionalidade da organização, cuja existência não são motivadoras, pois sua existência é que da razão a vida da empresa. Porém sua não existência resulta, certamente, na queda da motivação, pois impedem o bom funcionamento e a produtividade. Por isso que, incentivar as pessoas a tomar decisões, dar resposta no momento certo, fornecer informações de forma clara, apresentar um balanço no reconhecimento do esforço e desempenho, não pressionar o colega e sim orientá-lo, manter a coerência entre o discurso e a prática, ter humildade na admissão de erros, tomar decisões e assumir responsabilidades são fundamentais para que seja conquistado o compromisso das pessoas com a organização, a partir do momento que esses aspectos sejam percebidos como 34 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO prática diária no seu ambiente de trabalho, fazendo com que sintam orgulho e realização com aquilo que fazem (MARRAS, 2000). Identificar o nível de comprometimento das pessoas não é uma tarefa fácil, além de envolver certa complexidade. Torna-se comum um distanciamento entre as pessoas, ampliando a dificuldade em encontrar pessoas comprometidas. Nesta busca por resposta sobre os verdadeiros elementos motivadores dentro da instituição, depara-se e atribui-se uma diversidade de responsáveis. Para serem motivadas e eficientes, os administradores devem saber que comportamentos querem motivar as pessoas. Embora pessoas produtivas pareçam fazer um numero aparentemente ilimitado de coisas, a maioria das atividades mais importantes pode ser agrupada em cinco categorias gerais. A empresa deve motivar as pessoas a: (1) fazer parte da organização; (2) permanecer na organização; (3) comparecer ao trabalho regulamente; e (4) ter bom desempenho. Estando empregados, os funcionários devem trabalhar muito para atingir altos resultados (produtividade) e alta qualidade. Finalmente,os administradores querem que os empregados (5) demonstrem cidadania (BATEMAN e SNELL, 1998, p. 361) Reconhecer o papel da empresa na sociedade é de suma importância, pois estes funcionários se tornarão cidadãos zelosos, certamente, apresentarão melhores resultados, mais comprometimento e satisfação, ultrapassando o seu dever executando tarefas suplementares que farão diferença na empresa. É este tipo de comportamento cidadão que, além da produtividade resultam numa relação mais próxima, sem turbulências que facilitarão a vida do administrador (BATEMAN e SNELL, 1998). Contudo, para Sennett (2004), as influências do capitalismo têm deixado as pessoas à mercê da vulnerabilidade do sistema, sem o poder de controlar ou programar seu futuro. Porém por mais que seja atribuída responsabilidade a outrem deve se salientar que consciência é o fundamental ponto de partida para o comprometimento. Para promover mudanças ou melhoras, as pessoas devem começar por dentro de si mesmas. Segundo Mathias (2006), as verdadeiras mudanças começam no coração, são organizadas na cabeça e feitas pelas mãos. Para o autor serão as ações que 35 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO levarão ao comprometimento e às satisfações que motivam a prosseguir suas vidas. É fundamental conhecer que comprometimento é o substantivo derivado de comprometer – ato de fazer uma promessa. Ao se comprometer, faz-se uma promessa de algo, de realizar, de estar junto. Comprometer-se é prometer ação (FERREIRA, 2004). Antes de estarmos comprometidos, é essencialmente importante que saibamos como iremos realizar nossas promessas. Entender os objetivos das ações prometidas, ter o conhecimento necessário para fazer e, não estar apenas informado daquilo que deve ser feito. Desta forma espera-se que a organização tenha em vista os incentivos corretos para a realidade interna. Um sistema eficaz de motivação deve ser aquele que respeita a diversidade cultural e as necessidades dos funcionários, seja recompensa financeira, benefícios ou o reconhecimento pessoal. Fica claro o pensamento que não deve ser imposta uma condição de desenvolvimento para as organizações e sim uma flexibilidade para que se explorem estes traços plurais deste trabalhador. Deve se estabelecer um processo de adaptação em que conceitos negativos possam ser transformados, fazendo com que esse trabalhador visione um compromisso maior com as causas de desenvolvimento tanto pessoal como da coletividade do seu ambiente de trabalho. 2.4 ENDOMARKETING Quando a palavra marketing é citada em um determinado artigo, ou qualquer texto acadêmico, a primeira idéia que vem ao leitor é que está sendo discutidas estratégias de atuação da empresa para vender e aumentar seus lucros. Isso é verdade, mas o marketing tem ido além do ato de projetar a organização para o exterior. O marketing também é utilizado para determinar estratégias do planejamento interno da organização. 36 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO De acordo com Kotler e Keller (2006, p4) a administração de marketing deve ser vista como “a arte e a ciência da escolha de mercados-alvo e da captação, manutenção e fidelização dos clientes por meio da criação da entrega e da comunicação de um valor superior para o cliente”. O marketing é uma ferramenta poderosa e eficaz para que grupos ou indivíduos obtenham o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos (KOTLER, 1998). Dentro deste contexto, a administração de marketing representa o esforço consciente para alcançar os resultados de mudança esperados em relação aos mercados-alvos, e que deve ser conduzida sob uma filosofia de eficiência, eficácia e de marketing socialmente responsável, para atender as necessidades e desejos do público-alvo, preservando e/ou melhorando o bemestar do consumidor e da sociedade (KOTLER, 1998). Porém, assim como, a empresa precisa convencer os consumidores a desejarem seus produtos ou serviços, é preciso que como organização, também se olhe para a parte interna. Entenda-se neste caso, a parte interna representa a equipe de trabalho, que produz e permite os ganhos do empresário. O marketing de convencimento interno atua para que, os funcionários interajam com a organização, de forma a transparecer ao cliente que ele está satisfeito por atender à sua necessidade. Dentro do marketing surge o endomarketing cujo conceito, parte da teoria de a conquista dos funcionários representa um primeiro mercado, interno, para a organização (GRÖNROOS, 2003). Segundo Grönroos (2003, p. 405), o “marketing interno é um pré-requisito para o êxito do marketing externo e do marketing interativo”, cujos aspectos apresentados pelo autor, destacam-se três na área de gerenciamento de recursos humanos de uma empresa. E continua: Os funcionários são um primeiro mercado, um mercado interno para as ofertas da empresa, bem como para seus programas de marketing externo; Uma abordagem ativa, coordenada e focada em metas para todos os esforços orientados para funcionários que combinem esses 37 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO esforços e processos internos com a eficiência externa da empresa (isto é, desempenho de marketing interativo com relacionamentos com clientes); e Uma ênfase sobre a necessidade de considerar pessoas, funções e departamentos internos à empresa como clientes internos para os quais devem ser prestados para os clientes internos (GRÖNROOS, 2003, p. 405), Através deste entendimento sobre o endomarketing como que a a forma com que a empresa conduz ações de marketing para o setor interno da empresa, passa ela a perceber que dentro da sua organização a um público consumidor, cujos desejos precisam ser motivados. “A motivação se refere ao comportamento causado por necessidades que podem satisfazer essas necessidades” (CHIAVENATO 2004, p. 97). Continuando suas observações quanto aos aspectos do endomarketing na empresa, Grönroos (2003, p. 405) relata que: A primeira observação é importante porque destaca o fato de que tudo que o prestador de serviços faz para seus clientes (comunicação planejada de marketing, ofertas de serviços, etc.) é primeiramente percebido e avaliado por seu próprio pessoal. Por esta observação o administrador precisa compreender que o funcionário é um parceiro e não meramente um subordinado, mas perceber que uma política onde todos ganham permite que aqueles que estão trabalhando para a organização passem a enxergar que a está sendo lhes oferecidos uma troca pelo seu bom serviço. Segundo Grönroos (2003, p. 406), estes procedimentos são refletidos “como oportunidades para se desenvolver, um ambiente incentivador, acesso a habilidades, informações e apoio de uma equipe geradora de conhecimento e, é claro, um salário aceitável”. No endomarketing, o foco é dirigido aos bons relacionamentos internos entre as pessoas em todos os níveis da organização, de modo a criar entre os funcionários de contato com o cliente, funcionários de suporte nos processos de serviços internos, chefes de equipe, supervisores e gerentes um estado de espírito orientado para o serviço e orientado para o cliente (GRÖNROOS, 2003, p. 407). 38 CAPÍTULO II: REFERÊNCIAL TEÓRICO Demonstra-se assim, ser o endormarketing uma ferramenta de motivação a ser utilizada pela produtividade. organização, em busca do melhor relacionamento e 39 CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Um dos princípios para a realização de uma pesquisa acadêmica é definir qual será a metodologia a ser aplicada. Assim, procurou-se adequar o método aplicado aos fatores como: o tempo de execução, recursos financeiros, flexibilidade e objetividade. Esta monografia se caracteriza por um estudo de caso de abrangência qualitativo, que segundo Lakatos e Marconi (1991, p. 187), “consiste em investigações de pesquisa empírica cuja finalidade é o delineamento ou análise das características de fatos e fenômenos, a avaliação de programas, ou o isolamento de variáveis principais ou chaves”. Para tanto, esta pesquisa buscou analisar a relação entre a motivação do indivíduo e sua importância para o bom desempenho no ambiente de trabalho. Contudo, apesar de também, estabelecer uma abrangência quantitativa, o procedimento visa apenas qualificar as observações, através da relevante amostragem dos entrevistados. A escolha do estudo de caso, como procedimento, se deu por ser este a técnica mais utilizada no campo das pesquisas sociais, principalmente em Psicologia e Administração. Segundo Dencker (1998, p. 127), o estudo de caso “é o estudo profundo e exaustivo de determinados objetos ou situações. Permite o conhecimento em profundidade dos processos e relações sociais”. O procedimento qualifica a pesquisa, visto ser um estudo de eventos contemporâneos, em situações onde os comportamentos relevantes não podem ser manipulados, mas onde é possível se fazer observações diretas e entrevistas sistemáticas. Apesar de ter pontos em comum com o método histórico, o Estudo de Caso se caracteriza pela "capacidade de lidar com uma completa variedade de evidências - documentos, artefatos, entrevistas e observações (Yin apud BRESSAN, 2002, p.2). Quanto aos procedimentos técnicos, na pesquisa de campo, optou pela aplicação da Pesquisa de Clima Organizacional realizada teve por objetivo a avaliação da motivação e comprometimento na organização. Para Vianna 40 CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS (2006), a pesquisa de clima organizacional é um instrumento voltado para análise do ambiente interno a partir do levantamento de suas necessidades. Seu objetivo é mapear ou retratar os aspectos críticos que configuram o momento motivacional dos funcionários da empresa através da apuração de seus pontos fortes, deficiências, expectativas e aspirações. A pesquisa de clima organizacional é um objeto motivador para o funcionário, que passa a ser ouvido e questionado sobre as relações interpessoais no ambiente de trabalho. Em seu caráter exploratório a bibliográfica utilizada permitiu ao pesquisador interpretar os fatos a partir de uma visão previamente discutida por outros autores (GIL, 1994). Segundo Lakatos e Marconi (1991, p. 183), a pesquisa bibliográfica tem como finalidade “colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto”, reunindo várias informações pertinentes que “propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras”. 3.1 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS E AMOSTRAGEM Por estar o autor deste estudo inserido no interior da instituição pesquisa, optou-se por utilizar como umas das técnicas de coleta de dados a observação participante. Permitindo uma relação de proximidade com o problema pesquisado, vivenciando-os dentro do mesmo sistema de trabalho, sendo entre as dificuldades apontadas por este tipo de pesquisa, principalmente, em manter os objetivos iniciais (LAKATOS e MARCONI, op.cit). Também foi realizada da pesquisa de Clima Organizacional como os funcionários da Agência Bradesco Centro de Paulo Afonso-BA. Sendo aplicado um questionário com perguntas fechadas de múltipla escolha e abertas, que segundo Lakatos e Marconi (op.cit.), o procedimento aplicado provém da técnica de observação direta extensiva que se realiza através da utilização de vários instrumentos de coleta de dados, como o questionário, o formulário, ou 41 CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ainda, medidas de opinião e de técnicas mercadológicas. Foram abordados os seguintes temas: Nível de envolvimento das pessoas na organização e na respectiva missão; Grau de satisfação com o sistema de avaliação e se o mesmo corresponde aos objetivos fixados; Grau de adequação da organização em face à mudança e à modernização; Avaliação da atmosfera de trabalho e a cultura da organização; Avaliação do tratamento dado aos funcionários pela organização; Sentimento quanto à igualdade de oportunidades e igualdade de tratamento; Sentimento quanto a oportunidades para desenvolver novas competências; Sentimento quanto às expectativas de desenvolvimento da carreira; Avaliação do envolvimento do empregado em atividades para melhoria profissional: Oportunidade de participação em programas de treinamento quando são realizados; Satisfação em cumprimento de metas; Avaliação da importância do trabalho para a vida do trabalhador Desejos de melhorias no setor de trabalho; Opinião quanto à relação entre as pessoas no ambiente de trabalho. Os questionários da pesquisa foram entregues aos funcionários da agência Centro do Bradesco de Paulo Afonso, que tiveram cinco dias para respondêlos, sendo esta, uma técnica padronizada de coleta de dado (DENCKER, 1998). A amostragem foi realizada com 13 (treze) dos 16 (dezesseis) funcionários do próprio Bradesco, que ocupam as funções de gerentes, caixas e atendentes. A escolha da aplicação de questionário, como instrumento de coleta de dados, foi considerada adequada a este estudo, com base numa série de vantagens, dentre elas: Atingir um maior número de pessoas simultaneamente; 42 CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Obter respostas de forma mais rápida e precisa; Maior liberdade e segurança nas respostas, devido ao anonimato; Menos riscos de distorção, pela não-influência do pesquisador; Mais uniformidade na avaliação, em virtude da natureza impessoal do instrumento (LAKATOS E MARCONI, 1991). O procedimento de coleta de dados é uma das fases fundamentais da pesquisa. Aonde se registra o contato com os fatos, através dos respondentes dos questionários, ou da coleta de informações documentais, ou ainda da observação participante. Entende-se assim, que a qualidade dos dados levantados garante a extensão e profundidade da interpretação e na análise dos resultados. 3.2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Como base para analise foi verificada a relação entre a motivação do indivíduo e sua importância para o bom desempenho no ambiente de trabalho e os efeitos na produtividade. Esta etapa do trabalho científico buscou nos dados coletados as respostas para os questionamentos levantados na definição do problema da pesquisa. As análises estão acompanhadas de gráficos „tipo pizza‟, com apresentação das categorias e seus respectivos valores percentuais, justificando os aspectos com base na teoria aplicada nesta monografia. 43 CAPÍTULO IV: ANÁLISE DOS RESULTADOS 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA O Bradesco está entre os maiores bancos do Brasil e do mundo. Com agências bancárias em todos os municípios brasileiros, o Bradesco é o banco mais presente no País. Sua história merece ser contada, pois sua trajetória é um marco no empreendedorismo e na economia do Brasil (BANCOS, 2010). O Bradesco foi fundado em 1943 no interior de São Paulo, Marília, com o nome de Banco Brasileiro de Descontos. Com apenas oito anos de vida, em 1951, o Bradesco torna-se o maior Banco privado do Brasil. Nessa década, o Banco chega ao norte rural do Paraná e decide também erguer sua nova sede em Osasco. A construção da matriz inicia-se em 1953 e leva seis anos para ser concluída. Em 1956, é criada a Fundação Bradesco, com o objetivo de levar educação gratuita a crianças, jovens e adultos carentes. Em 1962, o Bradesco é a primeira empresa a adquirir o primeiro computador da América Latina, que possibilitava o acesso a extratos diários aos Clientes, prestação de serviço inédita para a época. Seguindo a estratégia de pioneirismo, o Bradesco implanta o Cartão de Crédito Bradesco, em 1968. Na década de 70, o Bradesco incorpora 17 outros bancos e, ao inaugurar duas novas unidades em 1978, uma no Oiapoque (AP), outra no Chuí (RS), pontos extremos do País, chega à milésima agência. No início da década de 1990 todas as Agências Bradesco passam a trabalhar on-line e o Autoatendimento se expande em todo o Brasil. São implantadas máquinas automáticas de emissão de cheques, de saques e recolhimento de depósitos. O sistema de Internet Banking conquista os Clientes e passa a ser um dos mais importantes canais de atendimento, com milhões de usuários cadastrados. É implantado o Bradesco Mobile Banking, que permite operações de consulta de saldos e extratos e pagamento de algumas contas pelo celular (BRADESCO, 2010). Entre suas centenas de agências, o Bradesco possui no município de Paulo Afonso duas unidades bancárias, atendendo com todos os produtos do banco. Obtendo o reconhecimento da sociedade local, por seu papel social e como gerador de empregos. Hoje, suas agências bancárias empregam diretamente mais de 60 funcionários nas funções de gerentes a atendentes. A agência principal do Bradesco em Paulo Afonso-BA foi inaugurada no final dos anos 70, se transferido para o atual endereço na década de 80 (BRADESCO (2), 2010). 44 CAPÍTULO IV: ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.2 ESTRATIFICAÇÃO DA AMOSTRA No presente estudo, foram entrevistados treze colaboradores. As perguntas iniciais do questionário tiveram o objetivo de formar o perfil dos entrevistados para que fosse possível mensurar a maturidade a percepção das respostas. O perfil do público entrevistado foi composto por 62% masculino, 38% feminino, como expõe o gráfico 01. Já no gráfico subseqüente 1.1, demonstra que 54% dos entrevistados se declararam casados e 38% solteiros. Conforme se observa abaixo: Gráfico 01 – Quanto ao sexo. Fonte: Análises de campo realizadas em Outubro de 2010. Gráfico 1.1 – Estado Civil. Fonte: Análises de campo realizadas em Outubro de 2010. 45 CAPÍTULO IV: ANÁLISE DOS RESULTADOS Outra questão relativa ao perfil do público foi identificar seu nível de instrução, onde se tem uma amostra muito boa e seleta neste aspecto, com bom nível de conhecimento, conforme revela o gráfico 02, onde 77% dos entrevistados têm nível superior. A partir deste perfil traçado pode-se deduzir certa margem de segurança que demonstram uma parcela inteirada das relações internas da organização e que possam fornecer informações maduras para esta pesquisa. Gráfico 2 – Nível de Escolaridade. Fonte: Análises de campo realizadas em Outubro de 2010. O gráfico 3 demonstra que na questão tempo de atuação, a organização mantêm em seu quadro funcional, colaboradores com menos de cinco anos de prestação de serviços, o que representa 54% do total da amostra. Os colaboradores na faixa de 06 a 10 anos representam 16% do quadro funcional, na faixa de 11 a 15 anos 15% do quadro funcional e 15% também para os colaboradores que estão na faixa de 16 anos de atuação na empresa. Tomando como base o fato de ter 54% da amostra com menos de 05 anos de atuação, infere-se que a organização apesar de oportunizar o acesso ao emprego aos mais jovens, permite-se não focalizar com precisão os processos de manutenção e desenvolvimento como forma de manter e desenvolver os seus colaboradores, não os qualificando para exercer as funções determinadas. Porém, vale salientar que nos últimos 15 anos, a Agência da pesquisa promoveu diversos funcionários aos cargos de gerências que foram transferidos para outras agências do Bradesco. 46 CAPÍTULO IV: ANÁLISE DOS RESULTADOS Gráfico 3 – Tempo de Serviço. Fonte: Análises de campo realizadas em Outubro de 2010. No gráfico a seguir mostra o cargo e o setor de atuação dos colaboradores, 77% são de atendimento ao público, 15% no setor administrativo/financeiro e 8% operacional. Gráfico 4 – O cargo e o setor de atuação dos colaboradores. Fonte: Análises de campo realizadas em Outubro de 2010. Para Chiavenato (2004), o desempenho no cargo e o clima organizacional representam fatores importantes na determinação da qualidade de vida no trabalho. Se a qualidade for ruim conduzirá a alienação do empregado e à insatisfação, à má vontade, e ao declínio da produtividade. Porém, se a qualidade for boa, conduzirá a um clima de confiança e respeito mútuo, no qual 47 CAPÍTULO IV: ANÁLISE DOS RESULTADOS o individuo tenderá a aumentar suas contribuições e a levar suas oportunidades de êxito psicológico, enquanto a administração tenderá a reduzir mecanismos rígidos de controle social. 4.3 ANÁLISE DA PESQUISA Gráfico 5 – Nível de envolvimento das pessoas na organização e na respectiva missão. Quanto ao nível de envolvimento das pessoas na organização e na respectiva missão, os resultados apesar de reverterem positivamente, faz uma indicação que ainda se faz necessário um trabalho intensivo para levar a conhecimento de todos os princípios básicos do projeto estratégico, tais como a missão e os objetivos da empresa. 69% dos colaboradores que responderam ao questionário se mostram totalmente bons e acreditam que todos conhecem e percebem a importância do seu papel na organização. Abaixo a representação gráfica dos resultados obtidos. Gráfico 5 – Nível de envolvimento das pessoas na organização e na respectiva missão. Fonte: Análises de campo realizadas em Outubro de 2010. Com isso Limongi-França, (2002, p.25), diz que: “Relacionamento - grau de relacionamento marcado por auxílio recíproco, apoio sócio-emocional, abertura interpessoal e respeito às individualidades. Senso comunitário - grau de senso de comunidade existente na instituição”. 48 CAPÍTULO IV: ANÁLISE DOS RESULTADOS [...] toda pessoa precisa ser eficiente para satisfazer suas necessidades individuais mediante sua participação na organização, mas também precisa ser eficaz para atingir os objetivos organizacionais por meio de sua participação (Barnard apud CHIAVENATO, 2004 p.95). Contudo, a interação entre as pessoas e organizações é um tema complexo e dinâmico e remete-nos a uma interessante distinção entre eficiência e eficácia quanto aos resultados desta interação. Gráfico 6 – Sistema de avaliação em relação aos objetivos fixados Quanto ao sistema de avaliação de desempenho adotado pela instituição, alinhavado pela relação interna da organização entre os colaboradores, 62% se dizem satisfeitos e concordam que essa prática ajuda na busca pela excelência dos serviços oferecidos. Com base nas avaliações de desempenho, aproximadamente 23% dos colaboradores não estão totalmente satisfeitos com o sistema de valorização e recompensa dos esforços individuais, e 15% muito satisfeito. Na verdade, não foi identificado nenhum plano de recompensas. Gráfico 6 – Sistema de avaliação em relação aos objetivos fixados Fonte: Análises de campo realizadas em Outubro de 2010. 49 CAPÍTULO IV: ANÁLISE DOS RESULTADOS Estas respostas apontam um bom grau de satisfação dos funcionários desta organização com os métodos de avaliação das necessidades do trabalhador. Felizmente, a motivação dos funcionários através de atividades laboriais, tem sido amplamente disseminada no meio das organizações. É possível, hoje encontrar trabalhadores mais satisfeitos com o tratamento dado pelas empresas quanto ao seu bem estar que mesmo ao nível salarial. Gráfico 7 – A adequação da organização em face à mudança e à modernização Quanto à adequação da organização em face à mudança e à modernização dos processos, 54% afirmam estar participando e adequando-se facilmente às novas práticas, e que a instituição está em processo evolutivo justamente por ter o apoio da maioria dos colaboradores. Abaixo a análise gráfica dos resultados. Gráfico 7 – A adequação da organização em face à mudança e à modernização Fonte: Análises de campo realizadas em Outubro de 2010. Os sistemas motivacionais que são conhecidos atualmente foram concebidos inicialmente para os meios de produção das indústrias, no entanto, são adaptados e aplicados nas prestadoras de serviços e instituições em geral (CHIAVENATO, 2005). As organizações buscam soluções que melhore o 50 CAPÍTULO IV: ANÁLISE DOS RESULTADOS desempenho dos trabalhadores, que vão dos elogios às compensações financeiras. Gráfico 8 – A atmosfera de trabalho e a cultura da organização A satisfação dos colaboradores com a cultura e a atmosfera de trabalho, demonstra que todos estão envolvidos na construção de um clima organizacional harmônico que permita o desenvolvimento das tarefas e mantenha o relacionamento entre as pessoas saudável 69%. Também é possível afirmar que existe uma preocupação por parte dos gestores para ajudar na solução dos problemas pessoais dos colaboradores. 31% se mostram totalmente satisfeito com o tratamento e o auxilio recebidos pela direção e colegas em geral, na solução de seus problemas. Gráfico 8 – A atmosfera de trabalho e a cultura da organização Fonte: Análises de campo realizadas em Outubro de 2010. Segundo Milkovich e Boudreau (2000, p.473), as atividades de relacionamento entre os empregados, buscam aumentar “a eficácia da organização removendo os obstáculos que inibem a completa participação e comprometimento dos empregados com as políticas da empresa”. 51 CAPÍTULO IV: ANÁLISE DOS RESULTADOS Gráfico 9 – Avalia do tratamento dado aos funcionários pela organização Neste gráfico ficou evidenciado que o tratamento dado aos funcionários pela organização é 58% bom, ou seja, a partir do momento que a sobrevivência da organização dependerá das decisões corretas de seus líderes e do trabalho bem desempenhado de seus colaboradores. Esse sucesso se encontra diretamente ligado às relações entre colaboradores e gestores e a figura do líder é essencial para a criação e permanência de um clima organizacional satisfatório à organização e aos que fazem parte dela. 25% concordaram em ser excelente, é um fator bastante importante que gestor administre suas relações com os membros de sua equipe e entre ela. Pois é certo que todo desentendimento é negativo, sem falar que numa visão futura estes desentendimentos podem prejudicar a qualidade nas relações de trabalho e também influenciar na execução das atividades desempenhadas pela empresa. 17% acharam regular. Gráfico 9 –Avaliação do tratamento dado aos funcionários pela organização Fonte: Análises de campo realizadas em Outubro de 2010. A relação com os superiores é preciso ser aberta para que se obtenha a satisfação no trabalho e a agilidade da comunicação, que segundo Chiavenato (2000, p. 89), “pode constituir para o grupo um meio de aumentar a satisfação de suas necessidades ou de evitar a sua diminuição”. Gráfico 10 – Quanto à igualdade de oportunidades e igualdade de tratamento 52 CAPÍTULO IV: ANÁLISE DOS RESULTADOS A relação das pessoas com as organizações deve ser interdependente, ou seja, uma deve se esforçar para satisfazer as necessidades da outra, produzindo benefícios recíprocos (CHIAVENATO, 2004). Um estilo de liderança bem sucedido exerce grande força para a transformação do clima organizacional, tornando o ambiente mais leve e produtivo. O líder deve motivar e influenciar seus colaboradores a conseguir melhores resultados, com satisfação, pois somente estando feliz no que realiza é que o colaborador vai se empenhar ao máximo e realizar suas atividades com esforço e dedicação. No gráfico 10 abaixo fica claro que 50% estão satisfeito com a igualdade de oportunidades e igualdade de tratamento dada pela empresa, 25% já acharam mais ou menos satisfeitos, e 25% Muito satisfeitos. Isto é, quando se fala em igualdade, é o mesmo que dizer: a todos os trabalhadores deve ser garantido um tratamento igual e igualdade de oportunidade sem distinção de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação econômica ou condição social. Gráfico 10 – Quanto à igualdade de oportunidades e igualdade de tratamento Fonte: Análises de campo realizadas em Outubro de 2010. Assim sendo, os trabalhadores não devem ser expostos a nenhum tratamento menos favorável, que possa criar uma posição de desvantagem relativamente a outro, a não ser que essa disposição, critério ou prática seja objetivamente justificado por um fim legítimo e que os meios para alcançar sejam adequados e necessários. 53 CAPÍTULO IV: ANÁLISE DOS RESULTADOS Gráfico 11 – Quanto a oportunidades para desenvolver novas competências 75% dos colaboradores são seguros e têm iniciativa de se envolver nas atividades de melhoria e acha importantíssima a sua participação e 25% muito seguro, pois confirmam que desenvolver novas competências é eficaz para o crescimento do mesmo na organização. Gráfico 11 – Quanto a oportunidades para desenvolver novas competências Fonte: Análises de campo realizadas em Outubro de 2010. O ponto crucial das novas competências deverá manifestar-se na capacidade e disposição do trabalhador de assumir a gestão autônoma e coletiva do processo de produção e da vida. A qualificação depende, portanto, de condições objetivas e de disposição subjetiva, através da qual os trabalhadores, como sujeitos ativos, constroem sua profissionalidade, na luta pelo seu reconhecimento, na efetivação de seu poder. Neste sentido, tanto quanto os aspectos cognitivos, fazem-se valer as percepções e convicções valorativas e as manifestações comportamentais (MACHADO, 1996, p.36). Portanto, a iniciativa da organização sendo feita deverá o trabalhador buscar sua valorização a partir dos mecanismos oferecidos, e assim, ser mais participativo no processo de crescimento organizacional. 54 CAPÍTULO IV: ANÁLISE DOS RESULTADOS Gráfico 12 – Sentimento quanto às expectativas de desenvolvimento da carreira 58% estão satisfeito quanto às expectativas de desenvolvimento da carreira na organização. De acordo com Chiavenato (2005, p.125) “Viver em uma organização, trabalhar nela, atuar em suas atividades, desenvolver carreira é participar intimamente de sua cultura organizacional”. E 34% estão muito satisfeito, pois o plano de carreira é muito importante dentro de uma empresa pelos seguintes motivos. Com ele, o funcionário sente-se motivado, com isso ele produz mais na empresa, pois tem expectativa de crescimento, o mesmo também procura estudar e fazer cursos de aperfeiçoamento. Além de um crescimento de cargo gera também uma motivação pelo salário que com uma promoção irá aumentar. Já 8% estão mais ou menos satisfeitos, vejamos o gráfico abaixo: Gráfico 12 – Sentimento quanto às expectativas de desenvolvimento da carreira Fonte: Análises de campo realizadas em Outubro de 2010. Gráfico 13 – Envolvimento em atividades para melhoria profissional Para as empresas o plano de carreira também é importante, pois terá um funcionário cada vez mais dedicado ao trabalho e a empresa. Isso gera também menor custo para as empresas, pois não precisará ter gastos com programas de treinamento, pois o funcionário já conhece os métodos e a 55 CAPÍTULO IV: ANÁLISE DOS RESULTADOS política da empresa. O plano de carreira tem relação significativa no desempenho profissional, bem como suas expectativas de comprometimento e deve ter um gerenciamento pessoal para desenvolver seu nível profissional. Observou-se que 67% têm uma freqüência grande na participação em atividades para melhoria profissional na empresa; 33% diz regular, ou seja, que não tem nada satisfatório na autonomia para executar o seu trabalho com melhorias. Gráfico 13 – Envolvimento em atividades para melhoria profissional Fonte: Análises de campo realizadas em Outubro de 2010. Isso nos volta para Limongi-França, (2002, p.25), quando diz que a: Oportunidade de utilizar e desenvolver habilidades: É a mensuração da qualidade de vida no trabalho em relação às oportunidades que o empregado tem de aplicar, no seu dia a dia, seu saber e suas aptidões profissionais. Entre os critérios destaca-se: Autonomia - medida permitida ao indivíduo, de liberdade substancial, independência e descrição na programação e execução do trabalho. Significado da tarefa relevância da tarefa desempenhada na vida e no trabalho de outras pessoas, dentro ou fora das instituições. Identidade da tarefa - medida de tarefa na sua integridade e na avaliação do resultado. Variedade de habilidade - possibilidade de utilização de uma larga escala de capacidades e de habilidades do indivíduo. Retroinformação - informação ao indivíduo acerca de avaliação do seu trabalho com um todo, e de suas ações; 56 CAPÍTULO IV: ANÁLISE DOS RESULTADOS Gráfico 14 – Análise de participação em programas de treinamento quando são realizados 92% responderam que sempre há oportunidade de participação em programas de treinamento na organização para melhoria na execução do seu trabalho; 8% confirmam que poucas vezes o treinamento é executado para a melhoria do seu trabalho. Os principais objetivos do treinamento e desenvolvimento de pessoal refletem as mudanças econômicas, tecnológicas e sociais do mercado onde a empresa atua, exigindo a efetivação de planos de formação profissional que sejam flexíveis, dinâmicos e atualizados (CARVALHO & NASCIMENTO, 1997, p.30). O treinamento é um processo que auxilia o empregado a adquirir eficiência no seu trabalho presente ou futuro, através de apropriados hábitos de pensamento, ação, habilidades, conhecimentos e atitudes. Gráfico 14 – Análise de participação em programas de treinamento Fonte: Análises de campo realizadas em Outubro de 2010. Isto é, o treinamento pode ser visto como um instrumento administrativo de vital importância para o aumento da produtividade do trabalho, e também como um fator de auto-satisfação do treinando, constituindo-se um agente motivador comprovado. 57 CAPÍTULO IV: ANÁLISE DOS RESULTADOS Gráfico 15 – Satisfação em relação ao cumprimento de metas Ainda na análise do relacionamento gerencial, 46% dos entrevistados vêem estas metas como oportunidade de ascensão profissional no seu trabalho; 31% querem valorização e reconhecimento. De acordo com Spector (2005), satisfação no trabalho é uma variável de atitude que representa como uma pessoa se sente em relação ao seu trabalho de forma geral e em seus vários aspectos. Em poucas palavras, satisfação no trabalho é o quanto as pessoas gostam do que fazem. Ainda para o autor, a satisfação no trabalho tem sido um fator causador de importantes realizações por parte dos funcionários, melhor desempenho no trabalho e do melhoramento da saúde e aumento da expectativa de vida. Já 7% esperam o salário como satisfação em cumprir as metas pela organização; 8% consideram a estabilidade no emprego e 8% confirmam o relacionamento com a equipe. Gráfico 15 – Satisfação em cumprimento de metas Fonte: Análises de campo realizadas em Outubro de 2010. Para Spector (2005), a maioria dos estudos sobre satisfação no trabalho parte de uma perspectiva ambiental, de como as características organizacionais e ambientais tornam os funcionários satisfeitos ou insatisfeitos. Contudo, a satisfação no trabalho está relacionada com o comprometimento e o desempenho do colaborador nas tarefas desenvolvidas. A definição de satisfação no trabalho vai depender da visão positiva ou negativa de uma 58 CAPÍTULO IV: ANÁLISE DOS RESULTADOS atitude que o indivíduo tem em relação às tarefas com as condições físicas e ambientais, etc. Gráfico 16 – Grau de importância no trabalho. No gráfico 16, dos entrevistados, 67% confirmam o que é mais importante para o mesmo no trabalho é o salário. Na organização, cada colaborador está interessado em investir com trabalho, dedicação e esforço pessoal, com os seus conhecimentos e habilidade, desde que receba uma retribuição adequada. As organizações estão interessadas em investir em recompensas para as pessoas desde que delas possam receber contribuições ao alcance de seus objetivos. Através deste conceito, Chiavenato (2002, p. 223) define remuneração como “o processo que envolve todas as formas de pagamento ou de recompensas dadas aos funcionários e decorrentes do seu emprego”. Gráfico 16 – Grau de importância no trabalho. Fonte: Análises de campo realizadas em Outubro de 2010. O gráfico 16 ainda demonstra que 17% confirmam que a estabilidade no emprego é mais importante que o salário. De acordo com Chiavenato (2002, p. 224) “as organizações são constituídas de pessoas e dependem delas para atingir seus objetivos e cumprir suas missões”. 8% afirmam que a valorização e reconhecimento é mais importante, mas, 8% confirmam que o relacionamento com a equipe que é importante numa organização. 59 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante de todo material exposto nesta pesquisa tem suas particularidades, com as quais serão tratadas nesta conclusão. Numa síntese do que foi estudado e no que expressam as mais diversas linhas de pensamento sobre a Administração de Recursos Humanos, pode-se dizer que o princípio básico para que o trabalhador se sinta o mais naturalmente motivado e se comprometa com suas atividades, resume-se a fazer aquilo que gosta. Nesse sentido, tomando-se, por exemplo, o sentimento das crianças para com suas atividades laborativas e recreativas ver-se-á nelas o semblante de alegria e satisfação, visto que desenvolvem aquilo que lhes dar prazer. Da mesma forma, espera-se que o trabalhador execute com prazer as suas tarefas. Num ambiente assim, a pessoa terá condições de estar bem consigo mesmo e com o próximo, onde em se tratando de organização, é a sua equipe de trabalho. A felicidade e o prazer que ela sente são expandidos, compartilhados, e desta forma, tudo o que ela faz será um benefício para os que estão ao seu redor. Entende-se que apesar do tom sentimental, quem trabalha de acordo com os desejos do coração tem entusiasmo, aceita desafios e faz tudo com mais competência. A partir desta observação é possível entender que a motivação independe dos métodos aplicados, mas sim, da disponibilidade do trabalhador em aceitar as novas formas de trabalho da organização. Para isso, é preciso que a chefia consiga observar as reais necessidades do seu colaborador, e a forma deste poder contribuir melhor. Muitas vezes, e até mesmo nesta pesquisa, alguns trabalhadores alegaram ter no salário o principal agente motivador, mas há unanimidade entre os especialistas da área que este fator não deve ser entendido como elemento para melhorar o comprometimento do colaborador dentro da organização. Se 60 for considerado o fator salário como única regra de motivação, seria uma evidência de que o trabalhador não acredita que a empresa possa lhe dar outro tipo de benefício, que não o mensurável e material. O Bradesco adota como característica administrativa de RH o modelo linha staff, mantendo os requisitos tradicionais hierárquico, mas promovendo o crescimento interno dos seus colaboradores, através da capacitação e promoção. A Organização prima pela comunicação eficiente, tanto interna como externa, onde numa agência qualquer, o gerente geral apesar de sua posição superior, não exerce um poder de chefe e sim de um líder. Pois, ser líder é ser essencialmente um parceiro nas ações, um exemplo, um destemido, um paciente, mas acima de tudo, um colega e um amigo de confiança na relação de trabalho. E, assim, é possível perceber uma boa relação hierárquica dentro da Agência Bradesco Centro de Paulo Afonso-BA. Por este entendimento, é possível afirmar que os funcionários da Agência pesquisada apresentam um bom grau de satisfação quanto ao relacionamento interno, podendo ser avaliado através da pesquisa aqui promovida e analisada. Porém, não se pode negar que diante das necessidades de melhoria no clima organizacional, principalmente, no que tange a valorização humana e um maior espaço para as discussões de trabalho. Percebeu-se, também, que o marketing, geralmente trabalhado para conquistar o cliente consumidor, possui no endomarketing ferramentas para que a organização venha a satisfazer às necessidades do seu colaborador, para que este responda, não com o pagamento do produto (como faz o consumidor), mas produzindo resultados e consequentemente, retribuindo o investimento do seu empregador. Esta monografia permitiu o desenvolvimento de uma ótica diferenciada, a partir do ponto de vista do autor, que participante aponta os caminhos para melhoria do clima organizacional e, certamente se aplicados, refletiria em novos avanços para a produtividade e manutenção dos postos de trabalho, independente do desempenho tecnológico que ultimamente tem causado muitas demissões. 61 Assim, por tudo aqui apresentado, este trabalho monográfico respondeu ao problema delimitado, que questionou “como os funcionários do Bradesco, Agência Centro de Paulo Afonso-BA, percebem as relações internas no trabalho e quais as perspectivas de melhorias destas relações”, quando foram reunidas e analisadas as respostas a pesquisa de campo, que em suma apresenta uma equipe funcional que aguarda melhorias, mas que se posicionou na maioria das perguntas, como satisfeitos às condições de trabalho e à cultura organizacional da Empresa. Apontam ainda, que o reconhecimento pelo trabalho, a valorização e o respeito mútuo produz verdadeiros colaboradores, dispostos a dedicar seu melhor a Organização. Espera-se, desta forma, que esta monografia possa vir a atender as necessidades do acadêmico, como também, contribuir para os avanços no campo social e científico, pois permitiu confrontar a teoria com a prática, como também, vem ofertar um material de pesquisa para futuros estudos relacionado a área de Recursos Humanos, mas com uma imagem mais aprimorada das relações internas da Organização Bradesco no município de Paulo Afonso-BA. 62 REFERÊNCIAS BARBOSA, Lívia. O Jeitinho Brasileiro. São Paulo: Campus, 2005. BATEMAN, Thomas S; SNELL, Scott A.. Administração: construído vantagem competitiva. Tradução Celso A. Rimoli; revisão técnica José Ernesto Lima Gonçalves, Patrícia da Cunha Tavares – São Paulo: Atlas, 1998 BERGAMINI, Whitaker Cecília. Motivação nas Organizações. 4ª ed. 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Disponível em: <http://institutomvc.com.br> Acesso em: 19/10/2010. 65 APÊNDICE - A PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL Amigo colaborador. O Bradesco através da sua agência 3052, localizada em Paulo Afonso-BA deseja realizar com você uma pesquisa para avaliar as relações internas da organização, com a finalidade de após análise verificar as demandas e promover as melhorias que se fizerem necessárias. Por isso, solicitamos a sua opinião. Não é necessário se identificar. Parte I – Estratificação da amostra 1- Cargo/Setor 1[ ] Atendimento ao público 2[ ] Administrativo/Financeiro 3[ ] Operacional 2 – Estado Civil 1[ ] Casado 2[ ] Solteiro 3[ ] Outros 3- Tempo de serviço 1[ ] Menos de 5 anos que trabalha no setor 2[ ] De 6 a 10 anos que trabalha no setor 3[ ] De 11 a 15 anos que trabalha no setor 4[ ] Mais de 16 anos que trabalha no setor 4 – Sexo 1[ ] Masculino 2[ ] Feminino 5 – Grau de Instrução ou cursando 1[ ] Ensino fundamental 2[ ] Ensino médio 3[ ] Nível superior 4[ ] Especialização/ Mestrado/ Doutorado Parte II – Questionamentos 1 – Nível de envolvimento das pessoas na organização e na respectiva missão 1[ ] Excelente 2[ ] Bom 3[ ] Regular 4[ ] Ruim 5[ ] Péssimo 6[ ] Não sabe 2 – Sistema de avaliação corresponde aos objetivos fixados de forma: 1[ ] Muito satisfatória 2[ ] Satisfatória 3[ ] Mais ou menos satisfatória 4[ ] Pouco satisfatória 5[ ] Muito pouco satisfatória 6[ ] Não sabe 3 – A adequação da organização em face à mudança e à modernização é: 1[ ] Muito satisfatória 2[ ] Satisfatória 3[ ] Mais ou menos satisfatória 4[ ] Pouco satisfatória 5[ ] Muito pouco satisfatória 6[ ] Não sabe 4 – A atmosfera de trabalho e a cultura da organização são: 1[ ] Muito satisfatórias 2[ ] Satisfatórias 3[ ] Mais ou menos satisfatórias 4[ ] Pouco satisfatórias 5[ ] Muito pouco satisfatórias 6[ ] Não sabe 66 5 Com você avalia o tratamento dado aos funcionários pela organização: 1[ 2[ 3[ 4[ 5[ 6[ ] ] ] ] ] ] Excelente Bom Regular Ruim Péssimo Não sabe 6 – Quanto à igualdade de oportunidades e igualdade de tratamento, você se sente: 1[ ] Muito satisfeito 2[ ] Satisfeito 3[ ] Mais ou menos satisfeito 4[ ] Pouco satisfeito 5[ ] Muito pouco satisfeito 6[ ] Não sabe 7 – Quanto a oportunidades para desenvolver novas competências você se sente: 1[ ] Muito seguro 2[ ] Seguro 3[ ] Mais ou menos seguro 4[ ] Pouco seguro 5[ ] Muito pouco seguro 6[ ] Não sabe 8 – Como se sente quanto às expectativas de desenvolvimento da carreira 1[ ] Muito satisfeito 2[ ] Satisfeito 3[ ] Mais ou menos satisfeito 4[ ] Pouco satisfeito 5[ ] Muito pouco satisfeito 6[ ] Não sabe 09 – Como é o seu envolvimento em atividades para melhoria profissional: 10 – Oportunidade de participação em programas de treinamento quando são realizados 1[ ] Sempre 2[ ] Poucas vezes 3[ ] Nunca 4[ ] Não sabe 1[ 2[ 3[ 4[ ] ] ] ] Freqüente Regular Não freqüenta Não sabe 11 – Satisfação em cumprimento de metas 1[ 2[ 3[ 4[ ] ] ] ] Salários Estabilidade no emprego Ascensão profissional Relacionamento com a equipe 5[ ] Valorização e reconhecimento 6[ ] Não sabe 12 – O que é mais importante para você no trabalho? (selecione até 3 opções) 1[ ] Salários 2[ ] Estabilidade no emprego 3[ ] Ascensão profissional 4[ ] Relacionamento com a equipe 5[ ] Valorização e reconhecimento 6[ ] Não sabe Responda livremente: 13 - O que você gostaria que melhorasse no seu setor de trabalho? ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 14 – Em sua opinião como deveria ser a relação entre as pessoas no ambiente de trabalho? ____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________